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Sumário

Apresentação da Disciplina ......................................................................................... 6


Dedicatória .................................................................................................................. 7
Minicurrículo do Autor ................................................................................................. 8
1ª UNIDADE – HUMANIDADE, APRENDIZAGEM E SOCIEDADE ............................ 8
1.1 A Cultura e o Aprendizado Humano .................................................................... 10
1.2 As ciências sociais e o Estudo do Comportamento Humano .............................. 11
1.3 Surgimento Da Sociologia ................................................................................... 12
1.3.1 Enfoques teóricos em sociologia da educação .......................................... 13
1.3.2 Como Surgiu o Laicismo e sua influência na Educação ............................ 14
Palavras-chave da 1ª Unidade .................................................................................. 15
Atividades .................................................................................................................. 16
Referências da 1ª Unidade........................................................................................ 21
2ª UNIDADE - OS PENSADORES SOCIAIS ............................................................ 21
2.1 Auguste Comte.................................................................................................... 19
2.2 Émile Durkheim ................................................................................................... 22
2.2.1 Principais aspectos da teoria sociológica de Durkheim ............................. 23
2.3 Karl Max .............................................................................................................. 24
2.4 Max Weber .......................................................................................................... 26
Palavras-chave da 2ª Unidade .................................................................................. 32
Atividades .................................................................................................................. 36
Referências da 2ª Unidade........................................................................................ 38

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Apresentação da disciplina

Caro (a) acadêmico (a),

A disciplina Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação é


imensamente significativa para a sua formação acadêmica. Já percebeu como sua
vida está permeada pela manifestação pelos agrupamentos sociais e pelos
pensamentos filosóficos? Você irá descobrir com esta disciplina que a Filosofia e a
Sociologia fundamentam a educação. Diante disso, o objetivo desta disciplina
compor os conhecimentos sobre a ciência da Educação e sua fundamentação na
Filosofia e na Sociologia para a formação pedagógica e exercício da docência.
Sendo assim, o domínio das competências da leitura das diversas ciências e
conhecimentos que compõem a educação é condição fundamental para o pleno
exercício da profissão, principalmente do profissional da educação.

Bons Estudos!

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Dedicatória

A Deus, origem da minha força.


À minha família, minha base.
Ao Prof. Vitangelo Plantamura por acreditar na educação como
transformadora da realidade e pelas oportunidade de aprender a aprender.
À Dimanara Machado pelo muito aprendido em EaD.
Aos acadêmicos Francisco de Assis, Karla Cristina pelo profissionalismo acadêmico,
dedicação e colaboração na pesquisa e na produção deste material didático.
E a todos os que se dedicam à nobre tarefa de educar.

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Minicurrículo das Autoras

A Professora Ana Maria de Araújo Siade é Especialista em


MBA - Gestão Universitária (cursando 1021 Tutoria e
Docencia em Educação a Distância no Ensino Superior
(2015); em Didática do Ensino Superior (2014) e em
Metodologia do Ensino Superior (2012) pela Universidade
Nilton Lins, Graduada em Letras - Língua Portuguesa pela
Universidade Nilton Lins e Pedagogia pelo Centro
Universitário Uninorte. Tem experiência com: coordenação
do Curso de Letras; coordenação de elaboração e revisão
de material didático - Universidade Nilton Lins; elaboração e
aplicação de projetos educacionais interdisciplinares;
formação didática de professores; coordenação de projeto
de educação popular em Organização não Governamental –
Fundação Fé e Alegria; curso de Língua Portuguesa,
redação e produção textual – Fundação Bradesco.

Currículo Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?
id=K4292336J9

A professora Cleiciane Maia Ferreira é Mestre Em Letras E


Artes pela Universidade do Estado do Amazonas (2014).
Especialista em Tutoria e Docência em EaD No Ensino
Superior pela Universidade Nilton Lins (2015). Especialista
Em Metodologia Do Ensino Superior pela Faculdade
Salesianas Dom Bosco (2009). Graduação em Licenciatura
Plena Em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas
- UFAM (2006) e em Produção Publicitária pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas -
IFAM (2005). Atualmente é professora da Universidade
Nilton Lins e coordenadora pedagógica do Núcleo da
Educação à Distância Universidade Nilton Lins. Tem
experiência na área de Filosofia, Comunicação e EaD.
Endereço para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/1035145110848364

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UNIDADE 1

1. HUMANIDADE, APRENDIZAGEM E SOCIEDADE


O homem assim como os animais desenvolveu processos de convivência,
reprodução, acasalamento e defesa.
Diante disso, responda o seguinte questionamento:

Problematizando

O homem nasce humano ou torna- se humano?

Analise a citação a seguir e responda o questionamento.

Citação
O homem, portanto, distingui- se das demais espécies
porque grande parte de seu comportamento não se
desenvolve naturalmente em sua relação com o mundo,
nem se transmite a sua descendência pelos genes. Ele é
um animal que necessita de aprendizado para adquirir a
maior parte de suas formas de comportamento. Costa
(2005.p.12)

Analisou? Qual sua análise?

