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BÁSICOS SOBRE
REDES DE
COMPUTADORES.
PARTE 2
ÍNDICE ANALÍTICO
INSTALAÇÃO DA INTERFACE DE REDE ___________________________________ 4
CONFIGURAÇÃO DA ESTAÇÃO LOCAL____________________________________ 8
INSTALANDO UMA ESTAÇÃO TIPO CLIENTE-SERVIDOR__________________________ 9
Endereço IP____________________________________________________________ 9
Configuração Wins _____________________________________________________ 10
Gateway______________________________________________________________ 10
DNS _________________________________________________________________ 11
SEGURANÇA PARA REDE MICROSOFT _____________________________________ 12
COMPARTILHAMENTO _________________________________________________ 13
Acessando Diretórios Compartilhados ______________________________________ 14
Compartilhando Impressoras _____________________________________________ 15
Acessando impressoras compartilhadas ___________________________________ 16
ACESSANDO OUTRAS REDES ____________________________________________ 16
CABO COAXIAL _________________________________________________________ 17
CABO COAXIAL FINO (10BASE2) _________________________________________ 17
CABO COAXIAL GROSSO (10BASE5) ______________________________________ 18
PREPARAÇÃO DO CABO COAXIAL _________________________________________ 19
CABO PAR-TRANÇADO __________________________________________________ 22
INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA ______________________________________ 23
CATEGORIAS ________________________________________________________ 23
PINAGEM ___________________________________________________________ 24
CONFECÇÃO DO CABO _________________________________________________ 26
INSTALAÇÃO DO CABO _________________________________________________ 27
FIBRA ÓTICA ___________________________________________________________ 28
EMENDA MECÂNICA ___________________________________________________ 31
EMENDA POR FUSÃO __________________________________________________ 31
CONECTORES ________________________________________________________ 32
FONTES ÓPTICAS _____________________________________________________ 32
LEDS X LASERS ____________________________________________________ 33
RESUMO DA COMPARAÇÃO DE CABOS __________________________________ 34
AMBIENTE SEM FIO _____________________________________________________ 34
CAPACIDADE DA REDE SEM FIO __________________________________________ 35
UTILIZAÇÕES DA REDE SEM FIO __________________________________________ 35
TIPOS DE REDES SEM FIO _______________________________________________ 35
Redes locais___________________________________________________________ 36
Pontos de acesso _____________________________________________________ 36
Técnicas de transmissão _______________________________________________ 36
Transmissão ponto-a-ponto _____________________________________________ 38
Redes locais estendidas__________________________________________________ 38
Conectividade multiponto sem fio _______________________________________ 38
Ponte sem fio de longo alcance __________________________________________ 38
Computação móvel _____________________________________________________ 39
No caso de se optar por utilizar placas PCI, tome cuidado com o tipo de cabo e
outros periféricos que serão utilizados (como hubs), já que nem todos trabalham
com taxas acima de 10 Mbps. Por exemplo, há hubs que trabalham somente a 10
Mbps. Mesmo que a rede seja composta somente por micros com placas de rede
PCI, a taxa ficará limitada pela taxa do hub de 10 Mbps. Da mesma forma, há cabos
do tipo para trançado (por exemplo, categoria 3 ou categoria 4) que não são
indicados a trabalhar a 100 Mbps.
Além disso, devemos adquirir placas de rede de acordo com o tipo de cabo a ser
utilizado. Na Figura 1-A pode-se observar uma placa de rede ISA contendo 3
conectores. Nem todas as placas possuem todos esses conectores.
Uma vez instalada a placa, o seu reconhecimento pelo sistema pode ser feito de
forma manual ou automática, ou seja: manual para as placas de padrão ISA e
automático para as de padrão PCI.
Caso o fabricante e/ou o adaptador não esteja na lista, é possível instalá-lo (apenas
para os de padrão ISA) como sendo do tipo genérico ou compatível com NE2000.
Outra opção é ter em mãos o driver do adaptador e em seguida clicar no botão:
com disco...
Endereço IP
A partir da janela de Rede (figura 5), deve-se selecionar o protocolo TCP/IP e
solicitar suas propriedades. Uma nova janela se abrirá solicitando informações sobre
o funcionamento da estação com este protocolo na rede. O administrador (quando
houver) já deverá ter decidido como irá operar a rede: se com fornecimento
automático de número IP (DHCP) ou se manual. Ver figura 10. Caso tenha optado
por fornecimento automático, não é necessário configurar nada nesta aba -
Endereço IP. Porém, se for trabalhar com endereço fixo, um novo número IP deve
ser fornecido a esta estação. Para isto, basta selecionar o botão de seleção
“Especificar um endereço IP” e, preencher os campos Endereço IP e máscara de
sub-rede. Veja figura 9.
