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947-57
EXPEDIENTE
Idealização Francys Saleh

Direção de Arte Caelen Vargas

Saleh, Francys. Segredos da Moulage Francesa. Toledo, Maximus, 2020.

1ª edição, 2020.

maximustecidos.com.br

Avenida Maripá, 4846


Centro - Toledo/PR - Brasil

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou
reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia,
gravação e etc. - nem apropriada ou estocada ou em sistema de banco de dados sem a
expressa autorização da editora.

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ÍNDICE

MÓDULO II: Apresentação


p. 04 Conheça a professora
p. 07 Apresentação do curso
p. 11 Como estudar moulage?
p. 15 A História da moulage francesa
p. 18 Como escolher o manequim ideal?
p. 24 Vantagens da moulage francesa vs modelagem

MÓDULO III: Materiais


p. 28 Lista de materiais
p. 32 Tecidos indicados para moulage

MÓDULO IV: Marcação do manequim


p. 35 Marcação do manequim
p. 37 Marcação com fitilho
p. 41 Travar os alfinetes
p. 43 Marcações complementares
p. 45 Marcação da cava
p. 47 Conferência do fitilho

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MÓDULO V: Introdução a moulage
p. 50 Preparar a tela
p. 52 Marcar a tela
p. 56 Alfinetar a tela
p. 58 Marcar o molde
p. 60 Folgas de vestibilidade
p. 61 Introdução a planificação

MÓDULO VI: Construção de saias


p. 66 Construção de saias
p. 68 Saia reta
p. 71 Saia evasê
p. 74 Planificação da saia reta

MÓDULO VII: Construção de blusas


p. 78 Construção de blusas
p. 80 Blusa com pence fundamental
p. 83 Blusa com pence na cintura e cava
p. 86 Blusa com pence no busto
p. 89 Blusa com pence no decote
p. 92 Blusa com pence na diagonal
p. 95 Planificação da blusa com pence fundamental

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MÓDULO VIII: Construção das golas
p. 97 Apresentação das golas
p. 99 Gola padre
p. 102 Gola e colarinho
p. 105 Gola marinheiro
p. 107 Gola bebê ou peter pan
p. 109 Gola Escafandro
p. 111 Gola Esporte
p. 114 Gola smoking ou gola xale
p. 117 Planificação da gola smoking

MÓDULO IX: Construção de mangas


p. 120 Apresentação das mangas
p. 123 Manga curta
p. 127 Manga longa tradicional
p. 132 Manga raglan
p. 136 Planificação da manga raglan

MÓDULO X: Bourrage
p. 139 Bourrage

MÓDULO XI: Bibliografia


p. 143 Bibliografia

BÔNUS
p. 147 Painel de inspirações

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MÓDULO II
APRESENTAÇÃO

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CONHEÇA
A PROFESSORA

O lá, bem vindos! Eu sou a Francys Saleh e é uma honra para mim
acompanhar vocês nessa jornada. Muito obrigada pela confiança de
cada um de vocês! Eu vou contar rapidamente sobre a minha trajetória
e o porque eu me especializei na moulage.

Quando eu ainda era bebê, meus pais começaram um curso de corte e


costura e meu pai presenteou minha mãe com uma máquina de costura.
Após, começaram aos poucos fazendo roupas para vender e hoje eles
possuem uma confecção que já chegou a empregar mais de 150
costureiras.

Eu sempre ajudei na empresa, porém quando chegou a hora de estudar,


fui cursar moda, na época, existiam poucos cursos no Brasil e estudei
em Caxias do Sul, na UCS. Com isso precisei mudar de cidade, pois
somos de Piratini, interior do Rio Grande do Sul.

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Durante o período como estudante comecei a ter dificuldades com a
modelagem plana, pois sempre tive problemas com matemática e
números. Não entendia como funcionava a modelagem plana, fazia
cursos, procurava metodologias diferentes, fazia até aulas de reforço.

Na época, com 18 anos o meu desejo era ser uma designer de moda e
então eu entendia que precisava sim saber fazer uma roupa e não
apenas desenhar, todo o processo era importante e para isso precisava
entender de modelagem.

Até que começaram as aulas de Moulage, e na época, além de ter


poucos cursos de moda no Brasil, não haviam muitos professores que
entendessem da técnica, então vinha uma professora de São Paulo
exclusivamente para nos ensinar.

Isso foi há mais de 15 anos, mas lembro como se fosse hoje, minha
paixão começou ali, fiquei encantada com as possibilidades e a partir
desse contato com a Moulage, comecei a entender melhor o processo
com a modelagem plana.

Depois desse contato, minhas professoras sabiam pelo amor a técnica e


quando a instituição chamou uma outra professora de São Paulo, mas
desta vez para um curso de capacitação de professores. Elas me
chamaram para participar do curso, na época ainda era aluna, jamais
pensava em ser professora, tinha outros planos, inclusive ser Designer
de moda.

O curso foi intensivo, aprendemos tudo sobre moulage francesa e


sempre que tinha algum curso novo eu participava.

Depois disso eu me formei e fui trabalhar com sapatos em empresas


conhecidas nacionalmente. Trabalhei em empresas, tive meus designs
reconhecidos, fui convidada a expor em uma prestigiada feira em Paris,
mas não estava feliz.

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Até que fui chamada para dar aula, em 2010, comecei com diversas
disciplinas, incluindo a Moulage.

Depois em 2014 quando era colunista no blog da empresa Audaces,


sempre falava sobre a moulage nos posts, fazia tutoriais ensinando a
técnica.

Aí comecei a pensar na possibilidade e então surgiu a ideia de criar esse


curso, que é fruto de mais de 15 anos estudando e trabalhando com a
moulage.

Eu já conhecia a Maximus Tecidos desde 2017, quando também


comecei escrever alguns artigos para o blog clube da costureira. Mas
foi através dessa ideia do curso online que o meu caminho se cruzou
definitivamente com a Maximus.

A minha missão hoje como professora é tornar o conhecimento da


moulage francesa cada vez mais acessível às pessoas que trabalham
com costura em nosso país. E a Maximus também acredita no poder da
costura, pois tem o propósito de resgatar o hábito de costurar.

Passar a integrar o time de experts e professores da Escola de Moda da


Maximus é motivo de orgulho para mim e vai me possibilitar aumentar
cada vez mais o meu alcance como professora.

Eu amo ensinar a Moulage e é por isso que a partir de agora, você está
em boas mãos, só precisa fazer a sua parte, assistir todas as aulas com
muita atenção, e por esses novos conhecimentos em prática.

Se você é o tipo de pessoa que gosta de aprender a fazer bem feito, está
no lugar certo, a partir de agora eu espero que a Moulage facilite muito
a sua jornada como modelista.

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APRESENTAÇÃO
DO CURSO

A metodologia deste curso é o resultado de 15 anos estudando e


trabalhando com moulage.

Reúno aqui de forma estruturada todos os conceitos necessários para


que vocês aprendam a técnica de moulage da melhor forma e se
apaixonem pela simplicidade da técnica, assim como eu me apaixonei.

Como professora universitária, criei uma metodologia que facilita a


compreensão e execução dos moldes usando a técnica de moulage.

A moulage é por si uma técnica fácil, mas eu percebia a dificuldade de


alguns estudantes, quando precisavam replicar os exercícios sem a
minha presença. Juntando essas e outras dificuldades eu fui
aperfeiçoando este método que agora está disponível aqui pra vocês
em formato online.

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Aqui faremos os moldes utilizando o manequim como base, diferente
da modelagem plana, onde usamos as medidas geométricas. Na
moulage, utilizamos a anatomia do corpo para conseguirmos o molde.

Na hora de trabalharmos no manequim, usaremos 1/4 do corpo, assim


como na modelagem plana.

Com a moulage, se aprende a anatomia do corpo, e isso te ajuda a


entender melhor a modelagem plana. Deste modo, vocês conseguem
entender mais sobre os volumes, transferências de pences e com isso,
poderão fazer suas interpretações de modelagem.

O conteúdo do curso está dividido por módulos, é importante que você


não pule nenhuma etapa, pois os módulos iniciais são a base que vocês
precisam entender para posteriormente desenvolverem os moldes.

Nos primeiros módulos vocês aprenderão o básico que precisamos


para começar a moulage.

Precisamos marcar o manequim, preparar e fazer as marcações na tela.

Após, vocês aprenderão a forma correta de alfinetar o manequim, pois


tão importante quanto a marcação da tela, é a forma como alfinetamos
e também manuseamos o tecido.

É importante que vocês assistam essas aulas e façam os exercícios com


atenção, pois esse início é a base que vocês precisam para fazerem
todos os outros exercícios de forma correta,

Nos módulos de saias, blusas, golas e mangas, você aprenderá o bloco


base dessas peças, a partir do entendimento dessas bases vocês
estarão aptos para fazerem as interpretações que quiserem, seja
criando as peças ou pegando outras peças como referências.

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Mas a ideia aqui é que vocês vejam a peça e entendam como vão
resolver a modelagem dela, para onde vão transferir ou eliminar a
pence, como será o caimento, se será feito no fio reto ou no viés, enfim,
todos os elementos que compreendem a confecção de um molde.

Com o estudo das bases vocês estarão prontos para fazerem suas
interpretações. Interpretação, para quem não sabe, para quem não
sabe é pegarmos uma peça base e transformarmos em outro modelo.
Na modelagem plana trabalhamos assim, sempre partimos de uma
base. Aqui na moulage o pensamento é similar, partimos da ideia de
uma base e interpretamos, ou seja, criamos um modelo novo.

Por isso é importante entender as bases. Vou dar um exemplo de


interpretação para vocês: a saia por exemplo, o bloco básico é reto, com
pences na cintura. Então, podemos usar essa mesma base e rebaixar o
cós, fazer da pence um recorte, colocar um babado na barra, isso é
interpretação!

Pensando no estudo complementar, ao final, no módulo “Tutoriais


Extras”, vocês terão acesso aos moldes interpretados e também
algumas variações na forma de fazer os moldes base, esses são os
conteúdos complementares do curso e que disponibilizo no YouTube.
Muitos deles são feitos para responder às dúvidas de vocês.

Eles servem como suporte aos estudos de bases, pois assim vocês
entenderão as possibilidades de interpretações a partir de um molde
base. Antes de começarmos, vou explicar para vocês a diferença da
moulage técnica francesa para outros métodos de moulage: na moulage
francesa existem pontos corretos para alfinetar a tela, também existe
uma maneira de trabalhar com o alfinete, a tela também precisa ser
marcada seguindo algumas exigências e a construção dos moldes
também segue um determinado método.

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Podemos dizer que é uma técnica mais “rigorosa” na construção dos
moldes, já que as peças precisam ser impecáveis, então todos os
detalhes são importantes.

Então, neste curso, todos os modelos, exceto os tutoriais extras, são a


metodologia francesa, a maneira como os moldes são construídos nas
casas de Alta Costura. Porém no método francês, não tem uma forma
de fazer a calça utilizando o manequim, então a calça está nos tutoriais
extras, juntamente com os moldes interpretados.

Algumas golas e mangas também tem variações na forma de fazer,


então, estão juntos nos tutoriais extras. É importante vocês olharem
esses tutoriais, pois existem vários temas diferentes que
complementam os estudos de vocês.

Observe sempre as tags ao lado dos vídeos, pois sempre haverá uma
interpretação do molde que vocês estão aprendendo.

Trabalhar com a moulage é libertador porque fazemos os moldes de


forma intuitiva.

Eu forneço o roteiro para vocês se guiarem, mas percebam que durante


o processo podemos fazer as etapas de diversas formas, vocês
observarão isso nos tutoriais, algumas vezes posso fazer as marcações
no início, outras fazer no final e todas as formas estão corretas.

É importante que vocês entendam quando o tecido necessita de piques,


quando precisam alfinetar, cortar. Após terminarem os módulos vocês
se tornarão conscientes de cada etapa.

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COMO ESTUDAR
MOULAGE?

A dica que eu dou para vocês terem sucesso nos estudos e


aprenderem a técnica da melhor forma é separar um ou dois dias da
semana para estudar um módulo por vez.

Claro que se vocês quiserem e conseguirem fazer os módulos de forma


intensiva, não tem problema, mas para uma melhor assimilação do
conteúdo é bom que vocês façam aos poucos.

