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ESPECÍFICOS
Código de ética
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Dos Direitos
Parágrafo único – Ao cliente sob sua responsabilidade, deve ser garantida a conti-
nuidade da assistência de Enfermagem.
Art. 12 – Receber salários ou honorários pelo seu trabalho que deverá corresponder,
no mínimo, ao fixado por legislação específica.
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades
CAPÍTULO IV
Dos Deveres
Art. 24 – Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem livre dos riscos decor-
rentes de imperícia, negligência e imprudência.
Art. 27 – Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu
tratamento e seu bem-estar.
Art. 39 – Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, impru-
dência e negligência.
CAPÍTULO V
Das Proibições
Parágrafo único – Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acor-
do com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.
Art. 51 – Prestar ao cliente serviços que por sua natureza incumbem a outro profissi-
Art. 54 – Publicar trabalho com elementos que identifiquem o cliente, sem sua auto-
rização.
Art. 55 – Publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participação
ou omitir em publicações, nomes de colaboradores e/ou orientadores.
Art. 59 – Trabalhar e/ou colaborar com pessoas físicas e/ou jurídicas que desrespei-
tem princípios éticos de Enfermagem.
Art. 63 – Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de
saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabeleci-
Art. 64 – Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir
que outro profissional assine as que executou.
Art. 67 – Usar de qualquer mecanismos de pressão e/ou suborno com pessoas físicas
e/ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem.
Art. 68 – Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo,
para impor ordens, opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício pro-
fissional.
Art. 69 – Ser conivente com crime, contravenção penal ou ato praticado por membro
da equipe de trabalho que infrinja postulado ético profissional.
CAPÍTULO VI
Capítulo VII
Art. 82 – Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática,
oudela obtiver benefício, quando cometida por outrem.
I – Advertência verbal.
– Multa. III
– Censura.
I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com
eficiência, evitar ou minorar as conseqüências do seu ato.
I – Ser reincidente.
Capítulo VIII
CAPÍTULO IX
Art. 98 – Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem,
por iniciativa própria e/ou mediante proposta de Conselhos Regionais.
Parágrafo único – A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a
categoria.
pectiva região.
IV – aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiveram título deEnfer-
meira conforme o disposto na letra “”d”” do Art. 3º. do Decreto-lei Decreto nº
50.387, de 28 de março de 1961.
– o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. 2º. da Lei
nº 2.604, de 17 de setembro de1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de
20 de dezembro de 1961;
de serviço e de unidade de
Enfermagem;
l) execução e assistência
I – assistir ao Enfermeiro:
na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados apa-
cientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras “”i”” e “”o”” do item II do Art. 8º.
José Sarney
Finalidades da ABEn
Estrutura
Realizações da ABEn
COFEN/CORENs
Finalidade
XIII- exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.
V- subvenções oficiais;
VI- elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno
e submetê-los à aprovação do Conselho Federal;
IX- publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a relação dos profissionais regis-
trados;
XII- apresentar sua prestação de contas ao Conselho Federal, até o dia 28 de feve-
reiro de cada ano;
XIV- exercer as demais atribuições que lhes forem conferidas por esta Lei ou pelo
Conselho Federal.
III- censura; (repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos
Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação)
IV- suspensão do exercício profissional; (período não superior a 29 dias e serão di-
vulgados nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional deEnfermagem,
jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores)
Atribuições do Sindicato:
Representar os interesses da categoria perante autoridades administrativas (pre-
feituras, governadores, secretários de estado e municipais, delegados regionais do
trabalho etc.) e judiciárias (presidentes dos tribunais e juízes em geral).
• Celebrar convenções coletivas de trabalho.
realização.
2. Diagnóstico de Enfermagem
3. Planejamento de Enfermagem
4. Implementação de Enfermagem
5. Avaliação de Enfermagem
Histórico de enfermagem;
Diagnóstico de enfermagem;
Evolução de enfermagem.
transmitida. A ênfase que é dada num discurso e a postura corporal poderão aju-
dar à compreensão da comunicação.
Como posso diminuir o número de reclamações?
Estas questões são apenas algumas para as quais nós temos resposta! Com uma
comunicação de qualidade estabelecida entre o profissional de saúde e a sua
equipa/doente/familiares do doente, a adesão e o sucesso do tratamento são mui-
to superiores. Existe mais confiança por parte do utente e uma redução significa-
tiva do nível de ansiedade deste e da sua família. A comunicação deve ser enten-
dida como parte integrante da área da saúde, em que se pretende que o doente
consiga enfrentar e conviver com as várias etapas do processo da sua doença.
As más notícias tendencialmente implicam uma mudança drástica no futuro do
utente, num sentido negativo, podendo implicar perdas de funções, progressão
da doença ou até um tempo de vida mais curto do que o esperado. O problema
de comunicação levanta questões como: O que deve ser dito? Quem deve dizer?
Como deve ser dito? Para quem deve ser dito? O profissional de saúde encontra-
se em conflito interno perante a comunicação de um diagnóstico ao doente. Al-
gumas dicas que podemos dar são: recorra a uma linguagem compreensível, sem
recurso exagerado a termos técnicos para que o utente consiga entender o que es-
tá a transmitir; responda a todas as perguntas e dúvidas, dando o tempo necessá-
rio ao utente e aos seus familiares para compreenderem; reconheça as emoções e
os sentimentos que poderão eclodir no(s) afetado(s); e posicione-se ao mesmo
nível do que o utente, ou seja, se este estiver sentado, sente-setambém, demons-
trará proximidade.
Saber escutar é tão ou mais importante como saber falar com o doente e os seus
familiares. Ao escutar poderá perceber como aquele utente entende a sua mensa-
gem e como poderá reagir a eventuais más notícias. Tente sempre permanecer
em silêncio quando o doente fala, utilizando gestos de afeto que expressem acei-
tação.
A documentação do paciente (prontuário) e os demais documentos inerentes ao
processo de cuidados enfermagem (livros de ocorrência, relatórios, etc.) consti-
Art. 71. Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e in-
dispensáveis ao processo de cuidar.
A Resolução Cofen 191/ 96, dispõe sobre a forma de anotação e o uso donúme-
ro de inscrição ou da autorização, pelo pessoal de enfermagem, no entanto,a Re-
solução Cofen 372/ 2010 estabeleceu novos parâmetros sobre o uso do número
de inscrição e siglas das categorias profissionais de Enfermagem. Emseu arti-
go 4°consta: Enfermeiros-ENF; Técnicos de Enfermagem-TEC; Auxiliares de
Enfermagem-AUX; Parteira-PAR, os quais deverão ser apostos após o número
de inscrição, nas anotações de enfermagem.
CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema
Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto arti-
culado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recupe-
ração da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente
os idosos.
– unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e ge-
rontologia social;
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o
direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
– pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado
em tempo hábil;
– pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para
consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em
que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimen-
to às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissio-
nais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão
objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autori-
dade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos
seguintes órgãos: (Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011)
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
– Conselho Municipal do Idoso;
IV – Conselho Estadual do Ido-
so; V – Conselho Nacional do
Idoso.
1º Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso qualquer ação ou
omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento
físico ou psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
A proteção do direito à vida não se limita à vedação da pena de morte. É muito mais pro-
fundo. Aliás, em toda sua extensão, o direito à vida se inter-relaciona com outros,dentre os
quais cabe destaque ao direito à saúde.
3º - Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele
necessitem.
horários de trabalho.
Nesse contexto, é importante mencionar que até mesmo as mulheres presas têm direito de,
após o parto, aleitarem seus filhos. Este é o teor do artigo 9º do ECA. Vejamos:
Atenção!
