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PÓS-GRADUAÇÃO 1
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Núcleo de Educação a Distância
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CDD 371.27
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oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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OBJETIVO GERAL
Analisar o processo de construção de competências enquanto instrumento de
formação humana e social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Unidade I
O ensino de competências
Objetivos de aprendizagem
Compreender o processo de introdução do conceito de competências na educação.
Distinguir o ensino de competências do ensino tradicional, atestando a necessidade
e sua introdução no currículo das escolas brasileiras.
Desenvolver atitudes reflexivas a respeito do processo do ensino e da
aprendizagem, relacionadas à sua prática com vistas na ressignificação de sua
atuação como docente.
Unidade II
Competências e aprendizagens
Objetivos de aprendizagem
Construir o conceito de aprendizagem significativa, reconhecendo e valorizando as
representações discentes.
Construir o conceito de competências, a partir da reflexão sobre a própria prática.
Identificar e relacionar à própria prática conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais.
Compreender como se estrutura a ação competente, identificando-a em sua prática.
Estabelecer relações entre o saber e o conhecimento; o ser e as atitudes e o saber
fazer e os objetos da aprendizagem.
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Unidade III
Competências do professor
Objetivos de aprendizagem
Adquirir competências docentes preparando-se para tomar decisões e fazer opções,
que possibilitem a construção de competências conceituais, procedimentais e
atitudinais.
Articular prática e teoria.
Valorizar a pesquisa científica como fonte de conhecimento e formação do
professor.
Sensibilizar-se quanto à importância da assunção de percursos formativos
continuamente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BORDONI, Thereza. Saber e fazer... competências e habilidades?!? Pedago Brasil,
s/d, n.p.
Disponível em: http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/saberefazer.htm Acesso
em 03 fev. 2016
CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Competências e habilidades: da proposta à
prática. São Paulo: Loyola, 2012.
FURTADO, J. Habilidades e competências na sala da aula: o que sai e o que
fica. PRODES – Programa de desenvolvimento de Docentes do Ensino Superior.
Disponível emhttp://juliofurtado.com.br/Habilidades%20e%20Competencias%20na
%20sala%20de%20aula%20o%20que%20sai%20e%20o%20que%20fica.pdf Acess
o em 03 jan. 2016.
MACEDO. L. Competências e habilidades: elementos para uma reflexão
pedagógica. In Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Fundamentação teórico
metodológica. Brasilia; O Instituto, 2005. Disponível
em http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/407. Acesso em 17 jan.
2016.
PERRENOUD, Ph. Dez competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
ZABALA, Antoni; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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METODOLOGIA
As aulas serão desenvolvidas por meio de recursos como: videoaulas, fóruns,
atividades individuais, atividades em grupo. O desenvolvimento do conteúdo
programático se dará por leitura de textos, indicação e exploração de sites,
atividades individuais, colaborativas e reflexivas entre os alunos e os professores.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas e avaliações a distância, de acordo com a
Portaria de Avaliação vigente.
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Sumário
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Talvez lhe pareça um pouco estranho, mas proponho iniciarmos o nosso percurso
com uma série de questões para você refletir rapidamente a respeito dos rumos que
tem dado à sua prática quando ensina, ou aos rumos que os seus docentes têm
dado à própria prática. Tente pensar um pouco sobre as estratégias que você utiliza
ou conheceu ao participar de experiências formativas de qualquer natureza,
principalmente em escolas. Ao término deste trajeto, tente retomar as questões,
pois com certeza suas novas respostas a elas sejam o melhor parâmetro para
avaliar o seu aproveitamento!
Vamos às questões, então!
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Na verdade, o fazer na sala de aula tem ocupado o centro das atenções de nas
conversas sobre educação. Nunca a reverenciadíssima troca de experiências foi tão
valorizada! No entanto, não raramente, essa mesma troca assemelha-se a uma
troca de receitas culinárias como se as pessoas a serem envolvidas nessas
experiências fossem apenas ingredientes.
