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I volta a portugal
de copo na mão
Entre vinhos e sabores
viosinho
Prova vertical D. Graça
Os melhores
Brancos Douro
Vinhos do Porto brancos
Perfeitos para o verão!
Em entrevista
Manuel Novaes Cabral
Presidente do IVDP garante
“Nos vinhos, somos maiores
do que o País”
2016 . PORTUGAL CONTINENTAL €4.90
QUINTA NOVA | QUINTA DOS FRADES | QUINTA DO GRADIL | CEGOS POR CASTELÃO | ADEGA ALVES DE SOUSA
QUINTA DO PORTAL | CHURCHILL’S | Quinta da Pacheca | BOAS QUINTAS | QUINTA DOS VALES | AREIAS DO SEIXO
Í
004. Editorial índice
10º Aniversário 062
Douro
006. Apresentação da equipa
Paixão pelo Vinho
008. Provadores e regras de prova
010. Novidades
012. Quinta Nova
N.ª Sr.ª do Carmo
Colheita 2015
Diretora
Maria Helena Duarte
purplesummer.mhd@gmail.com
TM. +351 969 105 600
Diretor Adjunto
André Guilherme Magalhães
andremagellan@gmail.com
Assessora da Direção
Cristina Ribeiro
purplesummer.media@gmail.com
Redatores
André Guilherme Magalhães, Augusto
Lopes, Carlos Janeiro, Carlos Ramos,
Francisco Brito, Hélio Loureiro, João
Pereira Santos, José Sassetti, Luís
Gradíssimo, Marco Lourenço, Paulo
Pimenta, Manuel Baiôa, Maria Helena
Duarte, Miguel Borges, Osvaldo Amado,
Paulo Pimenta, Pedro Moura, Raquel
Moreira Fernandes, Susana Marvão.
Fotografia
Carlos Figueiredo, Ernesto Fonseca,
Nuno Baptista, Sérgio Sacoto,
Shutterstock, D.R.
Maria Helena Duarte
Provadores Diretora
André Guilherme Magalhães, António
Mendes Nunes, Carlos Janeiro, Gina
Francisco, Hernani Magalhães, João
Pereira Santos, Luís Gradíssimo, Madalena
Vidigal, Maria Helena Duarte, Marco
10 Anos de “Paixão”
Lourenço, Mário Conde, Nuno Maçanita
Mouronho, Paulo Pimenta, Pedro Moura. O vinho, a gastronomia e o turismo foram temas desistir. Do negócio. Depois de seis meses a reorgani-
que sempre me apaixonaram. Assim nasceu a revista zar-me pessoal e profissionalmente, decidi começar
Negócios e Marketing
Beberes, em 2003, que foi publicada mensalmente tudo de novo. Assim começou uma nova equipa, em
Hugo Henriques
purplesummer.hh@gmail.com e durante dois anos consecutivos no Diário de Notí- Lisboa, com alguns dos colaboradores iniciais e muitos
Mário Conde cias. Com esta “minha” revista conquistei o respeito novos. Com uma grande diferença: agora a revista tra-
purplesummer.mc@gmail.com
Sónia Rebelo
do sector, fruto de muita dedicação e empenho. duz-se efetivamente em 100% paixão. Desde 2014 que
purplesummer.sonia@gmail.com Mas não chegava! A minha paixão já era demasiado a Paixão pelo Vinho nasce da vontade de uma equipa
grande para as 24 páginas que tinha na Beberes. En- maravilhosa que trabalha nos tempos livres, de espírito
Arte
José Barbosa tão, reuni algumas pessoas que muito respeitava e ad- voluntário e graciosamente, tendo como suporte a Pur-
mirava, para lhes apresentar o projeto de uma nova ple Media e os meios disponíveis. Hoje, trabalhamos por
Impressão revista que quebrasse fronteiras, focada nos vinhos paixão, com paixão, e acima de tudo, muita dedicação.
LusoImpress, S.A.
portugueses: a Paixão pelo Vinho. Não eram meus Sem pressões comerciais e assegurando isenção e rigor,
Distribuição | VASP amigos, mas foi nesse dia que começou uma grande a “Paixão pelo Vinho” é, atualmente, a revista portugue-
Registo ICS | 124968 amizade: José Silva, Jorge Sousa Pinto, Gabriela Ca- sa dedicada aos vinhos, aos sabores e ao turismo, mais
Depósito Legal | 245527/06
nossa Celina Amoedo, Joana Caprichoso e Dario Silva, lida no mundo, já que para além da edição impressa é
apoiaram-me incondicionalmente. A estes seguiram- também disponibilizada integralmente e gratuitamente
se André Magalhães, Hélio Loureiro, José Sassetti, on-line, o que a torna única e acessível a todos quantos
Osvaldo Amado e a Susana Marvão. Nunca é demais possam ler a língua portuguesa em Portugal e além-
www.facebook.com/RevistaPaixaoPeloVinho agradecer-lhes, bem como a todos os outros colabo- fronteiras. Nunca as audiências foram tão altas, facto
radores que aos poucos foram integrando a revista. que motivou, também, a realização de festas vínicas,
A reprodução de textos e imagens
tem de ser solicitada e autorizada. Quando saiu a primeira edição, em 2006, foi emo- que em 2015 mobilizaram mais de 5000 pessoas a co-
cionante, chorei muito, confesso; chorei de alegria nhecer melhor os vinhos portugueses.
Periodicidade Trimestral por finalmente ter a revista na mão, mas também O futuro é conquistado em cada dia que passa e espe-
Julho / Agosto / Setembro
chorei com medo de não ser capaz de levar o pro- ramos continuar a divulgar o que de melhor de faz em
jeto em frente. Os primeiros sete anos foram de Portugal, superando todas as dificuldades, levando a
constante luta, era o meu negócio, não conseguia nossa “Paixão” cada vez mais longe. Estamos a contar
rentabilizá-lo mas estava sempre a tentar. Acabei por consigo para nos motivar!
editorial
André Magalhães
Diretor Adjunto
Douro
Esta edição que assinala o 10º Aniversário da nossa revista é o pretex- tigos entusiasmados após visitas à região reclamando estar a revelar
to perfeito para celebrar a região vinícola mais famosa de Portugal: ao mundo um novo produtor, uma casta esquecida ou um “terroir”
o Douro! perdido. O Douro reúne hoje todos os ingredientes para alimen-
Queremos celebrar o Douro pelo orgulho que nos trás, pela sua his- tar “resmas” de artigos em revistas e blogues sobre vinhos: uma
tória marcante, pelas suas gentes, pelas paisagens únicas e sobretudo vastíssima paleta de castas, solos, microclimas, vinhas velhas, vi-
pelos vinhos extraordinários com que brinda o Mundo, a cada colheita. nhas muitíssimo velhas, castas exógenas (como a Syrah que se tem
Tratando-se de uma das mais antigas regiões demarcadas, o Douro foi vindo a impor), novos produtores, novos-velhos produtores, pro-
desde sempre um ator destacado no mer- dutores excêntricos, novas técnicas de
cado internacional do vinho e o reconhe- viticultura, viticultura por parcelas, vinha
cimento global da marca “Vinho do Porto” “ao alto”, “tudo ao molho”, “mortórios”
é prova incontestável disso mesmo, mas a Tirando partido deste ressuscitados, pisa em lagar, “robots”, o
verdade é que a região vive momentos de novo élan, as forças vivas regresso às dornas, barricas em casta-
mudança, com os “vinhos de mesa” a ga- da região souberam e bem, nho, a co-fermentação, os lotes… Tudo é
nharem cada vez mais importância. reinventar-se, fazendo possível nesta região única e abençoada
Desde os anos noventa que a região tem com que neste momento pelos deuses.
vindo a mudar de paradigma, valorizando o Douro seja o foco da atenção A Paixão pelo Vinho agradece ao Douro
não só o património vinícola mas agre- dos principais protagonistas por ser seguramente a região geradora
gando-lhe outros atributos tais como ri- do mundo do vinho. de notícias e novidades no mundo do
queza paisagística e cultural, o que veio vinho e por isso nesta edição vamos ter
a permitir que recebesse a chancela de provas temáticas de brancos do Douro,
Património Mundial da Humanidade por de Vinhos do Porto brancos e uma en-
parte da UNESCO. Tirando partido deste novo élan, as forças vivas tusiasmante vertical das dez colheitas de estremes da casta Viosinho
da região souberam e bem, reinventar-se, fazendo com que neste D. Graça, do produtor Vinilourenço. Vamos ainda entrevistar o presi-
momento o Douro seja o foco da atenção dos principais protago- dente do IVDP, apresentar a nova adega da casa Alves de Sousa e dar
nistas do mundo do vinho. Não há crítico internacional de vinhos destaque a produtores durienses de referência como são a Quinta do
que se preze, que não conheça ou diga que conhece a região e os Portal, a Churchill’s, a Quinta Nova, a Quinta da Pacheca...
seus principais produtores. É aliás apanágio de muitos, escrever ar- Boas leituras e parabéns a nós!
Classificação
<10,00 Defeituoso ou desequilibrado.
10,00-11,50 Fraco, simples e sem
pretensões. Gina Francisco Hernani Magalhães João Pereira Santos
Marco Lourenço Mário conde Nuno Maçanita Mouronho Paulo Pimenta Pedro moura
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
Adega de Pegões
Moscatel Roxo
de Setúbal premiado
A confirmação chegou por e-mail já depois
da seleção das quinas ter trazido para casa
a taça de Campeões da Europa. O Moscatel
Roxo de Setúbal Adega de Pegões é o “Me-
lhor Moscatel do Mundo”, tendo obtido a
maior pontuação do concurso Muscats du A RG Rovisco Garcia é uma empresa agrícola fa-
Monde, que decorreu nos dias 29 e 30 de miliar com uma forte ligação à terra.
Junho, na cidade de Frontignan-la-Peyra- É pelo respeito à terra e ao património natural ú-
de – França. Esta é a primeira vez que um nico, o Montado de Sobro, que, como produtores
Moscatel Roxo de Setúbal, vinho produzido de cortiça e de vinho, se fez a opção de vedar os
com a casta tinta Moscatel Roxo, recebe a vinhos com rolha de cortiça natural, proveniente
mais alta qualificação do concurso. Em 2011 da floresta própria, gerida de forma sustentável.
a Venâncio da Costa Lima alcançou o mes- Assim, na gama colheita – tinto 2013 (disponível
mo título mas com o Moscatel de Setúbal, no outono), branco 2015 e rosé 2015 – a rolha
produzido com a casta branca Moscatel de de cortiça natural FSC®, que utiliza em todos os
Alexandria ou Moscatel de Setúbal. A 16ª seus vinhos, é deixada à vista. Introduz ainda uma
edição do Muscat du Monde fica ainda mar- mensagem de agradecimento ao consumidor por
cada pela entrada de mais dois Moscatéis ter escolhido um vinho vedado com uma rolha de
Roxos no TOP 10 Mundial, o Moscatel Roxo cortiça natural proveniente de florestas geridas de
de Setúbal – Casa Ermelinda Freitas, 2009 forma responsável, contribuindo assim para a sus-
e o Moscatel Roxo de Setúbal Superior 10 tentabilidade dos montados.
Anos – SIVIPA.
No passado dia 24 de Maio, oito mulhe- do Carmo, Douro (Directora Geral); Ma-
res, todas herdeiras de casas vinícolas, ria Manuel Poças Maia, da Poças Júnior,
Ano e meio após o seu lançamento, decidiram juntar-se no Porto e apresen- Douro (viticultura); Rita Cardoso Pinto,
o “Guia de Enoturismo de Portugal”, tar o seu novo projecto. Com nome de da Quinta do Pinto, Lisboa (coordenação
da jornalista e crítica de vinhos Maria girls band e não menos sex appeal, arrojo geral e comercial); Catarina Vieira, da
João de Almeida, editado pela Zest, e simpatia, as D’Uva deram início a uma Herdade do Rocim, Alentejo (enologia e
foi distinguido pelos Gourmand World joint-venture vínica. O objectivo é pro- viticultura); Mafalda Guedes, da Herdade
Cookbook Awards – Wines and Drinks moverem o vinho que produzem, duma do Peso, Alentejo (vendas); Rita Fino, do
2016 com o galardão “Best in the maneira mais visível, eficaz e com menos Monte da Penha, Portalegre (marketing e
World” na categoria “Wine Tourism”. custos. Escolheram o Hotel Vincci como vendas); Rita Nabeiro, da Adega Mayor,
Ao receber este prémio, a autora Maria ponto de partida para uma aventura que Alentejo (direcção geral). Com tantos e
João de Almeida, mostrou-se muito se espera repleta de hits. Neste projecto, tão bons vinhos já lançados e tantos e
orgulhosa com o trabalho por si reali- encontramos as regiões do Douro, Lis- ainda melhores por lançar, esperamos
zado e com o reconhecimento do po- boa e Alentejo, representadas por: Fran- que estas oito princesas se tornem raí-
tencial de Portugal: “(...) acima de tudo, cisca Van Zeller, da Quinta Vale D. Maria, nhas da pop vínica aquém e além-fron-
é um grande prémio para Portugal”. Douro (marketing e vendas); Luísa Amo- teiras, nem que seja com um super hit
rim, da Quinta Nova da Nossa Senhora num super chart de vez em quando…
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo é um local de extrema beleza, no coração do Douro,
conta com espaços dedicados ao enoturismo, a Luxury Winery House, o Conceitus Winery Restaurant
e também o renovado centro de visitas e a nova loja panorâmica que oferece provas exclusivas
e harmonizações com petiscos do Chef José Pinto.
O ano de 2105 foi, para a Quinta Nova, O rosé Reserva tem uma grande apetência
um ano atípico em termos climatéricos: gastronómica, de cor salmão (a lembrar Vinhos de elevada
o inverno foi frio e seco, a primavera e o a Provença), elegante, fresco e mineral, é qualidade, equilíbrio,
verão quentes e secos. Estas condições de facto um grande vinho rosé, resultado densidade e
caracterizaram, assim, uma vindima de ex- de uma fermentação a baixa temperatura longevidade.
ceção em termos quantitativos e de exce- que terminou no estágio de barrica nova
lente qualidade. O resultado são vinhos de e usada de segundo ano. Está disponível grande ano para a Quinta Nova. Os tintos
elevada qualidade, equilíbrio, densidade e no mercado por 16 Euros. O rosé colheita também vieram a provas com amostras de
longevidade. (2015) é mais aromático e consensual, tem barrica que revelaram já grande qualidade,
Em junho a Quinta Nova apresentou as cor rosa pálido com notas de frutos silves- prevendo assim grandes vinhos tintos.
novas colheitas 2015, com grande des- tres e alguma frescura mentolada. Poderá No final da prova houve uma pequena
taque para o lançamento dos primeiros adquiri-lo por 11 Euros. surpresa: um vinho do “Projeto Barrica”
vinhos rosé da marca, sendo que o rosé Provamos também os brancos da gama (Douro Reserva 2015), uma parceria iné-
Reserva é o primeiro do género na região Pomares, Grainha e Mirabilis que mos- dita em Portugal entre a Quinta Nova e a
do Douro. traram que o ano 2015 foi, de facto, um Enoteca de venda de vinho en primeur.
A Quinta dos Frades lançou um Grande Reserva para Homenagear Delfim Ferreira, Comendador que teve um
percurso de vida marcado pela inovação empresarial e por uma enorme preocupação social sendo, também,
responsável pela eletrificação de grande parte do Alto Douro Vinhateiro.
A Quinta dos Frades, situada em Folgosa, com Denominação de Origem Controlada melhores parcelas das vinhas velhas em ter-
foi adquirida nos anos 30 por Delfim Fer- DOC Douro. ras de xisto, pisa a pé em lagares de pedra,
reira. A Quinta foi pertença do mosteiro de Aquiles Brito, herdeiro e administrador, abriu- um ano de estágio em barricas novas de car-
Salzedas, é uma das maiores (com mais de nos a Quinta e as portas da casa da família. valho francês e no mínimo um ano de está-
200 hectares) e com mais história na Região Um solar imponente e majestoso domina a gio em garrafa. Ao todo existem 2 700 garra-
Demarcada do Douro. A produção de vinho propriedade, não deixando ninguém indife- fas. Em prova mostrou-se um grande vinho,
nesta propriedade remonta ao século XIII, rente à sua beleza. A visita de um selecionado confirmando a razão pela qual Aquiles de
pela mão dos cistercienses. Classificada na grupo de provadores de vinhos tinha como Brito quis homenagear o seu bisavô com um
sua íntegra com a letra A (a mais elevada ca- objetivo a apresentação do novo vinho, mas vinho “genuíno e autêntico”. O Grande Re-
tegoria), foi sempre conhecida pela produ- também foi uma boa oportunidade para serva só será repetido em anos de exceção.
ção de Vinhos do Porto de grande qualidade, mostrar as colheitas anteriores do Quinta Na prova vertical ficou provada e constatada
que depois vendia às casas exportadoras de dos Frades Vinha Velhas (2008, 2009, 2011 a qualidade dos aromas e sabores, aliados a
Gaia. A partir de 2008, aproveitando a enor- e 2013) numa prova vertical conduzida pelo uma estrutura firme e equilibrada que garan-
me potencialidade das vinhas tradicionais da enólogo Anselmo Mendes. tem a singularidade destes vinhos. A Quinta
quinta, inicia-se um projeto para a produção O vinho Comendador Delfim Ferreira tinto dos Frades tem de uma gama de tintos do
de uma pequena quantidade de tranquilo Grande Reserva 2011, resulta da seleção das Douro que vale a pena conhecer e apreciar.
O Topo de 2013.
A cara mais visível, deste projecto recente
citrino, definido, com leves tons es-
verdeados, aspecto jovem e brilhante.