Assista
O homem nasce humano quanto espécie, mas torna-se humanizado no
convívio social no qual desenvolve um aprendizado segundo a cultura.

Confirme na matéria do programa Domingo Espetacular com


esclarecimentos de especialistas.
https://www.youtube.com/watch?v=XkCH7ky1fJw

Compare essa dica com os exemplos dos casos das crianças que foram
identificadas como seres humanos selvagem criados em ambientes livres.

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Você lembra da história de Dica
Figura1 Leia mais sobre “O menino
Mogli o menino-lobo? Certamente selvagem de Aveyron”
se não leu deve ter assistido em
desenho animado ou filme. Enfim,
essa obra literária foi escrita por
um anglo-indiano Rudyard Kipling (1865-
1936), narra a historia de um menino
inteligente e sociável, que tanto se dá bem
com os animais quanto com seres humanos. Fonte: https://specularimage.wordpress.com/
2012/05/23/isaac-luria-and-the-coming-community-
Ele é um personagem fictício criado pela or-agamben-and-kabbalah/

imaginação do autor, no entanto, a história


real que vamos mostrar não reflete essa realidade.
Ocorreu na Figura 1.2 As irmãs em um convívio selvagem do ponto de vista
Índia no ano de 1921,
duas irmãs por nome
Amala e Kamala,
descobertas numa
caverna vivendo entre
lobos com
aproximadamente
quatro e oito anos de
idade, foram
confinadas num asilo
para serem Fonte: http://www.mnn.com/family/babies-pregnancy/photos/9-children-who-were-raised-by-
animals/amala-and-kamala http://www.mnn.com/family/babies-pregnancy/photos/9-children-
observadas por who-were-raised-by-animals/amala-and-kamala

estudiosos. Amala a
mais nova logo morreu não resistiu ao novo convívio, a mais velha viveu por cerca
de oito anos, tinham hábitos diferentes, eram semelhantes aos animais comiam com
as mãos e tinha olfato e audição aguda, apoiavam-se nas mãos e pés para se
locomoverem. Kamala, a menina que sobreviveu, demorou seis anos para andar de
forma ereta, ela não se adaptava com humanos preferia a companhia de animais.

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O meio social, no qual os personagens reais da historia viviam, fazia parte da
constituição das suas vidas e contribuiu de forma significativa para o seu
aprendizado e desenvolvimento, ou seja, para desenvolver habilidades para a vida
naquela sociedade dos lobos. Desse modo, é possível percebermos que o
aprendizado do convívio social é fundamental para aprendermos a ser humanizados,
aprendizado esse que observamos e tomamos como modelo na convivência com os
grupos sociais nos quais estamos inseridos como a família, a escola, a comunidade,
igreja, dentre outros.

1.1 A Cultura e o Aprendizado Humano

A cultura humana contribui imensamente no processo do homem torna-se


humano, pois colabora com a construção do seu aprendizado, conhecimento e
organização de mundo, na comunicação e no compartilhamento com seus
semelhantes.
O aprendizado por meio da cultura proporciona que o ser
humano vá além do comportamento instintivo, forma uma dimensão
humana que enriquece a natureza. Passando assim, do estado natural
ao estado cultural.
O forma de pensar o mundo e
Figura 03 – Escavação Arqueológica
suas relações faz o homem atribuir A arqueologia estuda as sociedades humanas e
culturas já extintas, e a forma como elas
significado a realidade e transmitir influenciaram na formação da sociedade atual
informações e conhecimentos as
futuras gerações.
Assim ao longo da história da
humanidade, os obstáculos que o
mundo oferece servem como estímulos
ao ser humano para pensar e
desenvolver de ideias, criar, recriar,
construir e compartilhar.
.Fonte: www.abrhestagios.com.br
As diferenças culturais, devem-

10
se a circunstâncias que as cercam, aos meios nos quais ela se desenvolve, plenas
de necessidades e barreiras a serem ultrapassadas e de tradições herdadas do
passado.

Figura 4 – Diversidade cultural nas regiões do Brasil

Fonte: http://www.portalescolar.net/2011/09/dia-da-cultura-brasileira-

Conforme Costas (2015), os diferentes hábitos alimentares, a presença ou


não de escrita, o uso de fontes energéticas ou o desenvolvimento tecnológico são
aspectos da cultura que só se explicam em função de sua história e das
necessidades enfrentadas.
Em razão disso, as culturas se tornam muito diversificadas e complexas,
invalidando quaisquer comparações que tomem por base um único aspecto da vida
social e das diferentes sociedades. As culturas são conjuntos de crenças, relações,
formas de poder, linguagens onde cada um tem sua história.

1.2 As ciências sociais e o Estudo do Comportamento Humano


As ciências sociais pesquisam e estudam o comportamento
humano dentro de suas mais variadas formas de organização.

