Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Século XVIII
Existiram vários filósofos iluministas, cada um deles, debatia inúmeras áreas, desde a
educação, contrato social, religião etc.., entre os mais conhecidos filósofos iluministas
podemos destacar:
o John Locke;
o Jean-Jacques Rosseau;
o Voltaire;
o Montesquieu;
o Catarina II;
o Marquesa de Alorna.
Numa Europa ainda abalada por conflitos religiosos e doutrinários, o ideal de tolerância
religiosa, fundamentado no princípio da liberdade de pensamento e na opção individual, foi
defendido por vários pensadores. Os “Homens das Luzes” pretendiam combater o fanatismo
religioso que, no seu entender, colocava entraves ao uso da razão.
John Locke: Filósofo inglês que defendia a liberdade de expressão, considerado o "pai" do que
hoje chamamos de liberalismo e fundador do empirismo, ou seja, a ideia de que homem era
uma folha em branco, que se preenchia apenas com as experiências.
Voltaire: O filósofo francês que tem uma imagem marcada como símbolo da revolução
iluminista, que depois influenciou a Revolução Francesa. O pensador escrevia muito, foram
mais de setenta obras, em forma de livros, peças de teatro, romances, poemas e outros. Sua
obra mais conhecida é Cândido, ou O Otimismo (1759).
Jean-Jaques Rosseau: Filósofo suíço que defendia a democracia direta, onde cada indivíduo
seria capaz de participar de todas as decisões políticas, ou seja, fazer prevalecer a soberania
popular. Suas principais obras foram Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da
Desigualdade Entre os Homens (1755) e Do Contrato Social (1762).
Houve então, nesta época, a partir da valorização do indivíduo, uma importância especial
atribuída à Educação na época das Luzes. Foram inúmeros os filósofos que se debruçaram
sobre esta temática, que teve com o principal objetivo moldar o ser humano desde a infância,
com vista ao seu desenvolvimento intelectual e moral para, desta forma, pudesse dispor de
um lugar na sociedade e atingir a felicidade. Assim, desenvolveram-se teorias no domínio da
pedagogia (método de ensino) para promover as capacidades do Homem e a sua autonomia.
O desenvolvimento da educação centrou-se em disciplinas como a matemática e as ciências.
Com base nas ideias filosóficas da modernidade, a educação dessa época esta vinculada a um
ideal de sujeito unitário, moralmente autónomo, e aperfeiçoável com vistas à emancipação e à
autonomia desse sujeito. No século XVIII, na educação, “fortalecia-se a ideia liberal e laica, em
que se buscavam novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando”, o
conceito de autonomia, no seu âmbito moral, toma vulto e vai influenciar significativamente a
educação escolar nos séculos seguintes.
Revoluçã o Americana
Enunciar os motivos de contestação dos colonos ingleses na
América
Depois de 1763 (Guerra dos 7 anos), a Inglaterra foi confrontada com a falta de recursos
financeiros, desta forma, aumentou os impostos sobre as colónias da América do Norte.
No ano seguinte (1765) surgiu um novo imposto (Stamp Act) que obrigava ao uso do papel
selado inglês na documentação oficial e ao pagamento de selo sobre jornais e revistas que
circulavam nas colónias americanas. Os colonos viram estas imposições tributárias como um
ataque às suas liberdades.
Contudo, a capacidade militar dos colonos para enfrentar o exército britânico era reduzida,
pelo que foi necessário encontrar apoios na Europa, junto a França e Espanha, com o intuito
de combater o inimigo inglês. A ação diplomática desenvolvida por Benjamim Franklin foi
determinante na obtenção destes apoios, em especial da França.
Nas batalhas pela independência foi fundamental o papel de George Washington com o
general e comandante-chefe do exército americano. A vitória americana na batalha de
Saratoga pôs fim as hesitações francesas e conduziu a um aliança formal, entre os colonos
revoltos e a França.
Em 1779 a Espanha juntava-se á causa americana, como aliada da França, pelo que a
insurreição das colonias deixava de ser um a guerra civil circunscrita ao império britânico,
para assumir um caracter internacional.
Os EUA formaram-se como nação e como Estado em resultado de uma revolução liberal, num
movimento que os libertou do jugo do império colonial inglês, com a justificação de que as
suas liberdades e direitos tinham vindo a ser postos em causa pelo soberano inglês e pelo
Parlamento da metrópole.