Cruzados
vinhos do Dão e objectivos muito bem tra- de fina, leve, com acidez acutilante e
çados, têm sabido dar os passos certos para harmoniosa, fruta fresca, alguma maçã
apresentar uma gama de vinhos com qua- verde, barrica completamente ligada,
> texto/fotografias Carlos Janeiro lidade e perfil diferenciador do já existente final de boca longo, persistente e ele-
no mercado. A gama Titular mostra-se de gante. (PVP 30€)
Quando um produtor de vinhos colheita para colheita um valor cada vez
procura dar a conhecer ao mundo o mais certo no nosso mercado.
seu primeiro filho “Maior”, é natural A dupla de enólogos da casa neste momen- cer, o Teixuga branco revela um perfil pleno
que se espere por um vinho tinto. to, Carlos Magalhães e Manuel Vieira, dis- de estrutura, complexidade, de grande vo-
É algo muito nosso que se espere pensa qualquer apresentação e reforçando, lume, equilíbrio do conjunto e potencial de
sempre algo mais de um tinto. Está e de que maneira, o desenho inicialmente guarda fabuloso.
enraizado no nosso corpo e mente traçado. O Teixuga foi criado por esta equi- A apresentação à imprensa decorreu no
que assim seja, pelo que, quando pa sabendo o objectivo que se queria al- Espaço Kuc, em Lisboa, com uma ementa
um produtor nos troca as voltas, cançar e o resultado é um branco 100% En- preparada pelo Chef Vincent Farges, cuja
cruzado, proveniente de vinhas com mais passagem pelo Fortaleza do Guincho po-
é sempre de lhe bater palmas pela
de 60 anos, com berço nos vinhedos da demos recordar com um grande sorriso, e
coragem com que se vira contra
Quinta da Teixuga e com estágio de 19 me- que aqui preparou, com mestria, a marida-
a corrente e, neste caso, pelo
ses em barricas novas de carvalho francês gem para o Teixuga Branco, como também
excelente branco com que nos e outros 12 em garrafa, Cuidado até hoje para o Titular Encruzado/Malvasia Fina 2015
presenteia. como um bébé que se quer muito ver nas- e para o surpreendente Titular Jaen 2014.
Quinta do Gradil
Dos tempos do déspota iluminado
> texto Augusto Lopes > fotografias D. R.
O trabalho de replantação de vinhas foi uma perfeita combinação entre o romantismo do sonho de Luís Vieira e
o contributo da ciência, liderado por uma equipa de enologia e viticultura que trata aquelas vinhas como se de
filhos se tratassem. Em pleno sopé poente da Serra de Montejunto…
Quando aliamos história, visão, trabalho, presentam o resultado final de uma “gues-
coragem e bom gosto, a sorte abraça-nos. t-list” seletivamente elaborada. Jornalistas, A aposta no
E em dia de comemorar 15 anos de bons críticos enogastronómicos, figuras de proa enoturismo será séria
vinhos, realizou-se na Quinta do Gradil, li- do “métier” báquico reinante, entre outros com as expectativas
teralmente, uma viagem ao passado daquilo amigos. O ambiente é intimista. Sofisticado colocadas em cota de
que é uma ínfima parte da história vitiviníco- com informalidade o quanto baste. altitude elevada. As
la portuguesa. Para mais com a presença de O cenário está beneficiado por um céu ge- novidades surgirão em
uma das figuras mais controversas deste en- nerosamente estrelado em Lua brilhante. breve. Muitos parabéns
redo: o Marquês de Pombal. Talvez Dionísio até nos tenha olhado pros- e longa vida!
Outrora denominado por Camilo Castelo trado no cimo de uma ânfora. Celebra-se
Branco como o Nero da Trafaria, foi na com- o 15º aniversário da Quinta do Gradil sob a francesa. As iguarias encaixaram e satisfize-
panhia de ilustre anfitrião que nos apeámos égide da família Vieira. ram os festeiros. Aguardente e charuto para
na segunda metade do séc. XVIII em plena Jorraram brancos de Viosinho, Chardon- uma curta cinematográfica… E regresso a
região de Lisboa, conselho do Cadaval. De- nay, Arinto & Sauvignon Blanc. Tannat casa com um momento de antologia regis-
nota-se que os convidados presentes re- 2014 com 12 meses de estágio em madeira tado nos arquivos da nossa memória.
Porto Terrace Wine Party excedeu as expectativas e mobilizou apaixonados por vinhos
de várias nacionalidades.
No dia 5 de junho, das 15:00 às 22:00 ho- entre brancos, rosados, tintos, generosos,
ras, realizou-se no Porto, mais precisa- espumantes e Champagnes. Estiveram PORTOBELLO ROOFTOP
mente no Hotel Premium Downtown, na em prova os vinhos da Quinta de Louro-
sala panorâmica do Portobello Rooftop sa; Quinta de Curvos; Pequenos Rebentos,
RESTAURANTE & BAR
Restaurante & Bar e no terraço respetivo, o Permitido, Proibido (de Márcio Lopes Wi- Em pleno coração do Porto, a cida-
Porto Terrace Wine Party, um evento orga- nemaker); Piano; Parede Nova; Churchill’s de invicta, e inserido no Hotel Porto
nizado pela revista Paixão pelo Vinho. Estates; Quinta da Devesa; Porto Réccua; Downtown, encontra-se o Portobel-
Numa localização privilegiada e cujas vistas Quinta das Lamelas; Casa de São Matias; lo Rooftop Restaurante & Bar com
de 360º sobre a cidade do Porto são, sim- Champagne Drappier; espumantes e pro- um invejável terraço com uma vista
plesmente únicas e deslumbrantes, a festa seccos Astoria; Lambruscos Dolce Lunato; de 360° sobre a cidade. A decoração,
vínica mobilizou cerca de 350 apreciadores Fior di Pesco; e o gin Roby Marton. No ter- moderna e elegante propícia um am-
de vinhos, portugueses e estrangeiros. raço, e a desfrutar da belíssima cidade do biente sofisticado, cosmopolita e mui-
O Porto Terrace Wine Party contou com Porto, os cocktails Réccua fizeram as delí- to confortável.
um prévio jantar vínico, a 2 de junho, onde cias dos participantes. A cozinha, assenta numa vertente por-
estiveram em plena harmonia com o menu O programa do evento ficou completo com tuguesa e contemporânea, e visa pro-
de degustação os vinhos Opta DOC Bair- as três MasterClasses temáticas: uma prova porcionar experiências gastronómicas
rada Espumante Bruto branco 2011, Cabe- vertical de Pequenos Rebentos Alvarinho inesquecíveis, para o que muito contri-
ça de Burro DOC Douro branco Reserva (de Márcio Lopes Winemaker), colheitas de buem, também, as seleções vínicas que
2015 (em lançamento), Parede Nova DOC 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, pretendendo enriquecem a carta do restaurante.
Douro tinto Reserva 2011, Porto Réccua demonstrar a evolução desta casta no tem- Atendendo à sua localização central,
Tawny 20 Anos e Quinta da Devesa Porto po; o Douro com Churchill’s Estates branco posicionamento e vista panorâmica, o
branco 20 Anos – e um Réccua Cocktail 2015, tinto 2013, Touriga Nacional 2011 e Portobello representa uma excelente
Rosé que assinalou as boas-vindas. Grande Reserva Tinto 2013; por fim, Vinhos sugestão para almoços de negócios,
Já no dia do evento, a 5 de junho, foram do Porto Quinta das Lamelas, estando em para uma pausa ao final do dia, ou mes-
muitas e diversificadas as referências víni- prova Old White 10 Anos, Tawny Reserva, mo para um agradável jantar romântico.
cas que estiveram disponíveis para prova, Tawny 20 Anos e Vintage 2010.
Tudo começou por uma visita ocasional a respeito, ali está o esforço de muita gente,
uma garrafeira durante a hora de almoço na com uma dedicação incrível, desde a vindi-
zona do Príncipe Real. Estavam em prova na ma, às lagaradas, ao transporte até Vila Nova
garrafeira vários vinhos, entre os quais um de Gaia, ao armazenamento, em suma, uma
Vinho do Porto que eu desconhecia, com a epopeia gigantesca.
designação de Vintage, lançado nesse ano, Infelizmente, constatei que toda esta minha
de uma quinta emblemática do Douro que euforia, paixão e encantamento pelo Dou-
foi de uma senhora chamada Dona Antónia ro e os seus Vinhos do Porto, não era usual
Ferreira. em muitos portugueses. Quantas pessoas
Esse vinho era o expoente do Vinho do Por- sabiam o que é um Vintage? Quantos por-
to. Fiquei imediatamente envolvido pelo tugueses já provaram um Colheita antigo ou
charme do seu perfume, tudo era fruta e um Tawny com indicação de idade? Porque
flores em força, de uma vitalidade e po- só é bebido Vinho do Porto em Portugal, em
Francisco Brito
tência incrível, um vinho que me provocou muito poucas ocasiões?
muita emoção. Todas estas minhas constatações causa-
Blog Como foi possível nunca ter conhecido
este vinho maravilhoso? Portugal produzia
ram-me tristeza, porque havia mais estran-
geiros a saberem mais de Vinho do Porto do
Vinho do Porto vinhos destes? Procurar resposta a estas
perguntas foi a minha próxima ambição
que portugueses.
Assim nasce o Blog Vinho do Porto Vinta-
as nossas
escolhas
Brancos, rosados, tintos,
tranquilos ou generosos, espumantes...
Todos os meses os produtores
enviam para a revista Paixão pelo Vinho
os seus novos lançamentos
para prova cega e classificação
do painel de provadores.
Conheça-os e desfrute!
prova de vinhos
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 QUINTA DA GARRIDA
DOC BRANCO 2015
€ 3,49 DÃO 13% vol.
ENologia
FRANCISCO ANTUNES
CASTAS ENCRUZADO
COR
Rosado intenso, límpido.
AROMA
Elegante e harmonioso, com
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
€ 3,00 PENÍNSULA DE SETÚBAL 13,5% vol. € 4,90 PENÍNSULA DE SETÚBAL 17.5% vol.
ENologia ENologia
António Saramago Joaquim Costa
CASTAS CASTAS
ARINTO MOSCATEL DE SETÚBAL
COR Amarelo citrino, brilhante. COR Âmbar com reflexos dourados, limpo.
AROMA Frutado intenso, com destaque para frutos citrinos AROMA Sedutor, com distintas notas de flor de laranjeira e mel,
frescos e ligeiro tropicial. frutos citrinos confitados e rebuçado.
SABOR Muito fresco, com bom corpo e volume, equilibrado, SABOR Envolvente, com frescura correta a equilibrar o conjunto,
frutado, com nuances de flores brancas, deixa um final notas frutadas, a lembrar uvas em passa, alperce seco, casca
envolvente e longo. de laranja cristalizada, deixa um final persistente e atrativo.
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16 SAMIÃO
DOC BRANCO 2015 15,8 CAMOLAS SELECTION
REG BRANCO 2015
SABOR Tem bom corpo e volume, frutado, algo exótico, SABOR Mantém o perfil, tem uma frescura cativante que confere
gastronómico, termina longo e cativante. estrutura ao vinho, muito equilibrado, termina persistente
e sedutor.
QUINTA VALE DO CRUZ
CAMOLAS & MATOS, LDA.
T. +351 933 093 096/9
ADEGA CAMOLAS
geral@quintavaledocruz.com
T. +351 212 350 677
www.quintavaledocruz.com
T. +351 914 936 870
Quinta Vale do Cruz
T. +351 962 728 500
geral@adegacamolas.pt
www.adegacamolas.pt
Adega Camolas
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16 BRIDÃO
DOC TINTO 2013
17,5 INEVITÁVEL
REG TINTO 2014
17,5
COR Rosado salmão, brilhante.
AROMA Floral e frutado, notas de cerejas e € 8,50
morangos, suave e harmonioso. CASAL DA COELHEIRA
SABOR Muito elegante, conjunto equilibrado, REG BRANCO PRIVATE SELLECTION 2015
mantém o perfil, fresco, termina longo.
MULTIWINES, LDA. TEJO 13% vol.
T. +351 263 978 549 ENologia
NUNO FALCÃO RODRIGUES
CASTAS
VERDELHO
COR
Amarelo citrino, brilhante.
Seja responsável. Beba com moderação.
AROMA
Distinto e elegante, com grande
equilíbrio, frutado e floral com um
toque mineral.
SABOR
Frescura em grande plano, vivo,
cativante, tem bom corpo e volume,
frutado, termina persistente e apelativo.
CASAL DA COELHEIRA WINEGROWERS
T. +351 241 897 219
F. +351 241 897 802
geral@casaldacoelheira.pt
www.casaldacoelheira.pt
Casal da Coelheira
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17,5 PALPITE
REG BRANCO RESERVA 2014
€ 17,90 ALENTEJO 13.5% vol.
ENologia
ANTÓNIO MAÇANITA
ENologia
RUI ROBOREDO MADEIRA
CASTAS
TINTA RORIZ, TOURIGA FRANCA
E TOURIGA NACIONAL
COR
AROMA
Rubi, denso.
Elegante, intenso, com notas predominantes de
17,5 BACALHÔA
DO MOSCATEL DE SETUBAL SUPERIOR 2002
violetas, flores do bosque, frutos pretos, especiarias… € 15,99 PENÍNSULA DE SETÚBAL 19% vol.
Muito bom!
ENologia
SABOR Envolvente e encorpado, tem taninos firmes mas suaves, FILIPA TOMAZ DA COSTA
frescura em grande nível, mantém o perfil e acrescem notas
tostadas muito bem integradas, deixa um final de boca CASTAS MOSCATEL DE SETUBAL
persistente e promissor.
COR Âmbar, limpo.
CASA AGRÍCOLA MANUEL JOAQUIM CALDEIRA
T. +351 279 653 392 AROMA Rico, distinto, com predominantes notas
F. +351 279 653 075 de casca de frutos citrinos, laranja, mel,
geral@castelares.com fruta desidratada.
www.castelares.com
Quinta dos Castelares SABOR Complexo, ligeiramente floral, amêndoas e avelãs
em destaque, frutado, untuoso, envolvente, com
boa frescura, deixa um final muito persistente.
BACALHÔA - VINHOS DE PORTUGAL, S.A.
T. +351 212 198 060
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 DEU-LA-DEU
DOC BRANCO RESERVA 2014
€ 12,00 VINHO VERDE 12.5% vol.
ENologia
FERNANDO MOURA
CASTAS ALVARINHO
17 € 10,99
HERDADE PAÇO DO CONDE
REG TINTO RESERVA 2013
CASTAS
SYRAH, ALICANTE BOUSCHET,
TOURIGA NACIONAL.
COR
Granada intenso, limpo.
AROMA
Elegante; com predominantes notas
de frutos pretos e do bosque, cerejas
pretas, mirtilos, ameixas e cassis.
SABOR
Bom corpo e volume, taninos macios,
frescura cativante, muito gastronómico,
mantém a fruta aliada a ligeiro floral,
termina perisitente.
SOCIEDADE AGRICOLA
ENCOSTA DO GUADIANA, LDA.
T. +351 284 924 415
F. +351 284 924 417
geral@encostadoguadiana.com
www.pacodoconde.com
Herdade Paço do Conde
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 QUINTA DO PINTO
REG BRANCO 2015
€ 11,50 Lisboa 13.5% vol.
ENologia
ANTÓNIO CARDOSO PINTO, JOÃO LINO
17 NOSTALGIA
DOC BRANCO 2015
€ 9,95 VINHO VERDE 12.5% vol.
ENologia
JOÃO SILVA E SOUSA, FRANCISCO BAPTISTA
CASTAS ALVARINHO
17,3
LUA CHEIA EM VINHAS VELHAS, LDA.
PACHECA
T. +351 234 329 530
DOC TINTO RESERVA VINHAS VELHAS 2013
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
valpaços • portugal
Foto de Lino Silva
Sede | headquarters Rua Heróis do Ultramar, 18C 5430-476 Valpaços | Portugal Escritórios | offices Av. da Europa, Ed. Encostas do Rio, 10 1º 5000-557 Vila Real | Portugal www.erta-sa.pt
prova de vinhos
17 TERRAS DE PIAS
REG TINTO RESERVA 2013
€ 6,99 ALENTEJO 14% vol.
ENologia
ALEXANDRA MENDES
17
ADEGA COOPERATIVA DE VILA REAL, CVC.
PALÁCIO DOS TÁVORAS
T. +351 259 330 500
DOC TINTO GRANDE RESERVA 2013
COR
100% VINHA VELHA
Rubi concentrado, limpo. 17 PACHECA
PORTO VINTAGE 2012
AROMA Intenso, complexo; a fruta madura invade o nariz, € 40,00 DOURO 20% vol.
frutos silvestres, compota de mirtilos, baunilha,
tostados suaves. ENologia
MARIA SERPA PIMENTEL CÔRTE-REAL
SABOR Muito bom, guloso, com taninos em grande nível, frescura
correta, fruta bem conjugada com o estágio em madeira, CASTAS TOURIGA NACIONAL, TINTO CÃO,
envolvente, termina persistente. TINTA AMARELA, TINTA RORIZ E TOURIGA FRANCA
Costa Boal Family Estates, Lda. COR Rubi intenso, profundo, limpo.
T. +351 965 229 611
T. +351 278 248 361 AROMA Intenso, harmonioso, com destaque para
geral@costaboal.com notas de frutos compotados, pretos e do
Costa Boal Family Estates bosque, cacau e especiarias.
SABOR Muito bom, guloso, envolvente, com
taninos firmes mas macios, frescura bem
posicionada, frutado, termina persistente.
QUINTA DA PACHECA
T. +351 254 313 228
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 QUINTA DA LAPA
REG TINTO RESERVA 2013
€ 7,65 TEJO 13.5% vol.
ENologia
JAIME QUENDERA
CASTAS MERLOT
17 REGUENGO DE MELGAÇO
DOC BRANCO 2015
€ 9,80 VINHO VERDE 13% vol.
ENologia
ABEL CODESSO
CASTAS ALVARINHO
17
HOTEL DO REGUENGO DE MELGAÇO, S.A.
MONSARAZ
T. +351 251 804 400
DOC TINTO RESERVA 2014
17 LOURINHÃ
DOC AGUARDENTE VÍNICA X.O.
COR
E TOURIGA NACIONAL
Granada, limpo.
