Título: Como Jesus serviu a Deus

Chamada: Aqueles que descobrem o valor de sua presença entram no reino da

intimidade com Deus

Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder. (1Co4.20)

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33)

Todos nós fomos chamados para viver o Reino de Deus e manifestá-lo nessa terra,
onde vivemos e servimos ao Senhor como igreja e como homens de Deus. O Reino de
Deus, porém, é poder e não palavras, e deve ser buscado em primeiro lugar segundo a
Palavra de Deus. Eu estou convicto que aqui está uma chave poderosa para vivermos
uma vida cristã que será relevante nos dias da nossa oportunidade e não venhamos,
amanhã, olhar para traz e perceber que perdemos nossa vida.
1º Jesus viveu seu ministério humano na dependência do Espírito
Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão
aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o
próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos
sabeis (At 2.22)

Jesus disse que ele mesmo não podia fazer milagres e prodígios e sim que o Pai fez isso
por meio dele.
O filho não pode fazer nada de si mesmo (Jo 5.19)

Embora fosse 100% Deus, escolheu viver as mesmas limitações que o homem
enfrentaria assim que fosse redimido. Jesus tornou-se o modelo para todos que
quisessem abraçar o convite para viver o impossível em seu nome. Ele fez milagres,
maravilhas e sinais como um homem que tinha um relacionamento correto com Deus,
não como Deus. Jesus deve ser o modelo de vida cristã vencedora que devemos viver.
Recuperar essa simples verdade muda tudo. Quais eram as duas características de sua
humanidade que lhe colocava nessa posição de ser usado pelo Espírito? Primeiro -
Jesus não tinha pecado que o separasse do Pai. Segundo - Ele era alguém totalmente
dependente do Espírito Santo.
Quais são as características de nossa humanidade? Somos justos em Cristo, perdoados
pelo seu sangue e sem pecado diante de Deus. O que precisamos agora é decidir viver
uma vida dependente do Espírito Santo.
2º A cruz nos coloca novamente na condição de governar
Nós fomos criados para governar, o que foi perdido na queda e retomado por Jesus na
cruz.
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada
no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.18,19)
Jesus aqui, cumpre a promessa de dar aos discípulos as chaves do Reino dos Céus e o
que ligarmos será ligado e o que desligarmos será desligado – Mt16.19. O plano
original estava de volta. Nascemos para governar – sobre a criação e sobre as trevas –
para saquear o inferno e estabelecer o governo de Jesus onde quer que preguemos o
evangelho do Reino – Reino que dizer domínio do Rei.
O agir de Deus em situações impossíveis acontece por intermédio de pessoas que
receberam poder do alto e aprenderam a liberá-lo nas circunstancias da vida. É hora
de uma revolução em nossa visão, e quando falo isso não é uma questão de aumentar
os números e sim uma visão maior da perspectiva de Deus. A visão inicia-se com
identidade e propósito.
Por intermédio de uma revolução em nossa identidade, podemos pensar em
conformidade com o propósito divino. Essa mudança começa com a revelação Dele.
Precisamos lidar com nossa propensão de adiar tudo que requeira coragem, fé e ação.
Com frequência estamos mais convencidos de nosso valor que do valor do Senhor.
Nossa inabilidade fica em foco muito maior que a habilidade Dele. No entanto, o
mesmo Deus que chamou o temeroso Gideão de “poderoso guerreiro” e o instável
Pedro de “pedra”, também chamou-nos de corpo de Cristo nessa terra. Isso precisa
valer para alguma coisa.
3º Um arrependimento que nos leve não apenas ao céu, mas ao Reino
É necessário que nosso arrependimento não apenas nos salve, mas que também nos
leve a ver o Reino – Mt4.17
Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus. (Mt 4.17)