Quanto às crianças com deficiência, o Estado tem o dever de fornecer a elas atendi-
mento especializado. Sobre esse tema, aliás, é importante mencionar que o Brasil re-
cepcionou com status de norma constitucional a Convenção Internacional sobre os Di-
reitos das Pessoas com Deficiência e seu protocolo facultativo, por meio doDecreto n.º
6.949, de 25 de agosto de 2009.
Situação que não pode deixar de ser analisada é a da gestante que não quer assumir a
maternidade do nascituro. Nesse caso, hoje, o Estado ampara essa mulher para que ela
manifeste sua vontade perante a Justiça da Infância e da Juventude e, tão logo ocorra o
nascimento, seja a criança encaminhada a um abrigo para posterior doação. Assim, a
mãe que não desejar permanecer com seu filho após o nascimento não poderá privá-lo
da vida.
Nesse contexto, recorde-se, pois, que o aborto é crime. A vida é inviolável, nos termos
do artigo 5º da Constituição Federal de 1988. No entanto, existem duas hipóteses nas
quais o Código Penal prevê a possibilidade da realização do aborto. Vejamos quais
são estas hipóteses:
Aborto necessário
Por fim, resta-nos mencionar que o direito à saúde compreende não só o atendimento
médico, mas também o odontológico. Nesse sentido, vejamos o artigo 14 do ECA:
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias.
CME é a sigla para Central de Material e Esterilização. A sigla também pode ser conhe-
cida como Central de Materiais Estéreis ou até Centro de Material Esterilizado, e apesar
das variações, o objetivo é o mesmo: ser um setor destinado à limpeza, acondiciona-
mento, esterilização e distribuição de todos os artigos médicos hospitalares.
O que é CME?
tir dela que todos os outros setores dão continuidade à assistência dos pacientes.
Uma Central de Material e Esterilização pode ser descentralizada, quando cada unidade
hospitalar esteriliza e prepara o material utilizado, semicentralizada, onde os materiais
são preparados em cada unidade e esterilizados no mesmo local, ou centralizada, quan-
do o preparo e a esterilização são feitos no mesmo lugar. A melhor e mais usada forma
de funcionamento é a centralizada, já que proporciona mais eficiência, economiae qua-
lidade.
Ainda de acordo com a ANVISA, a infraestrutura da CME deve ser constituída de: sala
4. Quais os setores?
Expurgo;
Todo o material “sujo” é recebido pelo setor e limpo antes da esterilização.
Preparo de materiais;
Os utensílios são inspecionados, identificados, separados, embalados
e preparados para a esterilização.
Esterilização;
Aqui, o material é esterilizado por meios físicos (calor úmido ou seco) ou
químicos (através de soluções).
Além disso, apesar da suma importância dentro dos hospitais, muita CME ainda não se-
guem todos os padrões teóricos definidos. E isso é causado, principalmente, por uma
junção de fatores, como altos custos de maquinário e manutenção (já falamos aqui sobre
como evitar esse problema), baixo investimento no setor, falta de profissionais qualifi-
cados para o e a ausência de planejamento.
6. Conclusão
O QUE É CCIH?
Para realizar o controle das infecções hospitalares de modo efetivo, é necessário conhe-
cer a origem, propagação, difusão, frequência bem como analisar a evolução das infec-
ções hospitalares, para isso, a CCIH, utiliza uma ferramenta chamada: Sistema de Vigi-
lância Epidemiológica Hospitalar (SVEIH).
A CCIH deverá ser composta por profissionais de nível superior na área da saúde que
deverão trabalhar em duas linhas, as saber:
Consultores;
Executores.
Biossegurança em saúde
A biossegurança pode ser definida como um conjunto de medidas que busca minimizar
os riscos inerentes a uma determinada atividade. Esses riscos não são apenas aqueles
que afetam o profissional que desempenha uma função, e sim todos aqueles que podem
causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
No que diz respeito aos profissionais de saúde, a biossegurança preocupa-se com as
instalações laboratoriais, as boas práticas em laboratório, os agentes biológicos aos
quais o profissional está exposto e até mesmo a qualificação da equipe de trabalho. Isso
importante porque, nesses locais, existe a frequente exposição a agentes patogênicos,
além, é claro, de riscos físicos e químicos.
Qual a importância da NR 32
Vigilância em saúde
23 de maio de 2005;
CAPÍTULO I
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça
saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa
desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas,con-
siderando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a
transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de
desastres ou acidentes;
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
CAPÍTULO III
Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas complementares relativas aos flu-
xos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento
dos sistemas de informação em saúde e demais diretrizes técnicas para ocumprimento e
operacionalização desta Portaria, no prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da
sua publicação.
Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de
vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico doMinis-
tro de Estado da Saú- de.
Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de notificação constarão em ato
específico do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 14.
A promulgação da lei 8.080, que instituiu, em 1990, o Sistema Único de Saúde - SUS,
teve importantes desdobramentos na área de vigilância epidemiológica. O texto legal
manteve o SNVE, oficializando o conceito de vigilância epidemiológico como "um con-
junto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doen-
ças ou agravos". Embora essa definição não modifique a essência da concepção até en-
tão adotada pelo SNVE, ela faz parte de um contexto de profunda reorganização do sis-
tema de saúde brasileiro, que prevê a integralidade preventivo-assistêncial das ações de
saúde, e a consequente eliminação da dicotomia tradicional entre essas duas áreas que
tanto dificultava as ações de vigilância. Além disso, um dos pilares do novo sistema de
saúde passou a ser a descentralização de funções, sob comando único em cada esfera de
governo federal, estadual, municipal o que implica no direcionamento da atenção para
as bases locais de operacionalização das atividades de vigilância epidemiológica no
país.
A relação de doenças de notificação nacional tem sofrido revisões durante as últimas dé-
cadas, em função de novas ações programáticas instituídas para controlar problemas es-
pecíficos de saúde. Em 1998 foi procedida, pelo Centro Nacional de Epidemiologia -
CENEPI, ampla revisão do assunto, que resultou na explicitação de conceitos técnicos
sobre o processo de notificação, bem como dos critérios utilizados para a seleção de do-
enças e agravos notificáveis. Essa orientação servirá de base para a atualização da rela-
ção de doenças de notificação compulsória em âmbito nacional.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) foi criada em junho de 2003 para agregar as
atribuições do an- tigo Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) à coordenação de
outros programas nacionais de combate à tuberculose, hanseníase, hepatites virais, DST
e Aids, doenças até então supervisionadas por outras áreas do Ministério da Saúde.
Propósitos e Funções
Dessa forma, não mais se admite que a atuação no âmbito local esteja restrita à realiza-
ção de coleta de dados e à sua transmissão a outros níveis. O fortalecimento de sistemas
municipais de saúde, tendo a vigilância epidemiológica como um de seus instrumentos
mais importantes de atuação, deve constituir-se na estratégia principal de institucionali-
zação.
A passagem do dado pelos diversos níveis deverá ser suficientemente rápida para o de-
sencadeamento de ações, particularmente quando for necessário o desenvolvimento des-
sas por um outro nível, visando a adoção das medidas em momento oportuno. É impor-
tante salientar que o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado que interessa ao sistema de
vigilância estão relacionados às características de cada doença ou agravo.
Tipos de Dados
Dados de Morbidade Podem ser obtidos através de notificação de casos e surtos, de pro-
dução de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de bus-
ca ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas.
Dados de Mortalidade São obtidos através das declarações de óbitos que são processa-
das pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando o sub-regis-
tro, que é significativo em algumas regiões do país, e a necessidade de um correto pre-
enchimento das declarações, trata-se de um dado que assume importância capital como
indicador de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando ouso imediato
dos dados pelo nível local de saúde.
