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e Importação
2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof. José Alfredo Pareja Gomez de La Torre
382
L111p La Torre; José Alfredo Pareja Gomez de
Processo de exportação e importação/ José Alfredo Pareja Gomez de
La Torre : UNIASSELVI, 2016.
196 p. : il.
ISBN 978-85-7830-968-8
1.Comércio exterior.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Seja bem-vindo ao caderno de estudos de Processo de Exportação e
Importação.
III
Agora deixo você se concentrar nos seus estudos. Lembrando-lhe
que ao longo de sua caminhada você tem acesso ao material de apoio por
meio da trilha de aprendizagem, disponível no seu Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA).
Bons Estudos!
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL............................................................. 1
TÓPICO 2 – AS IMPORTAÇÕES........................................................................................................ 21
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 21
2 A NECESSIDADE DE IMPORTAR.................................................................................................. 21
3 COMPOSIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DO BRASIL................................................................... 23
3.1 PRINCIPAIS MERCADORIAS QUE O BRASIL IMPORTA..................................................... 24
3.2 SALDO ENTRE EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES............................................................... 29
4 DIFICULDADES PARA IMPORTAR.............................................................................................. 31
4.1 RESTRIÇÕES AO COMÉRCIO EXTERIOR (EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES).............. 33
4.2 MEIOS PARA IMPOR BARREIRAS ÀS IMPORTAÇÕES........................................................ 34
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 36
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 37
VII
UNIDADE 2 – CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO................... 65
VIII
UNIDADE 3 – A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO
E IMPORTAÇÃO......................................................................................................... 133
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 195
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que ao final de cada um
deles você encontrará autoatividades que auxiliarão no seu aprendizado.
TÓPICO 2 – AS IMPORTAÇÕES
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No primeiro tópico desta unidade iremos estudar sobre a relevância das
exportações no comércio exterior de um país, mas antes disso gostaria de poder
analisar e diferenciar o que é comércio internacional e o que é comércio exterior. Você
sabe a diferença? É provável que sim, mas talvez precisamos colocá-la em contexto.
UNI
ERP vem das palavras em inglês: Enterprise Resource Planning, que em português
quer dizer planejamento de recurso corporativo, ou seja, ajuda a inter-relacionar e gerenciar
todos os processos operacionais, administrativos/financeiros e gerenciais das empresas.
4
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
6
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
alegando riscos à sua economia, podendo desta maneira não cumprir acordos
internacionais de comércio, e assim parar drasticamente uma exportação.
• Caso possível, procurar negociar com carta de crédito, confirmada com
banqueiro de primeira linha, ou seja, bancos dos EUA, Japão, Canadá, Alemanha,
Inglaterra, França, Suíça, principalmente. Às vezes, as condições comerciais e
de preço não são suficientes para exportar com carta de crédito, muitas vezes
as transações comerciais internacionais estão baseadas na confiança, eis o risco
a se ponderar.
• Caso for exportar para a América Latina, exigir que os pagamentos sejam via CCR
(Convênio de Créditos Recíprocos), convênio que garante a venda exportada.
DICAS
Para se aprofundar sobre estes convênios, você pode acessar o seguinte site:
<http://www.bcb.gov.br/rex/ccr/resumo_ccr.asp>.
O mesmo acontece no México, país muito grande, com mais de 100 milhões
de pessoas e diversas zonas geográficas e socioeconômicas. Nesse contexto, um
exportador brasileiro não pode dizer simplesmente: vou exportar para o México.
Poderia ser comercialmente interessante, mas esta empresa deve definir estratégias
para se focar em mercados específicos dentro do contexto mexicano.
7
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
8
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
FIGURA 1 - IWATCH
FONTE: <http://www.cultofmac.com/183446/do-you-really-wantneed-an-apple-iwatch-lets-
talk/>. Acesso em: 5 fev. 2016.
• Caráter premium, produto único, não existe outro melhor. Exemplo: relógio
de pulseira Patek Philippe, para alguns experts é considerado o mais fino e
exclusivo do mundo. Modelo de linhas simples, mas de altíssima definição,
qualidade e design.
FONTE: <http://www.masterhorologer.com/2013/11/patek-philippe-perpetual-calendar-ref.
html>. Acesso em: 5 fev. 2016.
10
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
3 A IMPORTÂNCIA DE EXPORTAR
As exportações fazem parte essencial da dinâmica econômica e comercial
de um país. É por meio destas que a economia nacional pode adquirir grande
parte das divisas (moeda estrangeira) necessárias para poder bancar a compra
de insumos, bens de capital (equipamentos, máquinas etc.), serviços e bens de
consumo que não são produzidos no país. No entanto, como é que a economia
nacional, por meio da exportação, pode adquirir essas divisas tão necessárias à
dinâmica econômica?
11
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
12
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
FONTE: <http://economia.estadao.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economistas-a-nutella-e-
o-alimento-perfeito-ate-na-cadeia-de-producao/>. Acesso em: 9 fev. 2016.
13
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Isto pode ser feito por meio de uma “trading company” (comercial
exportadora). Ou seja, o exportador irá procurar empresas especializadas no
comércio exterior, que conhecem todos os trâmites da atividade. Isto traz uma
série de vantagens para as empresas de tamanho pequeno e médio. Entre as
vantagens principais de terceirizar os serviços de exportação, e/ou importação,
por meio de uma trading company estão:
14
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
16
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
17
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
19
AUTOATIVIDADE
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
AS IMPORTAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Como vimos no tópico anterior, muitas empresas, assim como exportam,
também importam insumos, seja de maneira direta ou indireta, através dos
distribuidores. Vimos também como um produto de marca internacional pode
possuir fornecedores ao redor de mundo e fábricas em diversos países. Isto
acontece porque na economia globalizada tudo fica em função da competitividade
relativa e dos mercados.
Hoje, o comércio entre as nações atinge índices nunca antes vistos, refletindo
nos altos volumes tanto das exportações como das importações dos países, e no
Brasil acontece igual. Esse aumento drástico do comércio internacional deve-se
ao fato de as nações, para conseguirem manter padrões de vida modernos, devem
estar inseridas no mercado mundial de mercadorias e serviços. Isto ocorre por
meio dos recursos próprios, não há nação moderna e dinâmica que possa atingir
níveis de consumo de uma sociedade do século XXI.
