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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos que a temática da Educação Inclusiva possui certa complexidade


na sua implementação, são muitas partes envolvidas no processo educacional. É um
processo que exige muito empenho, sintonia, objetivo realmente pautado na
aprendizagem significativa dos estudantes com alguma deficiência e com suas
necessidades educacionais especiais.
Percebemos que o trabalho a ser desenvolvido numa instituição que possui
matriculados seus alunos com deficiência em salas de ensino regular ou seja salas comuns
de aprendizagem, exige muito comprometimento, conhecimento e vontade de todo o
grupo escolar, de conhecer e aprender as especificidades e características individuais dos
estudantes ali pertencentes e inseridos.
Buscamos ao decorrer das leituras, responder a nossa problemática da pesquisa
que é: analisar no Plano Municipal de Educação, as atuações políticas e educacionais
referentes à Educação Inclusiva implementadas pela Secretaria Municipal de Educação
do município de Jataí-GO; Direcionando aos departamentos competentes que elaboram
planos de ação para atender os estudantes com deficiência matriculados nas escolas de
ensino regular.
Tivemos que, incialmente contextualizar a Educação Inclusiva desde as primeiras
discussões estabelecidas no tratado de Salamanca, os planos de ação e diretrizes nacionais
através do Ministério da Educação, em que trata da Educação Inclusiva e seus aportes.
Os artigos e objetivos elencados pela Secretaria de Estado e Educação, do estado de Goiás
e, finalmente nas diretrizes municipais através do Plano Municipal de Educação.
Observamos que o NAE que é o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão,
departamento de Inclusão da Secretaria Municipal de Educação, orienta suas ações pela
Resolução CME nº 013/2006do Conselho Municipal de Educação, onde instaura as
diretrizes para a Educação Inclusiva na rede de ensino de Jataí-GO.
Ainda a muito a se fazer em relação a efetivação das ações em leis para serem
aplicadas na prática. Percebemos, enquanto professora da rede pública, um
distanciamento do que temos na legislação e o que realmente se aproxima dos estudantes
com deficiência.
Entendemos que é de extrema importância a união e cooperação de todas as
pessoas envolvidas no processo de ensino voltado à inclusão. Órgãos governamentais que
estudam e elaboram as normativas referentes ao processo de inclusão, sem se isentar com
compromisso financeiro de custar todo o acervo de recursos materiais, didáticos e
pedagógicos; assessoras do Departamento que fundamentam as orientações em objetivos
presentes em documentos oficiais, gestores e coordenadores que incentivam a aplicação
de ações, estratégias que viabilizem o ensino sistemático.
Podemos complementar nossa consideração com a citação de Mantoan (2003):

Confirma-se, ainda, mais uma razão de ser da inclusão, um motivo a


mais para que a educação se atualize, para que os professores
aperfeiçoem as suas práticas e para que escolas públicas e particulares
se obriguem a um esforço de modernização e de reestruturação de suas
condições atuais, a fim de responderem às necessidades de cada um de
seus alunos, em suas especificidades, sem cair nas malhas da educação
especial e de suas modalidades de exclusão. (MANTOAN, 2003, p. 29).

Percebemos que há muito a se construir, as pessoas com deficiência mais podem


mais ficar invisíveis para a sociedade e para as instituições, sejam elas educacionais ou
governamentais. A teoria precisa se alinhar à prática, à realidade de todo um sistema.
Falar de deficiência talvez não nos toque radicalmente, emocionalmente, mas é
preciso que mudemos nosso olhar sobre isso. Somos pessoas que vivem e interagem em
sociedade, num ir e vir de aprender diariamente, que possamos aprender que as diferenças
são fundamentais para nos tornamos também especiais e assim, promover uma verdadeira
inclusão, onde todos são diferentes, mas são nas diferenças que nos tornamos iguais.
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