Então ao final de cada exercício vocês irão tirar a tela do manequim,


observarão a tela, depois irão corrigir as linhas com a régua e depois
recortar o excesso de tecido.

Também devem passar essa tela com ferro sem vapor e por fim se vocês
quiserem, devem planificar essa tela para assim fazer um molde da
roupa.

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Tudo isso é um exercício de aprendizagem e quanto mais praticarem
mais rápido entenderão a técnica de moulage e logo poderão fazer
todas as suas roupas utilizando essa técnica.

Uma outra dica que eu dou para vocês é fazerem todas as marcações e
identificações na tela. Às vezes vocês podem esquecer de fazer a
marcação do Centro da Frente ou do Centro das Costas, depois façam
essa marcação na mesa, mas é importante sempre identificarem molde.

Também é importante colocar uma etiqueta, que eu disponibilizo para


vocês nas aulas de planificação.

Esta etiqueta contém informações para a identificação desse molde,


tais como: o dia que vocês fizeram, o tamanho do manequim que vocês
usaram, a informação se usaram alteração no manequim ou não, porque
vocês podem fazer alguma tela usando a técnica de bourrage, por
exemplo.

Então é importante colocar todos os detalhes descritos no molde.

Também é interessante vocês adotarem uma pasta para os estudos,


então vocês podem pegar uma pasta com plásticos e colocar todos os
roteiros. Por exemplo, na aula da blusa com a pence fundamental, vocês
irão fazer esse molde e após guardar a tela, o roteiro e a planificação
desta blusa.

É muito importante que vocês façam esse estudo e guardem isso para
posteriormente poderem consultar esses materiais. O curso fica
disponível por 5 anos mas esse material ficará disponível para vocês a
vida toda e é interessante vocês terem esse registro.

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Dicas para estudar moulage

Separe 1 ou 2 dias para estudar a técnica de moulage

Ao final de cada exercício feito, analise a tela e observe


o formato das linhas

É importante corrigir as linhas e cortar o excesso de tecido

É indicado fazer a planificação da tela, para entender como


ficará o molde final

Identificar o molde com a etiqueta de identificação

Arquive todos os exercícios em uma pasta ou envelope

dica extra:
na próxima página, você encontra
um cronograma editável. Imprima
e estabeleça suas metas de estudo!

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CRONOGRAMA DE ESTUDOS

CONTEÚDO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO

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Metas:
Assistir aula

Treinar o aprendizado
A HISTÓRIA DA
MOULAGE FRANCESA

M oulage é uma palavra francesa e deriva do termo “moule”, que


significa “moldar” ou “dar forma”. Já o termo em inglês, é draping e
significa "drapear".

A história da moulage, é tão antiga quanto a história da indumentária,


pois gregos e romanos utilizavam a moulage para vestir-se. Eles
enrolavam o tecido ao redor do corpo.

A técnica de moulage como conhecemos hoje, passou a ser difundida


por Madeleine Vionnet, uma estilista francesa muito influente na
década de 1920. Fascinada pelo universo da costura, ela aperfeiçoou o
método, conferindo aos seus modelos um acabamento impecável e
maleabilidade.

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Madeleine foi responsável pela disseminação do corte em viés.
Historiadores contam que ela encomendava tecidos com 1,8 metros
para realizar seus modelos.

Madeleine também foi a pioneira a utilizar manequins para desenvolver


a roupa, possuía inclusive, um modelo em meia escala para estudar
formas e volumes.

Outro período importante da moulage foi no auge da Alta Costura


francesa, na década de 1950. As maisons famosas como Chanel, Dior,
Givenchy e Balenciaga usavam a moulage em suas criações. Inclusive
esta ainda é uma das regras impostas pelo sindicato de Alta Costura, as
maisons devem utilizar essa técnica no desenvolvimento de suas
coleções.

Atualmente a moulage continua sendo usada e difundida na criação de


diversos tipos de coleções, desde a costureira que faz moda festa ou
peças exclusivas sob medida, ao designer autoral que cria peças de
vanguarda.

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LINHA DO TEMPO:
MOULAGE FRANCESA

± 600 a.C. – ± 400 a.C.

Gregos e Romanos
já utilizavam a técnica.

1920

Madeleine Vionnet
passa a difundir a Moulage
como a conhecemos hoje.

1950

Alta Costura:
maisons como Chanel e Dior
utilizam a moulage em suas criações.

SÉC. XXI

Atualmente, a técnica
continua a ser usada por
grandes ateliers de Alta
Costura, e está acessível a
quem desejar aprender.

E agora você também faz parte desta História!

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COMO ESCOLHER
O MANEQUIM IDEAL

N a técnica da moulage, originada na Alta Costura francesa, usamos o


manequim industrial, pois este manequim é feito de acordo com as
tabelas de medidas exatas de um corpo.

Além da medida, os manequins de moulage possuem algumas


características que facilitam a sua utilização.

Eu indico os manequins da Draft Manequins porque são referência no


mercado nacional.

MANEQUIM SAIA E MEIA PERNA

Um dos tipos de manequim é o modelo de saia, ele é indicado para quem


trabalha com moda festa ou moda evangélica, pois para a confecção de
saias e vestidos, precisamos desta característica dele.

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Já o modelo meia perna serve para lingerie, shorts, moda fitness, calças
e claro que dá para fazer saia nele também, mas se formos fazer uma
saia com recorte no centro, não temos como posicionar o tecido, por
exemplo.

Outra característica que eu gosto dos tipos de manequim da Draft, é o


material que eles são feitos. O manequim é mais leve, além de facilitar
na hora de alfinetar.

MANEQUIM EM MEIA ESCALA

Os manequins em meia escala eu utilizo muito para estudos de moulage


e também exercícios de criatividade.

Muitas empresas utilizam esses manequins menores, pois pelo fato de


serem pequenos, nos dão mais agilidade na hora de trabalhar e também
economizam tecido.

MANEQUIM DE COSTURA

Esses manequins de costura custam menos de R$ 100,00 e podem ser


usados para exercitar e aprender a técnica de moulage. Inclusive muitas
alunas do curso utilizam ele, sem problema algum.

O pequeno “porém” deste tipo de manequim é que por ele não ser
específico para a técnica, pode apresentar alguns problemas de medida,
mas nada que atrapalhe o aprendizado da técnica.

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MANEQUIM SAIA E MEIA PERNA

by DraftManequins

MANEQUIM EM MEIA ESCALA MANEQUIM DE COSTURA

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COMO ESCOLHER O TAMANHO CERTO DE MANEQUIM?

Todos esses tipos de manequim que compartilhei aqui com vocês


respeitam uma tabela que vai do 36 ao plus size.

Essa é uma dúvida muito comum, pois normalmente as pessoas estão


acostumadas com a grade P,M,G e ficam em dúvida quando vão
comprar o seu manequim.

Então a dica aqui é: compare suas medidas com a tabela de medidas da


empresa que você irá comprar o manequim. Essas medidas variam de
acordo com cada empresa.

Essa é uma das questões que me fazem também indicar os manequins


da Draft. A marca tem um estudo antropométrico por trás das medidas
dos manequins, eles não são feitos de forma aleatória.

Na hora de escolher o tamanho certo de manequim você deve levar em


consideração 3 questões baseados na finalidade final deste manequim.

São elas:

Esse manequim será para uso pessoal,


ou utilizado em atelier ou ainda, será usado na indústria?

De acordo com essas 3 questões vou dar algumas dicas para vocês
escolherem a melhor opção:

1. Se o manequim for para uso pessoal, o tamanho deve ser igual ou


menor que o seu, pois nesse caso podemos fazer a adaptação por meio
da técnica de bourrage. É uma técnica que colocamos enchimentos no
manequim, fazendo com que ele se assemelhe ao seu corpo ou corpo
da cliente.

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2. Já se o manequim for usado em
um atelier, deve ser feita uma análise Pergunta frequente:
entre as clientes e assim escolher o
tamanho que atende o maior número. Manequins ajustáveis são
Não é necessário ter uma grade indicados para Moulage?

completa de manequins no seu atelier, Caso você já tenha esse tipo de


pois podemos adaptar o manequim e manequim em casa, pode usar e
também adaptar o molde pronto. aconselho neste caso fazer a
bourrage para deixar ele mais
próximo ao manequim
3. E por fim, se o manequim for industrial, pois normalmente
utilizado na indústria, o tamanho a ele é feito em um material mais
ser escolhido deve ser o tamanho da rígido e isso atrapalha na hora
de alfinetar e trabalhar com a
peça piloto que a empresa fabrica. tela.
Esse tamanho varia de acordo com o
segmento, se for moda jovem por Agora caso você esteja
exemplo, pode ser o tamanho 36, se for pensando em adquirir um
manequim deste tipo, então eu
moda feminina, varia entre 38 e 40. aconselho a não investir, pois o
valor é superior a um modelo
E após o molde obtido através da industrial e além disso precisará
de algumas adaptações.
moulage, fazemos a gradação dele.
Dependendo do porte da empresa, essa
gradação é feita através de softwares de
modelagem cad/cam.

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VANTAGENS DA MOULAGE
FRANCESA VS MODELAGEM

M uitas pessoas ainda pensam que por a moulage ser uma técnica
usada na Alta Costura, pode ser cara, trabalhosa e difícil. Mas é aí que
você se engana. A moulage é uma técnica intuitiva, econômica e fácil.

“Ah, mas preciso ter o manequim e isso implica em custos”, você pode
estar pensando.

Sim, o manequim industrial não é barato, porém como todo


investimento ele te trará retorno. E aposto, se você colocar na ponta do
lápis o tempo que leva traçando um molde e depois testando no tecido,
esse tempo e dinheiro gasto em tecido e linha ao longo de um tempo
pagará vários manequins.

Aproveito e te apresento 10 vantagens e benefícios da moulage para


quem trabalha com moda sob medida, vamos lá?

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Ver o resultado da peça sem precisar fazer inúmeras provas e ajustes
Na moulage temos essa vantagem, pois quando traçamos um molde
na modelagem plana precisamos fazer a correção desse molde, na
moulage já podemos ver o resultado final e ainda provar a tela
(molde na moulage) diretamente na cliente, antes de confeccionar
no tecido final.

Adaptar a modelagem a diversos tipos de corpos


Com a técnica de bourrage podemos adaptar o manequim e atender
diferentes tipos de corpos, seja grávidas, pessoas com sobrepeso ou
ainda, pessoas com problemas posturais como cifose, hiperlordose,
escoliose. E também atender corpos transgêneros, pois possuem
especificidades.

Essas adaptações são feitas diretamente no manequim com a ajuda


de enchimentos que são colocados nos pontos corretos, “clonando” o
corpo da cliente.

Formas e efeitos exclusivos


Seja na simples pence, que na moulage é diferente pois conseguimos
fazer ela de forma anatômica, seja no efeito de um drapeado, certas
formas e volumes só são possíveis na moulage.

Estimula a criatividade
Trabalhar com o tecido direto no manequim auxilia o processo
criativo e te dá uma ajuda extra na hora de criar uma peça. Quem já
precisou criar um modelo sabe da dificuldade de criar algo que seja
inovador e que apenas a criação no papel pode ser um processo
difícil.

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Não precisa de cálculos nem de diagramas
Na moulage o molde é construído diretamente no manequim,
seguindo as linhas guias do corpo. Deste modo você não precisa de
calculadora e diagramas, tudo é feito diretamente no manequim e
depois passa para o processo de planificação, onde você obtém o
molde em papel.

Auxilia no processo de aprendizagem da modelagem plana


Alguns cursos de moda começam os estudos em modelagem com a
moulage, para ajudar o aluno a entender como é o processo de
construção de um molde.

A moulage auxilia, pois visualizamos e dessa forma entendemos para


que serve uma pence, qual sua função, como podemos transferir,
como posicionar um recorte, por exemplo.

Economiza tempo e dinheiro


Uma vez que você já consegue ver o resultado no manequim, não
tem a necessidade de fazer inúmeras peças pilotos até acertar a
modelagem.

Auxilia na hora de modelar partes curvas do corpo


Modelar o busto, quadril e também na hora de posicionar alguns
tipos de decotes, na moulage conseguimos contornar de forma
assertiva o corpo e também na hora de posicionar um decote.