Revolução Liberal: Designa o movimento de revolta contra a restrição das liberdades e dos
direitos. Defende a liberdade do indivíduo como um princípio supremo e inalienável, bem
como a limitação do poder político. Defende que o Homem possui direitos naturais,
fundamentais, que não podem ser restringidos ou postos em causa por nenhum poder. Entre o
século XVII (Revolução Gloriosa) e meados do século XIX (Primavera dos Povos de 1848),
assistiu-se a uma vaga de revoluções liberais na Europa e na América.
REVOLUÇÃ O FRANCESA
Identificar as causas que estão na origem da Revolução Francesa
A Revolução Francesa significou uma profunda transformação em termos políticos, sociais e
económicos: pôs fim à monarquia absoluta, instaurou, primeiro, uma monarquia
constitucional, seguida de uma república, aboliu o Antigo Regime, e com ele os direitos
senhoriais e os privilégios da sociedade de ordens. A Revolução Francesa criou uma nova
sociedade, na medida em que os franceses deixaram de ser súbditos e tornaram-se cidadãos
livres e iguais perante a lei; consagrou a ideia de que a soberania assentava no povo
(soberania popular), pois os cidadãos delegavam o poder nos seus representantes, através de
eleições.
Quanto às causas sociais e políticas, persistia uma sociedade desigual em que os privilégios
judiciais e fiscais isentavam o clero e a nobreza, o Terceiro Estado estava sujeito a diversos
impostos e obrigações, os privilegiados resistiam à reforma do Estado que punha em causa os
seus privilégios ou isenções e a sobrecarga de impostos afetava os fracos rendimentos dos
estratos mais baixos do Terceiro Estado.
Depois do discurso de abertura feito pelo rei, Necker (ministro) deu conta, aos representantes
das três ordens, da insustentável situação financeira vivida pela França. Não houve qualquer
menção à questão da votação, que era fundamental para a aprovação das reformas
necessárias, nem quanto às regras a adotar. Perante a intransigência do clero e da nobreza
quanto à votação tradicional por ordem, o Terceiro Estado reforçou o argumento de que
representava a Nação. Deste modo, gerou-se um impasse, na medida em que o Terceiro
Estado se opôs ao prosseguimento dos trabalhos e acabou por se proclamar como
Assembleia Nacional.
Perante esta situação, o rei mandou encerrar a sala de reunião dos três estados. Porém, o
Terceiro Estado encontrou um a nova sala de reunião, a Sala do Jogo da Pela, onde juraram
não se separar até redigirem uma Constituição para a França. Estava então formada a
Assembleia Nacional Constituinte que tinha com o objetivo fundamental elaborar a
Constituição (estava, assim, em curso um processo revolucionário que Luís XVI não desejou e
jamais controlou). Enunciar as medidas que contribuíram para a desagregação da ordem social
do Antigo Regime.
o A tomada da Bastilha
o A abolição dos direitos feudais:
o A declaração dos direitos do Homem.
..etc
Reconhecer a importância da tomada da Bastilha
Os acontecimentos que deram lugar à tomada da Bastilha tiveram na sua origem as
sublevações populares que ocorreram nos dias anteriores a 12 e 13 de julho de 1789.
A fome que passava na cidade de Paris, devido aos preços altos do pão, revoltou a população
que procurou reunir armas e assaltar os depósitos de cereais. Estas sublevações conduziram à
organização de milícias populares para conter as tropas reais que o rei havia mandado reunir
para pôr fim à insurreição. Deste modo, a 14 de julho de 1789, teve lugar um dos
acontecimentos mais simbólicos da Revolução Francesa: a tomada da fortaleza da Bastilha,
que assumiu especial significado na medida em que marcou a entrada do povo na Revolução.
A tomada da prisão-fortaleza resultou da necessidade de ali ir buscar a pólvora para as armas
necessárias à insurreição.
