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Introdução à Educação à Distância

Niltom Vieira Junior


Jefferson Rodrigues-Silva

Pós-graduação
em Docência
Niltom Vieira Junior
Jefferson Rodrigues-Silva

Introdução à Educação à Distância


1ª Edição

Arcos
Instituto Federal de Minas Gerais
2019
© 2019 by Instituto Federal de Minas Gerais Campus Arcos
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais Campus Arcos.

Presidente do CEAD Arcos Jefferson Rodrigues da Silva


Coordenador do curso Niltom Vieira Junior
Revisora Cláudia Maria Soares Rossi
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Índice para catálogo sistemático:
1. Educação: EaD: Docência

V658

Vieira Junior, Niltom; Silva, Jefferson Rodrigues da.


Introdução à Educação à Distância / Niltom Vieira Junior, Jefferson
Rodrigues da Silva. – Arcos, 2020.
60 f. : il

Apostila (Pós-graduação em Docência) - - Instituto Federal de Minas


Gerais, 2019.

1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 2. Educação à Distância. 3.


Moodle. I. Vieira Junior, Niltom. II. Silva, Jefferson Rodrigues da. III. Título.

CDD: 371.35
CDU: 37

2019
Direitos exclusivos cedidos à
Instituto Federal de Minas Gerais Campus Arcos,
Avenida Juscelino Kubitschek, 485,
CEP 35588-000- Bairro Brasília, Arcos - MG - Brasil,
Telefone: (37) 3351-5173
Palavra dos professores-autores

Colega professor(a), seja bem-vindo à disciplina Introdução à Educação à Distância (EaD).

A EaD é uma modalidade de ensino que tem representado novos desafios e possibilidades
à educação. Além de dinamizar o processo educacional no tempo e espaço e democratizar
o acesso ao conhecimento (ao menos em parte, isso será discutido), essa modalidade de
ensino atribui novas responsabilidades a cada um dos atores envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem. A EaD provoca a atualização dos métodos de ensino e reflexões
sobre as relações entre os indivíduos e as instituições, a sala de aula e o ambiente virtual.
A disciplina de introdução à EaD se diferencia um pouco das demais disciplinas estudadas
na Pós-graduação em Docência, pois ela adota um enfoque mais prático. Nas duas
primeiras semanas do curso apresentaremos o histórico da EaD, a expansão dessa
modalidade de ensino e alguns papéis nela envolvidos. Adicionalmente, faremos uma
reflexão sobre as diferenças entre o Ensino Remoto Emergencial (ERE) instituído no Brasil
em resposta à crise sanitária da Covid-19.
Já as duas últimas etapas, serão dedicadas à experimentação prática: criação e
configuração de recursos e atividades na plataforma Modular Object-Oriented Dynamic
Learning Environment (Moodle). Após conhecer algumas configurações básicas do
Moodle, vamos exercitar a construção de uma sala virtual, desenvolvida por cada um dos
alunos, no nosso próprio ambiente Moodle.

Então, invertendo a ordem, boa leitura e mãos à obra!


Niltom Vieira Junior
Jefferson Rodrigues da Silva.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em quatro semanas, cujos tópicos são apresentados,
sucintamente, a seguir:

Entender como surgiu a modalidade EaD, a sua expansão, evolução


Semana 1 e alguns dos seus pressupostos básicos.

Compreender os atores envolvidos na EaD e seus papéis, além de


Semana 2 perceber algumas características especiais dessa modalidade.

Conhecer configurações e algumas funcionalidades de Ambientes


Semana 3 Virtuais de Aprendizagem. Diferença entre EaD e Ensino
Emergencial Remoto (ERE).

Configurar, na prática, uma sala virtual utilizando a plataforma


Semana 4 Moodle.

Carga horária: 40 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em 5 dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando eles
aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância no texto.

Dica do professor: novas informações ou curiosidades


relacionadas ao tema em estudo.

Atividades: sugestão de tarefas e atividades para o


desenvolvimento da aprendizagem.

Mídias digitais: sugestão de recursos audiovisuais


para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

1.1. Considerações iniciais ............................................................................................13


1.2. Falando sobre EAD e EaD .....................................................................................14
Texto Complementar: Por favor, tem um minutinho? ..........................................................17
1.3. EaD: primeiros registros .........................................................................................18
1.4. Expansão da EaD...................................................................................................18
1.5. Expansão da EaD no IFMG Campus Arcos ...........................................................22
2.1. Progresso educacional ...........................................................................................25
2.2. A comunicação à distância .....................................................................................26
2.3. Os atores envolvidos ..............................................................................................28
2.4. A democratização do conhecimento.......................................................................30
3.1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem .....................................................................35
3.2. Algumas atividades e recursos do Moodle .............................................................36
3.3. Configurações iniciais.............................................................................................38
3.4. Editando questionários ...........................................................................................39
3.5. Reflexão sobre a diferença entre ensino remoto e EaD .........................................43
4.1. Trabalhando com banco de questões...........................................................................45
4.2. Livro de notas ...............................................................................................................46
4.3. Atividade wiki ................................................................................................................47
4.4. Definindo grupos ..........................................................................................................48
4.5. Outras configurações....................................................................................................50
4.5. Os desafios da EaD ......................................................................................................53
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................55
CURRÍCULO DOS AUTORES ............................................................................................57
Semana 1 – Introdução à EaD Introdução à Educação a Distância

Objetivos
Nesta semana você estudará como surgiu a Educação à
Distância e quais os impactos proporcionados por essa
modalidade.

Mídias digitais: Antes de começar a leitura do


conteúdo dessa semana na apostila, vá até a sala
virtual e assista ao Vídeo 1.1. - Apresentação da
disciplina.

1.1. Considerações iniciais

Embora não haja uma padronização universalmente aceita, vamos diferenciar no escopo
do nosso curso as siglas EAD e EaD. Assim, teremos “Educação Aberta e a Distância”
(EAD) e “Educação à Distância” (EaD). Quanto ao rigor da escrita, existem defensores
(com certa correção) do não uso de acento (crase) em “a distância”, vez que se trata de
distância sem especificação de medida. Contudo, pecando pelo excesso, nesta apostila ele
será adotado apenas como prevenção para toda e qualquer ambiguidade, eis que a
educação é à distância e não a “distância” é o objeto a ser educado1.
Finalizando esta conceituação inicial, não é raro que se encontrem na literatura críticas
quanto ao uso de “educação” ao invés de “ensino” à distância. A principal justificativa, de
certo modo compreensível, é que a EaD ainda se encontra em débito com a educação,
especialmente no que diz respeito à formação crítica e holística do aprendiz. Porém, o uso
do termo “educação” neste material traz um caráter de manutenção do otimismo e
confiança na potencialidade desta modalidade.
Leia-se no Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017 no Capítulo 1, nas Disposições
Gerais, o seguinte entendimento por EaD:

Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação


à distância a modalidade educacional na qual a mediação
didático-pedagógica nos processos de ensino e
aprendizagem ocorra com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com pessoal
qualificado, com políticas de acesso, com
acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e
desenvolva atividades educativas por estudantes e
profissionais da educação que estejam em lugares e
tempos diversos.

1
O uso do acento é também compartilhado pelo Professor Sérgio Rodrigues (download).

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Introdução à Educação a Distância

Art. 2º A educação básica e a educação superior poderão


ser ofertadas na modalidade à distância nos termos deste
Decreto, observadas as condições de acessibilidade que
devem ser asseguradas nos espaços e meios utilizados
(BRASIL, 2017).

Considerando a história, relativamente recente, da EaD é possível que algumas


experiências pouco exitosas tenham tomado de fato (e equivocadamente) o princípio da
“educação bancária” de Paulo Freire, no sentido de apenas “transmitir” blocos de
informação para o “preenchimento” de saberes. Contudo, como já apresentado
anteriormente em “Tecnologias e Comunicação na Educação” o uso da tecnologia
educacional deve basear-se num princípio dialógico interacionista que permita um amplo
aprender (VIEIRA JUNIOR, 2018). Maia e Mattar (2007), nesse mesmo sentido, sugerem
que em “EaD, o educando não precisa estar distante, pedagogicamente, de seus
educadores, nem de seus colegas, muito menos do mundo que contextualiza seu
aprendizado”.

Atividade 1.1: Leia o texto a seguir sobre a “Teoria da


Distância Transacional” (MOORE, 1993) (download).
Em seguida, associe os conceitos da “distância
transacional” a “comunicação na educação” (estudada
anteriormente) e apresente uma reflexão sobre a
seguinte questão: Como se comunicar e educar à
distância? Entregue este trabalho, em formato.pdf, pela
sala virtual.

1.2. Falando sobre EAD e EaD

A Educação Aberta a Distância, em geral, inclui características mais flexíveis como, por
exemplo, maior amplitude na admissão de estudantes (Cursos Online Abertos e
Massivos2), atendimento de necessidades individuais (em alguns cursos os alunos podem
escolher os módulos a serem cursados) e a gratuidade nos estudos (embora hoje já
existam exceções). Uma das primeiras iniciativas na história é a The Open University,
fundada em 1969 no Reino Unido, que abriga simultaneamente centenas de milhares de
estudantes no mundo todo.
Neste sentido, criou-se em 2006 a Universidade Aberta do Brasil (UAB 3) que, embora
tenha vagas limitadas a cada seleção e se baseie em estruturas curriculares pré-
estabelecidas (cursos já ofertados presencialmente em universidades públicas), tem por
objetivo principal expandir e interiorizar a oferta de cursos superiores no país de forma

2
Conhecidos como MOOCs (Massive Open Online Courses).
3
Decreto n. 5.800 de 8 de junho de 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Decreto/D5800.htm>. Acesso em: 03 set. 2020.