Fontes de Dados
Notificação
Dada a natureza específica de cada doença ou agravo à saúde, a notificação deve seguir
um processo dinâmico, variável em função das mudanças no perfil epidemiológico, dos
resultados obtidos com as ações de controle e da disponibilidade de novos conhecimen-
tos científicos e tecnológicos. As normas de notificação devem adequar-se no tempo e
no espaço, às características de distribuição das doenças consideradas, ao conteúdo de
informação requerido, aos critérios de definição de casos, à periodicidade da transmis-
são dos dados, às modalidades de notificação indicadas e a representatividade das fon-
tes de notificação. Para nortear os parâmetros de inclusão de doenças e/ou agravos na
lista de notificação compulsória, para as três esferas de governo, o CENEPI publicou
um documento resultante do processo de discussão da revisão desta lista nacional, que
deve ser consultada por estados e municípios que desejam incorporar ou retirar doenças
ou agravos da lista nacional do Informe Epidemiológico do SUS, VII, n. l,Jan a Mar/98.
Os critérios que devem ser aplicados no processo de seleção para notificação de doen-
çassão:
Magnitude - doenças com elevada frequência que afetam grandes contingentes popula-
cionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de
Estes critérios devem ser observados e analisados em conjunto, e, obviamente, não é ne-
cessário para a inclusão de uma doença o atendimento de todos eles. Por outro lado,
nem sempre podem ser aplicados de modo linear, desde quando a lista que vai gerar este
sistema de informação irá subsidiar a Vigilância Epidemiológica, e esta tem que se ali-
cerçar sob bases factíveis e aceitáveis por quem alimenta o sistema, que são especial-
mente os profissionais de saúde da rede de serviços.
Mesmo sendo compulsório - o que significa ser dever de todo cidadão notificar a ocor-
rência de algum caso suspeito de doença que esteja na relação de notificação compuls-
ória, e uma obrigação inerente à profissão médica e outras profissões da área de saúde -
a notificação é habitualmente realizada de modo precário, pelo desconhecimento de sua
importância, descrédito nos serviços de saúde, falta de acompanhamento esupervisão da
rede de serviços e, também, pela falta de retorno dos dados coletados edas ações que
foram geradas pela análise. Neste sentido, é fundamental que trabalhos desensibilização
dos profissionais e das comunidades sejam sistematicamente realizados, visando a me-
lhoria da obtenção dos dados no que diz respeito à sua quantidade e qualidade, fortale-
cendo e ampliando a rede de notificação, pois, idealmente, o sistema deve cobrir toda a
população. Dessa forma, considera-se que todas as unidades de saúde devem compor a
rede de notificação (pública, privada e filantrópica), como também, todos os profissio-
nais de saúde e mesmo a população em geral.
morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em ge-
ral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômi-
cas.
Transição Demográfica
De Acordo com Perez (2005) ao final do século XIX e princípios do XX, partindo dos inte-
resses por aprofundar nas tendências da população, sobretudo na procura de uma explica-
ção na diminuição dos níveis de fecundidade em muitos países da Europa Ocidental, tinha
lugar o surgimento que se denomina a “Teoria da Transição Demográfica”.
Esta teoria trata de explicar a evolução da população desde níveis altos de mortalidade e
fecundidade até outros cada vez mais baixos para estabelecer o nexo causal entre a po-
pulação e o desenvolvimento socioeconômico ao longo dos últimos cem anos na Euro-
pa, assumindo as transformações econômicas e sociais do crescimento econômico capi-
talista baixo a influência da modernização industrial (PEREZ 2005).
Segundo Brito (2008) a transição demográfica é um dos fenômenos estruturais mais im-
portantes que tem marcado a economia e a sociedade brasileiras desde a segunda meta-
de do século passado.
Segundo Freire (2008) para explicar as alterações na evolução da população são usados
modelos demográficos, sendo o mais aceito, o modelo de transição demográfica. Segun-
do este modelo a população evolui em quatro fases.
Transição Epidemiológica
Schramm; et al. (2004) relatam que o processo engloba três mudanças básicas: substitui-
ção das doenças transmissíveis por doenças não-transmissíveis e causas externas; deslo-
camento da carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos;
e transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para outra na qual a
morbidade é dominante.
De acordo com Laurenti (1990) esse processo está, em geral, condicionado por dois fa-
tores: a) mudanças associadas à estrutura etária da população, ocorridas ao longo do
processo de transição demográfica e propiciadas pela rápida queda da fecundidade em
um contexto mais suave de declínio da mortalidade; b) mudanças no grau e no estilo de
desenvolvimento, caracterizando a passagem de sociedades rurais para urbanas, bem co-
mo na elevação dos níveis de assalariamento e monetarização da sociedade, aumento na
cobertura dos serviços sociais básicos de saúde, educação, aumento na distribuição da
renda nacional, dentre outros.
Ainda segundo o mesmo autor, á medida que os paises atingem níveis de desenvolvi-
mento mais elevados, as melhorias das condições sociais, econômicas e de saúde cau-
sam a transição de um padrão de expectativa ou esperança de vida baixa, com altas ta-
xas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitarias em faixas de idade precoces,
para um aumento da sobrevida em direção á idades mais avançadas e aumentodas mor-
tes por doenças não transmissíveis (MEDRONHO).
De acordo com Medronho a transição epidemiológica tem como premissa: que e a mor-
talidade e a fecundidade são as forças mais importantes da dinâmica populacional; eque
durante a transição epidemiológica ocorrem mudanças lentas e longa duração nos pa-
drões de mortalidade e morbidade, com substituição gradual das pandemias de doenças
infecciosas e parasitárias e da deficiência nutricional, pela doenças crônico degenerati-
vas e aquelas provocadas pelo homem (causas externas).
Envelhecimento populacional;
Modificação de Estilo de Vida;
Doenças Emergentes; Ressur-
gimento de Doenças.
Para a distinção entre os diferentes modelos são considerados o tempo, ritmo e magnitu-
de do declínio nos níveis dos coeficientes de mortalidade e sua estrutura por causas; a
esperança de vida; os níveis das taxas de mortalidade infantil; o nível da taxa de fertili-
dade e a estrutura etária. O comportamento da mortalidade proporcional em menores de
um ano e dos componentes da mortalidade infantil, da mortalidade proporcional em
menores de cinco anos, da mortalidade proporcional de 50 anos ou mais (Indicador
de Swarrop-Uemura) e das taxas de mortalidade materna, são também
indicadores amplamente usados para classificar os países nos modelos descritos a se-
guir: Modelo clássico ou Ocidental, Modelo de transição acelerada e semi- ociden-
tal,Modelo de transição retardada com suas variações transicionais (variante transicio-
nal rápida em sociedades recém-industrializadas e ou em rápido desenvolvimento;a va-
riante transicional intermediária em paises de renda média,a variante transicional lenta
em países menos desenvolvidos). Os dois primeiros modelos se referem a países que
tiveram seu declínio na mortalidade anteriormente ao séculoXX, sendo que a fecundi-
dade iniciou sua queda, após um intervalo de tempo, atingindo níveis baixos no modelo
clássico e níveis moderados no semi-ocidental. No modelo retardado o declíneo impor-
tante na mortalidade só veio ocorrer no início do éculo XX e o da fecundidade ainda
mais tarde, em torno do período após a metade deste século (MEDRONHO)
Em relação à natalidade, as mudanças que estão ocorrendo desde a década de 1960, têm
aspectos positivos e negativos. Entre os positivos, a queda da fecundidade aumentou o
intervalo intergestacional, resultando em riscos menores de mortalidade na infância,
pois a mãe pode dar mais atenção e cuidados a seus filhos. Entre os aspectos negativos,
associados com a saúde reprodutiva, são citados: a elevada prevalência de abortamento
no Brasil; a persistência de atenção pré-natal insuficiente e inadequada.
