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Editora Cristã Evangélica Abimael de Souza


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de 19/02/1998), salvo em breves citações, com
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As citações bíblicas foram extraídas da versão Emerson da Silva Pereira
Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição Jessé Ferreira Bispo
(Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações João Arantes Costa
de outras versões. João Batista Cavalcante
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Wilson Nunes

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Tessalonicenses
cartas aos

Visão de uma igreja local

Gene Getz, em seu livro A medida de uma igreja espiritual, pergunta: “Se Paulo
se assentasse hoje para escrever uma carta a uma igreja qualquer, à sua igreja,
como começaria ele esta carta? Seria pelas atividades da igreja? Referir-se-ia
ao crescimento numérico? Começaria agradecendo a Deus por um grande
orçamento... pelos esforços em ganhar almas? ...”.

Paulo começa a primeira carta à igreja nova em Tessalônica dando graças


a Deus por essa igreja exemplar. Muitos comentaristas entendem que as duas
cartas a essa igreja são as primeiras que o apóstolo escreveu. Não há dúvida
que Paulo nos dá acurada visão de uma igreja local.

1. Temos um modelo para o ministério pastoral, enquanto vemos a preocupação


de Paulo com seu rebanho – um modelo a todos que são líderes na igreja local.

2. Temos um padrão do ministério da igreja, enquanto Paulo enfatiza evangelismo,


padrões éticos, comunhão e obediência à palavra do Senhor.

3. Temos um enfoque numa grande doutrina da fé cristã: a volta iminente de Cristo.


Entre as várias doutrinas expressadas, não há dúvida que essa se destaca. De fato,
cada um dos cinco capítulos da primeira carta termina com uma referência à
volta de Jesus (1.10; 2.19-20; 3.13; 4.17,18; 5.23-24), e na segunda carta há dois
trechos escatológicos importantes (1.7-10; 2.1-12).

Paulo, orientado pelo Espírito de Deus, ensina a verdade sobre a volta de


Jesus para nos trazer conforto, fortalecimento e também sério aviso a respeito
da necessidade de estarmos preparados para esse grande evento. “E a si mesmo
se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.3).

Que um dos resultados alcançados pelas lições seja uma maior preocupação
com a vida espiritual para que estejamos preparados para a volta de Cristo!

John D. Barnett

A maioria dos escritores usou o seguinte comentário nas lições:


I e II Tessalonicenses, introdução e comentário, I. Howard Marshall, Série Cultura Bíblica, Edições Vida Nova.
Sumário
Seja bem-vindo a Tessalônia 05

O modelo de uma igreja ideal 10

Liderança na igreja 14

Fidelidade em meio à oposição 18

Paulo explica sua ausência 23

Uma chamada à pureza 28

Convite ao trabalho 33

A morte e a volta de Cristo 37

Breve Jesus voltará 41

Recomendações para viver em harmonia 46

Não apaguem o Espírito 50

Considerações finais 55

Revelação de Cristo 59

A glória de Cristo 64

Rebelião do anticristo 69

Permanecer firmes 73

A responsabilidade dos cristãos em relação à Palavra 77


1
Seja bem-vindo
a Tessalônica!

YURI ARCURS/SHUTTERSTOCK
Pr. John D. Barnett

texto básico Atos 17.1-9 leia a Bíblia diariamente


texto devocional 1Tessalonicenses 1.1-10 seg Ef 2.19-22

versículo-chave Mateus 16.18 ter Fp 1.3-11


“sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão qua Fp 4.8-9
contra ela”
qui Fp 4.10-20
alvo da lição sex Ef 5.3-14
Você será incentivado a estudar com profundidade as duas cartas aos novos crentes sáb Mt 24.32-44
em Tessalônica, percebendo sua relevância para nós, hoje.
dom Ap 3.10-13

A primeira carta de Paulo aos tessalonicenses é provavelmente a segunda


carta que Paulo escreveu (se aceitamos que a carta aos Gálatas foi a primeira,
escrita antes do Concílio de Jerusalém). Quando Paulo e seus colegas visitaram
a cidade de Tessalônica no ano 49 ou 50 d.C., ela já era uma cidade importante.
Salónica ou Thessaloniki (como os gregos a chamam) é hoje a segunda maior ci-
dade da Grécia. Seu porto era o terminal da importante Via Egnatia, principal
conexão com a travessia marítima para Roma.