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Introdução à Educação a Distância

gratuita. A UAB utiliza, enquanto “ferramentas educacionais”, as tecnologias


comunicacionais da Educação à Distância (muitas das quais encontradas em diversos
cursos online, de níveis e características variados).

Dica do professor: Acesse o Decreto nº 9.057 de 25


de maio de 2017 para fazer a leitura do documento na
íntegra (link).

Atividade 1.2: Pesquise cursos online,


preferencialmente em instituições estrangeiras, que
possam ser feitos gratuitamente à distância. Priorize
cursos que tenham relação com sua área de formação
ou com algum tema relacionado à Docência.
Compartilhe com seus colegas, no fórum obrigatório da
semana, as seguintes informações: nome do(s)
curso(s), características gerais, processo de
seleção/inscrição e o site da instituição.

Além do uso das tecnologias da informação e processos comunicacionais específicos, os


cursos EaD têm como característica a flexibilidade de horários, uma vez que, salvo nos
cursos ou situações em que são planejadas atividades síncronas4, é o próprio aluno quem
planeja e executa os seus horários de estudos. Porém, é importante que se estabeleça
uma importante distinção: um curso EaD é para quem precisa de flexibilidade de horários e
não para quem, definitivamente, não possui tempo! Isso porque estudar a distância requer
comprometimento, disciplina e dedicação iguais (ou maiores) às exigidas nos cursos
presenciais de igual qualidade.

Atenção: Educação à Distância não é para quem não


tem tempo! Faça a leitura do texto complementar sobre
o tempo “Por favor, tem um minutinho?”. O texto está
disponibilizado a seguir.

4
Atividades síncronas são aquelas que os alunos precisam acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem em um horário
determinado. Nesse caso há a possibilidade de interação em tempo real entre professores e alunos.

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Introdução à Educação a Distância

Figura 1.1 – Relógio do museu Orsay, Paris. Fotografia de Valentin Simon.


Fonte: banco de imagens Pixabay. Disponível em http://pixabay.com/pt/photos/paris-museu-orsay-
rel%C3%B3gio-mulheres-846873/. Acessado dia 27/08/2019.

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Introdução à Educação a Distância

Texto Complementar: Por favor, tem um minutinho?


10.5281/zenodo.5777637

Jefferson Rodrigues-Silva

Um minuto: sessenta vezes a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre
os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio-133 (BIPM,1968). O número talvez assuste,
mas considerando a expectativa de vida (ou de morte) de um brasileiro em 75,5 anos, segundo o Instituto
19
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem-se uma vida com duração da ordem de grandeza de 10
períodos da referida radiação.
E antes de pensar se tem ou não tempo para algo, talvez devesse se perguntar, como se fez Agostinho - O que
é o tempo?

Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se me perguntam, e quero explicar,


não sei mais.
[...] Ou, esses dois tempos, o passado e o futuro, como eles podem ser, se
o passado não é mais, e o futuro ainda não é? Pelo presente, se ele fosse
sempre presente sem voar ao passado, então não seria mais tempo; ele
seria a eternidade. [...] e podemos dizer, na verdade, que o tempo seja,
senão que ele tende a não ser?
[...] Mas o que agora parece claro e manifesto é que nem o futuro, nem o
passado existem, e nem se pode dizer com propriedade, que há três
tempos: o passado, o presente e o futuro. Talvez fosse mais certo dizer-se:
há três tempos: o presente do passado, o presente do presente e o
presente do futuro, porque essas três espécies de tempos existem em
nosso espírito e não as vejo em outra parte. O presente do passado é a
memória; o presente do presente é a intuição direta; o presente do futuro é
a esperança (AGOSTINHO, 1964).

Zygmunt Bauman diz, em seu livro Modernidade Líquida, que no jogo da definição, a maioria das coisas que
fazem parte da vida cotidiana são compreendidas razoavelmente até que se precise defini-las.

Ainda, que se pessoas fossem instadas a explicar o que entendiam por


“espaço” e por “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que se percorre
em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrer certo
espaço (BAUMAN, 2000).

Na conquista do espaço, como Jules Vernes mostrou, dar a volta ao mundo em 80 dias parecia um sonho
atraente. As tecnologias evoluem: para chegar à informação, por exemplo, já não é necessário mais que se dê
um passo rumo a uma biblioteca ou banca de jornal. Ela está ali, na hora, ao alcance das mãos. Talvez Vernes
não pudesse imaginar que as facilidades, a instantaneidade, pudessem culminar no desinteresse: os pontos
turísticos próximos de nossas casas sempre podem ser visitados num depois que nunca tem pressa para
acontecer.
Bauman explica que “a instantaneidade significa realização imediata, “no ato” – mas também exaustão e
desaparecimento do interesse. Ela faz com que cada momento pareça ter capacidade infinita”.

A distância que separa o começo do fim está diminuindo ou mesmo


desaparecendo; as duas noções eram usadas para marcar a passagem do
tempo, e, portanto calcular seu “valor perdido”. [...] Teria o tempo, depois
de matar o espaço, enquanto valor, cometido suicídio? (BAUMAN, 2000).

Provavelmente você não tenha tempo para muitas coisas, já foi exigido muito de você chegar até aqui nessa
leitura. É claro, agora está mais próximo da estatística do IBGE, mas não se preocupe, o césio-133 continua
muito bem, obrigado!
____________
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
AGOSTINHO, Santo. As confissões. Trad. Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo: Edameris, 1964.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010.
BIPM- Bureau International des Poids et Mesures. Treizième conference generale des poids et mesures. França
1968. Disponível em http://www.bipm.org/utils/common/pdf/CGPM/CGPM13.pdf#page=103 acessado dia
23/07/2019.
IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

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Introdução à Educação a Distância

1.3. EaD: primeiros registros

No Brasil, os primeiros resquícios da EaD datam do final do século XIX, na década de


1850, quando agricultores e pecuaristas aprendiam por correspondência técnicas de
plantio e manejo (COSTA; FARIA, 2008). Posteriormente, tem-se notícia de um curso de
datilografia por correspondência em 1904 (EAD, 2018)5. Já na década de 1920 surgiram as
primeiras ofertas de cursos que, além de material impresso, utilizava ondas de rádio. Nas
décadas de 1940 e 1950 outras iniciativas se difundiram, principalmente em instituições
como Instituto Monitor, Instituto Universal Brasileiro e Universidade do Ar. Tais ações se
ampliaram nas décadas seguintes, com o advento da TV e, posteriormente, internet. Em
1995 começaram surgir os primeiros componentes de primeiros cursos superiores à
distância e, desde então, esta modalidade vem crescendo em todos os níveis de educação
no país (SOARES, 2002).

Dica do professor: Acredita-se que alguns dos


primeiros cursos à distância no Brasil, em especial de
nível superior, sofreram críticas em função do caráter
mercantil que pareciam ter. Porém, na medida em que
cada vez mais universidades comprometidas com a
qualidade iniciaram suas ofertas nesta modalidade, tal
“má impressão” está sendo vencida.

Atualmente diversos estudos atestam a qualidade dos cursos EaD comparando, por
exemplo, o desempenho de estudantes no Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade) onde não se mostram diferenças significativas entre alunos oriundos
de cursos presenciais e à distância (FIGUEIREDO; AMARAL; ROPOLI, 2017).

Atividade 1.3: Leia na íntegra o artigo “Avaliação dos


Cursos de Graduação: Estudo Comparativo entre
Cursos Oferecidos nas Modalidades a Distância e
Presencial” (FIGUEREDO; AMARAL; RAPOLI, 2017)
(download).

1.4. Expansão da EaD

De fato o Brasil vem acompanhando uma tendência mundial de crescimento na oferta de


cursos EaD. Porém, é preciso observar os dados com cautela e entender que existe uma
variação na força de crescimento dessa modalidade de ensino provocada tanto por
aspectos econômicos quanto pelas políticas públicas adotadas no país.

5
Mundialmente um dos primeiros registros data de 1728, nos Estados Unidos, em um curso de taquigrafia por
correspondência (EAD, 2018).

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Introdução à Educação a Distância

Atenção: Os cursos de Educação a Distância (EaD) só


crescem nos últimos anos? Calma, não é bem assim!
Observa-se que há uma flutuação sensível a mudanças
econômicas e a políticas públicas. Mas sim, grosso
modo, é uma modalidade de ensino em expansão.

Carlos Longo, criador e diretor executivo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Online,
explica que o fortalecimento do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) entre os anos
de 2010 e 2015 provocou um crescimento médio expressivo no ensino superior na
modalidade presencial em um momento em que a modalidade à distância sofria algumas
barreiras burocráticas (ABED, 2018).

[...] as instituições de ensino superior (IES) levavam em


média de três a quatro anos para obter credenciamento e
autorização para ofertar cursos na modalidade à distância.
As que já estavam credenciadas levavam até cinco anos
para expandir seus polos de apoio presencial. Entre 2014
e 2017, eram necessários dois anos para a obtenção de
autorização de até 20 polos, conforme calendário da
Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação
Superior (SERES) e após visita por amostragem dos
mesmos, dependendo do índice geral de cursos (IGC) e
do conceito institucional (CI) da IES (ABED, 2018).