Configuração Wins
A configuração WINS só tem sentido em redes do tipo Cliente-Servidor, pois ativar
resolução wins ou mesmo utilizar DHCP requer um servidor específico na rede. O
que um servidor wins faz é permitir que se utilize programas que necessitem do
protocolo NetBIOS.
Gateway
A próxima aba trata a respeito de Gateways. Um gateway é uma conexão ou um
ponto de intercâmbio que conecta duas redes que, de outra forma, seriam
incompatíveis. Por exemplo, uma rede local (LAN) talvez precise de um gaeway para
conecta-lo a uma rede de longa distância (WAN). Assim, para, por exemplo, se
conectar a internet, onde existe uma máquina que provê a conexão através de um
modem e a estação está conectada a este provedor em uma rede local, é
necessário informar o seu endereço a fim de que sua estação “saiba o caminho de
saída/entrada” externamente da rede. Então, basta informar os IP’s dos getways que
estejam entre a estação e a internet. A figura 11 fornece as indicações necessárias.
DNS
A aba seguinte trata a respeito dos servidores de DNS – Domain name System. Os
servidores de DNS mantêm indicações de nomes já atribuídos e de outros
servidores que possam ter estas indicações.
Aqui, deve-se informar o nome da estação; como será identificada, e o domínio onde
se situa a mesma. Também, mais abaixo, é possível informar ao sistema o(s)
servidor(es) de nomes de domínios. Desta forma, basta ir colocando os IP’s dos
servidores de DNS na lista. Além disso, caso queira que sua estação seja identifica
na internet, pode-se informar os sufixos que, compondo com o nome da estação
(host), fornecerá o nome completo para ajudar a identificação da referida estação na
internet. Por exemplo, supondo que o nome da estação seja vênus e o sufixo de
domínio seja solar.com.br, a estação tem o nome completo: vênus.solar.com.br. A
figura 12 compõem este exemplo.
Mais uma coisa é necessária fazer para configurar a estação em uma rede do tipo
cliente-Servidor: inserir uma segurança a respeito da autenticação dos usuários na
rede através de um servidor de autenticação.
Outras duas opções que podem ser selecionadas é de como se “logar” na rede.
Pode-se “logar” de forma rápida – aqui as conexões anteriormente mapeadas não
serão verificadas, ou de forma a restaurar as conexões da rede. A figura 13 mostra
estas configurações.
Após tudo isto é necessário reiniciar a máquina para que as configurações tenham
efeito.
Compartilhamento
Os computadores que passam a ser mostrados na janela podem ter algum tipo de
recurso compartilhado. Estes compartilhamentos são efetuados clicando-se com o
botão direito do mouse sobre eles e selecionando propriedades. Em propriedades
existe a opção de Compartilhamento.... Esta opção deve ser selecionada. Deste
modo, será exibida a janela conforme abaixo.
Figura 15 – windows-Compartilhamento.
Daí por diante você poderá acessar o diretório compartilhado diretamente de dentro
de seu programas.
Compartilhando Impressoras
O processo de compartilhamento de impressoras é extremamente similar ao
processo de compartilhamento de arquivos. Basta você clicar com o botão direito
sobre a impressora (ícone Impressoras) e escolher a opção "compartilhamento".
Após instalar os drivers da impressora, você poderá acessá-la como se ela estivesse
instalada em seu micro.
A comunicação entre micros via rede é definida basicamente pelo protocolo. Desta
forma, você pode interligar máquinas com sistemas operacionais diferentes, desde
que o protocolo usado seja o mesmo.
Por exemplo, você poderá conectar máquinas com Windows 3.11 na rede Windows
9x sem o menor problema. Basta que elas estejam configuradas a operar com o
mesmo protocolo.
CABO COAXIAL
No passado esse era o tipo de cabo mais utilizado. Atualmente, por causa de suas
desvantagens, está cada vez mais caindo em desuso, sendo, portanto, só
recomendado para redes pequenas.
A topologia mais utilizada com esse cabo é a topologia linear (também chamada
topologia em barramento) que faz com que a rede inteira saia do ar caso haja o
rompimento ou mau contato de algum trecho do cabeamento da rede. Como a rede
inteira cai, fica difícil determinar o ponto exato onde está o problema, muito embora
existam no mercado instrumentos digitais próprios para a detecção desse tipo de
problema.
