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ABSTRACT
INTRODUÇÃO
estoques na relação da empresa com seus fornecedores a seu produto final com
seus clientes.
Esta relação de interdependência entre os setores foi apresentada
primeiramente em 1758 por François Quesnay ao publicar a obra ‘Tableau
Economique’, considerado trabalho pioneiro ao tentar descrever os fluxos da
economia francesa. Pouco mais de um século depois, outro francês Leon Walras
dava um novo passo ao publicar ‘Elements d`Économie Politique Pure’ em 1874,
onde através de um sistema de equações Walras buscava determinar de forma
simultânea todos os preços em uma economia, além do que, considerava os custos
da produção em cada setor.
O modelo desenvolvido por Walras, segundo Miernyk (1974, p.13) “mostra a
interdependência entre os setores de produção da economia e as demandas
correntes de cada setor para os fatores de produção”. Ainda faz parte do modelo
equações representando a renda e as despesas do consumidor, além do que o
modelo também contempla a possibilidade de substituição de produtos de um setor
por produtos de outro. Não obstante, não fora apenas o pioneirismo de Quesnay
sobre as relações de interdependência que o avanço do modelo de Walras chegou
ao modelo de Insumo-produto de Leontief, importantes economistas, como Gustav
Cassel da Suécia e Vilfredo Pareto da Itália também deram sua parcela de
contribuição para o desenvolvimento da teoria do equilíbrio geral.
No entanto, o desfecho do trabalho de Quesnay só ocorre por volta de
agosto de 1936, portanto, 178 anos depois na Universidade de Harward nos Estados
Unidos com a publicação da obra do Professor Wassily Leontief, através de seu
artigo ‘Quantitative Input - Output Relations in the Economic System of the United
States’. A experiência prática do trabalho de Leontief se dá em 1941 com a
publicação das idéias de seu trabalho inicial analisando as tabelas de insumo-
produto da economia ‘The Structure of American Economy, 1919 – 1929’.
A evolução do trabalho de Leontief conforme Rossetti (1992, p.232)
“corresponde a um modelo simplificado do modelo Walrasiano”. O que Leontief
propunha, contribuiria com um estreitamento definitivo entre a teoria e a prática,
numa avaliação empírica do equilíbrio geral. Esse novo instrumento veio permitir a
obtenção de resultados analíticos mais precisos e com maior nível de detalhamento,
dada a vasta possibilidade de cruzamento das informações estatísticas sobre
variáveis econômicas como a produção, consumo, os preços, o emprego e ‘n’ outros
4
produtoras que repassam seus bens a outras unidades para serem processados,
passando por uma nova etapa do processo produtivo na unidade de destino. Neste
sentido, quanto mais etapas e unidades produtivas a que estão sujeitos os produtos
no sistema econômico, até ficarem prontos para o consumo final, maior a
especialização do trabalho e interdependência econômica. Naturalmente, este grau
de interdependência ocorre de forma distinta para cada seguimento setorial da
economia.
Na demanda final, os agregados macroeconômicos básicos, são as
unidades familiares, o governo e a formação bruta de capital fixo. A partir da ótica da
produção a demanda final é analisada enfatizando-se unicamente o destino dessa
produção. Para Considera e Silva (1994, p. 27), a demanda final “são os bens
destinados à satisfação das necessidades da população”. Destina-se única e
exclusivamente às unidades familiares e administrações públicas, uma vez que o
consumo intermediário é atributo das empresas.
O consumo pessoal na demanda final é atribuído ao indivíduo, quando da
absorção de bens e serviços do mercado, mediante a contraprestação com recursos
do seu salário. O consumo do governo é tomado unicamente como uma categoria de
destino da produção, não sendo valorado a sua produção nem considerados os
salários pagos nas suas atividades, uma vez que produção e renda restringem-se
aos setores produtivos. A formação Bruta de Capital Fixo para Considera e Silva
(1994, p.28), consiste no “valor dos bens duráveis, assim como os serviços a eles
incorporados, com vida útil normal superior a um ano, para serem usados no
processo de produção”.
Demanda Intermediária
DF VBP
Setor 1 Setor 2 Setor 3 Sub-Total
Agricultura 100 400 250 750 400 1150
X1 1150 Y1 400
X = X2 corresponde 1000 Y = Y2 corresponde 350
X3 1600 Y3 500
2.4 Matriz dos Requisitos Diretos e Indiretos por Unidade de Demanda Final
Demanda Intermediária
Setor 1 Setor 2 Setor 3 Sub-Total DF VBP
Agricultura 160 654 420 1.234 600 1.834
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CONSIDERA, Cláudio M.; SILVA, Antônio Bras de O. Contas Nacionais. Niterói,
Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Economia e Administração, Departamento
de Economia, 1994. 172 p.
IBGE/DECNA. Matriz de relações intersetoriais: Brasil 1975. Rio de Janeiro, 1989. 565 p.