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em um


caderno de notas estatísticas sobre o Censo da Educação Superior 2018, apresentou
dados importantes quanto ao crescimento da EaD no Brasil (BRASIL, 2019a). Na Figura
1.2, por exemplo, vê-se a evolução no número de ingressos em cursos de graduação, por
modalidade de ensino, entre 2008 e 2018. Nesse período as matriculas aumentaram
10,6% nos cursos de graduação presencial e 196,6% nos cursos à distância. Mais
recentemente, em 2018, já se observou que o aumento geral de ingressantes em cursos
superiores, foi sustentado especificamente pelo aumento nos cursos à distância,
compensando uma queda registrada nos cursos presenciais.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

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Introdução à Educação a Distância

Figura 1.2. Evolução do número de ingressos em cursos de graduação entre 2008 e 2018.
Fonte: Brasil (2019a).

Segundo o INEP, o número de matrículas em cursos superiores presenciais ainda é maior


(60%), porém, o numero de novas vagas ofertadas na modalidade Educação à Distância
(EaD), pela primeira vez na história brasileira, foi maior do que em cursos presenciais
(BRASIL, 2019b).

O Censo da Educação Superior 2018 registrou 7,1 milhões de


vagas na EaD, enquanto os cursos presenciais contabilizam 6,3
milhões. O levantamento realizado, anualmente, pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) revela ainda que, entre os 3,4 milhões de estudantes que
ingressaram em cursos de graduação em 2018, 40% (1,4
milhão) optaram por cursos EaD. Já entre os que iniciaram
cursos presenciais, houve queda no número total de
ingressantes, entre 2017 e 2018 (BRASIL, 2019b).

Dica do professor: Você sabia que no Brasil se


comemora o Dia Nacional da EaD? A data é 27 de
novembro e foi instituída pela Lei 13.620/20186.

Ainda segundo o censo, o “perfil” típico entre cursos superiores presenciais e EaD coincide
na predominância do sexo feminino e de instituições privadas. Porém o perfil difere-se
entre as modalidades de ensino: quanto ao grau acadêmico, na presencial é bacharelado e
na EaD é licenciatura; e quanto à moda de idades, alunos de cursos EaD apresentam faixa
etária ligeiramente superior (BRASIL, 2019b), o Quadro 1.1 traz mais informações.

6
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13620.htm>. Acesso em: 17 jun.
2020.

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Introdução à Educação a Distância

ATRIBUTOS DO VÍNCULO DISCENTE MODALIDADE DE ENSINO


DE GRADUAÇÃO
PRESENCIAL A DISTÂNCIA
Sexo Feminino Feminino
Categoria Administrativa Privada Privada
Grau Acadêmico Bacharelado Licenciatura
Turno Noturno -----
Idade (ingressante) 19 21
Idade (matrícula) 21 24
Idade (concluinte) 23 30

Quadro 1.1. “Perfil” típico dos discentes nos cursos de graduação, por modalidade de ensino, no Brasil.
Fonte: Censo da Educação Superior 2018: Notas estatísticas (BRASIL, 2019b).

Assumpção (2018), membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED),


fez uma análise sobre o crescimento do EaD no Brasil em seu artigo “Vantagens e riscos
de uma expansão acelerada de polos em 2017”. Segundo ela, a expansão dos polos de
atendimento EaD é atribuída principalmente à nova regulamentação da educação à
distância no país. O Ministério da Educação (MEC), por meio do Decreto nº 9.057, de 25
de maio de 2017, flexibilizou a criação de polos EaD pelas próprias instituições, a partir do
atendimento de alguns parâmetros, além de permitir o credenciamento de instituições
nesta modalidade sem exigir o credenciamento prévio para a oferta presencial.
O governo brasileiro deixa claro sua meta expansionista para a educação no Plano
Nacional de Educação (PNE):
META 12- Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior
para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta
e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e
quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público (BRASIL, 2014).

Dica do professor: Para melhor compreensão,


conheça o Plano Nacional de Educação (PNE) (link).

O questionamento que ainda paira é quanto à qualidade dos cursos EaD. O INEP, que
elabora instrumentos de avaliação de cursos de graduação presencial e a distância, tanto
para autorização quanto para reconhecimento ou renovação de reconhecimento, adota
indicadores comuns aplicáveis às duas modalidades e alguns exclusivos para a EaD
(INEP, 2017). Por exemplo, a previsão de elaboração ou validação de material didático por
equipe multidisciplinar e exigências específicas quanto o Ambiente Virtual de
Aprendizagem que, só recebe nota máxima quando:

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

21
Introdução à Educação a Distância

[…] apresenta materiais, recursos e tecnologias apropriadas,


que permitem desenvolver a cooperação entre tutores,
discentes e docentes, a reflexão sobre o conteúdo das
disciplinas e a acessibilidade metodológica, instrumental e
comunicacional, e previsão de avaliações periódicas
devidamente documentadas, de modo que seus resultados
sejam efetivamente utilizados em ações de melhoria contínua
(INEP, 2017, p.19).

Dica do professor: Para melhor compreensão, faça


leitura do Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017 do
Ministério da Educação (MEC) (link).

1.5. Expansão da EaD no IFMG Campus Arcos

Neste tópico será referenciada a Pós-


Graduação em Docência EaD do Instituto
Federal de Minas Gerais Campus Arcos,
tal como os demais cursos ofertados
nessa modalidade de ensino no contexto
de expansão da EaD no país.
A Engenharia Mecânica foi o primeiro
curso aberto do IFMG Campus Arcos,
tendo inicio em 2016 e já concebida em
um formato híbrido: ensino presencial nos
oito primeiros semestres e ensino à
distância nos dois últimos.
O primeiro curso 100% EaD do campus foi
a Pós-Graduação em Docência. Sua
turma pioneira iniciou os estudos em 2018
com a oferta de 60 vagas.
Para a turma do ano seguinte estavam
previstas 60 novas vagas, mas o sucesso
das inscrições surpreendeu com uma
relação de 18 candidatos/vaga. Então,
novos investimentos foram feitos para
ampliar a quantidade de vagas ofertadas,
elas foram triplicadas para 180. Figura 1.4 – IFMG Campus Arcos.
Fotografia de Guilherme Rohrmann.
Ao mesmo tempo, a reitoria do IFMG

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

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Introdução à Educação a Distância

investiu na abertura de uma turma interna exclusiva, na Pós-Graduação em Docência, para


capacitação dos seus próprios professores (bacharéis e tecnólogos) que não possuíam
licenciatura ou formação para a docência. Ofereceram-se, então, outras 180 vagas –
totalizando, no seu segundo ano de existência, 360 novas vagas. A medida tomada pelo
IFMG condiz com a estratégia de adequação para o atendimento à resolução CNE
06/2012: documento trata das diretrizes curriculares para a educação profissional, com
referência à formação docente.
O curso oportuniza reflexões e debates importantes para a prática docente e cumpre um
relevante papel social para a educação do país. Há alunos que atuam como professores
em regiões afastadas dos grandes centros, em escolas indígenas, escolas rurais e em
outras tantas localidades onde o acesso ao conhecimento e a formação continuada é
restrito.
No primeiro semestre de 2019, o IFMG Arcos também ofertou a primeira turma do curso de
Formação Continuada EaD: “Estratégias de Ensino e Aprendizagem”. Este curso contou
com 1400 alunos matriculados. Já no segundo semestre do mesmo ano, os alunos tiveram
a possibilidade de prosseguir os seus estudos com outro curso de Formação Continuada
EaD: “Tecnologias na Educação”, neste matricularam 2040 alunos.
O número de vagas novas em cursos EaD no IFMG Arcos, entre 2018 e 2019, passou de
100 para, aproximadamente, 3,8 mil alunos. Um crescimento de 38 vezes!
Em 2020, inaugurou-se a ênfase de Educação Inclusiva da PGD. Além disso, o campus
ofereceu o curso Formação Continuada EaD intitulado Docência e Tutoria EaD. Trata-se
de uma versão condensada das disciplinas “Tecnologias e Comunicação na Educação” e
“Introdução à Educação à Distância” que visa formar professores de todo o Brasil,
sobretudo para solucionar dificuldades oriundas da necessidade de execução de Ensino
Remoto Emergencial (ERE) em detrimento da pandemia de Covid-19. Só esse curso,
somou mais de 5.5 mil alunos inscritos.¨
Em 2021, como forma de centralizar cursos e esforços de diversos campi, incluindo Arcos,
a Reitoria de Extensão criou a plataforma + IFMG. Esta tem a finalidade de incentivar a
qualificação do público externo e o aperfeiçoamento da expertise institucional em EaD.
Agora em 2022 a plataforma conta com mais de 20 mil alunos inscritos. São 100 cursos
em disponíveis nas mais diversas áreas. Entre elas, destacam-se: Comunicação, Cultura,
Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção, Saúde,
Trabalho, Concursos e Vestibulares, Idiomas. A plataforma inclui a Web Rádio +IFMG
multiplicar a difusão da ciência, cultura e entretenimento.

Dica do professor: acesse a plataforma + IFMG (clique


aqui) e ouça a Rádio + IFMG (clique aqui)!