Vantagens: Desvantagens:
Existem dois tipos básicos de cabo coaxial: fino e grosso. Isto em termos do padrão
mais utilizado o padrão de redes Ethernet. Entretanto, existem outros padrões pouco
usados que utilizam cabos com outras impedâncias. Como exemplo, o padrão
Arcnet, onde o cabo deve ter impedância de 93 ohms.
Esse é o tipo de cabo coaxial mais utilizado. É chamado "fino" porque sua bitola é
menor que o cabo coaxial grosso, que veremos a seguir. É também chamado "Thin
Ethernet" ou 10Base2. Nesta nomenclatura, "10" significa taxa de transferência de
10 Mbps e "2" a extensão máxima de cada segmento da rede, neste caso 200 m (na
verdade o tamanho real é menor).
Nota: "Nó" (do inglês "Node") significa "ponto da rede". Em geral é uma placa de
rede (um micro), mas existem periféricos que também contam como um ponto da
rede. No caso do cabo coaxial, podemos citar repetidores e impressoras de rede
(existem impressoras que tem um conector BNC para serem ligadas diretamente ao
cabo coaxial da rede).
Esse tipo de cabo coaxial é pouco utilizado. É também chamado "Thick Ethernet" ou
10Base5. Analogamente ao 10Base2, 10Base5 significa 10 Mbps de taxa de
transferência e que cada segmento da rede pode ter até 500 metros de
comprimento. É conectado à placa de rede através de um transceiver.
•
Preparação do cabo coaxial
Embora o cabo coaxial possa ser soldado ao seu respectivo conector BNC, esse
método não é o mais apropriado. Os conectores BNC a serem utilizados com o cabo
coaxial funcionam na base da pressão ("crimp"), economizando um tempo enorme
na confecção de cada cabo. Para preparar um cabo coaxial, você necessitará de
duas ferramentas:
O alicate de “crimpar” pode possuir dois ou três orifícios para “crimpagem”: um para
“crimpar” o ponto central e um ou mais para “crimpar” o macarrão a malha do cabo com o
conector BNC.
Uma vez descascado o cabo, pega-se o conector BNC (figura 21) e conecta-se o pino de cobre
a ponta do cabo, conforme mostrado na figura 26, “crimpando-o” em seguida. Logo após, o
cabo deve ser introduzido no conector BNC. Isto feito, “crimpa-se” o conector utilizando o
mesmo alicate.
Uma vez elaborados os cabos que irão interligar os computadores, deve-se lembrar de ter em
mãos o conector “T”. Este conector efetuará a conexão entre o cabo (BNC) e a placa (NIC).
As figuras 30 e 31 mostram um desses conectores em “T” e a respectiva conexão..
Figura 30 – Conector T (Foto: W. Seiji – 2004) Figura 31 – Conexão entre conector BNC e conector T.
Assim, o conector T poderá conectar à placa de rede (NIC) e efetivar a conexão entre os
computadores da rede, conforme demonstrado na figura 32.
Figura 32 –Conexão final entre cabeamento coaxial e NIC. (Foto: W. Seiji – 2004)
Ao final e para que a rede funcione, deve-se “fechar” o circuito da rede linear colocando um
conector denominado de “terminador” em cada ponta. Este conector é mostrado na figura 33.
Terminador
Outro tipo de conector que se pode utilizar é o conector de emenda. Este tipo de conector
permite ampliar o comprimento de um cabo coaxial, conectando a ele esta emenda.
entretanto, é recomendado evitar tal procedimento sob pena de se aumentar às possibilidades
de maus-contatos. Vide figura 34.
CABO PAR-TRANÇADO
Esse é o tipo de cabo mais utilizado atualmente. Existem basicamente dois tipos de cabo par-
trançado: sem blindagem (UTP, Unshielded Twisted Pair) e com blindagem (STP, Shielded
Twisted Pair). A diferença é a existência de uma malha (blindagem) no cabo com blindagem,
que ajuda a diminuir a interferência eletromagnética e, com isso, aumentar a taxa de
transferência obtida na prática.
Figura 35 - Par Trançado sem blindagem (UTP). Figura 36 – Par Trançado com blindagem (STP)
O par trançado, ao contrário do cabo coaxial, só permite a conexão de 2 pontos da rede. Por
este motivo é obrigatório a utilização de um dispositivo concentrador (hub ou switch), o que
dá uma maior flexibilidade e segurança à rede. A única exceção é na conexão direta de dois
micros usando uma configuração chamada cross-over, utilizada para montar uma rede com
apenas esses dois micros.
