Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MCGRATH
Fundamentos do diálogo
entre Ciência e Religião
Tradução
Jaci Maraschin
Edições Loyola
Título original:
Science & Religion: an introduction
© 1999 by Alister E. McGrath
Blackwell Publishing, Oxford
ISBN 0-631-20842-9
Edições Loyola
Rua 1822 nQ 347 — Ipiranga
04216-000 São Paulo, SP
Caixa Postal 42.335 — 04218-970 — São Paulo, SP
) (l1) 6914-1922
(i.::0
"1 (11) 6163-4275
Home page e vendas: www.loyola.com.br
Editorial: loyola@loyola.com.br
Vendas: vendas(co loyola.com.br
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode
ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia
e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de
dados sem permissão escrita da Editora.
ISBN: 85-15-03111-6
EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 2005
Sumário
Prefácio 9
Como usar este livro 11
1 Marcos históricos 13
Síntese medieval 13
Nova astronomia: Copérnico e Galileu 19
Universo mecanicista: Newton e o deísmo 30
Origens da humanidade: controvérsia darwinista 35
2 Religião: aliada ou inimiga da ciência? 43
Definição de religião: esclarecimentos 44
Variedades no interior das religiões: o caso do cristianismo 46
Protestantismo liberal 47
Modernismo 51
Neo-ortodoxia 55
Evangelicalismo 58
Modelos de interação entre ciência e religião 62
Modelos em confronto 62
Modelos de diálogo 67
Religião e desenvolvimento das ciências naturais 69
Conservadorismo da religião tradicional 69
Desafio da religião tradicional pela cosmovisão científica 70
Estudar a natureza é estudar Deus 71
Ordenação divina da natureza 72
3 Religião e filosofia da ciência 77
Racionalismo e empirismo 78
Realismo e idealismo 84
Tese de Duhem-Quine 89
Positivismo lógico: o Círculo de Viena 94
Falsificação: Karl Popper 100
Mudanças de paradigma: Thomas S. Kuhn 105
Conhecimento e compromisso: Michael Polanyi 109
4 Ciência e filosofia da religião 115
Argumentos filosóficos em favor da existência de Deus 116
Argumento ontológico de Anselmo de Cantuária 116
As cinco vias de Tomás de Aquino 119
Ciência e argumentos em favor da existência de Deus 123
Argumento cosmológico 123
O argumento kalam 125
Argumento teleológico 128
Ação de Deus no mundo 132
Deísmo: Deus age por meio das leis da natureza 132
Tomismo: Deus age por meio de agentes secundários 134
Teologia do processo: Deus age por meio de persuasão 135
5 Criação e ciências 143
Alguns temas relacionados com o conceito de criação 143
Criação: breve análise teológica 145
Três modelos de criação 147
Emanação 148
Construção 148
Expressão artística 149
Criação e tempo 150
Criação e ecologia 152
Criação e leis da natureza 156
6 Teologia natural: Deus na natureza 163
Objeções à teologia natural 163
Objeções teológicas 164
Objeções filosóficas 168
Três abordagens da teologia natural 171
Apelo à razão 171
Apelo à ordem do mundo 171
Apelo à beleza da criação 173
Teologia natural e teologia revelada 176
7 Modelos e analogias em ciência e religião 181
Modelos nas ciências naturais 182
Analogia, metáfora e religião 187
Ambivalência da analogia: estudos de caso
em ciência e religião 196
Analogia da "seleção natural" 196
Analogia do "Deus pai" 200
Modelos, analogias e metáforas: ciência e religião
comparadas 203
Conceito de complementaridade 206
Complementaridade na teoria quântica 207
Complementaridade em teologia 210
8 Questões em ciência e religião 221
Física e cosmologia 222
Big bang 223
Princípio antrópico 226
Biologia 232
Charles Darwin (1809-1882) 233
Neodarwinismo: Richard Dawkins 237
Teísmo evolucionário 239
Psicologia 241
Ludwig Feuerbach (1804-1872) 242
William James (1842-1910) 246
Sigmund Freud (1856-1939) 250
9 Estudos de caso em religião e ciência 257
Ian G. Barbour (1923-) 258
Charles A. Coulson (1910-1974) 260
Wolfhart Pannenberg (1928-) 263
Arthur Peacocke (1924-) 266
John Polkinghorne (1930-) 270
Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955) 273
Thomas F. Torrance (1913-) 277
Conclusão 281
Bibliografia 285
Citações 297
Índice de nomes 307
Prefácio
Síntese medieval
Cosmovisão heliocêntrica
Tema básico
A antiga cosmovisão geocêntrica (centralizada na Terra) tornou-se incapaz de
explicar o movimento dos planetas Tais dificuldades foram diminuídas (mas não
totalmente resolvidas) pela sugestão de Copérnico de que a terra e os demais
planetas circulavam ao redor do sol. A hipótese de Kepler de que a terra e os planetas
traçavam órbitas elípticas e não circulares ao redor do sol ajudou a entender a
maioria dos aspectos relacionados com o movimento dos planetas.
Nomes principais
Nicolau Copérnico (1473-1543)
Tycho Brahe (1546-1601)
Johannes Kepler (1571-1630)
Galileu Galilei (1564-1642)
Importância religiosa
O resultado dessa controvérsia desafiou o ponto de vista de que a terra era o
centro do universo. Essa idéia era aceita pela Igreja, apoiada por certas passa-
gens bíblicas e pelos escritos de inúmeros teólogos influentes.
30 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
1. Estavam a natureza e sua lei por trás da escuridão até que disse Deus, exista
Newton, e veio o seu clarão (N.T.)