Conceito
As Ciências Sociais são o estudo
sistemático do comportamento social do ser
humano, e que seu objeto de estudo é
justamente o ser humano e suas relações
sociais.
11
A partir dessa compreensão, considera-se como objetivo dessa ciência, o
ampliar do conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais,
contribuindo assim a entender melhor a sociedade em que vivemos, os fatos e
processos sociológicos que nos rodeiam.
O homem, biologicamente falando, faz parte da espécie humana, no entanto,
torna-se humano. O que torna os seres humanos diferentes das demais espécies
de animais é que a maior parte de seu comportamento não se desenvolve
naturalmente em sua relação com o mundo, nem é transmitido por geneticamente, o
ser humano está sempre aprendendo na relação com o outro.
Retomando o exemplo das crianças criadas com os lobos, compreendemos à
luz da Sociologia que nascer humano não é suficiente para tornar-se humanizado,
socializado com conceitos e hábitos humanos. O homem aprende com seus
semelhantes uma serie de comportamentos e atitudes que jamais poderia
desenvolver no seu isolamento.

1.3 Surgimento da Sociologia

A Revolução Industrial iniciou na Inglaterra no século VXIII, expandiu-se pelo


mundo a partir do século XIX, trazendo consigo a destruição da velha ordem feudal
e a consolidação da nova sociedade capitalista, a expansão industrial atingiu os
países europeus acarretando muitos transtornos econômicos e sociais.
Com a revolução houve grandes transformações como mudanças
tecnológicas, tendo um grande impacto no processo produtivo, todas essas
transformações ocorreram devido a uma combinação de fatores, como liberalismo
econômico, acumulação de capital e invenções. Como consequências disso o
campo social sofreu mudanças, um número enorme de cidades cresceram o fluxo de
pessoas também.
Isso ocorreu porque antes o que predominava era a manufatura e o
artesanato, primitivo e lento, porém os produtos eram personalizados e não tinha
nem um igual a outro, os preços eram elevados justamente pelo tempo que os
artesãos levavam para a confecção individual. A era da evolução e a então classe
burguesa capitalista investe em máquinas industrias, processo mecanizado e assim
12
deu origem a produção acelerada em série, resultando em grandes lucros e muita
mão-de- obra barata. Diante disso, muitos artesãos ficaram numa difícil situação
porque seus produtos passaram a ser comercializados por processos industriais e
assim eles perderam seus espaços no comércio, pequenas empresas faliram e as
grandes empresas passaram a disputar espaços no mercado e ainda sofreram
impactos na questão econômica. Tratava-se de uma revolução comandada pela
classe burguesa que, dotada de poder econômico, exigia o poder político, os
burgueses pensavam somente em lucros mais não se preocuparam com os que
seriam afetados diretamente, com todas essas mudanças. Diante do cenário
exposto, surgiu a sociologia como uma tentativa de buscar soluções racionais,
científicas para os problemas sociais resultantes da Revolução Industrial e de
decomposição da ordem social.
Nesse contexto, Assim, surge a escola como instituição e como forma de
controle social e a educação com a perspectiva sociológica de ordem social.

1.3.1 Enfoques teóricos em sociologia da educação


Vamos compreender melhor a influência do pensamento social na educação.

Saiba Mais
A expressão laicidade deriva do termo laico, leigo.
Etimologicamente laico se origina do grego primitivo laós, que
significa povo ou gente do povo. De laós deriva a palavra grega
laikós de onde surgiu o termo latino laicus. Os termos laico, leigo
exprimem uma oposição ao religioso, àquilo que é clerical
(CATROGA, 2006).
Figura 5 - “Laicismo - Charge"

Fonte:www.caum.es/index.php?option=com_content&view=category&id=57:talle
r-de-laicismo&Itemid=79
13
1.3.2 Como Surgiu o Laicismo e sua influência na Educação

Durante a Idade Média, período de supremacia da Igreja Católica no


Ocidente, a racionalidade passou a ser apenas um mero instrumento auxiliar da fé.
Logo, o espírito especulativo deu lugar a uma visão instrumentalista da filosofia, ou
seja, pensadores como Platão e Aristóteles só eram retomados quando reafirmavam
o incontestável poder da igreja. Neste período a Igreja dominou o conhecimento e
logo a sistematização da educação tornando fundamentada embasada em doutrinas
religiosas. A fé e a crença condicionaram o conhecimento e o comportamento do ser
humano e da sociedade. Na Idade Média o conhecimento ficou dominado apenas
pelas ordens religiosas que se isolavam nos mosteiros e tinham acesso a textos de
filosofia, geometria e astronomia. Assim, a população laica deixou de participar e ter
acesso a esses conhecimentos.
O iluminismo teve seu ápice no século XIX, pois neste século ocorreu o
desenvolvimento e instrumentalização da ciência, dentre as demais ciências surgiu a
Sociologia e a ideia de uma educação laica fundamentada na ciência.
O laicismo reclama uma autonomia de opção religiosa e a exclusão das
Igrejas do exercício do poder político, administrativo, bem como da organização do
ensino público. O termo laicidade marca a separação gradativa entre o Estado e
Igreja, separando-se e assim da administração, da política, da justiça e finalmente
da escola. Sendo assim, primeiramente a França torna a laicidade constitucional,
posteriormente o Brasil segue o exemplo francês, tronando-se um estado laico.

