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RELATÓRIO

TÉCNICO
ÍNDICE
04 Introdução 58 Prémios

06 Caminho até à final 59 Equipa ideal do torneio


60 Jogador do torneio

24 A final 61 Jovem jogador do torneio


62 Homem do jogo
30 O treinador vencedor 64 Melhores golos do torneio

32 Resultados 66 Em destaque

42 Tópicos técnicos 67 Velocidade


68 Posse de bola

50 Análise dos golos 70 Guarda-redes


73 Distância percorrida
52 Forma de marcação dos golos
56 Momento de marcação dos golos 74 Perfis das equipas

98 Galeria de honra

ÍNDICE 3
GRUPO A GRUPO B

Histórias
inesperadas FRANÇA
(FRA)
SUÍÇA
(SUI)
ALBÂNIA
(ALB)
ROMÉNIA
(ROU)
PAÍS DE
GALES
(WAL)
INGLATERRA
(ENG)
ESLOVÁQUIA
(SVK)
RÚSSIA
(RUS)

Desde o formato alargado a 24 equipas ao valor


GRUPO C GRUPO D
do prolongamento, o UEFA EURO 2016 deu muita
matéria para reflexão à equipa técnica da UEFA.

“O UEFA EURO 2016 foi um torneio inesquecível e ALEMANHA


(GER)
POLÓNIA
(POL)
IRLANDA DO
NORTE
UCRÂNIA
(UKR)
CROÁCIA
(CRO)
ESPANHA
(ESP)
TURQUIA
(TUR)
REPÚBLICA
CHECA
gostaria de dar os parabéns a Fernando Santos e à (NIR) (CZE)

equipa portuguesa por uma vitória merecida que


sublinhou a importância da organização, trabalho GRUPO E GRUPO F
de equipa e união.”
Ángel María Villar Llona
Primeiro Vice-Presidente da UEFA

"Expect emotions” – o slogan oficial do UEFA É verdadeiramente interessante constatar minuto 113. Isso já foi há 56 anos. Nos 40 anos ITÁLIA BÉLGICA REPÚBLICA SUÉCIA HUNGRIA ISLÂNDIA PORTUGAL ÁUSTRIA
EURO 2008 – parece ter ficado para sempre que o último dos 51 jogos tenha sido decidido que decorreram desde que o lendário penalti (ITA) (BEL) DA IRLANDA (SWE) (HUN) (ISL) (POR) (AUT)
(IRL)
escrito no guião das fases finais do Campeonato no prolongamento. Foi um dos cinco jogos no do checoslovaco Antonín Panenka decidiu o
da Europa. A primeira edição com 24 equipas qual foi necessário disputar mais 30 minutos de primeiro desempate através da marcação das
seguramente que não foi exceção, dando jogo (três destes jogos envolveram Portugal). grandes penalidades, 23 jogos do Campeonato
oportunidade a mais jogadores, treinadores e O facto de a seleção portuguesa ter sido a da Europa foram para prolongamento e em 17
adeptos de desfrutarem do EURO e embarcarem única a marcar golos durante o prolongamento ocasiões não foi marcado nenhum golo. Como
nesta montanha-russa de emoções. As equipas alimentou ainda mais o debate sobre um tal, impõe-se a pergunta: vale a pena jogar o
não perderam tempo a saudar a atmosfera tema que surgiu durante a UEFA Champions prolongamento?
nos dez estádios espalhados por França, com o League de 2015/16, cuja final também chegou Este relatório técnico tenta responder a esta
número total de espetadores a chegar aos ao prolongamento e foi decidida nas grandes e outras perguntas. Acompanhado por material
2 427 303. penalidades. Na nossa reunião em Paris, no digital sobre o evento, o relatório visa fornecer
Dentro das quatro linhas, o UEFA EURO 2016 dia seguinte à final do UEFA EURO 2016, Sir um registo permanente e relevante da primeira
constituiu uma oportunidade excecional para Alex Ferguson resumiu o debate de forma fase final com 24 equipas, a partir da perspetiva
as nações menos cotadas realizarem percursos bastante simples dizendo que, por um lado, dos treinadores. Com base nas reações dos
inusitados, com os adeptos da Islândia e do o prolongamento suscita muitas emoções; observadores técnicos da UEFA, o presente
País de Gales a apoiarem as suas seleções mas, por outro, perguntou se seria justo para relatório oferece análises, reflexões e pontos
até aos quartos-de-final e às meias-finais, os jogadores portugueses disputarem três para discussão que esperamos sejam úteis para
respetivamente. E, obviamente, o torneio prolongamentos depois de uma época em que treinadores ativos ao nível de desenvolvimento
teve um final inesperado. Depois de não ter muitos deles jogaram quase 70 jogos. do jogo, ajudando-os a trabalharem as
conseguido arrecadar nenhuma vitória em três O golo de Éder foi o primeiro marcado num competências e qualidades que serão exigidas
jogos da fase de grupos, poucos apostariam que prolongamento de 30 minutos desde que a aos futebolistas de elite do futuro.
Portugal erguesse o troféu pela primeira vez, União Soviética venceu a primeira final do Os observadores técnicos da UEFA em França (da
esquerda para a direita): Ginés Meléndez, Peter
sobretudo tendo em conta que, para tal, teria de Campeonato da Europa, com um tento de Ioan Lupescu Rudbæk, Jean-Paul Brigger, Gareth Southgate,
derrotar a França, na final no Stade de France. Viktor Ponedelnik contra a Jugoslávia ao Diretor Técnico da UEFA Thomas Schaaf, Ioan Lupescu, Sir Alex Ferguson,
David Moyes, Savo Milošević, Packie Bonner, Mixu
Paatelainen, Jean-François Domergue e Alain Giresse

4 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 INTRODUÇÃO 5


Caminho
até à final
A seleção anfitriã francesa esteve à altura do
desafio, mas com mais equipas houve mais
surpresas e enquanto a Espanha, campeã em
título, vacilou, Portugal agarrou a oportunidade
de erguer o troféu
GRUPO A grande penalidade que lhe permitiu empatar 1-1
frente à Suíça no Parque dos Príncipes. Contudo,
Dimitri Payet dá o mote para a França
Iordănescu esperava mais. “Controlámos a
bola e o jogo durante algum tempo”, referiu.
“Há uma grande paixão e entusiasmo em “Tivemos oportunidades que desperdiçámos.
torno da seleção nacional e os jogadores estão Disse aos jogadores para irem à procura do
cientes disso. Não é fácil de gerir mentalmente.” segundo golo e defenderem o resultado, mas
Estas palavras do selecionador francês Didier não conseguimos.” Apesar de ter tido mais
Deschamps poderiam aplicar-se perfeitamente posse de bola (62% contra 38%) e ter feito uma
a um grupo tenso no qual a seleção anfitriã, pressão constante na segunda parte, a Suíça não
apesar de ter acabado por confirmar o foi além do empate, graças a um espetacular
favoritismo, foi obrigada a lutar por cada remate de pé esquerdo do médio Admir
ponto. Os seis jogos tiveram apenas nove golos, Mehmedi, ao minuto 57.
com três dos quatro golos franceses a serem Vladimir Petković tinha realçado a importância
marcados após o minuto 88. dos aspetos psicológicos do primeiro jogo da
Inicialmente, Deschamps apostou num 1-4-3-3 Suíça contra a estreante Albânia. “Controlámos
com Dimitri Payet a jogar nas costas de Olivier melhor as emoções”, referiu, “e canalizámos a
Giroud e Antoine Griezmann. Foi precisamente ansiedade de forma bastante positiva.” A Suíça
Giroud que, após um cruzamento de Payet, abriu teve um início perfeito com o central Fabian
de cabeça o marcador na segunda parte do jogo Schär a cabecear para golo no seguimento
inaugural. Contudo, a Roménia viria a empatar de um canto, aos 5 minutos de jogo. As coisas
oito minutos mais tarde, graças a uma grande ficaram ainda mais complicadas para a Albânia
penalidade convertida por Bogdan Stancu. Com quando o capitão Lorik Cana foi expulso a nove
o 1-4-2-3-1 inicial de Anghel Iordănescu a dar minutos do intervalo. Com uma boa exibição de
Gareth Bale marca pelo País
lentamente lugar a um 1-4-5-1 mais defensivo, Etrit Berisha entre os postes, a equipa de Gianni de Gales contra a Eslováquia
a França só na segunda parte conseguiu fazer De Biasi recusou render-se, mas acabou por não
o primeiro remate na direção da baliza. Mas, conseguir responder ao golo inicial.
quando a frustração se apoderava das hostes Contra a França, a Albânia também vendeu
francesas, Payet garantiu os três pontos para cara a derrota. Deschamps mudou para um
a França com um indefensável remate de pé
esquerdo de fora da área, ao minuto 89.
1-4-3-2-1 com Kingsley Coman e Anthony Martial
nas alas e Payet no apoio ao único ponta-de-
quando Griezmann, que tinha saltado do banco,
cabeceou para golo um cruzamento da direita
GRUPO B "O País de Gales
Gareth Bale leva o País de Gales
No segundo jogo, a Roménia manteve intactas lança Giroud. Ao intervalo, o selecionador francês e já decorria o sexto minuto de compensação
as esperanças de qualificação, graças a mais uma mudou para um 1-4-3-3, mas isso não abalou a quando Payet fez o segundo golo e carimbou a
até aos oitavos-de-final ultrapassou a Inglaterra
determinação defensiva do 1-4-5-1 albanês, que passagem da França para os oitavos-de-final. e, contra todos os
continuou a desferir rápidos contra-ataques. O Contudo, só na última jornada da fase de Tal como no Grupo A, uma combinação de
encontro caminhava a passos largos para o final grupos ficaria definida a classificação final poucos golos, golos tardios e jogadas de bola
prognósticos antes do
das equipas. Em Lille, Deschamps decidiu dar parada ditaram a classificação final do Grupo B. torneio, os galeses
descanso ao influente N’Golo Kanté e colocar O selecionador inglês Roy Hodgson expressou um
Yohan Cabaye no meio campo. Mas esta e outras sentimento de “frustração e desilusão”, enquanto
celebraram um histórico
alterações na equipa inicial não implicaram a o seu homólogo russo Leonid Slutski disse primeiro lugar na fase
alteração do 1-4-3-3. Ao contrário do que é “Gostaria de pedir desculpas aos adeptos russos
habitual, a França teve apenas 42% de posse pelas nossas exibições” e “tivemos tempo para
de grupos"
de bola num jogo que registou apenas quatro selecionar e preparar os jogadores; na realidade,
remates na direção da baliza – todos realizados a culpa é minha”. de jogo e o sistema no meio campo.”
por jogadores franceses, aos quais Yann Sommer No jogo inaugural, pese embora tenha estado Os golos de Vladimír Weiss e Marek Hamšík
respondeu sempre bem e com tranquilidade. Ao sempre sob pressão inglesa e tenha ficado em ajudaram a Eslováquia esquecer a derrota por
mesmo tempo que França e Suíça empatavam desvantagem graças a um livre direto bem 2-1 na primeira partida frente ao País de Gales.
a zero, Roménia e Albânia mediam forças num batido por Eric Dier, a Rússia conseguiu salvar Depois de sofrer um golo de Gareth Bale na
jogo com 30 remates, mas apenas um golo. A um ponto quando o central Vasili Berezutski marcação de um livre direto, a equipa de Ján
dois minutos do intervalo, no seguimento de um cabeceou para o fundo das redes aos 90+2. Foi Kozák conseguiu chegar ao empate através
lançamento lateral de Andi Lila, Ledian Memushj apenas o segundo remate da Rússia à baliza em do suplente Ondrej Duda. Contudo, quando
cruzou da direita e, ao segundo poste, o avançado todo o encontro. Contra a Eslováquia, a Rússia pressionava em busca do golo da vitória, o
Armando Sadiku cabeceou para o fundo das tentou repetir a mesma fórmula nos minutos suplente galês Hal Robson-Kanu rematou para o
redes. A pressão da Roménia não produziu frutos finais, mas não conseguiu evitar a derrota. O golo fundo das redes aos 81 minutos e arrecadou os
e os comandados de Iordănescu foram para casa aos 80 minutos do suplente Denis Glushakov três pontos para o País de Gales.
sem que tivessem conseguido marcar um golo foi insuficiente para a Rússia recuperar da Com apenas um ponto em dois jogos, a Rússia
num lance de jogo corrido. A Albânia registou desvantagem de dois golos com que foi para o jogou a sua última cartada contra os galeses em
uma vitória histórica mas, no cômputo final, intervalo, depois de Igor Akinfeev ter sido batido Toulouse. Apesar de introduzir quatro alterações
os três pontos e uma diferença de dois golos duas vezes, com dois excelentes remates de pé na equipa inicial, Slutski manteve-se fiel ao
Os defesas romenos
assistem ao remate negativos não foram suficientes para passar direito, que entraram no lado esquerdo da sua seu 1-4-2-3-1. Mas uma equipa desanimada
de Dimitri Payet que
à próxima fase, num grupo inesperadamente baliza. “Depois de ficarmos em desvantagem”, deixou que o País de Gales jogasse entre linhas
deu a vitória à França
competitivo. referiu Slutski, “tivemos de alterar o nosso plano e libertasse Bale para as suas tradicionais

