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1) A 

gametogênese feminina, também conhecida


como oogênese, ovulogênese ou ainda ovogênese, é o processo responsável
pela formação dos óvulos, os gametas femininos.
Todo o processo pode ser dividido em três etapas distintas. Fases da
gametogênese feminina:
Fase de multiplicação ou proliferação
Nessa fase ocorrem meioses consecutivas, aumentando a quantidade
das células germinativas e dando origem às ovogônias. Nos humanos, essa
fase tem fim próximo do primeiro trimestre da gestação, de modo que os bebês
do sexo feminino já nascem com quase meio milhão de folículos. Essa
quantidade é limitada e durará pelo resto da vida da mulher.
Fase de crescimento
É nessa etapa que as ovogônias passam por um grande crescimento.
Seu citoplasma é aumentado, acumulando várias substâncias nutritivas para a
célula. O depósito de nutrientes no citoplasma da célula é conhecido como
vitelo, sendo o responsável pela nutrição do embrião.
Quando se encerra a fase de crescimento, as ovogônias se transformam
nos ovócitos primários, também conhecidos como ovócitos de primeira ordem
ou, ainda, ovócitos I. Cronologicamente falando, essa fase vai até a puberdade
da mulher.
Fase da maturação
De todos os 400 mil ovócitos primários, apenas uma quantidade muito
limitada, de cerca de 350 a 400 ovócitos, completarão a transformação em
gametas maduros, sendo que isso acontecerá uma vez por mês, um ovócito a
cada ciclo menstrual.
A maturação se inicia quando o indivíduo alcança a maturidade sexual,
processo que ocorre entre os 11 e 15 anos de idade. A evolução do ovócito
secundário, na segunda meiose, só ocorre em caso de fecundação com o
espermatozoide. Desse modo, o que conhecemos por óvulo é, na verdade, o
ovócito II.
Já a gametogênese masculina é conhecida como espermatogênese e
ocorre nas gônadas masculinas, os testículos. São responsáveis pela secreção
de testosterona, hormônio sexual que traz as características masculinas, como
pelos em maior quantidade, massa muscular, timbre de voz grave, entre outras.
Diferentemente do processo feminino, a espermatogênese acontece
durante toda a vida do indivíduo macho. Nos mamíferos, os testículos
costumam se posicionar fora da cavidade abdominal. Em uma bolsa escrotal,
atingem uma temperatura de cerca de 1ºC a menos que o restante do
organismo, ideal para o processo.
A espermatogênese acontece em quatro fases distintas:
Fase de proliferação ou multiplicação
Tem início na puberdade, acontecendo de modo contínuo durante toda a
vida. As células diploides dos testículos aumentam por meio de mitoses
consecutivas, formando assim as espermatogônias.
Fase de crescimento
Nessa fase ocorre um leve acréscimo no citoplasma das
espermatogônias, que se transformam em espermatócitos de primeira ordem.
São células também diploides e podem ser conhecidas como espermatócitos
primários ou espermatócitos I.
Fase de maturação
Assim como as anteriores, é uma fase rápida, correspondente
à ocorrência da meiose. Após a primeira divisão meiótica, os espermatócitos
primários geram dois espermatócitos secundários cada um. São haploides,
apesar de possuírem cromossomos duplicados. A segunda divisão meiótica dá
origem a quatro espermátides haploides.
Espermiogênese
Por fim, esse é o processo responsável pela conversão das
espermátides em espermatozoides, quando perdem quase todo o seu
citoplasma. As vesículas do complexo de Golgi são fundidas, gerando o
acrossomo, que se encontra na extremidade anterior dos gametas. Ele é o
responsável por perfurar as membranas do óvulo, por meio de enzimas, no
processo de fecundação.
Nessa fase, os centríolos migram para a porção posterior do núcleo da
espermátide, resultando na formação do flagelo. É essa a estrutura
responsável pela movimentação do espermatozoide.

2) O ovócito primário permanece na prófase da primeira divisão meiótica até que o


folículo secundário esteja maduro. Nesse estágio, um pulso do hormônio
luteinizante (LH) estimula o crescimento pré-ovulatório: a meiose I se completa e um
ovócito secundário e um corpo polar são formados. Já o ovócito secundário para na
metáfase da meiose II aproximadamente 3 horas antes da ovulação e não completa
essa divisão celular até a fertilização.
Com os folículos desenvolvidos, o ovócito primário chega no fim da primeira
divisão meiótica, o que resulta em células de tamanhos distintos. Uma é
grande e rica em vitelo, chamada de ovócito secundário. A outra, por sua
vez, é pequena e conhecida como corpúsculo polar, que se degenera.
O ovócito secundário, então, dá início à segunda meiose, parando na fase
de metáfase II. A continuidade do desenvolvimento do folículo resulta em
um aumento de pressão dos líquidos internos, provocando então o seu
rompimento. Esse fenômeno é conhecido como ovulação.
Portanto, o que conhecemos como óvulo é, na verdade, o ovócito
secundário, que só prosseguirá para o seu segundo processo de meiose
em caso de fecundação.
Uma mulher nasce com algo próximo dos 400 mil ovócitos primários,
envoltos por várias camadas de células foliculares, o que dá origem aos
folículos ovarianos.

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