I. A igreja é fundada
(At 17.1-9)

Lucas relata como a cidade veio a ser evangelizada. Foi durante a segunda
viagem missionária de Paulo, que aconteceu logo depois do Concílio de Je-
rusalém. Silas acompanhou Paulo na viagem; em Listra, Timóteo juntou-se à
equipe, e, mais tarde, em Trôade, Lucas tornou-se parte da equipe. Paulo teve
uma abençoada missão em Filipos, onde deixou Lucas, enquanto ele, Silas e
Timóteo foram a Tessalônica. Lá havia muitos judeus, e durante três sábados
eles fizeram uma campanha evangelística na sinagoga. É interessante a maneira
como Paulo pregou.

1. Argumentou baseado nas Escrituras do AT que o Messias tão esperado tinha que
sofrer, morrer e ressuscitar da morte.

2. Proclamou a história de Jesus de Nazaré relatando Sua vida, morte e ressurreição.

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3. Relacionou os dois pontos, mostrando que esse Jesus era, de fato, aquele Mes-
sias. Em outras palavras, a profecia do AT foi cumprida em Jesus, porque
o Jesus da História e o Messias das Escrituras são a mesma pessoa.

O resultado foi a conversão de alguns judeus, juntamente com um número


grande de gentios. Aleluia! Como vários comentaristas, John Stott argumenta
que provavelmente, pela referência à idolatria (1Ts 1.9), a campanha evan-
gelística aos judeus foi direcionada também aos gentios e que Paulo ficou em
Tessalônica vários meses e não somente três semanas (At 17.2). Filipos ficava
160 km distante, mas a igreja enviou duas vezes ofertas a Paulo (Fp 4.15,16),
mesmo Paulo trabalhando “noite e dia” como fabricante de tendas.

II. A igreja enfrenta oposição

O sucesso de Paulo despertou a inveja dos judeus que recrutaram uma


gangue de agitadores da cidade para atacar a casa de Jasom, onde Paulo estava
hospedado. Os líderes dessa turba arrastaram Jasom e outros convertidos peran-
te as autoridades da cidade e entregaram uma acusação séria contra eles: “Estes
que têm transtornado o mundo chegaram também aqui ... todos estes procedem contra
os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei” (At 17.6,7). A Bíblia de Estudo
NVI comenta: “Para os judeus, a blasfêmia era a acusação mais grave, mas para
os romanos era pior a traição – apoiar um rei rival de César”. Os magistrados
libertaram Jasom e os demais sob fiança. Ele era tido como responsável pelo
comportamento dos seus hóspedes. Naquela noite, para evitar mais problemas,
Jasom secretamente enviou-os para fora da cidade. Assim, os missionários
saíram de lá, mas deixaram uma igreja ali em Tessalônica.

Paulo e Silas foram para o sul, onde fizeram uma campanha evangelística
em Bereia. Os judeus continuaram sua perseguição, e assim Paulo foi forçado
a sair da cidade indo para Atenas. Silas e Timóteo permaneceram em Bereia.
Logo depois, Paulo pediu que Silas e Timóteo fossem ter com ele, porque
estava preocupado com a situação das novas igrejas. Ele enviou Timóteo para
Tessalônica e Silas para Filipos. Algum tempo depois, Paulo mudou-se para
Corinto, onde Timóteo e Silas foram se encontrar com ele de novo para contar
as novidades das igrejas recém-fundadas.

III. A igreja recebe a primeira carta de Paulo

Em Corinto, ao receber notícias da igreja de Tessalônica por Timóteo,


Paulo escreveu a primeira carta àquela igreja.
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1. Boas notícias
Timóteo havia trazido boas notícias da “fé e amor” dos tessalonicenses, e
da sua lealdade e firmeza mesmo sob perseguição (1Ts 3.6-8).