Vantagens:
• Fácil instalação
• Barato
• Instalação flexível
Desvantagens:
Interferência eletromagnética
Você deve ter sempre em mente a existência da interferência eletromagnética em cabos UTP,
principalmente se o cabo tiver de passar por fortes campos eletromagnéticos, especialmente
motores e quadros de luz.
Categorias
Ao comprar um cabo par trançado, é importantíssimo notar qual a sua categoria. As categorias
1 e 2 são para cabos utilizados especificamente na transmissão de voz. Embora as categorias 3
e 4 trabalhem bem para redes de 10 Mbps, o ideal é trabalhar somente com cabos de categoria
5, que conseguem atingir até 1000 Mbps. Com isso se está preparando o cabeamento para
comportar uma rede de 1000 Mbps: mesmo que atualmente a rede trabalhe a apenas 10 Mbps,
ela já estará preparada para um futuro aumento da taxa de transferência.
Pinagem
Ao contrário do cabo coaxial que possui somente dois fios - um interno e uma malha metálica
ao redor, que elimina a interferência eletromagnética -, o par trançado é composto de oito fios
(4 pares), cada um com uma cor diferente.
Cada trecho de cabo par trançado utiliza em suas pontas um conector do tipo RJ-45, que
justamente possui 8 pinos, um para cada fio do cabo.
Teoricamente os cabos podem ser feitos de qualquer maneira, desde que o pino 1 de uma
extremidade seja conectado ao pino 1 da outra extremidade e assim sucessivamente para
todos os 8 pinos dos conectores, ou seja, se você conectar o fio marrom ao pino 1 de uma
extremidade, deverá conectar o pino 1 ao fio marrom da outra extremidade do cabo.
O problema desse procedimento é que você criará um padrão de cabos só seu e que só
funcionará naquela determinada rede. No futuro, se um técnico precisar fazer a manutenção
em um cabo, ele ficará simplesmente perdido.
A modificação aleatória da ordem dos fios pode causar a "Paradiafonia", que é o vazamento
de energia elétrica entre pares de fios do mesmo cabo, podendo causar problemas na rede.
Observa-se que, como o próprio nome diz ao cabo, os fios formam pares trançados onde estas
tranças protegem os sinais da interferência externa. Esta proteção só existe quando estes pares
fazem parte do mesmo circuito.
Para evitar esses tipos de problemas, existem dois padrões internacionais amplamente
utilizados: T568A e T568B. Vide figuras 38 e 39, respectivamente.
Desta forma, basta optar por um dos dois padrões e fazer os cabos de acordo com a ordem dos
fios impostas por eles. Assim não haverá dúvidas na hora de montar os cabos e na sua
manutenção. Nas figuras 38 e 39 você observa a ordem dos fios desses dois padrões.
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Os pares são formados por um fio que é azul, laranja, verde ou marrom, e um segundo fio que
é branco. Em alguns cabos, os fios de cor branca possuem listras finas de acordo com a cor do
par que pertencem (azul, laranja, verde ou marrom). Na maioria das vezes, o fio será
totalmente branco. Para saber a qual par pertencem, basta ver com que fio colorido o fio
branco está "enroscado". Por exemplo, o fio branco do par marrom estará trançado com o fio
marrom e assim por diante.
Preparação do cabo
Para preparar o cabo em si você precisará, além de conectores RJ-45, um alicate para "crimp".
Da mesma forma que os conectores BNC usados no cabo coaxial, os fios do cabo par
trançado são presos ao conector RJ-45 por pressão. Basta alinhar os fios do pino 1 ao pino 8
do conector de acordo com o padrão a ser utilizado (T568A ou T568B) e pressionar o
conector com o alicate. Não é necessário descascar os fios, pois o próprio conector RJ-45
possui seus pinos em forma de lâmina, descascando automaticamente os fios durante a
montagem do cabo.
Confecção do Cabo
O cabo par trançado é confeccionado utilizando, inicialmente, a ferramenta de decapagem,
como mostrado na figura 41 e o alicate de “crimpagem” - figura 40.
Figura 41 – Ferramenta de decapagem para cabo par trançado. (Foto: W. Seiji – 2004)
Uma vez decapado, os pares podem ser separados coma ajuda de uma pequena chave de fenda
ou Philips.
Assim que os pares estiverem separados, deve-se coloca-los juntos na seqüência desejada para
“crimpagem” ao conetor RJ45. Esta ordem pode assumir qualquer um dos dois padrões:
568BA ou 568B. Com um alicate de corte, deve-se fazer um corte perpendicular aos fios,
deixando uma distância de 1,5 cm da capa.