Modifica-se o perfil de saúde da população; ao invés de processos agudos que “se resol-
vem” rapidamente através da cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças
crônicas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos serviços de
saúde. (www.ibge.gov.br)
Considerações Finais
No entanto chegamos ao ano 2000 com um crescimento relativo menor que em 1940, e
as projeções para 2020 mostram uma taxa de crescimento menor que 1% ao ano. O Bra-
sil vem demonstrando transição em seu perfil populacional, prevendo-se que no ano de
2025, ocupará o sexto lugar entre os países com maior quantitativo de idosos, qual se-
jam pessoas com mais de sessenta anos de idade.
Há mais de 100 anos foi realizada a primeira campanha de vacinação em massa feita no
Brasil. Idealizada por Oswaldo Cruz, o fundador da saúde pública no país, a campanha
tinha o objetivo de controlar a varíola, que então dizimava boa parte da população do
Rio de Janeiro.
O êxito das Campanhas de Vacinação contra a varíola na década dos anos sessenta mos-
trou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O último caso de
varíola notificado no Brasil foi em 1971, e no mundo em 1977, na Somália.
Ao longo dos anos, a atuação do PNI apresentou consideráveis avanços. As metas mais
recentes contemplam a erradicação do sarampo, a eliminação tétano neonatal e o contro-
le de outras doenças imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental,
Hepatite B, Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Ca-
xumba, bem como, a manutenção da erradicação da Poliomielite.
O Brasil conta atualmente com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo
território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27
vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos distribuídos gratuitamente com materiais
seguros e de qualidade. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas
A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e programas já exis-
tentes como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC- pac-
tuada, aguardando publicação), a Rede Cegonha, a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Política Nacional de Ali-
mentação e Nutrição (PNAN).
A estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta consiste em criar nas em-
presas públicas e privadas uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma
de promover a saúde da mulher trabalhadora e de seu bebê, trazendo benefícios diretos
para a empresa e para o país.
Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que 34% das mães brasi-
leiras que trabalhavam fora de casa naquele ano e que tinham bebê menor de um ano
não amamentavam mais a criança, enquanto que entre as mães que não trabalhavamfora
de casa esse índice era de 19%. Os dados mostram que as condições de trabalho da mu-
lher e o nível de sensibilidade da empresa implicam diretamente no tempo em que o be-
bê é amamentado e, consequentemente, na saúde da criança.
As salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com
conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em
frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse
leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma
etiqueta identificando o vidro com o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do
expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho
na sua ausência, e também se desejar, doá-lo para um Banco de Leite Humano.
As empresas que aderem a essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência
de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos, pois como o leite materno
possui anticorpos que previnem doenças, as crianças amamentadas no peito adoecem
menos. Funcionários e sociedade também passam a ter uma imagem mais positiva da
instituição, que por sua vez, ganha em reputação.
A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implementação e manutenção
são de baixo custo. Além disso, todos são beneficiados: mães, bebês e empresas.
nitorização da terapia;
Atuação nas intercorrências que possam surgir durante a terapia;
Administração de medicamentos prescritos;
Atuação sistêmica de maneira integral ao paciente.
propiciar a recuperação dos pacientes para que alcancem o melhor estado de saúde fí-
sica, mental e emocional possível, e de conservar o sentimento de bem-estar espirituale
social dos mesmos, sempre envolvendo e capacitando-os para o auto cuidado juntamen-
te com os seus familiares, prevenindo doenças e danos, visando a recuperação dentro
do menor tempo possível ou proporcionar apoio e conforto aos pacientes em processo
de morrer e aos seus familiares, respeitando as suas crenças e valores. Realizartambém
todos os cuidados pertinentes aos profissionais de enfermagem.
Por ser um setor onde temos pacientes com as mais diversas doenças, este setor
tem uma ligação direta com a maioria dos setores do hospital, como:
Preparo pré-operatório
O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da
cirurgia.
Objetivo
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe
menores possibilidades de complicações.Cada paciente deve ser tratado e enca-
rado individualmente.
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em
alguns dias ou ate mesmo em minutos. A s cirurgias que exigem um rápido preparo
são as cirurgias de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de
salvar a vida do paciente.
Preparo psicológico
Tem como objetivo assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente.
A internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o
paciente podem ficar ansioso e cheio de temores.O trabalho, a vida diária do paciente é
momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submeti-
do, tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo.
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente
a apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós-
cirurgicas, levando-o a complicação respiratórias, agitação e outros problemas.
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e saiba
como desenvolver confiança.
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada para que to-
mea melhor medida.
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de
não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir
dordurante a cirurgia.
Dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião
ou anestesista para esclarecer o paciente.
Portanto a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para atender o paciente
em suas necessidades psicológicas, é principalmente a pessoa que ouve, compreende,
ampara e conforta.
Preparo físico:
Preparo inicial é quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames
pré-operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia.
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona:
- Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados.
- A coleta e encaminhamento dos materiais para exames.
- A manutenção do jejum quando necessário. -
A aplicação de medicamentos, soro e sangue. -
A realização de controles.
- Sinais vitais.
- Diurese.
- Observação de sinais e sintomas.
- Anotação na papeleta.
Preparo físico na véspera da cirurgia tem por objetivo remover toda a fonte de
infecção, através da limpeza e desinfecção conseguida com um mínimo de esgo-
tamento do paciente.
Essa segunda etapa se processa assim:
- Verificar lista de cirurgia quais os pacientes que serão operados, nome da cirur-
gia,horário, se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina.
- Providenciar material e colher a amostra de sangue para tipagem sanguínea.
Introdução
os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate
a alta.
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais
rápida e segura.
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. Ob-
servação: nos hospitais que possuem no centro cirúrgica sala de recuperação, pós- anes-
tésica, recebem os pacientes nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhesas-
sistência até a normalização de reflexos e sinais vitais.
Só posteriormente esse paciente é encaminhado a unidade onde estão internados. Cuida-
dos no preparo da unidade visa equipa-la para o recebimento do paciente operado,a fim
de proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feitoapós
o encaminhamento do paciente para a s.o.
Cuidados
Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente.Arru-
mação da cama “tipo operado”.
Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira.
Trazer suporte de soro e coloca-lo ao lado da cama.Dei-
xar oxigênio com equipamento completo.
respiratórias e circulatórias.
Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial.
Fazer anotação na papeleta.
Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.
Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.
Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta passandobem.
Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas.Pro-
mover comodidade no leito.
Medica-lo para dor, quando necessá-
rio.Movimenta-lo no leito, de decúbi-
to.
Verificar e estimular a aceitação da dieta
Após a anamnese é necessário a realização do exame físico completo desse paciente, ob-
jetivando encontrar sinais e sintomas indicativos de doença cardíaca. Alguns pontos são
de extrema importância durante essa avaliação, como por exemplo:
Edema periférico,
Veias do pescoço distendidas
Anorexia
Distensão abdominal
Náuseas
Nictúria - é a eliminação de volume aumentado de urina durante a noite.
Dispnéia grave
Tosse produtiva ou espumosa
Dispnéia paroxística noturna
Ansiedade intensa
Agitação
Confusão
Astenia grave - sensação de cansaço generalizado e falta de energia, e afeta a
capacidade de realizar as tarefas mais simples.