2. Más notícias
Infelizmente, nem tudo era azul! Timóteo relatou como Paulo estava sendo
criticado em Tessalônica por insinceridade e motivos impuros (1Ts 2.2-6), e
pela sua incapacidade de voltar a visitar a igreja (1Ts 2.17–3.5). Mais ainda,
os tessalonicenses precisavam de correção e instrução nas áreas de moralidade
sexual, na área financeira (necessidade de ganhar seu próprio sustento), e no
preparo para a segunda vinda de Jesus (parousia). Além disso, havia tensões na
comunhão da igreja.

3. Conteúdo da carta
Baseado neste pano de fundo da carta, podemos dividi-la em duas partes.

a. Narrativa (1Ts 1.1–3.13) - Paulo lembra os tessalonicenses da:

• conversão deles e entusiasmo para evangelizar (1.1-10);

• conduta dele e a dos seus colegas durante sua visita e depois dela
(2.1–3.13).

b. Exortação (1Ts 4.1–5.28) - Paulo exorta os tessalonicenses com respeito a:

• autocontrole sexual (4.1-8);

• amor fraternal e trabalho diário (4.9-12);

• firmeza na hora da morte de pessoas queridas (4.13-18);

• vigilância em vista da volta repentina do Senhor (5.1-11);

• comunhão e culto na igreja (5.12-28).

Qual é o ensino para nós nesta carta? 1Tessalonicenses abre uma janela para
nos mostrar uma igreja recém-plantada no primeiro século da era cristã: como
ela começou, o que o apóstolo ensinou, quais foram seus pontos fortes e fracos,
quais foram seus problemas teológicos e morais, e como ela disseminou as boas
novas de salvação. Era, de fato, uma igreja missionária. O que é importante notar
também é a interação entre a igreja e o Evangelho. Foi o Evangelho que criou a
7
igreja, e a igreja que o espalhou. O Evangelho também moldou a igreja, enquanto
ela lutava para viver uma vida digna da mensagem que divulgava.

IV. A igreja recebe a segunda carta de Paulo

Talvez Paulo, Silas e Timóteo ainda estivessem em Corinto quando a res-


posta dos tessalonicenses à primeira carta chegou, porque Paulo ficou cerca de
dois anos em Corinto (At 18.11,18). Parece que a primeira carta não foi tão bem
recebida como ele esperava. Mas, na segunda carta, o apóstolo expressa à igreja
que ele e seus colegas eram gratos a Deus por ouvir do crescimento da fé, do
amor e da perseverança sob perseguição (2Ts 1.3-4). Paulo, entretanto, ficou
muito preocupado porque a igreja estava sendo perturbada de três maneiras.

1. A perseguição sofrida pela igreja era muito severa


Por causa disso, Paulo sentiu necessidade de explicar por que o Senhor per-
mite que Seu povo sofra pelo Reino de Deus, e como Ele vai corrigir isso quando
Jesus voltar (2Ts 1.5-10).

2. Falso ensino estava penetrando no meio da igreja


Paulo ficou bastante preocupado porque uma comunicação chegou à igreja,
como se fosse de sua autoria, mas era uma carta forjada (2Ts 2.1-3), dizendo que
o Dia do Senhor já tinha chegado. Por isso, Paulo teve que lembrá-los do calen-
dário escatológico de Deus, especialmente que a volta de Cristo será precedida
pela rebelião do anticristo (2Ts 2.3-12).

3. Um grupo de “preguiçosos” desistiu de trabalhar


Apesar da orientação apostólica, aqueles que pararam de trabalhar (por
qualquer motivo) não voltaram ao serviço. Assim, Paulo endereçou algumas
palavras severas a eles (2Ts 3.4-12).

Como na maioria das suas cartas, Paulo incentivou cada crente a ser fiel ao seu ensino
(2Ts 2.13-15) e aproveitou a oportunidade para compartilhar tanto suas orações em favor
deles (2Ts 1.11-12; 2.16-17;3.16-18) como sua necessidade das orações daqueles irmãos
(2Ts 3.1-3). Todos os três capítulos da segunda carta fazem alusão à Parousia. De
fato, Paulo vê os problemas da igreja no contexto do processo histórico e seu clímax
quando Cristo voltar.

