ENGELOG Código : RT-2.0/P-GG.000-056 Rev.

: 02
_____________________________________________________________________________________________________________________

PROCEDIMENTOS PARA SELAGEM DE TRINCAS

PARA PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

1. INTRODUÇÃO

O tratamento de selagem de trincas vem sendo utilizado cada vez mais como
parte do sistema de gerenciamento dos pavimentos.
Pesquisas mostram que a água presente sob o pavimento (sub-leito), é a
principal causa de falha prematura do mesmo. Além disso, água livre pode facilmente
reduzir a resistência de bases granulares sob carga dinâmica em 25% ou mais. De
acordo com o US Federal Highway Administration (FHWA), órgão de administração de
rodovias federais dos Estados Unidos, a fonte principal de água no pavimento é a
infiltração através das juntas e trincas do pavimento. Uma vedação eficiente das juntas
e trincas é necessária, portanto, para reduzir a entrada de água através da estrutura do
pavimento.

2. PROCEDIMENTO PARA SELAGEM DE TRINCAS

2.1 IDENTIFICAÇÃO
A fresagem e selagem não são recomendadas se:
ƒ Houver trincas tipo “couro de jacaré”;
ƒ A densidade de trincas for alta (80 a 100% do pavimento afetado ou trincas
transversais com espaçamento inferior a 10 m). Admite-se que nesse ponto o
tratamento de fresagem e selagem não será eficaz para deter a deterioração
futura.

A fresagem e selagem são recomendadas quando :

ƒ A abertura das trincas estiver entre 3 e 12 mm. Em pavimentos cujas trincas
tenham abertura entre 12 e 19 mm devem ser verificados detalhadamente por
especialistas para determinar se o tratamento é ou não recomendado.

Os tipos de trincas que podem ser fresados e selados são:

____________________________________________________________________________________________________________________
Centro de Engenharia - ENGELOG 1/3
ENGELOG Código : RT-2.0/P-GG.000-056 Rev.: 02
_____________________________________________________________________________________________________________________

ƒ Trincas longitudinais (linha central, no meio da faixa, no local de uma das rodas
e entre os locais das rodas);
ƒ Trincas transversais;
ƒ Trincas de face, particularmente em pavimentos com acostamentos
pavimentados. Em pavimentos com acostamentos não pavimentados,
recomenda-se verificar outros fatores, tais como apoio lateral, condições de
drenagem nas proximidades da borda do pavimento e do acostamento, antes de
se executar a fresagem e selagem.

2.2 FRESAGEM
A fresagem é feita na largura e profundidade média de 1,5 cm, com equipamento
apropriado (fresadora) e deve acompanhar a direção da trinca.

2.3 LIMPEZA
Imediatamente após a fresagem, o local deve ser limpo com ar comprimido, para
retirar todo material solto existente dentro e ao lado do sulco.

2.4 APLICAÇÃO DO SELANTE

O sulco deve estar totalmente limpo e sem nenhum material aderido, para permitir
a aderência do selante nas paredes do pavimento, que será aplicado numa
temperatura entre 185ºC e 195ºC. O produto deve ser aplicado com um bico
apropriado, de maneira a que o mesmo transborde ligeiramente nos lados do
sulco ( processo band-aid). O tráfego pode ser liberado a partir do momento que
a temperatura do selante estiver igual a do pavimento.

3. SELANTES A SEREM UTILIZADOS

O produto a ser usado é um componente de base asfaltica modificado por
polímeros, com comportamento elástico para ser usado em selagem de trincas e
deve ser capaz de ter uma consistência uniforme para o enchimento das
juntas/trincas sem deixar vazios ou descontinuidades e sem danificar o material.
Deve permanecer sem alteração por, pelo menos, 6 horas à temperatura de
aplicação.
Não deve fluir a altas temperaturas e nem ser retirado pelos pneus dos
caminhões.

____________________________________________________________________________________________________________________
Centro de Engenharia - ENGELOG 2/3
ENGELOG Código : RT-2.0/P-GG.000-056 Rev.: 02
_____________________________________________________________________________________________________________________

Deve atender aos seguintes parâmetros:

LIMITES
ENSAIO MÉTODO
MÍNIMO MÁXIMO
Penetração com cone, sem imersão, 25 ºC, 150g, 5s 30 90 ASTM D 5329
Fluencia, a 60ºC, 5 horas, em mm 3 ASTM D 5329
Resiliência, 25ºC 60% ASTM D 5329
Adesividade, sem imersão, -29ºC, 3 ciclos completos Aprovar ASTM D 5329
Ponto de amolecimento, ºC 85 ASTM D 36
Retorno Elástico por torção 60% NLT 329 - Espanha
Dutilidade a 25 ºC 30 cm.min ASTM D 113
Compatibilidade com o CAP, a 60ºC Aprovar ASTM D 5329
Teor de CAP 60% ASTM D 4
Tensão aderida 500% ASTM D 5329
Temperatura de aquecimento de segurança 210 ºC
Temperatura recomendada de escorrimento 195 ºC

O produto deve ser embalado em recipientes apropriados, que possam ser

facilmente removidos, sem perdas.
A massa de cada recipiente deve variar entre 13 e 15 kg e deve ter formato
adequado ao seu manuseio e colocação na caldeira.
Referencias: ASTM D3405 – 97
Crafco Polyflex Type 2 Sealant

4. MEDIÇÃO
Para medição das trincas é utilizada uma trena de roda diâmetro 80 cm, com
odômetro digital.

____________________________________________________________________________________________________________________
Centro de Engenharia - ENGELOG 3/3