Fadiga intensa
Oliguria - redução do volume urinário para um valor abaixo de 400 mL em 24 horas.
Taquicardia
Angor transitório - Angústia profunda com algidez dos membros.
Melhorar a oxigenação
congestão pulmonar
Monitorizar freqüência respiratória, profundidade e facilidades respiratórias
Promover mudança de decúbito
Estimular os exercícios freqüentes de respiração profunda
Proporcionar refeições fracionadas e em pouca quantidade
Administrar diuréticos
Avaliar diariamente o peso
Avaliar sinais de hipocalcemia: astenia, mal-estar e câimbrasAd-
ministrar potássio
Estar atento aos potenciais problemas dos diuréticos
Observar sinais de distensão da bexiga no idoso com hiperplasia da próstata Propor-
cionar uma dieta hipocalórica e hipossódica fracionada e restringir os líquidos
Ensino ao doente
Conclusão
clusão da família no tratamento deste paciente, pois os hábitos alimentares, o uso corre-
to dos medicamentos e a atividade física são fundamentais para o sucesso do tratamento
e da qualidade de vida deste paciente.
Para que a admissão do paciente para a UTI seja realizada de forma rápida e segura, po-
derá ser estabelecido um protocolo que descreva as atividades de responsabilidade das
equipes envolvidas. Uma sugestão de protocolo para o recebimento de um paciente na
UTI compreende as seguintes fases:
Procedimentos de Admissão
Registro de Enfermagem
Anotações de Enfermagem
A anotação de enfermagem pode ser realizada por todos os membros da equipe de enfer-
magem, ou seja, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Letra legível;
Informações claras, conscisas, objetivas e pontuais;
Descrição dos fatos em ordem cronológica; Regis-
tro de data e hora (no início do relato);
Assinatura, e carimbo do profissional no final do relato.
Sem rasuras, linhas ou espaços em branco;
Deve conter relato e observações de todos os cuidados prestados;
Deve conter a resposta do paciente aos cuidados prestados, incluindo sinais e sintomas;
Deve conter apenas abreviaturas previstas em literatura ou autorizadas pela instituição.
Anotação de Admissão
O paciente que é submetido a este procedimento pode vir a apresentar sequelas que po-
dem alterar a sua vida tanto física quanto socialmente. Na maioria dos casos os pacien-
tes de pós-operatório de neurocirurgia ficam internados em Unidades ou Centrosde Te-
rapia Intensiva para que tenham uma melhor recuperação, sendo esta sob a atenção in-
termitente de uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nu-
tricionistas e psicólogos).
METODOLOGIA
Para alcançar o objetivo proposto, esta foi uma pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa, descritiva e documental, o qual é um tipo de estudo que procura revelar
suas características e não em explicar suas fontes.
Os artigos foram obtidos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados
SCIELO, LILACS e MEDLINE, através dos descritores: “Paciente Neurológico”;
“Monitorização”; “Cuidados Intensivos de Enfermagem”; “Unidade de Terapia
Intensiva”.
O período de busca foi livre, mas os artigos analisados foram os que mais se adequaram
ao tema e que continham informações relevantes e atualizadas.
A análise de dados ocorreu mediante a análise temática de Bardin (1977, p. 42) que
conceitua a análise de conteúdo como “um conjunto de técnicas de análise das co-
municações, com finalidade de descrever, objetivamente, sistematicamente e quan-
titativamente, o conteúdo dessa comunicação”.
DESENVOLVIMENTO
HISTORIA DO CTI
A enfermagem como profissão, teve início no século XIX, na Inglaterra, quando Floren-
ce Nightingale recrutou e treinou mulheres para ajudarem nos cuidados e na higiene dos
soldados feridos durante a Guerra da Crimeia (1854 - 1856). Foi durante este período
que Florence Nightingale, surgiu com a ideia de classificar os doentes de acordo com o
grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves fi-
cassem próximos a área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilânciae melhor
atendimento (MALTA; NISHIDE, 2010).
com risco iminente de morte, sujeitos à instabilidade das funções vitais, requerendo
assistência da equipe de enfermagem e da equipe médica permanente e especializada.
O cliente com demanda de cuidados intensivos deverá ser assistido em unidade com
infraestrutura adequada e especializada para este fim (COFEN, 2004).
Durante a Segunda Guerra mundial, as enfermarias de choque foram criadas para cuidar
dos soldados feridos em batalha. A escassez de enfermeiras, após a Segunda Guerra
mundial, forçou as equipes a reunir um número maior de pacientes em pós-operatório
nas salas de recuperação para terem certeza de que todos seriam cuidados. A vantagem
que houve a expansão das salas de recuperação para quase todos os hospitais nos anos
seguintes.
vigilância a pacientes vítimas de Infarto agudo do Miocárdio, precursora das atuais Uni-
dades Coronarianas. Surgiram também, unidades especiais para pacientes cirúrgicos,
queimados, neurológicos, renais, entre outros. E mais tarde, a terapia intensiva dividiu-
se em adulto / idoso, neonatal e pediátrico.
Gomes (1988 apud AMANTE; ROSSETTO; SCHNEIDER, 2008, p. 55) analisa a UTI
como uma unidade que “destina-se ao tratamento de pacientes em estado crítico, dis-
pondo de uma infraestrutura própria e recursos humanos especializados que atravésde
uma prática assistencial segura e contínua, busca o restabelecimento das funções vi-
tais do corpo”.
Durante a internação na UTI, o paciente deve ser orientado sempre que possível, sobre
o seu estado, de forma a evitar estresse, intercorrências e ansiedade por parte do fami-
liar, o qual deve ser orientado sobre a rotina da unidade, estado geral do paciente,per-
manência, transferência, entre outros.
O cuidado humano e a tecnologia andam lado a lado, de forma que o enfermeiro deve
conciliar estas duas instâncias, deve buscar a harmonização entre elas e o paciente
crítico, deve visualizar o paciente através da máquina, porém sem perder o senso crí-
tico, pois em diversos casos nem todas as informações que são registradas na máqui-
na indicam com total certeza o que está realmente acontecendo com o doente (ROSE
et al., 2010, p. 191).
MONITORIZAÇÕES
A Revolução Industrial foi marco na evolução da área da Saúde, pois neste período quehou-
ve uma evolução significativa da tecnologia em favor da saúde mundial. Embora noBrasil,
a evolução da tecnologia só pode ser percebida a partir da década de 1930, ainda assim foi
de grande importância para uma melhor assistência aos pacientes críticos principalmente.
Além desses, há também os mais específicos como: Pressão Arterial não invasiva (PNI),
que é a aferição da pressão através do método escutatório, com o esfigmomanômetro e o
estetoscópio, ou através do método automatizado que é avaliado através das curvas de
medidas.
Além da PNI temos a Oximetria de Pulso que Segundo Pierce (1995, p. 147)a
“monitorização fornece informação acerca dos sistemas cardíaco e respiratório e
do transporte de oxigênio no organismo. Seu princípio é baseado na absorção da
luz vermelha e infravermelha na hemoglobina oxigenada (saturada) e reduzida”.
A monitorização invasiva por sua vez consiste em métodos mais agressivos ao paciente e
necessitam de uma atenção redobrada com relação aos riscos de infecção. A Oximetria
O cateter de Swan Ganz já é uma monitorização mais completa, pois, apenas na pun-
ção de um único cateter é possível analisar a pressão da artéria pulmonar, pressãoda
artéria pulmonar ocluída, pressão do átrio direito e o débito cardíaco por meio de ter-
modiluição, além de ser possível a coleta de sangue arterial e pulmonar e administra-
ção de cristaloides (ALCÂNTARA; MARQUES, 2009).