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23
Introdução à Educação a Distância

Mídias Digitais: Para encerrar a primeira semana de


estudos, vá até a sala virtual e assista aos Vídeos 1.2 -
série sobre Educação à Distância. Esta série foi
produzida pelo Jornal Nacional. Embora, os dados
numéricos sejam da época e o foco da reportagem seja
em cursos e polos de ensino superior, aborda-se
aspectos gerais importantes sobre a EaD.

Até a próxima semana!

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24
Semana 2 – Os atores e as características da EaDIntrodução à Educação a Distância

Objetivos
Nesta semana, você irá compreender quais os atores
envolvidos na EaD e o potencial da modalidade para
democratização do conhecimento.

Mídias Digitais: Antes de continuar a leitura da


apostila, assista ao Vídeo 2.1 elaborado pelos
professores da disciplina.

2.1. Progresso educacional

Tem se debatido, em diversas ocasiões, a latente necessidade da evolução educacional,


por exemplo, comparando-se o desproporcional avanço ocorrido entre escolas e hospitais
apresentado por Seymour Papert (1994). Contudo, você percebeu que a EaD (ao contrário
da sala de aula convencional) tem experimentado várias mudanças na sua recente
história? Primeiro, cursos por correspondência, depois via rádio, telecursos, internet,
ferramentas multimídia variadas e assim por diante. Além do mais, trata-se de um campo
em franco desenvolvimento cujas potencialidades ainda têm muito por surpreender7.
No que diz respeito às suas gerações, considerando as formas de comunicação e os
principais recursos utilizados, notamos, até então, pelo menos cinco momentos desta
modalidade, Na Figura 2.1 é possível observar essas cinco gerações.
De igual maneira, a legislação tem se adaptado a essa nova necessidade. A Lei de
Diretrizes e Bases de 1996 oficializou a EaD como modalidade de ensino8 o que permitiu
outros avanços como, por exemplo, a autorização em 2004 9 (com nova redação dada em
201610) para que cursos superiores presenciais ofertem parte da sua carga horária à
distância.
Além disso, outros níveis de ensino também começaram a ter participação marcante nesta
modalidade. Em 2011, foi instituída a Rede e-Tec Brasil11, com a finalidade de desenvolver
a educação profissional e tecnológica também à distância. E em 2010 foi aprovado pela

7
Obviamente, muito ainda precisa ser feito, adaptado e aperfeiçoado, porém, é inegável que os progressos
na área têm ocorrido de modo incessante.
8
Decreto n 9.057 de 25 de maio de 2017.
9
Portaria n. 4.059 de 10 de dezembro de 2004.
10
Portaria n. 1134 de 10 de outubro de 2016.
11
Decreto n. 7.589 de 26 de outubro de 2011.

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25
Introdução à Educação a Distância

CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) o primeiro


mestrado profissional em rede (para matemática) com características semipresenciais12.

Figura 2.1 – Gerações da EaD.


Fonte: Pereira e outros (PEREIRA; PARREIRA; SILVEIRA, 2017).

2.2. A comunicação à distância

Embora um curso EaD faça uso de variados recursos multimídia, a comunicação textual,
na maioria das vezes, é imprescindível. É importante, portanto, tomar muito cuidado com o
uso correto das palavras na troca de mensagens que, por estarem desconectas de outras
possibilidades de análise (expressão facial, tom de voz etc.), têm a sua interpretação “fria”
a cargo do leitor. Por essa razão, deve-se ler várias vezes um texto/mensagem antes de
enviá-lo.
Além do cuidado com ortografia, gramática e objetividade na mensagem, também é
preciso sempre transparecer educação e gentileza. Como estratégia auxiliar, pode-se
fazer uso de emoticons13 para expressar sentimentos, porém, cabe lembrar que se trata de
um ambiente acadêmico e, quando necessário, algum formalismo ou padrões adequados
precisam ser mantidos14.

12
Nos anos seguintes outros cursos no mesmo formato foram também aprovados para variadas áreas.
13
Do inglês: emotion + icon.
14
Cuidados adicionais também precisam ser mantidos como, por exemplo: pessoas familiarizadas com o uso
de chats entendem que palavras integralmente escritas com letras maiúsculas significa elevação do tom de
voz.

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26
Introdução à Educação a Distância

Figura 2.2 – Emoticons.


Fonte: Banco de imagens Pixabay. Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/smiley-emoticon-raiva-com-
raiva-2979107/.Acessado dia 27/08/2019.

Dica do professor: É importante também conhecer o


público envolvido, já que pode existir alguém não
familiarizado com esta modalidade de ensino ou com o
uso de recursos tecnológicos. Por essa razão, alguns
cursos realizam um “nivelamento” ou “ambientação” no
uso dos recursos importantes ao seu desenvolvimento.

Ainda quanto à comunicação, a EaD divide-se basicamente em:


 Comunicação síncrona, aquela realizada em tempo real por meio de chat, telefone,
videoconferência etc.;
 Comunicação assíncrona, aquela realizada a qualquer tempo, não
simultaneamente, por meio de e-mail, fórum, videoaulas etc.

Seja qual for o processo comunicativo em uso é importante que haja interação entre
professor e alunos, entre alunos e alunos, assim como, interatividade entre alunos e o
material didático e/ou o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) 15. Aliados aos momentos
de estudo individualizados devem existir também mecanismos (como por exemplo, fóruns
ou chats) onde os alunos participem ativamente, expressem suas opiniões e colaborem
com a construção coletiva dos saberes. Por outro lado, a participação presente do
professor/tutor, via respostas rápidas e feedbacks também é essencial, pois, reduz a
distância envolvida e motiva o engajamento dos estudantes no curso.

15
Em alguns contextos designados por “salas virtuais”.

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27
Introdução à Educação a Distância

2.3. Os atores envolvidos

Embora a composição dos cursos sofra alguma alteração, vez que em função do nível de
ensino a legislação pode oferecer mais ou menos exigências, em geral estes são os atores
diretamente envolvidos com as etapas de ensino:
 Professor conteudista, responsável pela produção do material didático (livro,
caderno, apostila etc.), elaboração do plano de ensino e proposição das atividades
didáticas, exercícios e avaliações para cada aula ou módulo;
 Professor formador, responsável por ministrar o curso elaborado pelo professor
conteudista, conduzir as atividades de ensino-aprendizagem, coordenar os tutores e
avaliar os estudantes;
 Professor tutor presencial (quando exigido pelo curso) faz o atendimento presencial
nos polos, recebe e distribui material aos alunos além de auxiliá-los quanto ao uso
das tecnologias necessárias a realização das atividades, dá suporte no âmbito geral
aos alunos e ao professor formador;
 Professor tutor à distância (quando exigido pelo curso), acompanha as atividades
realizadas no AVA, acompanha a frequência, regularidade e desempenho dos
alunos, dá suporte no âmbito geral aos alunos e ao professor formador.
 Aluno: é um ator de autoaprendizagem. Na configuração EaD, segundo Faria
(2013), o aluno deixa de ser um receptor passivo e torna-se responsável por sua
aprendizagem, com direito a trabalhar em ritmo que respeite suas limitações
pessoais, sem perder a possibilidade de interagir com seus colegas e
professores. Portanto, é importante que o aluno tenha hábitos de estudo, habilidade
de administrar o tempo, organização, gostar de interagir, ser independente e
autodisciplinado (FARIA, 2013).

Assim como para a composição de equipes destinadas ao desenvolvimento de tecnologias


educacionais, apresentado em Vieira Junior (2018), para a oferta de cursos EaD soma-se
àqueles saberes (domínio de conteúdo, pressupostos pedagógicos, linguagem de
programação, computação gráfica, semiótica etc.) o suporte de Tecnologia da Informação
(TI), o suporte técnico administrativo e o conhecimento teórico-metodológico específico
que a educação à distância requer, sugerindo novamente um grupo de trabalho
multidisciplinar para que um curso de boa qualidade seja ofertado.

Atividade 2.1: Para reforçar o papel do Estudante à


Distância, leia o recorte do caderno “Metodologia em
EaD”, produzido por Medeiros e outros (MEDEIROS
JUNIOR et al., 2011) (download).

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28
Introdução à Educação a Distância

Podem-se acrescentar, aos atores da EaD, diversos profissionais da área administrativa


como, por exemplo, o responsável pela documentação, matrícula, certificação, entre outros
serviços e que deve ser constituída por profissionais que contribuam, juntamente com
professores e tutores, na implementação das propostas do curso.
Quando as instituições oferecem cursos em diferentes polos ela precisa contar ainda com
um Coordenador de Polo, que é o responsável pela organização do polo e dos encontros
presencias, tendo sempre em vista o Projeto Político do Curso. O diagrama da Figura 2.3
proporciona uma visão geral dos atores, incluindo os processos gerenciais que compõem a
maioria das estruturas de Educação à distância.

Coordenação do polo e de curso de curso

Projeto Político Pedagógico

Professor Equipe de Design


conteudista Instrucional

Equipe Multimídia

Mídia impressa Tutor e professor Mídia digital


formador

Aluno

Figura 2.3 – Atores e gestão da EaD.


Fonte: Pós Estácio (PERONI, 2018), adaptado.

