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Hino da Sociedade Martins Sarmento

O Hino data de 1882 e condensa na sua letra o objectivo principal com que
a instituição Sociedade Martins Sarmento foi fundada no ano anterior, para
além da homenagem a Martins Sarmento, essa figura maior vimaranense do
século XIX: A Promoção da Instrução Popular no Concelho de
Guimarães. Proclama a sua 1ª estrofe: Instrução, filha extremosa /Do
trabalho e da vontade!/Qual d'entre espinhos a rosa /Nasce do estudo a
verdade…
A compositora, Maria da Glória de Sousa Bandeira, era filha de José de
Sousa Bandeira, escrivão judicial e co-fundador do jornal mais antigo de
Guimarães, o Azemel, de vida muito curta. Viria a casar com o Dr. Avelino
da Silva Guimarães, presidente da Câmara e presidente da Sociedade
Martins Sarmento, instituição que ela frequentava com alguma regularidade
e auxiliava em actividades que, como escreveu o padre Gaspar Roriz, eram
próprias do seu sexo, como exposições, obras de beneficência, etc.
O autor da letra, também ele um ilustre literata da última parte do século
XIX, José da Freitas Costa, pertenceu ao primeiro grupo de redactores que
deram vida à Revista de Guimarães, em 1884, revista que, até aos dias de
hoje, só teve uma interrupção de 7 anos.
O jornalista e António Lopes de Carvalho, da 1ª metade do século XX,
escrevia assim sobre este hino:
A Sociedade Martins Sarmento, nobre instituto cultural, leva de vencida
grandes iniciativas em prol da cultura popular e progresso da terra. Tinha
um estandarte verde-alvo. Era necessário um hino. E este surgiu. Para o
acompanhar compôs-se letra ritmada. Aos 9 de Março de cada ano, o hino
estruge. Perpassam nos seus acordes gratas lembranças de outras épocas.
Os precursores da instituição como que renascem nesse hino. Tem
estruturação apoteótica. Falta que o ensinem a cantar às crianças das
escolas. Assim se consagrará o hino.
O Hino tem duas versões: para Canto e Piano e uma versão arranjada para
Banda Filarmónica. Vai ser interpretado pela jovem cantora vimaranense,
Ana Sofia Malheiro, acompanhada ao piano pela professora do
Conservatório de Guimarães, Ana Raquel.

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