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GBegonha
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ÍNDICE
ÍNDICE ......................................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 7
3. TRACTOR.............................................................................................................................................. 10
4. TERRENO ............................................................................................................................................. 13
9. SOLO ..................................................................................................................................................... 31
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1. INTRODUÇÃO
A Juventude Popular sempre entendeu que o nosso país não é apenas os grandes centros
urbanos, mas que também é constituído por um Portugal rural, que tem vindo cada vez mais a
se degradar e a ficar desertificado, merecendo por isso uma atenção especial da nossa parte,
temos como politica para o nosso país rural, não só a manutenção de jovens nessas regiões
mas também atrair nossos jovens para que se diminua o grande fosso populacional já
existente entre os grandes centros populacionais e industrias e as regiões agrícolas.
Pensamos que por parte das outras juventudes partidárias não existe esta preocupação,
provavelmente por serem distritos que tem pouca população o que faz com que transmitam
poucos votos nas eleições, ou por não ser um tema muito na moda. Contudo nos entendemos
que o futuro dos jovens e do país não se pode apenas fazer com politicas simpáticas, na vota
ou que apenas digam respeito à maioria da população, para a Juventude Popular todo o país e
todos os jovens merecem a nossa atenção e são dignos de todo o respeito de igual modo.
Verificamos que existia uma lacuna para os jovens que se queiram estabelecer como
agricultores, principalmente para aqueles que nada tem a ver com esse ramo nem tem quem
os ajude a adquirirem conhecimentos, mas que por verem que existe uma parte do pais que
esta a ficar para trás é nela que querem investir. Foi a pensar neste jovens, e em todos os que
se queiram estabelecer como agricultores que a Juventude Popular criou este manual.
Neste manual iram estar descritas todas as alfaias agrícolas, como funcionam e para que é que
servem, e quando é que devem ser utilizadas. Esclareceremos também os vários tipos de solo
e quais as culturas que se adaptam, fazendo algumas considerações sobre o clima e a sua
influencia nas culturas agrícolas. Apresentaremos de igual forma as actividades essenciais
para o jovem agricultor que queira se instalar que é a fenação e a silagem, fazendo distinção
entre uma e outra, para que se perceba quando é que se deve utilizar uma e quando é que se
deve utilizar outra.
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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Agricultor principal
É a pessoa singular cujo rendimento provem da exploração agrícola e é igual ou maior a 50%
do seu rendimento global e que dedica mais de 50% do tempo total de trabalho.
Exploração agrícola
Jovem agricultor
É todo o agricultor que à data da apresentação da candidatura tem mais de 18 anos e menos
de 40 e possui habilitação capaz e suficiente e dedica mais de 50% do seu tempo à actividade.
Momento da 1a instalação
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Ano a partir do qual se considera estabilizada a produção mais representativa da exploração.
Conjunto de meios que a empresa usa no processo produtivo, ex.: Terra, maquinas, trabalho,
gado, instalações, plantações.
Os três factores mais importantes numa empresa são o empresário, trabalho e capital.
Gestão Agrícola
Técnica que consiste em orientar uma exploração agrícola de uma forma racional, do ponto de
vista técnico e económico.
Todas as empresas agrícolas têm que fazer contabilidade quando a empresa e sujeito passivo
do I.V.A exercendo uma actividade de natureza agrícola.
Património de empresa
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Produto
Receita
Valor monetário do que foi vendido no exercício que tenha sido ou não produzido nesse ano,
ou seja, é a verba.
Despesas
Valor monetário despendido com a aquisição de bens e serviços no exercício, ou seja, nas
compras.
Encargos
Valor monetário do património usado no exercício. Encargos dividem-se em: . Fixos – mais de
um ano na exploração (luz, água, trabalho, etc.).
. Variáveis – menos de 1 ano (trabalho
temporário).
Encargos = inventário de abertura + despesa – fecho.
3. TRACTOR
Tractor – veículos construídos para desenvolver esforço de tracção, sem comportar carga útil.
Tractor agrícola ou florestal – veículos com motor de propulsão, de dois ou mais eixos.
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Máquina auto-motriz – máquina para trabalhos agrícolas ou florestais, que se desloca e
executa trabalhos autonomamente.
Quanto ao rodado:
Rodas;
Rasto ou lagartas;
Misto.
Normas de Segurança
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Antes de subir, verificar se o calçado se encontra sem óleo ou massa;
Engatar o reboque no local próprio e sempre no ponto mais baixo possível, nunca
acima do eixo ou diferencial;
Ajustar o banco quer à distância ao volante e aos pedais, quer ao peso do condutor.
Manutenção do tractor
Após o trabalho:
Manutenção da bateria (ver a água/ colocar gasolina, caso desligar primeiro pólo
negativo);
Verificar pressão dos pneus;
Verificar a tenção das correias;
Verificar todos os níveis de óleo;
Verificar a folga do botão de embriaguem (cuidado não vá estar selada - perigo de
perda de garantia);
Verificar a folga dos pedais dos travões;
Lavar o tractor;
Lubrificar todos os pontos de lubrificação com massa consistente;
Reapertar porcas e parafusos.
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Limpar o respirador do motor;
Verificar e limpar o alternador e o motor de arranque;
Limpar o sistema de arrefecimento, substituindo o líquido se for o caso;
Limpar depósito de combustível;
Calibrar os injectores (limpar com enxofre com agulha);
Verificar a folga das válvulas.
