Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gerencial I
Assistência Técnica
e Gerencial
30 horas
Informações e Contato
SBN – Quadra 1, Bloco F Edifício Palácio da Agricultura – 1º e 2º andar
Site: www.faculdadecna.com.br/ead/
Diretor Geral
Daniel Klüppel Carrara
Gerencial I
Assistência Técnica e Gerencial
Sumário
Ponto de Partida!............................................................................................ 5
Introdução do módulo ........................................................................................................ 9
Tema 1 | O agronegócio..................................................................................................... 12
Tópico 1 | Introdução ao agronegócio........................................................................14
Tópico 2 | Cadeias produtivas....................................................................................19
Tópico 3 | Teoria geral de custos...............................................................................26
Tópico 4 | Economia de escala...................................................................................32
Tópico 5 | Elasticidade de preços...............................................................................36
Encerramento do tema.................................................................................. 41
Tema 2 | Introdução ao Gerenciamento............................................................................. 44
Tópico 1 | Conceitos administrativos.........................................................................46
Tópico 2 | Gestão e gerenciamento da propriedade rural.................................................51
Tópico 3 | Características peculiares em uma empresa rural......................................57
Tópico 4 | Fatores que interferem na gestão de uma empresa rural............................63
Tópico 5 | Aplicando o gerenciamento em uma empresa rural...............................................68
Encerramento do tema.................................................................................. 77
Tema 3 | Renda bruta da atividade..................................................................................... 79
Tópico 1 | Componentes da renda..............................................................................82
Tópico 2 | Critérios de definição de custos entre atividades.......................................88
Tópico 3 | Cálculo da renda bruta..............................................................................92
Tópico 4 | Peculiaridades no cálculo da renda bruta..................................................97
Tópico 5 | Aplicando o cálculo da renda bruta..........................................................101
Encerramento do tema................................................................................ 111
Encerramento do módulo............................................................................ 114
Linha de Chegada....................................................................................... 116
Referências................................................................................................. 121
Ponto de Partida!
Esse curso tem como objetivo principal abordar a dinâmica no campo e o dia a dia
de um Técnico de Campo, capacitando-o para as diferentes situações que envolvem
a Assistência Técnica e Gerencial da propriedade rural.
Para ter um melhor aproveitamento do curso e utilizar com qualidade todos os recur-
sos disponíveis, confira se as configurações do computador atendem as especifica-
ções mínimas para acesso:
Atividade de passagem
Fórum
Simulado
Avaliação
Estudo de caso
Certificado
Ao final do percurso, com o desempenho esperado, você terá seu certificado de con-
clusão do curso. Para obtê-lo, você deverá:
Agora que você está bem informado, poderá dar início ao seu curso e realizar o
acesso ao conteúdo. Conte sempre com a ajuda da tutoria e da monitoria caso tenha
alguma dúvida quanto ao curso ou Ambiente de Estudos. Aproveite a oportunidade
para participar das atividades propostas, como os fóruns e enquetes.
Lembre-se de que você terá sucesso garantido na busca por crescimento pessoal e
profissional se mantiver a organização e a dedicação durante esse processo.
Tome nota
Ao final deste tema, espera-se que você Espera-se também que você esteja apto
seja capaz de conhecer o histórico e a a identificar os conceitos da teoria geral
evolução do agronegócio e de analisar de custos, a elencar os efeitos da eco-
o setor rural brasileiro nesse contexto, nomia de escala no custo unitário de
além de reconhecer a composição e a um produto e a identificar o reflexo da
importância das cadeias produtivas. demanda e da oferta em seu preço.
Para atingir esses objetivos, este tema está estruturado em cinco tópicos:
Neste tópico, você verá alguns conceitos sobre custos de produção e a divisão clássi-
ca dos custos, de acordo com sua natureza.
Indústrias de
suporte
Indústrias responsáveis
pelo fornecimento de Fonte: Shutterstock
máquinas e equipamen-
tos, insumos, processa-
A essa integração, que envolve atividades de produção agropecuária com indús-
mento, armazenamento e
comércio de alimentos. trias de suporte às demais atividades de apoio, dá-se no nome de agronegócio.
Objetivos
Agribusiness Até meados da década de 1950, entendiam-se como negócio rural apenas os pro-
cessos de transformação que ocorriam dentro das propriedades rurais, ou seja, a
Derivado do termo agri-
produção de produtos primários que seriam ofertados ao mercado consumidor. O
cultura, este termo diz
respeito a um conjunto termo “agribusiness” foi proposto pela primeira vez em 1957, por John Davis e Ray
de operações que en- Goldberg, pesquisadores da Universidade de Harvard.
volve a produção, passa
pela armazenagem e
o processamento e se
Davis e Goldberg reconheceram que não mais seria adequado analisar a econo-
estende à distribuição
mia rural nos moldes tradicionais (com setores isolados que fabricavam insu-
de produtos agrícolas e
mos, processavam os produtos e os comercializavam), mas sim como o conjunto
derivados.
de operações de todos os segmentos que contribuem para a produção rural.