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Para quem trabalha sob medida, poderá atender a cliente de forma
exclusiva

Mandar fazer uma roupa sob medida já é um momento especial para


a cliente certo? Agora imagina atender sua cliente como um
verdadeiro atelier de Alta Costura, seja para um peças elaboradas
como um vestido ou uma simples blusa.

Faça suas clientes sentirem-se especiais! Conte a elas que utiliza as


mesmas técnicas que Chanel, Dior e Saint Laurent utilizam. Seu
atelier terá um diferencial e será mais valorizado!

Otimiza e facilita na hora de trabalhar com tecidos elásticos


Para modelarmos tecidos como a malha, por exemplo, precisamos
calcular a elasticidade e depois descontar essas medidas no molde.

Na moulage não precisamos desses cálculos. Ela também é excelente


para quem trabalha com lingerie e moda praia.

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MÓDULO III
MATERIAIS

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LISTA DE
MATERIAIS

P ara trabalhar com a moulage precisamos de alguns materiais que


são essenciais para realizarmos a técnica, tais como o manequim,
tecido, tesoura, fita métrica, alfinetes, etc.

Neste módulo você conhecerá os materiais básicos e também os


materiais complementares, que são os materiais que você pode ir
adquirindo aos poucos, à medida que for sentindo a necessidade, pois
são materiais que permitem maior agilidade na hora de fazer o molde e
em alguns casos, também permitem um melhor acabamento, tanto na
tela quanto no molde final.

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MATERIAIS

BÁSICOS: COMPLEMENTARES

Manequim de moulage Pasta com plásticos

Tecido: 100% algodão (3 m) Fita de estilo (draping tape)

TNT Tesoura de picotar tecido

Papel para molde Régua em L

Ferro de passar Curva de quadril

Tesoura para tecido Curva para cavas e decotes

Tesoura para papel Régua de costura

Fita métrica Marcador de barras

Porta alfinetes Carretilha de couro

Fita de cetim 0,4 mm Alicate de pique

Alfinetes (29 cm) Furador

Alfinetes com cabeça de vidro Lápis em giz

Esquadro Giz de alfaiate

Régua japonesa Canetas

Curva francesa Lapiseira

Caneta para tecido Borracha

Lápis 6b Caneta ponta fina

Caneta Bic Fita adesiva

Carretilha Papel carbono para costura

dica: marque um a cada material conquistado!

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RÉGUAS ESPECIAIS PARA MOULAGE

As réguas especiais para moulage são extremamente importantes para


quem estuda ou trabalha com moda sob medida e seu uso não está
restrito apenas a quem trabalha com moulage, já que esse kit é super
completo e auxilia modelistas que trabalham com a modelagem plana,
além de costureiras e estilistas.

Este é considerado um dos mais completos kits de réguas para


modelagem porque contém as combinações perfeitas de retas
verticais, horizontais e todas as curvas que são necessárias para
modelar.

Este kit contém as 6 principais réguas que são essenciais para quem
trabalha com moulage, tais como:

Esquadro: é uma régua em formato de triângulo usada para traçar


retas perpendiculares de peças grandes.

Tamanho aproximado: 61 x 35 cm

Régua de Costura em L: esta régua em formato de L permite


desenhar e ligar linhas de maneira que elas fiquem perfeitamente
encaixadas, ideal para ser usada na hora da preparação da tela.

Tamanho aproximado: 61 x 35 cm

Régua Japonesa: sua particularidade é ser transparente e graduada


por dentro e por fora. Do lado de fora temos centímetros e milímetros,
tanto horizontal quanto verticalmente. Isso permite maior precisão na
hora de fazer marcações e também colocar as margens de costura.

Tamanho aproximado: 46 x 5 cm

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Régua de Costura: também conhecida como "régua de patchwork"
ou "régua de colchão, essa régua auxilia na hora de fazermos marcações
específicas na tela e também na finalização do molde.

Tamanho aproximado: 46 x 5 cm

Curva de Quadril: é uma régua levemente curva, ideal para traçar


lateral de vestidos, calças, casacos, e outros detalhes com curvas mais
suaves.

Tamanho aproximado: 60,5 x 7 cm

Curva Francesa: esta régua é usada para traçar com precisão


decotes e cavas mais acentuadas.

Tamanho aproximado: 35,1 x 16,1 cm

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TECIDOS INDICADOS
PARA A MOULAGE

N a moulage sempre usamos o tecido que seja similar com o tecido


final, porém sempre vamos usar a versão mais barata desse tecido para
fazermos o molde.

Outra questão importante é a composição do tecido, sempre usamos


tecidos que sejam 100% algodão. Não é indicado nenhum outro tecido
que não seja nessa composição.

Mas aí vocês podem estar se perguntando se nunca usamos o tecido


final na moulage?

Usamos sim, mas em casos muito específicos como drapeados e


plissados em vestidos de festa.

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Na lista dos tecidos mais comuns na moulage estão:

MORIM ALGODÃO CRU

PERCAL TRICOLINE

CAMBRAIA DE ALGODÃO VICHY

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MÓDULO IV
MARCAÇÃO DO MANEQUIM

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MARCAÇÃO
DO MANEQUIM

P ara começarmos a trabalhar com a moulage precisamos fazer a


marcação do manequim. Essas linhas serão nossas linhas guias na hora
da construção do molde utilizando a técnica de moulage.

Para fazermos a marcação do manequim necessitamos de alguns


materiais como a fita métrica para fazer as conferências das medidas,
alfinetes para prender os fitilhos, e nesse caso eu indico dois tipos: o de
cabeça de vidro e os alfinetes tradicionais.

Também precisamos de tesoura, e neste momento eu gosto de usar


essa tesoura mais leve de cortar papel.

Utilizamos também o nosso fitilho e neste caso será a fita de cetim, no


tamanho de 0,4 milímetros. A cor da fita vai variar de acordo com a cor
do manequim, ou seja, no manequim de cor clara, usamos os fitilhos

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escuros e indico pra vocês a cor preta, azul e vermelho e já nos
manequins escuros o ideal é escolher uma cor que facilite a visualização
da tela.

Lembre-se que essas marcações são feitas apenas uma vez, então essas
medidas precisam estar bem conferidas.

Depois que tiverem conferidas, ou seja, depois que vocês fizerem


algumas telas sobre essas marcações, então será o momento de fazer a
trava definitiva no manequim, pois é importante que essas linhas não
saiam do lugar.

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MARCAÇÃO
COM FITILHO

N esta aula de marcação do fitilho usaremos o roteiro como


referência. Então é muito importante seguir a ordem exata de cada
etapa.

Fitilho ou marcação de fitas no manequim é um item imprescindível


que devemos estar atentos no momento em que formos desenvolver
os modelos utilizando a técnica de moulage.

Ao começarmos, encontraremos a medida do meio do manequim. E


aqui, uma observação importante é que não devemos nos basear pela
linha do centro do manequim.

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ROTEIRO

1. Centro da frente:
Posicionar a fita métrica bem na base do
pescoço. Marcar com alfinete no meio da by DraftManequins

fita.

2. Centro das costas:


Marcar da mesma maneira que a frente,
usando como referência a metade da
largura das costas. Fixar a fita até o fim da
base do manequim.

3. Cintura:
No sentido horizontal, marcar a fita
definindo a cintura.

4. Quadril:
Horizontalmente, marcar com a fita uma
linha de 20 cm abaixo da cintura. Esta
medida pode mudar de acordo com o
tamanho do manequim.

18 - 19 cm: para o tamanho 36 até 40


20 cm: para o tamanho 40 até o tamanho 44
21 cm: para o tamanho 46 até 56
22 cm: acima de 56

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Dica da Marlene Mukai:
A medida da altura do quadril é de 20 cm para a maioria das mulheres brasileiras.

5. Decote ou pescoço:
Marcar com uma linha curva o contorno do pescoço (frente e costas).

6. Busto:
No sentido horizontal, marcar com a fita contornando a altura do
busto, na região de maior saliência.

7. Costado ou entre cavas:


Nas costas, medir a metade do valor da altura entre a linha do pescoço
e a linha do busto, sobre o centro das costas, marcar paralela à
marcação do busto.

8. Entre cavas frente:


Transferir a medida encontrada nas costas para o centro da frente.
Marcar a linha com a fita partindo desde o ponto até as laterais,
encontrando a linha do costado.

OBSERVAÇÃO:
Em função do volume do busto, essa linha fica com uma diferença
na frente, ou seja, ela não fica exatamente no meio da frente!

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8
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9. Ombro:
Marcar a linha reta sobre o ombro, partindo do decote até a cava.

10. Cava:
Marcar a cava com 2 a 3 cm acima da linha do busto.

11. Pequeno quadril ou baixo quadril:


Marcar a metade da medida entre a cintura e o quadril.

12. Linha lateral:


Marcar com a fita uma linha sobre a lateral esquerda e direita do
manequim, meça 1/4 do contorno das medidas da linha do busto, linha
da cintura, linha do pequeno quadril e linha do quadril.

by DraftManequins Linha do pescoço Linha do pescoço


Linha do ombro Costado ou entre cavas
Cava
Linha do centro das costas
Linha do busto Linha do busto
Linha do centro da frente
Linha do recorte princesa Linha guia da pence
Linha da cintura Linha da cintura
Linha da cintura baixa Linha da cintura baixa
Linha do quadril Linha do quadril

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TRAVAR OS
ALFINETES

N a moulage francesa utilizada nas casas de Alta Costura, uma etapa


importante é a trava do alfinete no manequim.

Os alfinetes nesse momento são cuidadosamente travados para que


essas marcações não saiam do lugar e também para evitar que o alfinete
fique atrapalhando durante o processo de trabalho. Independente do
tipo de manequim devemos realizar essa etapa.

A trava é feita da seguinte forma: nas linhas horizontais o alfinete é


posicionado de forma inclinada e na linha vertical ele é posicionado
desta forma, horizontalmente. Essa trava deve ser feita de 4 em 4 cm.

Veja as imagens a seguir e confira os passos:

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Pergunta frequente:
Após o fitilho completo pode
ser feito o alinhavo para
prender a marcação?

Você pode alinhavar o


manequim, porém saiba que
Na cava ela é feita no essa não é uma prática comum
formato raio de sol. nos ateliers de Alta Costura,
pois eles fazem a trava apenas
com os alfinetes.

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MARCAÇÕES
COMPLEMENTARES

RECORTE PRINCESA
Uma marcação complementar e muito importante é a marcação do
recorte princesa.

CURIOSIDADE
A linha princesa é popularmente associada a Charles Frederick
Worth, que a introduziu pela primeira vez no início da década de
1870. Foi nomeado em homenagem à famosa e elegante Princesa
Alexandra.

No final da década de 1870 e início da década de 1880, o vestido


da princesa era um estilo popular. É considerada uma das
primeiras modas devido ao seu design extremamente ajustado,
apresentando a figura em uma forma natural.

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Já na década de 1950 A linha princesa foi um marco no design e
construção de vestidos ao longo do século. Em 1951, o costureiro
Christian Dior apresentou uma coleção de moda baseada em linha
de princesa que às vezes é chamada de 'Princess Line', embora seu
nome oficial fosse Ligne Longue ou 'Long Line'.

A linha princesa continua sendo um estilo popular para vestidos de


noiva e um design básico para vestidos de dia e de noite.

REBAIXAMENTO DO OMBRO
Essa linha é opcional. Caso queira fazer no seu manequim, desloque
1 cm em direção à frente.

Dica da Marlene:
A linha do ombro deslocada é algo
específico da alfaiataria masculina.

Antigamente, a alfaiataria era tipicamente


masculina, então quando começaram a
fazer a adaptação para o feminino,
mantiveram essa característica da queda
do ombro.

A questão do caimento da peça depende do


modelo e gosto pessoal. Seu uso deve ser
analisado com cuidado e não é uma regra
que precisa ser seguida!

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MARCAÇÃO
DA CAVA

A gora que o manequim está fitilhado, nós vamos fazer a transferência


dessa cava.

Vocês podem fazer o fitilhamento da cava em dois momentos: primeiro


(o mais indicado), é quando as telas forem conferidas, e neste caso
vocês podem experimentar a tela e até confeccionar a blusa básica, e
verificar no corpo se a cava está de acordo.

Uma outra dica é usar esse método para fazer a primeira cava, nesse
caso vocês irão desenhar a primeira cava no papel e depois passarão
para o manequim. Vocês também podem pegar o desenho de uma cava
pronta de alguma base de molde que vocês gostem de trabalhar.