8 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 9


investidas a alta velocidade contra a defensiva
contrária. Estas fragilidades e as perdas de bola
em zonas cruciais resultaram numa contundente
derrota por 3-0, no pedido de desculpas de Slutski
e num prematuro regresso a casa para os russos.
“Estivemos mal; merecemos perder; jogámos mal “Para as seleções que estão cá
em todos os aspetos”, foi o seu veredito. “Depois
de uma prestação deste género, é necessário que
pela primeira vez, este é o
outra pessoa assuma o comando.” torneio das suas vidas. Lutam
A sublime finalização de Bale frente a Akinfeev
colocou o galês no topo dos melhores marcadores
até ao fim, defendem com dez
do Europeu, depois de já ter marcado um golo jogadores e esperam pelas
de livre direto frente à Eslováquia e também ter
batido Joe Hart, inaugurando o marcador contra
suas oportunidades”
a Inglaterra a três minutos do intervalo. Isso
ameaça constante, mas que deu mais nas equipa, mas um pouco preocupado pelo facto
fez com que, no reinício do encontro, Hodgson
vistas pelo seu contributo em prol do esforço de os 66% de posse de bola – mais do que
lançasse em campo Daniel Sturridge e Jamie
coletivo do que pela eficiência em frente à qualquer outra equipa no torneio – não se
Vardy para os lugares de Raheem Sterling e Harry
baliza adversária. Adam Nawalka elogiou a traduzirem em golos, Löw fez alinhar Mario
Kane. Onze minutos volvidos, a sua aposta deu
disciplina e inteligência tática da sua equipa, Gomez, apostando num “verdadeiro nove
resultado quando Vardy aproveitou um mau alívio
depois da vitória por 1-0 frente à Irlanda do em vez de um falso nove” contra a Irlanda
de cabeça do capitão galês, Ashley Williams, para
Norte e do 0-0 contra a Alemanha. “Demos do Norte, no último jogo do grupo. Após
fazer o empate. Uma vez mais, já passavam dois
intencionalmente a iniciativa a Alemanha, para o empate com a Polónia, o selecionador
minutos dos 90 quando Sturridge marcou o golo
termos espaço para sairmos no contra-ataque”, alemão admitiu que os campeões do mundo
da vitória.
referiu. Muito embora o 1-4-2-3-1 inicial de “simplesmente não se conseguiram impor no
Hodgson fez seis alterações na equipa inicial
Nawalka tenha evoluído para um 1-4-1-4-1, jogo” e “tinham de atacar melhor”. Porém,
para o último jogo contra a Eslováquia, mas Daniel Sturridge celebra o
a sua equipa continuou a jogar em contra- não ficou surpreendido com o escasso número
manteve-se fiel ao seu 4-3-3. Tal como nos golo da vitória da Inglaterra
contra o País de Gales ataque e conseguiu uma vitória por 1-0 frente à de golos marcados. “Para as seleções que
dois jogos anteriores, a Inglaterra dominou a
Ucrânia no último jogo do grupo, apesar de ter estão cá pela primeira vez, este é o torneio
posse de bola, fez 28 remates à baliza contra 5
tido apenas 36% de posse de bola. das suas vidas. Lutam até ao fim, defendem
da Eslováquia e beneficiou de 11 pontapés de
Joachim Löw usou a fase de grupos para com dez jogadores e esperam pelas suas
canto face a nenhum da Eslováquia. Contudo,
fazer experiências na equipa, mas sem fugir ao oportunidades. A fase de grupos é sempre
a Inglaterra não conseguiu materializar esse
seu modelo de eleição: o 1-4-2-3-1. Satisfeito muito fechada, mas na fase a eliminar os
domínio no marcador. Apenas cinco dos remates
acertaram no alvo e, apesar das muitas trocas de
GRUPO C flancos. Contudo, depois de sofrer um golo na
marcação de um livre, a Ucrânia permitiu que a
com as transições defesa-ataque da sua jogos serão mais abertos”, referiu Löw.
Campeões mundiais confirmam o favoritismo
bola, escassearam as penetrações dos jogadores Alemanha fizesse o 2-0, no seguimento de um
ingleses no último terço do terreno de jogo. A contra-ataque exemplar após um canto a favor
Eslováquia foi recuando cada vez mais com os Para a Alemanha e a Polónia, o aspeto positivo dos ucranianos.
extremos eslovacos a acompanharem as subidas foi não sofrerem nenhum golo; para a Ucrânia, O segundo jogo contra a Irlanda do Norte em
dos laterais ingleses e apostou em contra-ataques o aspeto negativo foi não marcar nenhum. Lyon foi, sem dúvida alguma, a partida chave
rápidos com base em lançamentos longos do Para a Irlanda do Norte, a qualificação para do grupo. Fomenko fez apenas uma mudança
guarda-redes ou nos passes dos centrais para os os oitavos-de-final foi um excelente prémio na equipa inicial (trocou de ponta-de-lança) e,
espaços vazios. para uma equipa que, segundo as palavras do ao contrário do jogo com a Alemanha, a sua
A resistência defensiva da Eslováquia valeu- selecionador Michael O’Neill após a derrota equipa teve 66% de posse de bola. No entanto,
lhe um ponto que lhe deu o terceiro lugar e a por 1-0 frente à Alemanha: “aguentou-se e faltou-lhe acutilância e, uma vez mais, permitiu
passagem aos oitavos-de-final. Ao não vencer defendeu muito bem”. “Não temos nenhum que a equipa adversária ganhasse vantagem
a Eslováquia, a Inglaterra deixou-se ultrapassar jogador na nossa equipa com experiência na marcação de um livre, no início da segunda
pelos comandados de Chris Coleman e, contra na alta roda do futebol europeu”, referiu, ao parte. Apostando numa defesa recuada em
todos os prognósticos antes do torneio, os galeses mesmo tempo que reconheceu que o espírito 1-5-4-1 ou 1-4-5-1, a equipa de O’Neill teve
celebraram um histórico primeiro lugar na fase de equipa tinha sido um fator determinante. a bola apenas durante 18 minutos, mas
de grupos. Pela negativa, destaque para uma equipa conseguiu matar o jogo quando os ucranianos,
ucraniana com muito mais experiência. O tal como já tinha acontecido contra a
médio Ruslan Rotan, o homem do jogo para Alemanha, perderam a concentração durante
a UEFA na vitória da Polónia por 1-0 frente o período de descontos e permitiram que o
à Ucrânia, admitiu que “temos de trabalhar suplente Niall McGinn dilatasse a vantagem
a nível psicológico. Talvez não tenhamos a irlandesa, já depois de Gareth McAuley ter
mentalidade certa.” O jogo inaugural contra aberto o marcador com um cabeceamento. O
a seleção campeã mundial em título testou resultado fez com que a equipa de Fomenko
ao máximo a mentalidade ucraniana. Mikhailo fosse a primeira a ser eliminada deste Europeu.
Fomenko optou por jogar num 1-4-2-3-1 mas, Entretanto, a Polónia tinha impressionado.
com apenas 37% de posse de bola, a equipa Mas, tal como muitas outras equipas, estava
Jakub B łaszczykowski, o acabou por defender em 1-4-4-1-1, desferindo a ganhar, mas não de forma contundente. Mesut Özil abre caminho
herói e homem golo polaco através da preenchida
esporádicos e perigosos contra-ataques pelos Prova disso foi Robert Lewandowski, uma defesa da Irlanda do Norte

10 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 11


O golo vitorioso e ao cair do
pano de Ivan Perišić contra a
Espanha garantiu à Croácia o GRUPO E que permitiu a Graziano Pellè estabelecer o 2-0
final já em tempo de descontos, com um remate
com Wes Hoolahan a colocar a República da
Irlanda em vantagem, antes de Ciaran Clark
primeiro lugar do Grupo D Alegria irlandesa premiada com
à meia volta. Pela negativa, a derrota gerou dar o empate à Suécia, ao marcar um golo
lugar nos oitavos-de-final
um período de angústia e apreensão para Marc na própria baliza. Para o segundo jogo frente
Wilmots e a sua equipa. a uma equipa belga bastante motivada,
O Grupo E apresentou 3 das 15 equipas que A Itália apresentou-se como uma unidade Martin O’Neill mudou para um 1-4-2-3-1 e
terminaram com mais pontos do que golos – bem organizada e coesa na qual todos os admitiu que “o primeiro golo deles foi de uma
incluindo a Itália que, à semelhança de todos elementos mostraram uma grande disciplina importância crucial e resultou de um lance
os outros vencedores dos grupos, ganhou o seu defensiva. O jogo ofensivo era canalizado ofensivo nosso. Quando fomos em busca
primeiro jogo. Além disso, essa vitória foi contra pelo ponta-de-lança Pellè ou pelos laterais do prejuízo, fomos apanhados em contrapé
um adversário que, segundo a classificação da Matteo Darmian e Antonio Candreva. A equipa algumas vezes...” Uma vitória contundente
FIFA, seria aparentemente o mais complicado. de Conte anulou tão bem o estilo de jogo por 3-0, com dois golos do avançado Romelu
Antonio Conte, o único treinador a apostar rendilhado do seu adversário, que jogadores Lukaku, voltou a colocar os comandados de
preferencialmente num 1-3-5-2, atribuiu o que, normalmente, são muito influentes não Wilmots no bom caminho, mas obrigou a
triunfo por 2-0 frente à Bélgica “ao ambiente conseguiram deixar a sua marca no jogo. Irlanda a conquistar pontos frente à Itália
muito bom na equipa”. As entradas dos médios Este embate inicial entre as duas seleções para continuar em prova.
italianos, sobretudo Emanuel Giaccherini, nas favoritas do grupo deu oportunidade à Suécia Já os italianos bateram a Suécia por 1-0
costas da defesa belga foram uma ameaça e à República da Irlanda de se destacarem na ao cair do pano, um resultado que beneficiou
constante. Aliás, foi o médio do Bolonha que frente do grupo. Mas, com dois 1-4-4-2 clássicos a República da Irlanda. Num encontro muito
rasgou a defesa belga com um contra-ataque em confronto, o jogo terminou num empate equilibrado e disputado em Toulouse, Éder

GRUPO D alterações no onze e passou para um


1-4-2-3-1, com o promissor Emre Mor a
passar à fase seguinte viriam a cair por terra
após a derrota por 2-0 frente à Turquia.
Croácia aproveita erros espanhóis
começar a extremo direito. No seguimento de Com Modrić a assumir a batuta no meio-
um cruzamento atrasado de Mor, Burak Yilmaz campo, no 1-4-2-3-1 de Ante Čačić, a Croácia
No Grupo D, assistiu-se a uma verdadeira marcou o primeiro golo da equipa no torneio e, tinha produzido um futebol ofensivo e atrativo
montanha russa com a República Checa (que depois, Ozan Tufan fez o segundo na cobrança com Ivan Perišić a desequilibrar na esquerda e
chegou aos quartos-de-final em 2012) e a de um livre direto. Com os quatro golos sofridos Ivan Rakitić nas costas do ponta-de-lança Mario
Turquia (semifinalista em 2008) a regressarem anteriormente, esta vitória por 2-0 não foi Mandžukić. Juntamente com Modrić, este último
a casa mais cedo do que desejavam e a Espanha suficiente para a Turquia evitar a eliminação foi um dos cinco jogadores poupados no último
(em busca de se sagrar campeã pela terceira devido à diferença de golos. jogo contra a Espanha, que, por seu turno,
vez consecutiva) a falhar o primeiro lugar do Este resultado também significou a tinha exibido a sua melhor faceta na vitória
grupo. Foi difícil identificar padrões num grupo eliminação da República Checa. No primeiro por 3-0 frente à Turquia, com boas jogadas de
que só ficou decidido nos instantes finais. jogo frente à Espanha, o treinador checo Pavel envolvência na origem dos segundo e terceiro
A Turquia iniciou a sua campanha com uma Vrba admitiu que Petr Čech tinha mantido a golos da autoria de Nolito e Álvaro Morata,
derrota por 1-0 às mãos da Croácia. O único equipa viva até aos 87 minutos. Com 67% de respetivamente.
golo surgiu num remate de primeira de longe posse de bola, a Espanha acabou por arrecadar A Espanha parecia estar embalada para
de Modric, após um mau alívio de um pontapé os três pontos graças a um cabeceamento mais uma vitória quando Morata inaugurou
de canto. Apesar de ter perdido pela margem vitorioso do central Gerard Piqué, após um o marcador aos sete minutos do último jogo.
mínima, Fatith Terim ficou desagradado com cruzamento da esquerda. No segundo jogo, No entanto, apesar de a equipa de Vicente
a exibição: “Pensava que teríamos mais posse Vrba ficou exasperado pelas perdas de bola del Bosque ter tido 60% de posse de bola,
de bola. Não esperava que recuássemos tanto que permitiram que a Croácia ganhasse uma os croatas contrariaram o ímpeto espanhol.
na segunda parte ou perdêssemos a bola tão vantagem de dois golos. Vrba confessou: Primeiro, Nikola Kalinić empatou em cima do
Robbie Brady marca de cabeça
facilmente. Temos de correr e lutar mais. E os “Ao intervalo, disse aos jogadores que, se intervalo e, apenas a três minutos do fim, Perišić
o golo da vitória da República
nossos melhores jogadores têm de aparecer.” não queriam jogar futebol, não tinham lugar aproveitou um lapso de concentração da equipa da Irlanda frente à Itália
O seu descontentamento aumentou ainda mais no torneio.” Os jogadores reagiram e Milan espanhola para entrar pela esquerda e desferir
após uma nova derrota, desta vez, contra a Škoda (que tinha saído do banco) reduziu um remate que passou entre David de Gea e
Espanha e por uns esclarecedores 3-0. “Esta a desvantagem de cabeça. Depois, após os o poste. A reviravolta no marcador – apenas
noite vi uma equipa que não gosto”, disse no croatas terem perdido a concentração devido a segunda da fase de grupos – garantiu o
"A intensidade e ímpeto irlandeses foram
final do jogo. “Uma equipa que desiste e aos petardos lançados para o terreno de jogo primeiro lugar do grupo à Croácia e condenou a recompensados com o cabeceamento de Robbie
aceita a derrota.” pelos seus próprios adeptos, a República Checa Espanha a uma reedição da final de 2012 frente
Depois de ter apresentado um 1-4-3-3 nos conseguiu chegar ao empate através de uma à Itália. “Tínhamos o jogo controlado”, afirmou
Brady. Martin O’Neill tinha acertado nas alterações
dois primeiros jogos, para o derradeiro encontro grande penalidade, já em cima do final do Del Bosque, “e este não era o caminho que efetuadas e os quatro pontos permitiram a
contra a República Checa, Terim efetuou três encontro. Contudo, as esperanças checas de queríamos seguir.”
qualificação para a fase seguinte"

