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Observatório Nacional – MCT

Pós-graduação em Geofísica
Princípios Físicos do Magnetismo
Prof. Cosme F. Ponte Neto
1- Apresentação

Neste texto são apresentados os conceitos básicos do eletromagnetismo com o objetivo


de correlaciona-los com a terminologia usada no geomagnetismo. O desenvolvimento
conceitual será no Sistema Internacional de unidades, uma vez que, em resolução do IAGA
(Associação Internacional de Geomagnetismo e Aeronomia) de 1973, estabeleceu-se que o
campo geomagnético seria descrito através do vetor B (vetor indução magnética). Sendo as
unidades todas expressas no Sistema Internacional (SI). Contudo, diversos sistemas de
unidades são encontrados nas publicações em geofísica.
Considero mais conveniente usar a formulação no SI (fórmulas e equações),
apresentada neste texto. As conversões de unidades podem ser feitas através de tabelas de
conversão para eventuais comparações de resultados, esta uniformização é importante, uma
vez a formulação da teoria eletromagnética difere consideravelmente nos diferentes sistemas
de unidades.

2- Introdução

O eletromagnetismo clássico é completamente formalizado através das 4 equações de


Maxwell, dadas abaixo (para o vácuo):
q
1 − ∫ E.ds = − Lei de Gauss para a eletricidade
ε0

2− ∫ B.ds = 0 − Lei de Gauss para o magnetismo


dφ E
3− ∫ B.dl = μ 0 .ε 0
dt
+ μ 0 .i − Lei de Ampère

dφ B
4− ∫ E.dl = − dt
− Lei de Faraday

Freqüentemente as equações de Maxwell são apresentadas na forma de operadores vetoriais,


como segue:

ρ
1 − div E =
ε0

2 − div B = 0
∂E
3 − rot B = μ 0 . j + μ 0 .ε 0 .
∂t
∂B
4 − rot E = −
∂t
Onde:

E – Campo Elétrico i – Corrente elétrica


B – Vetor indução Magnética j – Densidade de corrente elétrica
ρ - densidade volumétrica de carga q- Carga elétrica
φE – Fluxo do campo elétrico ε0 - Permissividade elétrica do vácuo
φB – Fluxo da indução magnética μ0 – Permeabilidade magnética do vácuo

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Conceitualmente as equações de Maxwell podem ser resumidas da seguinte forma:


A 1º equação indica a existência de monopólos elétricos (cargas elétricas) e é equivalente á lei
de Coulomb da eletrostática.
A 2º equação atestada a inexistência de monopólos magnéticos, ou seja, não há fonte de
campo magnético exceto correntes elétricas.
A 3º equação associa o campo magnético à corrente elétrica (em torno de uma carga em
movimento existe um campo magnético)
A 4º equação afirma que a variação do campo magnético gera diferença de potencial elétrico,
ou seja, é possível gerar corrente elétrica através da variação do campo magnético.
As equações de Maxwell relacionam de forma inseparável os fenômenos elétricos e
magnéticos, de forma que estes dois comportamentos podem ser encarados como um
fenômeno único.
A formulação das equações de Maxwell para meios materiais será abordada a seguir.

3- Definição/Caracterização do vetor B

O campo magnético é um campo vetorial, assim como o campo elétrico (representado


pelo vetor E) e o campo gravitacional (representado pelo vetor g). O vetor básico que
representa o campo magnético é o vetor B, chamado de indução magnética. Este, por ser o
vetor básico do campo magnético, deveria ser chamado vetor campo magnético, contudo este
nome foi utilizado para descrever outro vetor relacionado com o magnetismo, o vetor H, e por
razões históricas o vetor B ficou sendo chamado indução magnética.
Podemos definir o campo magnético B (vetor indução magnética) de forma análoga ás
definições de campo gravitacional e de campo elétrico.
No caso do campo gravitacional um corpo de massa m na presença de em campo
gravitacional (g) fica sujeito a uma força dada por:
r r
F = m.g (produto escalar)
r
onde a é o campo gravitacional.
Para o campo elétrico sabemos que uma carga elétrica q, em repouso, na presença de
um campo elétrico (E) fica sujeita a uma força dada por:
r v
F = q.E (produto escalar)
r
onde E é o campo elétrico.
O campo magnético, representado por B, pode ser visto como o campo que interage
com uma carga q em movimento (com velocidade v), sujeitando esta carga a uma força dada
por:
r v r
F = q.v × B (1) (produto vetorial)
v
Sendo B o vetor “ indução magnética” que representa o campo magnético.

3.1- Unidade de B no Sistema Internacional de Unidades (S.I.)