Antes da porteira
Produção e fornecimento de insumos, máquinas, equipamentos e serviços especializados
Dentro da porteira
Preparo e manejo de solos, tratos culturais, irrigação, colheita e criação animal
Depois da porteira
Transporte, industrialização, distribuição e comercialização
Os segmentos antes da porteira dizem respeito a tudo que ocorre antes da atividade
na propriedade rural. Destaca-se a produção de insumos, que podem ser conceitu-
ados como os fatores de produção que propiciam a produção primária. Aplicando
esse conceito básico à atividade agropecuária, podemos chamar de insumos todos
os bens e serviços que propiciam a produção do setor agropecuário, ou seja, tudo o
que facilita, melhora ou aumenta a produção.
• Energia • Fertilizantes
O segmento agropecuário dentro da porteira, por sua vez, refere-se à produção pro-
priamente dita e engloba desde o preparo inicial do solo até a obtenção do produto
para ser comercializado. Essa etapa é aquela sobre a qual o produtor possui domí-
nio, define a cultura a ser implantada, o volume ou o nível de intensificação/tecnifi-
cação, período e escalonamento de produção, armazenamento e comercialização.
• comércio;
• agroindústrias;
Fonte: Shutterstock
Você sabia?
Quanto maior for a integração entre os agentes identificados como elos das cadeias
produtivas, nas mais diferentes etapas do trabalho, melhores serão os resultados
alcançados, a qualidade do produto final e a eficiência do uso dos recursos físicos
e financeiros. A figura a seguir representa esquematicamente uma cadeia produtiva
com o exemplo de um produto de origem agropecuária.
As exigências cada vez maiores por parte dos consumidores forçaram o agronegó-
cio a avançar nas operações de processamento e preservação de seus produtos e,
consequentemente, fizeram com que a atividade agropecuária expandisse a porteira.
Isso resultou em complexas cadeias produtivas.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Essa situação fica nítida quando percebemos que, em média, dependendo da cadeia
produtiva analisada, apenas 20% do faturamento bruto do agronegócio fica na pro-
priedade rural, e os demais 80% no setor de transformação, transporte, comércio e
serviços de apoio.
Na prática
Entendendo melhor o que são cadeias produtivas, agora vamos aprender o que são
os custos, que estão diretamente ligados a elas.
Custos são, portanto, a soma dos valores monetários dos produtos e serviços usa-
dos na produção de outros bens ou serviços.
Objetivos
Neste tópico, você conhecerá o que são custos e sua forma de clas-
sificação, e verá como considerá-los na realização do melhor planeja-
mento para sua propriedade.
Elevada participação da
A apropriação dos custos é subjetiva.
mão de obra familiar
Assim, para que o custo de produção seja o mais próximo da realidade, é fundamen-
tal que se tenha bom conhecimento e registros da rotina da propriedade analisada.
Isso porque a observação do processo é uma etapa fundamental, tanto para a apro-
priação correta de custos quanto para a realização de intervenções tecnológicas,
além de auxiliar no planejamento da atividade.
De modo geral, as empresas buscam a minimização dos custos e a maximização dos lucros,
seja no meio urbano ou rural, já que o objetivo maior é sua perpetuação no mercado. Porém,
diante do insucesso da atividade, muitas vezes os produtores atribuem aos baixos preços
pagos pelos seus produtos no mercado ou aos altos custos de aquisição de insumos a res-
ponsabilidade pelo fraco desempenho econômico da sua empresa ou ramo de atividade.
Tome nota
O custo total é subdividido em dois tipos, que aprenderemos a seguir: custos variá-
veis e custos fixos.
Custos variáveis
Os custos variáveis, tratados nesta metodologia como custo operacional efetivo
(COE), são aqueles com os quais o produtor tem desembolso direto, ou seja, sobre
os quais tem total domínio.
Se uma propriedade não obtiver produção, os custos variáveis podem ser evitados.
Assim, podemos afirmar que esses custos se alteram diretamente com a variação
da produção, ou seja: mais produção, mais custo variável; menos produção, menos
custo variável. Além disso, os custos variáveis são consumidos dentro do mesmo
ciclo de produção – em fertilizantes, herbicidas, inseticidas etc.
Na prática
Tais custos, na maioria das vezes, são negligenciados pelos produtores, que muitas
Depreciação
vezes não sabem de sua existência. Quando isso ocorre, a propriedade pode ficar
A depreciação pode ser sucateada, ou seja, o produtor não consegue renovar ou reformar suas benfeitorias,
definida como a perda
máquinas, equipamentos e uma lavoura já exaurida.
de valor de um bem
decorrente de seu uso
Na metodologia de custos de produção da ATeG, os custos fixos são originários de
ou desgaste natural, ou
seja, na administração três fontes: depreciação, mão de obra familiar e custo de oportunidade do capital.
de empresas rurais, a
depreciação é registrada A seguir, entenda mais sobre mão de obra familiar e custo de oportunidade do capital:
como um percentual
do valor financeiro do Mão de obra familiar
bem que é descontado Na mão de obra familiar, busca-se obter o comparativo de valores quanto ao que o produtor
ao longo do tempo de
receberia se executasse para terceiros a mesma atividade que exerce para si. Dessa forma,
acordo com a vida útil
ele pode decidir se é mais atrativo continuar como empresário ou vender sua capacidade de
que este bem apresen-
trabalho e tornar-se empregado.
ta. A depreciação se
aplica no caso de bens
permanentes, como, Custo de oportunidade do capital
por exemplo, imóveis,
Já na análise do custo de oportunidade do capital, caso ocorra em momento prévio à instalação
máquinas e equipamen-
tos e veículos. Portanto, do empreendimento, o empresário poderá optar entre diversas possibilidades de investimentos
cabe à empresa rural e retornos possíveis para o seu capital. Uma vez que se investe em determinada atividade, essa
administrar uma reserva oportunidade continua existindo enquanto houver capital empatado na atividade – máquinas, equi-
destinada à substituição pamentos e benfeitorias, que passarão a ter menor remuneração conforme forem esgotando suas
dos bens que sofrem vidas úteis.
desgaste.