A PIC é a pressão entre o conteúdo do crânio (cérebro, líquor, entre outros) e cai-
xa craniana propriamente dita. A variação normal da PIC é entre 5 e 15 mmHg.As
alterações do conteúdo craniano levam a Hipertensão Intracraniana.
A Pressão Intracraniana pode ser medida diretamente pela introdução de cateter intrace-
rebral permeados com fluido ou de fibra óptica ligados a um transdutor que permita que
a PIC seja medida continuamente. O cateter intracerebral permeado com fluido pode ser
colocado também no ventrículo lateral, o que permite lenta drenagem delíquor, se a PIC
for alta (LIONTAKIS, 2005, p. 243-244).
Para Pereira Jr et al. (1999 apud ALCÂNTARA; MARQUES 2009, p. 897) além da
manutenção do FSC e PPC, “deve-se, também, manter adequada concentração de
oxigênio arterial (PaO2), hematócrito e hemoglobina, além de considerar o diâ-
metro etônus das artérias encefálicas, que variam de acordo com o mecanismo
de autorregulação cerebral”.
Para Oliveira (2004 apud RESENDE et al., 2007 p. 165), as incapacidades funcionais
podem “desestruturar as bases do indivíduo, interferir no desempenho de regras e pa-
péis sociais, na independência e habilidade para realizar tarefas essenciais à sua vida,
na capacidade afetiva e capacidade de realizar atividades profissionais”.
Fitzsimmon et al., (2007, p. 798) dizem que “como parte da equipe multidisciplinar, a
enfermeira desempenha um papel central no cuidado ao paciente durante a doença.
Elaparticipa no diagnóstico, tratamento e cuidado de acompanhamento do paciente”.
Outro item a ser avaliado é a presença de convulsões, pois estas indicam inicio das al-
terações agudas no SNC. Elas devem ser observadas e acompanhadas quanto à hora de
O enfermeiro ao cuidar do paciente neurológico deve estar sempre atento, pois o seu quadro
pode alterar rapidamente e ele deve saber lidar com as intercorrências, não pode estar só
atento ao monitor. O enfermeiro deve ter o cuidado com a elevação da cabeceira do pacien-
te, com o período de troca dos cateteres, com as anotações dos parâmetros registrados
(PAM, PIC, Relação P / F, entre outros) pelos equipamentos, assim como os horários e
aprazamentos dos medicamentos administrados ao paciente, sem esquecer-se das coletas de
sangue para gasometria e principalmente oferecer uma assistência humanizada, sem medos
e receios de complicações, mas com confiança e conhecimentopara enfrenta-las.
Ao analisar todos esses autores pode-se perceber que de uma forma geral a instabilidade
do paciente neurológico é algo que preocupa à todos e tem um caráter crucial na recupe-
Considerando o art. 227 da Constituição Federal de 1988, que define como dever
da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivênciafamili-
ar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discrimina-
ção, exploração, violência, crueldade e opressão;
Art. 10. São ações estratégicas do eixo de atenção integral a crianças com agravos
prevalentes na infância e com doenças crônicas:
Art. 14. A PNAISC se organiza a partir da Rede de Atenção à Saúde e de seus ei-
xos estratégicos, mediante a articulação das ações e serviços de saúde disponíveis nas
redes temáticas, em especial aquelas desenvolvidas na rede de saúde materna neonatal e
infantil e na atenção básica, esta como coordenadora do cuidado no território.
Art. 20. A PNAISC contará com documento orientador para sua implementação a
ser disponibilizado pela Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Mater-
no (CGSCAM/DAPES/SAS/MS) no sítio eletrônico www.saude.gov.br/crianca.
Atualmente, um dos grandes méritos dos profissionais e serviços de saúde tem sido a
ampliação não só do acesso à assistência, mas também da qualidade desse trabalho, ga-
rantindo cada vez mais que a paciente seja considerada como um todo.
Para que esse atendimento da Medicina, Enfermagem e demais áreas se desenvolva ain-
da mais, é importante que o profissional de saúde esteja ciente da realidade desse públi-
co e do que pode ser feito para mudá-la.
A saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas
do século XX e considerada prioritária no decorrer da história da área no Brasil. Mesmo
Nos programas iniciais, a atenção à saúde da mulher era restrita, não visualizando a pa-
ciente na sua totalidade, mas apenas como “a mãe”, “a esposa” ou “a grávida”. Por isso,
questões não relacionadas à gravidez, ao parto e ao cuidado dos filhos eram relegadas
ao segundo plano.
Apesar dos avanços das políticas de saúde da mulher no Brasil e dos esforços dispensa-
dos para concretização das propostas elaboradas, ainda há um grande caminho a per-
correr. Alguns objetivos do PAISM e da PNAISM não foram alcançados. As dificulda-
des em concretizar essas políticas estão diretamente relacionadas a não compreensão
e/ou valorização por parte dos gestores de saúde e a não incorporação
Elas ainda possuem maior expectativa de vida que os homens e estão sujeitas àspatolo-
gias específicas da sua fisiologia como câncer do colo uterino e de mama, além do
adoecimento relacionado à persistência das desigualdades de gênero. Outro fator muito
importante que justifica um atendimento especializado é a morbidade e mortalidade por
questões relacionadas à gravidez, parto e pós-parto. E no processo de gestação, existem
algumas adversidades principais enfrentadas pelas mulheres:
Para esse segmento, devemos utilizar como instrumento o Cartão da Criança, que con-
tém a curva de crescimento e a ficha de acompanhamento do desenvolvimento (MS,
2004).
Segundo o Ministério da Saúde a gestante tem direito, no mínimo, a seis consultas, com
acompanhamento intercalado entre médicos e enfermeiros. Sempre que possível, as
consultas devem seguir o seguinte cronograma:
O Ministério da Saúde recomenda uma visita domiciliar na primeira semana após a alta
do bebê. Caso o RN tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer
nos primeiros três dias após a alta. O retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço
de saúde e uma visita domiciliar, entre 7 e 10 dias após o parto, devem ser incentivados
desde o pré-natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita do-
miciliar, juntamente com o enfermeiro.
O indicador que melhor retrata o que ocorre durante a fase fetal é o peso de nascimento
da criança. Pesos ao nascer menor que 2.500 g podem ser decorrentes de prematuridade
e/ou déficit de crescimento intrauterino. Recém-nascidos com menos de 2.500g são
classificados, genericamente, como de baixo peso ao nascer.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cabe aos pais/responsáveis e/ou cuidadores promover uma passagem natural pelas di-
versas fases, para que a construção desse novo indivíduo se constitua de momentos esi-
tuações que possibilitem a formação de um ser humano equilibrado, consciente das suas
limitações e possibilidades.
A participação de enfermeiros tem fundamental importância para o fortalecimento da
assistência pré-natal; entretanto, são necessários investimentos na formação de pesso-
alqualificado para o atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal, o que poderá
ser suprido com a formação de especialistas em enfermagem obstétrica. O Enfermeiro
como Profissional integrante da Equipe de Saúde da ESF, tem papel essencial para
atender, orientar e capacitar a gestante para conduzir com tranquilidade e maior auto-
nomia sua gestação além de também ser responsável pela prevenção e promoção dos
agravos à saúde, podendo intervir no tratamento de acordo com a Lei do Exercício
Profissional.