V. O valor destas cartas

John Stott sugere que o valor destas cartas é visto em três áreas.

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1. Estas cartas revelam a personalidade de Paulo
Paulo escreve de maneira bem pastoral, como ele ama paternalmente os
crentes dali (1Ts 2.7, 11). Que modelo para todos que ocupam uma posição
de liderança na igreja!

2. Estas cartas revelam as características de uma igreja local


Quando dizemos que a igreja é central ao propósito histórico de Deus, refe-
rimo-nos à sua vida no bairro onde foi colocada. Paulo especifica tal propósito:
evangelismo contínuo, cuidado pastoral, padrões éticos, obediência ao ensino
apostólico e necessidade de viver à luz da volta de Cristo. Que desafio para nós
em nossa igreja local!

3. Estas cartas revelam a natureza teológica da igreja


Paulo constantemente volta para as verdades principais da fé cristã, que
Cristo morreu, ressuscitou e voltará!

Conclusão
Queremos concluir esssa lição com a seguinte citação:
MAPA DA SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

“Estas são as verdades que estimulam evangelismo, promovem santidade,


fortalecem a comunhão, orientam o culto e inspiram a esperança” ( John Stott).
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2
O modelo de

BIKERIDERLONDON/SHUTTERSTOCK
uma igreja ideal
Pr. Wilson Nunes

texto básico 1Tessalonicenses 1.1-10 leia a Bíblia diariamente


texto devocional Apocalipse 3.5-6 seg Jo 15.1-5

versículo-chave 1Tessalonicenses 1.7 ter 1Co 13.13


qua 1Ts 3.11-12
“de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes”
qui 1Ts 4.9-12
alvo da lição sex 1Co 3.10-15
Você conhecerá quais as qualidades de uma igreja modelo, identificará se sua igreja sáb Is 13.9-11
já possui todas elas e descobrirá como pode colaborar.
dom 1Ts 1.1-11

Se Paulo escrevesse hoje uma carta para sua igreja, como seria a introdução?
Está claro nas cartas de Paulo às diversas igrejas do Novo Testamento que a
coisa que mais o agradava, aquilo pelo qual ele não cessava de dar graças a Deus,
era o que ouvira sobre o crescimento espiritual dos cristãos. Nesse particular,
os tessalonicenses são, provavelmente, um dos mais destacados exemplos de
igreja madura e frutífera. Como se pode reconhecer uma igreja madura? Igreja
madura é sinônimo de igreja cheia de programas dinâmicos que envolvem todos
os membros em suas atividades? É aquela que cresce? É aquela onde todos os
crentes estão sendo batizados pelo Espírito Santo e falando em línguas estra-
nhas? O parâmetro correto para avaliar o amadurecimento de uma igreja local
é a palavra de Deus. Paulo resumiu-o no primeiro capítulo da primeira carta
aos tessalonicenses.

I. Uma igreja modelo nas virtudes cristãs


(1Ts 1.1-7)

Vejamos quais as virtudes mencionadas por Paulo no início desta carta aos
tessalonicenses.

1. Uma comunidade firmada em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo


(1Ts 1.2)

Sem dúvida, foi essa firmeza dos crentes em Deus que deu origem a uma
igreja madura e frutífera. Em João 15.1-5, nosso Senhor nos ensina que so-
mente quando o ramo está na vinha é que é capaz de crescer e produzir frutos.
Lembremos as palavras de Cristo: “sem mim nada podeis fazer” ( Jo 15.5).

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2. Caracterizada pela fé, esperança e amor
(1Ts 1.3)

Para os apóstolos, o critério para avaliar a maturidade de uma igreja era o grau
de fé, esperança e amor manifesto pelos membros. Nesse versículo, o apóstolo se
refere a esta tríade da graça: fé, esperança e amor. Paulo se refere a essas virtudes
como básicas da experiência cristã e as empregou frequentemente para medir o
nível de maturidade das igrejas no Novo Testamento (1Co 13.13; 1Ts 3.11,12).

a. Fé – diz respeito à confiança que o Corpo de Cristo tem em seu Cabeça, o Senhor
Jesus Cristo. Existe aquela convicção e certeza unânimes de que Ele é o único e
suficiente Salvador.
b. Amor – diz respeito aos relacionamentos moldados segundo Cristo, entre os
membros do Corpo e para com todas as pessoas – uma atitude que cria unidade
e comunhão.
c. Esperança – manifesta-se em estabilidade, firmeza, certeza e, de modo particular,
olha além do presente, para aquele dia em que Jesus Cristo virá de novo para a
Sua igreja, para estabelecer Seu reino eterno.

