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futebolista brasileiro
Roberto Rivellino (São Paulo, 1 de janeiro de 1946) é um ex-futebolista brasileiro, que atuava
como meia e ponta-esquerda. Rivellino é frequentemente considerado um dos melhores
jogadores da história do futebol.
Rivellino
Informações pessoais
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,69m[1]
Pé Canhoto
Reizinho do Parque,
Informações profissionais
Clubes de juventude
1963–1965 Corinthians
Clubes profissionais
Anos Clubes
1965–1974
Corinthians
1975–1978
Fluminense
1979–1981 Al-Hilal
1979 1981
Al-Hilal
Total
Seleção nacional
1965–1978 Brasil
Jogou de meados da década de 1960 ao fim da década de 1970 pelo Corinthians e pelo
Fluminense. Ídolo tanto do Corinthians, quanto do Fluminense, em 2002 o Fluminense
inaugurou placa no Estádio de Laranjeiras e o Timão fez um busto em 2014 no Parque São
Jorge para homenageá-lo.[2] Também atuou como comentarista de televisão durante a
década de 1990 e é comentarista no programa Cartão Verde, da TV Cultura, e no programa
''Noite dos Craques'', dos canais Esporte Interativo.
Introdução
Em 1971.
Atuou em importantes clubes do Brasil. Foi titular da Seleção Brasileira de Futebol tricampeã
mundial na Copa do Mundo FIFA de 1970, no México. Começou sua carreira nas categorias
de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1974, e então se transferiu
para o Fluminense, onde também virou ídolo e jogou até 1978 e foi jogar na Arábia Saudita
pelo Al-Hilal, onde encerrou sua carreira.
Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol
brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia
distância, foi também exímio cobrador de faltas.
Diego Maradona, em várias entrevistas, o considerou o melhor jogador que viu jogar.[3] É
considerado por muitos, o maior jogador da história de Corinthians e Fluminense.[4]
Carreira
Corinthians
Após ser recusado no arquirrival Palmeiras, a carreira profissional de Rivellino teve início no
Corinthians, onde tornar-se-ia um dos maiores ídolos, e tido por muitos como o maior ídolo
da história do clube paulista. Sempre que jogava contra o Palmeiras Rivellino fazia questão
de jogar bem, para mostrar o erro que eles cometeram ao dispensá-lo.
Dispensado por Mário Travaglini no Palmeiras, Roberto Rivellino logo em sua chegada ao
Corinthians já chamou a atenção de José Castelli, um dos grandes ídolos e artilheiros do
clube alvinegro, que na época era responsável pelas categorias inferiores do clube.
José Castelli, conhecido como Rato, acompanhando o primeiro treino de Rivellino com o
olhar clínico e experiente do ex jogador, identificou algo de diferente no futebol do garoto e
imediatamente o aprovou e já o mandou trazer fotos 3x4 para fazer a sua ficha de inscrição
no clube do Parque São Jorge.[6] Foi com a camisa do Corinthians que o "Reizinho" marcou
mais gols em toda sua carreira (141) e como jogador do Corinthians foi a época na qual
Rivellino fez mais sucesso na Seleção Brasileira, sendo um dos destaques da seleção que
venceu a Copa do Mundo de 1970 e recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica"; e
foi o camisa 10 do Brasil de 1974, sendo um dos poucos jogadores brasileiros que
apresentaram um bom futebol nessa Copa do Mundo.
Quando ganhou a Copa do Mundo de 1970, onde foi titular e era peça importantíssima do
elenco, Rivellino teria declarado que trocaria aquela glória por um simples de Campeonato
Paulista pelo Corinthians. Título que em dez anos de clube ele jamais conseguiu, uma vez
que o clube passava por um longo jejum de títulos.
Teve essa chance em 1974 (ano que também foi o principal jogador da seleção brasileira na
Copa do Mundo da Alemanha Ocidental), a final do Campeonato Paulista desse ano foi entre
o Corinthians e Palmeiras, time que Rivellino dizia que mais gostava de enfrentar. Mas assim
como todo o time corintiano naquela partida, Rivellino teve uma má atuação e a taça de
campeão foi parar no Palestra Itália. Nos dias seguintes à perda do título a diretoria do
Corinthians, que precisava de um bode expiatório, elegeu Rivellino como culpado da perda do
título paulista. E negociou o seu passe com o Fluminense, que na época montava a chamada
Máquina Tricolor. Partiu deixando um duplo sentimento de revolta, por ter perdido o título e
abandonado o clube e de agradecimento por tudo que fez jogando no Corinthians e se
tornando um dos maiores jogadores do Timão, pelo clube ele teve como título mais
importante o Torneio Rio-São Paulo de 1966.