Outros cuidados:
4. TERRENO
Derrube – consiste na derriba ou deitar por terra a vegetação arbórea e arbustiva. Recorre-se
ao machado, serra ou moto-serra, rossadora ou moto-rossadora. O uso depende do tipo de
arbustos ou arvores a derrubar, da quantidade da vegetação e da área do terreno. Se a área
for grande podemos utilizar tractores florestais, carregador frontal, retro-escavadora,
bulldozer, tree clozer;
Arranque – consiste na extracção de toiças (cepo e raízes) cepos, etc. que estão enterrados.
Em pequenas parcelas ou pouca vegetação picareta ou enchada, alavanca. Em grandes
parcelas ou muita vegetação rectro-escavadora, bulldozer com gancho, estripador de cepos
ou cortador de cepos;
Caso não exista vegetação arbórea e/ou arbustiva mas somente herbácea e/ou semi-
arbostiva, utiliza-se grade de discos pesada, corta matos ou capinadeira.
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Características do solo:
Arroteia – mobilização profunda do dolo que ainda nunca tenha sido mobilizado ou à
muito que não o é. Não há um reviramento total do solo, pois efectua-se com grade
de discos pesado;
Ripagem – (muito cara) esta operação consiste na mobilização em profundidade (até
1,50 m) do solo com um ripper. Por ser uma máquina de dentes não há reviramento do
solo, verificando-se apenas fendilhamento e fragmentação do solo;
Surriba – mobilização profunda de 0,8 a 1,50 m de profundidade em que se verifica o
total reviramento e mistura da terra da camada mobilizada. Máquinas utilizadas:
charrua surribadora, rebocadas por bulldozer ou tractores agrícolas de grande
potência. Objectivo desta operação – que as raízes das fruteiras ou videiras ou outras
árvores se desenvolvam até grande profundidade. Incorporação a grande
profundidade de estrume ou outras formas de matéria orgânica, de adubos e
correctivos;
Espedrega – consiste em retirar do terreno as pedras existentes e que tenham
determinado tamanho. Sendo muito dispendiosa mas muito aconselhável devido às
avarias que provoca mas máquinas. Pode ser manual ou mecânica – ajuntador
mecânico de pedras, recolhedor de pedras ou triturador de pedras. Deve ser feito dois
ou três anos consecutivos, pois as máquinas de mobilização do solo (charruas,
escarificadores, etc.) trazem constantemente pedras à superfície do terreno;
Caldeamento- consiste na mistura de camadas de solos com propriedades físicas
bastante diferentes, tendo em vista conseguir uma camada arável cujas propriedades
se considerem mais vantajosas para as culturas. Para modificar as propriedades físicas
dos solos utilizam-se materiais trazidos do exterior. Só em culturas mais rentáveis
(hortícolas) ex. calagem para corrigir solos ácidos, enxofragem para corrigir solos
básicos;
Nivelamento e regularização – consegue-se facilitar a execução das operações
culturais, aumentar o rendimento horário de varias máquinas agrícolas, reduzir as
despesas com a água de rega, em terrenos de regadio só em culturas de regadio por
razões de culto. Utilizam-se as seguintes máquinas, pá ou barra niveladora acupoladas
ao tractor, caixas niveladoras para tractores ou bulldozeres, caixas niveladoras auto-
carregantes para tractores ou bulldozer;
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Rebaixamento – consiste na remoção de camadas do dolo visando a aproximação da
superfície do terreno ao lençol freático, permitindo assim um aproveitamento da
água de forma mais económica e, simultaneamente a protecção das culturas contra os
ventos;
Drenagem – visa eliminar, por vários processos, o excesso de água existente no solo
isto é, toda a água que para além da capacidade de campo.
Preparação do terreno:
Principais objectivos:
Descompactação do solo;
Melhoria das características físicas do solo (porosidade, movimentos da água,
agregação de matérias, etc.).
Objectivos secundários:
Charrua de aiveca – pode ter tipos e modelos consoante o número de corpos, podem ser de
três, quatro, dois, um ferros, segundo o sistema de ligação podem ser montadas ou
rebocadas, quando à reversibilidade fixa ou móvel (180o meia volta, 90o quarto de volta).
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Quando pretendemos fazer uma lavoura a certa profundidade, pois em terrenos
muito duros os discos têm certa dificuldade em penetrar no solo (para remediar este
aspecto, as charruas de discos são bastante reforçadas para aumentar o peso).
Charrua constituída por: apo, tairó, relha, formão, aiveca, raspa ou canela, calcanhar.
Charrua de discos – difere na roda de guia o disco e espera ou descanso. A charrua exerce
várias acções sobre o solo; fractura, fendilha, esmiúça, revira e mistura.
Tipos de subsolador:
Pesados;
Um só dente;
Quadro em “V” e dentes curvos;
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Quadro em “V” com dentes com inclinação lateralmente;
Vibratório com seis dentes.
Objectivos da subsolagem:
Gradagem difere:
Destruir torrões;
Regularizar o terreno;
Estirpar infestantes;
Incorporar adubos;
Enterrar sementes;
Quebrar a crosta da superfície.
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Pesado ou chisel;
Distingue-se chisel do subsolador pela quantidade de dentes, rendimento horário e
profundidade.
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Rolagem – consiste numa operação de mobilização do solo superficial que visa a compressão
dando origem à compactação controlada e fragmentação dos constituintes do solo
profundidade 3 a 5 cm.
