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Patriarcado de Jerusalém.
Introdução
Limudáh (Didaqué) significa “instrução” ou “doutrina”. Trata-se de um escrito
que data de meados do século I de nossa era e, portanto, bem próximo dos
escritos da Brit Hadashah (Novo Testamento). O nome “Instrução dos Doze
Sh’liachim (Apóstolos)” lembra Atos 2:42 “o ensinamento dos Sh’liachim
(Apóstolos)” . Os estudiosos hoje estão de acordo em dizer que ela é fruto da
reunião de várias fontes escritas ou orais, que retratam a tradição viva das
Comunidades Nazarenas do século I. Os lugares mais prováveis de sua origem
são a Palestina ou a Síria.
A Limudáh (Didaqué) foi compilada, segundo uns autores, entre os anos 50-70.
Se foi redigida, mesmo que tenha sido apenas em suas primeiras partes, nos
anos 50, estamos em plena época de Shaul (Paulo). Todos os autores estão de
acordo em que a comunidade na qual foi escrita estaria situada na Palestina ou
na Síria e, talvez na própria Antioquia. Esta comunidade estava formada por
Judeus Nazarenos que, provavelmente, começou acolher também alguns
gerim (estrangeiros, prosélitos, gentios).
Por outro lado, nota-se que os serviços são também muito simples e se resume
a celebrações feitas em clima doméstico. Os sacramentos mencionados
pertencem à iniciação Nazarena – Tevilá (batismo) ,confissão e parecem ser
todos administrados pela comunidade. Visível, contudo, é o clima que a
comunidade vive, dentro de uma sociedade estruturalmente pagã. A
preocupação de não se confundir com o ambiente, de não se deixar manipular
por aproveitadores oportunistas (até mesmo disfarçados de Nevy (profeta), a
esperança um pouco nervosa de uma escatologia próxima e o tema da
perseverança heróica no caminho da emunah (confiança,fé) são características
das comunidades nascentes, que ainda estão descobrindo sua vocação e
missão no olan (mundo).