€ 37,00 LISBOA 40% vol. AROMA Intenso, guloso, com notas predominantes de frutos
pretos em passa, como ameixa, compota de mirtilos,
ENologia tostados suaves.
JOÃO PEDRO CATELA
SABOR Bom corpo e volume, taninos macios, frescura cativante,
CASTAS S/INF frutado, com notas especiadas a deixar um final persistente
e apelativo.
COR Topázio de aspeto brilhante, limpo.
CARMIM
AROMA As notas madeirizadas em conjunto com T. +351 266 508 200
frutos secos, vegetais secos, verniz, muito F. +351 266 508 280
agradável. info@carmim.eu
www.carmim.eu
SABOR Vigorosa, com bom corpo e volume, frutos
Carmim
secos e grão torrados, tosta, álcool bem
posicionado, deixa um final persistente.
ADEGA COOPERATIVA DA LOURINHÃ
T. +351 261 422 107
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 VILLA OEIRAS
DOC VINHO GENEROSO
€ 30,00 CARCAVELOS 18.5% vol.
ENologia
TIAGO MARTINS CORREIA
17 CHURCHILL’S ESTATES
DOC TINTO 2013
€ 12,00 DOURO 13% vol.
ENologia
JOHN GRAHAM
17 QUINTA DO COUQUINHO
DOC TINTO RESERVA 2012
CHURCHILL GRAHAM, LDA
T. +351 223 703 641
€ 28,00 Douro 14% vol.
ENologia
JOÃO BRITO E CUNHA, VICTOR RABAÇAL
CASTAS
TOURIGA NACIONAL,
TOURIGA FRANCA, SOUSÃO
COR
AROMA
Rubi carregado, denso.
Com harmoniosas notas florais conjugadas com
frutos pretos e do bosque, destaque para a ameixa
17 QUINTAS DAS CEREJEIRAS
DOC TINTO RESERVA 2011
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 D. GRAÇA
DOC TINTO GRANDE RESERVA 2011 17 PÔPA VV
DOC TINTO 2011
€ 15,00 DOURO 14,5% vol. € 25,00 DOURO 14.5% vol.
ENologia ENologia
VIRGíLIO LOUREIRO, JORGE LOURENÇO JOÃO MENEZES E FRANCISCO MONTENEGRO
AROMA Rico, com boas notas resultantes do estágio AROMA Elegante, com distintas notas de frutos
em madeira, especiarias, flores, esteva, compotados, com destaque para silvestres
compotas, vai melhorando com o tempo. e de baga, especiarias e tosta suave.
SABOR Equilibrado, com boa estrutura, bom corpo SABOR Tem bom corpo e volume, taninos
e volume, fruta madura em harmonia com firmes mas sedosos, frescura apelativa,
especiarias e tostados, deixa um final longo mantém o perfil, termina persistente e
e balsâmico. promissor.
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
PUB
16,8
CASTAS VIOSINHO
ALENTEJO 15% vol. SABOR Equilibrado, com boa frescura, frutado, bom
corpo e volume, termina longo e apelativo.
ENologia
JOÃO MELÍCIAS DUARTE QUINTA DO GRADIL
T. +351 262 770 000
CASTAS
ARAGONEZ, TRINCADEIRA E ALFROCHEIRO
COR
Rubi, limpo.
AROMA
Intenso em notas de frutos pretos
maduros, compota de ameixa, mirtilos,
cerejas pretas, bagas do bosque, distinto.
SABOR
Com bom corpo e volume, tem taninos
perfeitos, frescura atrativa, perfil
gastronómico e saboroso, frutado
aliado a nuances tostadas, vegetal seco,
deixa um final persistente.
Casa Agrícola Santos Jorge S.A.
Herdade dos Machados
16,8 € 8,90
Apartado 24 QUINTA DA BADULA
7860-909 Moura REG BRANCO RESERVA 2015
T. +351 285 251 575
F. +351 285 253 175
geral@casantosjorge.com TEJO 14% vol.
www.casantosjorge.com
ENologia
ANTÓNIO VENTURA
CASTAS
ALVARINHO E ARINTO
COR
Amarelo citrino, brilhante.
AROMA
Elegante, intensamente frutado, com
destaque para as notas de frutos de
16,8
polpa branca de pomar maduras e
QUINTA DOS ABIBES
ligeiro tropical.
DOC ESPUMANTE EXTRA BRUTO RESERVA 2012
SABOR
€ 9,00 BAIRRADA 12% vol. Complexo, com bom corpo e volume,
ENologia frescura correta, ligeira tosta, baunilha,
OSVALDO AMADO ligeiro melado, mantém a fruta bem
presente, deixa um final de boca
CASTAS ARINTO E BAGA apelativo e longo.
COR Alambreada, cristalino. QUINTA DA BADULA, LDA.
T. +351 966 915 722
AROMA Cativantes notas de cereais torrados quintadabadula@gmail.com
aliados a frutos vermelhos maduros, www.quintadabadula.com
cerejas. Quinta da Badula
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,8
frutadas aliadas a tosta muito suave e bem
integrada.
€ 9,49
SABOR Tem bom corpo e volume, frescura
cativante a conferir perfil gastronómico, TROVISCAL
fruta de pomar, deixa um final persistente. REG TINTO 2013
CASA AGRÍC. ANTÓNIO SANTOS LOPES
T. +351 917 252 410 LISBOA 14.5% vol.
ENologia
ALEXANDRA MENDES
CASTAS
PINOT NOIR E TOURIGA NACIONAL
COR
Rubi, limpo.
AROMA
Distinto, com cativantes notas frutadas,
a sugerir frutos pretos como amoras,
ameixas e mirtilos.
16,8 € 16,00
SABOR
Bom corpo e volume, ligeiramente
herbáceo, tosta suave, fruta madura,
RESTRITO cacau, complexo e cativante, termina
DOC TINTO GRANDE ESCOLHA 2012 longo.
CERRADO DA PORTA, LDA.
T. +351 967 007 272
DOURO 13.5% vol. n.pereira@mac.com
ENologia Troviscal
CARLOS MAGALHÃES
CASTAS
TOURIGA NACIONAL E TOURIGA FRANCA
COR
Rubi definido, limpo.
AROMA
Frutado, com predominantes notas
de frutos vermelhos e silvestres,
compotados, fresco, balsâmico, com
tostados elegantes.
SABOR
Boa estrutura, equilibrado, com taninos
16,8 ARINTO DOS AÇORES
DO BRANCO 2015
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,7 PACHECA
DOC TINTO SUPERIOR 2013
€ 8,95 DOURO 14% vol.
ENologia
MARIA SERPA PIMENTEL CÔRTE-REAL
16,7 € 5,80
COR Rubi, limpo.
AROMA Apresenta notas frutadas, a sugerir
ROVISCO GARCIA compota de morango, framboesa,
REG ROSÉ 2015 groselha, tosta suave e especiarias.
SABOR Bons taninos, frescura sedutora, boa
ALENTEJO 12.5% vol. estrutura, madeira bem integrada, termina
longo e apelativo.
ENologia
LUÍS LOURO QUINTA DA PACHECA
T. +351 254 313 228
CASTAS
ARAGONEZ E TOURIGA NACIONAL
COR
Rosado, brilhante.
AROMA
Cheio de elegância, com predominantes
notas de frutos vermelhos a sugerir
cerejas, morangos, groselhas, toque floral.
SABOR
16,5 MONÓLOGO
REG BRANCO 2015
€ 7,50 MINHO 13.5% vol.
Envolvente, sedutor, mantém o perfil
frutado, muito equilibrado, termina ENologia
persistente. FERNANDO MOURA
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
CASTAS VERDELHO
16,5
T. +351 266 988 034
SERRAS DE GRâNDOLA
REG BRANCO 2015
16,5 VARANDAS
DOC BRANCO GRANDE ESCOLHA 2015
COR
VIOGNIER E GOUVEIO
Amarelo citrino com tons esverdeados, brilhante.
€ 6,25 TEJO 12.5% vol. AROMA Elegante e distinto; com cativantes notas de frutos
ENologia
de pomar, frescos, flores brancas e Buddleias lilases
que lhe entregam um toque de mel.
ANTÓNIO VENTURA, ROMEU GONÇALVES
SABOR Tem bom corpo e volume, frescura cativante,
CASTAS CHARDONNAY E ARINTO mineral, mantém o perfil frutado, deixa um final
longo e atrativo.
COR Amarelo citrino, brilhante.
A SERENADA - ENOTURISMO
AROMA Harmonioso, com predominantes notas de T. +351 929 067 027
frutos de polpa branca e amarela, citrinos, T. +351 269 498 014
fresco. geral@serenada.pt
SABOR Tem bom corpo e volume, estrutura www.serenada.pt
correta, boa frescura, tosta suave em
A Serenada - Enoturismo
equilíbrio com a fruta, termina perisitente.
ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM, CRL
T. +351 243 570 560
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,5 DEU-LA-DEU
DOC BRANCO 2015
€ 5,89 VINHO VERDE 12.5% vol.
ENologia
FERNANDO MOURA
CASTAS ALVARINHO
16,5 € 6,70
COR Amarelo citrino com ligeiros tons
esverdeados, limpo.
CASA DE PAÇOS SUPERIOR
AROMA Frutado, com destaque para as notas de
REG BRANCO 2015 frutos citrinos e tropicais.
SABOR Na boca revela mais notas de pêssego,
MINHO 12.5% vol. maracujá e ananás, tem boa frescura e é
ENologia gastronómico, termina persistente e apelativo.
RUI CUNHA
ADEGA COOPERATIVA REGIONAL DE MONÇÃO
CASTAS T. +351 251 656 120
ALVARINHO, ARINTO, LOUREIRO
E FERNÃO PIRES
COR
Amarelo citrino, brilhante.
AROMA
16,5
Elegante, frutado e floral, com QUINTA DO PINTO
destaque para frutos citrinos e frutos
tropicais,mang REG BRANCO 2015
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
CASTAS
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA,
SYRAH E PETIT VERDOT
COR
Rubi concentrado, denso.
AROMA
Intenso em notas de frutos pretos e de
baga, como amoras, mirtilos e ameixas
pretas, nuances de chocolate preto.
SABOR
Bem estruturado e equilibrado, à fruta
juntam-se notas florais, especiarias e
tosta suave, taninos aveludados, boa
16,5 € 12,00
frescura, deixa um final persistente. HERDADE DOS TEMPLÁRIOS
FUNDAÇÃO STANLEY HO DOC TINTO GRANDE ESCOLHA 2012
T. +351 213 510 190
F. +351 213 510 199
fsh@fundacaostanleyho.pt TEJO 14% vol.
www.fundacaostanleyho.pt ENologia
HERNÂNI CANAVARRO MAGALHÃES
CASTAS
TOURIGA NACIONAL
COR
Rubi com ligeiros tons acastanhados,
limpo.
AROMA
Intenso em notas de frutos do bosque e
frutos pretos, com destaque para compota
16,5 TOUCAS
DOC BRANCO 2015
de ameixa e mirtilos, tostados suaves.
SABOR
€ 6,80 VINHO VERDE 12.5% vol. Tem bom corpo e volume, taninos
macios, frescura correta, fruta
ENologia
em harmonia com madeira subtil,
JOÃO SILVA E SOUSA, FRANCISCO BAPTISTA
especiarias, cacau e café, deixa um final
CASTAS ALVARINHO longo e cativante.
COR Amarelo citrino, brilhante. QUINTA DO CAVALINHO – VINHOS, LDA.
T. +351 236 949 160
AROMA Fresco, mineral, com notas de frutos de www.herdadedostemplarios.pt
info@herdadedostemplarios.pt
polpa branca, ligeiro floral.
Herdade dos Templários
SABOR Tem bom corpo e volume, frescura
vibrante, notas de frutos tropicais,
abacaxi, flor de maracujá, termina longo
e elegante.
LUA CHEIA EM VINHAS VELHAS, LDA.
T. +351 234 329 530
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
COR
Rubi definido, limpo.
AROMA
Equilibrado, intenso em notas frutadas,
com destaque para os frutos silvestres,
framboesas maduras e groselhas frescas
em destaque, com tostados muito
suaves.
SABOR
Taninos redondos, frescura harmoniosa,
frutado, com nuances espaciadas,
16,5 € 8,90
termina longo e cativante.
ADEGA COOPERATIVA DE SABROSA, CRL.
T. +351 259 939 177
QUINTA DA BADULA T. +351 938 343 228
REG TINTO RESERVA 2012 Rua das Flores nº27, 5060-321 Sabrosa
adega.sabrosa@gmail.com
www.adegacooperativadesabrosa.pt
TEJO 14% vol. Adega Cooperativa de Sabrosa
ENologia
ANTÓNIO VENTURA
CASTAS
SYRAH, TOURIGA NACIONAL
E ALICANTE BOUSCHET
COR
Rubi concentrado, limpo.
AROMA
Ainda um bocadinho fechado mas à
medida que se libertam os aromas vão
aparecendo notas frutadas e vegetais.
SABOR
16,5 S. SEBASTIÃO
REG BRANCO 2015
€ 6,99 LISBOA 13% vol.
Taninos firmes mas macios, frescura
a dar estrutura e longevidade ao ENologia
conjunto, com bom corpo e volume, FILIPE SEVINATE PINTO
tostados suaves, mais fruta, deixa um CASTAS SAUVIGNON BLANC
final com toque especiado e longo.
COR Amarelo citrino, brilhante.
QUINTA DA BADULA, LDA.
T. +351 966 915 722 AROMA Harmonioso, equilibrado, com boas notas
quintadabadula@gmail.com
www.quintadabadula.com frutadas, a sugerir frutos tropicais, flores
Quinta da Badula de laranjeira.
SABOR Tem bom corpo e volume, mantém a
fruta, os citrinos mais presentes, frescura
cativante, termina longo.
MULTIWINES,LDA.
T. +351 263 978 549
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,5
limpo.
€ 7,95 AROMA Interessante, com notas de frutos
compotados, morangos, groselhas,
HEAD ROCK cerejas, tostados e torrefação.
DOC BRANCO RESERVA 2014 SABOR Bom corpo e volume, taninos macios,
frescura a segurar o conjunto, fruta
TRÁS-OS-MONTES 13% vol. discreta, notas de grãos de café e cereais
ENologia mais evidentes, termina longo.
FRANCISCO MONTENEGRO, CARLOS BASTos GLANO WINE GROWERS
CASTAS T. +351 245 382 657
ALVARINHO E GOUVEIO
COR
Amarelo palha, brilhante.
AROMA
Cativante, com predominantes notas
de frutos de pomar, como maçãs,
pêssegos, alperces, marmelos assados.
SABOR
Tem bom corpo e volume, frescura em
bom plano, frutado, termina prolongado
e apelativo.
CARLOS MANUEL ALVES BASTOS
Vinha: Arcossó
16,5 € 5,40
Adega: Vila Pouca de Aguiar ENCOSTA DO XISTO
T. +351 918 634 059 BRANCO COLHEITA SELECIONADA
headrockwines@gmail.com
Head Rock
Vinho verde 12,5% vol.
ENologia
RICARDO PEDROSA
CASTAS
LOUREIRO
COR
Amarelo citrino com ligeiros tons
esverdeados, limpo e brilhante.
AROMA
Harmonioso, fresco, jovem, com notas
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,3 € 22,00
PINTAROLA
REG TINTO RESERVA 2013
CASTAS
TOURIGA NACIONAL, TRINCADEIRA PRETA,
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,5 € 6,90
AROMA Fresco, mineral, com predominantes notas
citrinas, harmonioso e cativante.
ENCOSTA DO XISTO SABOR Mantém o perfil, frescura em grande
REG BRANCO COLHEITA SELECIONADA 2015 nível a conferir estrutura ao vinho,
citrino, tem bom corpo e volume,
termina persistente.
MINHO 12,5% vol.
FITAPRETA VINHOS LDA.
ENologia
T. +351 213 147 297
RICARDO PEDROSA
CASTAS
ALVARINHO
COR
Amarelo citrino com ligeiros tons
esverdeados, brilhante.
AROMA
Frutos tropicais em destaque, maracujá
e flor dos mesmos, ananás, flores
brancas, elegante.
SABOR
Fresco, saboroso, com bom corpo e
volume, frutado intenso, deixa um final
longo e apelativo.
16,3
VASCO FARIA, S.A.
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Encosta do Xisto REG BRANCO 2015
CASTAS
MOSCATEL GRAÚDO E ARINTO
COR
Amarelo citrino com ligeiros tons
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
CASTAS CHARDONNAY
CASTAS ALVARINHO
16,5 ANDREZA
DOC TINTO RESERVA 2014
€ 6,02 DOURO 13.5% vol.
ENologia
JOÃO SILVA E SOUSA, FRANCISCO BAPTISTA
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,3 € 4,02
COR Amarelo citrino, cristalino.
AROMA Predominantemente frutado, com distintas
HERDADE DOS MACHADOS notas de frutos tropicais e ligeiro citrino,
DOC BRANCO 2015 elegante.
SABOR Envolvente, com excelente frescura, bom
ALENTEJO 13% vol. corpo e volume, frutado, deixa um final
ENologia
atrativo e persistente.
JOÃO MELÍCIAS DUARTE ENCOSTAS DE SONIM, LDA.
CASTAS T. +351 965 479 853
ANTÃO VAZ
COR
Amarelo citrino, brilhante
AROMA
Intenso em notas frutadas com destaque
para cascas de citrinos e frutos tropicais,
fresco.
SABOR
É muito equilibrado e harmonioso,
com frescura cativante, ligeiramente
mineral, mantém a fruta, termina longo
e sedutor.
CASA AGRICOLA SANTOS JORGE, S.A.
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Herdade dos Machados
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CASTAS
ARAGONEZ, TRINCADEIRA E ALICANTE BOUSCHET
COR
Rubi, limpo.
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,5 CRESCENDO
REG BRANCO 2015
€ 6,60 ALENTEJO 13.5% vol.
ENologia
João Lourenço e equipa
COR
Amarelo citrino, cristalino.
AROMA
Harmonioso, frutado, com
predominantes notas de frutos tropicais
frescos.