Neste último cenário, da remuneração do capital, mesmo que se torne mais difícil
a recuperação parcial desse capital com a sua venda, ou mesmo que não se deseje
deixar a atividade, esse custo continuará existindo.
Já falamos sobre custos totais, assim como em sua divisão entre va-
riáveis e fixos. Porém, devemos conhecer também o custo de cada
unidade produzida, que chamamos de custo total unitário (CT unitá-
rio). O CT unitário é obtido pela divisão do custo total pela quantida-
de total de itens produzidos. Podemos também calcular, da mesma
maneira, o custo operacional efetivo unitário (COE unitário) e o custo
operacional total unitário (COT unitário).
Porém, da mesma forma que o CT jamais se iniciará abaixo do CF, o CFM também
jamais será menor do que o CV. Essas linhas não se cruzarão, pois à medida que se
aumenta o CV, aumenta-se o CT, pelo fato de o primeiro ser componente intrínseco
do segundo e causar reflexos diretos em suas curvas.
No que tange ao CV, podemos observar dois momentos em sua curvatura. Primeiro,
próximo a zero, com a concavidade voltada para baixo, quando podemos dizer que ele
aumenta a uma taxa decrescente. E isso se reflete no custo variável médio (CVM) do
produto devido a um ganho de escala gerado pelo aumento da produção. No segundo
momento, quando a concavidade está voltada para cima, podemos dizer que o CV pas-
sa a crescer. A esses efeitos, dá-se o nome de Lei dos Rendimentos Decrescentes.
A isso damos o nome de produto marginal, seja ele crescente, decrescente ou ne-
gativo. Ele nos diz quanto variará a quantidade de produto final dado o aumento de
algum insumo.
Veja que, na figura, apresentamos a análise dos rendimentos decrescentes por meio
do produto marginal (pontos de “A” a “I”), em diversos níveis de inserção de um fator
de produção (“eixo x”: de “1” a “8”).
Na prática
Agora que você já pôde compreender o que são os custos, podemos avançar e en-
tender mais sobre economia de escala.
Objetivos
Até certo limite, fatores como mão de obra, animais, terra, máquinas e benfeitorias
não precisam ser aumentados para se elevar a produção. Assim, até esse limite, o
aumento da produção resultará na redução do custo médio total.
Na prática
Tome nota
Assim, aumentar a escala até o limite de uso dos custos fixos é fundamental para
determinar o sucesso de qualquer atividade agropecuária. Em diversos casos, o
maior gargalo no setor produtivo pode ser o baixo volume de produção diante do
volume de recursos mobilizados para que a produção ocorra.
A compreensão da economia de
escala (e da gestão econômica),
Sabe-se que fusões e incorporações não são corriqueiras no setor rural, portanto,
aos produtores cabe a melhoria da eficiência do processo produtivo (o que está es-
tritamente atrelado à qualidade da gestão da propriedade, aos índices zootécnicos
e agronômicos e à organização da cadeia produtiva) para que não sejam “forçados”
a saírem de suas atividades.
Ganhos crescentes
Ganhos decrescentes
Objetivos
Oferta Demanda
Elástica:
A demanda elástica significa que uma alteração percentual do preço provoca uma demanda para o produto
superior à registrada no preço, por exemplo: uma redução de 10% no preço ocasionou um aumento de 25%
na demanda.
Inelástica:
Já na demanda inelástica, esse percentual se torna menor do que essa alteração (‹10%).
Na prática
Queda R$
- - +5% 5250
de 15% 26.775,00
R$
- - +10% 5500
28.050,00
R$
- - -30% 3500
24.150,00
Alta de R$
- - -5% 4750
15% 32.775,00
R$
- - -10% 4500
31.050,00
Até mais!
Observamos ainda que a noção de custos é muito mais ampla do que a somatória
das despesas diretas, as quais chamamos de COE, por isso devem ser considerados
também os custos indiretos (depreciação, juros sobre capital próprio e mão de obra
familiar).
Por isso, Marcelo explicou que o Sr. Ariovaldo deve ter em mente que
é necessário pensar de forma global na propriedade. E é justamente
isso que faz da Fazenda um agronegócio.
No próximo tema, vamos dar início ao estudo dos conceitos de gestão e gerencia-
mento de empresas rurais, assim como dos fatores que interferem direta e indireta-
mente nesse processo.
Avante e sucesso!
Se você estiver com alguma dúvida quanto ao assunto, retorne ao conteúdo do mó-
dulo ou, se preferir, entre em contato com o tutor.
Questão
No tema 1, estudamos sobre Introdução ao Agronegócio, Cadeias Produtivas, Teo-
ria Geral de Custos e Economia de Escala. Com base no que você estudou até o
momento, analise as afirmações abaixo e indique quais alternativas apresentam
opções corretas:
c. Segundo a Teoria Geral dos Custos, o Custo Total pode ser dividido em ba-
sicamente dois segmentos: fixos e variáveis.
