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GLOBALIZAR O BEM!

É preciso globalizar o bem. Não há dúvida de que, o contexto social que estamos
vivenciando necessita de ações voltadas para o bem. No entanto, parece que essa
atitude individual que converge para a transformação coletiva, ainda é muito cara às
pessoas. Pois bem, é verdade! Fazer o bem, não é uma atitude nata aos seres humanos,
mas pode ser aprendida.
Não nascemos sabendo o que é o bem, ou como praticá-lo. Somos educados para tal.
Somos educados a partir de outros. É a partir da família, escola, Igreja, grupos sociais,
políticos, etc., que vamos constituindo nossas referências de solidariedade e
cooperação, ou de outra forma, de egoísmo e competição. Tudo passa pela educação!
Não há dúvida de que educar-se para o bem prima por um olhar coerente com a
realidade do outro. Ninguém faz o bem ao outro, sem antes acolhê-lo em sua
realidade. Não posso fazer o bem se não entender o seu contexto. Há quem preferira
explicar a situação do outro a partir de sua situação. Acolher é compreender. Explicar
sem compreender, gera preconceitos, egoísmos, competições.
De fato, a educação que temos hoje, globaliza saberes, empreendimentos, explicações.
Ela nos coloca participantes do mercado competitivo, da economia mercantilista
capitalista globalizada pelas redes de comunicação, insere-nos em um cenário macro
quando se trata de dinheiro, mercado, competição...quando se trata de olhar à si, mas
peca no que se refere ao olhar o outro.
As evidências servem para nos mostrar o quanto involuímos globalmente sobre o
olhar em direção ao entendimento do outro. De março de 2020 para cá, muitos
movimentos de solidariedade, colaboração e cooperação, foram surgindo. Devido as
diferentes crises geradas pela Pandemia COVID-19, as entidades, empresas e mesmo
pessoas físicas, criaram redes de solidariedade. Hoje, vemos essas mesmas redes
enfraquecidas, esquecidas, outras descontinuadas.
Como se não bastasse o enfraquecimento das ações de solidariedade da sociedade
civil, a desgovernança política da coisa pública, colabora para o desescasso social
com os mais pobres e legitima o desinteresse para com ações solidárias. A
desgovernança acentua e incentiva a crise moral já estabelecida, levando as pessoas à
agirem de modo individualista.
Janeiro de 2021 já está chegando ao fim. Com ele, junto a alegria das vacinas, os
índices mais elevados de contaminação e morte dos últimos meses. Ainda há a
justificativa que estes são consequencias das festas de fim de Natal e Ano Novo!
Será? Observe ao seu redor, sem a pretensão de julgar, mas de compreender,
comportamentos inerentes das festas de ano novo já cessaram? Enquanto o
comportamento social, orientado por decisões individualistas se distanciar das
orientações técnicas da saúde, os índices pandemicos tendem a persistir.
Assim, a globalização do bem depende de um comportamento social orientado por um
sistema de governança sério, organizado, comprometido e prudente com a vida. Mas
não só! Depende também da minha e da sua atitude como cidadão em ter disposição
em querer fazer o bem!
Globalizar o bem, não é classificar, estratificar, mas reconhecer que o cuidado e a
acolhida com a vida é condição fundamental para todos. No entanto, o desafio é um
movimento educativo que envolve famílias, escolas, governos, organizações, que
converge para esse objetivo: Globalizar o bem!

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