SABOR
Frutado, com nuances de flores brancas,
fresco, equilibrado, deixa um final bem
agradável e prazeroso.
CASTAS
ARAGONEZ E ALFROCHEIRO
COR
Rosado com tons salmão, brilhante.
AROMA
Intenso em notas frutadas com
destaque para frutos vermelhos
e silvestres, morangos, cerejas,
framboesas.
16,5 CRESCENDO
REG TINTO 2011
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
AROMA Jovem, com notas de amoras maduras e AROMA Harmonioso, frutado, com destaque para
outros frutos pretos, cedro, tosta, especiarias. os frutos pretos e do bosque, cacau.
SABOR Agora com notas de frutos desidratados, SABOR Envolvente, taninos redondos, boa frescura,
figo, ameixa, taninos atrativos, boa frescura, frutado, ameixas pretas, com especiarias,
será um grande vinho, termina prolongado. tosta suave, termina longo.
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
Castelão, também conhecido como Periquita, João de Santarém ou Castelão Francês, é uma casta que produz
vinhos concentrados, aromáticos, algo rústicos e com uma boa capacidade de envelhecimento. É uma casta
com grande plasticidade, que permite fazer, além de tintos, vinhos rosés e até vinhos brancos. Foi, durante
muitos anos, uma das castas mais plantadas no nosso país, encontrando-se, agora, mais presente nas regiões
da Península de Setúbal, Tejo, Lisboa, Alentejo e Algarve.
Foi em Setúbal, no Hotel do Sado, empreen- a “nossa” sempre solícita e incansável Maria
dimento com uma magnífica vista sobre a ci- Helena) e o já “velho” amigo de outras “ce- “Se boa parte da piada
dade e o luminoso mar, onde o rio encontra gadas” Gonçalo Patraquim (gerente do wine destas provas está
o oceano, que realizámos mais uma prova bar “Corktale”), fomos preparando a prova. na discussão que os
cega. Seriam mais de 40 pessoas, entre elas algu- vinhos, à medida que
A escolha desta cidade não foi despicienda, mas das responsáveis pela produção dos vi- são provados, vão
pois são da Península de Setúbal os produ- nhos a servir.
tores, que em maior número se dedicam a O processo de abrir tantas garrafas e prová
provocando, outra
produzir vinhos com a casta Castelão, apre- -las é sempre trabalhoso, mas essencial. Não boníssima parte,
sentando-nos, muitos deles, esta casta vinifi- é incomum algumas apresentarem proble- está no saber que se
cada como monovarietal (única ou com mais mas e, mais uma vez, foi o caso. Depois de adquire acerca da
de 85% do lote). substituídas por outras iguais, mas sem de- casta em questão…”
Decidimos, para percebermos um pouco feitos, estávamos prontos para começar.
melhor a maneira como estes vinhos enve- O enólogo Luís Simões (Casa Agrícola Ho-
lhecem, optar por não termos vinhos novos. rácio Simões) e o agrónomo Filipe Cardoso Sempre “às cegas”, mas sem pontuar, ser-
Escolhemos o intervalo temporal de 2010 a (Quinta do Piloto e SIVIPA) tiveram a gentileza vimos dois brancos de Castelão: o algarvio
2013 (houve duas excepções, ponderadas e de elucidarem os presentes acerca da casta Marchalégua e o “penínsulense” Herdade do
aceites) para os 21 vinhos que estariam em Castelão e do terroir da Península de Setúbal. Cebolal; ambos frescos, mas com peso e
prova cega. Abrimos então as hostilidades, começando complexidade. De seguida, dois rosés: mais
Na ampla Sala Atlântico, onde múltiplas ja- por provar algumas curiosidades para afinar- um algarvio, o Malaca e outro da Península,
nelas nos oferecem um vastíssimo horizonte, mos o palato. o Pegos Claros; mais “gastronómicos” que os
ajudados pelo staff local com a simpaticís- Como disse acima, a plasticidade desta casta anteriores, como seria de esperar, cheios de
sima Teresa Ferreira à cabeça (directora e permite que seja vinificada de modo a ter- fruta vermelha, mas secos e elegantes.
relações públicas do Hotel do Sado), vários mos vinhos brancos e rosés, além de tintos. De lápis em riste, folha de prova a clamar
membros da Paixão pelo Vinho (destacando Foi com os primeiros que começámos. números e copos a gritar por inclemência
tintureira, os vários provadores, agora “aque- 2013 (Pen. Setúbal), Pegos Claros - Grande a calma necessária para serem bebidos na
cidos” pelos Castelão atípicos, começaram Escolha 2012 (Pen. Setúbal) e Filipe Palhoça altura certa.
finalmente a provar os tintos, os reis da festa, - Quinta da Invejosa Reserva 2011 (Pen. Setú- Depois das contas feitas (como é hábito, as
nesta prova. bal); António Saramago - António Saramago pontuações vão de 0 a 20, com meios pon-
Servidas em grupos de 3, as estrelas vínicas, Reserva 2010 (Pen. Setúbal), Casa Agrícola As- tos), o grande vencedor acabou por ser um
tapadas dos olhares curiosos, começaram a sis Lobo - Lobo Mau Reserva 2010 e Fita Preta intruso alentejano entre tantos setubalenses,
desfilar por esta ordem: Vinhos - Tinto de Castelão 2010. o Fita Preta Vinhos - Tinto de Castelão 2010.
Casal Figueira - Castelão 2015 (Lisboa), Quin- Se boa parte da piada destas provas está na Seguiram-se, quase empatados, os Casa
ta de Chocapalha - Castelão 2013 (Lisboa) e discussão que os vinhos, à medida que são Agrícola Assis Lobo - Lobo Mau Reserva 2010
Casa Agrícola Horácio Simões - Vinha Vale provados, vão provocando, outra boníssima e António Saramago - António Saramago Re-
dos Alhos 2013 (Pen. Setúbal); Malaca - Cas- parte, está no saber que se adquire acerca da serva 2010.
telão 2014 (Algarve), Venâncio Costa Lima - casta em questão, pois com tantos vinhos, Fecharam os primeiros cinco, outros dois vi-
Palmela Reserva 2013 (Pen. Setúbal) e Filipe com as nuances e variações que apresen- nhos da Península de Setúbal, o Maló-Tojo -
Palhoça - Quinta da Invejosa 2012 (Pen. Se- tam, conseguimos perceber, no mínimo, Maló Platinum Vinhas Velhas Grande Reserva
túbal); SIVIPA - Serra Mãe Reserva 2013 (Pen. algumas das características básicas da cas- 2013 e o Filipe Palhoça - Quinta da Invejosa
Setúbal), Coop. Agrícola St. Isidro de Pegões ta. Há pontos em comum, que mesmo com Reserva 2011. Surpresas pela positiva e o seu
- Fontanário de Pegões 2013 (Pen. Setúbal) vinificações diferentes, estão lá. No caso contrário são quase certas numa prova cega
e Quinta do Piloto - Reserva 2013 (Pen. Se- destes Castelão com alguns anos, poucos, com tantos provadores.
túbal); Encosta da Quinta - Humus Castelão a fruta preta, madura, ainda algo rústica e a Uma coisa podemos garantir: tentamos sem-
2012 (Lisboa), Pegos Claros - Tinto 2012 (Pen. pedir mais tempo de garrafa, é praticamen- pre que as provas sejam o mais justas possí-
Setúbal) e Fernão Pó Adega (Freitas & Palhoça) te transversal. Muitos têm ainda a madeira vel, sabendo das condicionantes que temos
- ASF 2013 (Pen. Setúbal); Casa Agrícola Ho- muito presente, na tentativa de arredondar (como a ordem de prova, a disposição de cada
rácio Simões - Grande Reserva 2013 (Pen. Se- os taninos. Nos mais novos, taninosos, nota- um, a influência a que sujeita quem fala e a que
túbal), Quinta de Alcube - Castelão 2012 (Pen. se mais a fruta silvestre, como amora preta e é sujeito quem ouve), por respeito aos corajo-
Setúbal) e Maló-Tojo - Maló Platinum Vinhas vermelha, mirtilo e groselha. sos produtores e aos curiosos provadores.
Velhas Grande Reserva 2013 (Pen. Setúbal); São, portanto, na sua maioria, vinhos de Há outra coisa que também garantimos: es-
Casa Ermelinda Freitas - Quinta da Mimosa guarda, que requerem de quem os compre tas provas nunca são aborrecidas!
O vinho assume
o papel de embaixador
de Portugal no mundo
Foram percorridos mais de 4000 quilómetros para visitar todas as regiões produtoras de vinhos em Portugal
continental, uma iniciativa nunca antes realizada.
Os dias passam todos a correr quando se Vinho (que, com grande alegria minha, são Península de Setúbal
trabalha muito. E ter férias, no verdadei- uns largos milhares) tiveram oportunidade A viagem começou na região da Península
ro sentido da palavra, é um luxo ao qual de conhecer melhor Portugal do ponto de Setúbal, berço do reconhecido Mosca-
não estou acostumada, já que, comigo, de vista vinhateiro, associando os vinhos à tel de Setúbal, um dos melhores vinhos do
vão sempre o Mac, o Ipad, o Iphone, a gastronomia, ao património e ao turismo. mundo.
agenda... Este ano decidi juntar tudo, fa- De acordo com os dados apurados pelo A primeira visita foi a Bacalhôa, tirei foto-
zer “férias” com direito a passear, relaxar, Instituto da Vinha e do Vinho, foram pro- grafias com o cão azul, vi a exposição e
namorar, provar vinhos, visitar produtores, duzidos mais de sete milhões de hectolitros estive na cave de estágio onde os vinhos
e claro, trabalhar um bocadinho. Foi assim de vinho na colheita de 2015, com desta- estão calmamente a envelhecer ao som de
que tracei a minha rota: uma volta a Por- que para o aumento da qualidade. As ex- cânticos gregorianos.
tugal de copo na mão, que é como quem portações não param de crescer e o vinho Na Quinta de Catralvos – Malo Tojo, tive
diz... todas as desculpas são boas para ir assume o papel de embaixador de Portu- oportunidade de visitar a adega, perceber
provar bons vinhos e bebidas de todas as gal no mundo. O vinho e o turismo são, um pouco mais como se processa tudo,
regiões demarcadas para produção de assim, motores da economia nacional, e desde a vinha até à garrafa, e de poder fa-
vinhos em Portugal! Na verdade era uma juntos fazem as delicias de todos quantos zer um delicioso almoço no restaurante da
intenção antiga. Assim foi. Percorri todas visitam Portugal, complementando com a Quinta com o objetivo de provar os vinhos
as regiões. Não pude, no entanto, visitar gastronomia e o património. Estes dados em harmonia com as iguarias ali servidas.
todos os sítios que desejava, quer destinos, enchem-me de orgulho, e motivam-me Aqui é um bom sitio para ficar de fim-de-
como Quintas, enoturismos, garrafeiras, a fazer cada vez mais e melhor, quer indi- semana, pois tem hotel e reúnem-se todas
restaurantes e tabernas, cervejeiros arte- vidualmente como no espírito de equipa as condições para usufruir em pleno do es-
sanais, castelos e monumentos. O que em através do trabalho desenvolvido para a re- paço.
leva a crer que vou ter de repetir a proeza vista Paixão pelo Vinho. Aliás, será possível De entre as várias paragens destaco a José
em anos futuros. Este ano, não tive ainda nas próximas edições da revista conhecer Maria da Fonseca, pois trata-se de um pro-
“tempo” para ir às ilhas, mas tenho espe- mais em detalhe muitos dos sítios visitados, dutor de enorme importância histórica no
rança. pois tenho sérias intenções de publicar as desenvolvimento do vinhos portugueses
Durante toda a viagem fui partilhando as reportagens / entrevistas. Nos planos está, e da marca Portugal associada ao vinho
descobertas nas redes sociais, mostrando também, a publicação de um roteiro, a ver com o Periquita. Este produtor tem um
através de fotografias e pequenos vídeos vamos se consigo arranjar tempo para o património fabuloso e na visita tive opor-
muitos dos sítios onde estive. Assim todos escrever! Espero que sim, pois estou certa tunidade de entrevistar o Sr. João, o último
quantos me seguem e à revista Paixão pelo que vocês iam gostar muito. tanoeiro da casa, foi uma conversa muito
Malo Tojo
Bacalhôa
J. M. Fonseca
Cabrita Wines João Clara
interessante, aprendi muito, viajei na his- no Algarve bons exemplos de vinhos Alentejo
tória e fiquei a respeitar ainda mais o árduo que se bebem com muito prazer, como O Alentejo tem uma área de vinha plantada
trabalho destes profissionais, hoje pratica- Quinta do Barranco Longo, Herdade dos impressionante e é uma das regiões por-
mente em extinção. Pimenteis, Quinta dos Vales (leia mais tuguesas mais reconhecidas a nível inter-
Já que estava ali tão perto, fui comer uma sobre este produtor no artigo publicado nacional. Há muitos produtores e há mui-
Torta de Azeitão! nesta edição, aqui também pode dormir), ta qualidade, não só nos vinhos, como na
Entretanto encontrei Francisco Borba e Quinta João Clara ou Cabrita Wines, to- gastronomia, no turismo, e enoturismo, e
aproveitei para ir visitar a Herdade da Gâm- dos visitados nesta Volta a Portugal. Mas, na arte de bem-receber. Foram três dias in-
bia, que feliz coincidência termo-nos en- viajar por Portugal de “copo na mão” im- tensos. Obrigatórias são as visitas à Herdade
contrado em Azeitão. A Herdade da Gâm- plica também associar ao roteiro bons da Malhadinha Nova pela completa oferta
bia é muito bonita, cheia de tranquilidade, restaurantes. No Algarve há uma alarga- de vinhos de qualidade, hotel, restaurante,
perfeita para fazer nascer bons vinhos mas da opção de escolha e há, até, uma con- adega, animais, vinhas e outras culturas;
também para proporcionar o habitat na- centração de restaurantes com Estrela à Adega da Cartuxa, onde nasce o mítico
tural perfeito para muitos pássaros, sendo Michelin. Optei por visitar três espaços Pêra-Manca; ao Monte da Ravasqueira pelo
um local de eleição para os apaixonados onde a gastronomia é levada muito a excelente trabalho de enoturismo, insta-
por birdwatching. sério: o restaurante “O Barradas” produ- lações, a grandiosa coleção de atrelagens
Nesta região há outros sítios onde, se tiver tor dos vinhos Quinta do Barradas, em antigas, restaurante, hotel e adega; à Her-
oportunidade, deve parar e visitar, provar Silves, onde desfrutei de um delicioso dade dos Coelheiros; à adega e vinhas de
os vinhos, aprender um pouco mais... A cherne grelhado, uma posta mirandesa João Portugal Ramos; à Herdade das Servas
Casa Ermelinda Freitas é um bom exem- divinal, bem harmonizados com os vi- e muitos outros. Já para comer no Alente-
plo, não só pela nova adega e pelos vinhos nhos neste caso, e em efetivo, “da casa”. jo, de entre as muitas opções o destaque
mas, também, pelo fantástico núcleo mu- No restaurante e garrafeira Veneza tive vai para a Taberna Típica Quarta-Feira, em
seológico inaugurado há alguns meses. uma noite fantástica, na companhia dos Évora, onde o Sr. Zé Dias recebe maravilho-
Desta vez não passei lá, porque tinha ido anfitriões Manuel Janeiro e Carlos Janei- samente e onde poderá comer o melhor
há muito pouco tempo. Na ida para sul, o ro (pai e filho). Sobejamente conhecida cachaço de porco assado da sua vida (nem
melhor mesmo é pernoitar num enoturis- e reconhecida por todos quantos são pense em aparecer lá sem marcar e, já ago-
mo, A Serenada, perto de Grândola, é uma apaixonados pelas maravilhas vínicas e ra, se marcar cumpra com a hora marcada
boa escolha, para além de ter os saboro- gastronómicas, a garrafeira (e restauran- ou ficará sem mesa). Também em Évora,
sos vinhos Serras de Grândola, os quartos te) Veneza proporciona uma viagem aos numa vertente mais elaborada, experimen-
são muito confortáveis, o restaurante serve sentidos, mas também uma viagem pelo te o restaurante Degust’Ar, do Chef Antó-
muito bem e a piscina é um consolo para mundo dos vinhos, tal é a quantidade, nio Nobre, no hotel M’Ar de Ar Aqueduto,
corpo e alma. diversidade e qualidade disponível para saboreei um jantar sublime! Mais a norte,
venda e consumo com as refeições ali junto a Portalegre, em Pedra Basta, é sim-
Algarve servidas. Na praia do Garrão está o res- plesmente obrigatório ir ao restaurante
Segui para sul, rumo ao Algarve, região taurante António Tá Certo, onde Dina, Tomba-Lobos, do Chef José Júlio Vintém.
ainda desconhecida por muitos pela pro- Rui e Joana tratam o peixe com todo o Aqui só há sabores autênticos, num per-
dução de bons vinhos e que, hoje, co- respeito e brindam os clientes com fres- feito elogio à natureza à gastronomia, às
meça a dar cartas. Confesso que me de- cura e sabor ímpares, pude desfrutar de origens, aos sabores e aos aromas. Não
morei nesta região mais do que deveria, um jantar maravilhoso, enquanto apre- deixe de visitar Marvão, merece uma horas
mas entre a curiosidade e as más condi- ciava um pôr-do-sol sobre a praia e o da sua vida, e se é apreciador/a de cerve-
ções atmosféricas que (estranhamente) mar. Lindo! jas artesanais, vá ao encontro das cervejas
apanhei, acabei por ficar mais dois dias Do Algarve apontei a bússola para norte e Barona, nascidas ali bem perto, em Santo
e descansar um bocadinho. Não faltam parti à conquista do Alentejo. António das Areias.