Tipos de rolo:
Rolo liso;
Rolo canelado ou anelado;
Rolo esqueleto;
Rolo cultipaker;
Rolo croskill
Rolo espiral;
Rolo Cambridge;
Rolo compressor frontal pneumático.
Objectivo da rolagem:
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Distribuidores de estrume, reboques distribuidores de estrume – a versão mais corrente é
um semi-reboque, cuja caixa é provida de fundo móvel e o órgão rotativo e esmiuçamento e
de distribuição fica situado no lugar do taipal traseiro:
O fundo móvel por duas ou três correntes dispostas longitudinalmente, ligadas entre
si por travessas. Taipal dianteiro móvel;
Dispositivo de esmiuçamento e projecção, um ou vários tambores
horizontais/verticais. Rutor (veio provido de dentes, de facas ou laminas). Discos
dentados;
Parafuso elicoidal (sem fim distribuidor);
fundo móvel e os órgãos de distribuição podem ser accionados por tomada de força
ou roda de suporte.
Tipos de distribuidor:
De descarga traseira;
De descarga lateral;
Dispositivo de distribuidor aplicável sobre um semi-reboque, distribuidor tipo
plataforma.
Distribuidor auto-carregador.
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Localizadores de adubo – Foram concebidos para levar o adubo a locais precisos, tendo em
conta as exigências da planta:
Localizador de adubo à superfície – em faixa estreita, junto às plantas a fertilizar.
Utiliza-se de preferência, em culturas de entre linhas largas ex.: milho, tomate;
Localização de adubo em profundidade – serve para distribuir adubos sólidos em
profundidade, em culturas arbóreas e arbustivas (pomares e vinhas).
Semeadores – máquinas móveis que realizam uma operação de sementeira, a qual consiste
em colocar, no solo devidamente preparado, a quantidade conveniente de sementes,
segundo a disposição desejada.
Há três tipos:
Semeadores monogrão – visa colocar em linha sementes isoladas por uma distância tão
constante como possível. Para garantir boas condições de germinação e emergência, estes
semeadores são geralmente equipados por um dispositivo, afasta torrões e rodas
compressoras ou órgãos de cobertura a traz. De tambor vertical ou rotor vertical. Semeador
de distribuição em estrela ou prato obliquo, prato horizontal, de correia, de correias paralelas,
pneumático e de precisão (à de precisão que não são monogrão).
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7. EQUIPAMENTOS PARA PROTECÇÃO E DEFESA
DAS CULTURAS
Vantagens:
Inconvenientes:
Grande quantidade de calda por hectare (o que complica) tendo de se fazer várias
cargas no pulverizador ou este terá de ser de grandes dimensões.
Má penetração da folhagem;
Gotas retidas no ar ambiente;
Grandes derrames de calda;
Pressão de jacto transportado.
Centrifugo – pulverização por uma pressão no líquido que é transportado, pelo menos,
parcialmente por meio de um fluxo de ar.
Vantagens:
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Inconvenientes:
Vantagens:
Inconvenientes:
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Existem vários meios de combate, a luta biológica, as práticas culturais, medidas legais, meios
físicos e meios químicos. Que devem ser aplicados numa altura óptima, que depende de vários
factores:
Biologia do parasita;
Estado de desenvolvimento da planta;
Condições meteorológicas, as características do meio de combate.
Por animais;
Pessoas;
Transporte mecânico – auto motriz;
Avião ou helicóptero;
Tractor – rebocado, suspenso, semi-suspenso.
Práticas culturais – os meios culturais são todas as operações que se usam na cultura de
qualquer vegetal com o fim de o defender da acção dos seus inimigos, aumentando o vigor da
planta.
Meios físicos – este tipo de meio de luta é pouco utilizada e compreende operações em que
se capturam os parasitas.
Meios químicos ou pesticidas – utiliza produto mineral ou orgânico que destrói os parasitas
da planta.
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necessidades fisiológicas;
Ter atenção à direcção do vento;
Respeitar os intervalos de segurança;
Destruir as embalagens vazias;
Lavar bem os materiais usados;
Nunca aplicar herbicida quando os infestantes estiverem em floração e sejam
procurados por abelhas;
Guardar os pesticidas longe das crianças e fecha-los à chave.
Acaricidas (ácaros);
Antiabrolhantes (inibe abrolhamento = folhas que não desenrolam);
Atractivos (atraem os parasitas animais);
Fungicidas (fungos, bactérias bactericidas);
Herbicidas (ervas); Insecticidas (insectos);
Molhantes (substâncias que favorecem o espalhamento do líquido);
Moluscidas (moluscos, caracóis, lesmas);
Nematodicidas (nematados);
Rodenticidas (roedores, ratos).
Gadanheiras – máquina móvel destinada a cortar forragem “em pé”. Pode ser rebocada, semi-
montada, montada. Em relação ao princípio de funcionamento pode ser alternativa ou
rotativa. Em associação com outras máquinas ou alfaias podem ser gadanheiras alinhadoras,
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condicionadoras ou moto gadanheira.
Gadanheira de corte alternativo – o órgão de corte é fixo por uma das extremidades ao
quadro, é composto por uma série de facas triangulares presas a uma barra de aço que passa
no interior do suporte dos dedos, apoiando-se no portalamina.
Quanto ao modo como
efectuar o corte pode ser:
Corte simples – só existe movimento na barra de corte, estando a barra do pente fixa.