1. A, B e C
2. B, C e E
3. A, B e E
4. B, C e D
5. B e D
O produtor rural, muitas vezes absorvido pela rotina do trabalho na fazenda, tem difi-
culdades em aplicar técnicas administrativas em seu negócio. Isso se agrava quando
poucas pessoas dominam os conceitos e as técnicas administrativas, por exemplo,
uma metodologia de cálculo de custo de produção.
Ao final deste tema, esperamos que você domine os conceitos que circundam a ges-
tão, o gerenciamento, a análise dos ambientes interno e externo e, por fim, as peculia-
ridades do meio rural, que tornam a gestão no agronegócio um grande desafio.
Neste tópico, você poderá ampliar seus conhecimentos acerca das características
peculiares de uma empresa rural e de como cada uma delas influencia na rotina do
gerenciamento.
Neste tópico, você estudará a influência dos ambientes interno e externo no desenvol-
vimento das estratégias da empresa rural e no gerenciamento.
Neste tópico, que encerra o tema, será apresentado o case da Fazenda Santa Felicida-
de, que utilizaremos ao longo de todo o curso para aplicar o conteúdo aprendido em
cada módulo.
Objetivos
Pode-se concluir que gestão não se refere somente à ação, mas também à tomada de decisões corretas
compreendendo todos os elementos relevantes para que a decisão seja a melhor possível no contexto
em que se insere. Dessa forma, o processo de gestão da propriedade rural torna-se mais eficiente, com
decisões assertivas sobre o que, quando e como produzir e avaliação dos resultados obtidos.
Gerenciamento
O gerenciamento é a execução da administração na rotina de um negócio. O gerente
atua de forma setorizada em nível operacional, conduzindo a interação entre as pes-
soas, os processos e os ambientes interno e externo ao negócio.
Coleta de dados
4 2
Análise e interpretação
Podemos dizer que esse processo é contínuo, pois, ao longo do tempo, o ambiente
em que a empresa está inserida muda e as próprias características peculiares do
meio rural fazem com que cada ciclo de produção seja único.
Na prática
O produtor já tinha visto notícias sobre essa nova praga pela televisão e
ouvido relatos em propriedades vizinhas, porém não acreditou que isso
chegaria até ele.
Logo, podemos concluir que o que deu certo em anos anteriores não
necessariamente dará certo neste ano.
Sistemas de produção
O sistema de produção é composto por um conjunto de atividades e operações re-
lacionadas a produção, ou seja, é um conjunto de elementos interligados, que traba-
lham juntos em direção a um propósito comum, e é essa integração que vai deter-
minar o resultado de todo o sistema.
Os sistemas podem ser classificados de acordo com o nível de tecnologia utilizada:
Fonte: Shutterstock
Objetivos
Essa gestão precária, associada a fatores culturais, levou muitos produtores, ao lon-
go do tempo, a obterem resultados econômicos insuficientes, o que desestimulou a
atividade e, consequentemente, comprometeu a sucessão familiar.
Etapas da gestão
Registros
Identificação de problemas
Um desvio nos indicadores (ou seja, resultados não esperados para determinada me-
dição) é um problema a ser resolvido.
Na prática
Monitoramento
O monitoramento é um ponto crítico do processo de gerenciamento nas empresas
rurais. O gestor, ao tomar determinada decisão, não deve supor que o problema está
resolvido. Muitas vezes, o desafio está apenas começando.
É sempre importante que o gestor monitore não apenas os resultados, mas também
todos os processos empregados no ciclo produtivo para que, ao final, o resultado não
decepcione.
Você está pronto para aprender ainda mais? Vamos conhecer agora as característi-
cas peculiares em uma empresa rural.
É preciso aprender a reconhecer fatores que podem fazer toda a diferença para sua
gestão e gerenciamento.
Objetivos
Disponibilidade de água.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Não será possível “desligar” as plantas até que a atividade volte a ser
rentável, certo? As plantas precisam dos insumos para sobreviver e
produzir seus frutos.
Incidência de risco
Além disso, toda e qualquer atividade eco-
nômica está sujeita a riscos. Na agropecu-
ária, os riscos assumem proporções ainda
maiores, pois as explorações podem ser afe-
tadas por problemas causados pelo clima
(seca, geada, granizo); pelo ataque de pra-
gas e moléstias; e pelas grandes flutuações
de preços que caracterizam o setor.
Fonte: Shutterstock
Os produtos
Pouco altera a oferta total, pois, por maior que seja a produção de uma propriedade,
ela pouco significa na oferta global do produto.
Até lá!
Objetivos
Variações cambiais
A alta no dólar aumenta a atratividade das exportações e pode elevar os preços.
Na prática
Além disso, o empresário rural deve saber lidar com o fator clima, pois, com o uso
de previsões, ele pode tomar as melhores decisões de plantio, colheita, estoque e
comercialização.
Ademais, o empresário rural deve considerar os aspectos culturais, que podem ultra-
passar os limites econômicos e científicos. Muitas decisões de produção são toma-
das com base na tradição, e não na busca pelo melhor resultado econômico.
Na prática
A seguir, veja mais alguns fatores que influenciam a tomada de decisões e os resul-
tados do negócio agropecuário:
Economia do país
Tecnologia
Disponibilidade de fornecedores
Para evitar isso, o produtor pode buscar novos fornecedores no mercado ou, em caso
de pequenos produtores, estes podem se organizar em associações, cooperativas e
clubes de compra para reduzir seus custos.