Dão e Beira Interior casa está “equipada” com uma paisagem bons, como Quinta do Carmo, Beyra, Al-
A passagem pelo Dão foi mais breve do que deslumbrante, uns jardins muito cuidados, meida Garrett, Casas do Côro e Quinta das
o desejado, mas como é uma região onde as vinhas e uma piscina tentadora que não Senhoras, este último o produtor revelação
tenho oportunidade de ir regularmente tive oportunidade de experimentar. Visitei para mim e para muitos de vós, acredito,
e o tempo começava a ficar curto, optei o Paço dos Cunhas de Santar, provei os estejam atentos porque estes vinhos ainda
por passear e usufruir das belas paisagens vinhos da Vinícola de Nelas e Carvalhão vão dar que falar. Há sítios que têm de ser
e fazer uma paragem estratégica para vi- Torto, desfrutei de algumas iguarias, e co- visitados pelo vasto património humano,
sitar a Quinta da Fata, onde fiquei a dor- me-se mesmo bem por terras do Dão... histórico e paisagístico: Castelo Branco;
mir pois é também um hotel de referên- Uns dias mais tarde voltei à região para co- Castelo Novo e Alpedrinha; Covilhã; Bel-
cia para apreciadores de vinhos e não só, nhecer a nova adega Boas Quintas, artigo monte (aproveitando, também, para provar
também para quem gosta da natureza e de que pode ler nesta edição. a cerveja artesanal Cabralina bem junto ao
ambientes mais rurais, já que a belíssima Na Beira Interior já se fazem vinhos muito Castelo); Guarda; e Marialva, por exemplo.
Palácio de Mateus
Quinta do Portal
Douro, Trás-os-montes dias só para conhecer em pleno produ- ir à Quinta da Casa Amarela; à Quinta do
e Távora-varosa tores, sabores, paisagens, fauna, flora e Vallado, que este ano completa 300 anos;
O Douro é sempre uma descoberta e percursos históricos, ou não fosse o Alto e a tantos outros! Vou precisar de umas
mantém uma magnitude desconcertan- Douro Vinhateiro Património da Humani- quantas voltas a Portugal para conseguir
te. O tempo para! Basta uma cadeira, um dade. Não havendo tempo para tudo, tive completar a minha lista de desejos!
copo de vinho e ficar a olhar a paisagem, de fazer escolhas. Mas considero funda- Mais alguns quilómetros e aproveite para
grandiosa, ao som dos passarinhos, por mental uma visita à Fundação Casa de Ma- visitar as Caves Murganheira e o Museu do
entre verdejantes vinhas. Há sítios e vinhos teus com prova de vinhos da Lavradores Espumante, na região de Távora-Varosa.
imperdíveis. de Feitoria; no caminho parar na Vallegre; Trás-os-Montes tem vindo a mostrar um
No Douro Superior tudo é imponente e passar (ou ficar) na Quinta do Portal (que bom trabalho, cada vez mais apresenta
promissor, como os vinhos. É preciso des- contempla o armazém desenhado pelo bons vinhos e não foi esquecida: Encostas
cobrir produtores novos como a Vinilou- Siza Vieira, a adega, o restaurante e o ho- de Sonim, que este ano comemora o 10º
renço (vinhos D. Graça – leia mais sobre tel Casa das Pipas, onde fiquei a dormir); aniversário, e Quinta das Corriças foram
este produtor no artigo publicado nesta a Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo; as empresas produtoras de vinhos eleitas
edição) ou Vale d’Aldeia, e revisitar Quinta Quinta do Crasto; como opção de esta- nesta viagem. Agora, com a abertura do
da Leda, Duorum, Quinta do Vale Meão, dia a Quinta do Pégo; parar na Quinta do Túnel do Marão, é muito mais fácil tirar
Quinta da Ervamoira, pela magnitude que Pôpa para provar vinhos e deixar-se ficar um fim-de-semana para ir à conquista dos
lhes é transversal. Seriam precisos quinze de copo na mão a usufruir da paisagem; “novos” vinhos transmontanos.
Vinho Verde tor. Esta região, riquíssima, na oferta vínica para visita e para provas, e muitas delas têm
Na Região Demarcada do Vinho Verde e turística, oferece não só Vinhos Verdes complementos importantes como, áreas
rendi-me ao novíssimo hotel vínico Mon- e Minho como belíssimas Aguardentes Ví- museológicas, restaurante, atividades... Eu
verde – Wine Experience, em Amarante, nicas Velhas e há um sitio que é de visita já as tinha visitado todas, excepto a Chur-
no meio das vinhas “plantado” e onde nada obrigatória: a Adega Velha, onde estagiam chill’s, que encontrará em destaque nesta
falta: conforto, atendimento de excelên- as aguardentes vínicas velhas com o mes- edição. Recomendo Ramos Pinto, Ferrei-
cia, Spa, restaurante sob a mestria do Chef mo nome, na Quinta da Aveleda, ao som rinha, Cálem, Taylor’s, Graham’s... Se tiver
Marco Gomes, acompanhamento e várias dos cânticos gregorianos. oportunidade passeie de teleférico, suba ao
atividades vínicas com a enóloga Bebiana, Nesta região é importante ir com tem- Jardim do Morro e ainda mais um bocadi-
como a iniciativa “Enólogo por um dia”, po (que eu já não tinha) e são muitos os nho ao Mosteiro da Serra do Pilar, aqui vai
que experimentei, tendo criado um lote produtores que merecem a visita, não es- fazer as mais bonitas selfies da sua vida!
para o meu primeiro Vinho Verde. Visitei a quecendo Monção e Melgaço, onde pode Estando no Porto tem de ir provar a famosa
Quinta da Lixa, visita que tinha como prio- provar belíssimos Alvarinhos e ficar por um e saborosa Francesinha, as Tripas à Moda do
ritária pois (nem sei como!) nunca lá tinha ou dois dias. Porto, as Sandes de Pernil Assado da Casa
ido. Foi uma surpresa, confesso. Aliada à A caminho do Porto fiz uma paragem es- Guedes e tantas outras iguarias do norte.
tradição presente na antiga sala para even- tratégica no restaurante “O Farela” em Para dormir recomendamos o Holiday Inn
tos de grupo e reuniões, onde não faltam Penafiel. Aqui há simpatia, boa e saboro- Porto-Gaia, pois para além de ter muitos e
prémios e acessórios vínicos de outros sa comida, uma carta de vinhos cuidada e confortáveis quartos (o que ajuda na facili-
tempos, está a tecnologia de ponta que uma esplanada ótima para um fim de tar- dade de reserva), dispõe das melhores vistas
brinda os visitantes e “ocupa” a sala de de de prova de vinhos e iguarias. Em breve sobre a ribeira de Gaia e do Porto, alargan-
provas. A linha de enchimento da Quinta contarei mais detalhes nas páginas desta do o cenário até à Foz do Douro e Mato-
da Lixa é a maior que já vi em Portugal, revista. sinhos, tem um relaxante Spa, a comida é
impressionante. O edifício está, também, A passagem pelo Porto e Vila Nova de Gaia, muito boa e o bar proporciona música ao
“equipado” com uma loja onde pode ir para visita às Caves, é indispensável! São vivo, mas a melhor vantagem é, também, a
comprar os vinhos preferidos deste produ- muitas as Caves de Vinho do Porto abertas boa relação qualidade preço.
Bairrada produtora dos reconhecidos vinhos e es- da (com Leitão, é claro), passar pelo Mu-
De entre as várias regiões vinhateiras, a pumantes Marquês de Marialva, entre ou- seu do Vinho, em Anadia, pela Quinta do
Bairrada é uma das que tento visitar sem- tros. Gosto particularmente de ir às Caves Ortigão, ir conhecer a nova adega e sala
pre que posso. Em primeiro lugar porque São Domingos, de me “perder” nas Caves de provas da Quinta do Abibes, ir visitar a
é berço de muitos dos melhores espu- São João, de passar na Vinícola Castelar (e adega da Quinta da Mata Fidalga e deixar-
mantes de Portugal, e adoro espumantes, aproveitar para descobrir um pouco mais se, finalmente, ficar a almoçar ou jantar
depois porque tem uma casta que admiro, sobre a arte de fazer licores tão própria na Nova Casa dos Leitões (dos mesmos
a Baga. Parece-lhe pouco? Pois, também desta região), de usufruir do muito que o proprietários) a usufruir de iscas de leitão
gosto muito do Leitão, como provavel- Mário Sérgio tem sempre para me ensinar para a entrada e do verdadeiro pitéu, aca-
mente 90% dos portugueses! Estando na na Quinta das Bágeiras, passar nas Caves badinho de assar nos fornos (ali mesmo ao
Bairrada visite a Adega Cooperativa de Aliança e visitar o Underground Museum, lado), o Leitão à Bairrada, como os vinhos
Cantanhede, imponente na dimensão, e Já a caminho da refeição mais aguarda- e espumantes “da casa”, QMF, pois claro!
Tejo e Lisboa Lisboa (onde agora passo muito mais tem- Esta minha primeira “Volta a Portugal de
Em contra-relógio desci Portugal abaixo, po) irei complementar em breve com mais copo na mão” foi uma iniciativa inédita,
parei em Coimbra para provar as cervejas algumas visitas a produtores, com desta- nunca antes realizada, e espero sincera-
artesanais Praxis e visitar a nova fábrica. que também para Colares. Visitar Sintra é mente poder continuar ano após ano a
Passei na região Tejo rápido demais para o obrigatório, e passar tempo na cidade de conquistar Portugal e partilhar com todos
que era o meu desejo, estando nos meus Lisboa também. A capital de Portugal está os sítios fascinantes por onde ainda passa-
planos voltar para umas visitas que estão “recheada” de coisas para fazer, sítios a vi- rei. De salientar que esta viagem não teria
ainda em falta. De entre os vários produ- sitar, mas também restaurantes, tabernas e sido possível sem três apoios essenciais.
tores que recebem visitantes, recomendo tascas à espera da sua visita, espaços re- Em primeiro lugar destaco o apoio do meu
Casal da Coelheira, Casa Cadaval, Quinta cuperados, desde lojas de decoração re- marido, Ernesto Fonseca, que tirou férias
da Alorna, Quinta do Casal Branco, a Ade- tro-vintage a barbearias, sem esquecer os para me acompanhar e conduzir, não po-
ga Cooperativa do Cartaxo, a Quinta da muitos bares de vinhos que entretanto fo- deria desejar parceiro melhor para esta
Lapa (onde pode ficar a dormir) e a Com- ram abrindo com ofertas diversificadas de “aventura”.
panhia das Lezírias, por exemplo. vinhos a copo e petiscos. Destaco o Lisbon A Portugal Rent (www.portugalrent.com)
Já na Região Demarcada de Lisboa, que é Winery, em pleno Bairro Alto, e o junto ao patrocinou esta viagem com a disponibi-
enorme (contempla as denominações de Castelo de S. Jorge, o Winebar do Castelo. lização de um automóvel novo, a estrear,
origem: Alenquer, Arruda, Bucelas, Carca- proporcionando uma viagem segura e
velos, Colares, Encostas d’Aire - Alcobaça E por fim... confortável. Eu nunca cheguei a conduzir
e Medieval de Ourém -, Lourinhã, Óbidos Para complementar os quatro mil qui- a viatura, pois já se sabe... “Se beber, não
e Torres Vedras, e os vinhos Regional Lis- lómetros percorridos em território con- conduza”, mas o Ernesto garantiu que foi
boa), desta vez só tive oportunidade de vi- tinental, gostava de juntar umas milhas uma excelente experiência. Por fim, um
sitar a Quinta de S. Sebastião e a Quinta e ter a oportunidade de, ainda este ano, agradecimento à Arteh, especialmente à
do Gradil que agora comemorou 15 anos conseguir visitar a Madeira e seus produ- Sofia Mano que ajudou com muitas das
e pode ler mais em destaque nas primei- tores, bem como alguma das ilhas ondem reservas de hotéis, e a todos quantos nos
ras páginas desta edição. Como está mui- nascem vinhos açorianos, como S. Miguel, receberam nas Quintas, nas adegas e nos
to próxima geograficamente da cidade de Pico, Terceira e Graciosa. restaurantes. Bem hajam.
um sonho de região!
> texto Susana Marvão > fotografias Carlos Figueiredo / Quinta Nova / Shutterstock
são importantes para a qualidade do vi- vância são os Vinhos do Douro. O DOC a cerca e 75% da exportação de vinhos
nho, o que os franceses chamam o “ter- Douro, em 2015, ultrapassou em valor, portugueses. Só Vinho do Porto são sen-
roir”. Ou seja, quando apresentamos o pela primeira vez, um terço do Vinho do sivelmente 44%.
vinho apresentamos também o “terroir”, Porto. Hoje, o DOC Douro aparece-nos
um solo, um clima, um conjunto de castas com tanta facilidade que pensamos ser A taxa de exportação do Vinho
tradicionais... uma realidade que sempre existiu. Mas do Porto tem vindo a manter-se?
não é verdade. Há relativamente poucos Tem, mas agora há algo muito interes-
O Vinho do Porto tem mantido anos, a produção da Região Demarca- sante que está a acontecer: o mercado
alguma estabilidade em termos do do Douro era quase exclusivamente português está a reagir muito bem ao Vi-
de comercialização, mas tem canalizada para o Vinho do Porto. Em nho do Porto. E este ano está a compor-
havido um aumento das categorias 2015, o valor global da comercializa- tar-se de forma excecional. Acreditamos
especiais... ção de vinhos da Região Demarcado do que isto tem a ver sobretudo com os
E isso tem sido um esforço nosso: do Douro ultrapassou, pela primeira vez, os turistas. As caves de Vila Nova de Gaia,
IVDP e das empresas. Nos últimos anos, 500 milhões de euros. Já estamos a falar que têm sido alvo de fortes investimen-
as categorias especiais estão acima dos de números sensíveis. E para que tenha tos por parte das empresas, já recebem
40% do valor do Vinho do Porto. Outra noção, as vendas dos vinhos da Região mais de um milhão de turistas por ano.
realidade que tem vindo a ganhar rele- Demarcado do Douro correspondem Que saem de lá com um saquinho nas
ainda o nosso processo de certificação mento o DOC Douro está já em mais de vés do Ministério da Agricultura e do Mi-
que é composto por dois elementos: a 100 mercados, praticamente em todo o nistério dos Negócios Estrangeiros, que
certificação físico-química, de labora- mundo. E se acreditamos no modelo de desenvolve a sua atuação a vários níveis.
tório, e a parte organolética, através da associação de um produto a determi- Por um lado, através da celebração de
Câmara de Provadores. Aliás, deixe-me nado território, os vinhos do Porto e do acordos bilaterais ou multilaterais. Por
dizer-lhe que a nossa Câmara foi a pri- Douro só podem ser produzidos na Re- outro lado, na ação diplomática. Os nos-
meira do mundo a obter a certificação, gião Demarcada do Douro. Controlamos, sos diplomatas estão muito sensíveis a
em 1999. Outro aspeto muito importan- por isso, usurpações ou imitações. Neste esta matéria, correspondo-me frequen-
te é a defesa e proteção da Denomina- momento, a Denominação de Origem temente com diplomatas portugueses
ção de Origem. Consideramos que esta Porto está protegida em cerca de 160 no sentido de saber se determinado pro-
é uma das áreas primordiais de atuação, países, mais do que o Champanhe. duto está protegido e se é, ou não, uma
até porque a exercemos em termos in- usurpação. Esses mesmos diplomatas, a
ternacionais. O Vinho do Porto está em Como se controla lá fora? nosso pedido ou por iniciativa própria,
mais de 120 mercados, e neste mo- Basicamente, por via diplomática, atra- podem atuar nos países onde estão acre-
AÇÕES IVDP
Portal do Viticultor
A sua criação permitiu aos viticultores
da Região Demarcada do Douro terem
ao seu dispor uma nova plataforma
eletrónica referente às parcelas de vi-
nha e a simulação da sua classificação.
Esta plataforma inovadora e intuitiva,
desenvolvida pelo IVDP, permite a ob-
tenção automática da pontuação de
quatro fatores: localização, altitude, in-
clinação e exposição, através do Siste-
ma de Informação Geográfica da Vinha.
Vinhos brancos do Douro > texto João Pereira Santos > fotografias Shutterstock / D. R.
Portugal continua a ser um país de tintos. A maioria dos portugueses continua a preferir e,
em muitos casos a beber, apenas vinho tinto. Mas, existem brancos igualmente de grande mérito,
capazes de satisfazer e emocionar qualquer enófilo ou apreciador. Mais importante:
os vinhos brancos portugueses estão cada vez melhores! É um facto incontestável.
Esta evolução dos vinhos brancos portugue- os 20 vinhos mais bem classificados, são mente adequados para consumo. Ignorar
ses dever-se-á a vários fatores: a viticultu- poucos aqueles que ultrapassam a fasquia isto é pecado e devia ser proibido!
ra em Portugal evoluiu imenso nos últimos dos 10 euros. Para o leitor, aceite as sugestões que a se-
anos e a adaptação das castas ao terroir tem Outro aspeto que vale a pena referir é a uti- guir lhe apresentamos e atreva-se. Procure
sido aprimorada ano após ano; sendo Por- lização de castas regionais, sendo as mais e prove estes vinhos. Se possível vá mesmo
tugal um dos países do mundo com maior usadas a Gouveio, a Rabigato e a Viosinho, até ao Douro e perca-se por entre os so-
número de castas autóctones, vão surgindo muitas vezes coadjuvadas pela Códega do calcos, as encostas e as quintas. Um vinho
castas meio esquecidas que, bem conduzi- Larinho, Arinto, Malvasia Fina ou Moscatel do Douro será sempre melhor se bebido
das e trabalhadas, começam entretanto a dar Galego. Estas castas, típicas da região, con- no Douro.
bons resultados; as adegas estão cada vez ferem aos vinhos brancos do Douro carac- Para aqueles, certamente a maioria, que
mais bem equipadas e preparadas para pro- terísticas particulares que, em conjunto não podem fazer isso com a regularidade
duzir vinhos brancos de qualidade; os enólo- com a longevidade de muitas das vinhas, que gostariam, escolham um destes vinhos,
gos portugueses, cada vez mais internacio- os tornam únicos, com uma complexidade abram uma garrafa, ponham-se o mais
nais, estão mais sensibilizados e interessados assinalável que, nos melhores exemplos, se confortável possível, sozinhos ou acom-
em produzir grandes vinhos brancos; e por junta à frescura que as cotas mais altas do panhados e desfrutem. Imaginem então
fim, o mercado começou nos últimos anos Douro conseguem conferir. que estão no Douro, esmagados pela sua
a acordar para os vinhos brancos e a exigir Pessoalmente, cada vez mais aprecio um paisagem majestosa, no meio das vinhas e
mais e melhores brancos. bom vinho branco. Acho-os mais sedu- das fragas, no miradouro de S. Leonardo da
Esta prova, limitada à região do Douro, pa- tores, mais sofisticados e até muito mais Galafura ou de S. Salvador do Mundo, com
rece confirmar este facto: os vinhos bran- versáteis às várias situações de consumo. os olhos postos no rio… Sim, que o Douro é
cos estão cada vez melhores. As pontua- Esplanada, almoços no campo, refeições também um rio… Não estão apenas a beber
ções obtidas mostram uma panóplia de ligeiras ou mais exigentes, é só esco- um vinho branco, estão a beber um branco
vinhos de grande qualidade e, em muitos lher. Acresce que, num país como Portu- do Douro, o fruto de uma das mais belas
casos, donos de um preço – algo sempre gal, onde em grande parte do território as regiões vinícolas do mundo! Deixem-se le-
muito importante para o consumidor – temperaturas estivais são verdadeiramente var e imaginem que estão lá. É o que vou
muito apetecível. Repare-se que, de entre elevadas, os vinhos brancos são particular- fazer agora. Já de seguida!