Assista
No filme O Nome da Rosa, o qual mostra que
na Idade Média o conhecimento ficou dominado
apenas pelas ordens religiosas que se isolavam nos
mosteiros e tinham acesso a textos de filosofia,
geometria e astronomia
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-o-nome-da-
rosa-dublado-online.html

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PALAVRAS-CHAVE DA 1ªUNIDADE

1. Humano;
2. Humanização;
3. Aprendizagem;
4. Cultura;
5. Sociedade;
6. Grupos sociais;
7. Ciências Sociais;
8. Sociologia;
9. Educação;
10. Sociologia da educação
11. Pensadores sociais;
12. Educação laica;
13. Ciência;
14. Pensadores sociais;
15. Augusto Comte
16. Ação social;
17. Max Weber;
18. Mais valia;
19. Karl Marx;
20. Educação e economia.

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ATIVIDADES

1. Aplicando o conceito de laicidade à charge abaixo analise e disserte sobre os


seguintes pontos: a influência do laicismo na educação e suas contribuições; a
presença do laicismo até os dias atuais nas instituições públicas e educacionais.

A expressão laicidade deriva do termo laico, leigo.


Etimologicamente laico se origina do grego primitivo laós, que
significa povo ou gente do povo. De laós deriva a palavra grega
laikós de onde surgiu o termo latino laicus. Os termos laico, leigo
exprimem uma oposição ao religioso, àquilo que é clerical
(CATROGA, 2006).
Figura 5 - “Laicismo - Charge"

Fonte:www.caum.es/index.php?option=com_content&view=category&id=57:talle
r-de-laicismo&Itemid=79

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2. O conceito antropológico de cultura define o termo como:


a) um elemento que aproxima os homens dos animais;
b) uma função orgânica do homem;

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c) um elemento que garante a homogeneidade entre os povos;
d) um traço distintivo do homem, mas que não é homogêneo;
e) as capacidades e os hábitos esquecidos pelo homem;

* homogêneo – da mesma natureza que o outro;

Leia e analise o texto e responda a questão em seguida.

[...] De uma forma geral, em todas as culturas, os mitos e as lendas surgem como
formas que o homem encontrou para compreender e dar sentido aos fatos e eventos
da vida e do mundo. Muitos mitos explicam a origem das coisas, como certos
alimentos; práticas culturais, como a agricultura, e fenômenos naturais, como o
trovão e os eclipses. O contato dos povos indígenas com comunidades próximas
tornou algumas destas lendas conhecidas, de modo que foram absorvidas pela
cultura regional brasileira, como a lenda amazônica do boto cor-de-rosa, que gosta
de seduzir e namorar as moças incautas às margens dos igarapés. Outras lendas
são específicas de cada tribo. É o que explica a pesquisadora e curadora do Museu
do Índio do Rio de Janeiro, Chang Whang: "Geralmente cada povo indígena tem
seus mitos de origem, de como seu povo veio a ser. São os mitos cosmogônicos.
Esses mitos, transmitidos oralmente, de geração a geração, são muito importantes
na formação do indivíduo social, pois fornecem coesão simbólica à percepção do
indivíduo como parte de um corpo social, reforçando sua identidade étnica. Desde
tempos imemoriais, os mitos descrevem eventos que se dão no mundo indígena, e a
floresta é o elemento concreto, visível e tangível desse mundo".[...]
Disponível em: http://prodoc.museudoindio.gov.br/noticias/retorno-de-midia/68-mitos-
e-lendas-da-cultura-indigena. Acessado em 22 Jun 2015.

3. A essência da cultura, de forma geral, consiste em ideias, abstrações e


comportamento. Relacionando o texto acima aos conceitos podemos afirmar que o
texto apresenta:

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a) A essência da cultura nas ideias devido o mito ser uma concepção mental de
coisas concretas ou abstratas.
b) A essência da cultura no comportamento devido o mito organizar a sociedade
(etnias), bem como seu modo de agir em grupo, sua atitudes e suas reações
diante do meio social.
c) A essência da cultura na abstração devido consistir apenas no domínio das
ideias, da mente, excluindo totalmente as coisas materiais.
d) A essência da cultura nas ideias devido o mito ser uma concepção mental de
coisas concretas ou abstratas, como também a essência da cultura no
comportamento devido o mito organizar a sociedade (etnias), bem como seu
modo de agir em grupo, sua atitudes e suas reações diante do meio social.
e) A essência da cultura na abstração devido consistir apenas no domínio das
ideias, da mente, excluindo totalmente as coisas materiais, como também a
essência da cultura nas ideias devido o mito ser uma concepção mental de
coisas concretas ou abstratas.

18
Trocando Ideias
Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e troque ideias com os seus tutores
e seus colegas, tirando dúvidas e debatendo.

Assista a Vídeoaula
Relacione e aprofunde os seus conhecimentos sobre os
conteúdos abordados.

https://www.youtube.com/user/neadniltonlins2015

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Referências Bibliográficas da Unidade 1

CAMINI, Lúcia. Educação Pública de Qualidade Social. Petrópolis: Vozes, 2004.

