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TUDO PELA GRAÇA DE DEUS

ROMANOS 3:25-31
 Introdução
Estamos respondendo à pergunta, como um Deus Santo
salva, justifica pecadores? Vimo que Ele fez isso sem lei,
sem obras, pela fé, pela graça mediante Jesus Cristo que
morrendo na cruz nos resgatou.
E Paulo continua falando dessa justificação que se deu não
apenas para os crentes depois de Cristo, mas também de
toda a história, pois alguém poderia fazer a pergunta: “Se
na morte de Cristo o nosso pecado foi perdoado, pago,
Deus não foi injusto em não punir, em não castigar os que
pecaram antes de Cristo?”. Acreditando que Cristo
estivesse morrendo apenas pelos pecados cometidos dali
adiante.
 Desenvolvimento
Paulo responde que somos justificados gratuitamente, por
sua graça, mediante a redenção de Jesus Cristo, a quem
(Jesus) Deus propôs, no seu sangue, como propiciação.
Propôs = apresentou, proposta publica, apresentação de
uma proposta, Deus mostra como a ira dele pode ser
apaziguada.
Propiciação = “propiciação”, significa o ato de aplacar a ira
divina, vem propiciatório, referência a tampa dourada da
arca da aliança de 1mx60cm, de ouro batido, abaixo dessa
tampa ficava as tabuas da lei, a arca da aliança ficava atrás
do véu no santo dos antos, só o sacerdote tinha acesso 1
vez por ano, lá ele sacrificava derramava o sangue do
cordeiro para o perdão dos pecados dos povos. Isso era
chamado de propiciação que apontava para Cristo, quando
Cristo morreu o véu do templo rasgou, o sangue dele foi
derramado em favor dos nossos pecados, a lei castiga,
condena, mas entre a lei a nós existe o propiciatório o
sangue do cordeiro de Deus de Deus foi derramado como
propiciação. Leia 1 João 2:1-2/ 4:10.
Em termos simples, a doutrina da propiciação significa que
Cristo propiciou a ira de Deus. A propiciação não é uma
conversão da ira de Deus em amor. A propiciação da ira
divina, efetuada na obra expiatória de Cristo. por meio da
morte de Cristo, a ira de Deus é superada e a sua justiça é
demonstrada. o sacrifício de Cristo remove a culpa do
pecado do homem. Sendo santo e justo, Deus não pode
tolerar o mal. O pecado é maligno e conspira contra ele. A
natureza de Deus exige a punição do pecado. A única
maneira de Deus nos justificar seria propiciando a si
mesmo, aplacando sua ira por meio de um sacrifício
perfeito. O sangue derramado de Cristo cobriu os nossos
pecados e aplacou a justa ira de Deus.
R. C. Sproul coloca essa verdade de maneira esplêndida: A
cruz foi ao mesmo tempo o mais horrível e o mais lindo
exemplo da ira de Deus. Foi o ato mais justo e mais
gracioso da História. Deus teria sido mais do que injusto,
teria sido diabólico ao efetuar aquele castigo se o próprio
Jesus não houvesse primeiro, voluntariamente, tomado
sobre si os pecados do mundo. Cristo se ofereceu
voluntariamente para ser o Cordeiro de Deus, carregando
com o nosso pecado, tornando-se, assim, o ser mais vil e
grotesco deste planeta. Com o fardo de pecado que
carregou, tornou-se repugnante para o Pai. Deus derramou
sua ira nesse ser repulsivo. Ele o fez maldito por causa do
pecado que carregou. Aqui a justiça de Deus foi
perfeitamente manifesta. Contudo, éramos nós que
merecíamos esse castigo. Jesus tomou sobre si a punição
que era destinada a nós. Esse aspecto da cruz “para nós” é
o que demonstra a sublimidade da sua graça. Ao mesmo
tempo justiça e graça, ira e misericórdia. É tão espantoso
que temos dificuldade para compreender.
Tudo isso para manifestar (ele repete 2 vezes 25b-26) sua
justiça, Tal demonstração, tinha como alvo “ele mesmo ser
justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (3.26).
Justificar sem deixar de ser justo, e ser justo sem deixar de
justificar.
E ele fez isso não só para os pecados cometidos partir dali,
mas pelos pecados de todo o seu povo em todos os
tempos.
Versículo 25b
Deus pacientemente ignorou os pecados da humanidade
por séculos e séculos, para punir esses pecados
publicamente na cruz do seu Filho. Essa paciência,
entretanto, era apenas a suspensão, e não a revogação da
punição que era devida; o vencimento da dívida foi adiado,
mas as acusações não foram canceladas. Não significa que
todos os nossos antepassados foram pro céu. Deus não os
condenou de imediato, porque já havia planejado um
sacrifício perfeito, já tinha em vista enviar Jesus na
plenitude dos tempos (V.26).
Aquelas antigas ofertas e sacrifícios, a obediência da lei,
não salvavam e nem perdoavam o home, elas propiciavam
uma purificação da carne, concediam uma pureza
cerimonial, habilitavam o povo a continuar orando a Deus.