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17 PORTAL
DOC BRANCO 2015
€ 5,50 DOURO 13.5% vol.
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PAULO COUTINHO
17 € 8,00
COR Amarelo citrino, brilhante.
AROMA Elegante, muito frutado, com destaque
DONA MATILDE para as notas de frutos citrinos e tropicais
DOC BRANCO 2015 com ligeiro floral.
SABOR Bom corpo e volume, frescura sedutora,
DOURO 13,5% vol. frutado, deixa um final longo e persistente.
ENOLOGIA SOC. QUINTA DO PORTAL, S.A.
JOÃO PISSARRA T. +351 225 512 028
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ARINTO, VIOSINHO, GOUVEIO E RABIGATO
COR
Amarelo citrino, brilhante.
AROMA
Elegante; com distintas notas de frutos
citrinos e tropicais, com destaque para o
ananás, fresco.
SABOR
Bom corpo e volume, frutado, notas de
manga, flor de maracujá, laranja, rico,
17,5
deixa um final longo e cativante.
QUINTA D. MATILDE - VINHOS, LDA.
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Dona Matilde
DOURO 13% vol.
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JOANA MAÇANITA, ANTÓNIO MAÇANITA
CASTAS
VIOSINHO, CÓDEGA DO LARINHO E GOUVEIO
COR
Amarelo citrino, brilhante.
AROMA
17
Cheio de frescura, frutado, floral,
ALVES DE SOUSA/ PESSOAL
vibrante.
DOC BRANCO 2008
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€ 25,00 DOURO 12.5% vol. Distinto, pleno de elegância, com
ENOLOGIA excelente estrutura, frutado, fresco,
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prolongado.
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mostrando sempre um pouco mais.
export@macanita.com
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SABOR Com boa estrutura, frescura no ponto a Maçanita Vinhos
garantir longevidade, fruta, canela, casca
de laranja, muito bom, deixa um final
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17 € 5,59
370 Léguas
DOC BRANCO 2015
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DOC BRANCO 2014
€ 7,50 DOURO 13% vol.
enologia
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,7 € 12.50
PERMITIDO
DOC BRANCO 2015
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16,5 € 15,99
VENTOZELO
DOC BRANCO 2014
COR
Amarelo citrino, cristalino.
AROMA
Elegante, com predominantes notas de
frutadas, ligeiro floral, tosta suave.
SABOR
Tem bom corpo e volume, frescura
cativante, estrutura harmoniosa, nuances
de madeira exótica bem integradas,
deixa um final persistente e promissor.
COMPANHIA UNIÃO DOS VINHOS
DO PORTO E MADEIRA, LDA.
Rua Felizardo de Lima, 247
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T. +351 223 741 162
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ananás, frutos frescos, gastronómico, boa estrutura,
COR Amarelo citrino, limpo. termina persistente.
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frutos de pomar e alguns citrinos e flores. T. +351 279 653 392
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www.castelares.com/pt/
gália, toranja e casca de laranja, boa geral@castelares.com
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QUINTA DOS CASTELARES
ADRIANO RAMOS PINTO VINHOS, S.A
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<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
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CASTAS 70% VINHAS VELHAS, RABIGATO
PACHECA
COR Amarelo, cristalino. DOC BRANCO SUPERIOR 2015
AROMA Distinto, complexo, com fruta discreta, aromas de € 8,95 DOURO 12,5% vol.
bosque, notas tostadas e fumadas.
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SABOR Tem com corpo e volume, é fresco, salino, frutado e MARIA SERPA PIMENTEL CÔRTE-REAL
floral, promete evoluir positivamente, deixa um final
longo. CASTAS GOUVEIO, VIOSINHO, FERNÃO PIRES
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
16 ANDREZA
DOC BRANCO 2015
€ 5,65 DOURO 12% vol.
ENOLOGIA
JOÃO SILVA E SOUSA, FRANCISCO BAPTISTA
16 MESSIAS
DOC BRANCO 2015
€ 3,50 DOURO 12,5% vol.
ENOLOGIA
JOÃO SOARES, ANA URBANO
16 BUSTO
DOC BRANCO RESERVA 2014
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
O Vinho do Porto branco não é tão conhecido como o tinto, mas a sua qualidade e
versatilidade convidam a uma prova atenta, especialmente, durante esta época estival.
Realizamos uma prova com três dezenas de vinhos destinados a várias bolsas e a vários
momentos do dia.
O Vinho do Porto branco varia de acordo com o grau de doçura (Extra Seco, Seco, Meio
Seco, Doce e Muito Doce) e período de envelhecimento (Reserva, 10, 20, 30 e + 40
anos). Os vinhos do Porto mais jovens são normalmente consumidos como aperitivo,
enquanto aqueles que passam por um período de envelhecimento mais longo têm um
sabor mais intenso e podem ser consumidos acompanhando as sobremesas ou a solo,
como “vinho de meditação” após as refeições.
Para esta época de verão existem no mercado várias propostas de bebidas refrescantes,
mas infelizmente ainda são poucos os que optam por um Porto branco com uma pedra
de gelo e uma rodela de limão. Pode ainda desfrutá-lo como um long drink servido
num copo alto com água tónica e umas folhas de menta. Antes da refeição é um acom-
panhamento perfeito para uns salgadinhos, amêndoas torradas, salmão fumado, azei-
tonas, batatas fritas, tâmaras secas ou presunto de porco de raça alentejana. E porque
não experimentá-lo com uma sobremesa? Um Porto banco é um acompanhamento
perfeito para as bolas de sorvete de limão ou lima.
Na prova que realizamos destacaram-se os vinhos com um período de envelhecimento
maior, nomeadamente os Reservas e os 10, 20 e 30 anos. A sua maior complexidade
encantou os provadores.
18,5 ADRIANO RP
VINHO DO PORTO BRANCO RESERVA
€ 16,00 DOURO 19.5% vol.
enologia
JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA
CASTAS s/INF
18
SOC. AGRÍCOLA DA QUINTA DA DEVESA, LDA.
T. +351 911 797 304 QUINTA DA GAIVOSA
VINHO DO PORTO BRANCO 10 ANOS
€ 23,00 Douro 19.5% vol.
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<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
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COR
CASTAS S/INF
Amarelo com intensos tons dourados, brilhante.
18 VIEIRA DE SOUSA SPECIAL EDITION
VINHO DO PORTO BRANCO 10 ANOS
€ 19,00 DOURO 20% vol.
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desidratados, flores, marmelada, muito interessante.
LUISA BORGES
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exótico, deixa um final prolongado e distinto.
COR Amarelo palha com tons dourados,
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T. +351 915 815 030
T. +351 254 324 263 AROMA Intenso e harmonioso, destaca-se pelas notas
vasquescarvalho43@gmail.com de cascas de frutos citrinos cristalizadas e
www.vasquesdecarvalho.com confitadas, com destaque para a laranja, vai
Vasques de Carvalho abrindo e fica cada vez melhor.
SABOR Tem bom corpo e volume, frescura
excelente, equilíbrio, elegância, deixa um
final muito persistente.
VIEIRA DE SOUSA VINES & WINES, LDA.
T. +351 259 938 126
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17 PORTAL LÁGRIMA
VINHO DO PORTO BRANCO 17 VIEIRA DE SOUSA
VINHO DO PORTO BRANCO 20 ANOS
€ 8,45 DOURO 19.5% vol. € 32,00 DOURO 20% vol.
enologia enologia
PAULO COUTINHO LUISA BORGES
COR Amarelo palha com alguns tons dourados, COR Amarelo dourado, limpo.
brilhante.
AROMA Harmonioso, com notas de frutos secos,
AROMA Destacam-se as notas de cascas de citrinos nuances de frutos citrinos desidratados.
cristalizados, compota de laranja, mel e
SABOR Envolvente, com bom corpo e volume, boa
frutos secos.
frescura a equilibrar o conjunto, macio,
SABOR Bom corpo e volume, frutado, com notas termina persistente.
de nozes mais evidentes aliadas aos
citrinos, termina prolongado. VIEIRA DE SOUSA VINES & WINES, LDA.
T. +351 259 938 126
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VINHO DO PORTO BRANCO 17 CRUZ LÁGRIMA
VINHO DO PORTO BRANCO
€ 15,00 DOURO 19.5% vol. € 8,49 DOURO 19% vol.
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JOHN GRAHAM JOSÉ MANUEL SOUSA SOARES
COR Amarelo palha com bonitos tons dourados, COR Amarelo palha com ligeiros tons dourados,
brilhante. limpo.
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citrinos, especiarias, noz-moscada. compota de laranja, casca de citrinos,
especiaria suave, fresco.
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mantem o perfil, especiarias no final de SABOR Envolvente, revela bom corpo e volume,
boca prolongado e cativante. Excelente estrutura equilibrada, frutado, termina
aperitivo. persistente.
CHURCHILL GRAHAM, LDA GRAN CRUZ PORTO, SOC. COM. VIN., LDA.
T. +351 223 703 641 T. +351 223 707 171
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VINHO DO PORTO BRANCO 20 ANOS
€ 34,00 DOURO 20% vol.
enologia
JOSÉ MANUEL SOUSA SOARES
CASTAS S/INF
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VINHO DO PORTO BRANCO 2007
DO PORTO E MADEIRA, LDA.
T. +351 223 741 162
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<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
A Revista Paixão pelo Vinho, juntamente com a Vinilourenço, detentora da marca D. Graça,
organizou uma prova vertical de uma casta que recentemente tem vindo a ganhar
alguma reputação no Douro: a Viosinho.
O Douro Superior, como sabemos, é uma tem sido gerida por Jorge Lourenço, que
região produtora de vinhos de excelência assumiu a responsabilidade pela gestão
e de elevada notoriedade. Tradicionalmen- do sector vitícola e pelo Professor Virgílio A casta Viosinho
te tem estado muito ligada à produção de Loureiro, enólogo responsável pelas mar- está dispersamente
Vinho do Porto, mas nos últimos quarenta cas Fraga da Galhofa e D. Graça. implantada nas
anos tem vindo a ser reconhecida também Os vinhedos deste proprietário estendem- vinhas velhas brancas
pelos vinhos tintos de lote. se por cerca de 45 hectares em diferentes misturadas do Douro.
No entanto, as surpresas não acabam aqui. localizações (Poço do Canto, Vale da Teja É uma variedade tem
A região também tem vindo a apresentar, e Pocinho). As altitudes das propriedades
vindo a adquirir prestígio
entre outros, bons exemplares de vinhos variam entre os 200 e os 650 metros. Os
brancos e rosés. solos são de xisto nas zonas mais baixas e nos últimos anos.
Curiosamente, os vinhos brancos produzi- xisto/granito nas zonas mais altas.
dos no Douro de maior notoriedade têm A Vinilourenço apresenta vinhos de lote
vários traços em comum: a elevada acidez como é comum nesta região vinícola, mas
e frescura que lhes são transmitidos atra- curiosamente, os vinhos de topo de gama Curiosamente, o pai do atual proprietá-
vés da elevada altitude e pelos solos exis- têm vindo a apresentar, de uma forma re- rio da Vinilourenço, Horácio Lourenço,
tentes na sub-região do Douro Superior. gular e com bastante qualidade, uma única apostou no plantio desta casta no passa-
casta. São exemplos desta orientação os do, procurando um fator de diferenciação,
A VINILOURENÇO vinhos feitos a partir de Touriga Nacional, quando muitos tomaram o caminho in-
É no Douro Superior, mais exatamente na Tinto Cão e Sousão nas castas tintas e de verso devido à sua pouca produtividade e
zona da Mêda, que se encontra a Vinilou- Viosinho e Rabigato nas castas brancas. rendimento muito baixo.
renço, empresa detentora de várias marcas As uvas para produzir este monocasta são
de vinhos, entre elas está D. Graça, mono- A CASTA: VIOSINHO provenientes da vinha que está situada no
casta Viosinho. A empresa foi assumida por É uma casta de maturação precoce, muito Poço do Canto, a uma altitude entre 550 e
Jorge Lourenço, filho do anterior proprie- sensível ao oídio e à podridão, mas origina os 650 metros.
tário, Horácio Lourenço, que se dedicou vinhos estruturados e frescos. A casta Vio- Apesar de pouco aromática, a casta apre-
ao plantio de vinhas desde a década de 80. sinho está dispersamente implantada nas senta um brilhante equilíbrio entre açúcar
A Adega com capacidade para 300.000 vinhas velhas brancas misturadas do Dou- e acidez, proporcionando vinhos estrutu-
litros foi construída em 2003, tendo a Vi- ro. É uma variedade tem vindo a adquirir rados, encorpados e, muitas vezes, ricos
nilourenço nascido apenas em 2006. Esta prestígio nos últimos anos. em álcool.
Prova vertical
classificação ordenada 15,5 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2013
DOURO 13,5% vol.
18,0 D. Graça Viosinho Reserva 2006
ENoLOGia
17,2 D. Graça Viosinho Reserva 2010 VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO
16,7 D. Graça Viosinho Reserva 2008 CASTAS VIOSINHO
16,7 D. Graça Viosinho Reserva 2009 COR Amarela com tons esverdeados, aspeto
16,4 D. Graça Viosinho Reserva 2007 brilhante.
16,4 D. Graça Viosinho 2012 AROMA Harmonioso, doce, intenso a notas de
frutos citrinos maduros.
16,3 D. Graça Viosinho Garrafeira 2011
16,2 D. Graça Viosinho 2015
SABOR É um vinho com frescura correta, mantém
a fruta madura, volume de boca e final
16,0 D. Graça Viosinho 2014 médios.
15,7 D. Graça Viosinho 2005
VINILOURENÇO
15,5 D. Graça Viosinho 2013 T. +351 279 883 504
16,2 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2015 16,4 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2012
DOURO 13,5% vol. DOURO 13,5% vol.
ENoLOGia ENoLOGia
VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO
COR Amarela com tons esverdeados, aspeto COR Amarelo palha, aspeto limpo.
brilhante.
AROMA Revela leves notas apetroladas, mais
AROMA Fechado, mas já denota um carácter intenso em casca de laranja e fermento de
frutado, cítrico e fresco. padeiro.
SABOR Muita frescura, um leve travo a levedura SABOR Tem frescura notória, notas de especiarias,
e uma grande acidez, tem bom corpo e bom corpo e volume, termina com boa
volume, deixa um final de boca longo. persistência.
VINILOURENÇO VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504 T. +351 279 883 504
16 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2014 16,3 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2011
DOURO 14,5% vol. DOURO 14% vol.
ENoLOGia ENoLOGia
VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO
COR Amarela com tons esverdeados, aspeto COR Amarelo palha, aspeto brilhante.
límpido.
AROMA Fresco e harmonioso, apresenta notas de
AROMA Pouco expressivo mas distinto, com frescura, petróleo e de fruta compotada.
fruta madura, notas vegetais e álcool.
SABOR As notas resultantes do estágio em
SABOR Bom corpo e volume, frutado, muita madeira estão bem presentes, tem bom
frescura, deixa um final longo e corpo e volume, boa acidez, termina
persistente. longo.
VINILOURENÇO VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504 T. +351 279 883 504
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
17,2 D. GRAÇA
DOC BRANCO RESERVA 2010 16,4 D. GRAÇA
DOC BRANCO RESERVA 2007
DOURO 14% vol. DOURO 13% vol.
ENoLOGia ENoLOGia
VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO
COR Amarelo palha, aspeto cristalino. COR Amarelo carregado, aspeto límpido.
AROMA Cativante, com interessantes notas a AROMA Apelativo, apesar da idade ainda tem
remeter para querosene, petróleo e ainda alguma frescura, apresenta notas de
alguma fruta madura. cogumelos e de bosque.
SABOR Destaca-se a frescura em grande plano, SABOR Confirma o nariz, acrescenta as nuances de
mantém a fruta madura, com boa estrutura, madeirização, algo melado, boa acidez, termina
deixa um final de boca persistente. longo.
VINILOURENÇO VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504 T. +351 279 883 504
16,7 D. GRAÇA
DOC BRANCO RESERVA 2009 18 D. GRAÇA
DOC BRANCO RESERVA 2006
DOURO 14% vol. DOURO 13% vol.
ENoLOGia ENoLOGia
VIRGÍLIO LOUREIRO E JORGE LOURENÇO ARTUR RODRIGUES E JORGE LOURENÇO
COR Amarelo dourado, aspeto límpido. COR Amarelo muito carregado, limpo.
AROMA Notas de querosene e pimenta branca em AROMA Exuberante, com predominantes notas de
destaque, muita frescura. querosene, nuances de maçã cozida, boa
frescura apesar da idade.