A Bastilha era vista como o símbolo da arbitrariedade, onde os presos eram encarcerados
sem processo judicial, mas no reinado de Luís XVI era usada para prender delinquentes e
ofensores da moral pública. A tomada da Bastilha não deixou de adquirir um significado
simbólico de liberdade, não só por ser a prisão-símbolo do Antigo Regime, mas também por
estar ligada à revolta que pôs fim ao absolutismo.
o Uma nova forma de exercício de poder e de governo assente nos princípios da divisão
do poder,
o Os direitos naturais do homem (liberdade e igualdade);
o O princípio da soberania popular, defendido por Rousseau;
o O monarca deixava de ser rei de França para se tornar rei dos franceses, afirmando-
se, assim, a soberania nacional:
o O rei era o chefe do executivo, exercia a sua autoridade por intermédio dos ministros
que nomeava. Para além de ser responsável pela política externa,
o Detinha o direito de veto suspensivo e temporário;
o A Assembleia Nacional detinha o poder legislativo e era constituída pelos eleitos
como representantes da nação (deputados);
o O poder judicial e assegurado por juízes e tribunais;
Em 10 de Agosto de 1792 uma multidão assaltou o palácio das Tulherias, o rei foi suspenso
das suas funções e a família real foi encarcerada. Meses depois o rei foi julgado, acusado
traidor, condenado e executado em 1793, na guilhotina.
Ao nível económico foi promulgada a Lei do Máximo, no sentido de fixar o valor dos salários
e o preço máximo dos produtos considerados essenciais, com forma de evitar o
açambarcamento e para fazer frente à desvalorização da moeda e à falta de alimentos. Foi
também adotado um sistema de uniformização dos pesos e das medidas.
Em termos sociais, a Convenção pôs fim ao que restava dos direitos feudais e decretou a
abolição da escravatura nas colónias.
Relativamente à educação, ainda que a Constituição do Ano III a tenha consagrado como um
"direito humano básico", o facto do texto constitucional nunca ter estado em vigor fez com
que os efeitos desta intenção não se tenham feito sentir. O vazio deixado no campo do
ensino pela supressão da atividade das ordens religiosas só foi preenchido mais tarde se
procedeu a um a reforma do sistema educativo.
O Consulado, dirigido por três cônsules, entre os quais se destacou Napoleão Bonaparte,
pretendeu garantir a pacificação e estabeleceu uma nova ordem jurídica e institucional.
Iniciou-se um novo regime com a aprovação da nova Constituição que marcou uma rutura com
as anteriores, baseando-se no princípio orientador de que a confiança deve vir debaixo, mas a
autoridade tem de vir de cima e não fazendo qualquer referência quer aos direitos do Homem,
quer à defesa das liberdades.
Uma das principais iniciativas do Consulado napoleónico foi a codificação das leis, ou seja, a
fixação, em código, das leis escritas. Ainda que estivessem reunidos em 1801, apenas foram
publicados em marco de 1804, no final do Consulado de Napoleão. Com estes instrumentos
legais e jurídicos consagrou-se uma maior uniformização da França e a igualdade dos
cidadãos perante a lei. Especial destaque teve o Código Civil, que garantia as liberdades
individuais e a laicização da Igreja. O aparelho do Estado foi modernizado, mas também
burocratizado, e assumiu-se claramente a função pública ao serviço do Estado, com salários,
sem compra e venda de cargos, com carreiras abertas ao talento e não ao nascimento.
Valorizou-se a instrução com a criação de liceus e escolas superiores, de modo a formar os
cidadãos chamados a ter um papel ativo e competente na sociedade e no Estado. Outra das
iniciativas deste período foi a reforma administrativa e fiscal para obter o equilíbrio
financeiro. Deste modo, no ano de 1802, o orçamento de Estado estava equilibrado. Foi
criado o Banco de França, no ano de 1800, e, em 1803, assistiu-se a uma reforma monetária
que se traduziu no surgimento de uma nova moeda (franco germinal).
As ideias iluministas serviram, junto à utilização da razão para interpretar o mundo, para os
revolucionários franceses questionaram o carácter sagrado do poder, defendido pelos reis,
pela aristocracia e pela Igreja. Todos os homens poderiam exercer o poder. Mas para isso era
necessário criar instituições que garantissem esse exercício. Nesse sentido, a República foi a
principal dessas instituições. Ela representava o fim dos privilégios da aristocracia e a
libertação dos camponeses dos laços de servidão que os prendiam à nobreza e ao clero. Nas
cidades, tinham fim as corporações feudais que limitavam os negócios da burguesia.