Marcos históricos I 31
Cosmovisão mecanicista
Tema básico
O sistema solar pode ser tratado como um mecanismo que opera segundo cer-
tos princípios universais definidos. Os mesmos princípios que governam o mo-
vimento dos corpos na Terra também governam os movimentos dos planetas.
Nome principal
lssac Newton (1642-1727)
Importância religiosa
O newtonianismo gerou temporariamente um novo interesse pela teologia na-
tural, porque a regularidade do mundo passou a ser vista como evidência dos
desígnios de Deus na natureza. Com o passar do tempo, o mesmo movimento
suscitou a eliminação da necessidade de Deus em muitos níveis. O universo era
considerado um mecanismo autogovernado e auto-sustentável sem nenhuma
necessidade do envolvimento de Deus em seus processos. O movimento religioso
conhecido como "deísmo" foi influenciado pelas idéias de Newton.
Darwinismo
Tema básico
Os vários tipos de planta e de vida animal (incluindo os seres humanos) vieram
a existir por meio de um processo de seleção natural, no qual as espécies mais
bem adaptadas para a sobrevivência superavam as outras, que acabavam por se
extinguir gradualmente.
Nome principal
Charles Darwin (1809-1882)
Importância religiosa
O darwinismo desafiou a idéia cristã tradicional de que a vida recebia suas ca-
racterísticas específicas por meio de atos individuais da criação divina. Mais
particularmente, questionou a posição única e privilegiada da humanidade como
ápice da criação divina
Leituras recomendadas
Protestantismo liberal
Modernismo
Neo-ortodoxia
Evangelicalismo
Modelos em confronto
Modelos de diálogo
Leituras recomendadas
Racionalismo e empirismo
Realismo e idealismo
para o mundo das "coisas em si". Não seria possível ir além do mundo
da experiência. Contudo, Mach admitia o uso de "conceitos auxilia-
res" para ligar as observações entre si, desde que se entendesse que
não tinham existência real e que não fossem considerados entida-
des existentes. Seriam, assim, "produtos do pensamento" que "exis-
tem apenas em nossa imaginação e nosso entendimento".
Para entender a importância dessa afirmação, vamos retornar à
insistência de Mach de que os átomos seriam construções simples-
mente teóricas destinadas a nos ajudar a entender as relações entre
os fenômenos. Com base nessa idéia, Mach argumentava que os
átomos não existiam. Convém relembrar que Mach estava escre-
vendo essas coisas na década de 1870, quando a evidência experi-
mental da hipótese atômica era ainda relativamente incipiente.
Embora tanto Ludwig Boltzmann como Max Planck tivessem afir-
mado que os átomos não eram apenas "ficções úteis", mas entida-
des com independência própria, Mach contrariava seus argumentos
com a sugestão de que os átomos eram "coisas que não podiam ser
vistas nem tocadas". Na verdade, esta era uma das afirmações que
ele sempre fazia quando debatia o assunto. Quando as pessoas fa-
lavam a respeito de "átomos", Mach costumava lhes perguntar se já
haviam visto algum . Essa posição se parece, de certa forma, com a
do filósofo George Berkeley em sua obra Principies (Princípios) 1701,
onde afirmava que a existência dependia da percepção. Esta cadeira
existe nesta sala onde eu também estou — mas será que continuará
a existir depois de eu ter saído da sala e ter deixado de percebê-la?
O que estava em jogo na discussão de Mach é de considerável
importância e tem sido debatido com a utilização de frases técnicas
como "entidades hipotéticas", "termos teóricos" ou "não-obser-
váveis". O que se quer saber, na verdade, é se alguma coisa precisa
ser vista para existir. Mach achava que as ciências naturais estavam
preocupadas apenas em relatar observações experimentadas e que,
portanto, não pretendiam defender a existência de entidades "não-
observáveis" ou meramente "teóricas".
Mais recentemente, o filósofo da ciência Bas van Fraassen adota
posição semelhante. Se por um lado Mach negava a existência real
86 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Tese de Duhem-Quine
quem sabe o erro estará numa das afirmações auxiliares? Se for esse
o caso, a teoria precisaria ser modificada.
Segundo Duhem, o físico não está na posição de submeter hi-
póteses isoladas a testes experimentais. "Uma experiência na física
jamais é usada para condenar hipóteses isoladas mas somente gru-
pos teóricos." A razão disso é que cada experiência particular rejei-
tada indica apenas que uma entre muitas outras hipóteses precisa
ser revisada. A experiência em si não é suficiente para indicar qual
das hipóteses exige modificação. Mesmo quando conseqüências
estritamente dedutivas de determinada teoria mostram-se falsas
(pressupondo-se, naturalmente, que "experiências decisivas" podem
ser contempladas para permitir conclusões inequívocas), não se pode
dizer que o erro tenha resultado de certos elementos específicos da
teoria ou das suposições auxiliares.
Mas será possível imaginar tal "experiência decisiva"? Os argu-
mentos de Duhem precisam ser examinados mais atentamente. Na
seção de seu livro Aim and Structure of Physical Theory (Objetivo e
estrutura da teoria física) intitulada "Uma 'experiência decisiva' é
impossível em física", Duhem argumenta que não temos acesso à
lista completa das hipóteses que estão por trás de nosso pensamen-
to. À primeira vista, poderia parecer possível enumerar todas as hi-
póteses relacionadas com determinado fenômeno para, em seguida,
eliminá-las por meio de contradições experimentais. Entretanto,
segundo o mesmo Duhem, os físicos nunca poderão ter certeza se
todas as hipóteses estão sendo identificadas e checadas.
