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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Tecnologia
Coordenação do Curso de Engenharia Ambiental

AVALIAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO


SOLO NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE DO AÇUDE PATAXÓ/RN

JONAS VINÍCIUS BEZERRA FONSÊCA

Natal/RN
2019
JONAS VINÍCIUS BEZERRA FONSÊCA

AVALIAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO


SOLO NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE DO AÇUDE PATAXÓ/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos para a obtenção do
grau de Engenheiro Ambiental.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Joana Darc Freire de
Medeiros
Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Maria de Fátima
Alves de Matos

JONAS VINÍCIUS BEZERRA FONSÊCA


AVALIAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO
SOLO NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE DO AÇUDE PATAXÓ/RN

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos para a obtenção do
grau de Engenheiro Ambiental.

Aprovada em: ____/____/____

Prof.ª Dr.ª Joana Darc Freire de Medeiros


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Orientadora

Prof. Dr. Venerando Eustaquio Amaro


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro da Banca

Prof. Me. Carlos Alberto Nascimento da Rocha Junior


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro da Banca
RESUMO

O crescente processo de urbanização e suas atividades econômicas aceleram a deterioração da


qualidade da água nos corpos hídricos devido aumento do escoamento superficial e aporte de
nutrientes. Portanto, existe a necessidade em reconhecer as atividades de uso e ocupação do
solo para auxiliar na gestão do meio ambiente e reduzir os impactos negativos
proporcionados. Nesse contexto, foi realizado um mapeamento na Área de Preservação
Permanente para identificar as mudanças de uso e ocupação que ocorreram de 2008 a 2016 no
Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN. A metodologia aplicada nessa
pesquisa utilizou imagens obtidas do sensoriamento remoto e empregado técnicas de
geoprocessamento em ambiente Sistema de Informações Geográficas para elaborar uma
classificação prévia que auxiliou na identificação dos elementos físicos. Em seguida foi
realizado um levantamento de campo para que houvesse distinção mais precisa entre as
classes, sendo elas utilizadas como parâmetros na elaboração do mapa definitivo de uso e
ocupação da classificação supervisionada. Nesse estudo observou-se que agricultura e área
urbana são poucos relevantes, indicado baixa intervenção antrópica. Além disso, houve
aumento da vegetação de 2008 para 2016, indicando maior preservação da área de estudo.

Palavras-Chaves: Zona Ripária. Sistema de Informações Geográficas. Classificação


Supervisionada.
ABSTRACT

The growth from the urbanization process and its economics activities increase the procedure
of water quality degradation in the water bodies due to increased runoff and nutriente supply.
Therefore, theres is a need to recognize the inappropriate land use and occupation to assist in
environmental management and reduce the negative impacts provided. In this scneario, it was
mapped the Permanent Preservation Area to identify the changes of use and occupation that
occured between 2008 and 2016 in the Pataxó Reservoir, located in Ipanguaçu City. The
metodology applied in this research used images obtained from remote sensing and
implemented geoprocessing techniques in the Geographic Information System to elaborate
previous classification that supported the indentification of the physical elements. Then, a
field survey was carried out for a greater accuracy distinction between the classes, being used
as parameters were used to elaborate the definitive version from the map of land use and
occupation of the supervised classification. In this study it was possible to identify the classes
of the urban and structure area, agriculture, rock outcrop, exposed soil, vegetation and pioneer
vegetation. The results indicates that agriculture and urban area area few signficant denoting a
low anthropogenic intervetion. In addition, there was an increase in vegetation from 2008 to
2016 ocurring higher preservation.