Com isso, o pré-natal humanizado contribuirá para oferecer à gestante um atendimento
qualificado e incentivar à mesma a participar e realizar as consultas, podendo melhorar
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (BRASIL, 2009), foi im-
plantada em 2008, quando o SUS completava 20 anos. O objetivo principal desta po-
lítica é a promoção de ações de saúde que contribuam para a “compreensão da reali-
dade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político- econô-
micos”, visando possibilitar o aumento da expectativa de vida e a redução dos níveis
de morbidade e mortalidade (duas de cada três mortes registradas entre adultos)nesta
população, em especial nas situações preveníveis e evitáveis como a violência. Visto
que, a entrada dos homens no sistema de saúde se dá por meio da atenção especializa-
da em consequência de agravos de enfermidades crônicas, gerando elevadocusto para
o SUS; além da menor expectativa de vida quando comparado às mulheres(até sete
anos menos) e da baixa procura por serviços de atenção básica.
Segundo o Ministério da Saúde, a cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são homens.
A cada cinco pessoas que morrem de 20 a 30 anos, quatro delas são homens. De acordo
com a publicação Saúde Brasil 2007, os homens representam quase 60% das mortes no
país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo mas-
culino – 57,8% do total.
Inúmeras pesquisas, Keijzer (2003) e Schraiber et al. (2000), apontam que esta vulne-
rabilidade decorre de variáveis culturais, como a questão de gênero e do que é sermas-
culino enraizado na cultura patriarcal de séculos, onde doença é sinal de fragilidade e
incompetência. Outro fator que contribui para a baixa procura de serviçosde saúde,
com as relações com o mundo do trabalho, ligado ao seu papel de provedor, e a alega-
ção de incompatibilidade de horário de sua jornada de trabalho e o funcionamento das
unidades de saúde. (BRASIL, 2008).
ANEXO
Cabe destacar, por fim, que a organização da rede do SUS é fundamental para que
as diretrizes dessa Política sejam plenamente alcançadas. Dessa maneira, torna-se impe-
riosa a revisão da Portaria nº 702/GM, de 12 de abril de 2002, que cria os mecanismos
de organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúdedo Idoso e a
Portaria nº 249/SAS, de 16 de abril de 2002, com posterior pactuação na Comissão In-
tergestores Tripartite.
A meta final deve ser uma atenção à saúde adequada e digna para os idosos e ido-
sas brasileiras, principalmente para aquela parcela da população idosa que teve, por uma
série de razões, um processo de envelhecimento marcado por doenças e agravos que
impõem sérias limitações ao seu bem-estar.
1. Finalidade
Considerando:
o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição
deautonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica;
2. Justificativa
O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. No Censo de 2000, contava com mais
de 14,5 milhões de idosos (IBGE, 2002), em sua maioria com baixo nível socioeconômico e
educacional e com uma alta prevalência de doenças crônicas e causadoras de limitações fun-
cionais e de incapacidades (Lima-Costa et al, 2003; Ramos, 2002). A cada ano, 650 mil no-
vos idosos são incorporados à população brasileira (IBGE, 2000). Essa transição demográfi-
ca repercute na área da saúde, em relação à necessidade de (re)organizar os modelos assis-
tenciais (Lima-Costa & Veras, 2003). A maior causa de mortalidade entre idosos brasileiros
é o acidente vascular cerebral (Lima-Costa et al., 2000). Na transição epidemiológica brasi-
leira ocorrem incapacidades resultantes do não-controle de fatores de risco preveníveis (Li-
ma-Costa et al., 2003).
Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se
restringe ao controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis.
Nos últimos 60 anos, o número absoluto de pessoas com 60 anos ou mais de idade
aumentou nove vezes (Beltrão, Camarano e Kanso, 2004). Não só a população brasileira
está envelhecendo, mas a proporção da população “mais idosa”, ou seja, a de 80 anos ou
mais de idade, também está aumentando, alterando a composição etária dentro do
próprio grupo. Significa dizer que a população idosa também está envelhecendo (Cama-
rano et al, 1999). Em 2000, esse segmento representou 12,6% do total da população ido-
sa brasileira. Isso leva a uma heterogeneidade do segmento idoso brasileiro, havendo no
grupo pessoas em pleno vigor físico e mental e outras emsituações de maior vulnerabili-
dade (Camarano et al, 2004).
Além disso, os idosos diferem de acordo com a sua história de vida, com seu grau
de independência funcional e com a demanda por serviços mais ou menos específicos.
Todos necessitam, contudo, de uma avaliação pautada no conhecimento do processo de
envelhecimento e de suas peculiaridades e adaptada à realidade sócio-cultural em que
estão inseridos. Faz-se, portanto, necessário que os serviços que prestam atendimento a
idosos respondam a necessidades específicas e distingam-se pela natureza daintensida-
de dos serviços que ofereçam.
3. Diretrizes
Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo
de dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades. Impor-
tante acrescentar que muitos idosos brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da
informar sobre seus direitos, como ser acompanhado por pessoas de sua rede
promover a saúde por meio de serviços preventivos primários, tais como a va-
cinação da população idosa, em conformidade com a Política Nacional deImunização;
A atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa deverá ser estruturada nos
moldes de uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, ne-
cessidades, preferências e habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcio-
nantes, aumentando e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção; providos de con-
dições essenciais - infra-estrutura física adequada, insumos e pessoal qualificado para a
boa qualidade técnica.
Indivíduos idosos, mesmo sendo independentes, mas que apresentem alguma difi-
culdade nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – preparar refeições, contro-
lar a própria medicação, fazer compras, controlar o próprio dinheiro, usar otelefone, fa-
4. Responsabilidades Institucionais
5. Articulação Intersetorial
5.1. Educação
Esporte e Lazer
5.8.Ciência e Tecnologia:
6. Acompanhamento e Avaliação
BREVE HISTÓRICO
Cabe ressaltar ainda que a oferta desse atendimento hospitalar concentrou-se nos cen-
tros de maior desenvolvimento econômico do país, deixando vastas regiões carentes de
qualquer recurso de assistência em saúde mental.
A partir dos anos 70, têm início experiências de transformação da assistência, pautadas
no começo pela reforma intramuros das instituições psiquiátricas (comunidades terapêu-
ticas) e mais tarde pela proposição de um modelo centrado na comunidade e substitutivo
ao modelo do hospital especializado.
Dados importantes
Desafios
Fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais
de alta prevalência e baixa cobertura assistencial;
Consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial, promotora
da reintegração social e da cidadania;
Implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem
com a crise social, a violência e desemprego;
São serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que oferecem atendimento diá-
rio às pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, realizando o acompanha-
mento clínico e a reinserção social destas pessoas através do acesso ao trabalho, lazer,
exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares ecomunitários. Os pro-
jetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da
rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e a
singularidade, sua história, sua cultura e sua vida quotidiana.
O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o
planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a implantação de
centros de Atenção Psicossocial. O critério populacional, no entanto, deve ser compre-
Residências Terapêuticas
Atenção Básica
A Política Nacional de Saúde Mental propõe que as práticas de saúde mental na atenção
básica/saúde da família devam ser substitutivas ao modelo tradicional e não medicali-
zantes ou produtoras da psiquiatrização e psicologização do sujeito e de suas necessida-
des. Por isso, é necessária a articulação da rede de cuidados, tendo como objetivo a inte-
gralidade do sujeito, constituindo um processo de trabalho voltado para as necessidades
singulares e sociais e não somente para as demandas.