Em seu ensaio seminal "Dois dogmas do empirismo", Willard
Van Orman Quine, professor de Harvard, desenvolveu os argumen-
tos de Duhem, e o resultado de seu estudo veio a ser conhecido
como "tese Duhem-Quine". A tese afirma que se dados e teorias
incompatíveis mostram-se em conflito não se pode concluir que de-
terminada afirmação teórica seja a responsável por isso e que, por-
tanto, deva ser rejeitada. Quine desenvolve esta idéia observando o
modo complexo como se relacionam sistemas de crenças ou visões
de mundo com a experiência e com a experimentação:
Religião e filosofia da ciência I 91
Hipóteses principais
Hipóteses auxiliares
Duhem e Quine nos mostram que não é esse o caso. O que está em
jogo é consideravelmente mais complexo, como demonstram as
atuais discussões no âmbito da filosofia da religião.
mente substituído pelo novo. Esse novo paradigma faz com que os
cientistas vejam, entendam e investiguem a realidade de maneira
também nova.
Orientados por novos paradigmas, os cientistas adotam novos ins-
trumentos e olham para novos lugares. Mais importante ainda é que
durante as revoluções os cientistas vêem coisas novas e diferentes
mesmo utilizando instrumentos familiares em lugares onde já havi-
am estado antes. É como se a comunidade profissional tivesse se
transportado de repente para outro planeta onde objetos familiares
passam a ser vistos sob nova luz ao lado de outros até então desco-
nhecidos. Naturalmente, nada acontece desse jeito; não há mudança
geográfica; os afazeres do dia-a-dia continuam os mesmos fora do
laboratório. Contudo, as mudanças de paradigma fazem com que os
cientistas vejam o mundo de suas pesquisas de maneira diferente.
Enquanto seu único recurso nesse mundo é o que vêem e fazem,
queremos dizer que depois de uma revolução começam a se relacio-
nar com um mundo diferente.
Leituras recomendadas
qual nada maior pode ser pensado", segue-se a sua realidade ne-
cessariamente. Observemos que o verbo latino cogitare também
pode ser traduzido por "conceber", mudando um pouco a tradu-
ção da famosa frase para "aquilo além do qual nada maior pode
ser concebido". As duas traduções são aceitáveis.
Deus é assim definido como "aquilo além do qual nada maior
pode ser concebido". Ora, a idéia de tal ser é uma coisa: a realida-
de dele é outra. Pensar numa cédula de cem dólares é bem dife-
rente do que ter essa cédula nas mãos — e menos satisfatório,
naturalmente. O argumento de Anselmo é o seguinte: a idéia de
alguma coisa é inferior à sua realidade. Assim, a idéia de Deus
como "aquilo além do qual nada maior pode ser concebido" contém
uma contradição — porque a realidade de Deus teria de ser supe-
rior a essa idéia. Em outras palavras, se essa definição de Deus for
correta, e existir na mente humana, a realidade correspondente
também deverá existir. Anselmo expressa-se da seguinte maneira:
Esta [definição de Deus] é tão verdadeira que não se pode pensá-la de
outra maneira. Pois é perfeitamente possível pensar em algo cuja não-
existência não pudesse ser pensada. Precisaria ser maior do que aquilo
cuja existência não pudesse ser pensada. Assim, se esta coisa (além da
qual nada maior pode ser pensado) pudesse ser pensada como não
existindo, então ela não seria "aquilo além do qual nada maior pode
ser pensado". Trata-se de uma contradição. Assim, é verdade que exis-
te algo além do qual nada maior pode ser pensado e que, portanto,
não possa ser pensado como não existindo. E tu és, Senhor nosso Deus,
essa coisa! Assim, tu existes de maneira tão verdadeira, ó Senhor meu
Deus, que não se pode pensar que tu não existas, e com boas razões;
pois, se a mente humana pudesse pensar em algo maior do que tu, a
criatura subiria acima do Criador e te julgaria; mas isso, obviamente, é
absurdo. Além disso, qualquer coisa fora de ti pode ser pensada como
não existindo. Portanto, somente tu, mais verdadeiro do que todas as
coisas, e maior do que todas elas, tens existência; porque qualquer
outra coisa que exista não existe tão verdadeiramente como tu e, por-
tanto, existe em grau menor.
118 1 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Argumento cosmológico
O argumento kalam
Argumento teleológico
insistir que esse ser seja Deus. Vê-se pois que a ligação ló-
gica nessa cadeia de argumentação é muito fraca.
(2) A afirmação da existência de um criador do universo nos
levaria à regressão infinita. Quem teria criado o criador? Já
observamos que Aquino rejeitava explicitamente a idéia da
regressão infinita das causas; contudo, ele falhou em ofere-
cer justificações rigorosas para essa teoria, assumindo apa-
rentemente que seus leitores considerariam a rejeição das
séries auto-evidentemente correta. Hume argumenta que
não se trata disso.
(3) argumento da finalidade utiliza a analogia das máqui-
O
nas. Alcança plausibilidade fazendo comparações com ob-
jetos projetados ou construídos — como o relógio. Mas será
válida essa analogia? Por que o universo não poderia ser
comparado a uma planta ou a algum outro organismo vivo?
As plantas não foram fabricadas, apenas crescem. Esses
arrazoados são obviamente importantes em face do argu-
mento de Paley.
Deus está fora do tempo e não está Deus está envolvido na ordem
envolvido com a ordem temporal. temporal. Deus está continuamente
Ademais, é impróprio pensar que realizando sínteses mais ricas de
Deus possa "mudar" ou ser afetado experiência nesse envolvimento.
por algum envolvimento na nossa
experiência do mundo.