Keywords: Riparian Zone. Geographic Information System. Supervised Classification.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2.1 - Mapa de Localização do Reservatório Público de Pataxó no Município de


Ipanguaçu/RN. .........................................................................................................................12
Figura 2.2 - Mapa da Geologia do Município de Ipanguaçu/RN. ........................................... 13
Figura 2.3 - Mapa geomorfológico do Município de Ipanguaçu/RN. ..................................... 14
Figura 2.4 - Mapa de Solos do Município de Ipanguaçu/RN. ................................................. 15
Figura 2.5 - Mapa Hidrogeológico do Município de Ipanguaçu/RN. ..................................... 16
Figura 2.6 - Mapa de Vegetação do Município de Ipanguaçu/RN. ......................................... 17
Gráfico 2.1 – Média pluviométrica mensal no período de 1962 a 2001 no Reservatório de
Pataxó localizado no Município de Ipanguaçu/RN. ................................................................. 18
Figura 4.1 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação não supervisionada no
Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016. ............................... 22
Figura 4.2 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação não supervisionada e
imagens fotográficas dos pontos coletados na área de APP do Reservatório de Pataxó no
Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016. .......................................................................... 24
Figura 4.3 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de
APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2008. ................. 27
Figura 4.4 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de
APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016. ................. 28
Figura 4.5 – Incoerência na classe agricultura identificada como vegetação pioneira na área
de APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016. ............. 29
Figura 4.6 – Incoerência da classe vegetação pioneira identificada como vegetação na área de
APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016. ................. 29
Figura 4.7 – Incoerência da classe afloramento rochoso identificada como área e estrutura
urbana na área de APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de
2016. ......................................................................................................................................... 29
Figura 4.8 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de
APP e da bacia hidráulica do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano
de 2016. .................................................................................................................................... 30
LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Dados das imagens utilizados na pesquisa. ......................................................... 19


Tabela 4.1 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo com a classificação não supervisionada
na área de APP em porcentagem. ............................................................................................. 21
Tabela 4.2 - Pontos coletados em campo. ............................................................................... 23
Tabela 4.3 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo na área de APP em porcentagem da
classificação supervisionada. .................................................................................................... 26
Tabela 4.4 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo na área de APP e da bacia hidraúlica em
porcentagem da classificação supervisionada. ......................................................................... 31
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ............................................................... 11

2.1 Localização ..................................................................................................................... 11

2.2 Aspectos Fisiográficos.................................................................................................... 12

2.2.1 Geologia ...................................................................................................................... 12

2.2.2 Geomorfologia ............................................................................................................ 13

2.2.3 Solos............................................................................................................................ 14

2.2.4 Recursos Hídricos ....................................................................................................... 15

2.2.5 Vegetação.................................................................................................................... 16

2.2.6 Clima........................................................................................................................... 17

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 18

3.1 Seleção e Processamento Digital de Imagens................................................................. 18

3.2 Delimitação da área de APP .......................................................................................... 19

3.3 Pré-Classificação ........................................................................................................... 20

3.4 Levantamento de Campo ................................................................................................ 20

3.5 Classificação Supervisionada e Obtenção do Mapa de Uso e Ocupação do Solo.......... 20

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 21

4.1 – Classificação não supervisionada ................................................................................ 21

4.2 – Visita a campo ............................................................................................................. 23

4.3 – Classificação supervisionada ....................................................................................... 25

5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 31
9

1. INTRODUÇÃO

A água é um recurso básico para o desenvolvimento da vida humana. O crescimento


da população, juntamente com a urbanização e crescimento das atividades produtivas,
principalmente a expansão da agropecuária, impactam o uso e ocupação do solo e, por
consequência, influenciam na disponibilidade dos recursos hídricos.

Segundo a ANA (2007) o Brasil apresenta disponibilidade hídrica suficiente para


atender a demanda nacional, no entanto, a distribuição dos recursos hídricos é desigual em
termos geográficos. Conforme relatado pelo mesmo autor, a demanda de água na região do
semiárido brasileiro aponta escassez em algumas bacias hidrográficas, visto que esse clima
tem pluviosidade abaixo de 700 mm/ano, concentrada em três a quatro meses e altas taxas de
evaporação, que associada a um substrato cristalino produz uma região com rios
intermitentes, limitando o atendimento das demandas. Em regiões com precipitações escassas
e longos períodos de estiagem, a construção de reservatórios é indispensável para atender a
demanda de múltiplos usos.