2 A NECESSIDADE DE IMPORTAR
Do exposto acima, podemos observar que os países têm diversas
necessidades de importação, desde produtos básicos, bens de consumo, insumos,
até bens de capital com tecnologia de ponta. As importações exercem um papel-
chave na dinâmica de uma economia, de acordo com Schulz (2000, p. 104):
21
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Como exposto acima, podemos dizer que existem diversos motivos para
importar, existindo quatro grandes motivadores, sendo estes:
23
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
24
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
FONTE: <http://br.advfn.com/indicadores/balanca-comercial/brasil/2015/01/importacao>.
Acesso em: 10 fev. 2016.
25
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
colapso. Será que isso é normal? Para uma economia globalizada, sim. Observe
que o Japão quase não possui recursos naturais, mas todas as matérias-primas e
insumos necessários para suas indústrias são importados. Indústrias japonesas
que dão valor agregado aos insumos importados para logo serem exportados. Ou
seja, o Japão é uma das maiores economias do mundo, e possui uma economia
totalmente dependente de seu comércio exterior.
26
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
27
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
28
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
DICAS
29
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
30
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
Isto quer dizer que, após decorridas duas décadas do início da intensificação
das relações de comércio exterior por parte das empresas brasileiras, ativas no
comércio exterior, muitas dúvidas e incertezas ainda existem no momento de
importar. Ainda assim, existem importadores para todo tipo de mercadorias
e serviços, é uma área muito dinâmica que faz parte integral da economia
brasileira. No entanto quem é considerado importador no Brasil? De acordo
com o art. 104, inciso I do Regulamento Aduaneiro Brasileiro: “o importador é
assim considerado qualquer pessoa (física ou jurídica) que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no território aduaneiro”.
Deste modo, podemos afirmar que a importação pode ser executada tanto
por uma pessoa física como jurídica, mas sempre quando as normas brasileiras
assim o permitirem. Em termos gerais, as empresas, na maioria das vezes, inserem-
se no mercado internacional para obter mercadorias e bens de capital (equipamento
industrial, tratores etc.) que não são produzidos internamente, e assim poder
oferecê-las tanto ao setor produtivo como aos consumidores nacionais.
31
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Nesse sentido, podemos dizer que as barreiras tarifárias são aquelas criadas
por meio da incidência de tarifas ou taxas de impostos para a importação de
produtos. E as barreiras não tarifárias são aquelas que não possuem incidência de
taxas de impostos, mas podem acontecer em função da necessidade de requisitos
administrativos e técnicos, tais como limitação no volume de importações, ou
requisitos sanitários quando se importar mercadorias que poderiam ameaçar a
saúde dos brasileiros.
32
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
33
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
34
TÓPICO 2 | AS IMPORTAÇÕES
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
36
AUTOATIVIDADE
37
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Um eixo administrativo fundamental dos processos de exportação
e importação concentra-se nos órgãos do governo que formalizam a
internacionalização das mercadorias e serviços, quando a necessidade é exportar;
e quando a necessidade é a importação, estes órgãos viabilizam a nacionalização
das mercadorias e serviços vindos do exterior. Assim, para operar na área de
comércio exterior é primordial entender a dinâmica destas entidades públicas
que fazem parte das atividades do setor.
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
E
IMPORTANT
40
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
Uma questão bem importante da OMC é que, com sua criação, o comércio
internacional teve, pela primeira vez na sua história, um órgão regulamentador.
Assim, por meio da OMC, os princípios de livre-comércio entre países membros
devem ser cumpridos. E isto deve ser assim, porque assim determinam os
compromissos adquiridos nos acordos multilaterais assinados. Lembre-se de que:
41
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
DICAS
42
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
O que se afirma é que, agora, a OMC ‘tem dentes’. Tal afirmação significa
que, agora, a OMC tem poder para impor as decisões dos painéis e
permitir que os membros que ganhem a controvérsia possam aplicar
retaliações aos membros que mantenham medidas incompatíveis com
as regras da OMC. Tal retaliação, por exemplo, pode ser efetuada
através do aumento de tarifas para os bens exportados pelo membro
infrator, em um valor equivalente ao das perdas incorridas.
43
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
DICAS
Para saber mais sobre o caso de arbitragem do suco de laranja entre os EUA e o
Brasil, acesse o seguinte artigo de opinião: <http://oglobo.globo.com/economia/brasil-eua-
encerram-disputa-na-omc-por-suco-de-laranja-7618140>.
44
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
45
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Presidência
da República
CAMEX
Receita Ministério
SECOMS SECEX BACEN
Federal da Defesa
DECOC ANVISA
DECEX
DEINT MAPA
DECOM
DEPLA
FONTE: <http://sonarconsultoria.com.br/blog/orgaos-intervenientes-no-comercio-exterior/>.
Acesso em: 18 fev. 2016.
46
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
47
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
FONTE: <www.comexblog.com.br/importacao/a-estrutura-do-comercio-exteriorbrasileiro>.
Acesso em: 19 fev. 2016.
• Política de comércio exterior, a qual define como o país deseja atingir seus
objetivos comerciais internacionais.
• Medidas protecionistas ou abertura comercial, por meio destas medidas, o Brasil
pode se tornar mais protecionista (visando proteger suas indústrias), ou pode se
tornar uma economia mais aberta e deixar a sua indústria afrontar a competitividade
internacional. Essas medidas podem ser alcançadas por meio de:
o alteração de alíquotas dos impostos de importação e medidas antidumping;
o implementação de barreiras não tarifárias, tais como barreiras técnicas
(certificados de qualidade), sanitárias, ecológicas, e subsídios;
o desregulamentação do comércio exterior;
o estímulo ao seguro de crédito e às exportações.
• Criação de áreas específicas de comércio exterior, tais como as áreas com
regimes especiais.
• Promoção de bens e serviços brasileiros no exterior, fazendo uma análise dos
bens e serviços em que o país é competitivo.