Ainda têm andado muito em moda as chamadas dinâmicas para aquecer as
relações interpessoais. Não deixa de ser uma boa ideia favorecer as relações
interpessoais, com atividades que realmente conduzam a esse fim, no entanto, o
que às vezes se encontra são brincadeiras totalmente desprovidas de significado ou
de relação com o assuntos a serem abordados em encontros pedagógicos que
acabam por entediar os professores.
Embora seja louvável que as pessoas se relacionem e se escutem, penso que essas
ainda são heranças do tempo em que tudo na escola se organizava por manuais ou
guias, restando muito pouco à criatividade decorrente da observação do professor.
Tudo o que se oferecia na escola deveria ter sido testado antecipadamente, e caso
não o fosse, ao menos um selo de qualidade deveria apresentar. Os livros didáticos
e os sistemas de ensino, via de regra, não deixavam uma única brecha para a
intervenção do professor-robô, cuja única missão era reproduzi-los. Até os
exercícios e as tarefas já traziam as respectivas resoluções.
Apesar da aparente acomodação, não se vivia em um mar de rosas, pois nem
sempre os ingredientes se comportavam como o previsto. Na verdade, muitos
ingredientes se rebelavam! O modelo acabou por se obsoletizar, tornando-se
necessário o afloramento de novas práticas, mais apropriadas a um novo momento
histórico. É este processo de renovação requerido pela escola[1] contemporânea
que passamos a explorar já na nossa próxima aula.
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Aula 02_Currículo
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Nesta aula você pôde recuperar a origem das competências vinculadas ao novo
modo de produção. Na próxima aula você poderá começar a comparar o ensino
tradicional com a proposta do ensino de competências.
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Além dessas competências, há alguns facilitadores apontados pelo autor que podem
favorecer essa criação, se conquistados:
o
uma área de atividade que obrigue a se inserir em um projeto para
enfrentar a realidade dos alunos, das famílias, do bairro;
uma política institucional que garanta uma certa homogeneidade do
corpo docente em termos de visão pedagógica, de concepção do
ofício, de relação com o trabalho, de tempo, de cooperação, dos
alunos, dos pais, da avaliação;
um diretor que aproveita as oportunidades para criar uma dinâmica
coletiva e funcione como um líder cooperativo (GATHER THULER,
1996, 1997 apud PERRENOUD, 2000)
parceiros externos (associações de pais, empregadores, poderes
locais) que esperem da instituição uma grande coerência e uma certa
parceria. (PERRENOUD, 2000)
Enquanto não nos deparamos com um contexto ideal para o desenvolvimento dos
projetos pedagógicos das escolas com a efetiva participação docente, é preciso
construir coletivamente esse contexto, para atender ao aluno enquanto
responsáveis pela sua formação, pela sua aprendizagem.
Nesta aula conversamos sobre o envolvimento do professor na escola,
particularmente na elaboração de um projeto pedagógico coletivo que contemple as
necessidades dos alunos, inclusive a contextualização das situações-problema que
deve enfrentar. À medida que o professor se constitui em sujeito de uma construção
dessa natureza, certamente, por empatia, desenvolverá grande afinidade com os
alunos, tornando-se mais atento às suas dificuldades. Na próxima aula vamos
conversar sobre a aprendizagem significativa.
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1.
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1. Autonomia no desenvolvimento dos trabalhos propostos, no
modo de realizar a tarefa e nos processos de tomada de
decisão.
2. Empatia em relação às vivências de outras pessoas,
especialmente de seu estado emocional manifesto, por meio
de capacidade de se situar sob outro ponto de vista e, assim,
compartilhar os sentimentos.
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1.
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1.
1.
1. Processo de aprendizagem.
2. A sociabilidade.
3. O desenvolvimento pessoal.
4. A orientação profissional.
Os autores tomam como exemplo o bloco sociabilidade para apresentar os
conteúdos conceituais, procedimentais alguns critérios de avaliação reservados a
competências específicas.