[B] = kg
= T (Tesla ) Sendo: kg - kilograma, A - ampere, s - segundo
A.s 2

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3.2- Representação de B através de linhas de indução

Também de forma semelhante ao campo elétrico, o vetor B é usualmente representado


graficamente por linhas de indução, ver figura 1. As linhas de indução apresentam as
seguintes propriedades:

I – As linhas de indução sempre são linhas fechadas.


II - A retas tangente a uma linha de indução, num ponto qualquer, indica a direção do vetor B
neste ponto.
III - A quantidade de linhas de indução, numa determinada região, é proporcional à
intensidade de B nesta região. Sendo assim, onde as linhas de indução estão muito próximas
uma das outras, B será grande, em contrapartida, B será pequeno onde as linhas estiverem
muito separadas.

B B

Figura 1. Linhas de indução dentro e fora de um ímã em barra

4- Dipolos Magnéticos

Não existem pólos magnéticos isolados. O campo magnético presente em qualquer


região do espaço sempre estará associado a um dipolo magnético. Uma barra de ferro
imantada ou uma espira percorrida por corrente elétrica são exemplos de dipolos magnéticos.
A origem física do campo magnético está no movimento das cargas elétricas, sendo assim, um
dipolo magnético elementar seria uma espira percorrida por corrente elétrica. A origem do
magnetismo associado à matéria magnetizada (barra de ferro imantada) também está no
movimento de cargas elétricas em nível microscópico na estrutura atômica da matéria.
O vínculo inseparável entre o campo magnético e a corrente elétrica esta
conceitualmente formalizado através da equação de Ampère, apresentada abaixo:

∫ B.dl = μ 0 .i

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Que afirma que a integral de linha do vetor B, num caminho fechado, no vácuo, é
proporcional a soma das correntes elétricas que atravessam este caminho. A constante de
proporcionalidade é a permeabilidade magnética do vácuo: μ0 = 4πx10-7 henry/m (SI)

5- Momento de dipolo magnético (P)

O momento de dipolo magnético é a grandeza que caracteriza o dipolo magnético. Uma espira
percorrida por uma corrente elétrica pode ser considerada um dipolo magnético elementar.
Sendo A, a área da espira e i, a corrente elétrica que percorre a espira, P é uma grandeza
vetorial e pode ser calculado através da seguinte expressão:

P
P = i.S

i Área (S)
Figura 2
Para N espiras temos:

P = N .i.S

5.1- Unidade de P no S.I.

[P] = A.m 2 Sendo: A – ampère; m-metro

5.2- Vetor B nas proximidades de um dipolo magnético

A figura 3 abaixo mostra as linhas de indução, que representam o vetor B, em torno de


um dipolo magnético P. Para calcular o vetor B nas proximidades de um dipolo vamos definir
o conceito de “Potencial Escalar Magnético”.

y
P
x

Figura 3. Linhas de indução, numa representação


tridimensional, que representam o vetor B nas
proximidades de um dipolo magnético.

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5.3- Potencial Escalar Magnético

Em condições particulares, o campo magnético pode ser considerado um campo conservativo.


Considere uma espira plana, de área A, percorrida por uma corrente i. Pela lei de Ampère,
qualquer curva fechada C que não corte A, não é atravessada pela corrente i, temos então:
∫ B.dl = 0 C
2
ou seja, ∫ B.dl
1
é constante e independe do caminho que liga 1 a 2, desde que o caminho entre

1 e 2 não corte a área A.


Respeitando esta condição podemos considerar o campo magnético conservativo e
deste modo definir o potencial escalar magnético (ψ) como:
r
B = − gradψ

O potencial escalar magnético de um dipolo magnético P, num ponto A afastado de uma


distância r, ver figura 4, pode ser calculado através da seguinte expressão:
rr
μ .P.r μ .P. cosθ
ψ= 0 3 = 0
4πr 4πr 2

Onde θ é o ângulo entre os vetores P e r.

5.4- Calculo do vetor B nas proximidades de um dipolo magnético

A figura 4 mostra o momento de dipolo P e o ponto A no plano xz. Dada a simetria do


problema podemos determinar o vetor B através das componentes num plano, neste caso xz.
Neste plano y = 0. Temos as seguintes relações:

Sendo
r ∂ψ r ∂ψ r ∂ψ r
B = − gradψ e gradψ = i+ j+ k temos :
∂x ∂y ∂z
∂ψ ∂ψ ∂ψ
Bx = − ; By = − ; Bz = − (2)
∂x ∂y ∂z
Sendo :

(
r = x2 + z2 ) 1
2
; sen θ =
x
r
; cosθ =
z
r
(3)

Podemos calcular Bx, By e Bz resolvendo as derivadas parciais do potencial (2), para isso
devemos expressar ψ em função de x,y e z , para tal devemos substituindo r e cosθ pelas
expressões (3), e finalmente, após a realização das derivações, devemos expressando Bx, By e
Bz em função de r e θ, usando novamente as expressões (3).