SABOR Mantém o perfil, tem bom corpo e volume,
deixa um final de boca persistente e SABOR Tem bom corpo e volume, é salino, seco, com
cativante. notas meladas, deixa um final envolvente e
persistente. Um excelente exemplar da casta.
VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504 VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504
16,7 D. GRAÇA
DOC BRANCO RESERVA 2008 15,7 D. GRAÇA
DOC BRANCO 2005
AROMA Intenso em notas de querosene, fruta madura AROMA Harmonioso e elegante, com boas notas
e especiarias, destaque para a frescura. frutadas, fresco e mineral.
SABOR Revela bom corpo e volume, notas de fruta SABOR Tem bom corpo e volume, ligeira salinidade,
compotada, madeirização, é um vinho perfil gastronómico, notas de frutos de
fresco e seco, deixa um final longo. polpa branca, fresco, termina longo.
VINILOURENÇO VINILOURENÇO
T. +351 279 883 504 T. +351 279 883 504
<10,00 Defeituoso | 10,00-11,50 Fraco | 12,00-13,50 Médio | 14,00-15,50 Bom | 16,00-17,50 Muito bom | 18,00-20,00 Excelente
A estrada trouxe-nos da Régua até Santa Marta de Penaguião, ao longo de um vale ora contido e serpenteante,
ora aberto e deslumbrante. Estamos no Baixo Corgo e aqui fazemos uma paragem, por via das dúvidas, já que
esse edifício tão distinto e singular não tinha irrompido ainda de qualquer lugar, como viria a acontecer alguns
instantes mais tarde... Falo-vos da nova adega Alves de Sousa.
no perfil exterior do edifício. Seguindo a de onde saiu aquele que foi o seu primeiro cobertura do edifício é-nos proporcionada
ideia de pôr em contacto as várias etapas vinho engarrafado com marca própria: o uma visão total de todo o sítio, onde volta-
de feitura do vinho, estão aqui uns tanques Quinta do Vale da Raposa branco, de 1991 mos a sentir o rigor do clima exterior, mas
de pisa a pé mecanizada (concebidos pelo (até esta altura toda a produção era vendi- também a satisfação imensa que é poder
próprio Tiago Alves de Sousa), as zonas de da para vinho do Porto). desfrutar de algo tão valioso depois de
engarrafamento e armazenamento, e ain- Já no piso de cima somos surpreendidos um trabalho árduo, conseguido através de
da um espaço rectilíneo todo em madeira com uma sala de provas orientada a Nor- inúmeras tomadas de decisão. Como num
de exposição e venda dos vinhos, com um te mas também para a adega original, com vinho, ali sorrimos e brindamos, contem-
enorme e belíssimo mapa da região de- as vinhas da Quinta da Gaivosa em pano plando agora todo um universo de aromas
marcada do Douro, onde podemos loca- de fundo e um magnífico cedro que nos e sensações que bebemos através dos
lizar outra das suas quintas emblemáticas, informa do tempo… Subindo ainda até à nossos copos.
Estar com a família Alves de Sousa é sempre um grande privilégio. Para além da oportunidade de conviver
e aprender, sou sempre brindada com uma visita às vinhas, uns convívios à mesa com saborosas iguarias
acompanhadas “daqueles” vinhos que ficam guardados para alturas especiais. Na minha última visita tive isso
tudo e, ainda, uma prova de vinhos muito especial, na sala de provas da nova adega, e que aqui partilho convosco.
BRANCO DA GAIVOSA Nacional (estágio de doze meses em 15 meses em barricas novas de carvalho
DOC DOURO GRANDE RESERVA 2014 barricas de carvalho francês de 2º e 3º francês | 63,90 € (3.500 garrafas)
Castas: Malvasia Fina, Gouveio, Avesso, ano) | 12,90€ Granada com tons violeta, limpo. Balsâ-
Arinto (um ano em barricas novas de Rubi definido, limpo. Madeira subtil har- mico, distinto, elegante, vai crescendo
carvalho francês) | 24,50 € monizada com notas de frutos do bos- e mostrando novos aromas, frutos com-
Amarelo palha com tons esverdeados, que e frutos pretos, ameixa, mirtilos, pi- potados, ameixas desidratadas, tâmaras,
límpido. Muito mineral, com toque flo- nho. Tem bom corpo e volume, taninos mirtilos, flores secas, especiarias. Bela
ral, frutos de pomar, lichias, maçãs. Bom firmes, vivo, com frescura intensa, fruta estrutura, taninos perfeitos, frescura em
corpo e volume, excelente frescura, in- mais intensa, especiarias, pimenta rosa, grande plano, bom corpo e volume, fruta,
tenso nos aromas retronasal, notas de chocolate, balsâmico, termina muito especiarias e notas resultantes do estágio
madeira nova de grande qualidade, ter- persistente. em madeira, tudo bem conjugado. Perfei-
mina muito longo e com um toque es- to. Deixa um grande final.
peciado. QUINTA DA GAIVOSA
DOC DOURO TINTO 2011 QUINTA DA GAIVOSA
ALVES DE SOUSA PESSOAL Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, PORTO LBV 2012
DOC DOURO BRANCO 2008 Tinto Cão | 34,90€ (20 mil garrafas) Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional,
Castas: Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio Rubi intenso, limpo. Complexo, vai cres- Tinto Cão, Tinta Roriz | 19,80 €
(estágio de 12 meses em barricas de car- cendo enquanto passa o tempo. começa Rubi carregado, intenso. Elegante, fruta-
valho francês) | 30,00 € (1.200 garrafas) por mostrar madeira subtil, enquadrada do, com destaque para as notas de frutos
Amarelo palha com intensos tons dou- em notas de frutos pretos, especiarias, pretos compotados, ameixa preta seca
rados, limpo. A madeira a marcar no pri- cascas de eucalipto. Na boca é encor- em destaque. Bom corpo e volume, en-
meiro impacto no nariz, notas de árvores pado, elegante e distinto, tem excelente volvente, mantem a fruta bem presente,
do bosque, flores, pau de louro, incenso, estrutura, taninos firmes mas sedosos, harmonioso, deixa um final persistente.
canela, fruta presente mas subtil, casca frescura muito boa, ameixas pretas se-
de laranja, toranja… Vai crescendo. Com- cas bem evidentes, madeira bem inte- QUINTA DA GAIVOSA
plexo. Excelente frescura, corpo e volume grada, a crescer, termina persistente e PORTO VINTAGE 2013
perfeitos, mantém o perfil aromático, ma- cativante. Se puder, guarde-o. Castas: Sousão, Touriga Nacional, Touriga
deira de excelente qualidade, especiarias, Francesa | 49,50 €
deixa um final muito persistente, cheio de QUINTA DA GAIVOSA Rubi profundo, denso. Intenso no aroma,
personalidade. VINHA DO LORDELO fantástico, muito frutado, frutos maduros
DOC DOURO TINTO 2011 e frutos secos, concentrado, balsâmico.
GAIVOSA PRIMEIROS ANOS Castas: Touriga Nacional, Malvasia Pre- Envolvente, encorpado, mantém o perfil e
DOC DOURO TINTO 2012 ta, Tinta Amarela (30 castas autóctones); deixa um final muito persistente com no-
Castas: Sousão, Tinta Amarela, Touriga vinha com mais de 100 anos; estágio de tas de especiarias, pimenta.
“A Quinta do Portal é uma casa por- e Turismo de Lamego, o jovem Chef che-
tuguesa, familiar e independente que gou à cozinha muito por influência fami- “Faço bacalhau de
abraçou com toda a paixão o concei- liar. De facto, para além da mãe e da avó inúmeras maneiras,
to de “Boutique Winery”, dedicando-se serem grandes cozinheiras e conhecedo- é um sabor muito
à produção de vinhos DOC Douro, Vi- ras do receituário tradicional português, tradicional e,
nhos do Porto de categorias especiais também o pai lhe trouxe, dos muitos anos em Portugal, come-se
e Moscatel.” Assim se pode ler no sitio em que esteve à frente de uma cozinha na de norte a sul”
na internet. Foi nos anos 90 que co- Suíça, os ensinamentos e técnicas mais
meçou um grande projeto, hoje a dar modernas.
cartas um pouco por todo o mundo, Assim é natural que a vida se encarregas- sã e de porco Bisaro, especialmente se
implementando-se pela qualidade dos se de apontar um natural caminho para cozinhadas a baixa temperatura, conse-
vinhos produzidos a partir das uvas das Milton: a cozinha. Para este cozinheiro o guindo resultados “melhores e mais sa-
várias quintas e outras compradas, com que realmente importa é respeitar a tradi- borosos”. Entre os pratos habitualmente
a orientação do enólogo Paulo Couti- ção, os verdadeiros sabores dos alimen- disponíveis no restaurante da Quinta do
nho e a sua equipa. tos, “que fazem parte do nosso ADN”, Portal destaca, por exemplo, o bacalhau
Para além da adega, do armazém cons- conseguir fazer despertar lembranças nas com broa e a posta de vitela com puré
truído pelo traço do arquiteto Siza Viei- pessoas e surpreender. E confessa: “Tudo de batata doce, bem como os pratos de
ra, da unidade de agroturismo Casa das vale a pena quando nos final nos vêm di- polvo, e a pera cozinhada em Moscatel.
Pipas, há também o restaurante onde o zer que estava muito bom!”. Sempre que pode procura evoluir como
Chef Milton Ferreira dá mais sentido ao Adora cozinhar quase de tudo, mas des- cozinheiro, aprender mais, criar novos
verdadeiro prazer da prova de vinhos taca o bacalhau. “Faço bacalhau de inú- pratos e desenvolver técnicas, para depois
Quinta do Portal aliando-os a saborosas meras maneiras, é um sabor muito tradi- fazer refletir isso todos os dias no prazer
iguarias. cional e, em Portugal, come-se de norte dos comensais.
Milton Ferreira chegou à Quinta do Portal a sul”. Também aprecia cozinhar peixes, “A ementa é definida diariamente de acor-
há oito anos, tinha apenas 18 anos de ida- “especialmente da nossa costa”. Quan- do com os produtos frescos, temos for-
de. Com formação na Escola de Hotelaria to a carnes prefere as mirandesa, barro- necedores de confiança e no mercado de
no Douro!
cidiu explorar uma outra área de negócio, mais modernas e cosmopolitas, pelas mãos
contribuindo para alargar a oferta numa do talentoso chef Carlos Pires.
região que começava a ser cada vez mais Provas explicadas e cursos de vinhos, ‘wine
> Texto Carla Mendonça > Fotografias Quinta da Pacheca procurada pelos ‘wine lovers’ e por aque- shop’, passeios, eventos, ‘workshops’ de
les que desenvolviam o interesse pela ex- cozinha e turismo ‘à la carte’, incluindo
A Quinta da Pacheca, situada no citante realidade do vinho. Inaugurou uma passeios de barco, de comboio, de heli-
concelho de Lamego, é uma quinta glamorosa unidade hoteleira, o The Wine cóptero ou pedestres, são algumas das ati-
secular desde há muito ligada à House Hotel da Quinta da Pacheca, pre- vidades disponibilizadas por esta unidade
produção vinícola. miada duas vezes no concurso «Best of de enoturismo da Quinta da Pacheca.
Wine Tourism», pela “Rede de Capitais de Localizada no coração da Quinta da Pa-
Grandes Vinhedos – Great Wine Capitals”, checa está também a loja de vinhos ou wi-
a única rede internacional deste tipo que neshop, como é vulgarmente conhecida.
abarca os designados “Velho” e “Novo” Aqui é possível provar todo o portfólio de
mundo do vinho. Da primeira vez, em vinhos, incluindo algumas raridades, como
2015, venceu na categoria de ‘Alojamento’, os Reservas, Vintage, ou outros produtos
tendo este ano recebido a segunda distin- que a quinta coloca no mercado, como
ção como ‘Experiência Vínica Inovadora’ doces ou azeite. Mais recentemente, pas-
Com um design moderno, mas harmonio- sou a fazer parte do complexo enoturís-
samente conjugado com a traça original de tico um WineBar, onde podem ser vividas
uma casa do século XVIII, o The Wine House experiências inesquecíveis com o carim-
Hotel da Quinta da Pacheca mantém vivo o bo da Pacheca. Concebido pelo arquiteto
Quando, em 1877, D. Antónia Adelaide Fer- Superior: Fronteiras da Liberdade’ que con-
reira comprou 300 hectares de terra virgem tou com grandes nomes do vinho, da gas-
à câmara de Vila Nova de Foz Côa, tendo tronomia e do jornalismo português, como
em vista a construção de uma exploração Mateus Nicolau de Almeida, Luís Sottoma-
modelo usando para tal a sua já vasta ex- yor e Mário Zambujal, entre outros.
periência como produtora de vinhos, mui- As habituais provas comentadas foram
to provavelmente, já teria em mente, para três apresentando, no primeiro e no úl-
além da construção da linha de caminho- timo dia, os grandes brancos e tintos do
de-ferro, o desenvolvimento do enorme Douro Superior pelas mãos dos jornalistas
potencial da zona do Douro Superior para e críticos de vinhos, da Revista de Vinhos,
a produção de vinhos de excelência. João Paulo Martins e Fernando Melo, res-
A confirmação da visão da “Ferreirinha” fica petivamente. No segundo dia, o Instituto
bem patente depois da visita à 5ª edição do Vinho do Douro e Porto coordenou a
do “Festival do Vinho do Douro Superior” prova estreante ‘Vinhos do Porto em har-
organizada pelo mesmo município que co- monização com chocolates’. O certame
locou à venda em hasta pública os terrenos dinamizou ainda o 1.º Concurso de Azeites
que então foram adquiridos por ela. Virgem de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Este ano, o evento realizou-se do dia 20 ao O evento também contou com um extenso
dia 22 de maio e teve entrada livre. Depois e completo programa de atividades para a
de transpormos a entrada do Pavilhão de comunicação social. Ao longo dos três dias, O 5º Concurso de Vinhos do Douro
Exposições e Feiras – ExpoCôa – tínhamos os jornalistas foram recebidos nas quintas de Superior contou com cerca de 150
acesso a cerca de 70 produtores de vinho vários produtores. No primeiro dia do evento referências. O júri composto por 37
que mostraram mais de 200 vinhos à prova. foi visitada a Quinta do Vale Meão e a Muxa- jurados, de várias profissões atribuiu,
Os stands de sabores e as “tasquinhas” fo- gat vinhos. No segundo dia, os jornalistas fo- para além dos vencedores, 19 meda-
ram também cartão-de-visita do festival e, ram recebidos na Quinta da Cabreira (Quinta lhas de ouro e 29 de prata. E os gran-
tanto no vinho como na comida, a maior do Crasto), e na Quinta da Terrincha. No últi- des vencedores foram:
parte dos produtos em exposição estavam mo dia houve apenas uma visita à Quinta das Melhor vinho branco - Passagem Douro
à venda no próprio local. Bandeiras (Quinta de La Rosa e Poeira). Reserva 2015;
O evento, como já nos habituou, não se li- Quando saímos do recinto do evento e re- Melhor vinho tinto - Quinta do Grifo
mitou à mostra do vinho e da gastronomia fletimos na qualidade dos vinhos provados Grande Reserva 2011;
destas paragens. O programa começou não podemos deixar de pensar que D. An- Melhor vinho do Porto - Maynard´s
com o colóquio para profissionais do sec- tónia Adelaide Ferreira foi realmente uma Porto Colheita Branco 2007.
tor do vinho, subordinado ao tema ‘Douro visionária.
Em 1991 foi criada a Sociedade Agrícola Boas Quintas, 25 anos depois está conquistado
o reconhecimento nacional e internacional e há uma grande vontade de fazer mais e melhor,
motivos suficientes para a inauguração da nova adega e a apresentação de um vinho especial:
o primeiro Dão Nobre – Fonte do Ouro Branco 2015.
A Sociedade Agrícola Boas Quintas, está do mercado. Este ano, 2016, ficará marca- com designativo de excelência Dão Nobre
sediada em Mortágua, Viseu, e nasceu em do pela comemoração do 25º aniversário alguma vez produzido na história enológi-
1991 pela vontade de Nuno Cancela de da Sociedade Agrícola Boas Quintas. ca portuguesa, e o Fonte do Ouro Grande
Abreu após ter sido premiado no Concur- Numa ótica de crescimento e de diversi- Reserva Tinto 2013 (2.800 garrafas).
so Nacional de Projetos de Jovens Agri- ficação da produção e com um portefólio O Fonte do Ouro Dão Nobre branco 2015
cultores Portugueses, o que permitiu a de vinhos alargado às regiões do Dão, Bu- apresenta uma tonalidade amarelo citrino,
plantação de uma nova vinha na região do celas, Península de Setúbal, Alentejo, Porto clarinho, limpo. Aromas a fruta de polpa
Dão, a construção de uma pequena adega e Douro, o projeto caracteriza-se por ter branca madura, ameixa amarela, ligeiro citri-
na antiga casa de família em Mortágua e o uma vocação eminentemente exporta- no, flores, tosta suave. Na boca é mais tro-
lançamento da primeira colheita da mar- dora, exportando para 25 países 80% da pical, com especiarias, baunilha, madeira de
ca “Fonte do Ouro”. O enólogo é o repre- sua produção (dados de 2015). A filosofia excelente qualidade, frescura viva, bom cor-
sentante da quarta geração de uma família da Boas Quintas assenta na diversidade po e volume, complexo, com grande poten-
com tradição agrícola e vitícola, e tomou a e, por esse motivo, defende que cada um cial, termina persistente. O Fonte do Ouro
decisão de dedicar toda a sua experiência dos seus vinhos transporta uma natureza e Grande Reserva tinto 2013 tem cor rubi e no
e todo o seu conhecimento em viticultura identidade próprias. nariz uma grande frescura, é balsâmico, fru-
e enologia, ao serviço de um projeto pró- A nova adega foi oficialmente inaugura- tado, com notas de frutos pretos, ameixas,
prio que lhe permitisse criar vinhos de alta da no dia 27 de maio, com a presença de cerejas, vai crescendo no copo. Na boca é
qualidade, carácter e personalidade tendo várias individualidades, mas antes disso a envolvente, a madeira a trazer complexidade
por base as vinhas plantadas nas “Quinta imprensa especializada foi convidada a vi- para o conjunto, taninos macios mas firmes,
da Fonte do Outro” e “Quinta da Giesta”. sitar o espaço, participar numa prova verti- frescura promissora, deixa um final seco,
Os resultados foram positivos. Em 2010 a cal demonstrativa da qualidade dos vinhos gastronómico e persistente.
empresa reorganizou-se e alargou a área e potencial de guarda / envelhecimento Esta edição limitada comemora e home-
de atuação a outras regiões. Em apenas e a conhecer dois vinhos especiais, com nageia a nobreza da região do Dão e as
cinco anos estava esgotada a capacidade e edição limitada, para marcar a efeméride: suas castas que permitiram criar dois dos
foi imprescindível investir numa nova ade- Fonte do Ouro Dão Nobre Branco 2015 mais distintos vinhos do primeiro quarto
ga e armazém, respondendo às exigências (1200 garrafas), o primeiro vinho branco de século da empresa.
