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Schlatter,
' Likas,p.363.
O versículo13 (par. Mt 6.24); os versículos 16 e 17 (par. Mt 11.12,13; 5.18); o
Versículo18 (par. Mt 19,9; Mc 10.11,12).
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Lucas 16.1-9 572
Cem
botes,portanto, era cerca de 900 galões de azeite, valendo mais do que
ano. "Tome a sua conta, sente-se depressae escreva cinquen-
endade um an
dena o administrador. Outro devedor deve "cem coros de trigo" (v. 7,
a Coopodia ser uma medida para líquidos (1Rs 5.25[111) ou, com mais
nčncia, uma medida hebraica para produtos secos. Essa medida, como
nrodutos secos, equivalia a 350 a 400 litros ou de dez a doze alqueires,
imadamente, 120 alqueires no versículo 7," A conta do devedor é
oluyidaem um quinto passando para oitenta coros. Essa quantia de trigo
slamaisque cinquenta potes de azeite, provavelmente somando o salário
bsárosanos. Essas medidas hebraicas, que não são convertidas para as
gotidaspadrãogrega (xsta) ou romana (sexstari), atestam a origem helbraica
issaparábola.A "conta" (gr. ta grammata) refere-se à nota promissória com
aloralteradoou título de dívida.
Naparábola, o administrador falha em cada teste na execução de seu
ago Umúnicogolpe verbal, adikia (v. 8) "desonesto, injusto, iníquo"
Sumeseu comportamento. Não é de surpreender que os leitores da parábola,
etalveztenha sido menos surpreendente para a audiência original de Lucas,
posadepravação de escravos e servos (preconceito) era bem conhecida no
mundogreco-tomano.4 O que é uma total surpresa é o fato de o "senhor
dgjaro administrador desonesto por agir astutamente" (v. 8, tradução do
ator,. O que merece elogio, perguntamos, e quemo está elogiando? Em
reaçioà segunda pergunta, alguns estudiosos concluem a parábola no ver-
stalo7, com a interpretação de Jesus começando no versículo 8. Caso isso
stejacorreto, então o "senhor" no versículo 8 (gr. kyrios) refere-se a Jesus,
erâoa0senhor na parábola. 5 No entanto, terminar a parábola no versículo
"Asentençasde Pitágoras 110, uma fonte grega do século l1, diz: “É impossível
Paraa uma mesma pessoa ser um amante bem-sucedido, o corpo e Deus. Pois
quemé bem-sucedido no amor, também amna o corpo. Mas quem ama o corpo
ambémama o dinheiro. Mas quem ama o dinheiro também é necessariamente
jsto. A pessoa injusta, no entanto, é unma ofensa contra a santidade de Deus
tasleisda humanidade". Citado de HCNT, p. 227. Ditos semelhantes ocorrem
em DiaoCrisóstomo, Disc. 66.13; Sêneca, Epistolas, 18.13.
"VejaSchweizer,Lukas, p. 170.
Vejaem 15.1-32, n. 1.
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Lucas 16.14,15 584
*Lik, p. 388.
"I.W Manson,TbeSayingsofJesus (London: SCM, 1964), p. 295-301, suspeita que
ssaacusação foi originalmente dirigida aos saduceus. Marshall, Lukz p. 625,
tambémreconhece a adequabilidade da acusação aos saduceus.
LFeldman(citarndo rabi Nathan) em Josefo, Ant. (LCL, vol. 9; Cambridge: Har-
vad University Press, 1969), p. 10, n. b.
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Lucas 16.16,17 586
56 Ireneu, Haer. 4.4.2, também entendia que o versículo 16 signi ca uma quebra na
época entre João e Jesus: A lei originada com Moisés é terminada comJoão".
$7O uso da expressão a "Lei [ou Moisés] e os Profetas" por Lucas também é re e-
tido na literatura intertestamental (incluindo Cunrā). Veja os textos reunidos e a
discussão perceptiva em Wolter, Lukasevangelium, p. 555.