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Para começar nós vamos pegar um papel e transferir o desenho da cava.

1. Posicionar o papel sobre a cava correta

2. Contornar o desenho da cava

3. Recortar o desenho da cava

4. Sobrepor o desenho da cava sobre o lado a ser fitilhado

5. Posicionar de acordo com a marcação, respeitando


a mesma medida do busto

6. Contornar a cava com o fitilho

7. Cortar o excesso do fitilho e arrematar

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CONFERÊNCIA
DO FITILHO

E ntão agora vamos fazer a conferência do fitilho e para isso nós


vamos transferir as principais medidas que marcamos no manequim
aqui para nossa tela.

O fitilho quando colocado de forma errada compromete a moulage,


por isso a importância de observar cuidadosamente as medidas.
Faça essa conferência para certificar-se de que as linhas estão
corretas. O indicado é fazer frente e costas.

As medidas que a serem conferidas são: linha do entre cavas, linha


do busto, linha da cintura, linha do pequeno quadril e linha do
quadril.

Na página 50 tem o roteiro de como preparar e marcar a tela


corretamente.

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2 cm

by DraftManequins

Distância entre ombro e busto


(opcional)
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre busto e cintura

Distância entre cintura e


pequeno quadril

Distância entre
pequeno quadril
e quadril

LARGURA DA TELA

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MÓDULO V
INTRODUÇÃO A MOULAGE

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PREPARAR
A TELA

N esta aula você aprenderá como preparar a tela para desenvolver os


moldes na moulage. Tela é o nome que damos ao tecido de algodão.
Para fazermos as telas, usaremos o tecido cuja composição seja 100%
algodão e com estrutura de trama simples.

O indicado é o algodão cru para quem está começando, pois a estrutura


e a goma deste tecido auxiliam na hora de manusear a tela sobre o
manequim. Ele pode ser encontrado em diversas larguras,
normalmente variam de 1,60 a 3 metros de largura, dependendo do
fabricante.

O ideal é preparar várias telas de uma só vez, pois desta forma


otimizará seu tempo. Para isso, verifique quais os moldes irá
desenvolver, e também qual o tamanho médio das telas que irá utilizar,
levando em consideração o tamanho do seu manequim.

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Para fazer todo o conteúdo do curso 3 metros é o suficiente.

Um outro detalhe antes de começar a preparar a tela, é entender o que


é a ourela do tecido, pois ela servirá de guia na hora de preparação da
tela.

Ourela é o acabamento do tecido, ou seja, é o arremate lateral realizado


no sentido do comprimento. Ela impede que os fios que compõem o
material desfiem.

Na hora de medirmos o tecido, usaremos como referência a ourela,


para definir o comprimento do tecido.

ROTEIRO

1. Corte as telas, para isso dê um pique no tecido e depois


rasgue de acordo com a especificação do molde.

2. Após rasgar o tecido é necessário esticar os fios, passe com


o ferro no sentido da trama para achatar as bordas enroladas,
nesta etapa pode ser a vapor.

3. Lembre-se de conservar a ourela para os exercícios .

A tela deve ficar lisa como um papel!

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MARCAR
A TELA

A pós as telas cortadas e passadas a ferro, a próxima etapa é preparar


as marcações de acordo com as especificações do molde que será
desenvolvido.

Este é um fator que contribui no caimento da roupa, portanto é


importante fazer da forma correta.

Para começar a marcação, precisamos ter em mente qual o modelo será


desenvolvido: blusa, saia ou vestido?

Após a escolha do modelo o próximo passo é medir o manequim para


transferir as linhas. A regra neste momento é deixar sempre uma
margem além da medida a ser utilizada, tanto para a parte superior e
inferior da tela. Essa medida pode variar, não precisa ser exata, porém é
importante que cada modelista encontre a sua medida ideal para
trabalhar.

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LEMBRE-SE:
BLUSAS: a linha de referência é a do busto
SAIAS: a linha de referência é o quadril
VESTIDOS: as linhas de referência são as linhas do busto e do quadril

REFERÊNCIA PARA MEDIR A BLUSA


Ao medir a blusa para realizar os exercícios propostos, devemos
considerar uma margem com uns 15 cm acima do ombro (para quem é
iniciante), e uns 8 cm abaixo da linha da cintura, porém com o tempo e a
prática, essa medida pode ser menor, pois assim evitamos desperdícios.

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REFERÊNCIA PARA MEDIR A SAIA
Para fazer a saia, deve ser considerado o modelo, pois no caso da saia
reta uma margem de 4 cm é o suficiente, já no caso da saia evasê é
indicado um pouco mais, como uns 10 cm por exemplo.

by DraftManequins

ROTEIRO PARA MARCAR A TELA:

1. Meça de 2 a 2,5 a partir da ourela e faça uma linha reta até o


final da tela.

2. Transfira a medida a ser esquadrada: se for blusa, será a linha


do busto, e se for a saia, será a linha do quadril.

3. Com um esquadro, marque a linha da trama.

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LEMBRE-SE:
A linha de 2 cm de margem tem a função de servir como uma margem
de segurança do molde e também como uma indicação do fio reto do
tecido, quando o tecido for cortado no sentido do fio reto!

EXEMPLO DE TELA DA BLUSA: EXEMPLO DE TELA DA SAIA:


2 cm 2 cm

COMPRIMENTO DA TELA
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre Distância entre


ombro e cintura cintura e quadril

LARGURA DA TELA LARGURA DA TELA

EXEMPLO DE TELA DA BLUSA:


Para fazer os moldes da frente e das costas, as telas precisam ser
espelhadas, ou seja, elas precisam ser rebatidas, como na ilustração:

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ALFINETAR
A TELA

U m dos segredos da moulage francesa é a alfinetagem correta da


tela. A alfinetagem exige uma certa disciplina, então é importante
observar os movimentos corretos e replicá-los.

Antes de começar a alfinetagem é importante posicionar a tela sobre o


manequim da forma correta, posicionando a marcação exatamente
sobre o meio do fitilho. Depois de posicionadas, devemos conferir as
linhas verticais e horizontais.

Na moulage francesa alfinetamos em alguns pontos específicos, e desta


forma não há necessidade de "encher" a tela com alfinetes, pois
posicionando nos locais estratégicos e da forma correta, a tela ficará
presa de modo que você poderá trabalhar livremente, sem a
preocupação de que ela possa ficar escapando.

O alfinete nesta etapa não deve ser empurrado e sim travado. Essa
trava impede que o tecido desloque.

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Outra característica muito importante da moulage é que não esticamos
o tecido, sempre respeitamos o seu caimento e moldamos as formas de
maneira suave.

Quando estamos alfinetando a tela completa, como por exemplo, a


lateral de uma blusa, posicionamos os alfinetes a uma distância de mais
ou menos 3 cm. Essa alfinetagem faz o papel de costura da peça,
portanto uma distância muito pequena pode distorcer a tela, enquanto
que muito maior tornará difícil a manipulação da peça.

Essas são as 3 formas de alfinetar a tela.

Observe sempre de forma cuidadosa como posicionar o


alfinete e não se preocupe, no início parece complicado,
mas com a prática você vai pegando experiência!

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MARCAR
O MOLDE

E sta etapa é de extrema importância, pois é o resultado final do nosso


molde. A marcação é um trabalho meticuloso e que requer atenção.

Para isso, é importante usar um lápis ou no máximo uma caneta no


estilo Bic. Canetas do tipo pincel não são indicadas, pois precisamos ter
essas linhas com a maior precisão possível.

Podemos fazer as marcações de duas formas: com pontos ou traços.

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No momento de marcação, devemos transferir todas as linhas do fitilho
para o manequim como decote, linha do ombro, lateral e também fazer
as marcações das pences, recortes, e junções de costuras.

A indicação do ápice do busto deve ser representada desta forma:

CHECK-LIST DE MARCAÇÃO DO MOLDE:

Decote
Ombro
Cava
Lateral
Cintura dica:
marque um
Pence ou recortes a cada marcação feita!
Piques de junção
Identificação do fio reto
Centro Frente e Centro Costas

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FOLGAS DE
VESTIBILIDADE

A ntes de vocês começarem os moldes é importante falarmos sobre a


folga na moulage. A folga é a distância que a roupa ficará do corpo, de
acordo com a análise do modelo a ser desenvolvido.

As folgas servem para tornar a roupa confortável, com o intuito de dar


mobilidade a pessoa que usará de acordo com o modelo e o tipo de
tecido pensado pelo modelista.

A variação de folgas na modelagem vai da silhueta justa, ajustada,


levemente ampla, ampla e muito ampla. Quando a modelagem é justa,
evidenciam-se as formas anatômicas do corpo.

Aqui na moulage vocês podem adicionar as folgas em dois momentos:


quando estão trabalhando diretamente no molde, que é o mais
indicado, assim vocês já conseguem visualizar o caimento da peça e o
estilo final. Outro momento é na planificação do molde, que é a etapa
final, após concluírem o molde.

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INTRODUÇÃO
A PLANIFICAÇÃO

A planificação é a transferência do modelo para o papel, com o


traçado de suas formas e todos os detalhes de cada parte da tela.

Nesta fase adotamos os mesmos procedimentos utilizados na


modelagem plana, e cada parte do modelo reproduzido deve conter as
informações e marcações sobre piques, pences, furos indicadores da
altura de bolsos ou outros detalhes.

As etapas de prova e correção e gradação são os mesmos utilizados na


modelagem plana e na moulage, com os mesmos cuidados e critérios.
Para fazermos a planificação utilizaremos os mesmos materiais que
usamos na modelagem plana, como papel, réguas, carretilha e lápis.

Antes de começar a planificação, precisamos preparar a tela e para isso


devemos passar, lembrando que nessa etapa o ferro não deve ser a
vapor, pois o vapor irá alterar as linhas da tela. Após, é necessário
conferir todas as linhas, se estão marcadas de forma correta.

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A planificação não tem segredo, basta transferir as linhas para o papel e
fazer as correções necessárias com as réguas.

Se o processo de construção do molde for para uso industrial, nesta


etapa é o momento de corrigir algumas linhas, pois como na moulage
conseguimos formas inéditas (principalmente na pence), que forma
uma curva, neste momento precisamos corrigir e transformar essas
curvas em retas, a fim de facilitar o processo industrial em larga escala.

Porém se o processo for para um atelier ou roupas sob medida, essas


curvas podem e devem ser preservadas, pois é um dos diferenciais dos
moldes obtidos através de moulage, quando comparados a modelagem
plana.

Uma etapa de extrema importância é a identificação completa deste


molde. A cada planificação ou final de exercício, identifique o molde
com as etiquetas disponíveis neste módulo.

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IDENTIFICAÇÃO DO MOLDE

As modelagens (moulage) finalizadas geralmente são identificadas por


uma série de informações essenciais ou códigos, próprios da linguagem
interna de cada empresa de confecção, e todos os funcionários
envolvidos no processo produtivo devem reconhecê-los.

São eles:

Referência ou descrição do modelo: nome ou código que identifica


um modelo dentro da coleção. Por exemplo: VES001V20 ou Vestido
Jade Verão 2020. Este número pode ser o mesmo que aparece no
código de barras do produto na loja.

Tamanho: número ou letra do tamanho do respectivo molde.


Ex.: 40 ou Tam: M

Parte componente: descreve-se no molde que o nome da peça faz


parte do conjunto de partes do modelo.

Quantidade: Informa quantas vezes o molde deve ser cortado para


obter um produto completo.

Fio: linha reta desenhada no centro do molde que serve para


identificar o sentido em que deverá ser posicionado o tecido para o
corte.

O sentido de um fio refere-se ao caimento que terá sobre o corpo do


usuário. Normalmente, o fio segue os fios de construção do tecido, em
especial os de urdume (fio do sentido do comprimento do tecido).

Ele também pode ser marcado atravessado, ou em sentido de 45 graus


em relação ao fio de urdume, conhecido como fio enviesado.

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Quando se trata de tecido com felpa, como é o caso do veludo, a
marcação do fio deve ter a mesma direção para todas as partes do
componente. O mesmo ocorre com tecidos com estampas em direção
única.

Marcações: são detalhes que podem auxiliar a confecção de uma


peça facilitando a costura.

São os entalhes como piques, que marcam posições de pences, pregas,


bitolas de bainhas ou detalhes para encaixe de costura.