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29
Introdução à Educação a Distância

2.4. A democratização do conhecimento

A concentração das principais instituições de ensino em grandes centros urbanos ou em


áreas específicas de uma cidade ou mesorregião, num país de ampla área territorial,
impõe dificuldades de logística que tornam inacessíveis a algumas pessoas determinados
cursos. Ademais, o desenvolvimento da educação sofre, por si só, com as barreiras sociais
e financeiras, dada a grande desigualdade vista no Brasil.
Além de oferecer cursos mais acessíveis, a EaD pode atingir os locais mais longínquos ao
mesmo tempo em que amplia a possibilidade de estudos dada a flexibilização dos horários.
Numa pior situação, onde o acesso ao computador seja restrito, grande parcela da
população tem atualmente um computador portátil: o smartphone. Dados recentes da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua TIC) 16 mostraram
que, em 2016, a presença do telefone celular nas residências era de 92,6%, superando a
presença dos aparelhos de TV (em 71,5%). Embora a existência do equipamento não
represente sozinha acesso a rede de dados (64,7% da população possui acesso à
internet), fica claro um cenário em que o melhor direcionamento das políticas públicas,
especialmente quanto ao acesso à web, é capaz de produzir maior difusão do
conhecimento17.

Atividade 2.2: Leia o texto “Reflexões históricas e


considerações teóricas em torno da educação à
distância e da educação de adultos” da Meirelles (2020)
(download).
Em seguida, assista ao documentário produzido pela
UEMA: “A diferença que a EaD faz na vida das
pessoas” (vídeo). Associe esses dois materiais com sua
experiência como aluno à distância e compartilhe no
fórum obrigatório da semana sua opinião sobre essas
questões: todo curso pode ser à distância? Se sim, por
quê? Se não, quais podem e quais não podem?
Justifique (sinta-se a vontade para argumentar segundo
suas próprias concepções).

16
Disponível em: <http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-
noticias/releases/20073-pnad-continua-tic-2016-94-2-das-pessoas-que-utilizaram-a-internet-o-fizeram-para-
trocar-mensagens>. Acesso em: 24 set. 2018.
17
O mesmo levantamento mostrou que 94,6% dos usuários de internet com 10 anos ou mais se conectaram
via celular.

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30
Introdução à Educação a Distância

Matias Gonzalez, em seu livro Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância (2005),


apresenta algumas importantes técnicas e habilidades a serem trabalhadas tanto pelo
professor como pelo tutor, no que se refere às relações e à comunicação:

• Exercer continuamente o reforço positivo, principalmente com


os alunos com dificuldade de aprendizado. A eficácia do reforço
depende da proximidade estabelecida com os alunos.

• Promover recompensas positivas aos aprendizes, através de


um elogio de um trabalho entregue no prazo ou pela avaliação
acima da média ou, até mesmo, pelo esforço e dedicação
empreendidos. É importante elogiar o desempenho do aprendiz,
louvando a sua responsabilidade, pontualidade e desempenho.

• Ter domínio das ferramentas de interatividade utilizadas no


curso.

• Estar disponível para ouvir e responder, tão logo que


solicitado, às dúvidas apresentadas pelos alunos.

• Manter um comportamento profissional e ético irrepreensível. A


falta de confiança ou desapontamento é uma das maiores
causas de evasão nos cursos à distância.

• Possuir habilidade de colocar-se no lugar do outro,


promovendo uma sintonia afetiva através da comunicação
expressa e na atitude de escutar respeitosamente o aluno.

• Manter a postura de condutor do conhecimento, e não agir


como detentor do conhecimento. Ainda que a sua experiência
profissional indique caminhos e soluções mais exatas, deve
estar aberto a novos conhecimentos e sugestões significativas
provindas dos alunos.

• Definir com clareza como avaliar a aprendizagem,


apresentando os objetivos propostos do conteúdo e do curso.

• Fornecer opinião aos alunos, inclusive das avaliações,


descrevendo comentários e sugestões claras.

• Elaborar comentários devolutivos, deve-se evitar expressões


que possam conter carga negativa ou depreciativa.

• Evitar as avaliações paternalistas e severas, não cedendo


pontos sem que o aluno tenha merecido ou exagerando no rigor
das correções. É importante estabelecer critérios uniforme nas
avaliações.

• Guardar conexão com os objetivos fixados pela disciplina.


Dessa forma, a resolução da avaliação definirá em que medida
o aluno alcançou o alvo proposto, ao iniciar o estudo.

• Combinar questões de fácil, média e difícil resolução, com o


intuito de detectar os distintos tipos de alunos, bem como o seu
aproveitamento (GONZALES, 2005).

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31
Introdução à Educação a Distância

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao Vídeo


2.2 - A importância do professor tutor.

As técnicas e habilidades propostas por Gonzales (2005) ajudam para que a tutoria se
torne um “estar presente à distância”, situação imprescindível ao sucesso do processo de
ensino e aprendizagem na EaD.
Na próxima página você encontra um texto que foi resultado de discussões de fóruns de
ofertas anteriores dessa disciplina. O texto é intitulado “Democratização ou precarização?”.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

32
Introdução à Educação a Distância

Do fórum para a apostila: O texto deste quadro foi incentivado por, e


é resultado de, discussões em fóruns de ofertas anteriores dessa
disciplina.

Democratização ou precarização?

Em fórum de discussão de oferta anterior dessa disciplina a publicação de um aluno incitou bastante resposta
dos colegas:

Há democratização da educação se os cursos presenciais, “os


cursos de qualidade”, ficam com aqueles que têm mais dinheiro
e os cursos EaD, servem para aqueles não têm?

Discorramos um pouco sobre isso. Há um processo em evolução, transição. Para pensarmos essa pergunta,
discutiremos a questão dos preços, a massificação e a qualidade na EaD.

Segundo resultado do censo da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), entre as instituições que
o responderam, os cursos à distância apresentam valores de mensalidades, em média, 50% abaixo dos
cobrados pelos cursos presenciais. Essa diferença de preço se deve, entre outros motivos, aos custos de
produção, às parcerias com bibliotecas virtuais, à produção de conteúdo externa, ao uso de Recursos
Educacionais Abertos (REAs).

O oferecimento das mesmas aulas – conteúdos e atividades – em grande escala resulta no barateamento da
sua produção e, consequentemente, na redução dos custos, que se reflete em preços mais baixos para as
mensalidades. Além disso, há outras estratégias praticadas pelas instituições massificadoras de cursos:
ampliação das ações assíncronas, aumento da relação entre número de alunos e o de tutores. Baixo salário de
tutores: contratação como um serviço administrativo, mas na prática exige-se o exercício de atividades docentes.
Há também um aspecto econômico, a crise financeira que o Brasil atravessa desde 2016 implica mais ainda na
redução das mensalidades.

Anteriormente pensava-se para a EaD os três pilares – Material didático, avaliação e tutoria (OLIVEIRA e
ROSINI, 2010). Hoje já podemos adicionar mais um pilar para a modalidade, a metodologia de ensino:

Os métodos ativos colocam em primeiro plano o estudante mais


autodidata, buscando trilhar seu caminho na aprendizagem por
meios como a sala de aula invertida, PBL (aprendizagem
baseada em problemas ou projetos, usando-se a mesma sigla),
jogos, estudo Híbrido, simuladores e tecnologias baseadas em
realidade virtual, realidade aumentada, Learning Analytics, entre
outras (XANTHOPOYLOS, 2017).

A EaD passa por uma massificação (o que não precisa ser entendido como algo ruim: muitos que não teriam
condições financeiras e/ou geográficas estão estudando). Ela evolui para melhoria na qualidade, tanto por um
processo natural de concorrência como por exigência dos alunos. É possível pensar na EaD de qualidade, sem
aspas: professores e tutores preparados. Equipe multidisciplinar completa. Hoje já se observa, desconstrução do
estereótipo remanescente de que EaD é faz de conta. Acreditando nas potencialidades da EaD, entendendo
algumas limitações (como oferta de cursos que precisam de prática manual), também a superação de limitações
por meio de avanços tecnológicos.

_________________
ABED. Censo EAD.BR 2017: Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil Disponível em:
<http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/EeN/article/view/2358>. Acesso em: 19 set. 2018. Acesso
em: 22 jun. 2020.

OLIVEIRA, A. R.; ROSINI, A. M. Tutoria: um indicador para a qualidade em EAD. In: CONGRESSO
INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 16, 2010, Foz do Iguaçu. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/252010094805.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2020.

XANTHOPOYLOS, S. P. Metodologias ativas e tecnologias aplicadas à educação. In: CONGRESSO


INTERNACIONAL ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 23, set. 2017, Foz do Iguaçu. Disponível em: <http://
www.abed.org.br/hotsite/23-ciaed/pt/apresentacao >. Acesso em: 22 jun. 2020.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

33
Introdução à Educação a Distância

Atividade 2.3: Leia o artigo “Formação docente no


modelo realista-reflexivo: uma aproximação do contexto
brasileiro” (RODRIGUES-SILVA, ALSINA, 2021)
(download). Este artigo aborda a importância de se
levar em consideração as opiniões e as crenças dos
professores em seu processo de aprendizagem teórica
e para o desenvolvimento da Identidade Profissional.
Tudo isso, fazendo considerações sobre a realidade
brasileira e em particular a modalidade de Educação a
Distância.
Em seguida, faça um relato da sua experiência neste
curso a distância. Entregue, no formato .pdf, na sala
virtual. Dentre outras coisas, procure responder as
seguintes questões:

1) Por que você escolheu este curso?