12 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 13


fez o único golo da partida aos 88 minutos, Os adeptos e jogadores da
Islândia celebram a vitória
após uma jogada individual. Com seis pontos histórica contra a Áustria
amealhados, Conte decidiu fazer oito alterações
para o terceiro e último jogo da fase de
grupos. Apesar de um onze transfigurado, a
Itália ainda teve mais posse de bola do que
a equipa adversária, desta vez num jogo no
qual, segundo Conte “houve muitas segundas
bolas, lances de contacto e bolas divididas”.
A intensidade e ímpeto irlandeses foram
recompensados quando Robbie Brady cabeceou
para golo um cruzamento da direita aos 85
minutos. O’Neill apostou com sucesso num
nova sistema tático (1-4-1-4-1) para contrariar
o trio defensivo da Itália e, com quatro pontos, Islândia tinha sido mais eficaz na marcação de
a República da Irlanda qualificou-se para a uma grande penalidade que lhe permitiu ganhar
próxima fase. vantagem sobre a Hungria, mas os islandeses
deixaram a vitória fugir ao marcarem um golo
na própria baliza aos 88 minutos. Com estes
resultados, todas as equipas ainda tinham
"Eles tinham de se abrir aspirações a seguir em frente à entrada para a
e foi por isso que última jornada do grupo.
Com alguma surpresa, a Áustria ficou no último
defendemos mais atrás. lugar. Koller começou num 1-3-5-2, subindo
Quando uma equipa se os seus laterais para o meio-campo. Mas, após
sofrer um golo madrugador no seguimento
abre contra nós, corre o de um lançamento lateral da direita do ataque
risco de ser castigada” islandês e após falhar uma grande penalidade,
Koller fez duas alterações ao intervalo, colocando
Já a Suécia foi eliminada. A equipa de Erik David Alaba na posição de médio defensivo e
Hamrén apostou no tradicional 1-4-4-2 sueco, passando a jogar em 1-4-2-3-1. A recompensa
bastante coordenado e disciplinado, com um chegou ao minuto 60 com o empate da autoria do
movimento coletivo bem oleado e transições suplente Alessandro Schöpf, que soube a pouco
rápidas em ambas as direções. Contudo, o facto tendo em conta a constante pressão austríaca.
de nenhum jogador sueco ter marcado um Muitas vezes, os ataques austríacos terminavam
golo neste Europeu é um aspeto sintomático à entrada da grande área islandesa ou os remates
das dificuldades que os suecos sentiram no eram heroicamente intercetados pelos islandeses.
último terço do terreno de jogo, apesar dos Quando o encontro se aproximava do fim e o
esforços de Zlatan Ibrahimović, que disputou o
seu último torneio ao serviço da seleção. “Os
GRUPO F demasiadas vezes.” Ádám Szalai inaugurou o
marcador aos 62 minutos, após uma jogada de
golo austríaco parecia inevitável, os islandeses
mataram o jogo. A Áustria lançou-se com tudo ao
Islândia brilha
nossos dois últimos jogos não foram muito envolvência. E, a três minutos do final do jogo, o ataque, descurou a defesa e, após uma enorme
maus”, lamentou Hamrén, “mas, infelizmente, suplente Zoltán Stieber isolou-se e picou a bola correria de Elmar Bjarnason pelo flanco direito, o
não aproveitámos as nossas oportunidades.” A Os nove tentos marcados na última jornada sobre o guarda-redes. suplente Arni Traustason encostou para o fundo
Bélgica chegou à vitória ao minuto 84, com um do Grupo E fizeram com que este grupo fosse Com este resultado, a Hungria assumiu da baliza ao segundo poste, desencadeando
espetacular remate de fora da área de Radja o mais concretizador do Europeu. Contudo, os inesperadamente o comando do grupo à frente os festejos desenfreados dos islandeses e
Nainggolan, após um passe atrasado de Eden quatro jogos anteriores tinham rendido apenas de Portugal que – apesar de ter tido 66% de provocando o desespero nas hostes austríacas.
Hazard. Wilmots referiu: “Eles tiveram de se seis golos e quatro dos seis jogos terminaram posse de bola e 27 remates à baliza contra Entretanto, Portugal e a Hungria disputaram
abrir e foi por isso que defendemos mais atrás. empatados. Os únicos jogos que tiveram um quatro da Islândia – não conseguiu conservar um jogo louco em Lyon. Fernando Santos
Quando uma equipa se abre contra nós, corre resultado diferente foram as derrotas da Áustria, o 1-0 e permitiu o golo do empate no início da montou um 1-4-4-2 com William Carvalho e
o risco de ser castigada.” Foi o epitáfio de um que condenaram a equipa de Marcel Koller a segunda parte, com Birkir Bjarnason a desviar João Moutinho no meio de um meio campo em
grupo no qual as equipas raramente se sentiram uma eliminação precoce. Por seu turno, a Islândia ao segundo poste um cruzamento da direita. losango. Com o jogo empatado a um golo ao
obrigadas a atacar e expor-se aos contra- assinalou com chave de ouro a sua estreia na fase Fernando Santos apostou num 1-4-4-2 com intervalo, o selecionador português fez entrar
ataques adversários. final de um Europeu ao conseguir chegar invicta Nani a fazer companhia a Cristiano Ronaldo na Renato Sanches para o lugar de Moutinho e
aos oitavos-de-final. frente, passando depois para um 1-4-3-3 com mudou para uma linha de quatro no meio campo.
O destino da Áustria começou a ser traçado a introdução do extremo Ricardo Quaresma. Contudo, a Hungria – que fez três golos no
com uma derrota frente à Hungria no primeiro Tendo em conta todo o potencial ofensivo de seguimento de um canto e dois livres diretos –
jogo que, segundo o selecionador húngaro Portugal, a equipa demorou a encontrar o esteve sempre na frente do marcador. Felizmente
Bern Storck, “não poderia ter jogado melhor”. caminho da baliza. A história voltaria a repetir-se para Portugal, Ronaldo reencontrou finalmente
Apostando num 1-4-2-3-1 frente ao compacto no empate a zero contra a Áustria, com Portugal a sua veia goleadora e bisou, garantindo um
1-4-1-4-1 húngaro, o selecionador austríaco a ter um domínio esmagador da posse de bola, empate a três golos que foi suficiente para
Zlatan Ibrahimović não disse: “Começámos bem o jogo mas, com o a desferir 23 remates à baliza face aos três da Portugal avançar para a próxima fase, apesar
conseguiu impedir a
eliminação prematura passar do tempo, perdemos a concentração. equipa adversária e Ronaldo a rematar uma de a seleção não ter ganho qualquer jogo e ter
da Suécia Desorganizámo-nos e perdemos a bola grande penalidade ao poste. Três horas antes, a terminado atrás da Hungria e da Islândia.

14 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 15


OITAVOS-DE-FINAL Os jogadores polacos correm para
Grandes penalidades, livres, lançamentos celebrar o penalti vencedor de
Grzegorz Krychowiak contra a Suíça
laterais, contra-ataques, golos na própria baliza,
pontapés de bicicleta, demissões... os oitavos-
de-final tiveram de tudo para todos os gostos
Porém, a previsão de Joachim Löw de que a
fase a eliminar traria “jogos mais abertos”
levou algum tempo a confirmar-se.

Suíça 1-1 Polónia


(a. p.; Polónia vence 5-4 nas grandes
penalidades) França 2-1 República da Irlanda
Em Saint-Étienne, no encontro entre a Suíça e a No dia seguinte, em Lyon, não foi preciso
Polónia, foi preciso esperar mais de duas horas esperar muito tempo para ver o primeiro golo.
para conhecer a primeira equipa qualificada para Estavam jogados apenas dois minutos quando
os quartos-de-final. As equipas entraram em a grande penalidade convertida por Robbie
campo com um esquema semelhante Brady colocou a República da Irlanda na frente
(1-4-2-3-1) e o primeiro golo surgiu num lance do marcador frente à seleção da casa. Em
de contra-ataque. O guarda-redes polaco Łukasz vantagem, a equipa de Martin O’Neill apostou
Fabiański fez um lançamento a 40 metros num 1-4-1-4-1 defensivo, mas sem deixar
que originou rapidamente um cruzamento da de sair no contra-ataque e provocar alguns
esquerda do ataque, com a bola a atravessar calafrios à defesa francesa. Contudo, Didier
toda a área antes de ir parar aos pés de Jakub Deschamps fez uma inteligente alteração
Błaszczykowski, que finalizou com classe. A tática ao intervalo, colocando em campo o
Suíça tinha ainda 51 minutos para reagir mas, extremo Kingsley Coman no lugar do trinco
muito embora tenha dominado a posse de bola N’Golo Kanté. Em pouco mais de 15 minutos,
e assumido por completo o controlo do jogo, só Antoine Griezmann marcou dois golos na
conseguiu chegar à igualdade a oito minutos sequência de um cruzamento e de um passe
dos 90. O jogo foi para prolongamento e parecia a rasgar a defesa. Após a expulsão de Shane
que o fabuloso pontapé de bicicleta de Xherdan Duffy, os extenuados jogadores irlandeses – que
Shaqiri tinha dado vantagem psicológica à Suíça. tinham tido menos três dias de descanso e
Porém, apesar de estarem na mó de cima e recuperação do que os franceses – ficaram com
terem realizado um total de 29 remates, os o destino traçado.
suíços não conseguiram marcar outro golo. Nas
grandes penalidades, o único que falhou foi o País de Gales 1-0 Irlanda do Norte Croácia 0-1 Portugal A entrada de Kingsley
suíço Granit Xhaka e a Polónia avançou para os No Parque dos Príncipes, as seleções do País (a.p.) Coman mudou o jogo
para a França contra a
quartos-de-final. de Gales e da Irlanda do Norte fizeram ouvidos Algumas horas mais tarde, em Lens, assistir-se-ia a
República da Irlanda
moucos às previsões de Löw. Tal como o mais um desfecho dramático. A Croácia (vencedora
diretor técnico Ioan Lupescu observou: “Foi do Grupo D graças à vitória sobre a Espanha)
Ashley Williams um jogo tipicamente britânico, com muita enfrentou a seleção portuguesa, que ainda não
ganha nas alturas a
Kyle Lafferty entrega e bravura por parte dos jogadores.” tinha ganho nenhum jogo. Fernando Santos
A formação de Michael O’Neill apresentou-se introduziu bastantes alterações no onze inicial,
em 1-3-5-2, enquanto o País de Gales apostou incluindo a inclusão de Adrien Silva para vigiar
num 1-3-4-2-1. Com vantagem numérica no Luka Modrić. No entanto, o maestro croata realizou
meio-campo, a Irlanda do Norte conseguiu mais uma excelente exibição, mas, com Portugal
neutralizar Aaron Ramsey e Gareth Bale e só ao preocupado em defender bem, os 90 minutos
minuto 75 é que este último fugiu à marcação, chegaram ao fim sem que nenhuma equipa tivesse
fez uma arrancada pela esquerda e realizou efetuado um remate enquadrado com a baliza.
um cruzamento rasteiro que foi desviado para Contudo, Fernando Santos tinha feito aquilo que
a própria baliza pelo central Gareth McAuley. Gareth Southgate, observador técnico da UEFA,
O’Neill mudou imediatamente para um 1-3-4-3 considerou uma “mudança tática crucial”, lançando
como medida de último recurso mas, após a em campo Renato Sanches aos 50 minutos “para
crueldade das grandes penalidades no primeiro dar mais energia e ímpeto à equipa, ao mesmo
jogo do dia, a segunda partida viria a ser tempo que manteve a estabilidade defensiva”. A
decidida pela crueldade de um autogolo. Croácia tinha controlado tranquilamente a maior Luka Modrić esconde
parte do jogo, mas foi apanhada em contrapé num a bola de Adrien Silva

rápido contra-ataque de Portugal a três minutos


do fim do prolongamento. Depois de a bola lhe
ter sido endossado da esquerda, Ronaldo alvejou
a baliza, o guarda-redes croata ainda defendeu
o primeiro remate mas, na recarga, Ricardo
Quaresma fez o golo de cabeça.

16 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 17


Inglaterra 1-2 Islândia ao trabalho desenvolvido pela equipa técnica.
Em Nice, o último jogo dos oitavos-de-final O sistema é simples, mas é executado na
teve outro desfecho inesperado. Uma vez perfeição, sendo prestada atenção ao mais
“A vitória foi um
mais, o primeiro golo resultou de um lance ínfimo detalhe.” Enquanto agradeceu os elogios, tributo ao trabalho
de bola parada. O penalti de Wayne Rooney Lars Lagerbäck, co-treinador da Islândia,
parecia confirmar o favoritismo dado à disse: “A profissão de treinador não é das mais
desenvolvido pela
Inglaterra. Porém, a Islândia chegou ao empate fáceis e uma das razões pelas quais estou aqui equipa técnica. O
dois minutos volvidos, no seguimento de sentado hoje são dois treinadores ingleses:
um característico longo lançamento lateral Roy Hodgson e Bob Houghton. Gostaria de
sistema é simples,
e, doze minutos mais tarde, numa jogada lhes manifestar o meu respeito.” A demissão mas foi executado
simples Kolbeinn Sigthórsson fez os islandeses imediata de Hodgson no estádio em Nice
sonharem com uma vitória, apesar de ainda culminou uma ronda que tinha proporcionado
na perfeição"
faltarem 72 minutos para o fim do encontro. alegria a algumas equipas e tinha sido cruel
Contudo, tal como o observador da UEFA Ginés para outras.
Meléndez afirmou: “A vitória foi um tributo

Ao contrário do que aconteceu


nos quartos-de-final de 2008 e
na final de 2012, a Espanha não
conseguiu ultrapassar a Itália

Alemanha 3-0 Eslováquia novamente um lance de bola parada que esteve


Uma vez mais, a Alemanha abriu o inaugurador na origem do primeiro golo do encontro logo
"A Alemanha realizou frente à Eslováquia, em Lille, num lance de aos 10 minutos. Contudo, quando a partida
uma exibição completa bola parada; um canto mal aliviado permitiu a entrou no último quarto de hora, os húngaros
Jérôme Boateng desferir um remate de longe ainda só perdiam por um golo e tinham
em toda a linha" de primeira. Este golo abriu caminho para uma realizado excelentes combinações pelas alas,
“exibição completa em toda a linha”, referiu cruzamentos e remates, que não surtiram
Southgate. Ao intervalo, a Eslováquia mudou efeito. Porém, quando a Hungria subiu no
para um meio-campo mais concentrado e terreno para realizar o assalto final à baliza
conseguiu jogar de forma mais compacta e adversária, a máquina de contra-ataque belga
exercer uma maior pressão sobre os principais começou a funcionar a todo o vapor e produziu
jogadores alemães. O conjunto de Ján Kozák três golos que deram contornos de goleada ao
lutou com coragem até ao fim, mas o 3-0 foi marcador.
um resultado inteiramente justo.
Itália 2-0 Espanha
Hungria 0-4 Bélgica Os dois jogos no dia seguinte proporcionaram
O selecionador húngaro Bernd Storck tinha duas das maiores surpresas do torneio.
mais razões para estar irritado após a derrota Primeiro, os campeões em título foram
por 4-0 frente à Bélgica, em Toulouse. Foi eliminados. A Itália entrou em campo
dominadora, pressionando alto e forçando
Os alemães Mats
Hummels e Eden Hazard os espanhóis a abdicarem do seu jogo de
Julian Draxler realizou uma passe curto e apostarem nos lançamentos
excelente exibição
contra a Hungria longos para os três avançados. O 1-3-5-2 deu
superioridade numérica aos italianos no meio-
campo, que conseguiram ocupar os espaços à
entrada e dentro da área espanhola durante
uma primeira parte que ficará para a história
como uma verdadeira lição tática. A equipa
de Vicente del Bosque procurou com coragem
o empate, mas acabou por sofrer o segundo
golo, num contra-ataque já ao cair do pano. O
tento de Graziano Pellè aos 90+1 colocou um
Alegria e desespero: A
ponto final nas esperanças dos espanhóis de
Islândia festeja enquanto
conquistarem pela terceira vez consecutiva o a Inglaterra é eliminada
Campeonato da Europa.