• Orientações de parâmetros a serem negociados em acordos internacionais,
perante interesses internacionais sobre algum produto. Exemplo: tanto Brasil
48
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
ATENCAO
Por meio da gestão do MRE é que algumas das decisões da CAMEX são
encaminhadas aos gestores diplomáticos para poderem ser negociadas no âmbito
internacional. Negociações tais como: iniciar as bases de “bom entendimento”
entre países para reduções de tarifas de importação, barreiras comerciais, acordos
comerciais etc.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Outra das atribuições deste ministério é sua atuação ativa no âmbito fiscal,
tributário e aduaneiro. Exemplo, a combinação da arrecadação dos impostos de
importação determinados em função das tarifas externas definidas para cada
produto sujeito a importação.
50
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
51
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
52
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
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UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
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TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
55
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Pneus determinados.
INMETRO - Produtos sujeitos à etiquetagem Lei nº 10.295, de 2001, obriga
Instituto Nacional de de eficiência energética. os importadores a comprovar o
Metrologia, atendimento aos níveis máximos de
Normalização e Bens sujeitos à certificação consumo específico de energia, ou
Qualidade Industrial compulsória em virtude de mínimos de eficiência energética,
regulamentação do INMETRO. durante o processo de importação.
Lei nº 9.993, de 1999, atribui ao
INMETRO o poder de polícia
administrativa na área de Avaliação
da Conformidade, em relação aos
produtos por ele regulamentados.
MAPA - Animais, seus produtos, Decreto nº 30.691, de 1952, institui
Ministério da derivados, partes e subprodutos. o Regulamento da Inspeção
Agricultura, Pecuária e Industrial e Sanitária de Produtos
Abastecimento Ve g e t a i s , s e u s p r o d u t o s , de Origem Animal e obriga o MAPA
derivados, partes e subprodutos. a inspecionar animais e produtos
derivados nos portos marítimos e
Agrotóxicos e fertilizantes. fluviais e nos postos de fronteira.
Decreto nº 24.114, de 1934, institui
Outros insumos agropecuários. o Regulamento de Defesa Sanitária
Vegetal e obriga o MAPA a inspecionar
Vinhos e bebidas. vegetais e produtos derivados nos
portos e nos postos de fronteira.
Lei nº 6.198, de 1964, obriga o MAPA
a fiscalizar produtos destinados à
alimentação animal nos portos e nos
postos de fronteira.
Lei n° 7.802, de 1989, obriga a União a
fiscalizar a importação de agrotóxicos.
Lei n° 7.678, de 1988, estabelece
c o n t r o l e d o M A PA s o b r e a s
importações de vinho.
Lei nº 8.918, de 1994, obriga o MAPA
a fiscalizar o comércio de bebidas nos
portos e nos postos de fronteira.
56
TÓPICO 3 | DINÂMICA DA POLÍTICA BRASILEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR
57
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
P O R TA S F E C H A D A S
14 dos 16 setores-chave da indústria que exportaram em menor volume
perderam mercado
00 70
63,7 00 41
59,2 02 10
25,4 02 4
16,9
03 04 07 07
45 14 26 11
43,6 32,4 1,5 88,8
08 11 14 15
28 31 6 49
165,2 43,5 140,8 215,8
17 18
47,7 18 30
2.041,4 20
30
1.461,8 20 14
53,7
***para automóveis **(em milhares de toneladas)
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
COMPENSAÇÃO
ocorreu. A concentração das exportações fez com que a maior parte dos setores
analisados faturasse menos.
EFEITO ARGENTINA
60
TÓPICO 1 | AS EXPORTAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
MUDANÇA DE ROTA
118 117
2011 2012 114
2013
111
Preço das 2014
commodities
dispara e
cotação do
petróleo
bate recorde
91
2008 89
2010
1 Vendas do
Brasil para o 73
2007
exterior neste século 70
2009
mais que triplicarem
Exportações brasileiras 61 No 2º sem. 08,
no primeiro semestre, 2006 banco Lehman
em US$ bilhões Brothers quebra
54 e detona crise
2005
Após quinze
anos de 43
negociação, 2004
China
ingressa
na OMC 33
2003
29
2001 25
2002
A China foi o
nono maior
Os EUA
4,8 comprador em
perdem Holanda 6,3 2001, com 3%
o posto de
principal 4,6 Alemanha
destino 21,6 China
24,1
EUA lia
11,5 Itá 3 Japão
3,5 O minério de
ferro representa
2
mais de1/3 das
Uma das exportações
grandes para o país
mundanças nesse
período foi o apetite
chinês
Principais destinos das
14,6
exportações brasileiras,
em % das vendas
Brasil
2001 As vendas para o
12,7
2014 país vizinho são
cada vez mais
dependentes do
9,9
Argentina setor automotivo
6,7
6,2
3 Com o avanço do
gigante asiático, o 2001
5,4 5,2 4,9 2014
perfil das vendas mudou, 3,4 3,4 3,2 2,9
com as exportações de Deriv. Deriv.
matérias-primas Aviões
Minérios
de ferro Soja
de óleo
de soja Carros Soja
Minérios
de ferro
Deriv. de
petroleo
de óleo Carne
de soja de frango
ganhando força
Principais produtos exportados,
em % das vendas
Bens de
Divisão das vendas Matérias-primas e Bens de consumo consumo Combustíveis
por categoria de uso, em % produtos intermediários Bens de capital não duráveis duráveis e lubrificantes
Outros
2001 55 16 16 7 4 2
2014 66 8 13 3 8 2
61
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
4 5 6
34,8
Essa Divisão das Principais Estados Esse cenário Apesar do
exportações por exportadores, em
mudança região, em %** % das vendas. também teve impacto crescimento
também se refletiu nas empresas, com indústrias e da mudança de perfil,
nos principais 2001 como Embraer e Volks o Brasil tem fatia pequena
Estados exportadores, 2014 cedendo espaço nas exportações globais
com a região Sul 22,5
54 Principias empresas Participação, em %
perdendo força exportadoras
Sudeste 50
e o Centro-Oeste 8
7 Nordeste 2001 2014
avançando
13,6 1º Embraer Vale
6 8 Norte
Centro- 10,710,7 2º Petrobras Petrobras Mercado global
*Todos os dados se referem 4 Oeste 8,9 8,2 8 7,8
ao 1º semestre dos anos
**A conta não fecha 100% 14 Sul
3º Vale Bunge
porque nem todas as origens 5,2
foram declaradas.