Considera-se que a atenção básica/saúde da família é a porta de entrada preferencial de
todo o Sistema de Saúde, inclusive no que diz respeito às necessidades de saúde mental
dos usuários. Busca-se resgatar a singularidade de cada usuário, investindo no seu com-
prometimento com o tratamento, apostando em seu protagonismo, tentando romper com
a lógica de que a doença é sua identidade e de que a medicação é a ‘única’ responsável
pelas melhoras; investir nas suas potencialidades; auxiliar na formação de laços sociais
e apostar na força do território como alternativa para a reabilitação social.
Na articulação entre a saúde mental e a atenção básica o apoio matricial constitui um ar-
ranjo organizacional que visa ações conjuntas. Nesse arranjo, o profissional da saúde
mental responsável pelo apoio participa de reuniões de planejamento das equipes de
ESF, realiza ações de supervisão, discussão de casos, atendimento compartilhado e aten-
dimento específico, além de participar das iniciativas de capacitação. Esse compartilha-
mento se produz em forma de co-responsabilização pelos casos, que pode seefetivar por
meio de discussões conjuntas, intervenções junto às famílias e comunidades.
Uma forma de implementar o apoio matricial é através dos NASF (Núcleo de Apoio à
saúde da Família). Desde janeiro de 2008 há regulamentação para a formação destas
equipes, com recomendação explícita de que cada NASF conte com pelo menos um pro-
fissional de saúde mental.
São considerados Leitos de Atenção Integral em Saúde Mental todos os recursos de hos-
pitalidade e acolhimento noturno da rede de atenção à saúde mental (leitos dos Hospi-
tais Gerais, dos CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços Hospitalares de Refe-
rência para Álcool e Drogas), quando articulados em rede – podendo estar associados
aos leitos de hospitais psiquiátricos de pequeno porte, quando eles existirem.
Estes leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em crise, devendo estar ar-
ticulados e em diálogo com outros dispositivos de referência para o paciente. A tendên-
cia é de que esta rede de leitos de atenção integral, à medida de sua expansão, e à medi-
da da expansão de toda rede aberta de atenção à saúde mental, apresente-se como substi-
tutiva à internação em hospitais psiquiátricos convencionais. Para tanto, é preciso inves-
timento dos gestores em regulação – os leitos de atenção integral em saúde mental são
um componente essencial da porta de entrada da rede assistencial e um mecanismo efe-
tivo de garantia de acessibilidade.
Onde existir uma rede com baixa resolutividade, o parâmetro de cobertura é de até
0.24leitos de atenção integral por 1.000 habitantes.
Para cada contexto, parâmetros diferentes – quanto melhor a efetividade da rede, menor
a necessidade de Leitos de Atenção Integral.
Este Programa atende ao disposto na Lei 10.216, de 06.04.2001, que no Art. 5º, determi-
na que os pacientes há longo tempo hospitalizados, ou para os quais se caracterize situa-
ção de grave dependência institucional, sejam objeto de política específica de alta plane-
jada e reabilitação psicossocial assistida.
A base normativa e política do atual campo da Saúde Mental vem, há muito, apontando
a necessidade de ser construído um novo patamar de ações para o cuidado de crianças e
adolescentes portadores de transtorno mental. A 2.ª Conferência Nacional de Saúde
Mental, realizada em 1992, apontou os efeitos perversos da institucionalização de crian-
ças e jovens e a 3.ª Conferência Nacional de Saúde Mental (2001) foi contundente sobre
o tema, determinando que não fossem postergadas as ações político-assistenciais neces-
sárias para que um novo tempo se instaurasse no que diz respeito ao cuidado e tratamen-
to da população infanto-juvenil. A institucionalidade para todas as mudanças está mate-
rializada na Lei n.º 10.216, de 6/4/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das
pessoas portadoras de transtorno mental e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental.
A Política Nacional de Saúde Mental tem como uma das suas principais diretrizes a
reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando uma redução gradual,
pactuada e programada dos leitos psiquiátricos de baixa qualidade assistencial.
Simultaneamente, uma rede aberta e diversificada de atenção à saúde mental deve ser
implantada, com Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centros de Convivência e
Cultura, ações de saúde mental na atenção básica e programas de inclusão social pelo
trabalho.
Deste modo, a redução de leitos psiquiátricos no país segue um determinado ritmo, que
deve andar junto com a expansão dos serviços comunitários de atenção à saúde mental.
Esta redução gradual, pactuada e programada de leitos é realizada através de 2 mecanis-
mos, simultaneamente:
Como resultado destes mecanismos, foram retirados do sistema nos últimos anos leitos
de péssima qualidade assistencial. O perfil dos hospitais psiquiátricos mudou. Se em
2002 apenas 24% dos leitos se localizavam em hospitais de pequeno porte (com até 160
Escolhido pelo município onde se localiza o serviço e a rede, espera-se que o supervi-
sor inicie sua tarefa contando com condições propícias de acolhimento pela equipe, de
modo a também acolhê-la em suas dificuldades, tensões internas, sobrecarga, construin-
do um ambiente de trabalho favorável. Estudos (em relatórios preliminares) do edital
MS/CNPq 2005 vêm mostrando que as equipes dos CAPS têm uma representaçãopositi-
va de seu trabalho, mas se mostram muito desgastadas com as dificuldades concretas da
gestão pública (somadas à complexidade da tarefa clínica que realizam). Cabe ao super-
visor compreender esta dinâmica, desvelando-a para a equipe – multidisciplinar, hetero-
gênea, com tradições teóricas diversas e fenômenos grupais inevitáveis -, de modo a aju-
dar no andamento da vida do serviço e na construção permanente do trabalho da equipe
(marcado por vitalidade e conflito).
Qualquer que seja sua tradição teórica predominante, cabe ao supervisor enfrentar ele
mesmo o desafio do novo cenário de sua prática (o CAPS e a rede pública de saúde),
ajudando a equipe a buscar permanentemente, em cada caso clínico, a construção dos
conceitos operativos de rede (de serviços de saúde, de outras políticas intersetoriais, fa-
miliar, social, cultural, laboral) e de território (o lugar da vida do sujeito, suas
O teste piloto foi aplicado em uma amostra de 10% dos CAPS, ou 120 serviços do país.
Após a consolidação dos resultados, no mês de outubro, foi construído o questionário
permanente, aplicado entre novembro e dezembro de 2008, com uma etapa de recoleta
em janeiro de 2009, na totalidade dos serviços CAPS.
A enfermagem sempre esteve ligada ao sofrimento das pessoas doentes. As pessoas que
sofrem precisam de alguém que lhes dê os cuidados necessários para aliviar tal sofri-
mento.
Na década de 70, já era reconhecido pela enfermagem psiquiátrica(15) que a saúde men-
tal é um componente essencial da saúde, um direito humano, o que vem reforçar a idéia
de que é um dever do enfermeiro promover a saúde mental das pessoas. Já se reconhecia
que assistência na prática de enfermagem, centralizada na doença e nodoente hos-
pitalizado, deveria concentrar-se na pessoa com seus comportamentos específicos, os
quais significam um grito, um alerta, para sua necessidade de ajuda.
Nessa direção, afirma-se que o principal desafio para a atuação da enfermagem voltada
para ações de saúde mental está no ensino, pois a formação ainda se dá, predominante-
mente, dentro dos hospitais psiquiátricos tradicionais, ou seja, nos manicômios.
Em geral, os objetivos para todo cuidado de enfermagem à pessoa deprimida devem es-
tar relacionados ao aumento da auto-estima desse indivíduo e às ações técnicas para
atender as suas necessidades.
No que se refere aos cuidados físicos, o modo mais efetivo de cuidar de uma pessoa de-
primida é estabelecer um plano de atividades com horários que inclua banho, penteado,
alimentação e atividade física. Quanto mais agudo o quadro de depressão, mais necessá-
rios são os cuidados físicos.