18 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 19


QUARTOS-DE-FINAL
A Alemanha leva a melhor num embate de gigantes, enquanto a França mostra o seu poderio

Polónia 1-1 Portugal País de Gales 3-1 Bélgica


(a. p.; Portugal vence 5-3 nas grandes Após a goleada infligida à Hungria, a Bélgica
penalidades) parecia estar preparada para repetir a dose
Quando os quartos-de-final começaram no contra o País de Gales quando inaugurou o
Stade Vélodrome em Marselha, a história marcador aos 13 minutos por intermédio de
viria a repetir-se. Contra a Polónia, Portugal um míssil de Radja Nainggolan. Contudo, na
continuou a apostar no contra-ataque, sem se marcação de um canto, o defesa Ashley Williams
preocupar em ter a posse de bola e dependendo surgiu isolado e fez o empate de cabeça.
da velocidade de João Mário e do dinamismo Como se este golo não tivesse sido já um
de Renato Sanches A Polónia apostou no jogo duro golpe psicológico, na segunda parte, Hal
direto para os avançados e nos ataques rápidos Robson-Kanu e Sam Vokes (que tinha entrado
pelos flancos. As equipas ainda estavam em para o lugar deste) deram o melhor seguimento
fase de estudo quando surgiu o primeiro golo a dois cruzamentos da direita e carimbaram a
do encontro. Um jogador polaco virou o jogo vitória do País de Gales, eliminado a equipa de
da direita para a esquerda com uma grande Marc Wilmots.
diagonal e, após um passe atrasado, Robert
Lewandowski fez o primeiro golo do torneio.
Em vantagem, os polacos recuaram no terreno.
Contudo, isso viria a sair-lhes caro, quando
Renato Sanches rematou de longe e fez o
empate, após uma boa combinação com Nani,
ao minuto 33. Jogaram-se mais 90 minutos
(ambas as equipas disputavam o segundo
prolongamento consecutivo) sem que fosse
marcado nenhum golo e a eliminatória ficou
decidida quando Rui Patrício defendeu a
quarta grande penalidade da Polónia e deu a
vitória por 5-3 ao conjunto comandado por
No sentido dos ponteiros do relógio
Fernando Santos. Manuel Neuer celebra a vitória da
Alemanha contra a Itália nas
Alemanha 1-1 Itália
(a. p.; Alemanha vence 6-5 nas grandes
grandes penalidades; o selecionador
francês Didier Deschamps; Hal
penalidades)
“Durante um desempate repleto de
emoções, sete dos 18 jogadores
Robson-Kanu num movimento ao
estilo de Cruyff antes de colocar o Considerado um embate de gigantes entre
País de Gales na frente do marcador
dois antigos campeões mundiais, o confronto
contra a Bélgica; os portugueses
Renato Sanches e Ricardo Quaresma entre a Alemanha e a Itália, em Bordéus, deu
(incluindo seis nos primeiros dez)
muita parra mas pouca uva, uma vez que falharam a grande penalidade. Os
em duas horas de uma intensa luta tática,
as equipas realizaram apenas seis remates
quatro falhanços italianos colocaram
enquadrados com a baliza, ou seja, um remate a Alemanha nas meias-finais”
a cada 20 minutos. O respeito da Alemanha
pela Itália ficou bem patente na alteração tática
implementada por Löw, que decidiu apostar no
mesmo esquema dos italianos: três centrais,
com Joshua Kimmich e Jonas Hector a jogarem França 5-2 Islândia
nas alas. Na sequência um passe atrasado No Stade de France, não houve espaço para
que desviou num jogador, Mesut Özil colocou surpresas. Ao intervalo, a França já vencia
a Alemanha em vantagem a meio da segunda por 4-0, graças aos erros pouco habituais
parte, mas Boateng jogou a bola com a mão na da linha defensiva subida da Islândia e às
grande área e a Itália empatou na conversão da combinações ofensivas de Olivier Giroud,
respetiva grande penalidade. Foi um presságio... Dimitri Payet e Griezmann. A bem dizer,
A mesma marca de penalti foi utilizada 18 vezes a Islândia marcou mais golos do que a
durante um desempate repleto de emoções, no França na segunda-parte mas, enquanto
qual sete jogadores (incluindo seis nos primeiros os jogadores islandeses se despediam
dez) falharam a grande penalidade. Os quatro dos seus 33 000 adeptos, os franceses já
falhanços italianos colocaram a Alemanha nas estavam a apontar baterias para a meia-
meias-finais. final contra a Alemanha.

20 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 CAMINHO ATÉ À FINAL 21


MEIAS-FINAIS
A França aproveitou as oportunidades que teve,
enquanto a Alemanha desperdiçou as suas e o incrível
percurso do País de Gales chegou finalmente ao fim

Alemanha 0-2 França


Enquanto a França celebrava a qualificação para
as meias-finais, os alemães tinham de lidar com
ausências de vulto em cada setor. A lesão de Mario
Gomez privou o conjunto de Löw de um ponto de
referência no ataque; a lesão de Sami Khedira obrigou
o selecionador alemão a apostar no inexperiente
Emre Can no meio-campo. E o castigo de Mats
Hummels levou a um reajustamento da linha
defensiva. Deschamps apostou no mesmo onze e
esquema tático (1-4-2-3-1) que tão bem tinha dado
conta de si frente à Islândia. Inicialmente, o plano
parecia estar a funcionar. A França realizou uma
pressão alta durante os primeiros 15 minutos e
ameaçou provocar estragos na remendada seleção
comandada por Löw. Mas, gradualmente, a Alemanha
foi tendo mais bola, controlando o ritmo de jogo,
iniciando as jogadas ofensivas a partir da retaguarda
e causando perigo pelo lado direito, onde Kimmich
e Özil estavam endiabrados. Mas os alemães não
conseguiram materializar em golos esse domínio.
E, já no tempo de descontos da primeira parte, foi a
França que inaugurou o marcador. A bola embateu na
mão de Bastian Schweinsteiger quando saltou com
Patrice Erva para lutar por uma bola alta e o árbitro
italiano apontou para a marca de grande penalidade.
Griezmann converteu o castigo máximo, fazendo com
que a França fosse em vantagem para o intervalo,
após ter estado à mercê da Alemanha.
O golo trouxe uma segunda parte mais equilibrada,
durante a qual três excelentes defesas de Hugo Lloris
e a lesão de Boateng aumentaram a frustração nas
hostes alemãs. Alguns minutos mais tarde, e após
Deschamps ter feito entrar Kanté para o lugar de
Payet numa tentativa de reforçar o meio-campo, Paul
Pogba ganhou a linha de fundo e cruzou para a área.
Manuel Neuer sacudiu a bola com uma palmada, mas
esta foi parar aos pés de Griezmann, que empurrou a
bola para o fundo da baliza. Löw colocou em campo
Mario Götze e Leroy Sané para os lugares dos médios
Can e Schweinsteiger, mas a Alemanha continuou a
Cristiano Ronaldo voa para
sentir dificuldades no último terço. A França tinha
dar vantagem a Portugal
carimbado a presença na “sua” final.

Portugal 2-0 País de Gales na marcação de um canto à maneira curta,


No dia anterior, já o conjunto de Fernando um cruzamento da esquerda deu a Ronaldo a
Santos tinha confirmado o favoritismo e tinha oportunidade de exibir os seus dotes de levitação
assegurado a passagem à final. Algo limitados e desferir um cabeceamento imparável. Depois,
pelas ausências de Ben Davies e Ramsey devido a quando o estádio ainda estava a festejar o
castigo, os galeses lutaram com coragem contra primeiro golo, o oportunista Nani desviou para o
um adversário preparado para ficar à defesa, fundo das redes um remate de longe de Ronaldo.
incentivar a outra equipa a atacar e desferir Chris Coleman colocou toda a carne no assador,
ataques mortíferos. O jogo ficou decidido em três mas em vão. Portugal iria enfrentar a seleção
Antoine Griezmann bisa no
jogo e carimba a passagem
minutos no início da segunda-parte. Primeiro, anfitriã no Stade de France.
da França à final

22 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 23


A
final
Uma mistura perfeita de
paciência, pragmatismo e paixão
deu a Portugal o seu primeiro
grande título

Os jogadores
portugueses correm
para festejar o golo
da vitória de Éder
Numa análise retrospetiva, a espetacular
cerimónia que antecedeu a final ocultou um
"Fernando Santos estava aliviado por ir para os balneários
presságio. O público que acorreu em massa com o nulo no marcador e por ter a oportunidade de reavivar
ao Stade France vislumbrou pela primeira
vez o troféu Henry Delaunay quando este foi
a sua equipa após a perda traumática do seu capitão"
colocado sobre o plinto por Xavi Hernández. O
traje preto e as sapatilhas brancas chamaram a
atenção para os pés mágicos que simbolizaram
a mestria técnica que esteve no âmago do jogo
em posse de bola com o qual a Espanha tinha
atingido os píncaros do futebol europeu nas
duas últimas finais em Viena e Kiev. Naquela
altura, o público mal sabia que se tratava de
uma simbólica passagem do testemunho.
Designado “Le Rendez-Vous”, o evento parecia
destinado a terminar num encontro entre a
taça e a seleção anfitriã. Contudo, os deuses do
No sentido dos ponteiros do relógio a
futebol não obedecem a ideias pré-concebidas. partir de cima Cristiano Ronaldo é
Inicialmente, os adeptos franceses sentiram- obrigado a sair do jogo devido a uma
lesão; André-Pierre Gignac acerta nos
se confiantes. Primeiro, Didier Deschamps poste com o jogo a chegar ao fim;
apostou na mesma equipa e no mesmo Moussa Sissoko e Renato Sanches
lutam pela posse de bola

sistema (1-4-2-3-1) que tinha estado na base tinham decorrido 25 minutos e um dos maiores
das exibições mais convincentes da França no artistas do jogo já tinha saído do palco.
torneio. Depois, o forte início dos franceses O selecionador português lançou
enervou os portugueses de tal forma que a imediatamente Ricardo Quaresma para jogar
seleção lusa não conseguia efetuar dois passes aberto na direita, deixando Nani sozinho na
seguidos. Jogando ao lado de Paul Pogba na frente e deslocando Renato Sanches para o
posição de trinco, Blaise Matuidi deu músculo lado de Adrien Silva, o que lhe permitiu apagar
ao ímpeto inicial dos franceses, recuperando os fogos criados por Matuidi e Pogba e dar
a bola com energia e abrindo caminho pelo mais fluência às transições portuguesas pelo
coração do bloco defensivo português. A eixo central. Quando Portugal tinha a bola,
mesma fórmula foi seguida por Moussa Sissoko, jogava em 1-4-3-3; quando defendida, mudava
em quem Deschamps apostou novamente para rapidamente para um 1-4-5-1. Entretanto, a
ocupar a ala direita do meio-campo e gravitar linha defensiva portuguesa mantinha-se firme,
para o meio, abrindo espaço para o lateral comandada de forma exemplar por Pepe, que
direito Bacary Sagna subir pela linha. No início realizou uma exibição excecional. Rui Patrício
do encontro, a principal ameaça da seleção já tinha voado para a sua direita para desviar
francesa foram os slaloms do poderoso Sissoko por cima da barra um cabeceamento de
pelo corredor próximo de William Carvalho. Antoine Griezmann e, depois, encaixou bem
Fernando Santos estava desesperado, um cabeceamento do ponta-de-lança Olivier
gesticulando e indicando aos jogadores as suas Giroud no seguimento de um canto. Após uma
posições em campo, enquanto observava o primeira parte atribulada, Fernando Santos
seu meio-campo a ser totalmente dominado estava aliviado por ir para os balneários com o
pelos franceses. O selecionador português nulo no marcador e por ter a oportunidade de
tinha optado pelo dinamismo do jovem Renato reavivar a sua equipa após a perda traumática
Sanches na direita, João Mário na esquerda do seu capitão.
e Adrien Silva ao meio, onde Matuidi e Pogba A França regressou para a segunda parte
ditavam a sua lei. A outra preocupação de com a mesma dinâmica. Portugal optou por
Fernando Santos era o capitão português. defender com um bloco baixo, o que deu à
Cristiano Ronaldo tinha caído após uma entrada França espaço para começar a construir as
de Dimitri Payet e, após ter saído duas vezes jogadas a partir da defesa. Ciente do perigo
de campo para receber assistência ao joelho do contra-ataque português, a seleção da
esquerdo, à terceira foi de vez. Ainda não casa nunca teve tendência para colocar

26 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 A FINAL 27


demasiados jogadores na frente, com os
laterais a preocuparem-se sobretudo em dar ESTATÍSTICAS DO JOGO
apoio atrás da linha da bola, tal como Matuidi
e Pogba. Dependendo do talento individual
de Griezmann e Payet, os franceses criaram PORTUGAL 1 FRANÇA 0 (a. p.)
perigo através de jogadas individuais ou Domingo, 10 de julho de 2016, Stade de
aproveitando os erros adversários, em vez de France, Saint-Denis
apostarem em combinações muito elaboradas.
Defensivamente, concederam muito poucas GOLO
oportunidades a Portugal (que rematou apenas 1-0 Éder 109
por uma única vez em 90 minutos), com o
quarteto defensivo a manter-se compacto e a PORTUGAL
estar bem protegido pelo resto da equipa. Rui Patrício; Cédric, Pepe, Fonte, Raphael
Mas, como se tivesse despendido demasiada Guerreiro; William Carvalho; Renato
energia emocional durante a meia-final Sanches (Éder 79), Adrien Silva (João
contra a Alemanha, o conjunto de Deschamps Moutinho 66), João Mário; Nani, Ronaldo
foi perdendo gradualmente os seus rasgos (C) (Quaresma 25)
de criatividade. Griezmann surgiu isolado a
Cartões amarelos Cédric 34, João Mário
cabecear um cruzamento da esquerda, com a
62, Raphael Guerreiro 95, William Carvalho
bola a passar a centímetros da barra. De resto,
98, Fonte 119, Rui Patrício 120+3
Rui Patrício realizou uma exibição irrepreensível
e defendeu todas as bolas que foram à baliza. Treinador Fernando Santos
Portugal recusou-se a gastar calorias a correr
atrás da bola e pressionar desnecessariamente, FRANÇA
fazendo com que fosse muito difícil penetrar Lloris (C); Sagna, Koscielny, Umtiti, Evra;
no seu bloco defensivo bem posicionado. Além Pogba, Matuidi; Sissoko (Martial 110),
disso, Portugal saía rápido no contra-ataque, Griezmann, Payet (Coman 58); Giroud
com Quaresma nas alas e, sobretudo, Raphael (Gignac 78)
Guerreiro. O jovem lateral esquerdo, com um
Cartões amarelos Umtiti 80, Matuidi 97,
bom toque de bola, esteve excelente no um
Koscielny 107, Pogba 115
contra um a defender, esteve bem na cobertura
posicional e atacou com velocidade e critério. Treinador Didier Deschamps
Hugo Lloris, que praticamente não tinha sido
colocado à prova, teve de desviar com a palma ÁRBITRO
da mão um cruzamento/remate ao segundo Mark Clattenburg (ENG)
poste e recuperou a tempo de defender um
pontapé acrobático de Quaresma. Muito ESPETADORES
embora estivesse na retranca, Portugal ainda 75868
era capaz de causar estragos. O golo do suplente Éder trouxe
Deschamps tentou desequilibrar a defesa o troféu para Portugal