Veremos este assunto novamente, de forma mais detalhada, nos módulos posteriores.
Por enquanto, vale destacar que o ambiente interno também representa o conjunto de
recursos de produção que estão sob a tomada de decisão do gestor, ou seja, é o que ele
constantemente vai monitorar, agir e corrigir para que a empresa alcance seus objetivos.
Fonte: Shutterstock
Na prática
Agora que você já está sabendo muito mais sobre como criar estratégias de geren-
ciamento e gestão, que tal entender sobre a aplicação do gerenciamento em uma
empresa rural?
Objetivos
Vamos lá!
Sua propriedade possui um total de 5 hectares, dos quais 1,5 é destinados à produção de alfa-
ce e composto (cultivo protegido), onde possui quatro estufas que totalizam 5.000 m² de área
(5.000 m² de produção, ciclo de produção da semeadura a colheita de 60 dias, isso correspon-
de a seis safras por ano, considerando uma produtividade de 12 pés de alface por m² por safra,
temos 12 x 5.000 = 60.000 pés por safra, 60.000 x 6 safras = 360.000 pés de alface por ano,
dividindo este valor por 12 meses teremos uma produção de 30.000 pés de alface por mês)
e o restante da área é destinado à atividade de silvicultura. A produção de alface da fazenda
é assistida por um Técnico de Campo, e o Sr. Ariovaldo, muito disciplinado, segue à risca as
recomendações técnicas.
A produção de alface exige um nível tecnológico mais elevado, em que todas as fases da pro-
dução devem ser realizadas com máximo controle. Na propriedade, existe uma preocupação
em manter uma organização na escala de produção, pois erros neste processo podem com-
prometer o fluxo de caixa do negócio.
Produto Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12
Venda
no 28.000 27.800 27.900 27.950 28.000 28.000 27.950 28.000 28.000 28.150 28.100 28.050
atacado
Venda a 2.000 2.200 2.100 2.050 2.000 2.000 2.050 2.000 2.000 1.850 1.900 1950
varejo
Total 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000
Produto Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12
Preço R$ 0,70 0,65 0,68 0,75 0,73 0,70 0,71 0,68 0,67 0,72 0,75 0,70
atacado
Preço R$ 1,20 1,20 1,15 1,16 1,14 1,25 1,20 1,25 1,15 1,20 1,25 1,25
varejo
Produto Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12
Consumo 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31
Os resíduos orgânicos gerados Houve uma valorização da área A mão de obra nessa propriedade
pela produção de alface são uti- de cultivo nos últimos 12 meses, é familiar, com contratação de
lizados para a produção de com- esta foi avaliada em R$ 6.400,00 serviços temporários esporadi-
posto. No último ano, foram pro- e, atualmente, vale R$ 22.400,00. camente. Nos últimos 12 meses,
duzidas 1.200 sacas de 50 kg de Essa valorização é decorrente foram contratadas 110 diárias do
composto, das quais 500 sacas o da aquisição de materiais orgâ- Joaquim, um diarista da região. O
produtor comercializou a R$ 32,00 nicos para ser usado na com- serviço realizado pelo Sr. Arioval-
cada, o que totaliza R$ 16.000,00. postagem. O material adquirido do e família, se fosse contratado,
O restante do composto está na custou um valor de R$ 2.000,00. estaria avaliado, em média, em R$
propriedade em diferentes fases de 1.600,00/mês.
processamento.
Inventário de benfeitorias
As benfeitorias da propriedade são mostradas na tabela a seguir.
Utilização na
Valor unitário Vida útil Idade
Item Quantidade atividade de Valor total (R$)
novo (R$) (anos) (anos)
horticultura
Galpão de 96
m² de madeira 1 100% 30.000,00 30.000,00 20 10
(depósito)
Galpão de 80
m² de madeira 1 80% 20.000,00 16.000,00 20 23
(máquinas)
Estufa de 40m x
4 100% 15.000,00 60.000,00 15 5
50m
Estufa de pro-
dução de mudas 1 100% 1.500,00 1.500,00 15 16
10m x 20m
Unidade de
lavagem de 1 100% 1.800,00 1.800,00 20 5
hortaliças
Unidade de
produção de 1 50% 1.000,00 500,00 20 5
compostagem
TOTAL 116.400,00
Utilização
na Valor unitário Vida útil Idade
Item Quantidade Valor total (R$)
produção novo (R$) (anos) (anos)
de alface
Caminhão baú –
1 100% 80.000,00 80.000,00 15 5
Câmara fria
Enxada rotativa
1 100% 1.000,00 1.000,00 15 5
encanteiradora
Semeadora de hor-
1 100% 400,00 400,00 15 5
taliças manual
Computador com
1 80% 2.500,00 2.000,00 5 7
impressora
Equipamento
para lavagem de 1 100% 1.200,00 1.200,00 5 2
hortaliças
Bebedouro tipo
1 100% 300,00 300,00 5 2
gelágua
TOTAL 137.640,00
Utilização na
Valor unitário Vida útil Idade
Item Quantidade produção de Valor total (R$)
novo (R$) (anos) (anos)
alface
Mesa de
1 100% 250,00 250,00 10 5
escritório
Armário com
1 80% 350,00 280,00 10 12
fichário
Mesa para
computador e 1 100% 200,00 200,00 10 11
impressora
TOTAL 11.310,00
Inventário da compostagem
Veja agora o levantamento da quantidade de composto da Propriedade Serra Grande:
Composto fase
150 R$ 32,00 R$ 4.800,00
intermediária
TOTAL R$ 22.400,00
Aração e gradagem
(terceirizado) horas 20 R$ 80,00 R$ 1.600,00
máquina
Programa de
1 - -
capacitação
TOTAL R$ 3.080,00
Sementes 11.700,00
Substrato 7.800,00
Fungicida 720,00
Inseticida 960,00
Energia 1.600,00
Combustível 2.280,00
Embalagens 1.800,00
Total 72.024,20
Todos esses dados da Propriedade Serra Grande se referem aos últimos 12 meses
de produção e foram levantados a partir das notas fiscais de compra.