Diante do cenário de baixa disponibilidade hídrica, no Rio Grande do Norte (RN),


foram construídos 2.254 reservatórios superficiais considerados de maior importância,
totalizando uma capacidade de armazenamento de 8.629.418.200 m³ (SERHID, 1998). No
entanto, devido à seca ser recorrente na região semiárida, a capacidade de armazenamento
nem sempre representa a disponibilidade hídrica. Por exemplo, em novembro de 2017, após 5
anos de seca, dos 46 reservatórios do Estado com capacidade de armazenamento superior a
5.000.000 m³, 23 apresentavam volume abaixo de 1% de sua capacidade e 13 estavam em
colapso (SEMARH, 2017a).

Além do volume armazenado nos reservatórios terem variações, deve se considerar a


qualidade da água disponível. Devido os efeitos de chuvas concentradas junto as fontes
poluidoras pontuais e difusas proveniente de atividades antrópicas, ocorre a intensificação do
processo erosivo do solo, acarretando em assoreamento e eutrofização, provocando
degradação na qualidade da água no corpo hídrico (CARPENTER et al., 1998; PAERL;
HUSIMAN, 2008). No Estado do Rio Grande do Norte, 35 reservatórios superficiais com
capacidade de armazenamento superior a 5.000.000 m³ tiveram sua qualidade monitorada no
período de setembro a novembro de 2016, sendo que 40% estavam eutrofizados
(PROGRAMA ÁGUA AZUL, 2017).
10

Assim, o uso e ocupação, que apresenta classes antrópicas e naturais, é um parâmetro


de grande relevância para a qualidade da água, sendo os usos antrópicos predominantes no
processo de deterioração da qualidade da água de uma bacia hidrográfica (SLIVA;
WILLIAMS, 2001). Estudos recentes que comparam a influência do uso e ocupação da bacia
hidrográfica na zona ripária em relação a qualidade da água mostram que ainda não há certeza
sobre o prevalecente. Segundo Nielsen et al., (2012) ao analisar a qualidade da água em
diversos lagos na Dinamarca notou predominância da bacia hidrográfica, enquanto Coelho,
Buffon e Guerra (2011) ao avaliar 8 sub-bacias e suas zonas ripárias na Floresta Nacional de
Canela (RS) verificou a prevalência da zona ripária.

A importância dessas áreas próximas às margens dos corpos hídricos se deve, entre
outros fatores, pela retenção de partículas bióticas e abióticas, absorção das águas pluviais,
recarga de águas subterrâneas (PINHEIRO et al., 2011 apud PRIMAK e RODRIGUES,
2001). No entanto, devido ao crescimento das atividades humanas, essas regiões se tornaram
mais susceptíveis a entrada de nutrientes nos corpos aquáticos, agindo como fontes poluidoras
pontuais, por exemplo: lançamento de efluentes domésticos e industriais pelo sistema de
tratamento de esgoto; e difusas, por exemplo: agricultura, pecuária, atividades mineradoras
(CARPENTER et al., 1998).

Pesquisas realizadas na zona ripária dos reservatórios de Dourado (Currais


Novos/RN), Passagem de Traíras (Caicó/RN) e Cruzeta (Cruzeta/RN) identificaram os
impactos causados pela pecuária e agricultura na qualidade da água dos corpos hídricos
(MEDEIROS, 2016; FERREIRA, 2015; OLIVEIRA, 2012).

Entendendo a importância das zonas ripárias na qualidade dos recursos hídricos e na


busca de sua proteção, além de outros fatores, instituiu-se o Código Florestal em 1934
(Decreto Nº 23.793) que foi modificado pela nova Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012. A
definição de Área de Preservação Permanente (APP) atual foi estabelecido pelo novo Código
Florestal (Lei Nº 12.651):

Art. 3º:
II - área protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas;

Nessa mesma legislação, também foram modificados as delimitações anteriores das


APPs, que para lagos naturais e reservatórios passam a ser:
11

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa


com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo
d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa
marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais,
decorrentes de barramento ou represamento de cursos
d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727,
de 2012).

No entanto, sabe-se que muitas destas áreas vem sendo degradadas, seja pela ocupação
irregular (urbana ou agrícola), seja pela supressão da vegetação nativa. Pesquisas mostram
que a agropecuária tem sido a maior responsável pela degradação das APPs (CAMPOS et al.,
2016; COUTINHO et al., 2013).

Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o uso e ocupação do solo
na área de APP do Açude de Pataxó/RN.

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

2.1 Localização
O presente estudo é referente ao Reservatório Público de Pataxó, localizado no
Município de Ipanguaçu, situado no polígono das secas do semiárido norte riogradense
(Figura 2.1).

O Município de Ipanguaçu pertence a Mesorregião do Oeste Potiguar, sendo esta


composta por uma população total de 822.339 habitantes conforme o CENSO (2010) e
inserida na Microrregião do Vale do Açu, constituído pelos Municípios de Ipanguaçu, Açu,
Jucurutú, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Porto do Mangue, Pendências, Itajá e São Rafael
(IBGE, 2019a).

A importância do reservatório de Pataxó se deve principalmente por atender a


demanda de abastecimento humano da comunidade local (ANA, 2016). A sua localização tem
como principal via de acesso a BR-304, havendo cerca de 24 Km de distância para Ipanguaçu
e 193 Km de Natal (DNIT, 2013).
12

Figura 2.1 - Mapa de Localização do Reservatório Público de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN.

2.2 Aspectos Fisiográficos


2.2.1 Geologia

No que se refere a geologia o Reservatório Público de Pataxó, encontra-se inserido na


Província da Borborema pelos litotipos do Complexo Caicó das Formações Jucurutu e Seridó,
pelos sedimentos das formações Açu e Jandaíra, Aluviões e Terraços Holocênicos, Cobertura
Detrito-Laterítica-Neo-Plestocênica e Grupo Barreiras (Figura 2.2) (IBGE, 2018; CPRM,
2005).

A área de estudo está inclusa na unidade geológica do Complexo Caicó, caracterizado


pelo ortognaisse diorítico a granítico com restos de supracrustais (CPRM, 2005).
13

Figura 2.2 - Mapa da Geologia do Município de Ipanguaçu/RN.

2.2.2 Geomorfologia

As unidades geomorfológicas apresentam relevos de altitude inferiores a 100 m,


caracterizados pela forma de gênese indiferenciada e pelos Domínios da Chapadas Potiguares,
Depressão Sertaneja Setentrional, Planícies e Terraços Fluviais e Superfície Rebaixada do
Vale do Rio Açu (Figura 2.3) (IBGE, 2018; CPRM, 2005).

O relevo do Açude Pataxó é representado pela Depressão Sertaneja Setentrional,


composto predominantemente por relevos suaves-ondulados, situado entre as grandes
altitudes do Planalto da Borborema e da Chapada de Apodi (CPRM, 2005; VELLOSO et al.,
2002).
14

Figura 2.3 - Mapa geomorfológico do Município de Ipanguaçu/RN.

2.2.3 Solos

Segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SIBCs (EMBRAPA, 2013),


no município de Ipanguaçu os solos abrangentes são os Neossolo Flúvico (RYve) e Litólico
(RLe), Latossolo Amarelo (Lae), Cambissolo Háplico (CXve) e Luvissolo Crômico (Tco)
(Figura 2.4) (IBGE, 2018; IBGE, 2015).

O solo da área de estudo é classificado como Luvissolo Crômico, caracterizado pela


pouca profundidade, mudança textural abrupta e susceptibilidade a erosão natural, geralmente
associados a relevos suaves ondulados (EMBRAPA, 2019; IBGE, 2015).
15

Figura 2.4 - Mapa de Solos do Município de Ipanguaçu/RN.

2.2.4 Recursos Hídricos

O Açude Pataxó está situado na Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu, sua


barragem é do tipo terra zoneada, construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra
Seca (DNOCS) em 1954, barrando o Rio Pataxó. O açude apresenta uma profundidade
máxima de 12,7 m, sendo sua água utilizada para regularização de fluxo do rio, abastecimento
humano rural, dessedentação animal e irrigação (ANA, 2016; DNOCS, 2019; SEMARH,
2017b).

A Bacia Hidráulica do Reservatório tem uma área de 4,61 Km², o que representa
apenas 0,42% da Bacia Hidrográfica com área de 1.081,00 Km² (SEMARH, 2017b). Ainda de
acordo com a mesma fonte capacidade máxima de armazenamento é de 15.017.379,00 m³ e o
volume morto de 764.689,47 m³.