Também são marcações de furos de bolso, linhas de dobras, aumentos


de bainhas, costuras, dentre outros, que servem de guia para
riscadores, cortadores e costureiras.

Modelista: é aconselhável identificar o modelista que desenvolveu


o trabalho, em especial no caso de empresas que utilizam mais de um
profissional.

Data: para monitorar as peças que foram testadas ou não, é


importante identificar o molde por meio de datas de execução.

MARCAÇÕES DO MOLDE:

Linha do urdume / fio reto CF Cento da frente

Trama / contra fio CC Centro das costas

Dobra do tecido Localização do bolso

Dobra do tecido alternativo X


Localização do botão

Piques Margem de costura

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MÓDULO VI
CONSTRUÇÃO DE SAIAS

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CONSTRUÇÃO
DE SAIAS

A saia é o molde básico que começamos a modelagem e aqui na


moulage não é diferente, pois ela facilita a compreensão dos volumes
do corpo.

Para fazer uma boa modelagem de bases, precisamos respeitar as


curvas do corpo.

A saia é o primeiro contato com a modelagem pois nos permite


compreender o corpo e as transferências das pences. Ela também
facilita a compreensão de outras peças, a partir da interpretação, já que
a saia está presente em vestidos, por exemplo.

Neste módulo faremos a saia reta básica e a saia evasê, porque partindo
do princípio básico de manipulações do tecido e das pences dessas
saias, vocês conseguem criar as variações.

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Esses moldes serão realizados usando a cintura alta do manequim,
então caso queiram uma saia com cós mais baixo, precisam interpretar
o modelo e fazer o rebaixamento dessa cintura.

Nos moldes de saias usamos a linha do quadril como referência, então é


importante sempre traçar essa linha de forma esquadrada quando
forem preparar as telas.

A saia reta é um modelo básico e podem ser feitas inúmeras


interpretações a partir dela, já na saia evasê utilizamos uma técnica que
pode ser replicada para fazer a saia godê por exemplo. E também, em
casos específicos, efeitos como o peplum ou basque, que são um tipo de
babado utilizados em blusas, vestidos e casacos, a técnica é exatamente
a mesma.

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SAIA RETA

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

2 telas espelhadas, com as medidas obtidas de acordo com seu


manequim com marcações no centro da tela.

2 cm 2 cm

Distância entre
cintura e quadril
(medida obtida
COMPRIMENTO DA TELA

no seu manequim)

LARGURA DA TELA LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha da cintura no centro da


frente.

2. Alfinetar a linha do pequeno quadril no


centro da frente.

3. Alfinetar a linha do quadril no centro da


frente.

4. Alfinetar a linha da barra no centro da


frente. C
F

5. Alfinetar a linha da lateral do quadril.

6. Alfinetar a linha da lateral da cintura.

7. Alfinetar a linha da lateral da barra.

8. Cortar o excesso de tecido na lateral.

9. Fazer piques na cintura, caso


necessário.

10. Alfinetar a pence da cintura sobre a


linha do recorte princesa. C
C

11. Alfinetar a linha da cintura no centro


das costas.

12. Alfinetar a linha do quadril no centro


das costas.

13. Alfinetar a linha da barra no centro


das costas.

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14. Alfinetar a linha da lateral do quadril.
15. Alfinetar a linha da lateral da cintura.
16. Alfinetar a linha da lateral na barra.
17. Alfinetar a pence da cintura sobre a linha do recorte princesa
nas costas.
18. Ou faça a divisão da pence, deslocando a linha do centro das costas
(opcional). Caso faça a divisão da pence, faça a marcação do novo
centro das costas.
19. Fazer as marcações das pences
na frente e costas. Pergunta frequente:
20. Identificar o CF e CC. A correção da cintura ou
rebaixamento da saia na frente e
21. Marcar a cintura. costas acontece por questões
anatômicas do corpo e para
22. Marcar a lateral e sobreponha garantir um melhor caimento.
o tecido.
Como aqui estamos fazendo a
23. Marcar as pence. saia na moulage, esse
rebaixamento não vai fazer com
24. Fazer o rebaixamento de que sua saia "falte" tecido.
correção da cintura (opcional):
Mas caso você julgar necessário
1 cm na frente / 2 cm nas costas. pode apenas acertar a pence na
linha da cintura, sem o
25. Fazer a nova marcação da cintura. rebaixamento traseiro.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral do quadril com a curva de alfaiate.
2. Corrigir a curvatura da cintura com a curva de alfaiate.
3. Corrigir o comprimento da saia com a régua.
4. Fazer as indicações no molde.

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SAIA EVASÊ

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

2 telas espelhadas, com as medidas obtidas de acordo com seu


manequim e com marcações no centro da tela.

2 cm 2 cm

Distância entre
cintura e quadril
(medida obtida
COMPRIMENTO DA TELA

no seu manequim)

LARGURA DA TELA LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha da cintura no centro da


frente.

2. Alfinetar a linha do quadril no centro da


frente.

3. Alfinetar a linha da barra no centro da


frente.

4. Manusear o tecido, de forma suave,


deslocando a linha do quadril e faça piques
perpendiculares em direção a linha da cintura.

5. Alfinetar na linha lateral da cintura.

6. Alfinetar na linha lateral do quadril.

7. Alfinetar na linha lateral da barra.

8. Cortar o excesso de tecido na lateral.

9. Fazer piques na lateral, caso necessário.

10. Alfinetar a linha da cintura no centro das


costas.

11. Alfinetar a linha do quadril no centro das


costas.

12. Alfinetar a linha da barra no centro das


costas.

13. Manusear o tecido, de forma suave,


deslocando a linha do quadril e faça piques
perpendiculares em direção a linha da cintura.

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14. Alfinetar na linha lateral da cintura.
15. Alfinetar na linha lateral do quadril. Pergunta frequente:
16. Alfinetar na linha lateral da barra. Utilize a mesma técnica da saia
evasê para fazer a saia godê.
17. Marcar a lateral da saia.
A única diferença é na hora de
18. Fazer o rebaixamento da cintura: preparar a tela, para a saia godê
2 cm nas costas / 1 cm na frente é necessário um tamanho maior
de tecido na distância entre a
19. Fazer a nova marcação da cintura de linha da cintura até o quadril,
acordo com a linha rebaixada (opcional). pois o godê tem um volume
maior, e esse volume acontece
20. Marcar a barra da saia. pois o tecido vai enviesando
levemente justamente para
21. Cortar excesso de tecido na barra. formar este volume.

22. Conferir os piques de junção na lateral Não há uma medida exata do


do quadril e marcações como CF e CC. tecido, portanto faça o teste e
visualize os diferentes volumes
23. Marcar as pence. e efeito causado pela técnica!
24. Fazer o rebaixamento de
correção da cintura (opcional):
1 cm na frente / 2 cm nas costas.

25. Fazer a nova marcação da cintura.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral do quadril com a curva de alfaiate.
2. Corrigir a curvatura da cintura com a curva de alfaiate.
3. Corrigir o comprimento da saia com a régua.
4. Fazer as indicações no molde.

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PLANIFICAÇÃO
DA SAIA RETA

PREPARAÇÃO:

1. Conferir as marcações das linhas e pences.

2. Conferir os piques de junção na lateral do quadril e marcações


como CF e CC.

3. Retirar os alfinetes da tela.

4. Passar a tela com ferro sem vapor.

PLANIFICAÇÃO:

1. Traçar uma linha reta e esquadre.


Dica 1:
2. Posicionar a tela sobre a linha traçada e
esquadrada. A margem de costura varia
de acordo com o tipo de
costura e acabamento.
3. Prender a tela sobre o papel.

4. Transferir as linhas para o papel.

5. Corrigir o comprimento da saia com o Dica 2:


esquadro.
A margem ou folga de
vestibilidade pode ser
6. Corrigir a curvatura do quadril com a inserida em dois momentos:
curva de alfaiate. durante a construção do
molde ou no processo final.
7. Corrigir a curvatura da cintura com a
curva de alfaiate.

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8. Corrigir a curvatura do centro
das costas com a curva de alfaiate.

9. Corrigir a linha das pences.

10. Acrescentar as margens de


costuras e folgas de vestibilidade.

FINALIZAÇÃO:

1. Identificar o molde.

2. Recorte o molde.

3. Vincar a pence.

4. Fazer piques.

Dica: utilize a etiqueta disponível em anexo para


identificar seu molde!

MOLDE MODELISTA

TAMANHO DATA

COMPONENTE
OBSERVAÇÃO

CORTAR

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Dica: utilize esta página para impressão das etiquetas!

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MÓDULO VII
CONSTRUÇÃO DE BLUSAS

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CONSTRUÇÃO
DE BLUSAS

N este módulo estudaremos as transferências de pences. Este


estudo é fundamental pois fornece uma possibilidade infinita de
criação, trazendo volumes e formas inusitadas, mantendo a estética e a
forma do corpo. Essas transferências são feitas na parte da frente da
blusa.

ESTUDO DAS TRANSFERÊNCIAS:

Pence Fundamental, frente e costas


Pence na Cava
Pence no Busto
Pence no Decote
Pence na Diagonal

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Essas são as principais variações. É importante fazer todos os
exercícios para analisar como é feita a transferência da pence.

Entendendo os conceitos básicos de transferências, você ficará livre


para criar seus moldes, sabendo como vai trabalhar com os volumes do
corpo e conferindo um melhor caimento para suas criações.

VOCÊ APRENDERÁ:

PENCE NO
CENTRO PENCE NO DECOTE
DO OMBRO
C
PENCE NA CAVA F

CENTRO DO BUSTO

PENCE FRANCESA
PENCE DIAGONAL

LINHA DA PENCE
NA CINTURA

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BLUSA COM PENCE
FUNDAMENTAL
(Pence na cintura e no ombro)

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

2 telas, com medidas obtidas de acordo com seu manequim e com


marcações no centro da tela.

2 cm 2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha do centro do pescoço na


frente.

2. Alfinetar a linha do centro do busto.

3. Alfinetar o centro da cintura.

4. Alfinetar lateral do busto.

5. Alfinetar lateral da cintura.

6. Alfinetar a linha do ombro.

7. Cortar o excesso do tecido na lateral e cava.

8. Alfinetar no ápice do busto (opcional).

9. Cortar o excesso do tecido no decote e fazer


piques (opcional).

10. Cortar o excesso do tecido na cintura e


fazer piques (opcional).

11. Alfinetar ombro na lateral do pescoço.

12. Alfinetar pence na cintura.

13. Alfinetar pence na lateral no ombro.

14. Cortar o excesso do tecido onde for


necessário.

15. Alfinetar a linha do centro do pescoço nas


costas.

16. Alfinetar a linha do centro nas costas.

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17. Alfinetar o centro da cintura nas costas.

18. Cortar o excesso do tecido.

19. Alfinetar lateral do busto.

20. Alfinetar lateral da cintura.

21. Alfinetar na linha do ombro.

22. Cortar o excesso de tecido na lateral e decote.

23. Alfinetar pence no ombro.

24. Alfinetar ombro na lateral do pescoço.

25. Fazer piques na cintura.

26. Alfinetar pence na cintura.

27. Cortar o excesso de tecido na cava e ombro.

28. Sobrepor a tela na lateral e ombro.

29. Fazer marcações: decote, linha do ombro, cava,


lateral, linha da cintura, pences, centro frente (CF),
centro costas (CC) e piques de junção.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral da blusa e pences.
2. Corrigir a curvatura do decote e cava.
3. Fazer as indicações no molde.

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BLUSA COM PENCE
NA CINTURA E CAVA

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela com as medidas obtidas de acordo com seu manequim e


com marcações no centro da tela.

2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA

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PREPARAÇÃO:

1. Alfinetar a linha do centro do pescoço na


frente.

2. Alfinetar a linha do centro do busto.

3. Alfinetar o centro da cintura.

4. Alfinetar lateral do busto.

5. Alfinetar lateral da cintura.

6. Cortar o excesso do tecido no decote e fazer


piques.

7. Alfinetar a linha do ombro próximo ao


decote.

8. Alfinetar a linha do ombro.

9. Cortar o excesso de tecido na lateral, cava e


linha da cintura.

10. Manusear o tecido, direcionando a pence


para a cava.

