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Avaliação de Malhas de Aterramento2
Avaliação de Malhas de Aterramento2
CÁLCULO
MALHAS DE
ATERRAMENTO –
SISTEMAS DE
DISTRIBUIÇÃO
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Conteúdo
1. OBJETIVO: .................................................................................................................. 4
2. INTRODUÇÃO: ............................................................................................................ 4
3. METODOLOGIA: ......................................................................................................... 4
MALHA .............................................................................................................................. 10
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1. Objetivo:
Nesse artigo será avaliado malhas de aterramento de pequenas subestações de distribuição de energia com tensões entre
13,20 kV até 34,50 kV.
Também será comentada a exigência de muitas concessionárias de avaliar a conformidade da malha através da
resistência e solicitação de valores típicos como 10 Ω e 5 Ω.
2. Introdução:
A malha de aterramento tem como função principal proteger patrimônio, pessoas e permitir que os dispositivos de
proteção de defeito à terra funcionem de maneira adequada.
Para elaboração do cálculo de uma malha de aterramento os seguintes fatores devem ser levados em conta:
3. Metodologia:
Existem duas abordagens possíveis para a elaboração do cálculo da resistência de aterramento da malha e avaliação dos
potenciais:
• IEEE – 80
• NBR 15751
Nesse artigo vamos lançar mão das duas normas e proceder com um cálculo de malha de aterramento para subestação
da distribuição.
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4. Configuração proposta:
A malha proposta será de dimensões retangulares com 17 m x 8,0 m. Essa malha será dividida em 5 partes na horizontal e
3 partes na vertical.
ρa → resistividade aparente [Ω.m]
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A medição da resistividade do solo se deu pelo método de “Werner” com quatro hastes sendo obtido os seguintes
valores:
𝜌𝑎 = 2. Π. 𝑑. 𝑅
Resistividade do Solo
200,0
180,0
160,0
Rsistividade [Ω.m]
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Distância [m]
Nesse caso o modelo matemático para o modelamento do solo poderá ser feito como um solo uniforme com camada
única de resistividade média 146 Ω.m.
ρ = 146 Ω.m
Nem sempre isto será possível. Casa o solo apresente curvas com maiores variações entre o começo e o final da curva
deverá ser utilizado o modelo de duas camadas.
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Os limites de curta duração (de 0,03 até 3 segundos) dos potenciais suportáveis pelo ser humano, são, geralmente,
definidos através do equacionamento descrito na IEEE Std.80 - 2000 que baseado no trabalho de C. F. Dalziel que
apresenta duas equações de potenciais toleráveis (passo e toque).
A duração para a qual uma corrente de 60 Hz pode ser tolerada pela maioria das pessoas (99,5 %) sem fibrilação
ventricular é definida pela seguinte equação:
0,116
𝐼𝐶𝐷 =
√𝑡
Para a equação anterior, define-se que: as resistências de contato dos pés e das mãos são consideradas iguais a zero; um
valor de 1000 Ω foi selecionado para representar a resistência do corpo humano de uma mão para ambos os pés, de uma
mão para a outra mão e de um pé para o outro pé, portanto R CH = 1000 Ω e o efeito da camada de cobertura superficial
do solo (assumida como brita) em contato com os pés é contemplado através das seguintes resistências:
• Tensão de passo
𝐸𝑃 = (𝑅𝐶𝐻 + 6. 𝜌𝑆 . 𝐶𝑆 ). 𝐼𝐶𝐷
Onde:
ρS → resistividade da camada de cobertura do solo [Ω.m]
RCH → resistência do corpo humano [Ω]
CS → fator de reflexão
ICD → corrente de curta duração [A]
EP → tensão passo [V]
• Tensão de toque
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1−
Cs (hs , K ) = 1 − 0,106 s
2hs + 0,106
Assumindo:
Obtêm:
ICD = 0,164 A
CS = 0,6705
EP = 2143,31 V
ET = 662,15 V
Os valores acimam correspondem as máximas tensões admissíveis na malha para garantir a segurança de pessoas.
O cálculo da malha de aterramento é um processo interativo. Ele é feito com uma primeira estimativa e vai refinando até
atingir o valor desejado.
A primeira etapa consiste em determinar o valor estimado de resistência da malha de aterramento em função somente
da área e da resistividade do solo.
𝜌𝑎 𝜋
𝑅𝑔 = .√
4 𝐴
ρa → resistividade aparente [Ω.m]
A → área da subestação [m2]
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Resistividade aparente será de 146 Ω.m e a malha da subestação terá uma área de 136 m2.
Ou seja, não importa o quanto de cabos ou hastes sejam inseridas, o valor mínimo obtido não será inferior a 5,54 Ω.
Nesse caso, em particular, se a concessionária pedir uma malha de 5 Ω, a mesma deve ser aumentada.