lusa fazendo entrar Kingsley Coman para o


lugar de Payet e realizando a mesmíssima
apesar de ter sofrido, e tinha recuperado algum com o pé direito, num tiro que levou força e
substituição que tinha feito na meia-final: PORTUGAL FRANÇA
grau de domínio do jogo. precisão suficientes para fazer a bola entrar
tirou Giroud e lançou André-Pierre Gignac.
À exceção dos golos de ouro que decidiram junto ao poste direito de Lloris. Portugal vencia 1 Golos 0
Fernando Santos substituiu o esgotado Adrien
de forma abrupta os títulos em 1996 e 2000, por 1-0 e faltavam 11 minutos de jogo.
Silva e colocou em campo João Moutinho. 47% Posse de bola 53%
o único golo marcado durante os 30 minutos Deschamps respondeu imediatamente
Com o seu bailado no centro do terreno, o
de prolongamento de uma final remontava à fazendo entrar mais um avançado – Anthony 9 Remates 18
português conseguiu aumentar a posse de
primeira edição do Campeonato da Europa, Martial – para o lugar de Sissoko, mas de nada
bola de Portugal e criar mais perigo junto 3 Enquadrados 7
em 1960, em Paris. Como tal, as expectativas valeu. Quando soou o apito final, o banco de
da baliza francesa. Depois, trocou Renato
foram suplantadas na emocionante meia- Portugal invadiu o relvado, Renato Sanches 5 Desenquadrados 7
Sanches por Éder (um ponta-de-lança que até
hora que se seguiu. Enquanto na linha lateral saltou para cima de uma réplica gigante da
esse momento só tinha jogado 13 minutos 1 Bloqueados 4
Ronaldo explicava como marcar um livre, Taça Henri Delaunay enquanto esta era levada
no EURO) e colocou Nani e Quaresma abertos 1 Contra os ferros 1
Raphael Guerreiro executou de forma soberba para o grande círculo. Quando um jubilante
nas alas. Porém, foi a França que esteve à
um livre que embateu na barra do já batido Ronaldo ergueu o troféu a sério, tinha sido 5 Cantos 9
beira de desfazer o empate ainda nos 90
Lloris. Contudo, poucas pessoas estariam à passado o testemunho. O jogo de posse de
minutos. Gignac recebeu a bola perto do 12 Faltas cometidas 13
espera do que sucedeu depois. Após recuperar bola espanhol deu lugar à defesa portuguesa
canto da pequena área, rodou bem sobre o
a bola entre o círculo central e a linha lateral como uma forma de arte e ao contra-ataque 6 Cartões amarelos 4
seu marcador e rematou, mas a bola bateu
esquerda, Moutinho endossou o esférico a Éder. com critério. Portugal venceu apenas um jogo
na parte interior do poste e rodou lentamente 575 Passes 710
O ponta-de-lança rodou sobre o seu marcador durante os 90 minutos regulamentares, mas
para fora da baliza. Quando o árbitro inglês
direto, virou-se para a baliza e fletiu para ao combinar pragmatismo, disciplina tática e 496 Passes eficazes 644
Mark Clattenburg assinalou o final do período
dentro sem que nenhum adversário lhe saísse paixão, conseguiu conquistar o direito a erguer 143,7 km Distância percorrida 138,1 km
regulamentar, Portugal tinha sobrevivido,
ao caminho. Depois, optou por rematar rasteiro o troféu pela primeira vez.

28 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016


Fernando Santos
ergue o troféu

O treinador
vencedor
O triunfo de Portugal trouxe à memória a vitória da
Grécia em 2004, quando a seleção portuguesa foi
derrotada apesar de jogar em casa

“Não vejo a necessidade de justificarmos o nosso UEFA em França. “Quer nos escalões jovens, quer êxito das mesmas, parecia que Fernando Santos
estilo de jogo. Visa aproveitar os nossos pontos nos seniores, Portugal tem uma longa tradição de nunca estava satisfeito com as mesmas. Na linha
fortes. Se passamos tempo a defender, é porque jogar em 1-4-3-3 e ele teve coragem para mudar lateral durante a final, parecia irradiar uma fúria
as outras equipas nos empurram para trás. Mas isso.” Fernando Santos experimentou esse sistema contida, apontando para os jogadores, batendo
estamos sempre prontos para responder.” Estas na fase de grupos, mas não conseguiu obter com as mãos nas pernas em sinal de frustração
não foram palavras de Fernando Santos. Foi o nenhuma vitória. Mudou de jogadores e, depois, e expressando descontentamento ao estilo
que Otto Rehhagel disse quando a Grécia desafiou para um meio-campo mais em linha, quando de Rehhagel. Mas, por detrás deste aparente
todas as probabilidades e derrotou Portugal decidiu injetar o dinamismo do jovem Renato turbilhão de emoções, estava um treinador
por 1-0 na final do UEFA EURO 2004. Talvez o Sanches ao intervalo do último jogo da fase de com cabeça fria. Uma vez mais, a defesa
selecionador português não aprecie todas as grupos frente à Hungria, depois de ter apostado bem oleada e a disciplina tática foram pedras
comparações com as crenças futebolísticas em João Moutinho no vértice mais avançado do basilares. E as substituições de Fernando Santos
de Rehhagel, mas seguramente que Fernando losango do meio-campo. foram inteligentes e providenciais. À medida
Santos se identifica com a mentalidade vencedora
do treinador alemão, após ter conquistado um
triunfo em moldes semelhantes em França.
Seis anos e nove dias antes, Fernando Santos
tinha assumido o cargo de selecionador da
“Por vezes, há que ser pragmático. Seria
Grécia substituindo Otto Rehhagel, já depois de bom jogar bonito, mas nem sempre é assim
ter estado no PAOK FC, onde Theo Zagorakis, o
capitão grego e melhor jogador do torneio para
que se ganha torneios.”
a UEFA em 2004, era diretor de futebol. Mas esta
não foi de todo a primeira passagem de Fernando
Santos pela Grécia. O treinador português saiu do Outras decisões arrojadas foram, por um lado, que o final do prolongamento se aproximava,
FC Porto em 2001 para treinar o AEK de Atenas e, a introdução de William Carvalho, melhor jogador aguentou estoicamente as intrusões verbais e
mais tarde, mudou-se para o rival Panathinaikos do último Campeonato Europeu de Sub-21, para físicas do lesionado Ronaldo e, quando o apito
FC, antes de regressar ao AEK e, depois, rumar jogar na posição de trinco, à frente do quarteto final anunciou a sua maior conquista de sempre,
a norte para treinar o PAOK, em Salónica. Ao defensivo; e, por outro, a aposta na dupla Nani e Fernando Santos refugiou-se no túnel, do qual
leme da seleção portuguesa desde setembro de Ronaldo, sabendo que nenhum deles é um ponta- saiu dois minutos mais tarde para abraçar a sua
2014, Fernando Santos chegou a França já com de-lança puro. “Jogam demasiado afastados equipa técnica.
experiência em grandes fases finais, dado que um do outro para combinarem entre si”, referiu “Por vezes, há que ser pragmático. Seria bom
conduziu a Grécia na fase final do UEFA EURO Southgate, observador técnico da UEFA, após ter jogar bonito, mas nem sempre é assim que se
2012 e do Campeonato do Mundo da FIFA assistido ao jogo contra a Croácia. “É mais uma ganha torneios.” Foram estas as palavras do
em 2014. aposta defensiva por parte do treinador, mas que selecionador vencedor do UEFA EURO 2016,
“Fernando merece todas as felicitações”, referiu pretende explorar as transições sempre Fernando Manuel Fernandes da Costa Santos.
Ginés Meléndez, diretor técnico da Real Federação que possível.” Mas, seguramente, que Otto Rehhagel não teria
Espanhola de Futebol e observador técnico da Independentemente das suas decisões e do nenhum problema em subscrever esta afirmação.

30 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 O TREINADOR VENCEDOR 31


J V E D GM GS P J V E D GM GS P

GRUPO A GRUPO B
França 3 2 1 0 4 1 7 País de Gales 3 2 0 1 6 3 6
Suíça 3 1 2 0 2 1 5 Inglaterra 3 1 2 0 3 2 5
Albânia 3 1 0 2 1 3 3 Eslováquia 3 1 1 1 3 3 4
Roménia 3 0 1 2 2 4 1 Rússia 3 0 1 2 2 6 1

França 2-1 Roménia França 2-0 Albânia País de Gales 2-1 Eslováquia Inglaterra 2-1 País de Gales
Stade de France, Saint-Denis, 10 de junho de 2016 Stade Vélodrome, Marselha, 15 de junho de 2016 Stade de Bordeaux, 11 de junho de 2016 Stade Bollaert-Delelis, Lens Agglo, 16 de junho de 2016

Golos 1-0 Giroud 57, 1-1 Stancu 65 (g. p.), 2-1 Payet 89 Golos 1-0 Griezmann 90, 2-0 Payet 90+6 Golos 1-0 Bale 10, 1-1 Duda 61, 2-1 Robson-Kanu 81 Golos 0-1 Bale 42, 1-1 Vardy 56, 2-1 Sturridge 90+2
França Lloris (C); Sagna, Rami, Koscielny, Evra; Pogba (Martial 77), França Lloris (C); Sagna, Rami, Koscielny, Evra; Kanté, País de Gales Ward; Gunter, Chester, A. Williams (C), Davies, Inglaterra Hart; Walker, Cahill, Smalling, Rose; Alli, Dier, Rooney
Kanté, Matuidi; Griezmann (Coman 66), Matuidi; Coman (Griezmann 68), Payet, Martial (Pogba 46); Taylor; Allen, Edwards (Ledley 69), Ramsey (Richards 88); (C); Lallana (Rashford 73), Kane (Vardy 46), Sterling (Sturridge 46)
Payet (Sissoko 90+2); Giroud Giroud (Gignac 77) J. Williams (Robson-Kanu 71), Bale País de Gales Hennessey; Gunter, Chester, A. Williams (C), Davies,
Roménia Tătăruşanu; Săpunaru, Chiricheş (C), Grigore, Raţ; Albânia Berisha; Hysaj, Ajeti (Veseli 85), Mavraj, Agolli (C); Kukeli Eslováquia Kozáčik; Pekarík, Škrtel (C), Ďurica, Švento; Taylor; Ramsey, Ledley (Edwards 67), Allen; Robson-Kanu
Pintilii, Hoban; Popa (Torje 82), Stanciu (Chipciu 72), Stancu; (Xhaka 74); Lila (Roshi 71), Abrashi, Memushaj, Lenjani; Sadiku Kucka, Hrošovský (Duda 60), Hamšík; Mak, Ďuriš (Nemec 59), (J. Williams 72), Bale
Andone (Alibec 61) Cartões amarelos Kanté 88 (França); Kukeli 55, Weiss (Stoch 83) Cartões amarelos Davies 61 (País de Gales)
Cartões amarelos Giroud 69 (França); Chiricheş 32, Raţ 45, Abrashi 81 (Albânia) Cartões amarelos Hrošovský 31, Mak 78, Weiss 80, Kucka 83, Homem do Jogo Walker
Popa 78 (Roménia) Homem do Jogo Payet Škrtel 90+2 (Eslováquia) Árbitro Brych (GER); Árbitros assistentes Borsch, Lupp;
Homem do Jogo Payet Árbitro Collum (SCO); Árbitros assistentes MacGraith (IRL), Homem do Jogo Allen Árbitros assistentes adicionais Dankert, Fritz;
Árbitro Kassai (HUN); Árbitros assistentes Ring, Tóth; Connor; Árbitro Moen (NOR); Árbitros assistentes Haglund, Andås; Quarto árbitro Jug (SVN)
Árbitros assistentes adicionais Bognar, Farkas; Árbitros assistentes adicionais Madden, Beaton; Árbitros assistentes adicionais Johnsen, Edvartsen; Espetadores 34033
Quarto árbitro Kuipers (NED) Quarto árbitro Oliver (ENG) Quarto árbitro Kulbakov (BLR)
Espetadores 75113 Espetadores 63670 Espetadores 37831
Rússia 0-3 País de Gales
Stadium de Toulouse, 20 de junho de 2016
Albânia 0-1 Suíça Roménia 0-1 Albânia Inglaterra 1-1 Rússia Golos 0-1 Ramsey 11, 0-2 Taylor 20, 0-3 Bale 67
Stade Bollaert-Delelis, Lens Agglo, 11 de junho de 2016 Stade de Lyon, 19 de junho de 2016 Stade Vélodrome, Marselha, 11 de junho de 2016
Rússia Akinfeev; Smolnikov, V. Berezutski (A. Berezutski 46),
Golos 0-1 Schär 5 Golos 0-1 Sadiku 43 Golos 1-0 Dier 73, 1-1 V. Berezutski 90+2 Ignashevich, Kombarov; Glushakov, Mamaev; Kokorin, Shirokov (C)
Albânia Berisha; Hysaj, Cana (C), Mavraj, Agolli; Kukeli; Roshi Roménia Tătăruşanu; Săpunaru, Chiricheş (C), Grigore, Inglaterra Hart; Walker, Cahill, Smalling, Rose; Alli, Dier, (Golovin 52), Smolov (Samedov 70); Dzyuba
(Çikalleshi 74), Abrashi, Xhaka (Kaçe 62), Lenjani; Sadiku (Gashi 82) Măţel; Prepeliţă (Sânmărtean 46), Hoban; Popa (Andone 68), Rooney (C) (Wilshere 78), Lallana, Kane, Sterling (Milner 87) País de Gales Hennessey; Gunter, Chester, A. Williams (C), Davies,
Suíça Sommer; Lichtsteiner (C), Schär, Djourou, Rodríguez; Behrami, Stanciu, Stancu; Alibec (Torje 57) Rússia Akinfeev; Smolnikov, Ignashevich, V. Berezutski (C), Taylor; Allen (Edwards 74), Ledley (King 76); Ramsey, Bale
Xhaka; Shaqiri (Fernandes 88), Džemaili (Frei 76), Mehmedi Albânia Berisha; Hysaj, Ajeti, Mavraj, Agolli (C); Basha (Cana 83); Schennikov; Neustädter (Glushakov 80), Golovin (Shirokov 77); (Church 83); Vokes
(Embolo 62); Seferović Lila, Memushaj, Abrashi, Lenjani (Roshi 77); Sadiku (Balaj 59) Kokorin, Shatov, Smolov (Mamaev 85); Dzyuba Cartões amarelos Mamaev 64 (Rússia); Vokes 16 (País de Gales)
Cartões amarelos Cana 23, Kaçe 63, Kukeli 89, Mavraj 90+2 Cartões amarelos Măţel 54, Săpunaru 85, Torje 90+3 (Roménia); Cartões amarelos Cahill 62 (Inglaterra); Schennikov 72 (Rússia) Homem do Jogo Ramsey
(Albânia); Schär 14, Behrami 66 (Suíça) Basha 6, Memushaj 85, Hysaj 90+4 (Albânia) Homem do Jogo Dier Árbitro Eriksson (SWE); Árbitros assistentes Klasenius,
Cartões vermelhos (acumulação de amarelos) Cana 36 (Albânia) Homem do Jogo Ajeti Árbitro Rizzoli (ITA); Árbitros assistentes Di Liberatore, Tonolini; Wärnmark;
Homem do Jogo Granit Xhaka Árbitro Královec (CZE); Árbitros assistentes Slyško (SVK), Árbitros assistentes adicionais Orsato, Damato; Árbitros assistentes adicionais Johannesson, Strömbergsson;
Árbitro Velasco Carballo (ESP); Árbitros assistentes Alonso, Yuste; Mokrusch; Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE) Quarto árbitro Orsato (ITA)
Árbitros assistentes adicionais Gil Manzano, Del Cerro; Árbitros assistentes adicionais Ardeleanu, Paták; Espetadores 62343 Espetadores 28840
Quarto árbitro Van Boekel (NED) Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE)
Espetadores 33805 Espetadores 49752
Eslováquia 0-0 Inglaterra
Rússia 1-2 Eslováquia Stade Geoffroy Guichard, Saint-Etienne, 20 de junho de 2016
Roménia 1-1 Suíça Suíça 0-0 França Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 15 de junho de 2016
Eslováquia Kozáčik; Pekarík, Škrtel (C), Ďurica, Hubočan;
Parc des Princes, Paris, 15 de junho de 2016 Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 19 de junho de 2016
Golos 0-1 Weiss 32, 0-2 Hamšík 45, 1-2 Glushakov 80 Kucka, Pečovský (Gyömber 67), Hamšík; Mak, Duda (Švento 57),
Golos 1-0 Stancu 18 (g. p.), 1-1 Mehmedi 57 Suíça Sommer; Lichtsteiner (C), Schär, Djourou, Rodríguez; Rússia Akinfeev; Smolnikov, V. Berezutski (C), Ignashevich, Weiss (Škriniar 78)
Roménia Tătăruşanu; Săpunaru, Chiricheş (C), Grigore, Raţ Behrami, Xhaka; Shaqiri (Fernandes 79), Džemaili, Mehmedi Schennikov; Neustädter (Glushakov 46), Golovin (Mamaev 46); Inglaterra Hart; Clyne, Cahill (C), Smalling, Bertrand; Henderson,
(Filip 62); Prepeliţă, Pintilii (Hoban 46); Torje, Stancu (Andone 84), (Lang 86); Embolo (Seferović 74) Kokorin (Shirokov 75), Shatov, Smolov; Dzyuba Dier, Wilshere (Rooney 56); Sturridge (Kane 76), Lallana
Chipciu; Keşerü França Lloris (C); Sagna, Rami, Koscielny, Evra; Cabaye; Sissoko, Eslováquia Kozáčik; Pekarík, Škrtel (C), Ďurica, Hubočan; (Alli 61); Vardy
Suiça Sommer; Lichtsteiner (C), Schär, Djourou, Rodríguez; Pogba; Griezmann (Matuidi 77), Coman (Payet 63); Gignac Kucka, Pečovský, Hamšík; Mak (Ďuriš 80) Duda (Nemec 67), Cartões amarelos Pečovský 24 (Eslováquia); Bertrand 52
Behrami, Xhaka; Shaqiri (Tarashaj 90+1), Džemaili (Lang 83), Cartões amarelos Rami 25, Koscielny 83 (França) Weiss (Švento 72) (Inglaterra)
Mehmedi; Seferović (Embolo 63) Homem do Jogo Sommer Cartões amarelos Ďurica 46 (Eslováquia) Homem do Jogo Kozáčik
Cartões amarelos Prepeliţă 22, Chipciu 24, Keșerü 37, Árbitro Skomina (SVN); Árbitros assistentes Praprotnik, Vukan; Homem do Jogo Hamšík Árbitro Velasco Carballo (ESP);
Grigore 76 (Roménia); Xhaka 50, Embolo 90+4 (Suíça) Árbitros assistentes adicionais Jug, Vinčić; Árbitro Skomina (SVN); Árbitros assistentes Alonso, Yuste;
Homem do Jogo Xhaka Quarto árbitro Fritz (GER) Árbitros assistentes Praprotnik, Vukan; Árbitros assistentes adicionais Gil Manzano, Del Cerro; Quarto
Árbitro Karasev (RUS); Árbitros assistentes Golubev, Kalugin; Espetadores 45616 Árbitros assistentes adicionais Jug, Vinčić; árbitro Damato (ITA)
Árbitros assistentes adicionais Lapochkin, Ivanov; Quarto árbitro Eriksson (SWE) Espetadores 39051
Quarto árbitro Kulbakov (BLR) Espetadores 38989
Espetadores 43576

