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Departamento de Indústria

Curso Técnico em Eletrotécnica

CCN.002 - Física III


Prof. Dr. Celso R. Schmidlin Jr.
Campo Magnético da Corrente Elétrica
Objetivos a Aula:

● Compreender a experiência de Oersted

● Compreender a representação vetorial do campo magnético

● Compreender o comportamento do campo magnético num fio


retilíneo e ser capaz de determinar sua intensidade, direção e
sentido

● Compreender a regra da mão direita e aplicá-la para


determinar a direção e o sentido do campo magnético
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Campo Magnético da Corrente Elétrica
● Compreender o comportamento do campo magnético no
centro de uma espira circular e de uma bobina chata, além
de ser capaz de determinar sua intensidade, direção e sentido

● Compreender o comportamento do campo magnético no


interior de um solenóide e ser capaz de determinar sua
intensidade, direção e sentido

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Campo Magnético da Corrente Elétrica
Experiência de Oersted:

Pode-se dizer que o eletromagnetismo tem


início com a experiência de Hans Christian
Ørsted, que descobriu que a passagem da
corrente elétrica por um fio condutor
produz campo magnético.

Ao lado é disponibilizada
uma simulação que visa
detalhar esta experiência. Fonte: Wikipedia

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Campo Magnético num Fio Retilíneo:

Em torno de um condutor reto conduzindo corrente


elétrica, é produzido um campo magnético que, de
acordo com a figura ao lado (em que a limalha de
ferro se distribui segundo as linhas de indução), é
Fonte: wwwp.fc.unesp.br
disposto segundo circunferências concêntricas ao
condutor. i

Estas circunferências são situadas em planos


perpendiculares ao condutor, sendo seu sentido
determinado pela regra da mão direita ao lado. Fonte: Wikipedia
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Em um certo ponto distante d
do fio, o vetor B terá:

● direção tangente à linha


de indução;

● sentido dado pela regra


da mão direita; e

● intensidade conforme
equação ao lado.
Fonte: www.vascak.cz

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É importante saber representar um dado vetor no espaço por meio
de vistas planificadas, em duas dimensões.

Desta forma, vetores entrando e saindo do plano são representados


conforme figuras abaixo:

i
i

B
i
B
B

Vista de cima Vista lateral


Vista em perspectiva

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Exemplo: Um fio de cobre reto e extenso é percorrido por uma
corrente elétrica de intensidade i = 1,5 A. Calcule a intensidade do
vetor densidade de fluxo magnético B originado num ponto à
distância d = 25 cm, sabendo-se que μ0 = 4π.10-7 T.m/A.

i
B B B B
d d d d

Vista lateral
Vista de cima

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Exemplo: Na figura ao lado, têm-se as seções a i
transversais de dois condutores retos a e b, paralelos e d
extensos, cada um percorrido por uma corrente elétrica P
i
b
i = 5,0 A no sentido indicado. Determine a intensidade, d
direção e sentido do vetor densidade de fluxo
magnético B originado no ponto P, que dista d = 20 cm
a i
de cada condutor (é dado μ0 = 4π.10-7 T.m/A).
d
Ba P i
b
d
Bb
BP

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Campo Magnético no Centro de uma Espira Circular:

Ao circular uma corrente i


por uma espira circular, há o
surgimento de um campo
magnético análogo ao de
um ímã, como mostrado na
figura ao lado. i
S N

Assim, também atribui-se a


esta espira pólos norte e sul.

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No ponto central desta espira de raio R, o
vetor B terá:
S
● direção perpendicular ao plano da Fonte: Brasil Escola
espira;

● sentido dado pela regra da mão


direita aplicada a um condutor
individual; e

● intensidade conforme equação ao


lado. Fonte: Magnetismo na Web
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Nas figuras abaixo são mostradas as representações destes
campos por meio de vistas frontais, além de ilustrar uma outra
forma de determinar o sentido do campo no centro da espira.

B B
Pólo Norte
Pólo Sul

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i1
Exemplo: Duas espiras circulares, concêntricas e
coplanares, de raios R1 = 10π cm e R2 = 2,5π cm, são
R1
percorridas pelas correntes elétricas i1 = 10 A e i2, O R2
conforme figura ao lado. Sendo μ0 = 4π.10-7 T.m/A,
i2
determine o valor de i2 para que o vetor densidade de
fluxo magnético resultante no centro O das espiras seja
nulo. i1

R1
B2 R2
B1
i2

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Ao circular uma corrente i


por uma bobina chata com N
espiras circulares de raio R,
há o surgimento de um
campo magnético análogo
ao de uma única espira, i
S N
mas com intensidade
proporcional a N, sendo que
no seu centro, tem-se:

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Exemplo: Uma bobina chata é formada de 50 espiras circulares de
raio 10 cm. Sendo μ0 = 4π.10-7 T.m/A, calcule a intensidade da
corrente elétrica que deve percorrer a bobina para que o vetor
densidade de fluxo magnético, no centro, tenha uma intensidade
de 2 mT.

Dados: N = 50 espiras, R = 10 cm = 0,1 m e B = 2.10-3 T.

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Campo Magnético no Interior de um Solenóide:

Às espiras de um solenóide são mais


L
afastadas entre si do que as de uma
bobina chata e, além disso, o solenóide é
mais comprido (com comprimento L),
como mostrado na figura ao lado.

Isto resulta que o campo magnético no


interior do solenóide é praticamente
uniforme, sendo sua intensidade igual a:

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No interior do solenóide, o vetor B terá:

● direção do eixo geométrico do solenóide, como


mostrado na simulação ao lado; e
N B
● sentido dado pela regra da mão direita
aplicada a um condutor individual, sendo que
i
também pode ser utilizado o método da figura
abaixo. i

i S
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Exemplo: Um solenóide compreende 10.000 espiras por metro.
Sendo μ0 = 4π.10-7 T.m/A, calcule a intensidade do vetor densidade
de fluxo magnético originado no interior pela passagem de uma
corrente elétrica de intensidade 0,4 A.

Dados: N/L = 10.000 = 104 espiras/m e i = 0,4 = 4.10-1 A.

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Nos vídeos ao lado são apresentados um
resumo do que foi tratado durante a aula,
além de ser resolvida uma questão tratando
deste tema.

Nas próximas aulas serão resolvidas outras


várias questões sobre esse tema tão
importante do eletromagnetismo.

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Referências Bibliográficas:

● Rafael Irigoyen, do canal Pura Física

● Ferraro, Nicolau Gilberto; Soares, Paulo


Toledo; Ramalho Jr., Francisco; Os
Fundamentos da Física 3, 9a Ed., Moderna,
2007.

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