20 4º Volks Cargill
Fontes: OMC (Organização 25
Mundial do Comércio) e 0,94 1,29
Ministério da Indústria, 5º Bunge JBS Brasil 2001 Brasil 2013
Desenvolvimento e
Comércio Exterior SP RS MG PR SC SP MG RJ RS MT
FONTE: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/09/1508799-mundo-encolhe-para-as-
principais-exportacoes-industriais-do-brasil.shtml>. Acesso em: 27 fev. 2016.
62
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Antes da década de 1990, o Brasil ainda tinha seu comércio exterior relativamente
fechado e a partir de 1990 começou a abertura comercial do Brasil, apresentando
crescimento de empresas brasileiras atuando no comércio exterior.
63
AUTOATIVIDADE
64
UNIDADE 2
CONDIÇÕES TÉCNICAS DA
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
1 INTRODUÇÃO
Será que cada país pode definir sua própria lista codificada das mercadorias
a se comercializar internacionalmente? Os países estão em seu pleno direito de
fazê-lo. No entanto, imagine se cada país fizesse isso em função de seu sistema
de comercialização e arrecadação de impostos. Como resultado teríamos diversos
códigos a serem traduzidos aos sistemas nacionais de cada país, isso aconteceria
mesmo sendo países que possuem uma mesma língua, como o espanhol, falado
em quase todos os países latino-americanos, com exceção do Brasil e mais outros
poucos. “[...] Mesmo os países que usarem nomenclaturas terão listas totalmente
diferentes umas das outras, já que cada uma foi definida nacionalmente. Haveria
tantas nomenclaturas quantos fossem os países” (LUZ, 2012, p. 299).
67
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
68
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
FONTE: O autor
69
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
70
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
71
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
ATENCAO
Você sabe qual foi o valor total de exportações mundiais de soja entre novembro
e dezembro de 2015? Foi 129,6 milhões de toneladas exportadas, maioritariamente, pelo
Brasil, Estados Unidos e Argentina. Eis um exemplo do nível de detalhe que permite a
codificação internacional dos produtos. Quer saber mais sobre isso? Visite o site da OMC:
<https://www.wto.org/spanish/res_s/reser_s/wtr_s.htm>.
72
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
• O Capítulo, os dois primeiros 00. Isto quer dizer a descrição geral do produto,
exemplo: Capítulo 20 “Preparações de produtos hortícolas, de frutas etc.
• A Posição, o capítulo mais dois números, 0000. Isto quer dizer um produto
específico do Capítulo geral. No caso do “Capítulo 20”, um produto menos
geral deste grupo, tal como a Posição 2007 “Doces, geleias, “marmeladas”,
purês e pastas de frutas, obtidos por cozimento, com ou sem adição de açúcar
ou outros edulcorantes”.
• A Subposição, o terceiro grupo de zeros, 0000.00. Isto quer dizer um
derivado da posição, no caso da posição 2007.99 “Geleias e marmeladas”,
especificamente.
FONTE: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/maquinas/como_exp/ident_produto/ncm.
asp>. Acesso em: 4 mar. 2016.
73
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
01 ANIMAIS VIVOS.
02 CARNES E MIUDEZAS, COMESTÍVEIS
03 PEIXES E CRUSTÁCEOS, MLUSCOS E OUTS. INVERTEBR. AQUÁTICOS.
04 LEITE E LATICÍNIOS, OVOS DE AVES, MEL NATURAL, ETC.
05 OUTROS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.
06 PLANTAS VIVAS E PRODUTOS DE FLORICULTURA.
07 PRODUTOS HORTÍCOLAS, PLANTAS, RAÍZES ETC.
08 FRUTAS, CASCAS DE CÍTRICOS E DE MELÕES.
09 CAFÉ, CHÁ, MATE E ESPECIARIAS.
10 CEREAIS.
11 PRODUTOS DA INDÚSTRIA DE MOAGEM, MALTE, AMIDOS ETC.
12 SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS, GRÃOS, SEMENTES ETC.
13 GOMAS, RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS.
14 MATÉRIAS P/ENTRANÇAR E OUTS. PRODS. DE ORIGEM VEGETAL.
15 GORDURAS, ÓLEOS E CERAS ANIMAIS OU VEGETAIS ETC.
16 PREPARAÇÕES DE CARNE, DE PEIXES OU DE CRUSTÁCEOS ETC.
17 AÇÚCARES E PRODUTOS DE CONFEITARIA.
18 CACAU E SUAS PREPARAÇÕES.
19 PREPARAÇÕES À BASE DE CEREAIS, FARINHAS, AMIDOS ETC.
20 PREPARAÇÕES DE PRODUTOS HORTÍCOLAS, DE FRUTAS ETC.
21 PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS DIVERSAS
22 BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCÓOLICOS E VINAGRES.
23 RESÍDUOS E DESPERDÍCIOS DAS INDÚSTRIAS ALIMENTARES ETC.
24 FUMO (TABACO) E SESU SUCEDÂNEOS MANUFATURADOS.
25 SAL, ENXOFRE, TERRAS E OEDRAS, GESSO, CAL E CIMENTO.
74
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
Até o capítulo 99
FONTE: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=411>.
Acesso em: 4 mar. 2016.
75
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
76
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
77
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Observe que nas duas situações vamos ter dois códigos NCM, isso
acontece porque os dois códigos possuem vínculo com o produto. A busca foi
feita em concordância ao estudo merceológico do produto, ou seja, em função aos
módulos da análise das informações técnicas e/ou de uso comercial.
78
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
79
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
• Se uma empresa da Argentina deseja importar queijo vindo da França, a sua TEC
será de 16%.