11. Alfinetar pence da cava.

12. Fazer piques (opcional).

13. Alfinetar pence da cintura, posicionando


ao centro, na linha do recorte princesa.

14. Marcar decote, ombro, cava, lateral,


pences, cintura e centro frente (CF).

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PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral da blusa e pences.
2. Corrigir a curvatura do decote e cava.
3. Fazer as indicações no molde.

Dica 1:
Utilize a marcação da linha do
recorte princesa como
referência para posicionar a
pence do ombro e a pence da
cintura.

Dica 2:
Na hora de costurar, essas
pences podem ser costuradas ou
recortadas.

Normalmente quando for uma


pence recortada é comum ela
ficar mais curvada, pois ao
alfinetar acabamos colocando
mais pressão no tecido, ao
contrário de quando ela é apenas
costurada fechada.

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BLUSA COM PENCE
NO BUSTO

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela, com medidas obtidas de acordo com seu manequim e com


marcações no centro da tela.

2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha do centro do pescoço na


frente.

2. Alfinetar a linha do centro do busto.

3. Alfinetar o centro da cintura.

4. Cortar o excesso de tecido


na cintura e fazer piques.

5. Manusear o tecido e alfinetar na linha do


recorte princesa.

6. Alfinetar lateral da cintura.

7. Alfinetar lateral do busto.

8. Alfinetar na linha do ombro.

9. Retirar o alfinete na linha do pescoço e


manipular o tecido em direção ao centro do
busto.

10. Alfinetar novamente no centro do pescoço


na frente.

11. Cortar o excesso do tecido no decote.

12. Alfinetar no ombro, na lateral do pescoço.

13. Retirar o alfinete na linha do busto e


alfinetar a pence no centro da linha do busto.

14. Cortar o excesso de tecido na frente,


lateral, cava e ombro.

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15. Fazer marcações: nova linha do centro da frente (CF), pence, CF,
linha do decote, ombro, cava, lateral e linha da cintura.

PLANIFICAÇÃO:
Dica 1:
1. Corrigir a lateral da blusa e pences.
2. Corrigir a curvatura do decote e cava. Essa pence é comumente
utilizada para fazer o decote
3. Fazer as indicações no molde. degagê ou também conhecido
como decote drapeado, então
normalmente ela não é uma
pence costurada, conforme visto
neste exercício.

Porém como o efeito do dedagê


é um drapeado na região do
decote, formado em função do
volume transferido das pences
combinadas, caso queira esse
efeito, basta deixar o volume
livre e neste caso, não alfinete.

Explore as variadas
possibilidades desse volume na
região do decote, além do
degagê, essa volume pode ser
usado para fazer outros
modelos, como laços e torções
na região do busto.

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BLUSA COM PENCE
NO DECOTE

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela, com as medidas obtidas de acordo com seu manequim e


com marcações no centro da tela.

2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha do centro do pescoço na


frente.

2. Alfinetar a linha do centro do busto.

3. Alfinetar o centro da cintura.

4. Cortar o excesso de tecido na cintura


e fazer piques.

5. Manusear o tecido e alfinetar na linha do


recorte princesa.

6. Alfinetar lateral da cintura.

7. Alfinetar lateral do busto.

8. Cortar o excesso do tecido na lateral.

9. Alfinetar no ombro.

10. Cortar o excesso do tecido no decote


e ombro.

11. Retirar o alfinete na linha do pescoço


e alfinetar a pence.

12. Cortar o excesso do tecido e fazer piques.

13. Alfinetar no ombro, na lateral do pescoço.

14. Cortar o excesso do tecido e cortar


a pence.

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15. Fazer marcações: linha do decote, ombro, cava, lateral, linha da
cintura e pence (recorte) e centro frente (CF).

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral da blusa e pences.
2. Corrigir a curvatura do decote e cava. Dica:
3. Fazer as indicações no molde. A pence no decote é
normalmente utilizada para
fazer pregas e franzidos na
região do decote, deste modo é
raro vermos esse tipo de pence
costurada.

Você pode fazer variações


diversas e com isso criar
inúmeros modelos!

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BLUSA COM PENCE
NA DIAGONAL

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela, com medidas obtidas de acordo com seu manequim


com marcações no centro da tela.

2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA

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CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar a linha do centro do pescoço


na frente.

2. Alfinetar a linha do centro do busto.

3. Alfinetar o centro da cintura.

4. Manusear o tecido e alfinetar o


ombro temporariamente.

5. Cortar o excesso do tecido no decote.

6. Alfinetar a linha do ombro e próximo ao


decote.

7. Fazer piques (opcional).

8. Alfinetar lateral do busto.

9. Alfinetar lateral da cintura.

10. Cortar o excesso de tecido na lateral,


na linha da cintura, cava e ombro.

11. Alfinetar na linha do recorte princesa


e fazer piques.

12. Soltar o alfinete do CF e alfinetar a pence


diagonal.

13. Cortar a pence.

14. Fazer marcações: linha do decote, ombro,


cava, lateral, linha da cintura, pence (recorte) e CF.

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PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a lateral da blusa e pences.
2. Corrigir a curvatura do decote e cava.
3. Fazer as indicações no molde.

Dica:
A pence na diagonal pode ser
posicionada no centro da frente
ou na lateral do modelo.
Quando é posicionada na lateral,
forma a pence conhecida como
pence francesa ou pence Dior.

É uma pence muito versátil, e


quando feita na moulage, fica
levemente curvada, o que
confere um bom caimento nos
vestidos, principalmente na
região do busto.

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PLANIFICAÇÃO DA BLUSA
COM PENCE FUNDAMENTAL
FRENTE E COSTAS

PREPARAÇÃO:

1. Conferir as marcações das linhas e pences.

2. Conferir os piques de junção na lateral e marcações como CF e CC.

3. Retirar os alfinetes da tela.

4. Passar a tela com ferro sem vapor.

PLANIFICAÇÃO:

1. Corrigir a lateral da blusa com a régua japonesa.

2. Corrigir a linha da cintura com a régua japonesa.

3. Corrigir a linha do ombro com a régua japonesa.

4. Corrigir a pence em curva com uma régua de curva


(alfaiate, francesa, perroquet, pistolet).

5. Corrigir a curvatura da cava com as réguas de curva.

6. Corrigir com linha reta o decote e cava.

7. Acrescentar as margens de costuras e folgas de vestibilidade.

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FINALIZAÇÃO:

1. Identificar o molde.

2. Recorte o molde.

3. Vincar a pence.

4. Fazer piques.

ANOTAÇÕES

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MÓDULO VIII
CONSTRUÇÃO DAS GOLAS

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APRESENTAÇÃO
DAS GOLAS

As golas podem ser classificadas da seguinte forma:


Golas flat: são as golas que permanecem planas ao redor dos
ombros. Ex: Gola Bebê ou Peter Pan e Gola Marinheiro.

Golas levantadas: permanecem em pé ao redor do pescoço.


Ex: Gola Padre e Gola Escafandro.

Golas inteiras: são modeladas junto às partes do corpo da frente


e costas. Ex: Gola Xale ou Smoking.

Golas com lapelas: separam gola e lapela. Ex: Gola Esporte.

E neste módulo estudaremos todas essas variações.

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PREPARAÇÃO DAS GOLAS

Antes de começar a exercitar a moulage


das golas, você precisará:

Uma blusa básica frente e costas

Preferencialmente com as pences


transferidas para a lateral do busto e para
Dica 1:
a cintura
A escolha da medida do
Fazer o rebaixamento da linha do rebaixamento da linha do decote é
opcional e deve estar de acordo
decote, com uma média de 0,5cm a 1 cm com o caimento e o visual do
modelo.
em toda a circunferência do decote.
Ou seja, se o modelo for mais justo
Fazer todas as marcações da blusa, ao pescoço, o rebaixamento deve
especialmente na linha do ombro. ser de 0,5cm ao redor do pescoço,
e caso for mais afastada deverá ser
maior, como o caso da gola
escafandro, por exemplo.

Dica 2:
Para fazer o desenho das golas
você pode fazer com a fita de
estilo, fitilho tradicional ou ainda,
fazer o desenho diretamente
sobre a tela.

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GOLA PADRE

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela, com as medidas obtidas de acordo com seu manequim com


marcação de 2 cm.

2 cm
10 CM

30 CM

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PREPARAÇÃO:

Base frente e costas pronta com as marcações do decote e linha


do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar centro do pescoço nas costas.

2. Alfinetar a gola ao redor do decote,


sobre a tela da blusa (alfinetando tecido
com tecido).

3. Fazer piques sempre que necessário.

4. Cortar o excesso de tecido no centro da


frente.

5. Fazer piques.

6. Fazer marcações: transferir a linha do


decote para a gola.

7. Fazer pequenas "pences" para a gola


ficar anatômica.

8. Cortar o excesso de tecido na lateral.

9. Fazer marcações: centro das costas


(CC), pique de indicação no encontro do
ombro.

10. Cortar gola de acordo com o desenho.

100
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PLANIFICAÇÃO:

1. Planificar com os alfinetes das


"pences" para manter o desenho
anatômico.

2. Corrigir as curvas e as retas com a


régua.

3. Colocar as margens de costura.

4. Fazer as indicações no molde.


Dica:
A gola padre também é
conhecida como gola mandarim,
chinesa ou militar.

Experimente variações dessa


gola quando estiver construindo:
faça as pequenas pences e
verifique o quão curvada a gola
fica.

Faça diferentes alturas e


verifique o resultado.

101
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GOLA E
COLARINHO

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela de 10 cm de largura x 30 cm de comprimento com marcação


de 2 cm e 1 tela de 20 cm de largura x 30 cm de comprimento
com marcação de 2 cm .

2 cm 2 cm
10 CM

20 CM

30 CM

30 CM

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102
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PREPARAÇÃO:

Base frente e costas pronta com as marcações do decote original


e linha do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar centro do pescoço nas costas.

2. Alfinetar a gola ao redor do decote,


sobre a tela da blusa (alfinetando tecido
com tecido).

3. Fazer piques sempre que necessário.

4. Cortar o excesso de tecido no centro da


frente.

5. Fazer marcações: transferir a linha do


decote para a gola e definir o desenho do
colarinho, pique de indicação no encontro
do ombro e centro das costas (CC).

6. Cortar o excesso de tecido.

7. Alfinetar centro do pescoço nas costas


sobre o pé de gola.

8. Alfinetar a gola ao redor do pé de gola


(alfinetando tecido com tecido).

9. Fazer marcações: transferir a linha do


decote para a gola e centro das costas (CC).

10. Dobrar a gola e prender no centro das


costas.

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11. Definir o desenho da gola.
12. Cortar gola de acordo com o desenho.

PLANIFICAÇÃO:
1. Planificar as partes da gola individualmente.
2. Corrigir as curvas e as retas com a régua.
3. Colocar as margens de costura.
4. Fazer as indicações no molde .

Dica:
A gola colarinho tradicional de
camisas possui um transpasse
de em média 1,5 cm para o
abotoamento.

O desenho do pé da gola pode


variar de acordo com o gosto
pessoal ou a tendência.

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GOLA
MARINHEIRO

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela de 50 cm de largura x 50 cm de comprimento com marcação


de 2 cm.

2 cm
50 CM

50 CM

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PREPARAÇÃO:

Base frente e costas pronta com as marcações do decote e linha


do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar centro do pescoço nas costas.

2. Cortar em direção ao ombro.

3. Fazer piques sempre que necessário.

4. Alfinetar a tela no centro da frente.

5. Cortar o excesso de tecido.

6. Definir o desenho da gola.

7. Cortar o excesso de tecido.

8. Fazer marcações: transferir a linha do


decote, pique de indicação no encontro do
ombro, desenho da gola e centro das costas
(CC).
C
C

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir as curvas e as retas com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

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GOLA BEBE
OU PETER PAN

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela de 50 cm de largura x 50 cm de comprimento com marcação


de 2 cm.

2 cm
50 CM

50 CM

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PREPARAÇÃO:

Base frente e costas pronta com as marcações do decote e linha


do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar centro do pescoço nas costas.

2. Alfinetar no ombro.

3. Cortar no decote até o ombro.

4. Fazer piques.

5. Alfinetar a tela no centro da frente.

6. Cortar o excesso de tecido.

7. Fazer piques.

8. Fazer marcações: desenho da gola,


transferir a linha do decote, pique de
indicação no encontro do ombro e centro
das costas (CC).