A velocidade do trabalho é de 5 a 8 km/h.
Corte duplo – existe movimento quer na barra de corte quer na do pente, podendo
inclusivamente haver duas barras de corte. Existindo o maior número de corte pm,
reduz o risco de empapamento, podendo trabalhar a maior velocidade (12 a 15 km/h).
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Motogadanheira – automotriz, corta a forragem em verde deixando-a encordoada. Funciona
como gadanheira ou gadanheira condicionadora, podendo ser mais ou menos sofisticada.
Viradores rotativos de forquilha inclinadas – pode ter um, dois ou quatro tambores,
accionados pela tomada de força do tractor, funcionando aos pares.
Virador juntador de discos (também conhecidos como “girassol”) – tem uma série de discos
com mais ou menos 1,30 m de diâmetro, tem dentes compridos flexíveis dobrados e
inclinados. Os discos são oblíquos ao sentido do avanço, separados um pouco uns dos outros.
Dependendo das posições os discos podem juntar ou virar à frente.
A velocidade de rotação dos discos depende da velocidade do avanço, uma vez que é
efectuada pelo atrito dos discos com o solo. A velocidade varia de 8 a 15 km/h.
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Classificam-se em quatro tipos:
Transporte:
Carregador auto motriz de forragem ou silagem;
Carregador auto motriz de fardos;
Reboque auto-carregador de fardos;
Reboque auto-carregador de forragem ou silagem.
Acondicionamento:
Envolvedor de plásticos de dois fardos cilíndricos;
Envolvedor de plásticos para fardos paralelipipédicos;
Envolvedor de plásticos para fardos cilíndricos;
Rampa para carrego de fardos para paralelipipédicos pequenos para reboque;
Lança hidráulica para carrego de fardos paralelipipédicos pequenos para reboque;
Reboque de engate em enfardadeira, para dois fardos paralelipipédicos grandes.
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OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO
Final da campanha:
1. Substituir peças danificadas;
2. Lubrificar todos os pontos com copos de massa;
3. Alargar correias e correntes;
4. Olear ou pintar as áreas gastas;
5. Se tiver rodas, assentar a máquina sobre cepos (para que as rodas não estejam em
contacto com o solo).
Final da campanha:
1. Substituir peças danificadas;
2. Lubrificar todos os pontos com copos de massa;
3. Alargar correias e correntes;
4. Olear ou pintar as áreas gastas;
5. Se tiver rodas, assentar a máquina sobre cepos (para que as rodas não estejam em
contacto com o solo).
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Final da campanha:
1. Substituir peças danificadas;
2. Lubrificar todos os pontos com copos de massa;
3. Alargar correias e correntes;
4. Olear ou pintar as áreas gastas;
5. Se tiver rodas, assentar a máquina sobre cepos (para que as rodas não estejam em
contacto com o solo).
Debulhadora estacionária, debulhadora fixa – funciona fixa numa eira destinada a extrair os
grãos das espigas de cerais previamente colhidos pela ceifeira-atadeira ou pela motoceifeita e
limpa o produto assim obtido. Uma debulhadora estacionária compreende órgãos de
desgranação, separação do grão, da palha e de limpeza próximas dos que equipam uma
ceifeira debulhadora.
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(luvas, fato de trabalho, botas de biqueira de aço, etc.);
Quando se trabalha com as máquinas, verificar se existem pessoas ou animais no raio
de acção da mesma;
Na manutenção ao utilizar produtos que possam poluir o solo ou lençóis de água,
devem tomar-se as protecções devidas.
9. SOLO
Meio natural para os desenvolvimento das plantas terrestres, tal como se formou, ou
modificado pelo Homem.
Funções:
Suporte físico da planta;
Meio de transformação de matéria morta;
Fornecedor de elementos essenciais para desenvolvimento da planta.
Constituintes:
Matéria mineral
Fragmentos de rocha;
Minerais primários;
Minerais de origem secundária.
Matéria orgânica
Restos de plantas;
Outros organismos;
Substâncias no estado coloidal.
Água e Ar
Ocupam os espaços intersticiais entre as partículas que caracterizam a estrutura do
solo.
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Horizonte B – Horizonte que pode formar-se sobre o horizonte A, caracterizado pela
acumulação de minerais de argila, ferro, alumínio e matéria orgânica e por apresentar
certos tipos de estrutura e modificação de cor;
Horizonte C – Utilizado para classificar horizontes em que o material não se apresenta
consolidado;
Horizonte G – Horizonte em que se verifica redução intensa, caracterizado por cores
cinzentas, cinzento-azulado, azul, cinzento esverdeado, as quais mudam para cores
pardas por exposição ao ar.
Características Físicas:
Profundidade;
Compactação;
Estrutura;
Cor;
Textura;
Estabilidade estrutural;
Permeabilidade;
Relações solo – água;
Drenagem interna.
Características Químicas:
Teor em matéria orgânica;
pH;
Calcário activo;
Relação carbono/azoto;
Azoto;
Fósforo;
Potássio;
Micronutrientes;
Metais pesados.