As águas subterrâneas são representadas pelos aquíferos dos tipos cársticos e fissurais,
sendo o segundo incluso na área de estudo com vazão específica inferior a 0,03 l/s/m (Figura
2.5) (IBGE, 2018). Devido essa formação hidrogeológica sob o embasamento cristalino, o
armazenamento ocorre nas fraturas das rochas com baixa permeabilidade, portanto a
16

quantidade de água armazenada é negligenciável e com elevadas concentração de sais (IBGE,


2005).

Figura 2.5 - Mapa Hidrogeológico do Município de Ipanguaçu/RN.

2.2.5 Vegetação

A formação vegetal em torno do Reservatório Pataxó é caracterizada


predominantemente pela Savana Estépica Arborizada (Figura 2.6), representado pela Caatinga
Hiperxerófila, a qual apresenta caráter seco, com grande quantidade de cactáceas, planta de
baixo porte bem espaçadas, representada por algumas espécies, entre elas: jurema preta,
mufumbo, faveleiro, xique-xique (SEMARH; IDEMA, 2008; IBGE, 2004). Além disso, outra
vegetação encontrada é Savana Estépica Parque, representada pelas espécies das palmeiras e
carnaubais, sendo as carnaúbas espaçadas e iluminadas (IBGE, 2018; SEMARH; IDEMA,
2008).

Apesar da extensa área de Savana Estépica, as atividades antrópicas contribuíram para


supressão das espécies nativas em 72,58% até o ano de 2008 (MMA; IBAMA, 2010). No
entanto, essa mesma realidade não pode se aplicar na sub-bacia de Pataxó, onde foi
17

identificado apenas 8% de solo exposto, 6% de agricultura e 0% de área urbanizada (NETO,


2018).

Figura 2.6 - Mapa de Vegetação do Município de Ipanguaçu/RN.

2.2.6 Clima

O clima da área de estudo é descrito pela classificação de Köppen pelo tipo BSw’h’
(Estepe), caracterizado pela evapotranspiração potencial superior as precipitações anuais e
distribuição irregular de chuvas durante o ano (ALVARES et al., 2013). Os registros do
monitoramento pluviométrico em operação no Açude Pataxó no período de 1962 a 2001
(Gráfico 2.1) mostra que os períodos chuvosos estão estabelecidos entre os meses de fevereiro
a maio e os períodos secos de agosto a outubro, com precipitação anual média foi de 608 mm
(EMPARN, 2019). A insolação ocorre em média 2.400 horas por ano, com temperatura média
de 27,9º C e umidade relativa média anual de 70% (SEMARH; IDEMA, 2008).
18

Gráfico 2.1 – Média pluviométrica mensal no período de 1962 a 2001 no Reservatório de Pataxó localizado no
Município de Ipanguaçu/RN.
180.0

160.0

140.0

120.0
Pluviometria (mm)

100.0

80.0

60.0

40.0

20.0

0.0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

3. MATERIAL E MÉTODOS

Os procedimentos adotados no desenvolvimento deste trabalho contemplam uma base


de dados primordiais para caracterização uso e ocupação do solo na área de APP do açude
Pataxó. Os componentes utilizados, sejam eles: imagens de satélite, arquivos em formato
shapefile ou mapas prévios, foram examinados e processados em ambiente de Sistema de
Informações Geográficas (SIG). Os mapas criados foram adaptados para escala de 25.000,
considerando valor da projeção mais adequado para área de estudo.

Nesse estudo foi realizado classificação prévia e levantamento de campo para


identificar as classes que são utilizadas na elaboração do mapa de classificação
supervisionada.

3.1 Seleção e Processamento Digital de Imagens

Nessa etapa do trabalho foram selecionadas imagens de satélites adequadas para


elaborar os mapas temáticos de uso e ocupação, conforme as informações resumidas na
19

Tabela 3.1, com intuito de aplicar técnicas de processamento digital para auxiliar na
identificação dos elementos físicos presentes na área de estudo.