Leituras recomendadas
BEHRENS, G. Peirce's "Third Argument" for the Reality of God and Its
Relation to Scientific Inquiry. Journal of Religion 75 (1995) 200-218.
BOWLER, E J. Darwinism and the Argument from Design: Suggestions
for a Reevaluation. Journal of the History of Biology 10 (1977) 29-43.
140 1 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Emanação
Construção
Expressão artística
Criação e tempo
Tu fizeste o tempo. O tempo não poderia correr antes de ter sido feito
por ti. Mas, se o tempo não existia antes dos céus e da terra, por que
as pessoas perguntam o que estavas, então, fazendo? Mas não se pode
falar de "então" quando não havia tempo [...] Não é no tempo que tu
precedes os tempos. De outra forma tu não precederias todos os tem-
pos. Na sublimidade da eternidade que está sempre no presente, tu
estás antes de todas as coisas passadas e transcendes todas as coisas
futuras, porque elas ainda terão de acontecer, e quando isso se dá elas
se tornam passado l...1 Tu criaste todos os tempos e tu existes antes de
todos os tempos. Nem se pode falar de algum tempo quando o tempo
não existia. Portanto, não havia tempo quando tu nada fazias, porque
tu fizeste o próprio tempo.
Criação e ecologia
Leituras recomendadas
DAVIES, P. The Mind of God: Science and the Search for Ultimate
Meaning. Harmondsworth, Penguin, 1992.
DEWITT, C. B. Ecology and Ethics: Relation of Religious Belief to
Ecological Practice in the Biblical Tradition. Biodiversity and
Conservation 4 (1995) 838-848.
FORD, L. S. Contrasting Conceptions of Creation. Review of Metaphysics
45 (1991) 89-109.
FOSTER, M. B. The Christian Doctrine of Creation and the Rise of
Modern Science. Mind 43 (1934) 445-468.
GILKEY, L. Maker of Heaven and Earth: The Christian Doctrine of
Creation in the Light of Modem Knowledge. Garden City, Doubleday,
1959.
LARSON, E. J. Trial and Error: The American Controversy over Creation
and Evolution. New York, Oxford University Press, 1989.
O'DONOVAN, O. Resurrection and Moral Order. Grand Rapids, MI,
Eerdmans, 1986.
PANNENBERG,W.The Doctrine of Creation and Modem Science. Zygon
23 (1988) 3-21.
PEACOCKE, A. Creation and the World of Science. Oxford/New York,
Oxford University Press, 1979.
PE1 ERS, T. Cosmos as Creation. Nashville, Abingdon, 1989.
QUINN, P. L. Creation, Conservation and the Big Bang. In: EARMAN,
J. et al. (org.). Philosophical Problems of the Internai and External Worlds.
Pittsburg, PA, University of Pittsburg Press, 1993, p. 589-612.
Teologia natural:
Deus na natureza
Objeções teológicas
Objeções filosóficas
Apelo à razão
Estes são, pois, alguns dos modos como os teólogos cristãos têm
procurado descrever, embora precariamente, o modo como Deus
pode ser conhecido por meio da natureza. Particularmente na pers-
pectiva cristã, significam indicadores da realidade maior da auto-
revelação de Deus, sempre relativos e incompletos. Vamos prosse-
guir agora com o exame da relação entre teologia natural e revelada.
Leituras recomendadas
O que tudo isso tem a ver com religião? À primeira vista, poderiam
ser esperadas semelhanças relevantes entre as ciências e a religião. Esses
dois campos do conhecimento falam a respeito de entidades comple-
xas que ultrapassam os termos da linguagem e das imagens familiares.
A seguir, examinaremos o papel da analogia na religião.
Conceito de complementaridade
tamento da luz e da matéria. Com isso não queria dizer que elétrons
"fossem" partículas ou "fossem" ondas. Queria dizer, isso sim, que
seu comportamento poderia ser descrito mediante qualquer um
desses dois modelos, e que sua completa descrição dependeria da
reunião dos modos mutuamente exclusivos de representá-lo.
Não se tratava de um expediente intelectualmente superficial e
apressado para afirmar a mutualidade de duas opções exclusivas,
mas de procurar determinar qual delas seria superior. Como já as-
sinalamos, para Bohr tratava-se do resultado de inúmeras teorias e
experiências críticas que demonstravam a impossibilidade de achar
outra forma de representar essa situação. Em outras palavras, Bohr
acreditava que os dados experimentais que ele tinha à sua disposi-
ção forçavam-no à conclusão de que essa situação complexa (o com-
portamento da luz e da matéria) precisava ser representada por meio
de dois modelos aparentemente contraditórios e incompatíveis.
Assim, chama-se agora de "princípio da complementaridade" a
tentativa de manter juntos dois modelos aparentemente irreconcili-
áveis de fenômenos complexos com a finalidade de explicar seu com-
portamento. Mas qual seria a relevância religiosa desse princípio?
Propomo-nos, em seguida, a examinar esse desafio a partir da
cristologia, área da teologia cristã que talvez melhor ilustre essa tare-
fa. Antes, porém, observaremos algumas importantes convergências
nessa área, principalmente entre as idéias de Niels Bohr, do lado da
ciência, e as de Karl Barth e Thomas F. Torrance, do lado teológico.
Complementaridade em teologia
quer que seja a não ser a Deus. Segundo Atanásio, Afio seria culpa-
do de transformar o culto e as orações cristãs em algo sem sentido,
mas acreditava que as práticas cristãs de culto estavam certas por-
que quando adoravam Jesus Cristo estavam reconhecendo nele o
Deus encarnado.