Arrependimento é muito mais do que uma simples mudança de direção, é uma

mudança na nossa forma de pensar. Somente por essa mudança poderemos descobrir
o foco do ministério de Jesus – o reino. Se o reino de Deus é aqui e agora, então temos
que reconhecer que ele está no reino que não se vê. Todavia está ao nosso alcance. Se
você não mudar a forma pelo qual percebe as coisas, passará o resto da vida achando
que o que vê é a realidade superior. Jesus trouxe seu mundo com ele, o seu reino,
capaz de realizar todos as coisas aqui.
Tudo o que Jesus fez no seu ministério, ele o fez tirando dessa realidade superior. O
mundo que não se vê tem influência sobre o visível. Se nós não manifestarmos o Reino
de Deus, satanás ocupará esse espaço para influenciá-lo com suas habilidades. As boas
novas é que o Senhor domina sobre tudo o que existe – Sl.103.19. Jesus ilustra essa
realidade:
Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é
chegado o reino de Deus sobre vós. (Mt 12.28)

A duas coisas importantes aqui – primeiro Jesus trabalhava apenas por intermédio do
Espírito Santo, segundo o reino de Deus vinha sobre todo aquele que era libertado.
4º A fé é a porta para um ministério no Reino superior
A fé é a chave para descobrir a natureza superior do Reino que não se vê. É o “dom de
Deus” que necessita ser desvendado. A fé está ancorada no reino que não se vê. Ela
vive do que não se vê para o visível. Hb11.1-3. Nunca se pretendeu que a fé fosse
apenas para que fossemos salvos, ela é a natureza da vida da família de Deus. Ela traz
o reino de Deus para o foco.
Todos os recursos do Pai, todos os seus benefícios, estão acessíveis a nós por meio da
fé. O reino que não se vê é superior ao natural. A realidade do mundo que não se vê
domina o mundo em que vivemos, tanto de forma positiva quanto negativa. Como o
que não se vê é superior ao natural, logo não é neste mundo que a fé está ancorada. A
fé vive na vontade revelada de Deus. Quando temos concepções equivocadas de quem
Ele é e de como Ele é, restringimos nossa fé. Exemplo: Se você acredita que Deus usa
doença para nos disciplinar você não terá fé para orar sobre esse assunto.
A incredulidade está ancorada no que é visível ou razoável, à parte de Deus. Ela honra
o reino natural como superior ao que não se vê. A incredulidade é a fé no inferior. O
reino natural está ancorado na descrença, na incredulidade. O incrédulo chama a
incredulidade de realista, eles acreditam no que é visível mais no que não podem ver.
Em outras palavras, eles acreditam que o mundo material governa o mundo espiritual.
Materialismo é muito mais que acumulo de bens, é a fé no natural como a realidade
superior. Somos uma sociedade treinada a crer somente no que vê. A fé real não é
viver na negação do reino natural, entretanto, a fé fundamenta-se na realidade que é
superior. A doença pode ser um fato real, mas a cura é o produto do reino dos céus.
O medo de parecer viver em negação é o que impede muitos de vive pela fé. Por que
motivo o que outras pessoas pensam é tão importante a ponto de você não se dispor a
arriscar tudo para confiar em Deus? As pessoas de fé também são realistas. Elas têm
seu fundamento em uma realidade superior. A maioria dos objetivos da igreja
moderna pode ser alcançada sem Deus. Tudo o que precisamos são pessoas, dinheiro
e um objetivo em comum.
A determinação pode alcançar grandes coisas. No entanto, o sucesso não é
necessariamente um sinal de que o objetivo era de Deus. Se a obra que fazemos não
está respaldada pelo Espirito Santo e o poder de Deus, não temos a garantia de que
estamos fazendo obra de Deus. Não tenha medo de viver o sobrenatural no seu
ministério.
Muitos que temeram os excessos feitos por outros em nome da fé, ironicamente,
abraçaram a descrença. Os que lutam por equilíbrio se tornam anêmicos. A palavra
equilíbrio passou a significar: no meio da estrada – sem ameaças para as pessoas ou
para os demônios, pouco risco e, acima de tudo, a melhor forma de manter a imagem
intacta. Não por menos é difícil conviver com pessoas de fé. Sua forma de pensar é de
outro mundo.
A verdadeira fé não é do tipo que só obedece, ela é ativa. É agressiva por natureza.
Tem foco e propósito. A fé conhece a vontade de Deus. A fé apodera-se da realidade
do Reino e, de forma violenta e vigorosa o faz colidir com o mundo natural. Um reino
inferior não se sustenta.
Para alguém que tem fé, não há nada impossível, nem exceções. O mundo espiritual
conhece a diferença entre aquele que é verdadeiramente ousado e agressivo por
causa de sua fé e aquele que apenas cobre seus medos com comportamento de
euforia humana.
A fé somente pode acontecer em um ambiente de paz e descanso
Você não pode ter fé no meio da angustia e ansiedade, porque na verdade, a
ansiedade é a prova da incredulidade. A chave para ter a fé proveniente do descanso é
uma vida sem culpa, sem acusação e fundamentada no amor de pai e na justiça de
Cristo. Quando isso acontece a fé é liberada. “Noé achou graça” - o descanso achou
favor. A autoridade para expulsar demônios encontra-se no descanso. Descanso é
clima favorável para o crescimento da fé. É proveniente da paz do Senhor.
O que nos traz descanso é algo violento para os poderes do inferno. Essa é a natureza
violenta da fé. Jesus acalmou a tempestade que estava afundando o barco dos
discípulos após despertar do seu abençoado sono na presença do pai. Você só tem
autoridade diante do inimigo e dos desafios, diante dos quais, você é capaz de dormir.
Um coração entregue é um coração de fé. E a fé tem de estar presente para agradar a
Deus. Tomar o Reino pela fé é um ato violento que é necessário para entrar naquilo
que Deus tornou disponível para nós.
5 º O Reino vem com poder
Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram,
alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter
chegado com poder o reino de Deus. (Mc 9.1)

Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é

chegado o reino de Deus sobre vós. (Mt 12.28)

O Reino de Deus vem com poder e o Espírito Santo engloba o Reino. Embora distintos
são inseparáveis. O Espírito Santo faz cumprir o senhorio de Jesus, marcando seu
território como liberdade. Um ministério ungido resulta na colisão de dois mundos: o
mundo das trevas com o mundo da luz. Quando o Reino de Deus vem sobre alguém, os
poderes das trevas são forçados a sair. Diante da luz, não há saída para as trevas, não
há discussão entre elas, só lhe resta a retirada imediata.
O Espírito Santo não tem feridas na batalha, Jesus é o Senhor e ponto final. Aqueles
que aprendem a trabalhar com o Espírito Santo realmente levam a realidade de seu
mundo, seu domínio, a colidir com os poderes das trevas que escravizam pessoas ou
situações. Quanto maior a manifestação de sua presença, mais rápida a vitória.
6 º O valor de sua presença

Deus colocou o homem num ambiente que ele deveria permanecer para cumprir sua
razão de ser, o Eden; uma extensão do céu na terra – jardim do Eden – delicia, prazer.
Uma incubadora celestial, uma pequena atmosfera do céu na terra. Não podemos sair
desse lugar. Um lugar onde Deus estava continuamente – Desfrute da presença de
Deus.
O homem não foi programado para funcionar fora da presença de Deus. Deus nunca
desejou que Adão saísse do jardim. Ele queria que o jardim se movesse sobre a terra.
Deus queria que Adão assumisse a presença do Jardim e a espalhasse por toda a terra
(Is 11.9). Se um homem não estiver vivendo na presença de Deus, ele poderá estar se
movendo, mas não estará funcionando de verdade. O homem sem Deus é uma
criatura sem consciência real da vida (Rm1.28-32). Você não pode confiar na
perspectiva de um homem que não conhece a Deus.
O problema de muitos de nós, homens, é que pensamos que não precisamos da
presença de Deus quando, de fato, Ele é a primeira coisa que precisamos. Sem Deus o
sucesso é apenas aparência. A primeira coisa que Deus deu ao homem não foi a
mulher, um trabalho ou uma ordem, Ele lhe deu a sua presença.
Sem dúvida, o maior dom que já recebemos é o próprio Espírito Santo. Aqueles que
descobrem o valor de sua presença entram no reino da intimidade com Deus, algo que
antes, era considerado impossível. Uma vida cristã de poder surge com esse
relacionamento vital, algo que anteriormente não passava de um sonho. O
incompreensível torna-se possível porque o Espírito Santo está conosco. Estarei com
vocês foi uma promessa feita por Deus a todos os seus servos que foram desafiados
para o impossível.
Moises diante de faraó para libertar seu povo, Josué para entrar na terra prometida,
Gideão para libertar Israel dos midianitas e a grande comissão no NT é a mesma coisa.
Essa promessa vem quando Deus exige algo de nós que é humanamente impossível,
por isso podemos dizer aos nossos irmãos: “Ele está em mim para o meu próprio bem,
mas sobre mim para o bem de vocês”.
A presença do Espírito Santo torna possível qualquer coisa. Deus não precisa tentar
fazer coisas sobrenaturais. Ele é sobrenatural. Se Ele for convidado a participar de algo,
não devemos esperar nada, exceto a invasão sobrenatural. Parte do privilégio da vida
cristã é aprender a liberar o Espírito Santo em um local. O estar cheio do Espírito Santo
é medido no transbordar. Quando ficamos introspectivos, restringimos seu fluxo.
Ficamos como o mar Morto; a água flui para ele, mas não flui dele para outro lugar; e
nada vive em águas paradas. O Espírito Santo é liberado por intermédio da fé e da
compaixão, e fé e compaixão nunca são egocêntricas.
7 º Seguindo o Espírito Santo