Esses fatores não podem ser mudados pelo gestor, porém, ele precisa definir estraté-
gias que permitam gerenciá-los, para que não comprometam os resultados.
Vídeos
Questão
Ao longo do tema 2 deste módulo conhecemos conceitos administrativos importantes
para a gestão das empresas rurais. As particularidades das organizações rurais impac-
tam na gestão das mesmas, por isso estudamos as características e os fatores que in-
terferem na tomada de decisão do gestor, considerando os ambientes interno e externo.
Leia as afirmativas e com base no conteúdo deste tema, indique quais alternativas apre-
sentam opções corretas assinalando a opção com a sequência correta.
É muito comum nas propriedades rurais trabalhar com mais de uma atividade agro-
pecuária ou mesmo com atividades secundárias ao negócio principal da proprie-
dade. E, muitas vezes, a gestão do negócio é comprometida, pois o produtor não
consegue separar o custo e a renda dessas atividades distintas.
Isso pode fazer com que uma atividade lucrativa esconda o prejuízo da outra e a
atividade mais onerosa esconda o lucro da atividade lucrativa.
Ao final deste tema, esperamos que você componha de forma correta a renda de
uma atividade e saiba usar critérios para alocar os custos entre atividades e dentro
de uma mesma atividade.
Para atingir esse objetivo, este tema está estruturado em cinco tópicos:
Neste tópico, você estudará os componentes da renda bruta das atividades e os con-
ceitos que os envolvem.
Neste tópico, você estudará critérios para alocar os custos entre atividades diferentes
e dentro de uma mesma atividade.
Neste tópico, você poderá ampliar seus conhecimentos acerca dos conceitos da ren-
da bruta e verá sua aplicação em um estudo de caso.
Neste tópico, você estudará as peculiaridades que envolvem o cálculo da renda bruta
na produção de alface, com destaque para o conceito, a função, a aplicação e as
vantagens do cálculo da variação da produção de composto como componente da
renda bruta da atividade.
Neste tópico, que encerra o tema, utilizaremos o estudo de caso da Propriedade Ser-
ra Grande para aplicar conceitos sobre renda.
Renda Bruta (RB) = [produção total x preço médio ponderado (PMP)] + subprodutos
do sistema de produção (RSub).
Mas espere! Ainda teremos muito mais para mostrar neste tópico.
Objetivos
Que você está afiado na matemática a gente já sabe, mas será que você já notou
quais são todos os itens que compõem uma renda bruta? Pode ter certeza de que
você se depara com eles quase todos os dias.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Caixas de laranja.
• toneladas de laranja/ha;
• sacas de milho/ha;
• arrobas/ha/ano;
A mão de obra é outro importante componente do custo que tem sua produtividade
medida pela divisão da produção total pelo número de colaboradores ou por quanto
de outros fatores de produção um colaborador é capaz de cuidar.
• arrobas/dia/homem;
• plantas/dia/homem;
• kg/dia/homem.
Espigas de milho/planta
Kg de pepino/planta
Subprodutos
Os subprodutos são produtos gerados devido à existência de uma atividade prin-
cipal e devem compor a renda e os custos da atividade quando consumidos na
propriedade.
Atividades secundárias
As atividades secundárias são as que interagem com a atividade principal da pro-
priedade, porém, não se destinam ao mercado. A decisão da sua existência está sob
domínio do produtor.
Subproduto
Atividades secundárias
As atividades secundárias podem ter ou não ligação com a atividade principal, mas
sua existência passa pela decisão do administrador. Por exemplo: processar ou não
a laranja é uma decisão do administrador.
Você já está conhecendo bem os componentes da renda bruta, certo? Agora, vamos
apresentar os critérios que o ajudarão a definir os custos entre as atividades das
cadeias produtivas.
Fonte: Shutterstock
Objetivos
Neste tópico, você aprenderá sobre rateio de custos e seu cálculo, as-
sim como a melhor forma de alocação das receitas da propriedade.
Para que possamos analisar com coerência os diversos tipos de sistemas dentro de
uma mesma atividade, a metodologia ATeG utiliza duas formas para a determinação
e a divisão de custos entre atividades:
Consorciação de culturas
Como essa separação é muito difícil por meio de critérios simples, os custos de de-
preciação são rateados entre milho pipoca, abóbora e melão na proporção da renda
gerada por esses produtos. O mesmo pode ser pensado para a mão de obra, o com-
bustível e outras despesas da consorciação de culturas.