A consciência de que Jesus de Nazaré tinha de ser entendido
como divino e humano preparou o caminho para o que se conhece como
"confissão de fé de Calcedônia" — a conhecida afirmação de que
Jesus é verdadeiramente divino e verdadeiramente humano. Maurice
Wiles resume as razões que levaram a essa declaração:
Havia, de um lado, a convicção de que o salvador deveria ser comple-
tamente divino; de outro lado, a convicção de que o que não era assu-
mido não poderia ser curado. Ou, em outras palavras, a fonte da sal-
vação deveria ser Deus, enquanto o lugar da salvação seria a humani-
dade. Era também claro que esses dois princípios se opunham. O
Concílio de Calcedônia representou o esforço da Igreja para resolver o
impasse ou, talvez, para decidir conviver com ele em tensão. Na verda-
de, a aceitação dos dois princípios pela Igreja primitiva equivaleu à
aceitação da fé de Calcedônia.
Leituras recomendadas
1
Questões em ciência e religião
Física e cosmologia
Big bang
Princípio antrópico
Biologia
Por volta do século XVIII sabia-se que pelo menos certo grau de
regularidade ou de ordem podia ser observado no mundo das plan-
tas e na vida animal. Uma das mais importantes interpretações des-
se tipo de observação deve-se ao naturalista sueco do século XVIII
Carl von Linné (1707-1778), mais conhecido pela forma latinizada
de seu nome, Linnaeus, ou Lineu.
Lineu entendia que a diversidade nos reinos animal e vegetal
poderia ser organizada em diversos grupos ou "espécies" distintas.
O sistema taxonômico de Lineu baseava-se no pressuposto de que
a criação é fixa e racional. A base disso (com ressonâncias tanto do
pressuposto da ordem do mundo aberta à investigação por meio de
observação rigorosa como da categorização lógica) sustenta a dou-
trina cristã da criação e a crença iluminista na harmonia e na
racionalidade do mundo.
Uma das mais fundamentais afirmações de Lineu é a "fixação
das espécies". Em outras palavras, não teria havido modificações
substanciais nas espécies. Embora Lineu não acreditasse que o
mundo fora criado segundo a periodicidade sugerida por certas
passagens do Gênesis (1 e 2), achava certamente que o fora mais ou
menos como era então. Essa concepção da origem do mundo seria
desafiada por Darwin, muito embora antes dele outros pesquisadores
já houvessem percebido que certas espécies tinham desaparecido.
Já examinamos em capítulo anterior alguns aspectos centrais da
controvérsia darwinista (ver pp. 35-41) e não pretendemos repetir o
que já foi mostrado. Interessa-nos agora entender os temas especiais
suscitados pela teoria de Darwin a respeito da seleção natural que
tenham alguma relação direta com a religião. Os quatro temas mais
234 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Obras fundamentais
A origem das espécies (1859)
A descendência do homem (1871)
Idéias básicas
Animais e plantas evoluíram e são mutáveis.
As espécies conhecidas hoje descenderam de outras espécies. Algumas delas
estão extintas.
A "luta pela existência" significa que as espécies mais bem adaptadas sobrevi-
vem na competição pela vida.
A humanidade não pode ser considerada diferente dos outros animais, mas evo-
luiu de formas anteriores.
Obras secundárias
DENNETT, D. C. Darwin's Dangerous Idea: Evolution and the Meaning of Life.
New York, Simon & Schuster, 1995.
DURANT, J. Darwinism and Divinity. Oxford/New York, Basil Blackwell, 1985.
HULL, D. L. Darwin and his Critics. Cambridge, MA, Harvard University Press, 1973.
MOORE, J. R. The Post-Darwinian Controversies: A Study of the Protestant
Struggle to come to terms with Darwin in Great Britain and America, 1870-1900.
Cambridge, Cambridge University Press, 1979.
Teísmo evolucionário
Psicologia
Obra principal
The Essence of Chnstianity (A essência do cristianismo), (1841)
Tema básico
A religião é projeção dos desejos humanos num plano objetivo imaginário.
Obras secundárias
HARVEY, V. A. Feuerbach and the lnterpretation ofReligion. Cambridge, Cambridge
University Press, 1995.
WARTOFSKY, M. Feuerbach. Cambridge, Cambridge University Press, 1982.
Obras principais
The Varieties of Religious Experience (As variedades da experiência religiosa)
(1902)
The Will to Believe (A vontade de crer) (1897)
Temas básicos
Distinção entre "pessoal" e "institucional"; experiência religiosa.
A genuína experiência religiosa quase sempre é considerada heterodoxa.
A validade da experiência religiosa é categoria própria.
Obras secundárias
FEINSTEIN, H. M. Becoming William James. Ithaca, NY, Comell University Press,
1984.
LASH, N. Easter in Ordinary. Reflections on Human Experience and the Knowledge
of God. Charlottesville, VA, University of Virginia Press, 1988.
VANDEN BURGT, R. J. The Religious Philosophy of William James. Chicago, Nel-
son-Hall, 1981.
250 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Idéias básicas
A religião como uma ilusão infantil.
Deus como projeção idealizada da figura paterna.
Os rituais religiosos como formas de distúrbios obsessivos.
Estudos secundários
KUNG, H.Freud and the Problem of God. New Haven, CT, Yale University Press,
1979.
PREUS, S. J. Explaining Religion: Criticism and Theory from Bodin to Freud. New
Haven, CT, Yale University Press, 1987.