Conteúdos Conceituais
1. Grupo
Líder e liderança
Papéis no grupo
Grupo e agrupamento
Sentimento de posse
2. Conflito
Líder e liderança
Norma e disciplina
Maneiras de resolver conflitos
Consenso e acordo
Competência e competitividade
3. Habilidades sociais
Habilidades comunicativas
Apresentações
Entrevistas
Conversações
Saudações
Tipos de conduta social
4. Diversidade
Exclusão, inclusão
Diferença, igualdade e equidade
Direitos individuais e coletivos
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5. Cidadania
Participação, posse, identidade, direitos e deveres
Conteúdos procedimentais
1. Pautas para o trabalho em grupo
Classificar os objetivos e aderir pessoalmente às metas do grupo.
Distribuir papéis e funções.
Assumir a responsabilidade compartilhada.
Analisar as tarefas.
Estabelecer os canais de comunicação.
Marcar tempos.
Executar as atividades e nelas se envolver.
Avaliar o processo e os produtos.
2. Conselhos para o desenvolvimento das reuniões
Ter preparada a informação referente aos temas.
Cuidar da pontualidade.
Centrar-se nos temas da reunião.
Procurar intervir sem interromper.
Manter as margens do tempo.
Anotar temas não abordados na pauta do dia.
Propor acordos na pauta do dia.
Tirar conclusões.
3. Passos para enfrentar o conflito
Deter-se antes de perder o controle.
Definir adequadamente o conflito. Dizer qual é o problema.
Escutar as demais pessoas.
Pensar nas possíveis soluções para o conflito.
Escolher a solução que se considere melhor e satisfaça a todos, e
ver quais possibilidades podem ser levadas à prática.
Levar à prática a solução escolhida.
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O quadro que segue organiza as fases previstas para a execução das sequências
didáticas em quatro áreas:
Fases das sequências didáticas em diferentes áreas (Zabala e Arnau (2010, p. 149)
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Tem sido uma constante a avaliação dos alunos por meio de provas escritas. Isso se
deve ao fato de a escola ministrar conteúdos prevendo uma preparação dos alunos
para o vestibular. Uma escola seletiva que oferece oportunidades apenas para quem
almeja um curso superior, desconsiderando totalmente os que não podem ou
pensam nisso. Assim sendo, a cobrança da aprendizagem que mais se adapta aos
conteúdos, em sua maioria memorizáveis, são as provas escritas. Note-se também
que as provas de vestibular não incluem avaliação de outras capacidades, como a
da pesquisa ou a da expressão oral.
Esse procedimento que vigora há tanto tempo parece ter transformado as jornadas
que os estudantes passam na escola em um treinamento para superar os obstáculos
em que se constituem as provas ou os exames. Parece que a única tarefa
consistente dos alunos é conquistar uma nota superior à requerida para a aprovação
em sua escola, por vezes esquecendo-se completamente de que o que se pretende
é que a escola efetive as aprendizagens.
A prova escrita é tão surpreendentemente preponderante sobre qualquer outro meio
de avaliação, que mesmo as avaliações externas que visam ao estabelecimento de
políticas públicas para a educação do país, como PISA (Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes), Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Saeb (Sistema
de Avaliação da Educação Básica ou Enade (Exame Nacional de desempenho dos
Estudantes) utilizam esse meio. Mesmo que se formulem questões que envolvam
situações-problema contextualizadas, o canal para solucioná-las não se alterou.
Ao se objetivar a construção de competências, não se almeja somente uma
preparação para o vestibular, mas uma preparação para o enfrentamento de todos
os problemas que surgirem na vida. Definitivamente, não é propósito da escola
prever todas as situações que ocorrerão na vida dos indivíduos, no entanto, deve
proporcionar os meios para que se efetuem as necessárias adaptações às variadas
situações da vida.
Assim sendo, os instrumentos de avaliação adequados para o ensino de
competências também devem se localizar nas situações-problema e são
denominados por Zabala e Arnau (2010) indicadores de obtenção. Os indicadores
de obtenção são demonstrações que o aluno apresenta na realização das tarefas
referentes à construção de cada competência.