2) De que forma você alterou sua rotina para
conseguir cumprir com as exigências do curso?
3) Você acha que o fato de ser à distância
prejudicou a qualidade da sua formação?
4) Agora, já experiente com a modalidade EaD, o
que você faria de diferente se fosse iniciar um novo
curso nesse formato (como aluno).
5) O que você faria de diferente se fosse atuar como
gestor/coordenador de um curso EaD a ser ofertado
para outras pessoas?

Por fim, tomando como base a leitura do artigo e


outros, responda:

É possível uma formação docente no modelo


realista-reflexivo na modalidade EaD?

Justifique todos os comentários e sinta-se a vontade


para exprimir suas opiniões, em nenhuma hipótese as
críticas serão alvo de avaliação de caráter pessoal.

Até a próxima semana!

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

34
Semana 3 – O Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle

Objetivos
Conhecer algumas atividades e recursos disponíveis no
Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle.

Mídias Digitais: Antes de continuar a leitura da


apostila, assista ao Vídeo 3.1, elaborado pelos
professores da disciplina.

3.1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um sistema (ou software) que representa


uma abstração da sala de aula presencial, onde os conteúdos, os módulos e toda a
estrutura de um curso podem ser disponibilizados. Em geral, são vinculados a uma rede de
computadores e/ou à internet e permitem:
 A colaboração entre alunos e a criação de grupos de trabalho;
 A interação entre alunos, tutores e professores (via chats, fóruns e mensagens
privadas);
 A utilização de atividades ou recursos diversos (para mediação da aprendizagem ou
avaliação);
 A possibilidade de controle do ritmo de aprendizagem;
 O gerenciamento do curso quanto a tarefas, prazos e notas.

Suas características, em especial quanto à usabilidade, são importantes para cursos que
utilizam destas ferramentas, sejam presenciais ou à distância.

Dica do professor: A acessibilidade de uma


plataforma digital diz o quão utilizável/acessível um
sistema é perante portadores de deficiência ou não,
para que se tenha igual acesso à informação e
funcionalidade. A usabilidade diz respeito ao quão
“amigável”, eficiente e rápido é para que se aprenda
usar um sistema.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 35


A qualidade do processo educativo depende do
envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos
materiais veiculados, da estrutura e qualidade dos
professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim
como das ferramentas e dos recursos tecnológicos
utilizados no ambiente (grifo nosso) (PEREIRA;
PARREIRA; SILVEIRA, 2017).

Nesse sentido, todo o conjunto tecnológico utilizado no ensino, sejam os recursos internos
(inseridos pelo professor conteudista) em um AVA ou a própria estrutura do ambiente,
deve considerar padrões de desenvolvimento didático pedagógicos (como aqueles já
discutidos nesse curso). Por essa razão a escolha do sistema a ser utilizado também é um
fator importante.

Atividade 3.1: O Moodle teve origem com o projeto de


doutorado de Martin Dougiamas, intitulado “The use of
Open Source software to support a social
constructionist epistemology of teaching and learning
within Internet-based communities of reflective inquiry",
na Curtin University of Technology, Austrália (a tese
não foi concluída justamente pela alta popularidade do
Moodle, o que exigiu do autor maior dedicação).
Para melhorar sua compreensão a esse respeito, faça
as seguintes atividades:
- leia o artigo publicado por Dougiamas, apresentando
um resumo deste seu projeto original (DOUGIAMAS e
TAYLOR, 2003) (download);
- assista ao vídeo produzido pelo iGovSP (vídeo).

Dica do professor: Em uma pesquisa na internet é


possível encontrar hospedagens gratuitas para o
Moodle como, por exemplo, a disponibilizada pelo
Instituto Federal do Rio Grande do Sul (link). (Acesso
em: 01 set. 2020).

3.2. Algumas atividades e recursos do Moodle

A própria sala virtual utilizada neste curso de Pós-graduação é construída no ambiente


Moodle com a diferença de que, enquanto estudante, você só possuía (até agora) a visão
do perfil de “aluno”. Entretanto, além desse papel é possível que um usuário seja
cadastrado também como moderador, professor ou administrador de cursos, o que faz com
que cada tipo de usuário possua diferentes permissões dentro da plataforma:

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 36


 Estudante: é o usuário que recebe o conteúdo, interage com colegas, envia material
e recebe avaliações;
 Moderador: geralmente atribuído ao professor-tutor que irá interagir com alunos,
avaliar atividades, responder dúvidas, emitir relatórios etc.;
 Professor: é quem produz o material, insere conteúdos e configura notas e o
formato da sala virtual;
 Administrador: além das salas virtuais, pode configurar todo o ambiente incluindo a
página inicial, as categorias de cursos e todos os cursos existentes na plataforma.

Dica do professor: Acesse a uma lista feita pela


equipe do IFMG de sugestões de cursos gratuitos
relacionados à EaD (acesse aqui).

Além do material de consulta já disponibilizado, existem diversos tutoriais, fóruns e grupos


de discussão na internet que compartilham dúvidas e informações sobre as inúmeras
atividades e recursos disponíveis dentro do Moodle. Apenas para exemplificação, serão
apresentadas nos subtópicos a seguir algumas destas possibilidades, do ponto de vista do
usuário cadastrado com o perfil de “professor”.

Atividade 3.2: Dentro do Moodle do IFMG Arcos,


acesse a categoria “Laboratórios de EaD”, utilizando as
instruções dadas na nossa sala virtual.
Você poderá editar qualquer item dentro do laboratório,
portanto, durante a realização das atividades tenha
muito cuidado para não alterar algum item em criação
por outro colega.
Para ajudar nessa organização, salve toda atividade ou
recurso que criar com o seu próprio nome. Depois de
testadas e compreendidas, exclua todas suas
construções na sala virtual para que possamos mantê-
la mais organizada e disponível para que outros
colegas também possam fazer testes.
As semanas 3 e 4 serão reservadas para estas
atividades práticas.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 37


3.3. Configurações iniciais

Um professor pode, já na tela principal de sua sala virtual, ter acesso às configurações do
curso e ativar sua edição.

Figura 3.1 – Ativando a edição.


Fonte: o próprio autor.

Em se tratando de uma sala recém-criada o professor pode ainda, através da opção “Editar
configurações” definir detalhes preliminares como: o nome do curso, sua categoria (se
existirem, por exemplo, vários níveis de cursos18), data de início/término, formato de curso
(as salas virtuais da Pós-Graduação em Docência possuem o formato de “tópicos”) etc.
Esse tipo de configuração não será trabalhado nesse curso.

Atenção: Não clique em “Editar configurações” quando


estiver praticando edição de sala no laboratório virtual.
Para ativar o modo e edição, deve clicar em “Ativar
Edição”.

Uma vez tenha clicado em “Ativar edição”, o professor tem acesso aos ícones de edição
que permitem alterar nomes dos tópicos e inserir informações textuais, visuais etc.

18
O Moodle usado pelo IFMG Arcos divide-se, por exemplo, nas seguintes categorias: “Pós-Graduação em
Docência”, “Engenharia Mecânica”, “Cursos Profissionais de Curta Duração” etc. Você, enquanto aluno, pode
ver a existência dessas categorias quando faz login na plataforma.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 38


Figura 3.2 – Ícones de edição.
Fonte: o próprio autor.

Além disso, os botões “editar” e “adicionar uma atividade ou recursos” permitem,


respectivamente, alterar a configuração de itens já criados ou criar novos itens.

3.4. Editando questionários

O questionário é uma atividade que permite, por exemplo, aplicar avaliações de modo que
cada estudante responda uma questão aleatoriamente escolhida pelo sistema. Em
“adicionar uma atividade ou recurso”, escolha a atividade “questionário” e preencha as
informações básicas solicitadas (nome, descrição, duração, layout etc.).
Uma vez criada a atividade “questionário” o sistema retornará para a tela principal. Quando
o professor clica no link com o nome do novo questionário, surge a página de edição do
questionário. Nesse local é possível, através do botão de configuração, acessar o “banco
de questões” onde novas perguntas podem ser inseridas.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 39


Figura 3.3 – Banco de questões.
Fonte: o próprio autor.

Atenção: Ao se incluir uma questão, o Moodle pede


para que se escolha a categoria (bando de questões)
para salvá-la. Via de regra, as opções são:
- padrão para “sistema”, salva a questão em um banco
de itens geral da plataforma;
- padrão para “categoria”, salva a questão em um
banco de itens da categoria do curso (Ex.: Curso de
Pós-Graduação);
- padrão para “curso”, salva a questão em um banco de
itens acessível apenas na sala em uso;
- padrão para “questionário”, salva a questão em um
banco de itens exclusivo do questionário a ser criado
(sugere-se adotar essa opção19).

Dica do professor: É possível criar uma categoria ou


um banco de questões antes de se cadastrar um novo
questionário. Faremos isso na próxima semana.

19
Para criar um questionário randômico é preciso informar de qual banco de itens as perguntas serão
escolhidas.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 40


Existem muitos formatos de questões possíveis como: associação, verdadeiro/falso,
respostas numéricas etc. Apenas como exercício, para criação de um questionário
randômico, optaremos por questões de múltipla escolha (assim o Moodle pode corrigir
automaticamente, sem a intervenção futura do professor).
Após escolhida a categoria preencha os dados básicos da nova questão: nome, pergunta e
alternativas (sugere-se, neste exercício, escolher a nota “100%” para a alternativa correta e
a nota “nenhum” para as demais alternativas).

Figura 3.4 – Configurando múltipla escolha.