Vamos trabalhar com essa hipótese e determinar a mínima área para se ter uma resistência de 5 Ω.
Será necessária uma área de aproximadamente 168 m 2 e com isso resistência de malha 4,81 Ω.
A nova malha terá dimensões retangulares com 18 m x 10 m. Essa malha será dividida em 5 partes na horizontal e 3
partes na vertical.
Serão:
6 x condutores de 10 m → 60 m
4 x condutores de 18 m → 72 m
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Com a nova configuração da malha será calculada a resistência equivalente entre o solo e os condutores enterrados.
Uma forma simplificada de efetuar o cálculo é usando a equação abaixo para malhas enterradas entre 25 cm e 2,5 m.
1 1 1
𝑅 = 𝜌𝑎 ( )+( ). 1 +
𝐿𝑇 √20. 𝐴
√20
{ [ (1 + 𝐻. 𝐴 )]}
Onde:
R = 5,53 Ω
No caso de um defeito da subestação poderá existir dois caminhos para a corrente de defeito escoar:
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Na grande maioria das concessionárias do Brasil não é mais enviado o condutor PEN da subestação da concessionária
para a SE do cliente.
Dessa forma toda a corrente de defeito de falta à terra e escoada pela malha.
No tocante ao regime de aterramento, o regime e o TTN, ou seja, na malha da concessionária tudo está interligado, mas
não há uma interligação entre a malha da concessionária e a malha do cliente
Desta forma:
IFALTA = IMALHA
Em função do ângulo de curto-circuito, relação X/R , a corrente de pico do primeiro ciclo varia em função da corrente
eficaz.
𝐼𝑀𝐴𝐿𝐻𝐴 = 𝐷𝐹 . 𝐼𝐹𝐴𝐿𝑇𝐴
Onde:
DF → Fator de decremento ou correção
IFALTA → Corrente na malha de aterramento (“grid”)
IMALHA → Corrente na malha de aterramento (“grid”) corrigida
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2 𝑇𝑎 −2𝑡𝑓
𝐷𝐹 = √1 + . (1 − 𝑒 𝑇𝑎 )
𝑡𝑓
tf = 0,50 s
Ta = 9,25 ms ( corresponde ao ângulo de curto-circuito de 74 º)
DF = 1,009
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Se o GPR produzido pela corrente de falta na malha for menor que o potencial de toque e de passo não há necessidade
de se calcular os demais potenciais.
GPR = 5670 V
EP = 2143,31 V
ET = 662,15 V
Ou seja, o GPR é maior do que a tensão de passo e de toque. Então se faz necessário calcular as tensões obtidas na
malha.
Vamos utilizar o cálculo simplificado da tensão de passo conforme demonstrado no anexo da norma.
𝜌𝑎. 𝐾𝑀 . 𝐾𝑖 . 𝐼𝑀𝐴𝐿𝐻𝐴
𝐸𝑃𝐶 =
𝐿𝑀
Onde:
EPC = 926,74 V
Potencial máximo de passo permitido 2143,31 V. A malha atende o requisito de potencial de passo, pois EPC < EP
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Vamos utilizar o cálculo simplificado da tensão de passo conforme demonstrado no anexo da norma.
𝜌𝑎. 𝐾𝑆 . 𝐾𝑖 . 𝐼𝑀𝐴𝐿𝐻𝐴
𝐸𝑇𝐶 =
𝐿𝑀
Onde:
ETC = 872,78 V
Potencial máximo de toque permitido 662,15 V. A malha não atende o requisito de potencial de toque pois E TC > ET.
12. Conclusão:
A malha calculada é na verdade um projeto real de uma subestação de distribuição na indústria. O valor originalmente
pedido pela concessionária de energia era de 5Ω. Nota -se que mesmo com esse valor baixo, as tensões máximas obtidas
não atendem totalmente as condições:
Neste exemplo, caso atendesse não haveria necessidade de se calcular o potencial de passo e toque estimado na periferia
da malha.
Uma vez que a condição (1) não foi atendida passa -se para a segunda verificação.
Para a malha ser considerada segura, ou seja, tanto os potenciais de passo e toque calculado devem ser inferiores aos
limites no item 6 deste documento.
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Isso traz somente uma reflexão sobre a tendência de não mais se determinar um valor fixo de resistências para sistemas
elétricos; como normalmente 5Ω e 10Ω. Mais importante que o valor da resistência são os potenciais produzidos no solo
frente a suportabilidade das pessoas em determinadas situações de contorno.
𝜌𝑎 𝜋
𝑅𝑔 = .√
4 𝐴
ρa → resistividade aparente [Ω.m]
A → área da subestação [m2]
A fórmula acima é considerando que houvesse uma camada condutora abaixo da área da malha.
13. Normas:
Normas Aplicáveis:
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