O objetivo deve ser avaliar para ajudar os alunos a melhorarem o
domínio de uma determinada da competência, sendo, portanto,
necessário: conhecer quais são suas dificuldades com vistas a
estabelecer as estratégias de aprendizagem mais apropriadas para
chegar a superá-las, dispor do conhecimento sobre os diferentes
esquemas de atuação existentes com relação ao problema, e saber
selecionar o esquema de atuação mais apropriado para resolvê-lo.
(ZABALA, ARNAU, 2010, p. 175.
Sempre será necessário utilizar técnicas diferenciadas a fim de aferir a intensidade
da aquisição de cada conteúdo, seja ele conceitual, procedimental ou atitudinal. As
provas escritas podem ser muito bem utilizadas ao se avaliarem os conteúdos
conceituais, como resolução de um problema ou utilização/relação de algum
conceito. Nossos autores recomendam que se ofereça nesses casos, um número
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De qualquer modo, avaliar deve sempre estar a serviço de ensinar melhor. Cada
situação de aprendizagem é uma fonte preciosa de informações sobre os rumos a
tomar para maximizar o aproveitamento dos alunos. Por isso adquirir as
competências avaliativas é imprescindível ao professor, que tanto mais
satisfatoriamente conseguirá dar andamento aos seus projetos, quanto mais
conciliar seu intento com as particularidades da instituição em que trabalha,
negociando também com os pais dos alunos.
Nesta aula discutimos a avaliação como facilitadora de novas aprendizagens. Na
próxima aula vamos discutir a diferenciação dos alunos.
[1] A Gestalt é uma teoria pela qual os fenômenos devem ser considerados em sua
totalidade, ou seja, defende que o todo é mais que a soma das partes.
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fato. Se esse cuidado não é tomado, surge o risco tão comum de o trabalho ser
realizado por um único componente observado pelos demais. Por outro lado, já se
consagrou a noção de que ninguém aprende sozinho; as interações sociais são
determinantes de muitas aprendizagens.
Trabalhar com grupos requer competências para gestão da classe, pois de nada
adianta sobreporem-se atividades que poderiam ser resolvidas individualmente.
Assim sendo, as tarefas devem provocar aprendizagens, o que não é uma escolha
fácil. Nem sempre uma ação coletiva que transcorre tranquilamente atinge objetivos
relacionados às competências que se quer construir com os alunos. É possível que
alunos trabalhem juntos sem cooperar uns com os outros, ou ainda, atrapalhando-se
mutuamente. De acordo com Perrenoud (2000, p. 63), “os alunos que mais precisam
aprender também são aqueles que contribuem mais para desorganizar e retardar a
ação coletiva... [...] Na vida, uma equipe eficaz afasta os indivíduos menos
competentes [...] chegando a marginalizá-los socialmente”, o que não se coaduna
com a escola para todos, e menos ainda quando se trata de crianças!
Como conseguir, então a cooperação? Considerando-se que atitudes, regras,
cultura de solidariedade, de tolerância e de reciprocidade são fatores que interferem
no sucesso de atividades cooperativas, destaca-se a criação de instâncias internas à
turma, como o conselho da classe[2], para que se estabeleçam os acordos. É
oportuno lembrar que a cooperação não surge de repente, quando é necessária. Ela
é cultivada e facilmente construída quando os professores trabalham
constantemente com equipes. Estas práticas pertencem a uma pedagogia
denominada institucional que foca mais uma gestão cooperativa do que as
interações didáticas.
Participando na condição de membros do conselho de classe, as regras e as
soluções dos conflitos passam a ser construídas coletivamente, com todos os
alunos, evitando-se atitudes discriminatórias por parte dos alunos mais favorecidos e
injustiças contra os menos favorecidos. Ainda constitui-se em excelente exercício de
cidadania.