As imagens foram adquiridas nos repositórios dos bancos de dados da European Space
Agency (ESA) e do United States Geological Survey (USGS) em formato GeoTIFF, com
sistema referencial: DATUM WGS 1984 e foram submetidas para o mesmo sistema de
coordenadas Universal Transversa Mercator (UTM).

As cenas são provenientes do satélite Landsat 5 no período de 2008 e do Sentinel em


2016 e 2017. Essas imagens continham cobertura de nuvens abaixo de 20% para facilitar a
identificação dos elementos da paisagem na área de estudo.

Na sequência, as imagens foram processadas no sistema de cores Red Green Blue


(RGB). A imagem do período de 2008 foi utilizado a composição R3-G2-B4 com a
ferramenta Composite Bands no software ArcGIS 10.3, enquanto a de 2016 já foi
disponibilizada com a composição de R3-G4-B8.

Tabela 3.1 - Dados das imagens utilizados na pesquisa.


Satélite SENTINEL - 2A LANDSAT 5 - TM
Sensor MultiSpectral Instrument Thematic Mapper (TM)
Bandas Espectrais Visible and Near-Infra-Red Visible and Near-Infra-Red
Resolução 12-bits 8-bits
Radiométrica
Resolução 5 dias 16 dias
Temporal
Área Imageada 290 Km 185 Km
Resolução Bandas 2, 3 e 4 (10 m) Bandas 3, 4 e 8 (10 m) Bandas 2, 3 e 4 (30 m)
Espacial
World Reference System Path:
215
Ponto/Órbita Sensing Orbit Number: 52
World Reference System Row:
64
Data da Imagem 26/04/2017 11/02/2016 19/06/2008
Projeção UTM UTM
Datum WGS 84 WGS 84
Zona 24 S 24 S
Fonte de aquisição https://scihub.copernicus.eu/ https://apps.sentinel-hub.com https://earthexplorer.usgs.gov/

Fonte: ESA, 2019; USGS, 2019.

3.2 Delimitação da área de APP

No intuito de delimitar a APP foi realizado a criação do contorno do reservatório na


versão do Software QGIS 2.12 através da imagem do Sentinel 2A no período de 26 de abril de
2017 com o reservatório com aproximadamente 100% do seu volume total de armazenamento
20

(SEMARH, 2017c), consequentemente foi gerado buffer de 100 m no ARCGIS 10.3,


conforme a área de APP delimitada pela Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

3.3 Pré-Classificação

Nessa etapa do trabalho foi realizado uma classificação não supervisionada com o
método de máxima verossimilhança na imagem do Sentinel referente ao ano de 2016 com a
composição das bandas R4-G3-B2. Essa classificação compõe agrupamentos os quais são
identificados no software por meio de estatística padrão (CRÓSTA, 1992), subsidiando na
identificação dos elementos do meio físico do mapa de uso e ocupação, sem nenhuma
interferência do usuário.

As seis classes de uso e ocupação foram identificadas com auxílio do software Google
Earth Pro, são elas: Área e Estrutura Urbana e Solo de Coloração Escura; Agricultura e
Vegetação de Alta e Médio Porte; Água; Solo Exposto; Vegetação Herbácea e Afloramento
Rochoso.

3.4 Levantamento de Campo

A partir da classificação não supervisionada, foi realizado um levantamento de campo


para distinguir, reconhecer e localizar os elementos que compõe o meio físico e, com base
nestas informações reais de campo, elaborar o mapa temáticos de uso e ocupação definitivo.

No dia de 01 de junho de 2018 foram visitados 5 pontos na área de APP. As


localizações dos pontos foram obtidas com auxílio de um GPS Garmin Montana 680, junto
com esses dados foram retiradas fotos do local visitado.

3.5 Classificação Supervisionada e obtenção do mapa de uso e ocupação do solo

A classificação supervisionada foi produzida utilizando o método de máxima


verossimilhança. Essa classificação é composta pela identificação dos pixels pelo usuário, a
partir dela o software localiza pixels do mesmo agrupamento (CRÓSTA, 1992).