Em seguida, o cabo está pronto para ser introduzido no conector RJ45 e finalmente ser
“crimpado”. A colocação dos cabos no conector deve ser feita com bastante atenção pois é
muito comum que nessa introdução, alguns podem sair da posição original. As figuras 45 e 46
mostram a seqüência descrita.
Figura 45 – Introdução dos fios no conector RJ45. Figura 46 – Crimpando o conector RJ45
Instalação do cabo
O projeto de como e por onde os cabos irão ser fisicamente instalados no ambiente onde a
rede está sendo implementada é muito importante. A melhor maneira de se instalar cabos é
criando pontos de rede fixos, através de caixas conectoras. Os micros serão conectados a essas
caixas através de um cabo de menor comprimento, enquanto as caixas são ligadas a outras
caixas conectoras perto do concentrador (hub ou switch). Este procedimento além de facilitar
a instalação das estações da rede, facilita a manutenção. Como na maioria das vezes
problemas de cabo partido ocorrem na porção perto da estação de trabalho, bastará substituir
apenas um pequeno trecho do cabo. Na figura 47 pode-se observar vários modelos de caixas
conectoras. Existem tanto caixas internas a serem instaladas embutidas na parede quanto
modelos externos. É bom lembrar de adquirir caixas aprovadas para trabalhar com categoria
5.
Para fixar os fios na caixa conectora, você precisará de uma ferramenta de inserção. Essa
ferramenta é também denominada Push-Down (ferramenta de inserção).
FIBRA ÓTICA
A grande vantagem da fibra ótica não é nem o fato de ser uma mídia rápida, mas sim o fato de
ela ser totalmente imune a interferências eletromagnéticas. Na instalação de redes em
ambientes com muita interferência (como em uma indústria, por exemplo), a melhor solução é
a utilização da fibra ótica.
A fibra ótica, sob o aspecto construtivo, é similar ao cabo coaxial sendo que o núcleo e a
casca são feitos de sílica dopada (uma espécie de vidro) ou até mesmo plástico, da espessura
Vantagens: Desvantagens:
Antes de executar-se uma emenda é necessário preparar as extremidades das fibras ópticas.
Assim, o processo consiste basicamente de três etapas: Limpeza, decapagem e clivagem.
Limpeza - Após o revestimento de o cabo ser retirado, restando somente as fibras ópticas, os
resíduos provenientes do interior do cabo óptico como a geléia de petróleo, deverão ser
removidos, utilizando-se gaze ou lenços de papel embebidos em álcool isopropílico ou anidro
(baixa concentração de água).
Clivagem - A etapa seguinte consiste na clivagem da fibra óptica, ou seja, o corte da fibra
sob um ângulo próximo de 90 , a fibras deve ser cortada de tal forma que o ângulo da aresta
resultante do corte seja próximo de 90 . A necessidade do ângulo ser este consiste no fato de
que com isto as extremidades das fibras ópticas estarão paralelas o máximo possível no
momento da emenda, propiciando assim, uma emenda de boa qualidade, ou seja, com baixos
níveis de atenuação.
Para não alterar a dispersão, é necessário que as fibras ópticas a serem emendadas estejam
alinhadas com suas superfícies o mais perpendicular possível, e apresentem diâmetros e perfis
de índice de refração o mais próximos possível.
Após estas etapas as fibras ópticas estão prontas para serem emendadas. Existem dois tipos
básicos de emendas que podem ser efetuadas: emenda por fusão e emenda mecânica.
As emendas de fibras ópticas, sejam elas mecânicas ou por fusão, não podem exceder o valor
máximo de atenuação de 0.3 dB, quando medido de acordo com as normas EIA/TIA -455-59
(em campo) ou EIA/TIA 455-34, Método A (em fábrica). Recomenda-se que sejam utilizadas,
preferencialmente, as emendas por fusão, as quais, proporcionam os menores valores de
atenuação.
Emenda mecânica
Através do monitoramento de equipamentos de medição (power meter, OTDR) as fibras são
aproximadas, ajustadas e, quando é obtido o ponto de menor atenuação, as fibras são
"travadas" de modo que as mesmas fiquem estáticas, são dispositivos dotados de travas para
que a fibra não se mova no interior da emenda. Este processo de emenda é bastante utilizado
em situações de emergência em caráter provisório, pois a atenuação é bastante grande quando
comparada às emendas realizadas através de máquinas de fusão e tem a tendência à aumentar
com o passar do tempo.
