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PRETO VELHO

São benedito que manda nos pretos-velhos


São benedito manda o velho abaixar [2x]
Auê meu pai
Auê meu pai
Peço licença
Deixa o velho trabalhar [2x]

Fio, se suncê precisá


É só pensá na Vovó
Que Ela vem te ajudá

Pensa numa estrada longa, zifio


Lá no seu jacutá
E numa casinha branca, zifio
Que a Vovó tá lá

Sentada num banquinho tosco, zifio


Com sua rosário na mão
Pensa na Vovó Maria Redonda
Fazendo Oração

Tudo que eu peço a vovó ela faz


Também o que eu peço a vovô ele faz.
O que eu quero mais, o que eu quero mais
Ele é rei de Aruanda,mas vovó também manda
Quando os dois pedem juntos ninguem me passa
pra trás
O que eu quero mais, o que eu quero mais
Saravá Vovó Joaquina
Saravá o seu conga
Ela vem lá de Aruanda
Ela vem pra trabalhar

Com suas mirongas


E seu patuá
Saravá Vovó Joaquina
Na fé de Oxalá
Na sua urucaia vem aqui vovo
Na sua rurucaia
Na sua urucaia tem Muzambe
Na sua urucaia

Cadê a sua pemba, cadê?


Cadê a sua guia, cadê?

Saravá prá vovó Catarina


que é dona da gira do meu terreiro
Saravá prá vovó Catarina
e todas as almas do cativeiro

A vovó Catarina do Congo é


A vovó Catarina vai mostrar
Prá vovó Catarina
que os filhos de umbanda vão saravar

Vovó tem sete saias


Na ultima saia tem mironga
Vovó veio de Angola
Pra reza filhos de umbanda

Com seu patuá e a figa de Guiné


Vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé

Êh tia Maria, preta véia da Bahia. Êh tia Maria,


preta véia da Bahia;
Segurava a aba da saia, dança na ponta do pé;
E quando pega no rasário, traça Umbanda e
Candomblé. Tia Maria;
Êh tia Maria, preta véia da Bahia. Êh tia Maria,
preta véia da Bahia;

Rezadeira de Quebranto, Mal Olhado e


Desencanto;
Feiticeira, Curandeira, Dobradora de Junqueira.
Tia Maria;
Êh tia Maria, preta véia da Bahia. Êh tia Maria,
preta véia da Bahia;
E quem segurar seu ponto, sua pemba e muita fé;

Quem quiser falar com ela, ganha figa de guiné.


Tia Maria;
Êh tia Maria, preta véia da Bahia. Êh tia Maria,
preta véia da Bahia;

Oiê Senhor Macutá


Ele vem de Angola
Senhor Macutá
Chegou agora,
Senhor Macutá
Com a mão na pemba,
Senhor Macutá
Alcançou vitória,
Senhor Macutá.

Preto Velho tá quebrado


De tanto trabalhar
Preto Velho tá cansado
De tanto curimbar

Firma ponto, risca pemba


Que é longa a caminhada
Quem tem fé, tem tudo
Quem não tem fé, não tem nada

Meu pito tá apagado


Minha marafa acabou
Vou trabalhar pra suncê
Porque sou trabalhado

Eu vou trabalhar
Suncê vai ganhar
Muito bongo, meu filho
E depois vem me pagar
Firma ponto minha gente
Preto velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem pra trabalhar

Saravá o Preto Velho


Saravá, saravá, saravá,
Ele chegou no terreiro
Ele vem nos ajudar

Pai Joaquim ee
Pai Joaquim ea
Pai Joaquim veio de Angola
Pai Joaquim veio de Angola gola

Pai Joaquim, Cadê Pai Mané?


Foi na mata, Apanhar guiné.

Diga a ele que quando vier que suba a escada e


não bata o pé! (2x)

Que preto é esse, oh Calunga


Que chegou agora, oh Calunga
É o Pai Joaquim oh calunga
Que veio de Angola.
É o vento que balança as folhas guiné,
É o vento que balança as folhas,
É, é, é Pai Guiné, é o vento quem balança as
folhas.
Salve Mãe Maria de Minas
Mãe Maria de Minas Gerais
Preta-velha rezadeira
Qualquer mal ela desfaz
Preta-velha mirongueira
É a razão da minha paz

Na sua urucaia ela trás


Um cachimbo que vence demanda
Sete pembas rosa branca
Um rosário de guine
No cruzeiro abençoado
Trabalha pra quem tem fé