A partir das informações de campo foi possível reorganizar as classes de usos e


ocupação do solo em sete: Solo Exposto; Água; Afloramento Rochoso; Área e Estrutura
21

Urbana; Vegetação; Agricultura e Vegetação Pioneira. Apesar da classe água ter sido
identificada não foi atribuída na elaboração dos mapas temáticos, pois a classe não representa
o uso e ocupação da APP.

Foram obtidos os mapas de usos e ocupação do solo na APP do Açude Pataxó nos
anos de 2008 e 2016.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 – Classificação não supervisionada

Através das técnicas de geoprocessamento de classificação não supervisionada


utilizadas neste trabalho, foi possível elaborar uma classificação prévia do mapa de uso e
ocupação no período de 2016 (Figura 4.2 e Tabela 4.1). A classe de Agricultura e Vegetação
de Alta e Médio Porte foi identificado como majoritária, com 34,3%, seguidas das classes
Área e Estrutura Urbana e Solo de Coloração Escura, com 29,7% e da classe Solo Exposto,
com 28,2%. Estas três classes juntas respondem por mais de 90% da área de APP do açude.

Tabela 4.1 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo com a


classificação não supervisionada na área de APP em porcentagem.
Classes de Uso e Satélite / Data da imagem
Ocupação do Solo Sentinel 2A – 11/02/2016
Área e Estrutura Urbana e
Solo de Coloração Escura 29,7%
Agricultura e Vegetação de
Alta e Médio Porte 34,3%
Solo Exposto 28,2%
Vegetação Herbácea 0,8%
Afloramento Rochoso 7,1%
22

Figura 4.1 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação não supervisionada na Área de APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN
no ano de 2016.
23

4.2 – Levantamento de campo

Comparando as classes obtidas da classificação não supervisionada com as classes


observadas em campo (Figura 4.2 e Tabela 4.2) foi possível identificar e separar as classes
agrupadas, ou seja, foi possível separar as classes Agricultura e Vegetação de Alta e Médio
Porte, assim como as classes Área e Estrutura Urbana da classe Solo de Coloração Escura.

Tabela 4.2 - Pontos coletados em campo.


Pontos – Latitude Longitude Classe da Classe observada
Datum: UTM/ classificação não em campo
WGS 84/ supervionada
Zona 24 S
Afloramento Afloramento
1 740601 E 9378933 S
Rochoso Rochoso
Agricultura e
2 740200 E 9378527 S Vegetação de Alta e Agricultura
Médio Porte
3 740000 E 9378410 S Solo Exposto Solo Exposto
4 740227 E 9377927 S Vegetação Herbácea Vegetação Herbácea
Área e Estrutura
Área e Estrutura
5 740334 E 9377391 S Urbana e Solo de
Urbana
Coloração Escura
24

Figura 4.2 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação não supervisionada e imagens fotográficas dos pontos coletados na área de APP do Reservatório de Pataxó
no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.

3 2 1

5
25

4.3 – Classificação supervisionada

Na classificação supervisionada é notável uma maior precisão ao distinguir as classes