“Cada um veja como edifica” (1Co 3.10), advertiu Paulo. A igreja deve ob-
servar sobre qual fundamento está se edificando e que obras está produzindo,
“pois o Dia a demonstrará... revelada pelo fogo” (1Co 3.13). Com qual material você
está construindo? Com madeira, feno ou palha, ou com algo duradouro como
ouro, prata e pedras preciosas (1Co 3.10-15)?

Se imatura, a igreja reflete ciúme, confusão doutrinária, divisões, orgulho,


arrogância e comportamento inconveniente. Se madura, reflete amor crescente,
unidade de fé e esperança firme. Quais dessas qualidades você mais deseja ver
desenvolvidas em sua igreja e em sua vida agora?

O que você pode e está fazendo para alcançar seu desejo?

3. Amada e eleita por Deus


(1Ts 1.4)

É clara a conclusão de Paulo ao referir-se à igreja de Tessalônica como igreja


eleita de Deus, pois seus frutos provavam essa verdade. As virtudes manifestas
confirmavam a ação de Deus na vida deles.

4. Suporta com paciência a perseguição


(1Ts 1. 5-7)

Os crentes de Tessalônica tornaram-se primeiro imitadores e, então,


modelos, não apenas na conduta como também na paciência evidenciada na
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perseguição. Eles não só receberam o Evangelho, mas também arcaram com o
ônus e as consequências dessa escolha e suportavam com paciência a oposição
dos adversários.

II. Uma igreja eficaz no testemunho


(1Ts 1.8-9)

Existe uma outra dimensão do processo de maturação que pode ser – e é,


em muitas igrejas – facilmente desprezada, especialmente entre aqueles que
procuram repetir o padrão do Novo Testamento. Uma igreja pode tornar-se
tão obcecada para cumprir seu propósito como “comunidade congregada” que
acaba se tornando um “grupo voltado para si próprio” em vez de um “grupo
voltado para os outros”.

Os tessalonicenses são, provavelmente, um dos mais destacados exemplos


de igreja que testemunha. Em uma época sem mídia de massa como a nossa,
Paulo escreveu acerca desses crentes: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor
não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para
com Deus” (1Ts 1.8)

III. Uma igreja preparada para a segunda vinda


(1Ts 1.10)

Evidentemente, a volta de Cristo ocupava um lugar preeminente na pre-


gação apostólica em Tessalônica, bem como em outros lugares, nos dias do
cristianismo primitivo (At 3.20; 10.42). Mas de todas as doutrinas do Novo
Testamento, parece que Paulo se concentrou mais em ensinar sobre a segun-
da vinda de Cristo aos tessalonicenses. A expectativa da segunda vinda de
Cristo logo se tornou evidente como mais um sinal da maturidade daqueles
crentes. Ora, num mundo como o nosso onde a justiça parece perder sempre
e onde os ímpios prosperam mais do que os justos, os cristãos maduros mos-
tram força e valor exatamente quando firmam sua esperança na vinda gloriosa
do Senhor.

O dia do juízo já foi anunciado. Os profetas do Antigo Testamento falaram


dele com frequência (Is 13.9-11; Zc 1.14-15). João descreveu-o extensamente e
de maneira viva no livro de Apocalipse. E os tessalonicenses, mais uma vez, são
um modelo para nós de paciência inspirada pela esperança: “e para aguardardes
dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira
vindoura” (1Ts 1.10).

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Conclusão

É desta forma que nós podemos reconhecer uma igreja madura: presença e
exercício de fé, esperança e amor. A fim de nos corrigirmos e avançarmos como
igreja, peçamos a Deus que reavive em nós essas virtudes.

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