Nos dois exemplos, fica bem claro que o melhor método a ser adotado é o rateio, de
acordo com a receita gerada por cada produto. Ele consiste em assumir que o custo
de um produto é proporcional à renda gerada por ele para toda a atividade. Isso pode
ser expresso pela fórmula a seguir:
Muitos se questionam se esse método define com precisão os custos de cada pro-
duto ou subproduto. Neste momento, é importante ressaltar que esse critério não
permite ao gestor definir com precisão os custos inerentes a cada produto ou subpro-
duto. Porém, como a distribuição dos custos é feita de forma proporcional, e a renda
gerada por produto é contabilizada efetivamente, o gestor pode inferir a relação be-
nefício-custo de cada atividade.
Se o custo de produção de pepino for maior Se o valor da conserva for menor em rela-
do que seu preço de mercado, o produtor ção ao custo com o seu processamento, o
poderá tomar a decisão de manter apenas produtor poderá decidir entregar toda sua
a atividade de produção de conservas e produção de pepino para a indústria.
adquirir o pepino de outro produtor.
Agora que você já entendeu mais sobre a renda bruta e os critérios para sua defini-
ção, vamos nos aprofundar em seu cálculo, para não cometer nenhum erro!
Vamos lá?
Muitas propriedades obtiveram resultados positivos por causa do aumento dos ín-
dices de produção. Um exemplo é a Fazenda Santa Rita, uma propriedade hipotética
que usaremos para exemplificar os cálculos de renda bruta da atividade.
Fonte: Shutterstock
A Fazenda Santa Rita é a propriedade do Sr. José Maria, cuja atividade principal é a
produção de erva-mate. Em 2016, ela produziu muito bem, e o Sr. José Maria está “só
sorrisos”!
O resultado de todo o esforço, uma grande produção, foi vendido conforme mostrare-
mos a seguir.
Venda de sementes
Mês Venda de erva-mate (@) Valor unitário (R$) Valor total (R$)
(kg)
Janeiro
Abril
Junho
Julho
Setembro
Novembro
Saiba mais
Ao analisarmos os dados apresentados, podemos ver que ainda não foi calculado
o preço médio, obtido pela divisão da renda bruta anual pela produção total do ano.
Vamos calculá-lo passo a passo, para que você compreenda bem e possa aplicar em
seu dia a dia.
Até lá!
Objetivos
Outra questão importante, que pode ter interferência direta na renda da produção da
atividade, está no uso do espaçamento entre plantas que diretamente se refletirá na
renda bruta total.
Vamos analisar alguns possíveis cenários para entender melhor por que o espaça-
mento influencia na participação da alface na renda da atividade.
Nesse cenário, observa-se que, com uma densidade de plantas maior, a área pro-
duziu um maior número de plantas, porém a renda da produção da alface está 44%
menor do que o exemplo de menor espaçamento.
Na prática
- Safra 1: R$ 0,85/unid
- Safra 2: R$ 0,90/unid
- Safra 3: R$ 0,74/unid
- Safra 4: R$ 0,50/unid
- Safra 5: R$ 0,83/unid
- Safra 6: R$ 0,92/unid
• Calcule:
Agora, vamos partir para a etapa final do curso e aplicar todo o conhecimento cons-
truído na Propriedade Serra Grande (aquela que já conhecemos, lembra?).
Neste tópico, faremos a composição da renda dessa propriedade, por isso, é impor-
tante que você fique bem atento e veja como o proprietário e o Técnico de Campo
fizeram seus cálculos, a partir de dados que já lhe apresentamos.
Para calcular a renda bruta de uma atividade, soma-se a renda obtida por produ-
to dessa atividade no intervalo de 12 meses a qualquer outra renda gerada – por
exemplo, a venda de composto.
Objetivos
Tome nota
Por fim, para definir a renda da atividade da olericultura somamos a renda da alface
comercializada no atacado e a varejo com a renda da venda de composto.
Vamos lá?
A renda mensal, por sua vez, é obtida multiplicando-se o volume vendido em cada
mês pelo preço praticado naquele mês. Veja a tabela:
Alface
Mês Preço (R$) Renda mensal (R$)
(unidade)
Alface
Mês Preço (R$) Renda mensal (R$)
(unidades)
Alface
Mês Preço (R$) Renda mensal (R$)
(unidade)
1 31 x 1,20 = 37,20
2 28 x 1,18 = 33,04
3 31 x 1,15 = 35,65
4 30 x 1,16 = 34,80
5 31 x 1,14 = 35,34
6 30 x 1,25 = 37,50
7 31 x 1,20 = 37,20
8 31 x 1,25 = 38,75
9 31 x 1,15 = 35,65
10 30 x 1,20 = 36,00
11 31 x 1,25 = 38,75
12 30 x 1,25 = 37,50
Quantidade
Item Preço (R$) Total (R$)
(sacas)
a. Renda da alface
Total 265.565,38
A relação entre renda da alface/renda da atividade deveria ser de 80% a 90% (12
plantas por m²). No entanto, no exemplo mostrado, o valor está superior (94,31%),
então, devemos adicionar a variação da produção de composto na renda da ativi-
dade da olericultura para obter dados corretos.
Cálculo da VPC
Como já aprendemos, o cálculo é realizado segundo esta fórmula:
VPC = valor atual da produção – valor da produção no ano anterior – compras reali-
zadas no intervalo de 12 meses
• Compras = R$ 2.000,00
VPC = R$ 14.000,00
TOTAL 295.565,88
Dessa forma, temos um novo cálculo que mostra a relação renda da alface/renda da
atividade de olericultura:
Assim, podemos dizer que a Propriedade Serra Grande está dentro da normalidade.