Características Físicas:
Cor do solo – Está relacionado com várias outras propriedades significativas sob o
ponto de vista pedológico e agronómico. É uma propriedade que está intimamente
relacionada com os seus constituintes, presença de óxidos de ferro e matéria orgânica
do solo. No campo, a sua determinação é normalmente efectuada pela comparação
visual de cores, utilizando a carta de Munsell;
Estrutura do solo – Característica física do solo expressa pelo tamanho, forma e
arranjo das partículas e dos respectivos vazios, considerando-se não só partículas
individuais de areia, limo e argila, mas também as partículas compostas (pedes ou
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agregados estruturais);
Textura do solo – A textura corresponde a distribuição de minerais (areia, limo e
argila) segundo o seu tamanho, independentemente da natureza e da composição
desses minerais. O conhecimento da textura é muito importante para saber qual a
proporção da fracção que apresenta capacidade de troca e logo o seu poder de
absorção e retenção de iões.
Características Químicas:
Teor em matéria orgânica:Indispensável quer para a avaliação da sua fertilidade, quer
para o cálculo das adubações e correcções a efectuar. A matéria orgânica expressa-se
em percentagem. Caracteriza-se por uma elevada capacidade de troca catiónica.
pH do solo - O pH de um solo, mede o grau de acidez ou alcalinidade do solo, através
da concentração de hidrogeniões (H+) na solução do solo (g/l). A classificação dos
solos, contudo faz-se com base no pH em água.
Fertilidade do solo – Capacidade do solo para alimentar as culturas nele instaladas. Deverá
ser encarada a nível de:
Fertilidade química;
Fertilidade física (capacidade de infiltração da água);
Fertilidade biótica (quantidade de microorganismos).
Análise de terras:
Meio mais utilizado na prática dada a facilidade e rapidez de aplicação Desenvolve-se em três
fases:
1a - Colheita e amostragem;
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2a - Operações preliminares de análise;
3a - Determinações a efectuar:
o Percentagem de terra fina;
o Densidade aparente;
o Textura;
o Matéria orgânica;
o Azoto;
o Fósforo assimilável;
o Potássio assimilável;
o Calcário total;
o Calcário activo;
o Necessidade em cal;
o Salinidade;
o Capacidade de troca catiónica;
o Enxofre.
Tipos de solos:
Solos argilosos – Apresentam boa estrutura. Possuem partículas de limo e argila.
Formam torrões e quando secos tornam-se difíceis de trabalhar;
Solos calcários – Solos pobres e rochosos, drenam a água rapidamente. O seu elevado
nível de pH torna-os muito alcalinos e pouco férteis;
Solos orgânicos Hidromórficos – Solos com horizontes superiores orgânicos em que a
acumulação de matéria orgânica se fez em condições de permanente saturação de
àgua;
Solos Halomórficos – Solos que apresentam quantidades excessivas de sais solúveis;
Solos Hidromórficos – Solos sujeitos a encharcamento temporário ou permanente que
provoca intensos fenómenos de redução;
Solos incipientes – Solos não evoluídos, sem horizontes genéticos claramente
diferenciados, praticamente reduzidos ao material originário;
Barros – Solos argilosos com elevada plasticidade e dureza, com pronunciado
fendilhamento nas épocas secas;
Solos Argiluviados pouco insaturados – Solos em que o grau de saturação do
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horizonte B é superior a 35% e aumenta com a profundidade e nos horizontes
subjacentes;
Solos Calcários – Solos pouco evoluídos.
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10. CLIMA
Tipos de climas:
Climas zonais ou macroclimas – abarcam extensões superiores a 2000km;
Climas regionais ou mesoclimas – a sua extensão oscila entre 200 e 2000km;
Climas locais – Observados em áreas pequenas, dentro dos climas regionais;
Microclimas – modificações do clima que abarcam áreas extremamente pequenas.
Elementos do clima:
Temperatura;
Precipitação;
Humidade do ar;
Insolação;
Vento;
Fenómenos e acidentes meteorológicos.
Temperatura
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Zero de crescimento (t0) – temperatura abaixo da qual se detém o crescimento da
planta;
Temperatura mínima (tmin) – temperatura abaixo da qual não se desencadeiam certas
fases do desenvolvimento da planta;
Temperatura óptima (top) – temperatura para a qual a velocidade de crescimento é
máxima;
Temperatura máxima (tmax) – temperatura acima da qual cessa o crescimento;
Temperatura crítica mínima (tcmin) - temperatura abaixo da qual parte ou toda a
planta é destruída;
Temperatura crítica máxima (tcmax) – temperatura acima da qual parte ou toda a
planta é destruída.
Temperaturas do solo muito baixas podem danificar as raízes mais finas e causar lesões nos
caules.
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Precipitação
Queda de água no estado líquido ou sólido, das nuvens para a superfície do globo podendo
apresentar-se em todas as formas em que o fenómeno pode ocorrer (chuva, neve, chuvisco,
granizo, etc). A quantidade de precipitação exprime-se em unidades de volume por unidade
de área (l/m2) ou em unidades de comprimento (mm ou cm).
Humidade do ar
Descreve quantidade de vapor de água contida numa dada porção da atmosfera. É maior nas
regiões tropicais. É maior junto ao mar. Diminui com a altitude. É maior no Verão.
Humidade relativa do ar - Relação entre a massa de vapor de água que existe num volume de
ar húmido e a massa de vapor de água que seria necessária para saturar esse ar à mesma
temperatura.
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Insolação
Número de horas de sol descoberto acima do horizonte. Pode ser expressa em horas de sol
por dia, mês, ano ou em percentagem.