CARDIERI, Tarcísio. Como nossa sociedade realmente funciona. São Paulo:


Pensamento Cultrix, 2007.

COSTA, Maria Cristina C. Sociologia - Introdução à Ciência da Sociedade. São


Paulo: Ed. Moderna. 2009.

FERREIRA, L. C. Idéias para uma sociologia da questão ambiental, teoria social,


sociologia ambiental e interdisciplinaridade. In: Desenvolvimento e Meio Ambiente,
Editora UFPR. 2006.

FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e Sociedade. São Paulo: Leitura Dinâmica,


2005.

OLIVEIRA, Pérsio Santos. Sociologia. São Paulo, 2008.

SOCZKA, L.; Gulbenkian, C. Contextos humanos e psicologia ambiental. 2000.

TOMAZI, N. D. Iniciação a sociologia. Ed. Atlas, 2000.

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UNIDADE 2
OS PENSADORES SOCIAIS

2.1 Auguste Comte

Figura 6 - Auguste Comte


Biografia
Filósofo francês, fundador
da Sociologia e do
positivismo. Nasceu em
Montpellier, no sul da
França, 19 de janeiro de
1798, nove anos após o
início da revolução
francesa e morreu em
Paris, no dia 5 de
setembro de 1857, com
cinquenta e nove anos de
idade.
Ilustração: André Toma
Fonte:revistacult.uol.com .br/home /2011/01/ auguste-
comte/

Pai do positivismo, acreditava que era possível planejar o desenvolvimento


social e do indivíduo com critérios das ciências exatas e biológicas, também
defendia uma educação laica e fundamentada na ciência.
O filósofo viveu em um período da história francesa na qual se alternavam
regimes despóticos e revoluções. A turbulência levou não só a um
descontentamento geral com a política como a uma crise dos valores tradicionais.
Comte buscou oferecer uma resposta a esse estado de ânimo através da
combinação de elementos da obra de pensadores anteriores e contemporâneos,
resultando num corpo teórico o qual chamou de positivismo.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu no início do século XIX na
França.
Os principais idealizadores foram os pensadores Augusto Comte e John
Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do
século XIX e começo do XX, período em que chegou ao Brasil. O positivismo
defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento
21
verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é
correta se ela foi comprovada através de
Interessante
métodos científicos válidos. Um dos fundamentos do
O positivismo é ainda devido ao grande positivismo é a ideia de que
tudo o que se refere ao saber
progresso das ciências naturais, particularmente e conhecimento humano pode
das biológicas e fisiológicas, Tenta-se aplicar os ser sistematizado conforme os
princípios adotados como
princípios e os métodos daquelas ciências à critério de verdade para as
filosofia, como revolvedora do problema do ciências exatas e biológicas.
Para Auguste Comte, a
mundo e da vida, com a esperança de conseguir aplicação de uma análise
os mesmos fecundos resultados. cientifica à sociedade é o
cerne da sociologia, cujo
Defende a ideia de que o conhecimento objetivo seria o planejamento
cientifico é a única forma de conhecimento da organização social e
política.
verdadeiro. De acordo com os positivistas
somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de
métodos científicos validos. Os positivistas não consideram os conhecimentos
ligados às crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado
cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos
avanços científicos.
Para Augusto Comte a lei dos três estados não é somente verdadeira para a
história da nossa espécie, ela o é também para o desenvolvimento de cada
indivíduo.
Nesta época, começou a escrever o livro de filosofia Positiva, que seria uma
filosofia das ciências. De um lado, procede a uma classificação das ciências, por
ordem de complexidade, de outro, formula a Lei dos Três estados, que
caracterizam períodos da história humana.
Em seguida vamos conhecer a Lei dos Três estados de Augusto Comte.

22
Podemos definir a Lei dos Três estados como:

 Fictício  Metafísica  Positiva

No qual a A humanidade
Explica os fatos ignorância da realidade e a
por meio de vontades busca respostas científicas
descrença num Deus todo todas as coisas. Este estado
análogas à nossa (a poderoso levam a crer em
tempestade, por exemplo, ficou conhecido como
relações misteriosas entre Positivismo. A busca pelo
será explicada por um as coisas, nos espíritos,
capricho do deus dos conhecimento absoluto,
como exemplo. O esclarecimento sobre a
ventos, Éolo). Este estado pensamento abstrato é
evolui do fetichismo ao natureza e seus fatos. É o
substituído pela vontade resultado da soma dos dois
politeísmo e ao pessoal.
monoteísmo. estágios anteriores.