Contudo, não havia sob o Antigo Testamento um sacrifício
que pudesse realmente remover o pecado. O máximo era
apontar para o sacrifício que aconteceria na cruz, o
sacrifício que poderia purificar a consciência de obras
mortas e reconciliar verdadeiramente o homem com Deus.
Paulo conclui então no Versículo 28. O homem é e sempre
foi salvo pela fé. Os homens do passado eram salvos pela
na fé no cordeiro que viria, nós somos salvos pela fé no
cordeiro que já veio. Eles olhavam para frente, nós olhamos
para trás. Eles eram salvos pelo sangue de Cristo que viria,
nós somos salvos pelo sangue de Cristo que já veio.
Quando o Filho de Deus sofreu e morreu, expiou os
pecados de todos os que creram ou iriam crer por meio de
uma fé viva, ou seja, de todos os crentes de ambas as
dispensações antiga e nova. Os méritos da cruz estendem-
se tanto para trás como para adiante. Os crentes que
viveram antes de Cristo não foram perdoados por causa
dos sacrifícios que ofereceram. Foram perdoados porque
olhavam para Cristo. Foi a fé em Cristo que os salvou,
exatamente como é a fé em Cristo que nos salva agora.
Deus pôde, de fato, segurar sua mão e tolerar os pecados,
sem comprometer a sua justiça, porque o seu propósito
sempre foi ocupar-se com eles uma vez por todas, decisiva
e definitivamente, e de modo inteiramente adequado,
mediante a cruz. Os pecados do passado, do presente e do
futuro foram tratados de uma vez para sempre na cruz.
Na cruz a justiça e o amor de Deus se beijaram. Na cruz
Deus redimiu o seu povo, aplacou a sua ira e demonstrou
publicamente a sua justiça, Na cruz o Filho de Deus sofreu
o golpe da lei que deveria cair sobre nós. O cálice da ira
que deveríamos beber, Cristo sorveu-o todo sozinho. A
morte que deveríamos receber como justa sentença dos
nossos pecados, Cristo a sofreu por nós na cruz. A cruz foi
o palco da manifestação tanto da ira de Deus contra o
pecado como do seu amor imensurável.
Versículo 28
Quando falamos que somos salvos mediante a fé, não
pense que isso vem de nós. Não há nenhum elemento
meritório na fé. A única função da fé é receber o que a
graça oferece. a fé é como a mão vazia do mendigo que se
estende para receber a oferta. Mendigar, porém, não
constitui uma obra, nem um mérito, nem um direito.
Versículo 27
Uma vez que a justificação é obra de Deus, e não do
homem; e uma vez que ela é recebida pela fé, e não pelo
mérito das obras, cessa qualquer possibilidade de vangloria
pessoal. Não existe provisão para o orgulho na salvação
pela graça. Não há nenhum crédito ou mérito em nos
lançarmos à misericórdia de Deus em Cristo.
Versículo 29-30
os judeus não possuem nenhuma superioridade sobre os
gentios. A salvação nem é garantida pela circuncisão nem é
impossibilitada pela incircuncisão, porque qualquer um que
Deus justifica é justificado pela fé.
A doutrina da justificação pela fé exclui não apenas
qualquer possibilidade de vangloria, mas também qualquer
forma de elitismo e discriminação. A doutrina da
justificação pela fé exclui não apenas qualquer possibilidade
de vangloria, mas também qualquer forma de elitismo e
discriminação.
Versículo 31
Paulo já antecipa uma possível pergunta dos Judeus, se
somos salvos pela fé, a lei então não serve para nada?
Vamos anular o evangelho?
A lei e a fé não são antagônicas. Não estão em oposição
uma à outra. A fé não anula a lei, nem a lei dispensa a fé. A
lei cumpriu o seu propósito preparando o caminho para a
fé. A função da lei é expor e condenar o pecado e trancar o
pecador no calabouço da culpa até que Cristo venha libertá-
lo através da fé. Assim, a fé justifica aqueles a quem a lei
condena. Lutero disse algo incrível, a lei me leva a Cristo e
Cristo me leva de volta a lei. A lei nos condena e nos leva
para os braços de salvação de Cristo, e agora gratos pela
salvação perguntamos como faço para te agradecer pela
salvação imerecida, ele diz, “não terás outros deuses diante
de mim, ....”
 Conclusão
John Stott expõe as três implicações da doutrina da
justificação pela fé. Primeiro, ela humilha os pecadores e
exclui a vangloria. Segundo ela une os crentes e exclui a
discriminação. Terceiro, ela confirma a lei e exclui o
antinomismo. Nada de vangloria, nada de discriminação,
nada de antinomismo.
Ficou que a obra da redenção é obra exclusiva de Deus, ele
salva, ele nos procura, ele nos chama, ele nos perdoa, nos
justifica, nos dá a fé, ele nos regenera. Deus chama você
no evangelho, venha, arrependei-vos e crede no evangelho.
Leia Romanos 8:1

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