Seguir a liderança do Espírito pode nos levar a certos dilemas muitas vezes. Embora ele
nunca contradiga sua própria palavra, sempre se sente confortável em contradizer
nosso entendimento dela. Nenhum de nós as compreende plenamente, mas todos nós
temos o Espírito Santo. Ele é o denominador comum que nos leva a verdade.
No entanto, para segui-lo, temos de estar dispostos a irmos além do que sabemos, do
que conhecemos. Para fazer isso de uma maneira bem-sucedida, precisamos
reconhecer a presença do Espírito Santo acima de tudo. Há uma grande diferença pela
qual Jesus fez seu ministério e de como é feito hoje. Jesus era totalmente daquilo que
o Pai fazia e dizia e ilustrou esse estilo de vida depois de seu batismo como o Espírito
Santo. Ele seguiu a liderança do Espírito Santo, mesmo quando isso parecia ser
absurdo.
A igreja, com muita frequência, vive de acordo com uma abordagem intelectual das
escrituras, sem a influência do Espírito Santo. Ha programas e instituições que, de
forma alguma, exigem que o Espírito de Deus sobreviva.
Quando o foco não é a presença de Deus, acabamos fazendo o melhor que podemos.
As intenções podem ser nobres, mas sem poder quanto a seu feito. Amar as pessoas é
agenda de Cristo, e submeter minha agenda a Ele me torna disponível para as suas
prioridades.
O Espírito Santo é o agente do céu que invade a terra, negue-se a ser um líder vazio do
Espírito, e mais, não aceite nada menos que o seu transbordar, o seu seguir e o seu
manifestar na sua vida, na sua célula e no seu ministério, aqui está o segredo do
vencedor. Para seguir o Espírito Santo, no entanto, é necessário lançar fora toda
reputação, toda justiça própria com sua constelação. Precisamos ser libertos da
opinião humana, do medo do risco de ser envergonhado.
8 º O Ministério sobrenatural salva cidades ímpias
Os sinais e os prodígios são a comprovação e o respaldo da mensagem da
graça (At 14.3)

Se os milagres que se operaram nas cidades religiosas de Corazim, Betsaida

e Cafarnaum, acontecessem nas cidades ímpias, Fenícias, de Tiro, Sidom e
Sodoma, elas teriam se convertido (Mt 11.21-24)

Eu não tenho dúvida que essa é próxima e imediata fronteira que estamos à beira de
cruzar. Eu tenho a firme convicção de que um ministério sobrenatural está liberado
diante de nós que temos crescido na fé com a revelação da mensagem da graça, do
favor imerecido de Deus e da justiça de Cristo na cruz. Os sinais e milagres vão explodir
em todo lugar, e as cidades ímpias se converterão. Estamos diante de um tempo de
oportunidade, definido, da parte de Deus, para o nosso país.
Pr. Naor Pedroza

Perguntas para compartilhar:

Quais características de Jesus, o colocava em posição de ser usado pelo espírito?
Qual é a chave para descobrir a natureza superior do reino?