Prof. Dr.

Manuel Muñoz
 Psicologia: estudo ou discurso (logos) acerca
da alma ou espírito (psique).
 Melanchton (1497-1560) e Christian von Wolf
(1679-1754).
 O significado alterou-se
com o tempo: conceito
amplo.
 Mesmas perguntas,
respostas diversas:
 Discurso mítico.
 Discurso filosófico.
 Discurso científico.
 Psicologia:ciência do comportamento =
atividade da pessoa na sua totalidade.
"A psicologia não é a
ciência apenas das
manifestações
observáveis e nem
apenas dos fenômenos
mentais, mas abarca o
estudo de todas as
manifestações do ser
humano”.
 O ser humano é uma unidade indivisível.
 Quando estuda os fenômenos não observáveis
continua sendo uma ciência?
 Ciência: conjunto de conhecimentos
sistematizados, obtidos por uma atividade humana
que segue métodos rigorosos.
 Características da abordagem científica:
 Objetividade e mensurabilidade.
 Rigor é clareza metodológica:
possibilitar a réplica.
 Questão chave: distinguir
fatos de inferências. Através
da conduta podem ser inferidos
os fenômenos não observáveis.
A Psicologia, como
ciência,
 baseia suas
conclusões em dados
objetivos, que
somente podem vir
do comportamento;
 usa métodos
científicos rigorosos;
 procura entender,
predizer e controlar
os fenômenos que
estuda.
 Campos da Psicologia científica:
 Psicologia Geral: objeto, métodos e princípios.
 Psicologia Fisiológica: estruturas fisiológicas e
comportamento.
 Psicologia do Desenvolvimento: ciclo vital.
 Psicologia da Aprendizagem: processos de
aprendizagem humanos e animais.
 Psicologia Animal o Comparada: comportamento
animal.
 Psicologia Social: interrelação grupo social-
indivíduo.
 Psicologia Diferencial: variáveis individuais.
 Psicopatologia: comportamento anormal.
 Campos da Psicologia aplicada:
 Psicologia Clínica.
 Psicologia Educacional.
 Psicologia do Trabalho e das Organizações.
 Psicologia da Saúde (Hospitalar).
 Psicologia Ambiental.

É uma ciência jovem

com um objeto
complexo
O estudo do ser humano enquanto
ser social:
 Os fenômenos de influências recíprocas que
unem um indivíduo ou um grupo à
sociedade.
 As relações interpessoais
que se tecem entre o
indivíduo e os grupos ou
no seio dos grupos entre
eles, num contexto social
determinado.
 oO estudo das relações, reais ou
imaginadas, de pessoa com pessoa
num contexto social dado, na
medida em que afetam as pessoas
implicadas nessa situação (Allport,
1924).
o O estudo das condições em que os indivíduos
são afetados por situações sociais (Worchel e
Cooper,1978).
o A ciência do conflito entre o indivíduo e a
sociedade..., a ciência dos fenômenos da
ideologia e dos fenômenos da comunicação
(Moscovici, 1984).
 O estudo dos fenômenos sociais definidos pela
natureza sempre problemática das relações que se
desenrolam entre indivíduo e sociedade... (Fischer,
1987)
 A disciplina científica que busca entender a
natureza e causas do comportamento e do
pensamento individuais em situações sociais (Baron
e Byrne, 2005)
 Leitura binária da realidade:
 Sociológica: explica o indivíduo pela sociedade.
 Psicológica: explica o grupo pelo indivíduo.
 Leituraternária da realidade: perspectiva
psicossocial (Moscovici, 1984).
 Sujeito individual (ego). Caráter original e
 Sujeito social (alter). subversivo do olhar
 Objeto. da Psicologia Social:
íntima relação do
individual e do
coletivo. O ser
humano é um ser
social e toda
psicologia é social.
 Inícios:s. XIX. Estudo dos fenômenos
coletivos
 Augusto Comte (1830-1834): PS como
subproduto da Sociologia.
 Psicologia das massas: Tarde e LeBon.
 Psicologia dos povos: Wilhelm Wundt (1832-
1920)
 Teoria evolucionista: Spencer.

Como pode ser o indivíduo causa e conseqüência

da sociedade?
 Consolidação:
 1908: primeiras publicações.
 1ª GM: psicometria e psicologia organizacional.
 Comportamentalismo e Gestalt.
 Transição: 1919-1939.
 Migração da Europa: psicologia social cognitiva.
 Fundadores da PS moderna: Lewin, Sherif e
Asch.

Como é possível preservar valores como

liberdade e Direitos Humanos em condições
de crescente tensão social?
 Americanização:
 Desenvolvimento teórico e metodológico.
 Intervenção nas relações sociais para garantir
uma vida melhor. Allport, Lindzey.
 1950-60: otimismo positivista.
 Anos 70: decepção. A realidade não melhora.
“Crise da PS”. Caráter ideológico da PS norte-
americana: mantenedora do status quo.

Como o indivíduo pode se ajustar melhor à

sociedade?
 Ressurgimento na Europa:
 Interesse nas dimensões sociais do
comportamento: grupo e sistema social;
 Teoria das representações sociais (Moscovici).
 Teoria da identidade social (Tajfel).
 Em América Latina:
 1979: II Congresso de Psicologia Interamericana
em Lima.
 Novas propostas e redefinição da PS:voltada para
as condições sociais de cada país latino-
americano.
 Visão prática e multicultural.
 Em Brasil:
 No Brasil a PS é introduzida em 1950 por Otto
Klineberg na USP. A história se repete:
confronto de teorias com a vida cotidiana.
 1980: ABRAPSO.
 Psicologia Social Crítica: contextualizada,
histórica, preocupada com a cultura, valores,
mitos e rituais, brasileiros e latino-americanos
(Lane e Codo).
Entendemos como o indivíduo é influenciado
pela sociedade, mas como pode ser sujeito
histórico?