S8Códice Sinaítico () omite "e todos tentam forçar sua entrada nele".
59 Veja o material reunido em Str-B 1:599,
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Lucas 16.16,17
589
imediatamente precedenteenangelizetai,
boas-novas do Reino de Deus, e todos tentam
oingtornao termo paralel,
passivatorn-
"estãosendoprgadasas
do autor). Uma traduçãona voz passivatambém
danele"(grifodo; antiga da passagem, uma das primeiras
raduçãosiríacamais
com todas as traduções parao grego debiazesthai
auncoda
com wega como um todo. Em outras palavras, “forçar"
odöcs
pataolati
fazem. O versículo 16 nãoé sobre impulsionar o
LAXenaliteraty
aspessoasfa; favor de Deus, as promessas que representam
oéalgoquea par: o fav
do
minho indivíduo
do emse trata de resoluções ou obra pretendidas para merecer o
indivio
todas aspessoas pelo
e Ésobrealgofetoparaaspessoas-
brigo,nem
ororde rsículo 16, por conseguinte, é conceitualmente paralelo à
Deus.Esobre
or redentor de Deus"obrigla" aspessoasem todo lugar
AangelhoO
ino AproclamaçãodagraçapródigadeDeus convida- não
Asgem1423:0
onttarnoreino. Aas
proclam
pessoas a entrar no reino. A proclamação do reino é
nUE?
Nem torça divina,dinfatigabilidade
a deDeus- Como
xpressâda persistênc Con-
do banquete 4.16-23) e o pai dos dois lhos (15.11-32) –-
solicitando e incitando as pess0as a entrarem no reino.
antinâo
o
jdando,
Oque pesperando,
ermaneo de a Lei e os rofetas" com o advento da era do evan-
tituídos e suplantados pelo cumprimento do evangelho?
elho?Elessão substi nossucessivosestágios,oudispensações,
conceitodesalvação desvela
históric discutidos acima, pode sugerir isso.O versículo 17, no entanto.
mantém
avalidadeda Lei na era do "evangelho" (ARA), a "promessa"
"É mais fácil os céus e a terradesapareceremdo
aerado “cumprimento'
mecairdaLei o menor traço" (cf. Mt 5.18). A oração de consagração de
slomãonaconclusão do templo em Jerusalém declarava que nem uma"
ds
promessasde Deus caria sem se cumprir (1Rs 8.56); Jesus declara que
"aem)omenor keraia" falhará. Keraia signi ca "o mnenor traço, ou seja,
Emumtraçode tinta da lei falhará. Marcião, o heresiarca do século II, que
lkntou
purgaro evangelho dos clementos e in uências judaicos substituiu
ninhas
palavras" pora lei", retendo assimJesus e dispensando Israel. Esse
cumsetoentendimento equivocado da teologia de Lucas (veja excurso em
p
Aesquisa
de I. Ramelli, Luke 16:16: The Good News of God's Kingdom Is
ncd andEveryonelsForcedinto I', /BL 127/4(2008),p.737-58,apre-
buporte de nitivo para uma tradução debiagetaina voz passıva:"Notodo da
Bbla,biazomem apenasumsentidopassivoouintenso,.. masnuncacarrega
s0entido
de ir pela força". | [Na verdade,em] em toda aliteraturagrega, com
basena minha
Pesquisacompleta em todoo TLG, biazõsigni ca "forço, cometo
iolëncia";|
biazomai signi ca "sou forçado (p. 746-47).
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Lucas 16.18 590
6 Para uma metáfora paulina diferente ilustrando a mesma ideia, veja a imagem de
paidagögosem Gálatas 3.24.
02 Sobre as várias maneiras em que a lei e os profetas continuam válidos, veja Bock,
Luke 9:51-24:53, p. 1355.
d Veja D. Instone-Brewer, "Deuteronomy 24:1-4 and the Origin of theJewish
Divorce Certi cate", JJS 49 (1998), p. 230-43.
4 Veja Edwards, Mark, p. 297-305.
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Lucas 16.18