RICOEUR, P. Freud and Philosophy. An Essay on Interpretation. New Haven, CT,
Yale University Press, 1970.
Leituras recomendadas
Resumo
Obras secundárias
POLKINGHORNE, J. Scientists as Theologians A Comparison of the Writings of
lan Barbour, Arthur Peacocke and John Polkinghorne. London, SPCK, 1996.
Resumo
Obra secundária
HAWKIN, D. and E. The World of Science: The Religious and Social Thought of
C. A. Coulson. London, Epworth Press, 1989.
Resumo
Obras secundárias
BRAATEN, C. E., CLAYTON, P. The Theology of Wolfhart Pannenberg. Minneapolis,
MN, Augsburg Press, 1988.
HEFNER, P. The Role of Science in Pannenberg's Theological Thinking. Zygon 24
(1989) 135-151.
RUSSELL, R. i. Contingency in Physics and Cosmology: A Critique of the Theology
of Wolfhart Pannenberg. Zygon 23 (1988) 23-43.
Estudos de caso em rellgião e ciência 1 267
Resumo
Obras secundárias
POLKINGHORNE, J. Scientists as Theologians: A Comparison of the Writings of
lan Barbour, Arthur Peacocke and John Polkinghorne. London, SPCK, 1996.
RUSSELL, R. J. The Theological-Scientific Vision of Arthur Peacocke. Zygon 26
(1991) 505-517.
Resumo
Obras secundárias
AVIS, P. D. L. Apologist from the World of Science: John Polkinghorne, FRS. Scottish
Journal of Theology 43 (1990) 485-502.
POLKINGHORNE, J. Scientists as Theologians-. A comparison of the Writings of
lan Barbour, Arthur Peacocke and John Polkinghorne. London, SPCK, 1996.
Resumo
Obras secundárias
CUÉNOT, C. Teilhard de Chardin: A Biographical Study. London, Burnes & Oates,
1965.
LYONS, J. A. The Cosmic Christ in Origin and Teilhard de Chardin. Oxford, Oxford
University Press, 1982.
MOONEY, C. F. Teilhard de Chardin and the Mystery of Christ London, Collins,
1966.
Resumo
Obras secundárias
KRUGER, C. B. The Doctrine of the Knowledge of God in the Theology of Thomas
F. Torrance. Scottish Journal of Theology 43 (1990) 366-389.
WEIGHTMAN, C. Theology in a Polanyian Universe: The Theology of Thomas
Torrance. New York, Peter Lang, 1994.
Conclusão
Leituras recomendadas
1
Bibliografia
Capítulo 1
Página 18
VAN BAVEL, T. The Creator and the Integrity of Creation in the Fathers
of the Church. Augustinian Studies 21 (1990) 1-33.
Páginas 23-24
CALVIN, J. Institutes of the Christian Religion, I.v.i-ii.
Página 26-27
BLACKWELL, R. J. Galileo, Bellarmine and the Bible. Notre Dame, IN,
University of Notre Dame Press, 1991, p. 94-95.
Página 28
CHADWICK, O. From Bossuet to Newman: The Idea of Doctrinal
Development. Cambridge, Cambridge University Press, 1957, p. 20.
Página 34
ALEXANDER, H. G. The Leibniz-Clark Correspondence. Manchester,
Manchester University Press, 1956, p. 14.
Página 39
DARWIN, C. The Origin of Species. Harmondsworth, Penguin, 1968, p. 205.
298 1 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Páginas 39-40
LUCAS, J. R. Wilberforce and Huxley: A Legendary Encounter. Historical
Journal 22 (1979) 313-330, aqui 313,314.
Capítulo 2
Página 45
COBB, Jr. Beyond Pluralism. In: D'COSTA, G. D. (org.). Christian Uni-
queness Reconsidered. Maryknoll, NY, Orbis, 1990, p. 81-84.
Capítulo 3
Páginas 80-81
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader-. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 17.
Página 83
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 16-17.
Página 86
FRAASSEN, B. C. van. The Scientific Image. Oxford, Oxford University
Press, 1980, p. 202-203.
Páginas 86-87
NEWTON-SM1TH, W. H. The Rationality of Science. London, Routledge
& Kegan Paul, 1981, p. 25.
Página 87
POLKINGHORNE, J. One World: The Interaction of Science and Theo-
logy. Princeton, Princeton University Press, 1986, p. 47.
Páginas 91-92
QUINE, W. V. O. From a Logical Point of View. Cambridge, MA, Harvard
University Press, 1953, p. 42-43.
Página 96
AYER, A. J. Logical Positivism. New York, Free Press, 1959, p. 63-64.
Citações 1 299
Página 97
SCHILPP, P. A. The Philosophy of Rudolph Carnap. Lasalle, IL, Open Court,
1963, p. 8.
Página 98
CROMBIE, I. M. Theology and Falsification. In: FLEW, A., MAcINTYRE,
A. (orgs.). New Essays in Philosophical Theology. London, SCM Press,
1955, p. 126.
Página 98
HICK, J. Theology and Verification. In: HICK, J. (org.). The Existence of
God. London, Macmillan, 1964, p. 260-1.
Página 100
POPPER, K. R. Conjectures and Refutations: The Growth of Scientific
Knowledge. London, Routledge & Kegan Paul, 1963, p. 281.
Página 100
POPPER, K. R. Realism and the Aim of Science. London, Hutchinson,
1983, p. 162-163.
Página 101
POPPER, K. R. The Logic of Scientific Discovery. New York, Science
Editions, 1961, p. 40-41.
Página 106
KUHN, T. The Structure of Scientific Revolutions. Chicago, University of
Chicago Press, 1962, p. 150.