devido sua menor abrangência de agrupamento, tendo sido possível identificar 06 (seis)
classes de uso e ocupação do solo. A classe preponderante na área de APP do açude Pataxó
nos dois períodos estudados (Figura 4.3 e Figura 4.4 e Tabela 4.3) foi representada pela
vegetação, havendo pouca presença de agricultura. Resultados semelhantes foram obtidos por
Neto (2018) que relatou a presença de apenas 6% de agricultura na sub-bacia hidrográfica do
rio Pataxó.
Avaliando a mudança ocorrida nos usos e ocupação do solo na APP entre 2008 e 2016
(Tabela 4.3) pode-se observar que ocorreu um crescimento significativo da área com
Vegetação, que passou de 49,8% para 70,7% o que pode indicar uma maior preservação da
área. No entanto, por outro lado, a área urbanizada dentro da APP também cresceu, passando
de 3,1% a 9,6%, mostrando que ocorre presença antrópica inapropriada.
Interessante observar que a classe de Vegetação Pioneira era bem maior em 2008,
comparada com 2016. Isto se deve, provavelmente pelo fato de que a vegetação pioneira surgi
devido acúmulo de matéria orgânica na superfície do solo, com isto, a imagem de 2008 é do
final do período chuvoso (junho), apresenta mais vegetação pioneira que a imagem de 2016,
que é do final do período seco (fevereiro).
Durante o desenvolvimento dos mapas temáticos de uso e ocupação foi perceptível a
semelhança na assinatura espectral entre as classes de agricultura, vegetação pioneira e
vegetação (Figura 4.5 e Figura 4.6). Essa equivalência deve ter surgido devido as classes
apresentarem alto teor de clorofila.
Outro caso de assinatura espectral semelhante foi observado entre as classes de
afloramento rochoso e área e estrutura urbana (Figura 4.7). Possivelmente devido a estrutura
urbana conter paralelepípedo, o qual apresenta coloração semelhante ao afloramento rochoso.
Um ponto que é necessário discutir e que é muito comum na região semiárida é o uso
das bacias hidráulicas dos reservatórios quando os mesmos encontram-se com volume de
água armazenado abaixo da capacidade máxima. Nestes períodos é comum a população
utilizar a área para desenvolvimento de agricultura de vazante e/ou outras atividades
econômicas, até mesmo criação de animais. Para verificar esta ocorrência, foi realizada a
classificação dos usos e ocupação do solo da bacia hidráulica do reservatório em 11 de
fevereiro de 2016 (Figura 4.8 e Tabela 4.4). Nesse período o reservatório estava com 93,56%
da sua capacidade máxima (SEMARH, 2019) e 28,84% da bacia hidráulica emersa. Observa-
26

se, que nesta área o uso da agricultura é mais expressivo do que relatado apenas na APP
(Figura 4.4), indicando o uso inapropriado da bacia hidraúlica.

Tabela 4.3 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo na área de APP em porcentagem da


classificação supervisionada.
Classes de Uso e Satélite / Data da imagem
Ocupação do Solo Landsat 5 TM – 19/06/2008 Sentinel 2A – 11/02/2016
Solo Exposto 15,3% 13,5%
Afloramento
Rochoso 3,1% 1,4%
Área e Estrutura
Urbana 3,1% 9,6%
Vegetação 49,8% 70,7%
Agricultura 1,7% 1,4%
Vegetação Pioneira 27% 3,3%
27

Figura 4.3 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2008.
28

Figura 4.4 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de APP do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.
29

Figura 4.5 – Incoerência na classe agricultura identificada como vegetação pioneira na área de APP do
Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.

Agricultura

Figura 4.6 – Incoerência da classe vegetação pioneira identificada como vegetação na área de APP do
Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.

Vegetação
Pioneira

Figura 4.7 – Incoerência da classe afloramento rochoso identificada como área e estrutura urbana na área de APP
do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.

Afloramento
Rochoso
30

Figura 4.8 - Mapa do Uso e Ocupação do Solo com classificação supervisionada na área de APP e da bacia hidráulica do Reservatório de Pataxó no Município de Ipanguaçu/RN no ano de 2016.
31

Tabela 4.4 - Cobertura do Uso e Ocupação do Solo na


área de APP e da bacia hidraúlica em porcentagem da
classificação supervisionada.
Classes de Uso e Satélite / Data da imagem
Ocupação do Solo Sentinel 2A – 11/02/2016
Solo Exposto 10,4%
Afloramento
Rochoso 1,1%
Área e Estrutura
Urbana 11%
Vegetação 63,7%
Agricultura 6,2%
Vegetação Pioneira 7,5%

5. CONCLUSÃO

A análise do uso e ocupação do solo na Área de Preservação Permanente do açude


Pataxó indicou que o método de classificação supervisionada é mais preciso comparado com a
classificação não supervisionada.

Os usos e ocupações identificados na classificação supervisionada apontam a pouca


ocorrência agricultura e área urbana, no entanto, sua presença ainda existe.

Foi identificada um aumento da área com Vegetação na APP entre 2008 para 2016, o
que indica uma preservação da área de estudo.

Devido a prática de agricultura de vazante observou-se maior expressividade dessa


classe na bacia hidráulica do que apenas na APP.
32

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