As faces das fibras são submetidas à um arco voltáico que eleva a temperatura o que provoca
o derretimento das fibras e a sua soldagem. Após a fusão a fibra é revestida por resinas que
tem a função de oferecer resistência mecânica à emenda, protegendo-a contra quebras e
fraturas. Este processo também exige muito cuidado ao ser implementado, pois qualquer
irregularidade poderá afetar a qualidade da emenda, aumentando o nível de atenuação. Antes
de ser fundida a fibra recebe uma proteção (Smoov, protetor de emenda, tubete), que revestirá
o local emendado.
Se a emenda estiver com alinhamento bom, o smoov é colocado no local onde foi emendado e
introduzido num receptáculo onde é aquecida numa temperatura altíssima que resume numa
contração. Após este aquecimento a própria máquina resfriará a proteção. Após a proteção, a
fibra emendada é acomodada em recipientes chamados: caixa de emendas. As caixas de
emendas podem ser de vários tipos de acordo com a aplicação e o número de fibras. Umas são
pressurizáveis ou impermeáveis, outras resistentes ao sol, para instalação aérea.
A principal característica deste processo é a "fusão" das extremidades das fibras ópticas, de
modo à torná-las contínuas. É o processo mais utilizado pois apresenta os menores níveis de
atenuação. A figura 46 mostra a máquina que efetua a emenda por fusão automática.
Vantagens:
Maior durabilidade;
Atenuações por emendas, na ordem de 0,1 a 0,3 dB;
Mais econômica.
Conectores
Quanto aos conectores ópticos, a norma recomenda o uso de conectores do tipo SC, sendo que
a atenuação por inserção deve ser inferior à 0,75 dB por conecção e a perda por retorno deve
ser acima de 20 dB para fibras multimodo e 26 dB para fibras monomodo.
Fontes Ópticas
Encontramos dois tipos de fontes ópticas que podem ser utilizadas: LED e LASER. Cada um
destes dois tipos de fontes oferece certas vantagens e desvantagens, e diferenciam-se entre si
sob diversos aspectos.
Figura 48 – LEDs.
LEDs X LASERs
Potência luminosa: os lasers oferecem maior potência óptica se comparados com os leds:
LED da ordem de -7 a -14dBm e LASER da ordem de 1dBm.
Largura espectral: os lasers tem largura espectral menor que os leds, o que proporciona
menor dispersão material.
Tipos e velocidades de modulação: os lasers têm velocidade maior que os leds, mas
necessitam de circuitos complexos para manter uma boa linearidade.
A tabela abaixo fornece algumas caraterísticas comparativas aos dois tipos de emissões: LED
e LASER.
As figuras abaixo fornecem uma idéia gráfica da luz emitida por estes dois tipos de emissões
e também uma idéia do processo de fabricação das fibras óticas.
Figura 50 – Largura espectral e características de irradiação das emissões por LED e LESAR.
Mecanismo
de precisão
Preforma
Pirômetro
Fibra nua
Forno
Material de
Medida de
diâmetro Controle de revestimento
Controle de
temperatura
Revestimento temperatura
Revestimento
dadaFibra
Fibra
Recipiente
vazio
Controle de
Controle
diâmetrode
diâmetro Ponta
Secagem do flexível
Ponta
Revestimento
flexível
Carretel de
Fibra
puxamento
revestida
* O comprimento conveniente de cabo pode variar com as instalações de rede específicas. Conforme a tecnologia é aperfeiçoada, o
comprimento conveniente de cabo também aumenta.
** As taxas de transmissão para tipos de cabos específicos estão tornando-se indistintas. Novamente, os aperfeiçoamentos
tecnológicos estão produzindo fio de cobre que pode transportar um sinal mais rápido do que jamais se considerou possível.
A expressão ambiente sem fio é enganadora, porque implica uma rede completamente livre de
cabeamento. Na maioria dos casos, isso não é verdadeiro. A maioria das redes sem fio,
realmente são constituídas por componentes sem fio que se comunicam com uma rede que
utiliza cabos, em uma rede de componentes mistos chamada rede híbrida.
• Redes locais
• Redes locais estendidas
• Computação móvel
A principal diferença entre as categorias consiste nos recursos de transmissão. As LANs sem
fio e as estendidas utilizam transmissores e receptores de propriedade da empresa em que as
redes operam. A computação móvel utiliza portadoras públicas, como AT&T, MCI, Sprint e
as companhias telefônicas locais e seus serviços públicos, para transmitir e receber sinais.
Redes locais
Uma típica rede sem fio tem a aparência e funcionamento quase iguais aos de uma rede a
cabo, exceto pela mídia. Uma placa adaptadora de rede sem fio com um transceptor é
instalada em cada computador e os usuários comunicam-se com a rede como se estivessem
em computadores conectados por cabos.