SEG-SEX - 12H>20H
SÁB - 12H>22H
DOM - 12H>20H
p ool p a r t y
sábados - 15h>22h
l i v e b an d + dj s et
Evento aberto ao público
(15€ consumo mínimo, acesso à piscina)
Quinta do Vales
Vinho, enoturismo e arte... No Algarve!
> texto Maria Helena Duarte > fotografias Ernesto Fonseca
“A Quinta dos Vales é uma soberba propriedade vitivinícola situada no coração do Algarve ocidental. De modestas
raízes, esta propriedade com 44 hectares é agora considerada uma das melhores adegas no Algarve, reconhecida
internacionalmente e com visitantes de várias partes do mundo”. Assim se apresentam, e muito bem!
Já várias vezes tinha passado bem perto da primeiras vinhas foram ali plantadas, delas controlo de qualidade rigorosos, mas tam-
Quinta dos Vales, situada em Estômbar, no resultando a venda de vinhos a granel. Em bém na nossa flexibilidade em aprender e
Algarve, mas nunca com tempo para parar 2006, Karl Heinz Stock, o atual proprietário, criar produtos ainda melhores”.
e visitar, provar vinhos, conversar e usufruir comprou a Quinta e em 2007 deu início a O produtor garante: “Queremos produ-
do espaço. Felizmente pude fazê-lo du- reformas extensas com um grande investi- zir a melhor qualidade possível, ainda que
rante a minha primeira “Volta a Portugal de mento em equipamentos, know-how e in- isso implique menor rentabilidade nos
Copo na Mão”, iniciativa já apresentada nas fraestruturas de habitação. Este projeto de primeiros anos. Vinhos únicos e diversi-
páginas anteriores. modernização em grande escala permitiu ficados são o nosso objetivo, justificando
Estar na Quinta dos Vales é bem melhor a otimização do processo produtivo e a a existência de 30 referências diferentes
do que ver as fotografias já publicadas nas melhoria generalizada das condições em numa pequena produção de apenas 170 a
redes sociais ou outros suportes de comu- toda a propriedade. 180.000 garrafas. A nossa preferência são
nicação. Há toda uma mística envolvente, Em todos os detalhes a opção recai sem- os monocastas, seguindo-se os blends de
que funde o espaço da adega, do hotel, pre sobre a qualidade. Aliás, no que toca duas castas, e assim sucessivamente... To-
das vinhas, do pequeno zoológico e das aos vinhos isso é bem visível pois são já um dos eles produzidos sem quaisquer aditi-
obras de artes “plantadas” em sítios estra- dos produtores líderes no mercado do vi- vos que possam manipular as caraterísticas
tégicos e que estimulam os sentidos. É im- nho Algarvio. “A nossa marca Marquês dos naturais dos vinhos”.
possível ficar indiferente. Mas há também Vales representa o melhor do vinho Algar- Mas depois é preciso associar a qualidade
um pouco de história, já que na proprieda- vio através de uma deliciosa variedades de ao valor a pagar. Alcançar e persuadir os
de há um antigo poço com 30 metros de vinhos tintos, brancos e rosés. A prova do clientes a pagar um preço mais elevado
profundidade e 80 degraus, esculpidos na nosso sucesso está nas inúmeras medalhas por um produto tão distinto revela-se “o
pedra e no solo, que o levam até ao nível e prémios (mais de 100 desde 2008)”. Em verdadeiro desafio, mesmo que o produ-
da água, e que pode ter sido descoberto 2014 nasceu uma nova marca: Dialog, um tor esteja disposto a reduzir a sua renta-
pelos mouros. “requintado vinho que é testamento não bilidade”. Há um longo trabalho a fazer,
Foi no final do séc. XX, em 1980, que as só da nossa forte crença em processos de nomeadamente junto da restauração para
que sejam capazes de sensibilizar os clien- alemão, tinha a opção de entrar no negó- triplicar a plantação de uva branca. O cli-
tes a investir um pouco mais de forma a cio do vinho em qualquer região ou País... ma solarengo, os solos duros que forçam
obterem uma “experiência inesquecível”. A minha opinião pessoal relativamente as videiras a aprofundar as suas raízes, a
Atualmente os vinhos da Quinta dos Vales aos vinhos portugueses é de que, em mé- proteção da Serra de Monchique face
podem ser encontrados em restaurantes dia, são os melhores do mundo. É possí- às nortadas... Tudo isto, em combinação
e cadeias de supermercados espalhados vel encontrar ótimos vinhos em qualquer com a permanente brisa marítima. Nada
por Portugal, mas também em vários paí- lugar, mas em nenhum outro País vi uma mais é necessário!”
ses como o Reino Unido, Alemanha, Suíça, tal diversidade de variedades e pequenas A equipa da Quinta dos Vales é compos-
Brasil, China continental, Malásia, Macau, adegas. Isto torna o consumo de vinho ta por 14 elementos, sendo a viticultura
Hong Kong e Singapura. Os estrangeiros muito mais interessante. Espero que pos- e enologia liderada por Marta Rosa, com
que visitam o Algarve e a Quinta dos Vales samos manter esta individualidade por consultoria de Dorina Lindemann e Paulo
(cerca de 25 mil por ano) são os melhores muito mais tempo, não antevendo uma Laureano. Os vinhos da Quinta dos Vales,
clientes. transição para industrialização. Escolhi Marquês dos Vales e Dialog, resultam prin-
Quisemos saber o que Karl Heinz Stock Portugal e, especificamente, o Algarve, cipalmente das castas brancas Arinto, An-
pensa do futuro, no mundo dos vinhos. uma vez que aqui encontramos as con- tão Vaz, Verdelho e Viognier, e das castas
“Prevejo uma forte cisão e clara distinção dições ideais para produzir vinhos muito tintas Alicante Bouschet (proveniente de
entre produtos industriais de baixo custo interessantes. A nossa propriedade vitivi- uma vinha relativamente nova mas que já
e distintos produtos de qualidade. Pre- nícola foi a primeira a receber uma Meda- dá origem a vinhos bastante complexos),
vejo igualmente uma forte consciência lha de Ouro internacional para um vinho Petit Verdot, Touriga Franca e Touriga Na-
por parte dos consumidores na distinção branco no Algarve. Não fiquei surpreso... cional. De referir que o Marquês dos Va-
entre estes diferentes tipos de produtos. Na verdade, eu já tinha previsto este re- les DUO (Touriga Nacional e Petit Verdot)
O próximo passo lógico é uma distinção sultado mesmo antes de começarmos a 2012, o mais recente blend, foi distinguido
mais vincada do nicho de mercado dos produção. A minha primeira decisão, en- com mais uma Medalha de Ouro no Con-
vinhos especiais”. E complementa: “Como quanto novo proprietário e gestor, foi a de curso de Vinhos de Portugal.
Areias do Seixo
O Hotel Areias do Seixo nasceu do sonho de uma vida do casal Marta e Gonçalo, que em conjunto com o
arquiteto Vasco Vieira e Rosarinho Gabriel, decoradora, desenvolveram um exemplo perfeito de harmonia,
integração ambiental e sustentabilidade, pautado pelo bom gosto e originalidade.
Com um design de interiores de exce- repleta de vegetação autóctone, permite Com criatividade e
lência e sofisticação, no Hotel Areias do uma total envolvência com a Natureza,
paixão, o Chef Tiago
Seixo a opção foi o recurso a materiais onde o silêncio e a calma são uma cons-
primários, como madeira, pedra, ferro e tante.
recupera receitas antigas
vidro, bem como várias peças de decora- Esta unidade é composta por quatro tipos e muitas já esquecidas,
ção étnicas e outras recicladas da cons- de quartos: Gold, Tree, Land, Love. Têm dando-lhes nova vida.
trução do próprio hotel. como elementos comuns um terraço, vista
Linho puro, algodão, cores suaves, aro- de mar, lareira e jacuzzi. Cada um tem um Love, em que uma enorme banheira permi-
mas de óleos essenciais que perfumam os estilo de decoração distinto, com destaque te um romântico banho a dois. Todos eles
espaços, completam a sensação de puro para uns mimos especiais, como por exem- se pautam por um luxo natural. E em todos
aconchego e bem estar. plo os Gold, em que se pode tomar um ba- se pode contemplar o pôr-do-sol sobre as
Localizado em cima de uma falésia, tem nho no jacuzzi sob o céu estrelado. Ou nos dunas e o mar. As lareiras permitem no in-
o mar, as dunas e o pinhal como princi- Tree, em que o chuveiro alto dentro do ja- verno o conforto e prazer sensorial da luz e
pal cenário. Inserido numa propriedade cuzzi dá a sensação de chuva a cair. Ou nos do quente do crepitar da lenha. Os quartos
não dispõem de televisão, para que o verbo esquecidas, dando-lhes nova vida. Os legu- horta com a explicação do conceito de
“Sentir” não sofra qualquer distração. mes, as ervas aromáticas e flores provêm da permacultura ali praticado, convívio dos
Existem também nove Villas, cada uma com horta que existe na propriedade e são um hóspedes à noite em roda de um círculo
três quartos, cozinha, terraço e piscina ex- denominador comum em todas as cria- de fogo, entre as dunas, e claro, uma praia
terior. Estas absolutamente apropriadas ções gastronómicas do Chef. Sem duvida atlântica com quilómetros de areal a per-
para famílias, que podem aqui usufruir de um deleite para qualquer comensal, numa der de vista e quase intocada.
toda a privacidade. A decoração é igual- atmosfera lindíssima, sempre com o mar à A estadia no Hotel Areias do Seixo é um
mente primorosa. espreita. brinde aos cinco sentidos e um privilégio
No restaurante, a filosofia é a “cozinha com No SPA, estão disponíveis tratamentos inesquecível. Há poucos lugares assim
amor”. Pelas mãos do talentoso e criterioso de aromaterapia, fitoterapia e ayurvédi- no mundo. A apenas 45 minutos de Lis-
Chef Tiago Santos, pratica-se uma gastro- ca, que permitem maximizar a sensação boa, podemos vivenciar este recanto de
nomia baseada essencialmente em produ- de relaxamento e pleno bem estar que o sonho, em que a excelência da hospita-
tos da região, e com respeito pela sua sazo- próprio hotel incute. lidade e acolhimento nos fazem querer
nalidade. Com criatividade e paixão, o Chef Existem diversas atividades ao ar livre. que cada momento ali passado dure para
Tiago recupera receitas antigas e muitas já Passeios de bicicleta, visitas guiadas à sempre.
José Sassetti
Campeões
da Europa!
> texto José Sassetti > fotografia Shutterstock
Augusto Lopes
A Região
Demarcada
do Dão
> texto Augusto Lopes > Fotografia Shutterstock
A vinha é cultivada na região A área geográfica da região do Dão abran- afluentes contribui para o balanço das tem-
do Dão desde tempos muito ge os distritos de Coimbra, Guarda e Viseu, peraturas médias anuais.
remotos e é a partir de 1390 e sendo que a denominação se subdivide em Temperatura média anual entre 14°C - 16°C.
sete: Alva, Besteiros, Castendo, Serra da Es- Temperatura média no Verão: 18°C - 20°C.
1545 que os vinhos desta região
trela, Silgueiros, Terras de Azurara e Terras Amplitude térmica diária máxima no Verão
receberam proteção nos reinados de Senhorim. Neste terroir a vinha é culti- de 20°C.
de D. João I e de D. João III. Os vada em solos de predominância granítica A precipitação média anual varia entre 1100
vinhos produzidos na região porfiroide com grandes cristais de feldspa- mm nas zonas mais a nordeste e 1600 mm
do Dão desfrutam de renome já to rosados que constituem o substrato do nas zonas mais a oeste e concentra-se no
secular, tendo a sua tipicidade solo onde estão implantadas 97% das cepas. Outono e Inverno. É frequente a queda de
sido legalmente reconhecida pela A sua facilidade de drenagem e baixa ferti- granizo nos meses de Maio e Junho. Inso-
Carta de Lei de 18 de Setembro de lidade são adequados para a produção de lação média anual de 2650 horas. Ventos
1908, que delimitou a sua área de vinhos de qualidade. dominantes de este e sudeste.
produção, e, posteriormente, pelo O clima da Região Demarcada do Dão é A exemplo do que acontece em muitas re-
Decreto de 25 de Maio de 1910, que nitidamente marcado pelos acidentes geo- giões da Península Ibérica e Itália, também o
gráficos da Estrela, Buçaco, Caramulo entre Dão tem inúmeras castas ao contrário do que
regulamentou a sua produção e
outros, que a circundam e que a protegem acontece na maioria dos países vinícolas do
comercialização. da influência atlântica. Genericamente, po- mundo. A justificação prende-se com a enor-
de-se afirmar que o clima desta região é me instabilidade climatérica da região que é
temperado, sendo a influência mediterrâ- dotada de uma diversidade de castas adaptá-
nica superior à atlântica, A região reúne as veis às mais variadas condições climatéricas.
condições para ocorrência de geadas no Já em 1532 Ruy Fernandes o tinha compreen-
fim do Inverno e princípio da Primavera, que dido resumindo a poucas palavras as razões
se dão quando o ar frio desce das monta- dos viticultores: “As uvas de muitas castas, que
nhas envolventes e se acumula no planalto se não vingam umas, vingam outras”.
mais abaixo. As vinhas com pouca drena- As castas nobres brancas desta sedutora re-
gem deste ar frio são bastante atacadas pela gião são as Encruzado, Bical, Cerceal, Mal-
geada. As chuvas no momento da floração vasia Fina e Verdelho, sendo que nas tintas
são o terror dos viticultores. A rede hidro- temos a Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta
gráfica constituída pelo Rio Mondego e seus Roriz, Jaen e Rufete.
No passado dia 30 de julho, cerca de 500 pessoas participaram na primeira ‘Festa Branca’ tendo o vinho como
elo de união entre os convivas: vinho branco, claro! Setúbal foi a cidade escolhida e o Hotel do Sado o anfitrião.
Setúbal foi a cidade eleita para receber a vistas sobre a cidade de Setúbal, Tróia, o Moscatel de Setúbal. Da região anfitriã, a
primeira ‘Festa Branca’ dedicada aos vi- rio Sado, toda a zona ribeirinha, Serra da Península de Setúbal, marcaram presen-
nhos e espumantes: White Wine Party rea- Arrábida... A revista Paixão pelo Vinho re- ça a Casa Ermelinda Freitas, a Adega Ca-
lizou-se no passado dia 30 de julho, no uniu produtores de vinhos e espumantes molas e a Adega Fernão Pó; do Alentejo
Hotel do sado Business & Nature. brancos, de várias regiões de Portugal e estiveram a Herdade das Servas, a Vinha
Num cenário absolutamente divinal, com tendo como convidados os vinhos rosé e das Virtudes, RG-Rovisco Garcia e a Her-
No passado dia 30 de junho, realizou-se vinhos e muitas propostas portuguesas e cias sensoriais inesquecíveis. João Cham-
nos jardins do Lisbon Marriott Hotel a fes- estrangeiras, entre vinhos já reconhecidos bel, distinguido como ‘Sommelier do Ano
ta vínica Hello Summer Wine Party, orga- e premiados e novas colheitas. No decor- 2015’ e a trabalhar na Garrafeira Estado
nizada pela revista Paixão pelo Vinho. O rer do evento realizaram-se três ‘Provas D’Alma, em Lisboa, apresentou a primeira
evento reuniu mais de 30 produtores de Especiais’, que se refletiram em experiên- ‘Prova Especial’ – “O mundo dos vinhos
TIPSY
É a mais recente peça produzida na Corticeira Amorim para a MATERIA, uma
coleção de objetos inéditos de cortiça que se integram de modo fluído e
funcional nas vivências do dia a dia. Desenvolvido pelo designer japonês Keiji
Takeuchi, o novo suporte para uma garrafa de vinho reforça a ligação da
coleção com o mundo do vinho. TIPSY é uma peça de estética minimalista,
que remete para um equilíbrio entre a arte e a funcionalidade e que tira partido
das características da cortiça, em particular das suas propriedades tácteis.
VINHA DO AVÔ
QUINTA
DE LOUROSA
A Quinta de Lourosa
é, desde sempre, um
projeto familiar de
ciência, experimentação
e
paixões. E assim nasceu
mais um vinho especial,
elaborado das colheitas
de 2013, 2014 e 2015
dum lote selecionado de
uvas da “vinha do avô” (o
Rogério e o Albino), da
casta Arinto (plantada há
32 anos), fermentado e
estagiado em barricas de
101 GRANDES VINHOS
carvalho francês usado. POR MENOS DE 10 €
Revela aroma de maçã A Esfera dos Livros | João Afonso
madura e tostados, na Ajudar os portugueses a comprar bem e barato
boca sente-se frescura e é o principal objectivo deste livro do crítico João
uma grande longevidade. Afonso. É mais uma boa ferramenta para descobrir o
Só existe em garrafas apaixonante mundo do vinho português.
magnum.
Hélio Loureiro
Saudade!
> texto Hélio Loureiro > fotografias D. R.