Insolação em Portugal
Diminui de Sul para Norte;
Diminui com a altitude;
Diminui de Este para Oeste;
Menores valores nas terras altas do Minho (<1800h/ano);
Maiores valores no litoral algarvio, na raia alentejana e na península de Setúbal
(>3000h/ano).
Vento
Favoráveis:
Para as espécies de alogâmicas, anemófilas, facilita a fecundação;
Impede o voo de afídeos (pulgões);
Acelera o enxugo de terras encharcadas;
Auxilia na secagem dos fenos e na maturação de muitas culturas.
Desfavoráveis:
Incrementa a transpiração das plantas, podendo contribuir em casos extremos para o
stress hídrico e os golpes de calor;
Provoca rotura de ramos, queda de folhas e frutos, diminuindo o rendimento das
plantas;
As feridas resultantes de roturas permitem a entrada de doenças e pragas;
Os insectos polinizadores têm dificuldade em voar;
Efectua o transporte de sementes de infestantes, esporos e fungos, larvas e ovos de
pragas para o interior de campos cultivados sãos;
Pode provocar a acama de searas de cereais ou de outras culturas;
Dificulta o tratamento fitossanitário e a aplicação de fertilizantes a lanço e a rega por
aspersão;
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Provoca uma maior evapotranspiração, aumentando as perdas de água;
No litoral, arrasta sais para as áreas cultivadas, provocando danos nas culturas.
Geada
Deposição de cristais de gelo sobre os objectos (plantas, solo, edifícios, etc.). Resulta do facto
da temperatura da superfície dos objectos ter descido até valores inferiores a 0oC. Ocorre
uma sublimação (passagem directa do vapor de água do estado gasoso ao sólido sem passar
pelo estado liquido).
Golpe de calor
A acção combinada de determinados elementos meteorológicos (altas temperaturas + baixa
humidade relativa do ar + vento), num espaço muito curto, provoca uma transpiração
exagerada das plantas, levando a uma murchidão permanente dos órgãos das plantas e
transtornos do metabolismo celular.
Orvalho
Depósito de gotas de água, por condensação do vapor de àgua do ar, sobre os objectos
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situados à superfície do solo. Forma-se quando as superfícies dos objectos arrefeceram para
além do ”ponto de orvalho” do ar ambiente.
Também se forma quando o ar quente e húmido
entra em contacto com a superfície mais fria, cuja temperatura é inferior à do “ponto de
orvalho”.
Nevoeiro
O Clima Mediterrânico
É um clima com características originais que o tornam único entre todos os climas do
Mundo;
Clima temperado;
De latitudes médias;
Com verão quente e seco;
Chuvas na estacão fria;
Inverno moderado.
Difere:
Dos climas tropicais porque tem pelo menos um mês com temperatura média < 18oC;
Dos climas continentais porque nenhum mês tem temperatura média < - 3oC;
Verão seco (praticamente sem chuva);
A precipitação do mês mais seco é inferior a 30 mm e tem menos de 1/3 da
precipitação do mês mais chuvoso.
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e favorece a secagem dos produtos;
Inverno pouco rigoroso e grande insolação permite que se realize horto-floricultura
intensiva ao ar livre e em estufa. Também facilita a produção de primores em muitas
zonas do litoral.
Culturas Pratenses
Gramíneas:
Panasco (Dactylis glomerata):
Bastante resistente ao frio;
Resiste razoavelmente à secura;
Necessita de 400-500mm de precipitação;
Não tolera o excesso de água;
Pouco exigente em solos.
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Bastam 300 mm de precipitação;
Bom crescimento invernal;
Resiste medianamente ao frio e às geadas;
Adapta-se bem a solos arenosos, de baixa fertilidade.
Leguminosas:
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Culturas Forrageiras
Crucíferas:
Nabos e couves forrageiras (Brassica sp.):
Muito resistentes ao frio e às geadas;
Com crescimentos razoáveis no Inverno.
Gramíneas:
Ferrejos (Ferranhas ou Ferrãs):
Leguminosas:
Trevo encarnado (Trifolium encarnatum):
Susceptível ao excesso de água;
Resistente às baixas temperaturas.
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Indicado para solos calcários;
Não suporta baixas temperaturas.
12. ADUBOS
Os adubos podem ter um ou mais elementos nobres. Quando têm apenas um chamam-se
elementares, se dois ou mais compostos.
Adubos Elementares:
Azotados (com azoto);
Fosfatados (com fósforo);
Potássicos (com potássio).
Adubos Compostos:
Binários: com dois elementos, N e P, N e K ou P e K;
Ternários: com três elementos, N, P, K.
Adubos azotados
Ureia – (46%) N amídico ( Azoto de reacção lenta e progressiva pode ser aplicado de fundo, de
cobertura ou em pulverização).
Azoto nítrico:
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Nitrato de Sódio - (15%) N Nítrico (Adubo de acção rápida de cobertura, tanto em
temperaturas baixas como em períodos de seca). Solúvel e bastante higroscópio não é
retido pelo complexo argilo-húmico, sendo absorvido imediatamente pelas plantas ou
lixiviado;
Nitrato de cálcio - (15,5%) N Nítrico (Adubo de acção mais rápida que se conhece de
cobertura, tanto em temperatura altas como baixas). Solúvel na água e bastante
higroscópio não é retido pelo complexo argilo-húmico. Especial para a aplicação em
que houve atraso e em que as carências de azoto por muito acentuadas se arriscam a
provocar morte das plantas.