Teremos então:

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B
Bz
z 3.μ 0 .P. sen(θ ). cos(θ )
Bx Bx =
θ A 4.π .r 3

By = 0 (3-1)
r
P
μ 0 .P.(3. cos 2 (θ ) − 1)
Bz =
x 4.π .r 3

Figura 4- Componentes do vetor B, no ponto A, à


distância r do dipolo e afastado de um ângulo θ do eixo
do mesmo.

5.5- Determinação do campo geomagnético na superfície da Terra a partir de um


modelo de campo dipolar geocêntrico.

Sabemos que as feições do campo geomagnético na superfície da Terra são complexas


e variáveis no tempo. Contudo, em muitas aplicações da geofísica o campo geomagnético é
representado, em primeira aproximação, através de um modelo de campo dipolar e
geocêntrico sobre uma superfície esférica.
No caso do campo geomagnético é usual representa-lo pelas suas componentes
horizontal (H) e vetical (Z). Devido a simetria do problema vamos calcular as componentes H
e Z a partir do gradiente do potencial em coordenadas esféricas.

μ 0 .P. cosθ
ψ = B = − gradψ
4πr 2

Gradiente em coordenadas esféricas : Z


F
∂ψ r 1 ∂ψ r 1 ∂ψ r
gradψ = er + eθ + eφ P
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
H
1 ∂ψ μ 0 P sen θ
H =− = θ
r ∂θ 4π r 3

∂ψ μ 0 2 P cosθ
Z =− =
∂r 4π r3 φ

φ - longitude
θ - Colatitude ⇒ Colatitude = 90° - Latitude
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6- Torque sofrido por um dipolo magnético na presença de um campo magnético.

Um dipolo magnético (P) na presença de um campo magnético (B) fica sujeito o um


torque (τ) dado pela seguinte expressão:

r r r
τ = P× B (4)

6.1 – Unidade do τ no S.I.

kg.m 2
[τ ] = 2 = N .m Sendo: kg - kilograma; m - metro; s - segundo e N - Newton
s

7- Força sofrida por um dipolo magnético na presença de um gradiente de campo


magnético.

Numa região onde o campo magnético é constante, um dipolo magnético fica sujeito
apenas a um torque, contudo numa região onde o valor do campo magnético varia numa
determinada direção ⎛⎜ ∂Bx ≠ 0 ⎞⎟ , além do torque o dipolo ficará sujeito a uma força dada pela
⎝ ∂x ⎠
seguinte expressão:

∂B x na direção x
Fx = P.
∂x
∂B y
Fy = P. na direção y (5)
∂y
∂B
Fz = P. z na direção z
∂z

8- Magnetismo na Matéria

8.1- Magnetização (M)

Toda substância colocada na presença de um campo magnético fica magnetizada, ou


seja, o campo magnético externo induz um campo magnético no interior do material, este
campo pode ser forte ou fraco, permanente ou não. Dependendo das propriedades do material
está magnetização pode assumir formas muito variadas, conforme veremos nos itens
posteriores. A magnetização de um corpo é definida pela seguinte expressão:
r
v P
M = (6)
V

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Onde:
M – magnetização
P – Momento de dipolo magnético.
V – Volume do corpo

8.1.1-Unidade de Magnetização no S.I.

[M ] = A
onde: A – ampère; m- metro
m

A magnetização total de um corpo é a soma da magnetização induzida com a magnetização


chamada remanescente ou permanente, ou seja:
r r r
M = Mi + MR (7)
Sendo:
M - Magnetização total ou resultante
Mi – Magnetização induzida
MR – Magnetização remanescente

8.1.2- Magnetização específica (σ)

É definida como:

M
σ =
ρ
Onde:
σ - magnetização específica
M – magnetização
ρ- densidade do material

8.1.3-Unidade da Magnetização Específica no S.I.

A.m 2
[σ ] = onde: A – ampère; m- metro; kg-kilograma
kg

8.2- O vetor H

O vetor H foi definido a partir na necessidade de quantificar a interação do campo


magnético com a matéria. È sabido que se um material magnético (por exemplo, uma barra de
ferro) for colocado na presença de uma indução magnética externa (B), este material ficará
magnetizado e será gerada uma indução magnética própria que vai aumentar sensivelmente o
valor original do campo aplicado. Isso ocorre porque os dipolos elementares do material irão
se alinhar com o campo externo, reforçando os seus efeitos.
Para facilitar a nossa tarefa vamos idealizar os seguintes experimentos:

a) Determinar o valor de B no interior de um solenóide muito longo percorrido por uma


corrente elétrica i, no vácuo, conforme a figura 5a.