Página 107
KUHN, T. The Structure of Scientific Revolutions. Chicago, University of
Chicago Press, 1962, p. 77.
Capítulo 4
Página 117
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge,MA,
Blackwell, 1995, p. 8.
300 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Páginas 118-119
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 9.
Página 124
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 10-12.
Página 126
CRAIG, W. L. The Kalam Cosmological Argument. London, Macmillan,
1979, p. 149.
Página 128
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 10-12.
Páginas 130-131
PALEY, William. Works. PALEY, E. (org.). London, Rivington, 1830, v. 4,
p. 16, 34-35. 6 vols.
Capítulo 5
Página 151
AUGUSTINE. Saint Augustine: Confessions. Trad. Henry Chadwick. Oxford,
Clarendon Press, 1991, p. 229-230.
Página 151
DAVIES, P. The Mind of God: Science and the Search for Ultimate Mea-
ning. London, Penguin, 1992, p. 50.
Página 155
GUARDINI, R. Letters from Lake Como: Explorations in Technology and
the Human Race. Grand Rapids, MI, Eerdmans, 1994, p. 46.
Página 157
O'DONOVAN, O. Resurrection and Moral Order. Grand Rapids, MI,
Eerdmans, 1986, p. 31-32.
Página 158
O'DONOVAN, O. Resurrection and Moral Order. Grand Rapids, MI;
Eerdmans, 1986, p. 36-37.
Citações 1 301
Página 160
DAVIES, P. The Mind of God: Science and the Search for Ultimate
Meaning. London, Penguin, 1992, p. 82-83.
Capítulo 6
Página 166
TORRANCE, T. F. The Ground and Grammar ofTheology. Belfast, Christian
Journals Ltd., 1980, p. 90-91.
Páginas 167-168
TORRANCE, T. F. Reality and Scientific Theology: Theology and Science
at the Frontiers of Knowledge. Edinburgh, Scottish Academic Press,
1985, p. 39 e 41.
Página 172
POLKINGHORNE, J. Science and Creation: The Search for Understan-
ding. London, SPCK, 1988, p. 20.
Página 174
EDWARDS, J. The Image of Divine Things. PERRY, M. (org.). New Haven,
CT, Yale University Press, 1948, p. 61-69.
Página 175
WEINBERG, S. Dreams of a Final Theory: The Search for the Fundamen-
tal Laws of Nature. London, Hutchinson Radius, 1993, p. 119.
Página 175
DIRAC, P. The Evolution of the Physicist's Picture of Nature. Scientific
American 208 (1963) 45-53, aqui p. 47.
Página 179
FISCH, H. The Scientist as Priest: A Note on Robert Boyle's Natural Theo-
logy. Isis 44 (1953) 252-265, aqui p. 258.
Capítulo 7
Página 181
POLKINGHORNE, J. Reason and Reality. London, SPCK, 1991, p. 20.
302 1 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Páginas 188-189
AQUINO, T. Summa contra Gentiles. Trad. Anton C. Pegis. Notre Dame,
IN, University of Notre Dame Press, 1975, v. I, p. 138-139. 5 vols.
Página 192
McGRATH, A. E. The Christian Theology Reader. Oxford/Cambridge, MA,
Blackwell, 1995, p. 180.
Páginas 194-195
McFAGUE, S. Models of God. Philadelphia, Fortress Press, 1987, p. 32-34.
Página 195
BARBOUR, I. G. Myths, Models and Paradigms: The Nature of Scientific
and Religious Language. NewYork, Harper & Row, 1974, p. 15.
Página 198
DARWIN, F., SEWARD, A. C. More Letters of Charles Darwin. London,
John Murray, 1903, v. I, p. 267-268. 2 vols.
Páginas 200-201
HAYTER, M. The New Eve in Christ. London, SPCK, 1987, p. 87-92.
Página 201-202
PANNENBERG, W. Systematic Theology. Grand Rapids, MI, Eerdmans,
1991, v. I, p. 260-261. 3 vols.
Página 202
McFAGUE, S. Models of God. Philadelphia, Fortress Press, 1987, p.
122-123.
Página 202
CAIRD, G. The Language and Imagery of the Bible. London, Duckworth,
1980, p. 80.
Página 203
JULIAN of NORWICH. Revelations of Divine Love. Harmondsworth,
Penguin, 1958, p. 151, 174.
Página 211
TORRANCE, T. F. Theological Science. Oxford, Oxford University Press,
1969, p. 26-27.
Página 216
WILES, M. F. The Making of Christian Doctrine. Cambridge, Cambridge
University Press, 1967, p. 106.
Citações 1 303
Capítulo 8
Página 225
HAWKING, S. A Brief History of Time: From the Big Bang to Black Holes.
NewYork, Bantam Books, 1988, p. x.
Página 226
BARROW, J., TIPLER, F. J. The Anthropic Cosmological Principie. Oxford,
Oxford University Press, 1986, p. 5.
Página 228-229
TENNANT, F. R. Philosophical Theology. Cambridge, Cambridge Uni-
versity Press, 1930, v. 2, p. 79. 2 vols.
Página 229-230
BARROW, J., TIPLER, F. J. The Anthropic Cosmological Principie. Oxford,
Oxford University Press, 1986, p. 566.
Página 230-231
BARROW, J., TIPLER, F. J. The Anthropic Cosmological Principie. Oxford,
Oxford University Press, 1986, p. 1-2.
Página 231-232
SWINBURNE, R. The Existence of God. Oxford, Clarendon Press, 1979, p.
138.