• Se uma empresa do Brasil deseja importar o mesmo produto vindo da França,
a sua TEC será de 16%.
• No entanto, se a empresa da Argentina deseja importar queijo vindo do Brasil,
a TEC será igual a 16%? A resposta é SIM! Todavia, ela terá direito de desconto
de 100% sobre essa TEC. Assim, a taxa efetiva de importação será de 0%, sempre
e quando apresentar Certificado de Origem.
UNI
Eis o porquê de a TEC ser a “Tarifa Externa Comum”, pois é uma tarifa em
comum para todos os países membros do Mercosul. Levando em consideração todos as
NCMs, a TEC possui tarifas de importação referenciais para todas as mercadorias em função
de sua NCM, o que podemos conferir por meio da tabela TEC providenciada e atualizada
pelo MDIC. Acesse para conferir: <www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1339698278.xlsx>.
80
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
81
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
DICAS
82
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
Destas duas opções, podemos observar que a opção que possa trazer
uma tarifa menor de importação será a NCM 39211390 (material constitutivo,
composição) que possui uma TEC de 16% versus 18% da NCM 39232190, porém:
• Antes de decidir por essa NCM, deve-se conferir possíveis acordos comerciais
entre o Brasil e/ou Mercosul e entre países fornecedores para determinar se há,
ou não, descontos sobre a TEC dessa NCM.
• Se há algum tipo de acordo comercial que possa beneficiar a TEC que possui uma
tarifa de 18% (NCM 39232190 – Modelo de utilização), logo, pode ser que essa
TEC seja a que traga um menor custo/benefício de importação relativo. Vamos
supor que existe um acordo comercial entre o Mercosul e o México para essa
NCM, implicando um desconto de 40% sobre a TEC. Logo, a tarifa de importação
sob essa NCM será de 10,80% (18% - 40% de desconto 18% - 7,20%).
83
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existe um vínculo entre a NCM e a Tarifa Externa Comum (TEC). E que para
cada mercadoria codificada na NCM existe uma TEC.
84
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos abordar a questão dos passos iniciais para o processo
tanto da exportação como da importação. Vamos analisar uma vantagem
competitiva no mercado externo para exportar botas de inverno femininas. Quais
os primeiros passos para iniciar este empreendimento comercial de exportação?
2 ROTEIRO DA EXPORTAÇÃO
Esta fase, da análise das exportações, objetiva demonstrar as rotinas
práticas e operacionais do processo de exportação necessárias para a atividade
comercial, baseando-se nas normativas das autoridades competentes tanto dos
órgãos gestores como anuentes responsáveis pelo comércio exterior brasileiro.
Isto quer dizer que o exportador precisa cumprir com todos os requisitos
administrativos para formalizar a exportação.
87
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
DICAS
88
TÓPICO 2 | ROTEIRO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
01- EXPORTADOR:
a-CGC/CPF:_____________________
b-NOME DO EXPORTADOR:
02- ENQUADRAMENTO DA OPERAÇÃO:
a-Codigo: ________ ________ ________ ________ ________ ________
b -NUM DO RV: ____________________ f- DATA LIMITE: ____________
c- NUM DO RC: ____________________ g- MARGEM NÃO SACADA%: __________
d- GE/DE/RE VINCULADO: ________________ h- NUM DO PROCESSO: _____________
e- Di/RI VINCULADO: _______________________
03- UNIDADE RF DESPACHO: ____________________
04- UNIDADE RF EMBARQUE: ____________________
05- IMPORTADOR: ___________________
a- NOME: _______________________________________________________________________
b- ENDEREÇO: __________________________________________________________________
c- PAÍS: ________________________________________________________________________
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ENTRA = SEGUE PF8/20 = LIMPA PF2/14 = CORRIGE PF3/15 = RETORNA
PF9/21 = TRANSAÇÃO PF1/13 = SOS PF12/24 = ENCERRA
FONTE: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/comexportar/pp_
regexpmodelo.html#>. Acesso em: 28 mar. 2016.
89
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
90
TÓPICO 2 | ROTEIRO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
91
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
3 ROTEIRO DA IMPORTAÇÃO
Acabamos de observar como é executada administrativamente a exportação.
E a importação? Por meio do processo administrativo da importação podemos
verificar os requisitos necessários para nacionalizar mercadorias vindas do exterior.
A diferença da exportação é que na importação existe uma série de requisitos prévios
que devem ser analisados antes de executar um processo de importação. O primeiro
que devemos saber para iniciar esse processo de revisão dos requisitos prévios antes
de executar uma importação é saber como estão classificadas as importações.
92
TÓPICO 2 | ROTEIRO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
93
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
94
TÓPICO 2 | ROTEIRO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
95
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
96
TÓPICO 2 | ROTEIRO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
97
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=4027>.
Acesso em: 24 mar. 2016.
98
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou sobre:
99
AUTOATIVIDADE
6 Vamos supor que uma fábrica de sapatos importa solas exteriores e saltos da
Colômbia como parte dos insumos de fabricação. A NCM para esse tipo de
produto é a 6406.10.00 e possui uma TEC de 18%. Nesse cenário comercial,
algumas empresas produtoras de solas de sapatos do Brasil percebem que
as importações desse produto vindo da Colômbia estão prejudicando suas
vendas. Logo, as empresas nacionais fazem um processo de justificativa de
antidumping na Câmara de Comércio de suas comarcas (ex.: Blumenau e
Joinville). Suponha os seguintes dados de dumping:
100
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior estudamos sobre como inicia o processo tanto da
exportação como da importação. Assim, vimos como as importações são
classificadas e controladas para poder executar a entrada destas mercadorias ao
território nacional. Inclusive, vimos um caso prático de como podem ser aplicadas
barreiras à entrada de mercadorias que podem prejudicar a indústria nacional.