Em 2014 Rivellino foi convidado para participar do primeiro jogo da recém construída Arena
Corinthians, no bairro de Itaquera, a partida contou com o elenco corintiano da época
jogando contra jogadores corintianos de várias épocas. Rivellino fez o primeiro gol, sendo
assim o primeiro a fazer um gol da Arena Corinthians.[7][8]
Em 24 de maio desse mesmo ano, foi homenageado pelo Corinthians com a inauguração de
um busto seu no Parque São Jorge, a sede do timão em São Paulo.[9]
Portuguesa
Em 1972, o Corinthians cedeu Rivellino por empréstimo para a Portuguesa para atuar em um
jogo amistoso em comemoração à inauguração do Estádio do Canindé. O jogo foi contra a
equipe do FK Željezničar Sarajevo, da Bósnia e Herzegovina (que, na época, pertencia à
antiga Iugoslávia). Rivellino atuou cerca de 40 minutos e fez um dos gols na vitória da
Portuguesa por 2x0. O gol, curiosamente, foi feito com o pé direito, ao invés de sua famosa
canhota.[10]
Fluminense
Riva marcou o gol da conquista da Taça Guanabara de 1975 aos 119' da prorrogação. Em
entrevista para a revista PLACAR nº 1.085, de julho de 1993, Rivellino, que chorou muito ao
final, apontou esta partida como o seu jogo inesquecível, usando expressões como "vitória
dramática", "meu primeiro título estadual", "se a gente perde ali, por exemplo, naquele jogo
contra o America, acho que o bicampeonato de 1975/76 nem existiria", exaltando também o
grande nível do time rubro.
O Fluminense que então era chamado de "Máquina Tricolor" era uma das melhores equipes
que um time do brasileiro já havia montado, o time veio a conquistar o bicampeonato carioca
(1975/1976), apesar de não ter conseguido ser campeão, foi por duas vezes semifinalista do
Campeonato Brasileiro: em 1975, perdeu para o Internacional, e em 1976 para o Corinthians,
no jogo em que houve a famosa Invasão Corintiana onde 146.043 pessoas foram assistir o
jogo mesmo caindo muita chuva no Maracanã.
Rivellino teve várias atuações de destaque pela equipe carioca, sendo uma delas um jogo
contra o Vasco da Gama, onde marcou o gol mais famoso de sua carreira, aplicando o "drible
elástico" no volante Alcir da equipe cruzmaltina e passando por mais dois jogadores
cruzmaltinos antes de fazer o gol da vitória tricolor.
No Fluminense atuou de 1975 a 1978 sempre com a camisa 10, ele jogou 158 partidas e
marcou 53 gols pelo tricolor das laranjeiras.
Al Hilal
Em 1978 deixou o Fluminense e foi vendido para o futebol árabe. No Al Hilal da Arábia
Saudita foi campeão da Copa do Rei e Campeão Saudita em 1979, 1980 e 1981. Porém
desavenças com o príncipe Kaled, dono do time, fizeram com que Rivellino encerrasse sua
carreira mais cedo do que gostaria em 1981, aos 35 anos, antes disso Rivellino pretendia
jogar até os 42 anos.
São Paulo
Ainda no mesmo ano, no dia 22 de setembro de 1981, logo após encerrar oficialmente sua
carreira futebolística, disputou uma partida como jogador do São Paulo contra a Seleção da
Arábia Saúdita. O jogo foi um amistoso, realizado no Morumbi.[14][15]
Seleção Brasileira
Na Copa do Mundo de 1970 realizada no México, foi um dos grandes destaques da Seleção
Brasileira tricampeã do mundo no México em 1970, essa seleção é tida por muitos
especialistas como o melhor time de futebol já formado numa Copa do Mundo, tendo
jogadores como Pelé, Tostão, Carlos Alberto Torres, Gérson, Jairzinho, entre muitos outros
como o próprio Rivellino que jogou com a número 11 nessa Copa do Mundo.
Nessa época Rivellino angariou um grande número de fãs internacionais, sendo talvez o
mais famoso deles, o maior jogador da história da Seleção Argentina, o meia-atacante Diego
Maradona, que o tinha como ídolo e exemplo em sua infância. Diego se entusiasmara pelas
jogadas com a perna esquerda, já que Rivellino era canhoto como ele. Também gostava da
sua postura rebelde dentro de campo, sempre de cabelos longos, gesticulando e
incentivando seus companheiros.
A Copa do Mundo de 1974 foi realizada na Alemanha Ocidental e Rivellino foi convocado
pela segunda vez para uma Copa do Mundo, e dessa vez mais experiente, foi como o grande
craque da Seleção Brasileira junto de Jairzinho, jogou muito bem e marcou belos gols, como
o que fez contra a Alemanha Oriental ao cobrar uma falta extremamente precisa, mandando
a bola numa brecha da barreira aberta por Jairzinho que se abaixou na hora certa, porém
seria prejudicado pela fraca campanha da equipe e conquistou o quarto lugar dessa
competição, que teve a Seleção Alemã-Ocidental como campeã em cima do emblemático
"Carrossel Holandês", como era chamada a Seleção Holandesa que foi liderada por Johan
Cruijff naquele ano.