Fonte: o próprio autor.

Nem todos os campos de edição são obrigatórios. Por exemplo, durante a criação de
novas questões, é facultado ao professor o envio de feedback para cada alternativa e um
decréscimo de pontos para cada tentativa errada (caso a configuração permita mais de
uma tentativa).
Uma vez criado o “banco de questões”, retornando para a página do questionário (o
professor pode acessá-la a qualquer momento clicando no seu link na página principal da
sala) pode-se utilizar a opção “editar questionário” para adicionar as perguntas.
Para concluir o exercício proposto, você deve optar por “adicionar questões aleatórias”,
escolher a categoria onde o banco de itens foi criado e, por último, definir o número de
questões a serem inseridas.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 41


Figura 3.5 – Questões aleatórias.
Fonte: o próprio autor.

Dica do professor: Caso você queira atribuir questões


fixas ao questionário (e não aleatórias a partir de um
banco) basta, na Figura 3.5 escolher a opção “do banco
de questões”.

O professor pode ainda, editar a nota máxima do questionário e as notas individuais de


cada uma das questões inseridas. Ao fim, no alto da tela principal, o professor pode mudar
seu “papel” temporariamente para o perfil de “estudante” e testar, sob a visão dos alunos, o
funcionamento da atividade.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 42


Figura 3.6 – Mudança de papel.
Fonte: o próprio autor.

Para excluir sua própria tentativa (enquanto no perfil de estudante) ou para excluir a
tentativa de qualquer aluno, clique no nome do seu questionário na página principal da sala
e siga até “ver tentativas”.

Dica do professor: Em “ver tentativas” também é


possível avaliar questões dissertativas (ou outros
formatos), assim como avaliar outras atividades
(entrega de arquivos etc.).

3.5. Reflexão sobre a diferença entre ensino remoto e EaD

Fazendo uma pausa na parte prática do curso, e para fecharmos a semana, você é
convidado a pensar sobre as mudanças educacionais vivenciadas com a pandemia da
Covid-19 vivencia em 2020. Diversos países do mundo fecharam as portas de suas
escolas e universidades na tentativa de frear o avanço da contaminação pelo coronavírus
(HENDRICKSON, 2020). Como forma de contornar essa situação, algumas instituições
adaptaram suas aulas presenciais para regimes remotos. Porém, deve-se diferenciar “aula
remota” de “Educação à Distância”. Conforme bem explicado por Tobgyal (2020), as aulas
remotas trataram simplesmente de uma tentativa de “reprodução” da aula presencial,
transmitindo-a virtualmente em caráter excepcional20. A Educação a Distancia, por outro
lado, conforme discutido nesse curso, é uma modalidade bem planejada, regulamentada e
que requer ampla conceituação didática e pedagógica.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao Vídeo


3.2 “Diferença entre aula remota e EaD” (TOBGYAL,
2020).

Agora que o termo “aula remota” foi esclarecido, podemos avançar nesta reflexão a partir
da leitura do artigo “Aulas presenciais em tempos de pandemia: relatos de experiências de
professores do nível superior sobre as aulas remotas”. Trata-se de um estudo que analisou
os impactos identificados por profissionais da educação, a partir da experiência com o
isolamento social em 2020. Este texto também nos permite refletir sobre os impactos do

20
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=bgJYJR0lU2U>. Acesso: em 26. jun. 2020.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 43


modelo adotado à ocasião para a educação na era pós-pandêmica (BARBOSA, VIEGAS e
BATISTA, 2020).

.
Atividade 3.3: No fórum obrigatório da semana,
discorra sobre o Ensino Remoto Emergencial (ERE).
Compartilhe as dificuldades nesse período pandêmico
enquanto professor, e também o que se aprendeu
(caso de se tenha aprendido algo) na educação com
esse momento de crise.

Até a próxima semana!

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 44


Semana 4 – Atividade prática: configurando uma sala virtual

Objetivos
Configurar na prática uma sala virtual no Moodle e testar
suas diversas funcionalidades.

4.1. Trabalhando com banco de questões

Dando continuidade ao nosso treinamento, caso deseje criar um banco de questões antes
de incluir um questionário, na página principal da sala clique na engrenagem de
“Configurações”, procure por “Mais configurações” e, na próxima tela que se abrirá, por
“Categorias”.

Figura 4.1 – Acessando os bancos.


Fonte: o próprio autor.

Adicione uma categoria para o tema que desejar (por exemplo, questões de um mesmo
assunto). Posteriormente, clique no menu “questões” e escolha a categoria para a
inserção.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 45


Figura 4.2 – Criando questões.
Fonte: o próprio autor.

Após ter uma categoria e questões criadas, basta adicioná-las posteriormente quando da
criação de algum questionário.

Atividade 4.1: Dentro do laboratório crie um novo


questionário, agora com questões de diversos tipos (V
ou F, ensaio etc.). Altere seu perfil para estudante e
teste todas as possibilidades.

4.2. Livro de notas

O livro de notas permite ao professor variadas formas de avaliação perante cada uma das
atividades listadas na sala virtual. Ao seguir o link “Notas” e, em seguida, “Configuração do
livro de notas” é possível determinar os pesos de cada item.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 46


Figura 4.3 – Pesos e notas.
Fonte: o próprio autor.

Uma vez no livro, em “Editar configurações”, pode-se escolher a forma de agregação das
notas (pode-se usar, por exemplo, uma “Soma natural” ou “Média ponderada das notas”).

Figura 4.4 – Agregação de notas.


Fonte: o próprio autor.

4.3. Atividade wiki

A atividade wiki (“rápido” no idioma havaiano) possibilita a construção coletiva de textos


(incluindo recursos multimídia) na web. Esse formato se popularizou, principalmente, com
a Wikipédia que é uma enciclopédia gratuita e colaborativa. Quando desenvolvida com

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 47


cuidado científico e metodológico pode ser uma interessante estratégia de construção
colaborativa do conhecimento.
No botão “adicionar uma atividade ou recurso”, pode-se incluir tal atividade que pode ser
individual ou coletiva (na forma de grupos). Após criar uma página principal, outras páginas
internas de conteúdo podem ser disponibilizadas e a navegação entre elas pode ser feita
mediante a inserção de links no formato “[[nome_da_página_wiki]]”. O editor HTML é
intuitivo e permite inserir ainda figuras, vídeos e outras mídias.

Figura 4.5 – Atividade wiki.


Fonte: o próprio autor.

4.4. Definindo grupos

Caso você deseje separar uma turma em grupos para que a cada um sejam atribuídas
tarefas específicas, acione o menu secundário de configurações e, em seguida, clique na
opção “participantes” (Figura 11.2).

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 48


Figura 4.6 – Definindo participantes.
Fonte: o próprio autor.

Ao clicar na engrenagem de configurações e selecionar “grupos”, a plataforma permite que


você nomeie grupos e insira alunos específicos.

Figura 4.7 – Criando grupos.


Fonte: o próprio autor.

Uma vez criados grupos, para eles podem ser definidas restrições de acesso dentro de
uma mesma sala virtual (para criar restrições verifique o item 11.3).
Dica do professor: Nesta mesma engrenagem de
“configurações”, você pode:
- inscrever usuários no seu curso (com perfil de
estudante ou professor), desde que já estejam
cadastrados na plataforma;
- escolhendo “métodos de inscrição”, habilitar a auto
inscrição (e configurar uma chave de acesso para que
apenas usuários de posse dessa chave entrem na sua
sala – isto é útil para que alunos não acessem turmas
erradas).

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 49


4.5. Outras configurações

As configurações particulares de qualquer recurso dentro da sala virtual permitem ajustes


específicos como duração, nota, layout, comportamento da questão, restrição de acesso,
conclusão de atividades e outras. A seguir verificaremos o comportamento de algumas
dessas possibilidades.
Em “comportamento da questão” uma configuração que pode ser útil é “misturar entre as
questões”. Quando selecionada, as alternativas criadas para uma questão de múltipla
escolha são embaralhadas para cada aluno.
Desta forma o professor pode, por exemplo, incluir em um questionário um número de
questões aleatórias menores do que a quantidade existente no seu respectivo banco de
questões e, ao mesmo tempo, solicitar o embaralhamento. Deste modo, dificilmente dois
alunos receberão uma mesma questão durante a avaliação (e, se receberem, suas
alternativas estarão em ordem trocada).

Figura 4.8 – Embaralhando alternativas.


Fonte: o próprio autor.

Em “restringir acesso”, o professor pode criar condicionantes para que um aluno veja uma
atividade específica ou então várias atividades (caso ele restrinja o acesso, por exemplo,
na configuração de um “tópico” ou “semana” inteira).

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 50


Figura 4.9 – Restrições de acesso.
Fonte: o próprio autor.

Dentre os tipos possíveis de restrição, estão:


 Conclusão da atividade: permite que o aluno só acesse determinada atividade após
a realização de outra considerada pré-requisito (ao incluir esta opção o Moodle
mostrará uma lista com as atividades já existentes na sala);
 Data: permite conceder acesso apenas após, antes ou dentro de determinado
intervalo de data;
 Nota: permite acesso apenas ao aluno que possua uma nota ou média específica
em determinada tarefa prévia ou no curso todo;
 Perfil do usuário: possibilita acesso apenas a usuários que possuam alguma
especificidade descrita em seu perfil (determinado e-mail, sobrenome etc.);
 Grupo de restrição: permite condicionar entre si mais de uma possibilidade de
restrição.