Página 237
DAWKINS, R. The Blind Watchmaker Why the Evidence of Evolution reveals
a Universe without Design. NewYork, W. W. Norton, 1986, p. 15.
Página 237-238
DAWKINS, R The Blind Watchmaker: Why the Evidence of Evolution reveals
a Universe without Design. NewYork, W. W. Norton, 1986, p. 5.
Página 240
BEECHER, H. W. Evolution and Creation. NewYork, Fords, Howard &
Hulbert, 1885, p. 113.
Páginas 240-241
BEECHER, H. W. Evolution and Creation. New York, Fords, Howard &
Hulbert, 1885, p. 429.
Página 244
von HARTMANN, E. Geschichte der Logik. Leipzig, 1900, v. 2, p. 444. 2 vols.
304 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião
Páginas 246-247
JAMES, W. TheVarieties of Religious Experience. Cambridge, MA, Harvard
University Press, 1985, p. 341-342.
Página 248
JAMES, W. TheVarieties of Religious Experience. Cambridge, MA, Harvard
University Press, 1985, p. 397.
Página 249
JAMES, W. The Varieties of Religious Experience. Cambridge, MA, Harvard
University Press, 1985, p. 268-270.
Página 252
FREUD. S. An Autobiographical Study. In: Complete Psychological Works
of Sigmund Freud. London, Hogarth Press, 1953-, v. 20, p. 68. 24 vols.
Página 253
FREUD, S. Leonardo daVinci and a Memory of his Childhood. In: Com-
plete Psychological Works of Sigmund Freud. London, Hogarth Press,
1953- , v. 11, p. 123. 24 vols.
Capítulo 9
Página 260
BARBOUR, I. G. Religion in an Age of Science. San Francisco, Harper San
Francisco, 1990, p. 227.
Páginas 262-263
COULSON, C. A. Science and Christian Belief. Oxford, Oxford University
Press, 1955, p. 21.
Página 264
PANNENBERG, W. Redemptive Event and History. In: Basic Questions
in Theology. London, SCM Press, 1970, v. I, p. 15.
Página 266
PANNENBERG, W. Toward a Theology of Nature. Lousville, KY,
Westminster/John Knox Press, 1993, p. 50-72.
Páginas 268-269
PEACOCKE, A. God and Science: A Quest for Christian Credibility. Lon-
don, SCM Press, 1996, p. 5-6.
Citações 1 305
Página 272
POLKINGHORNE, J. The Way the World Is. London, SPCK, 1983, p. 12.
Páginas 278-279
TORRANCE, T. F. 'Theological Science. Oxford, Oxford University Press,
1969, p. 26-27.
Página 279
TORRANCE, T. F. Reality and Scientific Theology: Theology and Science
at the Frontiers of Knowledge. Edinburgh, Scottish Academic Press,
1985, p. 54-55.
Página 279-280
TORRANCE, T. F. Reality and Scienttfic Theology: Theology and Science
at the Frontiers of Knowledge. Edinburgh, Scottish Academic Press,
1985, p. 85.
índice de nomes
E Idealismo 83, 84
Indeterminação, tese da 91, 92
Edwards, Jonathan 50, 148, 172, 173
Empirismo 78, 82, 83, 90 J
Evangelicalismo 58-61
Evans-Pritchard, E. E. 46 James, William 240, 245, 247, 250
Jerônimo 16
F
K
Falsificação 100, 102-105
Feuerbach, Ludwig 153, 202, 241- Kepler, Johannes 21, 22, 29-31
246 Kuhn, Thomas S. 104-109
Índice de nomes 309
Leis da natureza 73, 77, 86, 132, Paley, William 32, 128-133, 178, 231,
133, 155, 157-160, 265 236
Leis do movimento planetário 30 Pannenberg, Wolfhart 200, 255,
Linnaeus, Carolus 36, 232 262-265, 267
Locke, John 33, 82, 83 Peacocke, Arthur 255, 261, 265, 266,
Loisy, Alfred 52, 53 268, 270, 273
Lyell, Charles 35, 36 Picard, Jean 32
Plantinga, Alvin 167-169, 238
M Polanyi, Michael 109-111
Polkinghorne, Sir John 87, 171, 178,
Malthus, Thomas 37, 38, 233 180, 221, 255, 261, 269-271, 273
Marx, Karl 44, 153, 202, 243, 244, Popper, Karl 100-105
263 Positivismo lógico 94, 97, 99, 102
Modelos e analogias entre ciência e Protestantismo liberal 28, 29, 47,
religião 181-217 49-51, 53, 54, 67, 68, 164, 167
Modernismo 51-54
Mudanças de paradigma 104, 105,
107-109
Quadriga 17
N
R
Neodarwinismo 236
Neo-ortodoxia 47, 55-57, 68 Racionalismo 34, 78, 81-84
Newton, Isaac 30-32, 34, 35, 86, 87, Realismo 83, 87-89, 108, 111, 221,
129, 157, 158 255, 266-268, 279
Religião, definições 44-46
O Rheticus, G. J. 22
Ritschl, A. B. 49, 53, 67
O'Donovan, Oliver 156, 157
Ordem da natureza 72, 128, 172
Oresme, Nicola 15
Origem 17, 36, 38-40, 47, 62, 65, Schleiermacher, F. D. E. 47, 50, 55,
67, 69, 121, 122, 149, 150, 157, 67, 241, 242, 245
195, 197, 221-223, 232, 233, Scopes, julgamento de 66
235, 238, 243, 247, 250, 251, Síntese medieval de ciência e reli-
253, 257, 272 gião 13-19
310 1 Fundamentos do diálogo entre Ciência e Religião