Azoto amoniacal – (Sulfato de amónio) (21%) N amoniacal (Adubo de reacção, de acção lenta
sendo utilizado em fundo). Em contacto com o complexo argilo-húmico decompõe-se em,
SULFATO DE CÁLCIO.
Azoto amídico – (Cianamida cálcica) (20,5%) N amídico (Adubo de reacção alcalina indicado
para adubação de fundo não devendo ser utilizado em cobertura devido à sua acção caustica).
Em contacto com o solo CARBONATO DE CÁLCIO e UREIA por sua vez dá origem a:
CARBONATO DE AMÓNIO e NITRATO DE CÁLCIO.
Azoto nitroamoniacal:
Nitriamoniacal – (20,5% ou 26%) N 1\2 Nítrico 1\2 Amoniacal (Tem interesse para
fundo como para cobertura, uma vez que possui parte nítrica (rápida), parte
amoniacal (lenta). Em terrenos pouco profundos e em períodos chuvosos, está no
entanto contra indicado em climas secos);
Sulfonitrato de amónio – (26%) de N 7% de Nítrico e 19% de Amoniacal (Tem as
mesmas características que os nitroamoniacais, especialmente como adubação de
fundo). Solúvel em água. Fixação de azoto pelas bactérias das raízes das leguminosas
(Rhizobium).
Adubos Fosfatados
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Adubos Potássicos
Sulfato de potássio – (48%) de K (Por estar isento de cloretos é um adubo indicado para
culturas tais como: Horticultura, vitivinicultura, fruticultura e floricultura. Aplicação à
sementeira ou plantação sendo de preferir a sua utilização em aplicação tardias).
Adubo
obtido do cloreto de potássico por reacção com ácido sulfúrico.
Condições Atmosféricas
No nosso país há incerteza quanto ao crescimento de pastagem (+/- 6 meses) várias situações
podem acontecer, na conjugação da temperatura/chuva, assim temos:
Se chove em Setembro e essa chuva não tem continuidade, leva ao rebentamento da
erva, que morre por falta de humidade;
Se chove em Setembro e tem continuidade, mas a temperatura é baixa para a época, o
crescimento das pastagens é deficiente;
Se chove mais tarde e a temperatura é baixa para a época, o crescimento da pastagem
é insignificante;
Se chove em Setembro e tem continuidade e a temperatura é normal para a época,
existem boas perspectivas para um bom ano forrageiro. É a melhor em termos de
cultura.
Posto isto é necessário criar um stock de elementos de reserva, quer seja na forma de palha
(feno) ou silagem.
A forragem deve ser colhida no estado jovem na altura da floração para as leguminosas e no
estado pastoso ou granulado para as gramíneas. Esta deve ser colhida com o máximo de
substâncias nutritivas.
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Conforme a origem das forragens, desenvolve-se no estômago dos ruminantes uma
microflora e microfauna que ajudam a digestão destes alimentos. Uma elevada percentagem
de forragens são digeridas por bactérias, digestão esta na qual se formam entre outras
substâncias os ácidos gordos, que são o acético, o sotinico e o propionico, aminoácidos e
amoníaco.
Os ácidos gordos são importantes para a formação de carne e leite, a partir do ácido acético
forma-se a gordura do leite e do ácido propiónico o açúcar do leite.
Fenos
Quando o tempo é favorável, a secagem da erva à luz solar conduz a um feno de razoável
qualidade, será melhor quando a secagem não for muito prolongada (este ano 2005 – seca –
48 horas chegam).
Quando o tempo é razoável, as leguminosas perdem cerca de 20% do seu
peso enquanto que as gramíneas 2,5 a 3%. A fenação ao sol nas melhores condições
atmosféricas pode levar a uma perda de cerca de 30% do valor alimentar que a forragem
inicialmente tinha na altura da realização do corte.
A preparação do feno visa logo após o corte da forragem, suspender o mais rapidamente
possível todos os fenómenos vitais e a decomposição por meio da extracção da água, o que
deverá ser o mais rápido possível para evitar o ataque das bactérias a forragem.
Desde a forragem acabada de cortar até ao produto final, a erva não perde apenas àgua, a sua
matéria seca vai sofrer uma série de transformações que para as forragens inicialmente
idênticas decorrem de maneira muito diferentes conforme o estado do tempo e o processo
de preparação do feno.
Assim a mesma forragem pode originar fenos com qualidades muito diferentes.
A
oportunidade de corte e os métodos de fenação constituem dois tipos importantes factores
que influenciam no valor do feno. Além destes existem perdas provocadas pela respiração
pelo esmiuçamento da forragem durante a manipulação e pelas condições atmosféricas.
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É de salientar que a produção do feno aumenta desde Maio até finais de Junho ao mesmo
tempo que o teor de proteína diminui assim como a digestibilidade. A qualidade dos fenos em
Portugal é de baixo valor devido ao corte ser demasiado tarde.
Processos de secagem
A fenação pode ser feita segundo métodos tradicionais, que consiste na secagem da forragem
aos raios solares durante 3/ 5 dias. Pode também ser feita com o recurso a diversos tipos de
armações, tais como cavaletes de madeira, arame esticado sustentado por postes de madeira.
Além destes métodos também pode ser por fenação parcial completada artificialmente, pois
é possível armazenar o feno antes de ser atingido no campo o estado de completa fenação.