Foi lá
No cruzeiro das almas
Onde as almas foram rezar [2x]
As almas choram de alegria
Quando os filhos se combinam
Também choram de tristeza
Quando não querem combinar [2x]
A fumaça do cachimbo do(a) Vovô(ó)
sobe no ar só não vê quem não quer
A fumaça do cachimbo do(a) Vovô(ó)
sobe no ar só não vê quem não quer
É pro isso que eu digo que é
Mironga de velho é debaixo do pé
É pro isso que eu digo que é
Mironga de velho é debaixo do pé
Vovó não quer casca de côco no terreiro
Vovó não quer casca de côco no terreiro
Pra não lembrar do tempo do cativeiro
Pra não lembrar do tempo do cativeiro

Eu vivia perambulando
Sem ter nada pra comer
Fui pedir às santas almas
Para vir me socorrer

Foi as almas que me ajudou


Foi as almas que me ajudou
Meu divino Espírito Santo
Viva a Deus nosso senhor

Numa noite linda


Noite de luar
Preto-velho orou a zambi
Pra cativeiro acabar
Trabalha zé, trabalhou
Trabalha zé, trabalhou
Trabalha zé
Que o cativeiro acabou
Mas o moinho da Bahia queimou
Queimou e não queima mais
Meu Santo Antonio
Eu cheguei agora
Não me deram água
Eu já vou embora
Oi lá vem vovó
Descendo a serra
Com sua sacola
Com seu rosário e seu patuá,
Ela vem de Angola

Eu quero ver vovó


Eu quero ver
Se filho de pemba tem querer
Meu Deus do céu que alegria
O Preto Velho não carrega soberbia
Meu Deus do céu isto aqui eu preferia
A Estrela D’Alva no ponto do meio-dia

Eu vou plantar neste quintal pé de pinheiro>


Para mostrar como se quebra macumbeiro>bis
Meu Deus do céu que alegria

O Preto Velho não carrega soberbia


Meu Deus do céu isto aqui eu preferia
A Estrela D’Alva no ponto do meio-dia

Galo penacho bota macho na campana>


Neste terreiro galo velho não apanha> bis

A bengala de pai Joaquim bate devagar mais


pode doer
O rosário do pai Joaquim tem mironga pra benzer.
tem dendê meu paizin
tem dendê meu paizin

Um grito de liberdade e a corrente se quebrou


Um grito de liberdade, um grito me acordou
Dentro de um canavial o negro se libertou
E lá não tinha pra ele nem chibata e nem feitor
E lá não tinha pra ele nem senzala e nem senhor

Dentro de um canavial o negro se libertou


E lá não tinha pra ele nem chibata e nem feitor
E lá não tinha pra ele nem senzala e nem senhor

José de Aruanda é um grande lutador


Hoje baixa no terreiro traz a paz e o amor
Sua sabedoria, seus ensinamentos
Sua sabedoria, seus ensinamentos

Vão de canto a canto aliviando o sofrimento


Vão de canto a canto aliviando o sofrimento
Vem da força da reza, vem da força das ervas
Vem da força da reza, vem da força das ervas

Vem tirando todo o mal, a mandinga ele quebra


Vem tirando todo o mal, a mandinga ele quebra
Foi Xangô quem lhe trouxe, Zâmbi lhe coroou
Agradeço dia-a-dia, viva Deus Nosso Senhor
Agradeço dia-a-dia, viva Deus Nosso Senhor

Preto velho senta no toco


Faz o sinal da cruz
Pede proteção a Zambi
Para os filhos de Jesus
Cada conta do seu rosário
É um filho que ali está
Se não fosse os pretos velhos não sabia
caminhar

Navio Negreiro no fundo do mar


(Navio Negreiro no fundo do mar)
Correntes pesadas na areia a arrastar
(Correntes pesadas na areia a arrastar)
A negra escrava se pôs a cantar
(A negra escrava se pôs a cantar)
Saravá minha Mãe Iemanjá!
(Saravá minha Mãe Iemanjá!)
Virou a caçamba de pro fundo do mar
(Virou a caçamba de pro fundo do mar)
E quem me salvou foi Mãe Iemanjá!
(E quem me salvou foi Mãe Iemanjá!)
Saravá minha Mãe Iemanjá!
(Saravá minha Mãe Iemanjá!)

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