32 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 RESULTADOS 33


J V E D GM GS P J V E D GM GS P

GRUPO C GRUPO D
Alemanha 3 2 1 0 3 0 7 Croácia 3 2 1 0 5 3 7
Polónia 3 2 1 0 2 0 7 Espanha 3 2 0 1 5 2 6
Irlanda do Norte 3 1 0 2 2 2 3 Turquia 3 1 0 2 2 4 3
Ucrânia 3 0 0 3 0 5 0 República Checa 3 0 1 2 2 5 1

Polónia 1-0 Irlanda do Norte Alemanha 0-0 Polónia Turquia 0-1 Croácia Espanha 3-0 Turquia
Stade de Nice, 12 de junho de 2016 Stade de France, Saint-Denis, 16 de junho de 2016 Parc des Princes, Paris, 12 de junho de 2016 Stade de Nice, 17 de junho de 2016

Golos 1-0 Milik 51 Alemanha Neuer (C); Höwedes, Boateng, Hummels, Hector; Khedira, Golos 0-1 Modrić 41 Golos 1-0 Morata 34, 2-0 Nolito 37, 3-0 Morata 48
Polónia Szczęsny; Piszczek; Glik, Pazdan, Jędrzejczyk; Błaszczykowski Kroos; Müller, Özil, Draxler (Gomez 71); Götze Turquia Volkan Babacan; Gökhan Gönül, Mehmet Topal, Hakan Balta, Espanha De Gea; Juanfran, Piqué, Ramos (C), Jordi Alba
(Grosicki 80), Krychowiak, Mączyński (Jodłowiec 78), Kapustka (Peszko (Schürrle 66) Caner Erkin; Ozan Tufan, Selçuk İnan, Oğuzhan Özyakup (Volkan Şen 46); (Azpilicueta 81); Fàbregas (Koke 71), Busquets, Iniesta; Silva (Bruno 64),
88); Milik, Lewandowski (C) Polónia Fabiański; Piszczek, Glik, Pazdan, Jędrzejczyk; Błaszczykowski Hakan Çalhanoğlu, Arda Turan (C) (Burak Yılmaz 65); Cenk Tosun (Emre Morata, Nolito
Irlanda do Norte McGovern; McLaughlin, Cathcart, McAuley, (Kapustka 80), Krychowiak, Mączyński (Jodłowiec 76), Grosicki (Peszko Mor 69) Turquia Volkan Babacan; Gökhan Gönül, Mehmet Topal, Hakan Balta,
J. Evans, Ferguson (Washington 66); McNair (Dallas 46), Baird 87); Milik, Lewandowski (C) Croácia Subašić; Srna (C), Ćorluka, Vida, Strinić; Brozović, Modrić, Badelj, Caner Erkin; Ozan Tufan, Selçuk İnan (Yunus Mallı 70), Oğuzhan Özyakup
(Ward 76), Norwood; Davis (C); Lafferty Cartões amarelos Khedira 3, Özil 34, Boateng 67 (Alemanha); Perišić (Kramarić 87); Rakitić (Schildenfeld 90); Mandžukić (Pjaca 90+3) (Olcay Şahan 62); Hakan Çalhanoğlu (Nuri Şahin 46), Arda Turan (C);
Cartões amarelos Kapustka 65, Piszczek 89 (Polónia); Cathcart 69 Mączyński 45, Grosicki 55, Peszko 90+3 (Polónia) Cartões amarelos Cenk Tosun 31, Hakan Balta 48, Volkan Şen 90+1 Burak Yılmaz
(Irlanda do Norte) Homem do Jogo Boateng (Turquia); Strinić 80 (Croácia) Cartões amarelos Ramos 2 (Espanha); Burak Yılmaz 9, Ozan
Homem do Jogo Krychowiak Árbitro Kuipers (NED); Árbitros assistentes Van Roekel, Zeinstra; Homem do Jogo Modrić Tufan 41 (Turquia)
Árbitro Haţegan (ROU); Árbitros assistentes Șovre, Gheorghe; Árbitros assistentes adicionais Van Boekel, Liesveld; Árbitro Eriksson (SWE); Árbitros assistentes Klasenius, Wärnmark; Homem do Jogo Iniesta
Árbitros assistentes adicionais Tudor, Colţescu; Quarto árbitro Orsato (ITA) Árbitros assistentes adicionais Johannesson, Strömbergsson; Árbitro Mažić (SRB); Árbitros assistentes Ristić, Djurdjević;
Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE) Espetadores 73648 Quarto árbitro Collum (SCO) Árbitros assistentes adicionais Grujić, Djokić;
Espetadores 33742 Espetadores 43842 Quarto árbitro Kulbakov (BLR)
Espetadores 33409
Ucrânia 0-1 Polónia
Alemanha 2-0 Ucrânia Stade Vélodrome, Marselha, 21 de junho de 2016 Espanha 1-0 República Checa
Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 12 de junho de 2016
Golos 0-1 Błaszczykowski 54
Stadium de Toulouse, 13 de junho de 2016 República Checa 0-2 Turquia
Stade Bollaert-Delelis, Lens Agglo, 21 de junho de 2016
Golos 1-0 Mustafi 19, 2-0 Schweinsteiger 90+2 Ucrânia Pyatov; Fedetskiy, Khacheridi, Kucher,Butko; Rotan (C), Golos 1-0 Piqué 87
Alemanha Neuer (C); Höwedes, Boateng, Mustafi, Hector; Khedira, Stepanenko; Yarmolenko, Zinchenko (Kovalenko 73), Konoplyanka; Espanha De Gea; Juanfran, Piqué, Ramos (C), Jordi Alba; Fàbregas Golos 0-1 Burak Yılmaz 10, 0-2 Ozan Tufan 65
Kroos; Müller, Özil, Draxler (Schürrle 78); Götze (Schweinsteiger 90) Zozulya (Tymoshchuk 90+2) (Thiago Alcántara 70), Busquets, Iniesta; Silva, Morata (Aduriz 62), República Checa Čech (C); Kadeřábek, Sivok, Hubník, Pudil; Pavelka
Ucrânia Pyatov; Fedetskiy, Khacheridi, Rakitskiy, Shevchuk (C); Polónia Fabiański; Cionek, Glik, Pazdan, Jędrzejczyk; Jodłowiec, Nolito (Pedro 82) (Škoda 57); Plašil (Kolář 90), Darida; Dočkal (Šural 71), Krejčí; Necid
Sydorchuk, Stepanenko; Yarmolenko, Kovalenko (Zinchenko 73), Krychowiak; Milik (Starzyński 90+3), Zieliński (Błaszczykowski 46), República Checa Čech; Kadeřábek, Sivok, Hubník, Limberský; Turquia Volkan Babacan; Gökhan Gönül, Mehmet Topal, Hakan Balta,
Konoplyanka; Zozulya (Seleznyov 66) Kapustka (Grosicki 71); Lewandowski (C) Darida, Plašil; Gebre Selassie (Šural 86), Rosický (C) (Pavelka 88), Ismail Köybaşı; Ozan Tufan, Selçuk İnan; Emre Mor (Olcay Şahan 69),
Cartões amarelos Konoplyanka 68 (Ukraine) Cartões amarelos Rotan 25, Kucher 38 (Ucrânia); Kapustka 60 Krejčí; Necid (Lafata 75) Arda Turan (C), Volkan Şen (Oğuzhan Özyakup 61); Burak Yılmaz
Homem do Jogo Kroos (Polónia) Cartões amarelos Limberský 61 (República Checa) (Cenk Tosun 90)
Árbitro Atkinson (ENG); Árbitros assistentes Mullarkey, Child; Homem do Jogo Rotan Homem do Jogo Iniesta Cartões amarelos Plašil 36, Pavelka 39, Šural 87 (República Checa);
Árbitros assistentes adicionais Oliver, Pawson; Árbitro Moen (NOR); Árbitros assistentes Haglund, Andås; Árbitro Marciniak (POL); Árbitros assistentes Sokolnicki, Köybaşı 35, Balta 50 (Turquia)
Quarto árbitro Madden (SCO) Árbitros assistentes adicionais Johnsen, Edvartsen; Listkiewicz; Homem do Jogo Burak Yılmaz
Espetadores 43035 Quarto árbitro Göçek (TUR) Árbitros assistentes adicionais Raczkowski, Musiał; Árbitro Collum (SCO); Árbitros assistentes MacGraith (IRL), Connor;
Espetadores 58874 Quarto árbitro Kulbakov (BLR) Árbitros assistentes adicionais Madden, Beaton;
Espetadores 29400 Quarto árbitro Lapochkin (RUS)
Ucrânia 0-2 Irlanda do Norte Espetadores 32836
Stade de Lyon, 16 de junho de 2016 Irlanda do Norte 0-1 Alemanha
Golos 0-1 McAuley 49, 0-2 McGinn 90+6
Parc des Princes, Paris, 21 de junho de 2016 República Checa 2-2 Croácia
Ucrânia Pyatov; Fedetskiy, Khacheridi, Rakitskiy, Shevchuk (C); Golos 0-1 Gomez 30
Stade Geoffroy Guichard, Saint-Etienne, 17 de junho de 2016 Croácia 2-1 Espanha
Stade de Bordeaux, 21 de junho de 2016
Sydorchuk (Garmash 76), Stepanenko; Yarmolenko, Kovalenko Irlanda do Norte McGovern; Hughes, Cathcart, McAuley, Golos 0-1 Perišić 37, 0-2 Rakitić 59, 1-2 Škoda 76, 2-2 Necid 89 (g. p.)
(Zinchenko 83), Konoplyanka; Seleznyov (Zozulya 71) J. Evans; Norwood; Ward (Magennis 70), C. Evans (McGinn 84), República Checa Čech; Kadeřábek, Sivok, Hubník, Limberský; Golos 0-1 Morata 7, 1-1 N. Kalinić 45, 2-1 Perišić 87
Irlanda do Norte McGovern; Hughes, Cathcart, McAuley, Davis (C), Dallas; Washington (Lafferty 59) Darida, Plašil (Necid 86); Skalák (Šural 67), Rosický (C), Krejčí; Lafata Croácia Subašić; Srna (C), Ćorluka, Jedvaj, Vrsaljko; Pjaca (Čop 90+2),
J. Evans; Norwood; Ward (McGinn 69), C. Evans (McNair 90+3), Alemanha Neuer (C); Kimmich, Boateng (Höwedes 76), Hummels, (Škoda 67) Rog (Kovačić 82), Badelj, Perišić (Kramarić 90+4); Rakitić; Kalinić
Davis (C), Dallas; Washington (Magennis 84) Hector; Khedira (Schweinsteiger 69), Kroos; Müller, Özil, Götze Croácia Subašić; Srna (C), Ćorluka, Vida, Strinić (Vrsaljko 90+3); Espanha De Gea; Juanfran, Piqué, Ramos (C), Jordi Alba; Fàbregas
Cartões amarelos Seleznyov 40, Sydorchuk 67 (Ucrânia); Ward 63, (Schürrle 55); Gomez Brozović, Modrić (Kovačić 62), Badelj, Perišić; Rakitić (Schildenfeld (Thiago Alcántara 84), Busquets, Iniesta; Silva, Morata (Aduriz 67),
Dallas 87, J. Evans 90+5 (Irlanda do Norte) Cartões Nenhum 90+2); Mandžukić Nolito (Bruno 60)
Homem do Jogo McAuley Homem do Jogo Özil Cartões amarelos Sivok 72 (República Checa); Badelj 14, Brozović Cartões amarelos Rog 29, Vrsaljko 70, Srna 70, Perišić 88 (Croácia)
Árbitro Královec (CZE); Árbitros assistentes Slyško (SVK), Árbitro Turpin (FRA); Árbitros assistentes Cano, Danos; 74, Vida 88 (Croácia) Homem do Jogo Perišić
Mokrusch; Árbitros assistentes adicionais Bastien, Fautrel; Homem do Jogo Rakitić Árbitro Kuipers (NED); Árbitros assistentes Van Roekel, Zeinstra;
Árbitros assistentes adicionais Ardeleanu, Paták; Quarto árbitro Vinčić (SVN) Árbitro Clattenburg (ENG); Árbitros assistentes Beck, Collin; Árbitros assistentes adicionais Van Boekel, Liesveld;
Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE) Espetadores 44125 Árbitros assistentes adicionais Taylor, Marriner; Quarto árbitro Kassai (HUN)
Espetadores 51043 Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE) Espetadores 37245
Espetadores 38376