Para Comte "as ideias conduzem e Saiba Mais


transformam o mundo" e é a evolução da Dentro do conceito fictício,
também conhecido como
inteligência humana que comanda o desenrolar teológico, possuímos mais três
da história. conceituações:
1) Animismo: também
De acordo com Lacerda (Elementos conhecido como fetichismo, é
Estáticos da teoria política de Augusto Comte: as entendido por dar a objetos da
natureza, vida como a dos
pátrias e o Poder Temporal, 2004), o modo de seres humanos. De acordo
perceber a realidade do mundo e do ser com (SOARES, 1998, pg. 45 e
46) o momento mais avançado
humano, determina-se através de determinada do fetichismo é o astrolático e,
sociedade em questão. Na visão do modelo deste, o maior
desenvolvimento corresponde
positivo de pensar, essa íntima relação com a a concepção dos astros ou
sociedade implica também que o objeto de planetas como moradas de
entidades personificadas.
preocupação do ser humano muda, das 2) Politeísmo: todas as coisas
questões absolutas e teológicas no modo fictício e fenômenos naturais ocorrem
por vontade dos deuses que
de pensar, para o próprio ser humano e a possuem controle absoluto, ou
realidade que o cerca. seja cada acontecimento
passa a ser realizado por um
Algumas de suas obras são: deus especial.
 Sistema de Filosofia Positiva (1830- 3) Monoteísmo: tudo
acontece pela vontade de um
1842); Deus (Único), que tem poder
 Sistema de Política Positiva ou absoluto sobre todas as
coisas.

23
Tratado de Sociologia instituindo a Religião da Humanidade (1851-
1854);
 Catecismo Positivista ou Sumária Exposição da Religião Universal
(1852);
 A Indústria (1817);
 Dentre outras.
Enfim, Augusto Comte defendeu a educação como responsabilidade do
estados, laica e fundamentada na ciência.

2.2 Émile Durkheim

Figura 7 - Émile Durkhein Biografia


Émile Durkheim foi um
sociólogo francês.
Considerado o pai da
sociologia moderna e chefe da
Escola Sociológica Francesa.
Nasceu no dia 15 de abril de
1858, em Épinal, no noroeste
da França, próximo à fronteira
com a Alemanha.
Descendente de família judia.
Estudou filosofia na Escola
Normal Superior de Paris. É o
criador da teoria da coesão
Imagem: André Toma
Fonte: http://faculties .sbu.ac.ir/~k_ razavi/fa/index.php/
social. Junto com Karl Marx e
sociology-of - relegion/78-03-durkheim-sociology-of- Max Weber, formam um dos
religion.html> pilares dos estudos
sociológicos. Morreu em Paris
em 15 de novembro de 1917,
aos 59 anos.

Émile Durkhein desenvolveu um pensamento sociológico sobre a educação e


sua função social, para o sociólogo francês a sociedade seria mais estruturada e
organizada com o processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da
jovem geração pela geração adulta" (Caria, 1997). E quanto mais eficiente for o
processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja
inserida.
Nessa concepção durkheimiana, também chamada de funcionalista, as
consciências individuais são formadas pela sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de
24
acordo com o qual a sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência
humana. A construção da sociedade, na concepção de Durkheim, é feita em sua
maior parte pela educação, o indivíduo assimila uma série de normas e princípios
sejam morais, religiosos, éticos ou comportamentais os quais servirão como coerção
para a conduta do indivíduo no grupo ou grupos sociais que frequentam ou fazem
parte. Essa teoria caracterizou a educação como um bem social e a relacionou pela
primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo assim o valor que as
capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo.

2.2.1 Principais aspectos da teoria sociológica de Durkheim

· Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com


técnicas especificamente sociais;
· A sociedade era algo que estava fora e dentro do homem ao mesmo tempo,
graças ao que se adotava de valores e princípios morais;
· A educação influencia a formação de valores do indivíduo, logo da
sociedade;
· A sociedade está estruturada em pilares, que se manifestam através
padrões sociais;
· Divisão social do trabalho: numa sociedade cada indivíduo deve exercer
uma função específica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade
social.
Principais obras:
1. Da divisão do trabalho social (1893)
2. As regras do método sociológico (1895)
3. O suicídio (1897)
4. A educação moral (1902)
5. Sociedade e trabalho (1907)
6. As formas elementares da vida religiosa (1912)

No livro "Da Divisão do Trabalho Social", (1893), ele estabeleceu as bases da


sociedade comparando a um organismo vivo, onde cada parte funcionava como um
órgão biológico que agiria de forma dependente. Assim, numa sociedade "doente",

25
que ele denominava de anomia, a cura para o melhor funcionamento social seria a
solidariedade orgânica.
No livro "As regras do método sociológico" (1895), estabeleceu as bases para
a sociologia como ciência. Em sua obra "O suicídio" (1897), avaliou que o maior
nível de integração social estava ligado aos índices de suicídio, que seriam maiores
quanto mais frágeis fossem os laços sociais. Também pesquisou assuntos sobre
religião, através do livro "Formas elementares da vida religiosa", de 1912.

Resumo:
 Escola Francesa;
 Seguidor de Auguste Comte - Positivismo;
 Método Funcionalista;
 Objeto de estudo: Fato Social (exemplos: vestimentas, idioma);
 Fato social: tudo que existe em sociedade
1. Exterioridade: fora do indivíduo;
2. Generalidade: dentro da sociedade;
3. Coerção: pressão sobre o indivíduo.