Total de unidades
30.031 30.028 30.031 30.030
produzidas
Vendido no atacado
19.600,00 18.070,00 18.972,00 20.962,00
(R$)
Total de unidades
30.031 30.030 30.031 30.031
produzidas
Vendido no atacado
20.440,00 19.600,00 19.844,00 19.040,00
(R$)
Total de unidades
30.031 30.030 30.031 30.030
produzidas
Vendido no atacado
18.760,00 20.268,00 21.075,00 19.635,00
(R$)
Assim, temos:
VPC 14.000,00
Dessa forma, podemos dizer que a renda da alface foi composta por toda a produ-
ção, inclusive a destinada ao consumo, pela venda de composto e pela variação da
produção de composto (VPC).
Nos próximos módulos, você aprenderá que a VPC e a alface destinada ao con-
sumo não são contabilizadas no fluxo de caixa, nem como entrada nem como
saída, pois a transação financeira não ocorreu. Porém, na análise de rentabili-
dade, serão componentes da renda e do custo de produção.
Neste tema, foi possível conhecer e compor a renda de uma atividade. É impor-
tante destacar que toda a produção obtida, mesmo a que foi doada, utilizada
como insumo ou consumida por colaboradores, deve entrar como item para os
cálculos de renda.
Posteriormente, cada um desses itens deverá ser contabilizado como custo. Isso
permite enxergar quanto da renda foi comprometido com cada item, seja descarte,
perda, consumo ou doação.
Antes de partir, veja o vídeo que trouxemos para você e faça as atividade de passa-
gem, para fixar ainda mais os conteúdos.
Se você estiver com alguma dúvida quanto ao assunto, retorne ao conteúdo do mó-
dulo ou, se preferir, entre em contato com o tutor.
Questão
A renda de um negócio deve ser dimensionada corretamente, assim como o rateio
dos custos, para que possamos avaliar o resultado econômico de um negócio. Com
relação à renda bruta, analise as proposições e assinale a alternativa que contém a
sequência correta:
Como você pôde perceber, boa parte dos conceitos se relacionam, e até mesmo se
complementam, uma vez que no agronegócio existem diversas peculiaridades que
devem ser levadas em consideração no momento de aplicá-los. Por isso, a necessi-
dade deste material específico para o campo, diferentemente dos materiais de ges-
tão industrial, cujo ambiente é passível de controle quase absoluto.
A partir de agora, você está preparado para realizar um amplo diagnóstico da cadeia
produtiva em que você se insere e poderá encontrar de maneira mais eficiente pon-
tos de estrangulamentos antes, dentro ou fora da porteira.
Você agora também é capaz de atribuir corretamente o que foi apurado de renda
bruta para o seu negócio, sempre considerando os conceitos preconizados pela me-
todologia ATeG.
Então, vamos seguir em frente! No próximo módulo, vamos iniciar o estudo do cál-
culo de custo de produção. Tenha muita atenção a esse conteúdo.
Mas, antes de nos despedirmos, veja o vídeo que preparamos para você.
Ah, e você pode baixar todas as referências que usamos para criar este conteúdo.
Assim, você poderá ler materiais complementares, que o ajudarão a se tornar ainda
mais fera em gerenciamento e gestão da empresa rural.
Você sabia?
Parabéns pelo seu percurso até aqui! Bom, chegamos em mais um momento para
você aplicar seus conhecimentos! Para finalizar o módulo, você deverá realizar três
atividades:
São 17 questões objetivas sobre os três temas deste módulo. Você pode
respondê-lo até três vezes. O objetivo é que você se prepare bem para a
Simulado avaliação. A realização dessa atividade é obrigatória, porém, não afere
nota. Essa é uma ótima oportunidade para verificar o seu conhecimento,
estudar e ter uma prévia de como será a avaliação.
Para acessar essas atividades, clique no menu do seu ambiente de estudos e clique
em Minhas avaliações.
Fonte: Shutterstock
A avaliação estará disponível somente depois que você passar pelo simulado. Co-
mece quando se sentir seguro e confiante em seu aprendizado, pois aqui você terá
somente uma tentativa de acerto.
Não se preocupe se houver uma queda de energia, pois você não perderá o que já
respondeu! O sistema de avaliações, incluindo o simulado, salva automaticamente
as suas respostas.
Para obter informações mais detalhadas sobre como acessá-lo ou se tiver qualquer
dúvida, entre em contato pelo Tira-Dúvidas ou pelo e-mail faleconoscoead@faculda-
decna.com.br, ou ainda via telefone, pelo 0800 006 4849, de segunda a sexta-feira,
das 8h às 12h e das 14h às 18h, no horário de Brasília.
Questão tema 02
Resposta A, D e E
correta:
Feedback A alternativa correta é a c).
Questão tema 03
Resposta A, B, C e E
correta:
Feedback A afirmativa A está correta, pois a renda de um negócio é exatamente a
somatória de toda a riqueza por ele produzida. O produto da multiplicação é
produção x preço de comercialização. É importante que se adicione à renda
os resultados obtidos com a venda dos subprodutos (também frutos da
multiplicação produção de subprodutos x preço) e a variação da produção
de composto, ou seja, quanto de riqueza foi produzida em composto, porém
não comercializada no período em que está contabilizando renda/custo.
Lembrando que, segundo a metodologia de ATeG, essa avaliação é feita
anualmente.