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b) Introduzir um núcleo de ferro neste solenóide e determinar o valor de B no seu interior
(dentro do núcleo) quando percorrido pela mesma corrente i, figura 5b.
c) Relacionar as duas situações descritas acima.

A
dh
dP B´
i

+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Figura 5-a Figura 5-b

Aplicando a equação de Ampère na situação (a), segundo o caminho C, temos:

∫ B.dl = μ 0 .i
B.h = μ 0 .N .i

Onde N é o número de espiras dentro do caminho fechado C.

Na situação (b) sabemos que campo B’>>B. Para estudar a contribuição do núcleo de ferro no
acréscimo do campo magnético vamos supor que o solenóide, ainda no vácuo, será percorrido
agora por uma corrente maior que i, de tal forma que esta nova corrente gere o campo B’. Esta
nova corrente será (i+iM), onde iM será uma corrente hipotética, responsável pelo acréscimo
do campo B.
Aplicando a equação de Ampère teremos:

∫ B'.dl = μ 0 .(i + i M ) =μ 0 (i ) + μ 0 (i M )

B '.h = μ 0 .N .i + μ 0 .N .i M (8)

Sendo N o número de espiras contidas no caminho C da figura 1.

Vamos agora relacionar a corrente hipotética iM com a magnetização, que é uma grandeza
física mais concreta. Analisando o segmento dh do núcleo de ferro magnetizado, Figura 5-b, a
corrente iM, que percorre o solenóide, corresponde à corrente geradora do dipolo magnético
elementar dP

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Sabemos que :

P dP
M = (6) ou M = Logo : dP = M .dV (9)
V dV

Sabemos também que :

P = N .i. A (3) ou dP = n.i M . A

onde n é o número de espiras no elemento dh

Como N é o nº de espiras em h, temos :

N .dh
n= sen do assim :
h
N .dh.i M . A
dP = (10)
h

Igualando (9) com (10) temos :


N .dh.i M . A
M .dV =
h
N .dh.i M . A
M . A.dh =
h
M .h
iM =
N

Voltando á equação (8) temos:

M .h
B '.h = μ 0 .N .i + μ 0 .N .
N
B '.h = μ 0 .N .i + μ 0 .M .h

∫ B'.dl =μ 0 .i + μ 0 ∫ M .dl
⎛ B − μ 0 .M ⎞
∫ ⎜⎜⎝ μ0
⎟⎟.dl = i

⎛ B − μ 0 .M ⎞
A grandeza ⎜⎜ ⎟⎟ , freqüentemente encontrada nos problemas de eletromagnetismo,
⎝ μ0 ⎠
recebe o nome : “Intensidade de Campo Magnético” H ,ou seja

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B − μ 0 .M
H=
μ0
B = μ0 H + μ0M

B = μ 0 (H + M ) (11)

É importante salientar que no vácuo, onde a magnetização é igual a zero, a equação (11)
assume a seguinte forma:

B = μ0 H

A partir da definição de H, dada no tópico acima, a lei de Ampère pode ser formulada, de
forma mais simples, para meios magnéticos:

∫ H.dl = i
Onde i representa a corrente real que passa pelo solenóide.

8.2.1- Unidade de H no SI

[H ] = A
onde: A- ampère; m- metro
m

9 – Comportamento magnético da matéria

A matéria apresenta comportamentos distintos com relação á presença de um campo


magnético externo. Todos sabemos que um pedaço de ferro é fortemente atraído por um imã,
enquanto o vidro aparentemente não sofre atração alguma. Alguns materiais ficam
magnetizados permanentemente (ímãs) enquanto outros perdem suas propriedades magnéticas
quando afastados de um campo externo.
Os materiais são classificados em três categorias, quanto a sua interação com o campo
magnéticos, são elas as seguintes:

I - Ferromagnéticos/ Ferrimagnéticos
II - Paramagnéticos
III - Diamagnéticos

9.1 –Ferromagnéticos

Os materiais ferromagnéticos apresentam intensa força de atração na presença de grad B. Os


materiais paramagnéticos e diamagnéticos apresentam efeitos magnéticos muito fracos que só
podem ser determinados através de equipamentos muito sensíveis.
Os materiais ferromagnéticos têm uma estrutura eletrônica tal que, quando expostos a um
campo magnético externo alguns elétrons apresentam alinhamento dos spins, o que acarreta

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uma forte magnetização e o surgimento de um campo magnético interno responsável pelos
intensos efeitos magnéticos destes materiais.
Dependendo da forma como ocorre este acoplamento o ferromagnetismo pode ser dividido
em três classes: Ferromanetismo, ferrimagnetismo e antiferromagnetismo.
A figura abaixo mostra os vetores de magnetização e a magnetização resultante em
cristais destes materiais.