Pontos de acesso
Essas LANs sem fio utilizam pequenos transceptores de parede para conectarem-se à rede
com fiação. Os transceptores estabelecem contato por rádio com dispositivos portáteis em
rede. Essas não são verdadeiramente LANs sem fio, pois utilizam transceptores de parede
para conectarem-se a uma LAN padrão a cabo.
Técnicas de transmissão
1. Infravermelho
2. Laser
3. Rádio de banda estreita (de freqüência única)
4. Rádio de propagação de espectros
Infravermelho
Todas as redes sem fio que utilizam a tecnologia de infravermelho utilizam um feixe de luz
infravermelha para transportar os dados entre os dispositivos. Esses sistemas precisam gerar
sinais muito fortes, já que sinais de transmissão fracos são suscetíveis à luz de fontes como
janelas.
Este método pode transmitir sinais a altas taxas, devido à alta largura de banda da luz
infravermelha. Uma rede que utiliza a tecnologia de infravermelho geralmente pode difundir a
10 Mbps.
Esta tecnologia difunde as transmissões de modo que reflitam nas paredes e tetos e
finalmente atinjam o receptor. Possui uma área efetiva limitada a cerca de 30 metros e um
sinal lento devido a todas as reflexões do sinal.
• Redes refletivas
Nesta versão de redes de infravermelho, os transceptores ópticos próximos aos
computadores transmitem para um local comum que redireciona as transmissões para o
computador apropriado.
• Teleponto óptico de banda larga
Esta versão de LAN sem fio de infravermelho proporciona serviços de banda larga. Esta
rede sem fio é capaz de manipular requisitos de multimídia de alta qualidade, comparáveis
àqueles proporcionados por uma rede a cabo.
Laser
O rádio de propagação de espectros difunde os sinais dentro de uma faixa de freqüências. Isso
o ajuda a evitar problemas de comunicação de banda estreita.
Para impedir que usuários não-autorizados ouçam a difusão, o transmissor e receptor utilizam
um código.
A velocidade típica de 250 Kbps (kilobits por segundo) torna este método muito mais lento do
que os outros. Contudo, algumas implementações de rádio de propagação de espectros podem
oferecer velocidades de transmissão de 2 Mbps, ao longo de distâncias de cerca de três
quilômetros ao ar livre e 120 metros em ambientes cobertos.
Transmissão ponto-a-ponto
Este tipo de sistema transferirá dados entre computadores e entre computadores e outros
dispositivos, tais como impressoras ou leitoras de código de barras.
Um componente chamado ponte sem fio proporciona um meio fácil de ligar prédios sem a
utilização de cabos. Assim como uma passarela proporciona um caminho entre dois pontos
para pedestres, uma ponte sem fio proporciona um caminho de dados entre dois prédios. O
AIRLAN/Bridge Plus, por exemplo, utiliza a tecnologia de rádio de propagação de espectros
para criar um backbone sem fio, a fim de ligar locais ao longo de distâncias que ultrapassam o
alcance das LANs. Dependendo das condições, as distâncias podem chegar a cinco
quilômetros.
O custo deste componente pode ser justificado porque ele elimina a despesa com linhas
alugadas.
Se a ponte sem fio não atingir uma distância suficientemente grande, a empresa
provavelmente considerará uma ponte sem fio de longo alcance. Esta também utiliza a
Analogamente à ponte sem fio original, o custo da ponte de longo alcance pode ser justificado
porque elimina a necessidade de conexões por microondas ou linha T1. T1 é o serviço de
linha digital padrão e proporciona taxas de transmissão de 1,544 Mbps. Pode transportar voz e
dados.
Computação móvel
Redes móveis, sem fio, envolvem portadoras telefônicas e serviços públicos para transmitir e
receber sinais utilizando:
• Radiocomunicação em pacotes
• Redes celulares
• Estações de satélites
Funcionários que viajam podem utilizar esta tecnologia com computadores portáteis ou PDAs
(Personal Digital Assistants), assistentes pessoais digitais, para trocar correio eletrônico,
arquivos ou outras informações.
A computação móvel incorpora adaptadores sem fio que utilizam a tecnologia de telefonia
celular para conectar computadores portáteis com a rede a cabo. Os computadores portáteis
utilizam pequenas antenas para comunicarem-se com as torres de rádio das imediações. Os
satélites da órbita próxima à terra captam os sinais de baixa potência dos dispositivos portáteis
e móveis em rede.