9. Cortar o excesso do tecido.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir as curvas e as retas com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

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GOLA
ESCAFANDRO

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela de 35 cm de largura x 65 cm de comprimento com marcação


de 2 cm.

2 cm
35 CM

65 CM

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PREPARAÇÃO:

Base frente e costas prontas com as marcações do decote, que


neste caso deve ter um afastamento maior na linha do pescoço.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar centro do pescoço nas costas.

2. Alfinetar a gola ao redor do decote,


sobre a tela da blusa (tecido com tecido).

3. Fazer piques sempre que necessário.

4. Cortar o excesso do tecido.

5. Acomodar a gola e determinar o desenho


da gola.

6. Cortar a gola de acordo com o desenho.

7. Fazer marcações: desenho da gola,


transferir a linha do decote, pique de
indicação no encontro do ombro e centro
das costas (CC).

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir as curvas e as retas com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

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GOLA
ESPORTE

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela com medidas obtidas de acordo com seu manequim, com


marcações no centro da tela, e uma tela de 12 cm de largura x 35 cm
de comprimento com marcação de 2 cm.

Medida do transpasse,
média de 10 cm

2 cm
COMPRIMENTO DA TELA

Distância entre
ombro e busto
12 CM

(medida obtida
no seu manequim)

35 CM

LARGURA DA TELA

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PREPARAÇÃO:

Base costas pronta com as marcações do decote e linha do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar linha do centro do pescoço.

2. Alfinetar linha do centro do busto.

3. Alfinetar linha do centro da cintura.

4. Alfinetar lateral do busto.

5. Alfinetar lateral da cintura.

6. Alfinetar pence na lateral da cava.

7. Alfinetar pence na linha da cintura.

8. Cortar o excesso do tecido.

9. Acomodar a linha do ombro, sobrepondo


os tecidos e alfinetando tecido sobre
tecido.

10. Alfinetar a gola no centro das costas.

11. Alfinetar a gola ao redor do decote,


sobre a tela da blusa (tecido com tecido).

12. Fazer piques sempre que necessário.

13. Retirar alfinete do pescoço no centro


da frente.

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14. Cortar o excesso do tecido.

15. Fazer marcações: transferir a linha do


decote, linha do ombro, pique de indicação no
encontro do ombro e centro das costas (CC).

16. Acomodar a gola.

17. Definir o transpasse de acordo com o


abotoamento.

18. Cortar o transpasse.

19. Definir desenho da gola.

20. Fazer marcações: desenho da gola,


lateral, cava, botões, centro da frente (CF) e
piques de junção.

21. Cortar o excesso de tecido.

PLANIFICAÇÃO:
1. Planifique as golas separadas.
2. Corrija as curvas e as retas com a régua .
3. Coloque as margens de costura.
4. Faça as indicações no molde.

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GOLA SMOKING
OU GOLA XALE

ESPECIFICAÇÃO DA TELA:

1 tela com medidas obtidas de acordo com seu manequim,


com marcações no centro da tela.

Medida do transpasse,
média de 10 cm

Média de 55 cm
COMPRIMENTO DA TELA

até a linha do busto

Distância entre
ombro e busto
(medida obtida
no seu manequim)

LARGURA DA TELA

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PREPARAÇÃO:

Base costas pronta com as marcações do decote e linha do ombro.

CONSTRUÇÃO:

1. Alfinetar linha do centro do pescoço


na frente.

2. Alfinetar linha do centro do busto.

3. Alfinetar centro da cintura.

4. Alfinetar lateral do busto.

5. Alfinetar lateral da cintura.

6. Alfinetar pence na lateral da cava.

7. Alfinetar pence na linha da cintura.

8. Cortar o excesso do tecido.

9. Alfinetar na linha do ombro.

10. Cortar o excesso do tecido.

11. Fazer pique em diagonal em direção


ao pescoço.

12. Retirar alfinete do pescoço no centro


da frente.

13. Alfinetar a gola nas costas na linha do


decote.

115
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14. Cortar o excesso do tecido.

15. Fazer marcações: transferir a linha do


decote, linha do ombro, pique de indicação no
encontro do ombro e centro das costas (CC).

16. Definir o transpasse de acordo com o


abotoamento.

17. Cortar o excesso do tecido.

18. Desenhar a gola.

19. Cortar o excesso do tecido.

20. Fazer marcações: centro das costas,


pique de indicação no encontro do ombro,
centro da frente (CF), centro das costas (CC),
pences, cava, lateral, linha da cintura e
abotoamento.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir as curvas e as retas com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

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PLANIFICAÇÃO
DA GOLA SMOKING

PREPARAÇÃO:

1. Conferir as marcações das linhas e pences.

2. Conferir os piques de junção e marcações como CF e CC.

3. Retirar os alfinetes da tela.

4. Passar a tela com ferro sem vapor.

PLANIFICAÇÃO:

1. Corrigir a linha da cintura com a régua japonesa.

2. Corrigir a lateral da blusa com a régua japonesa.

3. Corrigir a linha do ombro com a régua japonesa.

4. Corrigir a linha do centro costas da gola com a régua japonesa.

5. Corrigir a pence em curva com uma régua de curva


(alfaiate, francesa, perroquet, pistolet).

6. Corrigir a curvatura da cava com as réguas de curva.

7. Corrigir a curvatura da gola com as réguas de curva.

8. Corrigir a linha do transpass.

9. Acrescentar as margens de costuras e folgas de vestibilidade.

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FINALIZAÇÃO:

1. Identificar o molde.

2. Recorte o molde.

3. Vincar a pence.

4. Fazer piques.

ANOTAÇÕES

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MÓDULO IX
CONSTRUÇÃO DE MANGAS

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APRESENTAÇÃO
DAS MANGAS

N esse módulo estudaremos a construção das mangas: manga curta,


manga longa e a manga raglan. A manga curta será construída sem o
braço do manequim, então neste caso não é necessário ter o braço
acoplado ao manequim.

Para confeccionarmos a manga longa e a manga raglan, precisamos ter


o braço apropriado. Esse braço vocês pode ser adquirido
separadamente ou ainda, pode ser fabricado sem problema algum,
inclusive na plataforma disponibilizamos os capítulos de 3 livros
diferentes de moulage onde ensinam a fazer o braço.

O download desse material pode ser feito, e após é necessário escolher


a metodologia de sua escolha.

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PREPARAÇÃO DAS MANGAS

Para fazermos as mangas, precisamos


preparar a base da blusa. Neste caso,
utilizaremos a blusa previamente pronta,
conforme estudado anteriormente.

Para a aplicação da manga, a blusa precisa


estar com folgas suficientes para a manga
ter uma boa mobilidade. Também é
necessário corrigir a cava da blusa que
receberá a manga.

1. Acrescentar 1 cm (esta medida é


variável de acordo com o manequim e o
modelo a ser desenvolvido) de folga de
cada lado da blusa lateral frente e costas. Dica:
2. Rebaixar 1 cm (esta medida é variável A medida da circunferência da
de acordo com o manequim) na região da cava é individual e o indicado é
experimentar a base da blusa e
cava da blusa na lateral frente e costas. verificar se esta base tem uma boa
mobilidade.
3. Retraçar a cava usando uma régua em
curva, considerando o rebaixamento feito
na cava.

4. Cortar o excesso de tecido caso necessário.

5. Conferir a circunferência da medida total da cava.

6. Alfinetar novamente a tela.

7. Posicionar a tela no manequim.

Com essas alterações e medida e a medida da circunferência da cava,


podemos começar a preparar as mangas.

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ACOPLAR O BRAÇO DO MANEQUIM

O braço do manequim precisa estar acoplado de forma correta, para


exercitarmos a manga e conseguirmos um bom caimento da peça.

Para posicionarmos o braço ao manequim é preciso seguir algumas


orientações básicas, como o alinhamento correto, a utilização de
alfinetes que não interfiram enquanto estamos trabalhando com a tela e
o cuidado de que este braço precisa estar bem preso ao manequim, pois
ao trabalharmos a tela da manga, não pode haver deslocamento do mesmo.

ROTEIRO:

1. Posicionar o braço de forma que a


linha do ombro da aba do braço
sobreponha e a linha do ombro do
manequim.

2. Prender o braço rente ao corpo.


Dica:
3. Alfinetar no ponto do ombro no Os alfinetes utilizados nessa etapa
centro. precisam ser os modelos simples,
sem cabeça, seja de vidro ou
4. Alfinetar no ponto do ombro na plástico, pois alfinetes com cabeça
atrapalham na hora de
frente. trabalharmos a tela sobre o
manequim.
5. Alfinetar no ponto do ombro nas
costas.

6. Alfinetar ao redor em pontos


necessários para que fique firme.

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MANGA CURTA
(Sem braço)

PREPARAÇÃO DA TELA:

Ao prepararmos a tela da manga curta que será feita sem o braço do


manequim, é necessário encontrar a circunferência da cava, para
calcularmos a quantidade de tecido que utilizaremos para fazer a
manga.

Para isso devemos pegar a medida de 3/4 da cava da manga. Ou seja,


deve-se pegar a medida encontrada da circunferência total da
manga, dividir por 4 e multiplicar por 3.

Por exemplo:

50 ÷ 4= 12,5
12,5 x 3 = 37,5

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Após, devemos acrescentar uma média de 2 cm de folga de cada lado da
tela, no momento da preparação.

Você deve fazer o mesmo cálculo porém com a sua medida de cava, para
encontrar a largura da sua manga. Já o comprimento deve ser feito de
acordo com o gosto pessoal.

Agora que já encontramos a medida de tela para a manga, podemos


preparar a tela.

ROTEIRO:

1. Marcar o centro da tela com uma linha


reta.

2. Medir no manequim, posicionando a


fita métrica acima do ombro,
considerando uma pequena folga.

3. Transferir a medida encontrada no


manequim para a tela.
Dica:
4. Esquadrar a linha com a medida
As medidas da circunferência
encontrada no manequim. da cava e altura de cava são
individuais e estão
5. Alfinetar a tela até a linha esquadrada. relacionadas ao tamanho do
manequim.
6. Medir no manequim, na altura da cava
O indicado é experimentar a
da blusa. base da blusa e verificar se
esta base tem uma boa
7. Dividir a medida de cava encontrada. mobilidade.

8. Aplicar a medida encontrada dos dois


lados da tela.

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9. Marcar 2 cm na linha da frente da manga.
10. Marcar 1 cm na linha das costas da manga.
11. Reproduzir a curvatura da cava ligando os
pontos previamente marcados.
12. Unir os pontos com uma linha reta.
13. Cortar a curvatura da cava, considerando uma margem.

CONSTRUÇÃO:

1. Com a parte que não foi alfinetada


aberta, encaixe a cabeça da manga na cava.

2. Encontre a linha da cava e mantenha as


linhas centralizadas.

3. Alfinetar no entre cavas frente.

4. Alfinetar na cava.

5. Alfinetar no entre cavas costas.

6. Cortar o excesso de tecido ao redor


da manga.

7. Dobrar e alfinetar a linha da cabeça da


manga sobre o ombro.

8. Alfinetar ao redor da cabeça da manga,


embebendo a tela.

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9. Transferir as marcações da cava para
a manga.

10. Retirar a tela do manequim.

11. Cortar o excesso de tecido ao redor


da manga, considerando uma margem.

12. Alinhavar ao redor da manga.

13. Franzir o alinhavo.

14. Posicionar a manga no manequim


novamente.

15. Alfinetar tecido com tecido.

16. Identificar a manga com: dois piques as


costas da manga, na tela da manga e da
blusa e um pique a frente da manga, na tela
da manga e da blusa.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a curvatura da cabeça da manga com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

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MANGA LONGA
TRADICIONAL

PREPARAÇÃO DA TELA:

Esta sequência é similar a preparação da manga curta sem braço,


estudada anteriormente. A diferença neste caso é apenas o
comprimento da tela e o fato de ser desenvolvida sobre o braço do
manequim.

Ao prepararmos a tela da manga longa tradicional, é necessário


encontrar a circunferência da cava, para calcularmos a quantidade
de tecido que utilizaremos para fazer a manga.

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Para isso devemos pegar a medida de 3/4 da cava da manga. Ou seja,
deve-se pegar a medida encontrada da circunferência total da
manga, dividir por 4 e multiplicar por 3.