Ferromagnético Antiferromagnético Ferrimagnético Antiferromagnético


Assimétrico

Magnetização Resultante

Figura 6

9.1.2- Ciclo de histerese

Os materiais ferromagnéticos adquirem magnetização remanescente quando magnetizados.


Este comportamento característico pode ser estudado através do ciclo de histerese, ver figura
abaixo.

Figura 7. Ciclo de histerese

Ms- Magnetização de saturação*


Mrs- Magnetização remanescente de saturação
Hc- Coercividade
Hs- Campo de saturação

* a magnetização remanescente é também chamada


magnetização espontânea.

Durante o processo de magnetização os materiais ferromagnéticos adquirem magnetização


remanescente. Este processo pode ser evidenciado através do ciclo de histerese, conforme a
figura abaixo.
Os materiais magnéticos que apresentam baixa coercividade (Hc) são chamados
magneticamente “moles”, enquanto os materiais com alta coercividade são magneticamente
“duros”.

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9.1.3- Domínios de Weiss

A magnetização das rochas é conseqüência da magnetização de minerais magnéticos


que a compõem. A rocha é composta por uma grande quantidade de minerais, alguns destes
minerais têm propriedades magnéticas. O processo de magnetização ocorre nestes minerais,
que se apresentam como grãos de cristal na composição da rocha.
Num monocristal existem direções preferenciais de magnetização, as chamadas
“direções de fácil magnetização”. Weiss postulou a existência de domínios, em cada um dos
quais os spins estão todos alinhados numa direção de fácil magnetização. O tamanho típico de
um destes domínios é ~10-6 cm3 a 10-2 cm3 e grão mineral pode ser formado de vários
domínios alinhados em diferentes direções de fácil magnetização.
A distribuição dos domínios dentro de cristal é tal que a energia magnética seja
minimizada. Na figura 8(a) o campo B é mais intenso fora do material (requerendo mais
energia) do que em 8(b). Em 8(c) e 8(d) os campos ficam sucessivamente mais confinados,
reduzindo assim a energia magnética externa. Contudo à medida que se aumenta o número de
domínios, aumentando o número de paredes que os separa (“paredes de Bloch”), há gasto de
energia que é proporcional à área da parede. Por sua vez, a redução da energia magnética
externa é proporcional ao volume dos domínios. Sendo assim, os domínios se estabilizam
numa situação de minimização das energias magnéticas externas e internas no cristal.

N N S

S S N

(a) (b) (c) (d)

Figura 8 – Domínios de Weiss

Na rocha inicialmente desmagnetizada, os minerais magnéticos e seus domínios estão


orientados ao acaso. Ao aplicar um campo externo B, fraco, as direções de fácil magnetização
mais próximas da direção de B serão favorecidas, levando a um crescimento dos domínios
nesta direção, com um correspondente deslocamento das paredes de Block (não uma rotação,
que exigiria uma energia maior). Assim a susceptibilidade magnética inicial é grande, e a
porcção inicial da curva de histerese é reversível.
Para valores maiores de B, começam a interferir os efeitos de imperfeição do material
(defeitos na estrutura cristalina dos grãos). Estes defeitos funcionam como barreiras que
impedem o deslocamento das paredes de Block, necessitando de um acréscimo finito ΔB do
campo externo para serem transpostas, o que ocorre bruscamente e leva a um efeito

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irreversível, acompanhado de uma dissipação de energia. Neste processo a magnetização
cresce mais lentamente.
Continuando a aumentar o campo externo será atingido o patamar da curva de
magnetização, correspondendo à saturação. Variações grandes de B produzem variações
pequenas de M.
Quando voltamos a reduzir B o mesmo efeito de “atrito” das paredes dos domínios
com imperfeições da rede cristalina impede que os domínios voltem a desorientar-se
completamente, explicando a remanência da magnetização e o efeito de histerese.
Os domínios de Weiss podem ser visualizados com o auxílio de uma técnica simples:
espalha-se pó de limalha de ferro (por exemplo), muito fino, sobre a superfície
cuidadosamente polida do material e observa-se a superfície ao microscópio. As partículas do
pó aderem às paredes de Bloch, pois nelas existem campos magnéticos inomogêneos fortes
que as atraem. Isso permite fotografar a estrutura dos domínios e inclusive observar os
movimentos das paredes quando um campo magnético externo é aplicado, por exemplo,
aproximando-se um ímã.