34 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 RESULTADOS 35


J V E D GM GS P J V E D GM GS P

GRUPO E GRUPO F
Itália 3 2 0 1 3 1 6 Hungria 3 1 2 0 6 4 5
Bélgica 3 2 0 1 4 2 6 Islândia 3 1 2 0 4 3 5
República da Irlanda 3 1 1 1 2 4 4 Portugal 3 0 3 0 4 4 3
Suécia 3 0 1 2 1 3 1 Áustria 3 0 1 2 1 4 1

República da Irlanda 1-1 Suécia Bélgica 3-0 República da Irlanda Áustria 0-2 Hungria Portugal 0-0 Áustria
Stade de France, Saint-Denis, 13 de junho de 2016 Stade de Bordeaux, 18 de junho de 2016 Stade de Bordeaux, 14 de junho de 2016 Parc des Princes, Paris, 18 de junho de 2016

Golos 1-0 Hoolahan 48, 1-1 Clark 71 (p. b.) Golos 1-0 R. Lukaku 48, 2-0 Witsel 61, 3-0 R. Lukaku 70 Golos 0-1 Szalai 62, 0-2 Stieber 87 Portugal Rui Patrício; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Guerreiro;
República da Irlanda Randolph; Coleman, O’Shea (C), Clark, Brady; Bélgica Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen, Vertonghen; Áustria Almer; Klein, Dragović, Hinteregger, Fuchs (C); Quaresma (João Mário 71), William Carvalho, Moutinho, André Gomes
McCarthy (McGeady 85), Whelan, Hendrick; Hoolahan (Keane 78), Witsel, Dembélé (Nainggolan 57); Carrasco (Mertens 64), De Bruyne, Baumgartlinger, Alaba; Harnik (Schöpf 77), Junuzović (Sabitzer 59), (Éder 83); Nani (Rafa Silva 89), Ronaldo (C)
Walters (McClean 64), Long Hazard (C); R. Lukaku (Benteke 83) Arnautović; Janko (Okotie 65) Áustria Almer; Klein, Prödl, Hinteregger, Fuchs (C); Baumgartlinger,
Suécia Isaksson; Lustig (Johansson 45), Lindelöf, Granqvist, Olsson; República da Irlanda Randolph; Coleman, O’Shea (C), Clark, Hungria Király; Fiola, Guzmics, Lang, Kádár; Gera; Németh Ilsanker (Wimmer 87); Sabitzer (Hinterseer 85), Alaba (Schöpf 65),
Larsson, Lewicki (Ekdal 86), Källström, Forsberg; Berg (Guidetti 59), Ward; Hendrick, Whelan, McCarthy (McClean 62), Brady; Hoolahan (Pintér 89), Nagy, Kleinheisler (Stieber 79), Dzsudzsák (C); Szalai Arnautović; Harnik
Ibrahimović (C) (McGeady 71); Long (Keane 79) (Priskin 69) Cartões amarelos Quaresma 31, Pepe 40 (Portugal); Harnik 47,
Cartões amarelos McCarthy 43, Whelan 77 (República da Irlanda); Cartões amarelos Vermaelen 49 (Bélgica); Hendrick 42 Cartões amarelos Dragović 33 (Áustria); Németh 80 (Hungria); Fuchs 60, Hinteregger 78, Schöpf 86 (Áustria)
Lindelöf 61 (Suécia) (República da Irlanda) Cartões vermelhos (acumulação de amarelos) Dragović 66 Homem do Jogo Moutinho
Homem do Jogo HHoolahan Homem do Jogo Witsel (Áustria) Árbitro Rizzoli (ITA); Árbitros assistentes Di Liberatore, Tonolini;
Árbitro Mažić (SRB); Árbitros assistentes Ristić, Djurdjević; Árbitro Çakir (TUR); Árbitros assistentes Duran, Ongun; Homem do Jogo Kleinheisler Árbitros assistentes adicionais Orsato, Damato;
Árbitros assistentes adicionais Grujić, Djokić; Árbitros assistentes adicionais Göçek, Şimşek; Árbitro Turpin (FRA); Árbitros assistentes Cano, Danos; Quarto árbitro Tudor (ROU)
Quarto árbitro Jug (SVN) Quarto árbitro Bastien (FRA) Árbitros assistentes adicionais Bastien, Fautrel; Espetadores 44291
Espetadores 73419 Espetadores 39493 Quarto árbitro Gil Manzano (ESP)
Espetadores 34424
Islândia 2-1 Áustria
Bélgica 0-2 Itália Itália 0-1 República da Irlanda Stade de France, Saint-Denis, 22 de junho de 2016
Stade de Lyon, 13 de junho de 2016 Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 22 de junho de 2016 Portugal 1-1 Islândia Golos 1-0 Bödvarsson 18, 1-1 Schöpf 60, 2-1 Traustason 90+4
Stade Geoffroy Guichard, Saint-Etienne, 14 de junho de 2016
Golos 0-1 Giaccherini 32, 0-2 Pellè 90+3 Golos 0-1 Brady 85 Islândia Halldórsson; Sævarsson, Árnason, R. Sigurdsson, Skúlason;
Bélgica Courtois; Ciman (Carrasco 76), Alderweireld, Vermaelen, Itália Sirigu; Barzagli, Bonucci (C), Ogbonna; Bernardeschi Golos 1-0 Nani 31, 1-1 B. Bjarnason 50 Gudmundsson (Ingason 86), Gunnarsson (C), G. Sigurdsson,
Vertonghen; Nainggolan (Mertens 62), Witsel; De Bruyne, Fellaini, (Darmian 60), Sturaro, Motta, Florenzi, De Sciglio (El Shaarawy 81); Portugal Rui Patrício; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Guerreiro; B. Bjarnason; Sigthórsson (Traustason 80), Bödvarsson
Hazard (C); R. Lukaku (Origi 73) Zaza, Immobile (Insigne 74) André Gomes (Éder 84), Danilo, João Mário (Quaresma 76); (E. Bjarnason 71)
Itália Buffon (C); Barzagli, Bonucci, Chiellini; Candreva, Parolo, República da Irlanda Randolph; Coleman (C), Duffy, Keogh, Ward; Moutinho (Renato Sanches 71); Nani, Ronaldo (C) Áustria Almer; Prödl (Schöpf 46), Dragović, Hinteregger; Klein,
De Rossi (Motta 78), Giaccherini, Darmian (De Sciglio 58); Pellè, McCarthy (Hoolahan 77); Hendrick, Brady; Murphy (McGeady 70), Islândia Halldórsson; Sævarsson, R. Sigurdsson, Árnason, Skúlason; Baumgartlinger, Ilsanker (Janko 46), Fuchs (C); Sabitzer (Jantscher 78),
Éder (Immobile 75) McClean; Long (Quinn 90) Gudmundsson (E. Bjarnason 90), Gunnarsson (C), G. Sigurdsson, Alaba, Arnautović
Cartões amarelos Vertonghen 90+2 (Bélgica); Chiellini 65, Éder 75, Cartões amarelos Sirigu 39, Barzagli 78, Zaza 87, Insigne 90+1 B. Bjarnason; Sigthórsson (Finnbogason 81), Bödvarsson Cartões amarelos Skúlason 36, Sigthórsson 51, Árnason 78,
Bonucci 78, Motta 84 (Itália) (Itália); Long 39, Ward 73 (República da Irlanda) Cartões amarelos B. Bjarnason 55, Finnbogason 90+4 (Islândia) Halldórsson 82 (Islândia); Janko 70 (Áustria)
Homem do Jogo Giaccherini Homem do Jogo Brady Homem do Jogo Nani Homem do Jogo Árnason
Árbitro Clattenburg (ENG); Árbitros assistentes Beck, Collin; Árbitro Haţegan (ROU); Árbitros assistentes Șovre, Gheorghe; Árbitro Çakır (TUR); Árbitros assistentes Duran, Ongun; Árbitro Marciniak (POL); Árbitros assistentes Sokolnicki, Listkiewicz;
Árbitros assistentes adicionais Taylor, Marriner; Árbitros assistentes adicionais Tudor, Colţescu; Árbitros assistentes adicionais Göçek, Şimşek; Árbitros assistentes adicionais Raczkowski, Musiał;
Quarto árbitro Del Cerro (ESP) Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE) Quarto árbitro Del Cerro (ESP) Quarto árbitro Clattenburg (ENG)
Espetadores 55408 Espetadores 44268 Espetadores 38742 Espetadores 68714

Itália 1-0 Suécia Suécia 0-1 Bélgica Islândia 1-1 Rússia Hungria 3-3 Portugal
Stadium de Toulouse, 17 de junho de 2016 Stade de Nice, 22 de junho de 2016 Stade Vélodrome, Marselha, 18 de junho de 2016 Stade de Lyon, 22 de junho de 2016

Golos 1-0 Éder 88 Golos 0-1 Nainggolan 84 Golos 1-0 G. Sigurdsson 40 (g. p.), 1-1 Sævarsson 88 (p. b.) Golos 1-0 Gera 19, 1-1 Nani 42, 2-1 Dzsudzsák 47, 2-2 Ronaldo 50,
Itália Buffon (C); Barzagli, Bonucci, Chiellini; Florenzi Suécia Isaksson; Lindelöf, Johansson, Granqvist, Olsson; Islândia Halldórsson; Sævarsson, R. Sigurdsson, Árnason, Skúlason; 3-2 Dzsudzsák 55, 3-3 Ronaldo 62
(Sturaro 85), Parolo, De Rossi (Motta 74), Giaccherini, Candreva; Larsson (Durmaz 70), Ekdal, Källström, Forsberg (Zengin 82); Gudmundsson, G. Sigurdsson, Gunnarsson (C) (Hallfredsson 65), Hungria Király; Lang, Juhász, Guzmics, Korhut; Elek, Gera (Bese 46);
Pellè (Zaza 60), Éder Berg (Guidetti 63), Ibrahimović (C) B. Bjarnason; Sigthórsson (Gudjohnsen 84), Bödvarsson (Finnbogason 69) Lovrencsics (Stieber 83); Pintér, Dzudzsák (C); Szalai (Németh 71)
Suécia Isaksson; Lindelöf, Johansson, Granqvist, Olsson; Larsson, Bélgica Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen, Vertonghen; Hungria Király; Lang, Juhász (Szalai 84), Guzmics, Kádár; Gera, Nagy, Portugal Rui Patrício; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Eliseu;
Ekdal (Lewicki 79), Källström, Forsberg (Durmaz 79); Guidetti Nainggolan, Witsel; Carrasco (Mertens 71), De Bruyne, Hazard (C) Kleinheisler; Dzsudzsák (C); Priskin (Böde 66), Stieber W. Carvalho; João Mário, Moutinho (Renato Sanches 46),
(Berg 85), Ibrahimović (C) (Origi 90+3); R. Lukaku (Benteke 87) (Nikolić 66) André Gomes (Quaresma 61); Nani (Danilo 81), Ronaldo (C)
Cartões amarelos De Rossi 69, Buffon 90+3 (Itália); Olsson 89 Cartões amarelos Ekdal 33, Johansson 36 (Suécia); Meunier 30, Cartões amarelos Gudmundsson 42, Finnbogason 75, Sævarsson 77 Cartões amarelos Guzmics 13, Juhász 28, Gera 34, Dzsudzsák 56
(Suécia) Witsel 45+1 (Bélgica) (Islândia); Kádár 81, Kleinheisler 83, Nagy 90+1 (Hungria) (Hungria)
Homem do Jogo Éder Homem do Jogo Hazard Homem do Jogo Sigthórsson Homem do Jogo Ronaldo
Árbitro Kassai (HUN); Árbitros assistentes Ring, Tóth; Árbitro Brych (GER); Árbitros assistentes Borsch, Lupp; Árbitro Karasev (RUS); Árbitros assistentes Golubev, Kalugin; Árbitro Atkinson (ENG); Árbitros assistentes Mullarkey, Child;
Árbitros assistentes adicionais Bognar, Farkas; Árbitros assistentes adicionais Dankert, Fritz; Árbitros assistentes adicionais Lapochkin, Ivanov; Árbitros assistentes adicionais Oliver, Pawson;
Quarto árbitro Turpin (FRA) Quarto árbitro Jug (SVN) Quarto árbitro Kulbakov (BLR) Quarto árbitro Kulbakov (BLR)
Espetadores 29600 Espetadores 34011 Espetadores 60842 Espetadores 55514