Por exemplo:

50 ÷ 4= 12,5
12,5 x 3 = 37,5

Após, devemos acrescentar uma média de 2 cm de folga de cada lado


da tela, no momento da preparação.

Você deve fazer o mesmo cálculo porém com a sua medida de cava,
para encontrar a largura da sua manga. Já o comprimento é obtido
através da medida encontrada no braço do manequim ou na medida
do braço da cliente.

Agora que já encontramos a medida de tela para a manga, podemos


preparar a tela.

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ROTEIRO:

1. Marcar o centro da tela com uma linha


reta.

2. Medir no manequim, posicionando a


fita métrica acima do ombro,
considerando uma pequena folga.

3. Transferir a medida encontrada no


manequim para a tela .

4. Esquadrar a linha com a medida Dica:


encontrada no manequim.
As medidas da circunferência
da cava e altura de cava são
5. Alfinetar a tela até a linha esquadrada. individuais e estão
relacionadas ao tamanho do
6. Medir no manequim, na altura da cava manequim.
da blusa.
O indicado é experimentar a
7. Dividir a medida de cava encontrada. base da blusa e verificar se
esta base tem uma boa
mobilidade.
8. Aplicar a medida encontrada dos dois
lados da tela.

9. Marcar 2 cm na linha da frente da


manga.

10. Marcar 1 cm na linha das costas da


manga.

11. Reproduzir a curvatura da cava


ligando os pontos previamente marcados.

12. Unir os pontos com uma linha reta.

13. Cortar a curvatura da cava,


considerando uma margem.

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CONSTRUÇÃO:

1. Com a parte que não foi alfinetada


aberta, vista a manga no braço do manequim
e encaixe a cabeça da manga na cava.

2. Encontre a linha da cava e mantenha as


linhas centralizadas.

3. Alfinetar a tela no braço do manequim.

4. Alfinetar no entre cavas frente.

5. Alfinetar no entre cavas costas.

6. Cortar o excesso de tecido ao redor


da manga.

7. Dobrar e alfinetar a linha da cabeça da


manga sobre o ombro.

8. Alfinetar ao redor da cabeça da manga,


embebendo a tela.

9. Transferir as marcações da cava para


a manga.

10. Retirar a tela do manequim.

11. Cortar o excesso de tecido ao redor da


manga, considerando uma margem.

12. Alinhavar ao redor da manga.

13. Franzir o alinhavo.

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14. Posicionar a manga no manequim
novamente.

15. Alfinetar tecido com tecido.

16. Identificar a manga com: dois piques as


costas da manga, na tela da manga e da
blusa e um pique a frente da manga, na tela
da manga e da blusa.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a curvatura da cabeça da manga com a régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

Dica:
Este molde de manga pode ser
usado como base para outros
modelos.

Para fazer a manga bufante,


basta acrescentar mais tecido
na cabeça da manga. Já para
fazer a manga godê, basta
acrescentar tecido na largura
da manga e determinar o
volume do modelo.

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MANGA
RAGLAN

PREPARAÇÃO DO DESENHO DA CAVA:

Para fazermos a manga raglan precisamos primeiramente definir a


cava. O novo desenho de cava deve ser feito com o fitilho tradicional
ou fita de estilo.

Este desenho pode ser feito livremente ou com medidas pré


estabelecidas, porém o desenho deve obrigatoriamente passar pela
cava da blusa.

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PREPARAÇÃO DA TELA:

Ao prepararmos a tela da manga raglan, precisamos medir o


comprimento total da manga e também a largura do desenho da
cava, para assim calcularmos a quantidade de tecido que
utilizaremos para fazer a manga.

Agora que já encontramos a medida de tela para a manga,


podemos preparar a tela.

ROTEIRO:

1. Marcar o centro da tela com uma


linha reta.

2. Medir no manequim, posicionando a Dica:


fita métrica acima do ombro,
As medidas da cava e
considerando uma pequena folga. comprimento da manga são
individuais e estão relacionadas
3. Transferir a medida encontrada no ao tamanho do manequim e
manequim para a tela. desenho escolhido.

4. Esquadrar a linha com a medida


encontrada no manequim.

5. Alfinetar a tela até a linha


esquadrada.

6. Medir no manequim, na altura da


cava da blusa.

7. Transferir a medida encontrada no


manequim para a tela.

8. Reproduzir a curvatura da cava


ligando os pontos previamente
marcados.
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9. Unir os pontos com uma linha reta.

10. Cortar a curvatura da cava,


considerando uma margem.

CONSTRUÇÃO:

1. Com a parte que não foi alfinetada


aberta, vista a manga no braço do
manequim e encaixe a cabeça da manga na
cava.

2. Encontre a linha da cava e mantenha as


linhas centralizadas.

3. Alfinetar a tela no braço do manequim.

4. Acomodar a tela sobre o desenho da


cava raglan.

5. Cortar o excesso de tecido ao redor da


manga, considerando uma margem.

6. Alfinetar no desenho da cava da frente.

7. Alfinetar no desenho da cava das


costas.

8. Alfinetar o excesso de tecido em forma


de pence.

9. Cortar o excesso de tecido.

10. Alfinetar o restante da cava, na parte


inferior.

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11. Transferir as marcações da cava para a
manga.

12. Identificar a manga com: dois piques


as costas da manga, na tela da manga e da
blusa e um pique a frente da manga, na
tela da manga e da blusa.

PLANIFICAÇÃO:
1. Corrigir a curvatura da manga com a
régua.
2. Colocar as margens de costura.
3. Fazer as indicações no molde.

Dica 1:
Dependendo do modelo, a
manga raglan pode ter uma
costura na parte superior.

Dica 2:
Esta técnica pode ser
utilizada em outras formas
de manga, faca variações no
desenho da cava e terá
diferentes modelos.

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PLANIFICAÇÃO
DA MANGA RAGLAN

PREPARAÇÃO:

1. Conferir as marcações das linhas da manga.

2. Conferir os piques de junção e identificação de frente e costas.

3. Retirar os alfinetes da tela.

4. Passar a tela com ferro sem vapor.

PLANIFICAÇÃO NO PAPEL:

1. Corrigir a linha do comprimento da manga com o esquadro.

2. Corrigir a linha curva da cava com a régua de curva


(alfaiate, francesa, perroquet, pistolet).

3. Carretilha às linhas.

4. Acrescentar as margens de costuras.

FINALIZAÇÃO:

1. Identificar o molde.

2. Recorte o molde.

3. Fazer piques.

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ANOTAÇÕES

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MÓDULO X
BOURRAGE

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BOURRAGE

A técnica de bourrage é muito utilizada na moulage, inclusive os


ateliês de Alta Costura utilizam essa técnica para adaptar o manequim
ao corpo da cliente.

As fidèles, ou seja, as clientes fiéis desses ateliers, mantém um


manequim exclusivo com suas medidas e com seu nome, alfinetado no
manequim, deste modo sempre que precisam de uma peça nova, não
precisam se deslocar para Paris, para fazerem as provas, pois o
manequim está ali, adequado ao seu tamanho.

Na moulage francesa utilizamos o nome original da técnica, que tem


origem no verbo “bourrer” e significa encher, portanto a bourrage é o
“enchimento” que fazemos no manequim para adaptá-lo ao corpo.

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A bourrage é uma etapa de extrema importância no processo de
construção de uma roupa através da técnica de moulage, pois na maior
parte das vezes, pessoas reais não possuem as mesmas medidas que o
manequim.

Por melhor que o manequim seja, normalmente a cliente tem uma


saliência no abdômen, ou quadril avantajado, próteses de silicone, ou
até escoliose, enfim, qualquer que seja a adaptação necessária,
podemos fazer no manequim através da bourrage.

Além disso, um nicho que se beneficia com esta técnica é o público plus
size, pois nem sempre seguem uma padronização de medidas, pois cada
corpo é diferente e com esta técnica você pode atender de forma
personalizada sua cliente. Gestantes também entram na lista. Inclusive
é um nicho que é esquecido e que sofrem quando precisam de uma
roupa com um bom corte.

Além das correções e adaptações, a técnica pode ser usada para


aumentar a grade do seu manequim. Supondo que precisa fazer uma
peça tamanho 44 em um manequim tamanho 40, com alguns
enchimentos posicionados nos lugares estratégicos, você consegue
facilmente esta adaptação.

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MATERIAIS:

Fibras de espessuras diversas.

Bojos.

Ombreiras de espuma em tamanhos


diversos.
Dica 1:
Ombreiras de feltro em tamanhos
Muitos alunos também
diversos.
utilizam esse recurso quando
não tem o manequim correto
Ataduras. para a técnica, então eles
fazem um estofamento com
Fita de cetim. manta acrílica.

Alfinetes.

ALTERAÇÕES NO CORPO:
1. Simulação de culote com ombreiras de
feltro.
2. Simulação de saliência na região do
abdômen com ombreiras de feltro.
3. Simulação de gestação com ombreiras Dica 2:
de feltro.
Não existe um limite para de
4. Simulação de aumento de busto com tamanhos para a adaptação
do manequim. Você pode ir
bojo e ombreira de feltro. colocando os enchimentos e
testando de acordo com o
5. Simulação de corpo endomorfo com efeito desejado.
manta acrílica.

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MÓDULO XI
BIBLIOGRAFIA

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BIBLIOGRAFIA

E sse módulo reúne duas das minhas grandes paixões que são a
moulage e os livros de moda. Aqui eu compartilho com vocês a minha
coleção completa de livros de Moulage.

LISTA DE INDICAÇÕES:

Título: Moulage - Les Bases


Autor: Teresa Gilewska
Ano: 2009
Nº de páginas: 224
Idioma: Francês

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Título: Modelagem Tridimensional Ergonômica
Autor: Maria de Fátima Grave
Ano: 2010
Nº de páginas: 112
Idioma: Português

Título: Moulage - Arte e Técnica no Design de Moda


Autor: Anette Duburg
Ano: 2012
Nº de páginas: 248
Idioma: Português

Título: Moulage, Modelagem e Desenho - Prática Integrada


Autor: Bina Abling
Ano: 2014
Nº de páginas: 236
Idioma: Português

Título: Interpretações da forma e da construção


Autor: Ana Laura Berg
Ano: 2018
Nº de páginas: 137
Idioma: Português

144
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Título: Drapeados
Autor: Karolyn Kiisel
Ano: 2014
Nº de páginas: 320
Idioma: Espanhol

Título: Draping Basics


Autor: Sally Di Marco
Ano: 2009
Nº de páginas: 432
Idioma: Inglês

Título: Fashion Moulage Technique


Autor: Danilo Attardi
Ano: 2019
Nº de páginas: 192
Idioma: Inglês

Título: The Art of Draping


Autor: Nils-Christian Ihlen-Hansen
Ano: 2011
Nº de páginas: 112
Idioma: Francês e Inglês

145
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Título: The Art of Fashion Draping
Autor: Connie Amaden-Crowford
Ano: 2018
Nº de páginas: 512
Idioma: Inglês

Título: Draping Period Costumes: Classical Greek to Victorian


Autor: Sharon Sobel
Ano: 2013
Nº de páginas: 224
Idioma: Inglês

Título: Moulage: Construção de Blocos Básicos - Saias


Autor: Francys Saleh
Ano: 2020
Nº de páginas: 34
Idioma: Português

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~
Painel de inspiracoes

~
COM MODELOS PRONTOS E INTERPRETAÇÕES

CADEIRÃO
SAIA EVASÊ COM SAIA EVASÊ

GOLA BEBÊ GOLA PADRE

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U XALE
GOLA SMOKING O GOLA BEBÊ

GOLA BEBÊ GOLA ESPORTE

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GOLA PADRE GOLA ESCAFAN
DRO

GOLA XALE
GOLA COLARINHO

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GOLA ESPORTE GOLA MARINH
EIRO
E SAIA RETA

MANGA RAGLAN
GOLA MARINHEIRO E PENCE NO DECOTE

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PENCE VERTICAL OU
PENCE FRANCESA
PENCE NO BUS
TO

PENCE NO DECOTE
PENCE NA CAVA PENCE NO DECOTE
E NA CINTURA

PENCE NO DECOTE
PENCE NO DECOTE PENCE NO DECOTE

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MAXIMUSTECIDOS.COM.BR

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