101
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
ATENCAO
102
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
103
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
104
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
Neste caso, semelhante ao caso das geleias, temos vários tributos a serem
pagos, com a diferença de que a alíquota do imposto COFINS é de 10,65% para
os cadeados, enquanto que para as geleias era de 9,65%. Em que existe mudanças
significativas é nas condições administrativas. No caso da NCM 8301.10.00,
cadeados, existe:
105
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: O autor
Uma vez apurado o peso dos produtos, o próximo passo é aplicar essa
proporcionalidade à ordem de compra com os preços respectivos negociados
com o fornecedor. No caso dos vidros de maçã, teremos os seguintes modelos de
ordem de compra.
ORDEM DE COMPRA
Purchase Order
July 11th 2015
Mr. Jacques Godard
Export Manager
Le petit gelée d'Or
Lyon, France
RE: P.O. No. 0075/2015. Pomme 0091, Pomme 0092, Pomme 0093, Pomme 0094
Thank you for your offer dated July 3rd 2015. We are glad to place our first order as follows:
Port of discharge (delivery): Itajaí, Brazil.
Shipment: No later than August 30, 2015
Packing: Cardboard boxes in containers
Conditions: L/C 30 days from B/L date.
Product: Pomme 0091 (Maçã e Canela)
Quantity: 40.992 (jars)
Price: US$ 1,15/jar FOB Marseille
Total value: US$ 47.140,80 FOB Marseille
106
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
Vamos supor que foi enviada uma ordem de compra para um fornecedor
de queijo gourmet lá na França. Em função dessa ordem de pedido, o fornecedor
irá emitir uma fatura pro forma, semelhante à que podemos observar a seguir.
107
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Jacques Godard
Export Manager
108
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
• Local e data da emissão da fatura comercial, essencial para ter referência dos
tempos a partir do início da exportação.
• Nome e endereço do exportador, apesar de ser bastante óbvia, esta informação
é essencial.
• Nome e endereço do importador, apesar de ser bastante óbvia, esta informação
é essencial.
• Número da fatura, a sequência numérica das faturas de exportação é
fundamental para manter controle das vendas, assim como para fins de
auditoria.
• Número da pro forma, toda fatura comercial deve ter um vínculo com a fatura
pro forma, logo, uma sequência numérica de procedência e fins de controle.
Todo processo de exportação começa “formalmente” com a emissão e envio da
fatura pro forma ao importador.
• Número da licença de importação, isto é fundamental para fins de controle no
momento de nacionalizar no país de destino.
• Modalidade de pagamento, devendo detalhar o meio de pagamento, seja
cobrança bancária ou carta de crédito.
• Tipo de transporte e local de embarque, isto gera um vínculo direto com os
Incoterms e o tipo de logística internacional.
• Conhecimento de embarque, com a data de embarque, este documento
anexo à fatura comercial é fundamental para definir tempos, formalização
de internacionalização e futura nacionalização no país de destino. É um dos
principais documentos do processo de exportação/importação. Caso seja
embarque marítimo, constar o nome do navio.
• Nome da empresa de transporte, determina quem fica responsável pela logística
da mercadoria e permite dar seguimento ao andamento do deslocamento.
• Detalhes minuciosos da mercadoria, devendo anexar o packing list para fins de
conferir unidades e pesos ao longo do deslocamento internacional.
• Outros dados importantes e fundamentais para nacionalizar e determinar
taxas são: pesagem líquida e bruta, Incoterm negociado; valor do frete; valor
do seguro; valor total da fatura; exigências do país do importador; e assinatura
do exportador.
109
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
COMMERCIAL INVOICE
Vendos/Exporter: Invoice Number: Date of Shipment:
Consignee: Importer:
These commodities, technologies, or softwares were exported from the United States in accordance with export administration regulations.
Diversion contraru to United States law prohibited. We certify that this commercial invoice is true and correct.
FONTE: <http://freewordtemplates.net/wp-content/uploads/2011/09/Commercial-Invoice1.jpg>.
Acesso em: 24 mar. 2016.
110
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
111
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Company Name
Company Address
Phone: 555-555-5555555
Fax: 123-112-123456
Website: www.website.com
Email: abc@example.com
Packing List
Sent To:
Sent From:
Departament Name:
Special Info:
FONTE: <http://clit-club.tk/free-packing-list-template/>.
Acesso em: 29 out. 2018.
112
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
E
IMPORTANT
Vamos supor que você exporta vinho, você não vai exportar em um embarque,
vamos supor, 3.000 garrafas de vinho. Seguramente você irá exportar 250 caixas de
vinho, contendo uma dúzia de garrafas 250 x 12 = 3.000 garrafas de vinho. Eis um
exemplo simples de “unitização”.
113
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
114
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
115
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
117
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
14. Observações:
CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM
15.Declaração do Produtor Final ou do Exportador: 16. Certificação da Entidade Habilitada:
Declaramos que as mercadorias mencionadas no Certificamos a veracidade da declaração que antecede,
presente formulário foram produzidas no BRASIL de acordo com a legislação vigente.
e estão de acordo com as condições de origem
estabelecidas no Acordo ACE Nº 18.
VER NO DORSO
FONTE:<http://www.fiepr.org.br/cinpr/servicoscin/orientacao-para-exportar/certificado-de-
origem-1-24560-224636.shtml>. Acesso em: 1º abr. 2016.
118
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
FONTE: <http://www.fiepr.org.br/cinpr/servicoscin/orientacao-para-exportar/certificado-de-
origem-1-24560-224636.shtml>. Acesso em: 1º abr. 2016.
119
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
120
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
121
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
DICAS
122
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
123
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FORMULÁRIO
FORM
VIII
124
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
9. Pelo presente, certifica-se que as plantas, produtos vegetais e outros artigos regulamentados descritos aqui
foram inspecionados e/ou analisados de acordo com os procedimentos oficiais adequados e são considerados
livres de pragas quarentenárias especificadas pela parte contratante importadora e que cumprem os requisitos
fitossanitários exigidos por esta, incluindo os relativos às pragas não-quarentenárias regulamentadas.
This is to certify that the plants, plant products and other regulated goods described herein have
been inspected and/or tested according to appropriate official procedures and are considered to be
free from quarantine pests specified by the importing contracting party and to conform with current
phytossanitary requirements of the importing contracting party, including those for regulated non-
quarantine pests.