2.3 Karl Max

Figura 8 - Karl Max


Biografia
Karl Heinrich Marx (Trier,
1818-Londres, 1883) como
qual Durkheim, nasceu em
uma família de origem judaica,
perto da fronteira entre
Alemanha e França. Tendo
vivido em Paris e Londres,
formou-se em filosofia.
Articulou militância política e
produção teórica, realizando
Imagem: André Toma
uma profunda reflexão sobre o
Fonte: /www.gpcate.com/ capitalismo e desenvolvendo
importantes conceitos como
materialismo histórico, mais-
Karl Marx juntamente com Friedrich valia e modos de produção.

Engels possuíam um conjunto de ideias a partir

26
de uma constante luta de classes, partindo dessas ideias desenvolveram uma teoria
em quatro pilares fundamentais: filosófico, econômico, político e sociológico.
A partir do mundo capitalista Marx descreve a sua ideia de Sociedade.
Segundo o estudioso Gabriel Cohn (USP), o capitalismo é um sistema econômico no
acúmulo de capital.
Os meios de produção são as ferramentas utilizadas no processo de
produção. Não fazem parte dos produtos fabricados e nem pertencem aos
trabalhadores (proletariados), que ali oferecem sua força de trabalho em troca de
emprego, ficando na empresa que os produz.
Mais-valia é o termo usado para designar Assista
a disparidade entre o salário pago e o valor do Tempos Modernos (1936),
filme estrelado por Charles
trabalho produzido. Essa acumulação de Capital Chaplin faz fortes críticas ao
resulta do acumulo de Mais-Valia, onde o período pós - revolução
industrial e ao capitalismo.
trabalhador produz e parte não lhe é paga. Vale a pena conferir este filme
e atentar para o período em
questão.
Suas principais obras: Figura 2.4 “Tempos modernos”
1. A ideologia alemã;
2. Miséria da filosofia;
3. Para a crítica da economia política,
4. A luta de classes em Franca;
5. O capital (Apenas o primeiro
volume).
Fonte: Disponível em
<http://cabinedotempo.com.br/histori
Sua obra máxima, O capital, destinava-se a-2/cabine-historica/cabine-historica-
fatos-historicos-do-dia-05-de-
a todos os homens, não apenas aos estudiosos fevereiro/>
da economia, da política e da sociedade. Este é
um aspecto singular da teoria marxista. Há um alcance mais amplo nas suas
formulações, que adquiriram dimensões de ideal revolucionário e ação política
efetiva.

27
2.4 Max Weber

Figura 9 - Max Weber


Biografia
Maximilian Karl Emil
Weber, nascido na cidade
de Erfurt (Alemanha) dia
21 de abril de 1864, um
grande e importante
sociólogo, jurista,
historiador e economista
alemão. Considerado um
dos fundadores do estudo
sociológico moderno. Seus
estudos de mais
importância estão ligados
Ilustração: André Toma
Fonte: http://www. controversia.com.br / ás áreas da sociologia da
religião, sociologia política,
Weber tem como teoria a sociologia administração pública
(governo) e economia
compreensiva, ou seja, acreditava que o papel da Weber morreu no dia 14
sociologia é a análise e a observação dos de junho de 1920, na
cidade de Munique
fenômenos sociais extraindo todo conteúdo, (Alemanha).
ensinamentos e sistematizando-os para uma melhor compreensão. Weber distingue
a sociologia compreensiva como interpretação da Ação Social.
Ao contrário de Durkheim, Weber pensa em um sujeito que atua com relação
ao outro em coletividade.
Na visão de Weber a função do sociólogo nada mais era do que compreender
o sentido das chamadas ações sociais, explicitando os nexos causais que as
determinam; assim, suas contribuições foram em direção à análise multicausal dos
fenômenos sociais, onde destacará fatores culturais e materiais no surgimento das
instituições modernas e do consequente processo de racionalização e
desencantamento do mundo que as acompanham.
A Ação Social é um conceito que Weber estabelece para as sociedades
humanas e a essa ação só existe quando o indivíduo estabelece uma comunicação
com os outros. A ação social segue as seguintes características: ação humana
dotada de sentido; praticada de forma coletiva; há uma finalidade; é influenciada
pela ação dos outros e regulada por uma instituição social.

28
A ação social, para Max Weber, pode ser dividida em quatro ações
fundamentais: ação social racional com relação a fins, ação social racional com
relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
Para Weber, qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis
racionais é burocracia. Uma de suas frases mais conhecidas, "a organização é uma
estrutura sistêmica, um grupo organizado e estável de meios adequados a
fins". Entretanto, ainda segundo ele, nem todos os grupos sociais são organizações,
uma vez que esses grupos se dividem em duas grandes categorias: os primários e
secundários.

 Primário  Secundário

Os grupos formais, Também chamados


neles as pessoas de informais, no qual
possuem relações predominam as
sociais regida por relações pessoais,
regulamentos tais como as famílias,
explícitos e amigos e certos
categóricos. Tais grupos de interesse
regulamentos estão social ou profissional.
fundamentados em Podem ser
normas de direito e caracterizados por
obrigações para seus contatos diretos e
integrantes, suas indiretos, pois
regras e normas. geralmente perduram
por um longo tempo.