9.1.4- Temperatura de Curie e temperatura de Néel

A partir de uma certa temperatura os materiais ferromagnéticos perdem suas propriedades


magnéticas passando a se comportar como paramagnéticos. Esta temperatura é chamada
temperatura de Curie para os materiais ferromagnéticos e ferrimagnéticos e temperatura de
Néel para os materiais anti-ferromagnéticos. A tabela abaixo apresenta as temperaturas de
Curie de algumas substâncias ferromagnéticas.
1,0

0,8

0,6
Ms/Mo
0,4
Figura 9. Variação da magnetização de
saturação com a temperatura para um
0,2 material ferromagnético. Ms esta
normalizada para o valor Mo na temperatura
absoluta T=0. A temperatura é dada em
frações de da temperatura de Curie Tc.
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
T/Tc

Tabela1. Coercividade, Temperatura de Curie/Néel, Densidade e Magnetização de Saturação


Substânicia Comportamento Hc Tc, TN Densidade Ms
Magnético (Oe) (°C) (g/cm3) emu/cm3
Ferro Ferromagnético 0,1-2 770 7,87 1714
Níquel Ferromagnético 0,5-3 358 8,9 485
Cobalto Ferromagnético 5-20 1120 8,85 1420
Magnetita Ferrimagnético 20 578 5,18 480
Maghemita Ferrimagnético ? 675 4,88 407
Hematita Ferrimagnético 7600 680 5,26 2,6

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9.2– Paramagnéticos

Os materiais paramagnéticos são fracamente atraídos quando colocados na presença de um


gradB (próximo a um pólo magnético). A força de atração pode ser calculada através das
equações 5 e só podem ser determinadas através de equipamentos de alta sensibilidade. Estes
materiais não adquirem magnetização permanente
A figura 10 mostra o gráfico da magnetização em função do B aplicado num corpo
paramagnético, nestes materiais a magnetização é proporcional ao campo aplicado.
Exemplos: Alumínio, Sódio, Cloreto de Cobre e Sulfato de Níquel

9.3– Diamagnéticos

Os materiais diamagnéticos são fracamente repelidos quando colocados na presença de um


campo magnético inomogêneo (próximo ao pólo magnético de um ímã, por exemplo), onde
gradB≠0. Esta força de repulsão pode ser calculada através das equações 5 e são também de
difícil determinação, muito menos intensas que as forças encontradas nos materiais
paramagnéticos. Estes materiais também não adquirem magnetização permanente.
O comportamento diamagnético está presente em todos os materiais, inclusive nos
ferromagnéticos e paramagnéticos, contudo nestes materiais, a repulsão característica do
diamagnetismo fica mascarada pelos efeitos ferromagnéticos e paramagnéticos que são
proporcionalmente muito mais intensos.
A figura 10 mostra o gráfico da magnetização em função do B aplicado num corpo
diamagnético, nestes materiais a magnetização também é proporcional ao campo aplicado.

Exemplos: Água, Cobre, Chumbo, Quartzo, Diamante, Enxofre e Grafite

10- Suscetibilidade magnética (k)

A suscetibilidade magnética é definida como a razão entre a magnetização de um corpo e o


campo magnético H aplicado.

M
k= (12)
H

Como vimos, nos materiais paramagnéticos e diamagnéticos, a magnetização (M) é


proporcional ao campo H aplicado, de modo que a suscetibilidade magnética seria a constante
de proporcionalidade nesta relação. Nos matérias ferromagnéticos a magnetização não é
proporcional a H, ver figura 7. Neste caso devemos falar em “suscetibilidade inicial”(ko), que
corresponde a relação M por H no início do processo de magnetização, no gráfico da figura 7
devemos considerar a curva de magnetização na região próxima à origem dos eixos, ou seja:

dM
k0 =
dH H =0

A partir da definição apresentada, temos:

- Materiais ferromagnéticos - k > 0


- Materiais paramagnéticos - k > 0

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- Materiais diamagnéticos - k<0
- No vácuo - k=0

No Sistema Internacional a suscetibilidade é uma grandeza adimensional

11- Suscetibilidade magnética específica (χ)

É definida como:

k
χ=
ρ
Onde:
χ - suscetibilidade específica
k – suscetibilidade
ρ- densidade do material

12- Permeabilidade magnética (μ)

A suscetibilidade magnética é uma característica física dos materiais. A permeabilidade


magnética do meio (μ) é uma grandeza física equivalente á suscetibilidade e que é
normalmente usada para materiais ferromagnéticos. A relação entre k e μ é apresentada a
seguir:

μ
μ = μ 0 (1 + K ) ou k= −1
μ0

De modo que:

- Materiais ferromagnéticos - μ>1


- Materiais paramagnéticos - μ>1
- Materiais diamagnéticos - μ<1
- No vácuo - μ = μ0

M Mi Mi
Ms

-Hc Hc
H H H

(A) (B)
-Ms (C)

Figura 10. Variação da magnetização (M) com o campo magnético aplicado (H). (A) material ferromagnético;
(B) material paramagnético e (C) material diamagnético.