Declaração Adicional / Additional Declaration
125
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <https://www.kargo.co.id/artikel/wp-content/uploads/2017/06/certificateofinsurance.
jpg>. Acesso em: 12 nov. 2018
126
TÓPICO 3 | TRIBUTOS, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E DOCUMENTAÇÃO
Borderô (Exportação)
Borderô (Exportação)
Para uso do Banco: Documentos recebidos para análise
Local e Data
Referência do Banco
Entregamos os documentos vinculados à exportação aqui caracterizada e pedimos remetê-los ao exterior de acordo com as instituições indicadas a seguir:
Data da Letra Fatura / Saque nº Valor Prazo / Vencimento
Mercadoria
De Para
Documentos Saque Fatura Fatura Certificado Seguro/Apólice/ Romaneio Certificado Certificado Certificado Declaração Outros Documentos
(quantidades) comercial -due- de origem Certificado de análise de peso de embarque embarque
Atenção
1. Caso não tenhamos assinalado qualquer instrução necessária à perfeita liquidação da operação no exterior, fica esse banco desde já, autorizado a
instruir o banqueiro de acordo com sua melhor conveniência.
2. Autorizamos o débito em nossa conta cima, referente às despesas porventura decorrentes de documentos ao exterior.
FONTE: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/imagens/documentos/doc_bordero2.gif>.
Acesso em: 1º abr. 2016.
127
UNIDADE 2 | CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
130
AUTOATIVIDADE
131
132
UNIDADE 3
A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
133
134
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Existe todo um processo administrativo perante os órgãos governamentais
responsáveis pelo comércio exterior para formalizar e efetivamente encaminhar
as mercadorias ao exterior. No caso da importação, deve-se cumprir uma série
de requisitos administrativos perante esses órgãos para poder nacionalizar e
efetivamente comercializar ou usar essas mercadorias vindas do exterior.
2 O DESPACHO ADUANEIRO
Como é feito o vínculo entre o processo de exportação ou importação com
a formalização da internacionalização da mercadoria no caso das exportações?
E com a nacionalização, no caso das importações? Esse vínculo é executado
por meio do despacho aduaneiro, o qual formaliza todo o processo perante as
exigências administrativas governamentais responsáveis pelo comércio exterior
brasileiro.
135
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
136
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?visao=anotado&idAto=15618>. Acesso em: 6 abr. 2016.
NOTA
138
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
especial. Isto quer dizer que no momento do desembarque da mercadoria ela vai
para “controle aduaneiro” para seguir se deslocando em função do destino do
despacho aduaneiro, podendo ser esse destino:
139
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
140
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Art.+810+do+Decreto+6759%2F09>.
Acesso em: 7 abr. 2016.
FONTE: <http://www.feaduaneiros.org.br/site.FNDA/o-despachante-aduaneiro.asp>.
Acesso em: 7 abr. 2016.
141
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
DICAS
FONTE: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-
importacao/topicos-1/conceitos-e-definicoes/despacho-de-importacao>. Acesso em: 6 abr.
2016.
143
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
144
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
4 AS RESPONSABILIDADES DO EXPORTADOR E
IMPORTADOR EM FUNÇÃO DOS INCOTERMS
Acabamos de estudar questões fundamentais sobre a fase administrativa
e de formalização do processo de exportação e de importação, observando a
necessidade de execução do despacho aduaneiro e a parametrização da Declaração
de Exportação (DE), no caso da exportação; e da Declaração de Importação (DI),
no caso de importação. Em todo esse contexto administrativo perante os órgãos
de controle, quem é responsável por estes processos ao longo da comercialização
internacional, o exportador ou o importador?
145
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
146
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
147
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
148
TÓPICO 1 | AS CONDIÇÕES TÉCNICAS DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
149
RESUMO DO TÓPICO 1
150
AUTOATIVIDADE
151
Parametrização O que deve ser feito
Canal Verde
Canal Amarelo/laranja
Canal Vermelho
Canal Cinza
152
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Além de identificar o passo a passo administrativo da exportação ou
importação, existe mais outro grande objetivo da gestão dos processos de exportação
e importação: deve-se identificar o preço ideal que gere rentabilidade ao processo.
Neste tópico vamos aprender como levantar esse preço até atingir o ideal.
153
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
154
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
seguir vamos estudar um caso prático que servirá para visualizar como podemos
apurar os gastos de importação.
• A mercadoria foi negociada com o Incoterm CIF, logo, considera-se que nesse
valor já está considerado frete internacional e seguro, devendo só acrescentar o
valor da taxa de capatazia, visando apurar o valor aduaneiro.
• A mercadoria foi negociada com o Incoterm FOB, logo, ao valor FOB deve-se
acrescentar: frete internacional + seguro + taxa de capatazia, visando apurar o
valor aduaneiro.
155
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://www.papodevinho.com/2016/01/queijos-camembert-aoc-normandia-franca.
html>. Acesso em: 8 abr. 2016.
UNI
156
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
FONTE: O autor
157
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
158
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
DICAS
Caso queira se aprofundar mais um pouco sobre o “Imposto por Dentro”, visite
o site: <http://www.tributarioeconcursos.com/2011/11/entendendo-o-calculo-do-icms-por-
dentro.html>
R$ 74.642,47
Impacto dos impostos e despesas no valor aduaneiro = 55,90%!
R$ 133.526,80
Valor Mercadoria R$ 208.169,27
FONTE: O autor
159
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
R$ 76.022,47
Impacto de saída de caixa na nacionalização 56,93% X 100
R$ 133.526,80
FONTE: O autor
160
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
FONTE: O autor
161
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
TUROS
ESTUDOS FU
Esse excesso de tributação nos custos de produção fica ainda mais pesado
quando considerar a micro e pequena empresa que deseja exportar.
162
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
163
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
• Deve-se excluir todos os itens que fazem parte do preço do mercado interno, e
que não acontecem na exportação.
• Deve-se adicionar todos os itens que são apurados no preço da comercialização
internacional.