Max Weber acredita que a burocracia é a organização eficiente por


excelência, e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisava detalhar
antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deveriam acontecer.
Segundo Weber, as organizações formais apresentam três características
principais são elas: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo.

29
 Formalidade  Impessoalidade  Profissionalismo

Normas e São as relações entre Cargos de uma


regulamentos as pessoas que burocracia oferecem
explícitos que integram as aos seus ocupantes
constituem as organizações uma carreira, formação
organizações. São burocráticas. e meios de vida. Sua
chamadas de leis, Geralmente depende das
que estipulam os governadas de acordo qualificações do
direitos e deveres dos com os cargos que as participante.
participantes. mesmas ocupam, e
pelos direitos e
deveres desses
cargos.

A contribuição de Max Weber para a Teoria das Organizações foi a


identificação e hierarquização das estruturas de autoridade. O autor identificou as
razões do desenvolvimento das organizações burocráticas e o seu avanço sobre as
demais, além das características que chamou de "tendências variáveis da
burocracia". Apesar das críticas e disfunções constatadas na sua teoria, é verdade
que as organizações atuais não conseguem fugir do conjunto de características que
Weber atribui à burocracia e que acabam se revelando indispensáveis para seu
funcionamento. Apesar disto as pessoas passaram dar o nome de burocracia aos
defeitos do sistema, o que contrapõe a visão do autor.
Para ele a burocracia moderna não se trata apenas de uma forma avançada
de organização administrativa racional, mas sim uma forma de dominação legal. É
importante ressaltarmos que a Teoria das Organizações (Burocracia) de Max Weber,
não somente "abriu as portas" para a melhoria nas estruturas organizacionais
públicas e privadas, como também, ofereceu uma contribuição consistente para o
desenvolvimento da estrutura administrativa em nosso país, pois ajudou a combater
as práticas patrimonialistas que atrasavam o avanço da administração
pública brasileira. E ainda podemos dizer, que sua teoria contribuiu de forma
consistente para a compreensão da natureza das organizações sociais e humanas.

30
Das obras de Max Weber temos:
 Weber, Max. A ética protestante e o "espírito" do capitalismo, (1904-
1905);
 Weber, Max. A política como vocação, (1919);
 Weber, Max. A ciência como vocação, (1919);
 Dentre outras.
Dica de livro para consulta: Ringer, Fritz. A metodologia de Max Weber,
unificação das ciências culturais e sociais (1997); Dentre outras

Os pensadores sociais contribuíram para a partir da


Sociologia se pensar a educação, surgindo assim a
sociologia da educação a qual contribui para a compreensão
do fenômeno educacional, especificamente no que se
Fique de olho!!!
refere a escola.
Todos os pensadores
Nesta unidade você aprendeu como o homem sociais deram significativas
necessita da aprendizagem para se tornar humanizado contribuições para a
ciência da educação.
e que essa aprendizagem é construído pela cultura e
pela sociedade.

31
PALAVRAS-CHAVE DA 2ªUNIDADE

1. Humano;
2. Humanização;
3. Aprendizagem;
4. Cultura;
5. Sociedade;
6. Grupos sociais;
7. Ciências Sociais;
8. Sociologia;
9. Educação;
10. Sociologia da educação
11. Pensadores sociais;
12. Educação laica;
13. Ciência;
14. Pensadores sociais;
15. Augusto Comte
16. Ação social;
17. Max Weber;
18. Mais valia;
19. Karl Marx
20. Educação e economia;

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ATIVIDADES
1. Os pensadores sociais contribuíram na organização social e na educação,
conforme suas leituras pontue as contribuições dos seguintes pensadores:
a) Émile Durkhein
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) Max Weber
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
c) Karl Marx
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Quais as contribuições da Sociologia para a educação?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

33
Trocando Ideias
Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e troque ideias com os seus tutores
e seus colegas, tirando dúvidas e debatendo.

Assista a Vídeoaula
Relacione e aprofunde os seus conhecimentos sobre os
conteúdos abordados.

https://www.youtube.com/user/neadniltonlins2015

34
Referências Bibliográficas da Unidade 1

CAMINI, Lúcia. Educação Pública de Qualidade Social. Petrópolis: Vozes, 2004.

CARDIERI, Tarcísio. Como nossa sociedade realmente funciona. São Paulo:


Pensamento Cultrix, 2007.

COSTA, Maria Cristina C. Sociologia - Introdução à Ciência da Sociedade. São


Paulo: Ed. Moderna. 2009.

FERREIRA, L. C. Idéias para uma sociologia da questão ambiental, teoria social,


sociologia ambiental e interdisciplinaridade. In: Desenvolvimento e Meio Ambiente,
Editora UFPR. 2006.

FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e Sociedade. São Paulo: Leitura Dinâmica,


2005.

OLIVEIRA, Pérsio Santos. Sociologia. São Paulo, 2008.

SOCZKA, L.; Gulbenkian, C. Contextos humanos e psicologia ambiental. 2000.

TOMAZI, N. D. Iniciação a sociologia. Ed. Atlas, 2000.

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