Radiocomunicação em pacotes
Este sistema subdivide uma transmissão em pacotes, semelhantes a outros pacotes de rede,
que incluem:
• O endereço de origem
• O endereço de destino
• Informações de correções de erros
Os pacotes são conectados a um satélite que os difunde. Só os dispositivos com o endereço
correto podem receber os pacotes difundidos.
Redes celulares
Os dados de pacotes digitais celulares (CDPD, Cellular Digital Packet Data) utilizam a
mesma tecnologia e alguns dos mesmos sistemas que os telefones celulares utilizam.
Proporcionam transmissões de dados do computador através de redes de voz analógicas
existentes, quando o sistema não está ocupado. Esta é uma tecnologia muito rápida que sofre
Da mesma forma que em outras redes sem fio, deve ser possível a ligação entre a rede celular
e a rede a cabo. A Nortel, em Mississauga, Ontário, Canadá, é uma empresa que fabrica uma
unidade de interface Ethernet (EIU, Ethernet Interface Unit) que pode proporcionar esta
conexão.
Estações de satélites
Patch Panel
Em redes de grande porte, os cabos UTP/STP e de Fibra provenientes dos diversos pontos de
rede (caixas conectoras junto aos micros conforme figura 42) são conectados a blocos de
distribuição, fixos em estruturas metálicas. Este conjunto é denominado Patch Panel (painel
de conexões). A ligação dos blocos de distribuição citados aos hubs e/ou switches se dá
através de Patch cords – figura 53 (patch cords são cabos preparados com conectores RJ ou
para Fibra e sua função é conectar portas entre patch panels ou entre patch panels e elementos
ativos). A utilização de Patch panels confere melhor organização, maior flexibilidade e
conseqüentemente, facilita a manutenção. Os Patch panels são, tipicamente, passivos ou seja,
não possuem nenhum circuito eletrônico.
O Patch panel permite uma interface flexível, ou seja, através dele é possível alterar-se o lay
out lógico dos pontos da rede. Além disso, os Patch panels, juntamente com as tomadas
providas de conectores RJ-45 fêmea, proporcionam à rede uma grande flexibilidade em
termos de deslocamento de pontos e eventuais extensões da localização de pontos de rede. Por
exemplo, através dos patch panels. e tomadas é possível conectar-se os cabos pré-
conectorizados aos equipamentos com o comprimento necessário, isto desde que o
comprimento total do lance esteja dentro do permitido pela norma EIA/TIA. Portanto,
verificamos que as tomadas e os patch panels são acessórios importantíssimos de um
cabeamento estruturado.
Rack
Os racks são uma espécie de armários colocados estrategicamente ao longo de uma ou mais
redes locais. Dentro deles, além dos patch panels, podem ser colocados os elementos ativos
tais como hub, switches, modens, etc. As figuras 54 e 55 determinam dois tipos básicos de
racks: pequenos e grandes.
Figura 54 – Rack tipo 3U (15 cm) Figura 55 – Rack tipo 44U (200 cm)
Os racks são, normalmente, de uso interno, podendo ser fixados no piso, vertical ou primário,
em salas ou armários de distribuição principal, ou ou para cabeamento horizontal ou
secundário, em salas de telecomunicações (cross-connect), na função de suporte e fixação de
equipamentos e/ou acessórios de cabeamento.
São compostos por colunas em formato “U” com furação frontal para fixação de
equipamentos e/ou acessórios de cabeamento, e lateral, para a passagem dos cabos, e bases
para fixação em piso.
O topo do rack possui furação para fixação e apoio para calhas e/ou outros elementos de infra-
estrutura. Entretanto, a entrada dos cabos pode ser feita pela base ou pelo topo do rack e a sua
montagem pode ser feita pelas suas laterais.
Adaptadores em Y
Adaptadores em Y são tipo de conectores que permitem a duplicação de conexões M8v, ou
seja duplicação de terminações. São utilizados em sistemas de Cabeamento Estruturado para
tráfego de voz e dados, horizontal ou secundário, de uso interno, em salas de
telecomunicações, em painéis de distribuição (patch panels ou painéis de acesso frontal),
pontos de distribuição (pontos de consolidação) ou em pontos de acesso na área de trabalho.
- Adaptador Y voz - duplica a conexão M8v para utilização de dois equipamentos de voz
ou outros equipamentos compatíveis.
BIBLIOGRAFIA:
TORRES, Gabriel. Redes de computadores – Curso Completo.Axel Books do Brasil: Rio de
Janeiro, 2001.
SOARES NETO, Vicente et al. Telecomunicações – Redes de Alta Velocidade. São Paulo:
Érica, 1999.
Site:
http://www.clubedohardware.com.br