164
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
FONTE: O autor
165
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: O autor
166
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
167
UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: O autor
O cálculo pode ser feito por meio de uma regra de três tendo como base
dois elementos: o preço base de R$ 871,50; e a porcentagem de acréscimo de 7,50%
= 2,50% (despesa movimentação) + 5,00% (despesa agente). Nesse sentido, os
871,50 representam o 92,50% do preço FOB final, pois o 7,50% restante representa
a porcentagem de despesas de deslocamento e agente.
168
TÓPICO 2 | PRECIFICAÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
FONTE: O autor
US $ 871,50 x 100%
• Preço FOB = = US$ 942,16
92,50%
US $ 871,50
• Preço FOB = = US$ 942,16
(1 − 0,075 )
Agora, com esse valor de preço de exportação FOB de R$ 946,16 – que,
aliás, já leva em consideração a precificação tanto da despesa de movimentação
como de agente, mas que ainda não foi apurada – podemos determinar os valores
desses gastos em si, ou seja:
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RESUMO DO TÓPICO 2
• Para fins de registro de custos a mercadoria deve ser ativada no ativo circulante
do importador da seguinte maneira: Estoque de mercadoria importada, sem
considerar o ICMS nem IPI da importação; e Impostos a cobrar, ICMS e IPI a
serem recuperados.
• Para valorizar a exportação devem ser excluídos todos os itens que fazem parte
do preço do mercado interno, e que não acontecem na exportação. Devem ser
adicionados todos os itens que são apurados no preço da comercialização
internacional.
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AUTOATIVIDADE
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5 Uma vez realizado o processo de importação, a mercadoria deve ser colocada
no armazém, assim como deve ser feito o registro contábil da importação.
Levando isso em consideração, uma empresa possui os seguintes valores
de uma importação: R$ 1.973.613 de valor total da importação, desse valor
foram pagos R$ 175.613 de IPI e R$ 304.164 de ICMS.
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Tanto nos processos de exportação como nos de importação existem
situações em que, em termos de custo de oportunidade, torna-se mais prático
utilizar regimes que ajudem as necessidades financeiras (fluxo de caixa) e de
logística das empresas que atuam ativamente no comércio exterior do Brasil. Esses
regimes, no vocabulário de comércio exterior, são conhecidos como “regimes
especiais”. No entanto, o que quer dizer esse termo, exatamente? No percurso
deste tópico vamos conseguir visualizar o que é exatamente um regime especial.
Com relação aos locais, uma das formas utilizadas para exercer este
controle é por meio da restrição de lugares por onde as mercadorias importadas,
ou as que serão exportadas, podem transitar ou ficar armazenadas.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
3 TRÂNSITO ADUANEIRO
Por meio deste regime permite-se o deslocamento de mercadorias, dentro
do território nacional, de uma zona primária ou secundária para outra zona que
esteja sob controle aduaneiro. A concessão deste regime especial possui requisitos
e exigências extras. Segundo o art. 318 do Regulamento Aduaneiro, este regime
possui as seguintes modalidades:
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
FONTE: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/
busca?q=Art.+423%2C+%C2%A7+1+do+Decreto+6759%2F09>. Acesso em: 27 abr. 2016.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://www.pg.utfpr.edu.br/ppgep/Ebook/e-book2006/Artigos/11.pdf>.
Acesso em: 15 abr. 2016.
178
TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/-AFdwHWhhTgs/To0RWT2LnAI/
AAAAAAAAAAM/_9exPt7EorQ/s1600/PORTO+SECO.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2016.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
DICAS
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
Esses são alguns dos tipos de serviços mais comuns a serem exportados,
mas existem outros. A chave para que um serviço possa se tornar exportação é
que o fruto desse serviço possa gerar divisas frescas ao país de origem.
• O turista brasileiro que faz uma viagem de turismo para Buenos Aires, por
exemplo, todo o gasto gerado na viagem é considerado uma importação de
serviços.
• O estudante brasileiro que faz uma especialização nos Estados Unidos, todo
o gasto por ele gerado durante seus estudos será considerado importação de
serviços.
• O pagamento de uma consultoria ambiental no estado de São Paulo para um
escritório em Londres será considerado importação de serviços.
• O pagamento para uma empresa dos Estados Unidos pelo desenvolvimento de
um software para uma empresa brasileira.
• O pagamento pelos direitos de propriedade intelectual, ou seja, o licenciamento
de uso para: marca estrangeira no país, uso de tecnologia específica, impressão
de livro de autor estrangeiro etc.
Todos os casos citados acima geram uma saída de divisas para o país
de destino onde foram ofertados esses serviços. E sendo importação, existe a
presença da Receita Federal para controlar e para procurar geração de impostos
recorrentes da importação de serviços, como podemos observar a seguir.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
FONTE: <http://educomex.net/como-funciona-a-tributacao-na-importacao-de-servicos-e-
propriedade-intelectual/>. Acesso em: 21 abr. 2016.
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TÓPICO 3 | REGIMES ESPECIAIS E EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Antes havia a incidência regular dos tributos que, por gravar insumos
destinados à industrialização de produto a ser exportado, geravam ao adquirente
saldo credor.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
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RESUMO DO TÓPICO 3
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AUTOATIVIDADE
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I- As mercadorias admitidas sob este regime deverão passar por um processo
de industrialização.
II- Quando utilizar o RECOF, permite-se importar para um recinto aduaneiro
secundário.
III- O prazo de aplicação do regime será de seis meses, contado a partir da data
do desembaraço para admissão no RECOF.
IV- Este regime permite importar e suspender todos os tributos de importação,
assim, o importador poderá importar gradativamente e não em uma vez só.
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UNIDADE 3 | A LOGÍSTICA E PRECIFICAÇÃO DA EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
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REFERÊNCIAS
ACUFF, Frank L. Como negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em
qualquer lugar do mundo. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2004.
ESPÍNOLA, Vera. Let’s trade in english. 1. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005.
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MAIA, Jaime de Mariz. Economia internacional e comércio Exterior. 11. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
REBONO, Maria. Processo de importação. In: BORTOTO, Artur Cesar (et al.)
Comércio exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004.
VAZQUEZ, José. Comércio exterior brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
VAZQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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