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Resenha etnocentrismo

Maurício Klug de Oliveira

O etnocentrismo é colocar uma cultura no centro e desvalorizar as


outras culturas. É uma falta de respeito a diversidade de culturas. Ele é um
problema da espécie humana, não faz parte somente a um período da história.
As diferenças culturais geram um choque para aquele que é focado somente
na sua cultura, como se a sua cultura fosse a única. Muitos pensam na cultura
do outro como atrasada, quando na verdade é diferente. O etnocentrismo
consiste em julgar a cultura do outro a partir da minha.

O etnocentrismo muitas vezes julga a cultura do outro como primitiva e


enxerga nela algo que precisa ser destruído, pois representa um atraso ao
desenvolvimento. Muitos índios já foram mortos por pensarem que eles tinham
uma cultura atrasada e precisavam desapossar as terras que “pertenciam” aos
etnocêntricos. Os índios eram vistos como primitivos e os colonizadores como
civilizados e superiores, como se isso desse direito a um povo tomar as terras
de outro.

Muitas vezes, nem sequer damos autonomia ao grupo diferente de nós


para expressar sua cultura, mas dizemos o que pensamos sobre ela de uma
forma negativa, sem procurar entender os costumes e os hábitos de quem é
diferente de nós. O autor do livro coloca como exemplo os marcianos, que nós
criamos filmes deles sem ter conhecimento algum de quem eles sejam. Boa
parte dos livros de história, são escritos com uma visão etnocêntrica, não
conseguem expor de maneira fiel quem são os índios, mas simplesmente
passam uma visão negativa de sua cultura.

Temos a tendência de enxergamos o outro com a nossa própria visão de


cultura, uma visão que não consegue enxergar a realidade de fato, mas que é
tendenciosa. Não entendemos algo, por que não fazemos parte daquela cultura
e julgamos a partir da nossa forma de pensar. Deixamos de conviver com
algumas pessoas, porque achamos que ela é “estranha” e na verdade ela só
possui uma cultura diferente da nossa.
A antropologia social, busca o distanciamento de uma cultura, para
conseguir entender as diferenças culturas e comparar sociedades em que a
cultura de um determinado povo não é a dona da verdade.

A forma de pensar a cultura, teve uma evolução ao longo dos anos. Uma
forma de pensar é o evolucionismo. Este por sua vez, pensa o ser humano
como alguém que está em constante progresso e quanto mais progresso ele
tem, mais evoluída é sua cultura. Aquele que não progride, é considerado
pouco evoluído, primitivo.

Franz Boas, um alemão foi capaz de questionar e relativizar as noções


evolucionistas. Ele foi capaz de relativizar o conceito de cultura. Ele
considerava importante estudar as culturas nas suas particularidades. Sua
contribuição também foi em dizer que cada cultura é única.

Bibliografia: ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: brasiliense,


2006.

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