Foi convocado para Copa do Mundo de 1978 realizada na Argentina, foi sua terceira e última
Copa do Mundo, Rivellino acabou ficando na reserva de Zico na maior parte da competição
por estar contundido, a Seleção Brasileira conseguiu o terceiro lugar da competição, que teve
a Seleção Argentina como campeã e é, até os dias de hoje, considerada uma das Copas do
Mundo mais polêmicas da história, pelo clima político da Argentina na época, que vivia numa
ditadura e supostos favorecimentos para a seleção anfitria vencer o torneio.
Jogadas famosas
É tido como o inventor do "drible elástico", que consiste em fazer um movimento de vaivém
com a bola usando o mesmo pé. Mas o próprio Rivellino já disse, por diversas vezes, que
copiou o drible de um colega do futsal, de origem japonesa, o ex-camisa 8 do Corinthians
Sérgio Echigo. Foi com a camisa do Fluminense, contra o Vasco da Gama que o drible
elástico ficou eternizado no imaginário popular, onde Rivellino dá o drible Alcir e depois
passa por dois jogadores vascaínos antes de marcar o gol.
Excelente cobrador de faltas, chamava a atenção pelos potentes tiros desferidos com a
perna esquerda. Na Copa do Mundo de 1970, o primeiro gol da seleção brasileira foi feito por
ele, em uma cobrança de falta contra a Tchecoslováquia.
Outro gol de falta histórico foi o que Rivellino fez na Copa do Mundo de 1974 em Hannover,
Rivellino mandou uma de suas "patadas" na cobrança falta e Jairzinho que ficou entre a
barreira seria atingido pela bola, mas num lance rapido ele se jogou no chão para não
atrapalhar a trajetoria do chute de Rivellino que foi em direção ao gol de Jürgen Croy,
fazendo assim o primeiro e único gol do Brasil que venceu a Alemanha Oriental por 1x0.
Apelidos
Garoto do Parque: apelido que ganhou logo após ser revelado pelas divisões de base do
Corinthians;
Reizinho do Parque: dado pelo jornalista esportivo Antônio Guzmán na década de 1960, em
sua época majestosa de Corinthians;
Bigode: chamado assim pelos colegas futebolistas. Quando jogador, tinha 1,71 m e 75 kg e
atraía muito a atenção seu bigode, que começou a usar a partir de 1970 e que o manteve
até então.
Títulos oficiais
Seleção Brasileira
Copa do Mundo FIFA: 1970
Campanhas de destaque
Seleção Brasileira
Copa do Mundo FIFA: 1978 (3º lugar) e 1974 (4º lugar)
Corinthians
1971 (4º lugar) e 1972 (4º lugar)
Prêmios individuais
Hall da fama do futebol internacional - International Football Hall of Fame (IFHOF): 1997
Foi escolhido ainda para integrar a Seleção de Futebol da América do Sul do Século XX. A
enquete foi realizada com cronistas esportivos de todo o mundo.[17][18]
Bibliografia
Referências
5. HEIZER, Teixeira - O jogo bruto das copas do mundo São Paulo: Mauad Editora, 1997
(página 200)
6. https://tardesdepacaembu.wordpress.com/2012/09/18/rivellino-o-maloca-joga-muito/
7. Super Esportes - Rivellino dá pontapé inicial e marca primeiro gol da Arena Corinthians,
em São Paulo (http://www.superesportes.com.br/app/1,1195/2014/05/10/interna-notici
a,283845/rivellino-da-pontape-inicial-e-marca-primeiro-gol-da-arena-corinthians-em-sao-p
aulo.shtml)
15. «Imagem da revista Placar, com uma matéria sobre o jogo.» (http://www.spfcpedia.com.b
r/reportagens/rivellino03.jpg) (em português). SPFCpédia. 27 de janeiro de 2008.
Consultado em 16 de fevereiro de 2011
16. [Site Cidadão Fluminense]
18. «Ramos, Balboa named to MasterCard CONCACAF 20th Century team» (http://www.socce
rtimes.com/international/1998/may15.htm) (em inglês). International Soccer Times. 15
de maio de 1998. Consultado em 27 de dezembro de 2014
Ligações externas
«Ídolo do Timão, Rivellino cai no choro ao ver próprio busto pela primeira vez» (http://sport
v.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2014/05/idolo-do-corinthians-rivellino-c
ai-no-choro-ao-ver-proprio-busto-pela-1-vez.html)
Camisa 10 da Seleção em
Precedido por
Sucedido por
Copas
Pelé Zico
1974-1978
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