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Dada as equações (11) e (12):

B = μ 0 (H + M )

M
k= → M = k .H
H

Podemos escrever:

B = μ 0 (H + k .H )
B = μ 0 .H (1 + k )
μ
B = μ 0 .H
μ0
B = μH

13- Permeabilidade relativa (μr)

É definida por:

μ
μr =
μ0

Onde:
μr - Permeabilidade relativa do meio
μ - Permeabilidade magnética do meio
μ0 - Permeabilidade magnética do vácuo

Tabela 2. Suscetibilidade Magnética por volume e Densidade


Substânicia Comportamento Densidade k (CGS)
Magnético (g/cm3) 10-6
Magnetita Ferrimagnético 5,18 500.000
Hematita Ferrimagnético 5,26 550
Pirrotita Ferrimagnético 4,6 125.000
Alumínio Paramagnético 2,7 1,5
Cromita Paramagnético 4,5 - 5,1 600
Biotita Paramagnético 2,7 – 3,1 190
Siderita (FeCo3) Paramagnético 3,96 400
Calcita Diamagnético 2,71 -1,03
Salgema (NaCl) Diamagnético 2,16 -1,12
Galena Diamagnético 7,58 -2,58
Quartzo Diamagnético 2,65 -1,0
Ouro Diamagnético 19,3 -2,7
Água Diamagnético 1,0 -0,72
Enxofre Diamagnético 2,07 -1,0

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14- Relação entre os sistemas de unidades SI e CGS

O Sistema Internacional é baseado nas unidades metro, kilograma , ampère e segundo.


A corrente elétrica (medida em ampère) não é uma grandeza física fundamental, uma vez que
a corrente elétrica é definida como a razão entre a carga elétrica e o tempo (a carga elétrica e o
tempo são grandezas fundamentais na física). Contudo, a corrente elétrica foi escolhida como
grandeza fundamental, no SI, por motivos práticos: medir a carga elétrica é muito trabalhoso
do ponto de vista metrológico, enquanto que as medidas de corrente elétrica são muito mais
simples. O Ampère é definido como a corrente que, circulando em dois condutores retilíneos,
paralelos e infinitos, distanciados de 1 metro no vácuo, faz com que qualquer deles seja
solicitado por uma força de 2.10-7 N/m. Esta definição, um tanto quanto artificial, é decorrente
de uma definição anterior: a de carga elétrica. O SI 1 Coulomb corresponde a carga elétrica
que estando presente em dois corpos puntiformes, 1 Coulomb em cada corpo, distanciados de
1 metro no vácuo, faz com que eles fiquem sujeitos a uma força de 1 Newton. As duas
definições são equivalentes, a opção pela primeira, como foi dito, se deve a motivos práticos.
O Sistema CGS é baseado nas unidades centímetro, grama e segundo. Existem dois
sub-sistemas baseados nestas unidades: o CGS eletrostático, ou CGSe e o CGS
eletromagético, ou CGSm.
O sistema CGSe define a carga elétrica como grandeza fundamental, a partir da
expressão da força eletrostática (lei de Coulomb). A unidade de carga é o “ues” ou
statcoulomb. Esta unidade pode ser definida da seguinte forma: “Duas cargas de 1 ues, no
vácuo, repelem-se com a força de 1 dina, quando afastadas de 1 centímetro.
O sistema CGSm define a corrente elétrica como grandeza fundamental, a partir da
força magnética (lei de Ampère). A unidade de corrente elétrica neste sistema é o “abampére”
ou abamp que é definido da seguinte forma: “1 abampère é a corrente que, circulando e, dois
condutores retilíneos, paralelos e infinitos, distanciados de 1 centímetro no vácuo, faz com
que qualquer deles seja solicitado por uma força de 2 dinas por centímetro”.
Um dos problemas mais sérios do uso destes sistemas baseados no CGS é o fato das
unidades de carga e corrente elétrica apresentarem valores numéricos diferentes. E
conseqüentemente, a formulação matemática do eletromagnetismo apresenta-se diferente nos
nos dois sitemas.