Além da participação em conselhos da turma, para se fugir à padronização é
possível propor atividades diversificadas cuja execução conte de alguma forma com
a cooperação do aluno, quando a própria atividade não puder ser livremente
escolhida. A metodologia a ser adotada; os recursos a serem utilizados; o lugar onde
pode ser realizada, o prazo para a conclusão ou os parceiros compõem o rola das
possíveis escolhas pelos alunos.
Perrenoud (2000) aponta também a possibilidade da criação de um projeto pessoal
pelo aluno, desde que o professor considere e respeite a fragilidade de suas
condições para essa empreitada. Rejeitar o projeto pode ser pior do que não
formulá-lo.
Resta abordar os procedimentos a serem adotados com alunos que apresentam
dificuldades que se situam para além das de sua turma. Perrenoud (2000) observa
que há casos diferenciados, e para cada um deles, uma providência específica,
entre as quais, classe especializada, apoio pedagógico extraclasse e até mesmo a
reprovação que já se mostrou pouco eficaz na maioria dos casos. Entretanto,
ressalva que o ideal ainda é a organização de uma equipe com recursos que possa
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[1] O ensino mútuo surgiu no século XIX, inspirado por Joseph Lancaster e visava
atender grupos muito numerosos de alunos. Esses alunos eram separados em
subgrupos e eram, orientados por alunos mais velhos ou monitores leigos. Ao
professor cabia mais gerenciar esta situação do que ensinar.
[2] Esse conselho a que Perrenoud se refere não é o conselho de classe que
conhecemos no Brasil É um conselho interno de cada classe, composto pelos
alunos de cada turma e eventualmente por seus pais.
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vivo o desejo de ensinar e construir aprendizagens, ainda que contra tudo e contra
todos. Trata-se de uma abordagem um tanto prospectiva, já que não são tratadas as
estratégias para ensinar, mas as competências requeridas que possam orientar uma
formação docente contínua.
Em um cenário agravado por crises financeiras e políticas em que as finalidades da
escola também são discutidas, parece haver uma desorientação em relação às
direções a seguir. É certo que há caminhos consolidados em que a prática consiste
tão somente no ensino frontal, com provas e reprovações, reforçando as diferenças
e a reprodução de uma sociedade que apresenta sérios desgastes, haja vista o
respeito à diversidade que se robustece a cada dia. No entanto, há outros em
construção que preveem a avaliação formativa e, em função desta, a reelaboração
de práticas inovadoras que operam com a diferenciação, em busca de equidade e
renovação social.
Considerando que não há ensino neutro, Perrenoud (2000) destaca dez famílias de
competências prioritárias para o professor emergente que se desmembram em
outras tantas que visam à explicitação de como cada grande competência se
constrói.
Nas aulas anteriores, somente foram exploradas as competências necessárias ao
professor para que se aproxime das competências a serem construídas pelos
alunos, por isso, transcrevi, aqui, para você, a totalidade destas competências, para
que você tome conhecimento também das relacionadas à profissionalidade do
professor, a fim de que, em um futuro que espero, esteja próximo, você possa
aprofundar:
Primeira competência: Organizar e dirigir situações de
aprendizagem
Subcompetências:
- conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem
ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem;
- trabalhar a partir das representações dos alunos;
- trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem;
- construir e planejar dispositivos e sequências didáticas;
- envolver os alunos em atividades de pesquisa e em projetos de
conhecimento.
Segunda competência: Administrar a progressão das aprendizagens
Subcompetências:
- conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às
possibilidades dos alunos;
- adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino;
- estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de
aprendizagem;
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Décima competência: administrar sua própria formação contínua
Subcompetências:
- saber explicitar as próprias práticas;
- estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa
pessoal deformação contínua;
- negociar um projeto deformação comum com os colegas;
- envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do
sistema educativo;
- acolher a formação dos colegas e participar dela;
- ser agente do sistema de formação contínua.
Para concluir, vale lembrar que não existe uma metodologia exclusiva para ensinar
competências, no entanto, há estratégias que apresentam uma característica que as
destaca como privilegiadas para esta edificação: devem ser globalizantes, ou seja,
abranger mais que uma mera resposta a uma questão.
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