A configuração chamada “conclusão de atividades no curso” mostra, na página principal da


sala, um símbolo “ticado” (assinalado) que significa que tal atividade já foi realizada com
sucesso. Trata-se de uma ferramenta de organização para auxiliar o aluno.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 51


Figura 4.10 – Conclusão de atividades.
Fonte: o próprio autor.

Se configurado para que o estudante receba uma nota e a atividade requerer intervenção
do professor para a avaliação (ex.: questões dissertativas), o aluno só verá a marcação
após sua tarefa ser corrigida.
Se configurado para exigir uma nota de aprovação, tal nota deve ser definida dentro da
configuração da própria tarefa.
Por fim, para que a marcação de conclusão apareça ao aluno é preciso ainda:
- na engrenagem de “configurações” (dentro da página principal da sala), escolher quais
atividades já criadas devem ser mostradas segundo os critérios de conclusão
estabelecidos;
- caso os alunos se queixem que a marcação de concluída está demorando muito, é
preciso entrar em contato com o administrador da hospedagem para que ele regule o
serviço “cron”. Esse processo fornece um ritmo para que a plataforma realize e verifique
diversas tarefas em intervalos pré-determinados (o professor não tem acesso a esse
ajuste).
Por fim, caso deseje reaproveitar uma sala virtual já criada para uma turma nova de alunos
(por exemplo, no início de um ano novo) vá até a opção “Configurações / Reconfigurar”.

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 52


Figura 4.11 – Reconfigurando uma sala.
Fonte: o próprio autor.

Nesta opção você pode, por exemplo:


- excluir todos os comentários, o que limpa os feedbacks enviados aos alunos;
- excluir dados de conclusão, o que limpa as marcações mostrada aos alunos quando
terminam tarefas (se essa opção tiver sido configurada inicialmente);
- excluir os papéis de estudantes, o que cancela as inscrições e retira da sala todos os
alunos antigos;
- remover itens e categorias, o que exclui atividades já criadas (cuidado: essa função, se
selecionada, irá apagar as atividades existentes);
- apagar todos os envios, o que exclui o registro de tarefas antigas entregues;
- excluir todas as mensagens, o que limpa os fóruns existentes;
- etc.

4.5. Os desafios da EaD

É evidente que a Educação à Distância impõe novos desafios ao sistema educacional e,


no nosso caso, em especial aos professores. A dinâmica do ensino é diferente quando
comparada ao modelo tradicional e, por conta disso, as relações devem ser repensadas.
Tal cenário não se aplica apenas para os cursos integralmente à distância, vez que as
mesmas tecnologias podem ser utilizadas no ensino presencial como ferramentas
complementares à aprendizagem. Essa talvez seja também uma importante contribuição

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 53


da EaD à educação: a necessidade de repensar a prática para todos os níveis e
modalidades.
Tais mudanças vão da descentralização do conhecimento nas suas várias vertentes: do
ponto de vista do professor, já que o processo educacional se torna mais dinâmico e o
aluno diretamente responsável pela sua aprendizagem, e do ponto de vista territorial, já
que se oportuniza o acesso à informação para camadas até então excluídas da população.
Possivelmente, as reflexões trazidas pela EaD podem propiciar estratégias às práticas
docentes que de fato unam o tripé ensino, pesquisa e extensão até então dissociados.

Mídias Digitais: Para concluir esta disciplina assista ao


pequeno, porém extremamente profundo e conceitual,
depoimento do Professor João Carlos Salles, reitor da
UFBA, sobre os desafios da EaD (português ou libras).

Atividade 4.2: Como avaliação final, crie e teste todas


as configurações sugeridas na apostila dentro do
laboratório disponibilizado. Posteriormente, vá até
nossa sala virtual e responda a enquete sobre sua
compreensão sobre tarefas.
Obs.: lembre-se que a prática sugerida nesta apostila é
uma atividade de “aprendizagem por descoberta”,
mediante busca na internet e outras fontes. Portanto, o
professor-tutor não irá fornecer informações prontas.

Vemos-nos na sala dos professores!

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência 54


REFERÊNCIAS

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Brasil Disponível em:
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06/09/2019.
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In: DISTÂNCIA, A. B. D. E. A. Censo EAD.BR 2017. 1a. ed. Curitiba: InterSaberes, v. 1,
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BARBOSA, A. M.; VIEGAS, M. A. S.; BATISTA, R. L. N. F. F. Aulas presenciais em tempos
de pandemia: relatos de experiências de professores do nível superior sobre as aulas
remotas. Augustus, Rio de Janeiro, v. 25, n. 51, p. 255-280, Julho 2020. ISSN: 1981-1896.
BORGES, Felipe Augusto Fernandes. A EaD no Brasil e o processo de democratização do
acesso ao ensino superior: diálogos possíveis. EaD em foco, Rio de Janeiro, v. 5, n. 3, p.
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Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Brasilia. 2019a.

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Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2019b. Disponivel em:
<http://inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/dia-nacional-da-
educacao-a-distancia-marca-a-expansao-de-ofertas-de-cursos-e-aumento-do-numero-de-
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COSTA, Karla da Silva; FARIA, Geniana Guimarães. EAD – Sua origem histórica, evolução
e atualidade brasileira face ao paradigma da educação presencial. In: Congresso
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source course management system. Admedia, Abril 2003.
EAD, Como surgiu a EAD. Disponível em: https://www.ead.com.br/ead/como-surgiu-
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FARIA, Adriano Antônio; LOPES, Luís Fernando. O que é quem da EaD: história e
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FIGUEIREDO, Márcia Aparecida; AMARAL, Rita de Cássia Borges M.; ROPOLI, Edilene
Aparecida. Avaliação dos cursos de graduação: estudo comparativo entre cursos

IFMG Campus Arcos – Pós-graduação em Docência

55
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GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da tutoria em Educação a Distância. São Paulo:
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MOORE, M. G. Teoria da Distância Transacional. In: MOORE, M. G. Theoretical
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PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática.
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PEREIRA, Adriana Soares; PARREIRA, Fábio José; SILVEIRA, Sidnei Renato;
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PEREIRA, Alice T. C. Ambientes Virtuais de Aprendizagem em diferentes contextos.
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Disponível em
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RODRIGUES-SILVA, J.; ALSINA, Á. Formação docente no modelo realista-reflexivo.
Revista Educação em Questão, v. 59, n. 60, p. 1–28, 18 ago. 2021.
SOARES, Maria Susana Arrosa (coord.). A educação superior no Brasil. Porto Alegre:
CAPES/UNESCO, 2002. Disponível em:
http://flacso.redelivre.org.br/files/2013/03/1109.pdf. Acesso em: 19 set. 2018.
TOBGYAL, Fernando. Diferença entre aula remota e EaD. Youtube. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=bgJYJR0lU2U>. Acesso em: 26 jun. 2020.

VIEIRA JUNIOR, Niltom. Tecnologias e comunicação na educação. Arcos: Niltom Vieira,


2018.

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CURRÍCULO DOS AUTORES

Niltom Vieira Junior: Realizou pós-doutorado em informática na


educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
(Campus São Gabriel). Possui doutorado e mestrado em engenharia
elétrica pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho" (Campus Ilha Solteira), bacharelado em engenharia elétrica
pelo Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos,
licenciatura em matemática e física pela Faculdade Capixaba da
Serra e habilitação para o magistério pelo Centro Específico de
Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (Unidade Barretos). É
professor efetivo do Instituto Federal de Minas Gerais (Campus
Arcos), onde já atuou como diretor de ensino, foi chefe do
departamento de ciências aplicadas, coordenador da pós-graduação
em docência e coordenador do bacharelado em engenharia
mecânica. Coordenou, entre 2010 e 2012, projeto de cooperação
internacional (Brasil-França) em educação profissional e tecnológica
na área da indústria eletroeletrônica (financiado pelo MEC/SETEC). Coordenou, 2011/2013 e
2014/2017, a gestão educacional do PIBID, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a
Docência (financiado pela CAPES). Recebeu em 2013 dois prêmios Mercosul de Ciência e
Tecnologia por pesquisas voltadas à educação em ciências (conferidos pela UNESCO e CNPq). É
revisor de periódicos voltados ao ensino de engenharia, ensino de ciências e matemática;
tecnologias aplicadas à educação e desenvolvimento cognitivo.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3283103593476831

Prof. Jefferson Rodrigues da Silva: Graduado em Engenharia


Mecânica na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) com
intercâmbio sanduíche nas universidades: Universitat de Girona
(UdG - Espanha) e The Hague University of Applied Sciences
(Países Baixos). Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSJ e
doutorando em Educação pela UdG. Professor efetivo no Instituto
Federal de Minas Gerais (IFMG) Campus Arcos, onde atua no curso
de graduação em Engenharia Mecânica e na Pós-graduação em
Docência (EaD). No IFMG Arcos já ocupou as funções de
Representante local da Assessoria de Relações Internacionais
(ARINTER), Presidente do Comitê de Educação a Distancia (CEAD)
e Chefe do Departamento de Engenharia Mecânica. Foi professor
visitante do departamento de metalurgia do Cégep de Trois-Rivières
(Canadá).

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0246316357702468

Feito por (professor-autor) Data Revisado por Data Versão

Niltom Vieira Junior


2
Jefferson Rorigues da Silva

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Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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