Tabela 3. Carga elétrica nos sistemas SI, CGS(emu) e CGS(ues)


abcoul – CGSm ues - CGSe Coulomb (C) - SI
abcoul = 1 2,998.1010 10
-11
ues (statcoulomb) = 3,336.10 1 3,336.10-10
Coulomb = 0,1 2,998.109 1

Tabela 4. Corrente elétrica nos sistemas SI, CGS(emu) e CGS(ues)


abampère – CGSm ues/s - CGSe Ampère - SI
abampére = 1 2,998.1010 10
-11
ues/s (statampère) = 3,336.10 1 3,336.10-10
Ampère = 0,1 2,998.109 1

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16.1- Equações de Maxwell, na ausência de matéria, no sistema CGS

As equações de Maxwell apresentam-se significativamente diferentes nos dois


sistemas de unidades, uma vez que as definições das grandezas físicas do eletromagnetismo
são muitas vezes diferentes nos dois sistemas. A conversão das equações de um sistema para
o outro não é trivial.
1 − div E = 4.π .ρ

2 − div B = 0
4.π 1 ∂E
3 − rot B = j+
c c ∂t
1 ∂B
4 − rot E = −
c ∂t

As equações de Maxwell no CGS apresenta a constante c (velocidade da luz no vácuo),


explicitamente. No Sistema SI a formulação apresenta as constantes μ0 e ε0. Comparando as
equações nos dois sistemas podemos concluir que a velocidade da luz c deve se relacionar
com as constantes μ0 e ε0 da seguinte forma:

1
μ 0 .ε 0 =
c2

16.2- Relações usuais nos dois sistemas de unidades

As relações entre B e H nos dois sistemas são:

B = μ0 (H + M) no vácuo B = μ0 H (SI)

B = H + 4πM no vácuo B=H (CGS)

A permeabilidade relativa do meio μr é medida pelo mesmo número no SI e no CGS. Sua


relação com a suscetibilidade, no entanto, é diferente dos dois sistemas:

μr = 1 + k (SI)

μr = 1 + 4πk (CGS)

Tabela 5. Conversão de unidades para o campo Indução Magnética B


Gauss (G) – Tesla (T) - SI Nanotesla(nT) gamma
CGS
1 Gauss = 1 10-4 105 105
1 Tesla = 104 1 109 109
-5 -9
1 nT 10 10 1 1
1 gamma = 10-5 10-9 1 1
1 gamma = 1 nT

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15- Bibliografia

- Carmichael, R.S., Hand Book of Physical Properties of Rocks – Vol.II , CRC Press,
Inc. Boca Raton, Florida.
- Nussenzveig, M.,H., Curso de Física Básica – Vol.3, Ed. Edgard Blucher LTDA.
- Purcell, E.M.,Eletricidade e Magnetismo, Ed. Edgard Blucher LTDA
- Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J., Eletromagnetismo, 4 ed. Livros Técnicos e
Científicos, Rio de Janeiro
- Reitz, J.R., Milford, F.J. e Christy, R.W., Fundamentos da Teoria Eletromagnética.
Ed. Campus, Rio de Janeiro.
- Grandezas e Unidades de Eletricidade e Magnetismo, NBR 12552, ABNT, Rio de
Janeiro – 1992.
- Resolução no.12 de 12/10/1988, do CONMETRO (disponível em www.inmetro.gov.br)

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Unidades e tabela de conversão


Grandeza Símbolo Unidade no S.I Unidade no CGS (emu) Fator de conversão
(multiplicativo)
CGS para S.I S.I. para CGS
Espaço s metro (m) cm 10-2 102
Massa m kilograma (kg) g 10-3 103
Tempo t segundo(s) s 1 1
-7
Energia W Joule(J) erg 10 107
Indução magnética B tesla (T) Gauss (G) 10-4 104
2 -3
Momento de dipolo magnético P A.m erg / G (= emu) 10 103
Magnetização (por volume) M A/m erg / G.cm3 (=emu/cm3 ) 103 10-3
σ
2
Magnetização específica ( por massa) A.m / kg emu / g 1 1
3
Campo magnético H A/m Oersted (Oe) 10 /4π 4π .10-3
Suscetibilidade (por volume) k - - 4π 1/4π
χ
3 -3
Suscetibilidade específica (por massa) m / kg emu / g.Oe 4π.10 103 /4π
χm
3 -6
Suscetibilidade Molar m / mol emu / mol.Oe 4π.10 106/4π
Permeabilidade magnética μ J.s2 /m. C2 (=henry / m) G / Oe 4π.10-7 107 /4π
Permeabilidade relativa μr - - 1 1
Fluxo magnético Φ weber (=T.m2) Maxwell (Mx) 10-8 108
Constante de Anisotropia K J / m3 erg/ cm3 10-1 10
Fator de desmagnetização Nd - - 1/4π 4π
Densidade de energia magnética E J/ m3 erg/ cm3 10-1 10
Razão Giromagnética γ m/A.s 1 / s.Oe 4π.10-3 103 /4π

Constantes físicas usadas no eletromagnetismo


Constante Símbolo SI CGS
Permeabilidade magnética do vácuo μo -7
4π.10 henry / m 1 G /Oe
Velocidade da luz no vácuo c 2,998. 108 m/s 2,998. 1010 cm/s

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