Tal forragem tem em média um teor de humidade de 40 a 45%. Esta forragem conserva as
folhas bem agarradas aos caules.
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Factores que influenciam o processo de secagem:
Estado do tempo, quanto maior for a humidade relativa do ar maior dificuldade de secagem
do feno, a influência da forragem no decorrer da secagem, o processo de secagem está
dependente do grau de maturação e do teor de agua de planta.
Silagem
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desenvolvam e apodreçam a silagem;
Anaerobiose significa ausência de oxigénio o que vai permitir que certas leveduras e
fungos não se desenvolvam e apodreçam a silagem.
Técnicas de silagem
Dois aspectos são muito importantes quando se faz a silagem: o fraccionamento, corte em
partes maiores ou menores e fecho do silo hermeticamente, o mais rapidamente possível.
Estes dois aspectos tendem a eliminar ou diminuir o mais rapidamente possível o oxigénio.
O cortar a forragem em bocados maior ou menores vai intervir directamente nos espaços que
ficam entre as diferentes partículas da forragem e, por isso, à medida que esses espaços
aumentam, aumenta a quantidade de oxigénio no silo.
Acondicionamento da silagem
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Açúcar, pois facilita a conservação da silagem, normalmente utiliza-se 6 a 12 kg de
açúcar por 3 de forragem verde. A adição do açúcar melhora o teor de nutrientes e a
qualidade da silagem, reduzindo ao mesmo tempo o volume de perdas;
Método A.I.V. originário da Finlândia e baseia-se na mistura de acido sulfúrico a 95% e
acido clorídrico a 33% na proporção de 1/1. a mistura é diluída em água na proporção
de 1/6 e adicionada à silagem na quantidade de 6 a 8 l por 1000kg de forragem.
As perdas que resultam da fermentação devem-se às drenagens dos líquidos que resultam da
fermentação e à formação de gases no silo. As perdas de líquido por drenagem dependem do
teor de matéria seca da forragem. Com os líquidos de drenagem perdem-se os nutrientes
mais facilmente digestíveis.
Qualidade da silagem
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Análise de silagem em laboratório
Uma silagem de boa qualidade deve ter um boletim de análise que indique:
Teor em matéria seca igual ou superior a 30%;
Teor em ácido láctico maior a 3% do peso do produto fresco;
Teor em ácido acético maior a 0,5% do peso do produto fresco;
Teor em ácido butirico menor a 0,3% de peso do produto fresco; . O valor do pH deve
ser menor a 4,5%.
Tipos da silage
Vantagens da silagem:
A colheita da forragem não depende das condições atmosféricas;
Não se verifica a necessidade de cortar com associação de alguns dias sem chuva,
como acontece com o feno;
Existe uma maior facilidade para se fazer a colheita de forragem quando está é mais
rica em nutrientes;
A silagem permite valorizarem certas culturas forrageiras, tais como o milho o sorgo e
desocuparem rapidamente estas terras para outras culturas;
Do ponto de vista alimentar, uma boa silagem apresenta uma composição rica para
alimentação de gado.
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1. Antes da introdução da forragem no silo:
A forragem deve ser cortada em fragmentos pequenos e regulares;
De preferência devera proporcionar-lhe com pré-fenação rápida de forma a baixar a
humidade para cerca de 65%;
A forragem deve ser calculada cuidadosamente;
Deve-se evitar a introdução de terra ou de outros elementos que prejudiquem a
silagem;
O silo deve ser enchido o mais rapidamente possível;
Deve-se ensilar um produto de boa qualidade.
3. Desensilagem:
Evitar a oxidação da ensilagem o que deve ser conseguido o mais rapidamente
possível, e deve-se utilizar um conservante para que este dura mais.
Silos Horizontais
Vantagens:
Utilizam-se em qualquer tipo de forragem e sem enchimento com meios clássicos;
A construção é barata;
Não necessita de mão-de-obra qualificada;
Muitos dos materiais utilizados pode ser recuperados;
Oferece-se a possibilidade de se distribuir o gado directamente.
Desvantagens:
Ocupam uma grande superfície de terreno por um volume de armazenamento
relativamente pequeno;
O acalcamento é feito com o rodado do tractor, é difícil fechar totalmente este silo;
A desensilagem é difícil ser mecanizada e há grandes perdas no valor nutritivo da
silagem causada por fungos e bolores.
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contacto com o ar e a forragem oscilada. São os silos torres mais baratos e podem ser
construídos em pedra, tijolo, blocos de cimento, betão e cimento;
Herméticos – São totalmente estanques ao ar e a água. As suas paredes são
constituídas por painéis ligados uns aos outros com conjuntos de borracha. Tanto a
parte interior como exterior são vitrificadas (vidro), protegidas assim da acidez do
meio e da luz solar. Contrariamente ao que sucede com os silos clássicos em que a
carga e a descarga se realiza por cima, nestes o carregamento faz-se por cima e a
desencilagem por baixo.
Vantagens:
Ocupam uma superfície de terreno de 5 a 8 vezes menos que os horizontais;
Mais fácil mecanização de enchimento;
Descarga e distribuição de silagem aos animais;
O calcamento é mais perfeito e realiza-se pelo próprio peso da forragem.
Origina uma silagem de boa qualidade e conservando-a melhor.
Desvantagens:
São mais caros, o que origina uma silagem mais cara;
Necessita de mão-de-obra especializada.
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Gabinete
de Estudos
onçalo
GBegonha
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