36 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 RESULTADOS 37


OITAVOS-DE-FINAL
Suíça 1-1 Polónia (a. p.) Croácia 0-1 Portugal (a. p.) Alemanha 3-0 Eslováquia Itália 2-0 Espanha
Polónia ganha 5-4 nas grandes penalidades Stade Bollaert-Delelis, Lens Agglo, 25 de junho de 2016 Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 26 de junho de 2016 Stade de France, Saint-Denis, 27 de junho de 2016
Stade Geoffroy Guichard, Saint-Etienne, 25 de junho de 2016
Golos 0-1 Quaresma 117 Golos 1-0 Boateng 8, 2-0 Gomez 43, 3-0 Draxler 63 Golos 1-0 Chiellini 33, 2-0 Pellè 90+1
Golos 0-1 Błaszczykowski 39, 1-1 Shaqiri 82 Croácia Subašić; Srna (C), Ćorluka (Kramarić 120), Vida, Strinić; Alemanha Neuer (C); Kimmich, Boateng (Höwedes 72), Hummels, Itália Buffon (C); Barzagli, Bonucci, Chiellini; Florenzi (Darmian 84),
Grandes penalidades (Começou a Suíça) 1-0 Lichtsteiner, Modrić, Badelj; Brozović, Rakitić (Pjaca 110), Perišić; Mandžukić Hector; Khedira (Schweinsteiger 76), Kroos; Özil, Müller, Draxler Parolo, De Rossi (Motta 54), Giaccherini, De Sciglio; Éder (Insigne
1-1 Lewandowski, 1-1 Xhaka (falhou), 1-2 Milik, 2-2 Shaqiri, 2-3 Glik, (Kalinić 88) (Podolski 72); Gomez 82), Pellè
3-3 Schär, 3-4 Błaszczykowski, 4-4 Rodríguez, 4-5 Krychowiak Portugal Rui Patrício; Cédric, Pepe, Fonte, Guerreiro; Eslováquia Kozáčik; Pekarík, Škrtel (C), Ďurica, Gyömber Espanha De Gea; Juanfran, Piqué, Ramos (C), Jordi Alba;
Suíça Sommer; Lichtsteiner (C), Schär, Djourou, Rodríguez; Behrami William Carvalho; João Mário (Quaresma 87), Adrien Silva (Saláta 84); Hrošovský, Škriniar, Hamšík; Kucka, Ďuriš (Šesták 64), Fàbregas, Busquets, Iniesta; Silva, Morata (Lucas Vázquez 70),
(Fernandes 77), Xhaka; Shaqiri, Džemaili (Embolo 58), Mehmedi (Danilo 108), André Gomes (Renato Sanches 50); Nani, Ronaldo (C) Weiss (Greguš 46) Nolito (Aduriz 46) (Pedro 81)
(Derdiyok 70); Seferović Cartões amarelos William Carvalho 78 (Portugal) Cartões amarelos Kimmich 46, Hummels 67 (Alemanha); Škrtel Cartões amarelos De Sciglio 24, Pellè 54, Motta 89 (Itália);
Polónia Fabiański; Piszczek, Glik, Pazdan, Jędrzejczyk; Krychowiak, Homem do Jogo Renato Sanches 13, Kucka 90+1 (Eslováquia) Nolito 41, Busquets 89, Jordi Alba 89, Silva 90+4 (Espanha)
Mączyński (Jodłowiec 101); Błaszczykowski, Milik, Grosicki (Peszko Árbitro Velasco Carballo (ESP); Árbitros assistentes Alonso, Yuste; Homem do Jogo Draxler Homem do Jogo Bonucci
104); Lewandowski (C) Árbitros assistentes adicionais Gil Manzano, Del Cerro; Árbitro Marciniak (POL); Árbitros assistentes Sokolnicki, Árbitro Çakır (TUR); Árbitros assistentes Duran, Ongun;
Cartões amarelos Schär 55, Djourou 117 (Suíça); Jędrzejczyk 58, Quarto árbitro Kassai (HUN) Listkiewicz; Árbitros assistentes adicionais Göçek, Şimşek;
Pazdan 111 (Polónia) Espetadores 33523 Árbitros assistentes adicionais Raczkowski, Musiał; Quarto árbitro Atkinson (ENG)
Homem do Jogo Shaqiri Quarto árbitro Kuipers (NED) Espetadores 76165
Árbitro Clattenburg (ENG); Árbitros assistentes Beck, Collin; Espetadores 44312
Árbitros assistentes adicionais Taylor, Marriner;
França 2-1 República da Irlanda
Quarto árbitro Sidiropoulos (GRE)
Stade de Lyon, 26 de junho de 2016 Inglaterra 1-2 Islândia
Espetadores 38842 Golos 0-1 Brady 2 (g. p.), 1-1 Griezmann 58, 1-2 Griezmann 61
Hungria 0-4 Bélgica Stade de Nice, 27 de junho de 2016
Stadium de Toulouse, 26 de junho de 2016
França Lloris (C); Sagna, Rami, Koscielny, Evra; Matuidi, Kanté Golos 1-0 Rooney 4 (g. p.), 1-1 R. Sigurdsson 6, 1-2 Sigthórsson 18
(Coman 46) (Sissoko 90+3), Pogba; Griezmann, Payet; Golos 0-1 Alderweireld 10, 0-2 Batshuayi 78, 0-3 Hazard 80, 0-4 Inglaterra Hart; Walker, Cahill, Smalling, Rose; Alli, Dier (Wilshere
País de Gales 1-0 Irlanda do Norte Giroud (Gignac 73) Carrasco 90+1 46), Rooney (C) (Rashford 87); Sturridge, Kane, Sterling
Parc des Princes, Paris, 25 de junho de 2016
República da Irlanda Randolph; Coleman (C), Duffy, Keogh, Ward; Hungria Király; Lang, Guzmics, Juhász (Böde 79), Kádár; Nagy, (Vardy 60)
Golos 1-0 McAuley 75 (p. b.) McCarthy (Hoolahan 71); Hendrick, Brady, McClean (O’Shea 68); Long; Gera (Elek 46); Lovrencsics, Pintér (Nikolić 75), Dzsudzsák (C); Islândia Halldórsson; Sævarsson, Árnason, R. Sigurdsson,
País de Gales Hennessey; Chester, A. Williams (C), Davies; Gunter, Murphy (Walters 65) Szalai Skúlason; Gudmundsson, Gunnarsson (C), G. Sigurdsson,
Allen, Ramsey, Ledley (J. Williams 63), Taylor; Bale; Vokes Cartões amarelos Kanté 27, Rami 44 (França); Coleman 25, Beélgica Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen, Vertonghen; B. Bjarnason; Sigthórsson (E. Bjarnason 76), Bödvarsson
(Robson-Kanu 55) Hendrick 41, Long 72 (República da Irlanda); Nainggolan, Witsel; De Bruyne; Mertens (Carrasco 70), R. Lukaku (Traustason 89)
Irlanda do Norte McGovern; Hughes, Cathcart, McAuley Cartões vermelhos Duffy 66 (República da Irlanda) (Batshuayi 76), Hazard (C) (Fellaini 81) Cartões amarelos Sturridge 47 (Inglaterra); G. Sigurdsson 38,
(Magennis 84), Evans, Dallas; Davis (C), Evans, Norwood (McGinn 79); Homem do Jogo Griezmann Cartões amarelos Kádár 34, Lang 47, Elek 61, Szalai 90+2 Gunnarsson 65 (Islândia)
Ward (Washington 69), Lafferty Árbitro Rizzoli (ITA); Árbitros assistentes Di Liberatore, Tonolini; (Hungria); Vermaelen 67, Batshuayi 89, Fellaini 90+2 (Bélgica) Homem do Jogo R. Sigurdsson
Amarelosellow cards Taylor 58, Ramsey 90+4 (País de Gales); Árbitros assistentes adicionais Orsato, Damato; Homem do Jogo Hazard Árbitro Skomina (SVN); Árbitros assistentes Praprotnik, Vukan;
Dallas 44, Davis 67 (Irlanda do Norte) Quarto árbitro Kulbakov (BLR) Árbitro Mažić (SRB); Árbitros assistentes Ristić, Djurdjević; Árbitros assistentes adicionais Jug, Vinčić;
Homem do Jogo Bale Espetadores 56279 Árbitros assistentes adicionais Grujić, Djokić; Quarto árbitro Velasco Carballo (ESP)
Árbitro Atkinson (ENG); Árbitros assistentes Mullarkey, Child; Quarto árbitro Eriksson (SWE) Espetadores 33901
Árbitros assistentes adicionais Oliver, Pawson; Espetadores 28921
Quarto árbitro Brych (GER)
Espetadores 44342

Ricardo Quaresma marcou o


Chris Coleman, selecionador
golo da vitória de Portugal O capitão italiano
do País de Gales
frente à Croácia Jérôme Boateng coloca a Alemanha na frente contra a Eslováquia Gianluigi Buffon

38 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 SECTION


RESULTADOS
TITLE 39
QUARTOS-DE-FINAL MEIAS-FINAIS
Polónia 1-1 Portugal (a. p.) Alemanha 1-1 Itália (a. p.)
Portugal ganha 5-3 nas grandes penalidades Alemanha ganha 6-5 nas grandes penalidades
Stade Vélodrome, Marselha, 30 de junho de 2016 Stade de Bordeaux, 2 de julho de 2016

Golos 1-0 Lewandowski 2, 1-1 Renato Sanches 33 Golos 1-0 Özil 65, 1-1 Bonucci 78 (g. p.)
Grandes penalidades (Começou Portugal 1-0 Ronaldo, 1-1 Grandes penalidades (Começou a Itália) 1-0 Insigne, 1-1 Kroos,
Lewandowski, 2-1 Renato Sanches, 2-2 Milik, 3-2 Moutinho, 3-3 1-1 Zaza (falhou), 1-1 Müller (defendida), 2-1 Barzagli, 2-1 Özil
Glik, 4-3 Nani, 4-3 Błaszczykowski (defendida), 5-3 Quaresma (poste), 2-1 Pellè (falhou), 2-2 Draxler, 2-2 Bonucci (defendida),
Portugal 2-0 País de Gales Alemanha 0-2 França
Polónia Fabiański; Piszczek, Glik, Pazdan, Jędrzejczyk; 2-2 Schweinsteiger (falhou), 3-2 Giaccherini, 3-3 Hummels,
Stade de Lyon, 6 de julho de 2016 Stade Vélodrome, Marselha, 7 de julho de 2016
Błaszczykowski, Krychowiak, Mączyński (Jodłowiec 98), 4-3 Parolo, 4-4 Kimmich, 5-4 De Sciglio, 5-5 Boateng, 5-5 Darmian
Grosicki (Kapustka 82); Milik, Lewandowski (C) (defendida), 5-6 Hector
Golos 1-0 Ronaldo 50, 2-0 Nani 53 Golos 0-1 Griezmann 45+2 (g. p.), 0-2 Griezmann 72
Portugal Rui Patrício; Cédric, Pepe, Fonte, Eliseu; William Carvalho Alemanha Neuer (C); Höwedes, Boateng, Hummels;
Portugal Rui Patrício; Cédric, Fonte, Bruno Alves, Guerreiro; Alemanha Neuer; Kimmich, Boateng (Mustafi 61), Höwedes,
(Danilo 96); João Mário (Quaresma 80), Renato Sanches, Kimmich, Khedira (Schweinsteiger 16), Kroos, Hector; Müller,
Danilo; Renato Sanches (André Gomes 74), Adrien Silva (Moutinho Hector; Schweinsteiger (C) (Sané 79), Kroos; Can (Götze 67), Özil,
Adrien Silva (Moutinho 73); Nani, Ronaldo (C) Özil; Gomez (Draxler 72)
79), João Mário; Nani (Quaresma 86), Ronaldo (C) Draxler; Müller
Cartões amarelos Jędrzejczyk 42, Glik 66, Kapustka 89 (Polónia); Itália Buffon (C); Barzagli, Bonucci, Chiellini (Zaza 120+1);
País de Gales Hennessey; Collins (J. Williams 66), A. Williams França Lloris (C); Sagna, Koscielny, Umtiti, Evra; Pogba, Matuidi;
Adrien Silva 70, William Carvalho 90+2 (Portugal) Florenzi (Darmian 86), Sturaro, Parolo, Giaccherini, De Sciglio;
(C), Chester; Gunter, Allen, Ledley (Vokes 58), Taylor; King, Bale; Sissoko, Griezmann (Cabaye 90+2), Payet (Kanté 71); Giroud
Homem do Jogo Renato Sanches Éder (Insigne 108), Pellè
Robson-Kanu (Church 63) (Gignac 78)
Árbitro Brych (GER); Árbitros assistentes Borsch, Lupp; Cartões amarelos Hummels 90, Schweinsteiger 112 (Alemanha);
Cartões amarelos Bruno Alves 71, Ronaldo 72 (Portugal); Cartões amarelos Can 36, Schweinsteiger 45+1, Özil 45+1,
Árbitros assistentes adicionais Dankert, Fritz; Sturaro 56, De Sciglio 57, Parolo 59, Pellè 91, Giaccherini 103
Allen 8, Chester 62, Bale 88 (País de Gales) Draxler 50 (Alemanha); Evra 43, Kanté 75 (França)
Quarto árbitro Mažić (SRB) (Itália)
Homem do Jogo Ronaldo Homem do Jogo Griezmann
Espetadores 62940 Homem do Jogo Neuer
Árbitro Eriksson (SWE); Árbitros assistentes Klasenius, Árbitro Rizzoli (ITA); Árbitros assistentes Di Liberatore, Tonolini;
Árbitro Kassai (HUN); Árbitros assistentes Ring, Tóth;
Wärnmark; Ábritros assistentes adicionais Orsato, Damato;
Árbitros assistentes adicionais Bognar, Farkas;
País de Gales 3-1 Bélgica Quarto árbitro Marciniak (POL)
Árbitros assistentes adicionais Johannesson, Strömbergsson; Quarto árbitro Skomina (SVN)
Stade Pierre Mauroy, Lille Métropole, 1 de julho de 2016 Quarto árbitroMarciniak (POL) Espetadores 64078
Espetadores 38764
Espetadores 55679
Golos 0-1 Nainggolan 13, 1-1 A. Williams 31, 2-1 Robson-Kanu 55,
3-1 Vokes 86
País de Gales Hennessey; Chester, A. Williams (C), Davies;
França 5-2 Islândia
Stade de France, Saint-Denis, 3 de julho de 2016
Gunter, Allen, Ledley (King 78), Taylor; Bale, Ramsey (Collins 90);

FINAL
Robson-Kanu (Vokes 80) Golos 1-0 Giroud 12, 2-0 Pogba 20, 3-0 Payet 43, 4-0 Griezmann
Bélgica Courtois; Meunier, Alderweireld, Denayer, J. Lukaku 45, 4-1 Sigthórsson 56, 5-1 Giroud 59, 5-2 B. Bjarnason 84
(Mertens 75); Nainggolan, Witsel; Carrasco (Fellaini 46), De Bruyne, França Lloris (C); Sagna, Koscielny (Mangala 72), Umtiti, Evra;
Hazard (C); R. Lukaku (Batshuayi 83) Pogba, Matuidi; Sissoko, Griezmann, Payet (Coman 80); Giroud
Cartões amarelos Davies 5, Chester 16, Gunter 24, Ramsey 75 (Gignac 60)
(País de Gales); Fellaini 59, Alderweireld 85 (Bélgica) Islândia Halldórsson; Sævarsson, Árnason (Ingason 46),
Homem do Jogo Robson-Kanu R. Sigurdsson, Skúlason; Gudmundsson, Gunnarsson (C),
Árbitro Skomina (SVN); Árbitros assistentes Praprotnik, Vukan; G. Sigurdsson, B. Bjarnason; Bödvarsson (Finnbogason 46),
Árbitros assistentes adicionais Jug, Vinčić; Sigthórsson (Gudjohnsen 83) Golos 1-0 Éder 109
Quarto árbitro Rizzoli (ITA) Cartões amarelos Umtiti 75 (França); B. Bjarnason 58 (Islândia) Portugal Rui Patrício; Cédric, Pepe, Fonte, Guerreiro;
Espetadores 45936 Homem do Jogo Giroud William Carvalho; Renato Sanches (Éder 79), Adrien Silva
Árbitro Kuipers (NED); Árbitros assistentes Van Roekel, Zeinstra; (Moutinho 66), João Mário; Nani, Ronaldo (C) (Quaresma 25)
Árbitros assistentes adicionais Van Boekel, Liesveld; França Lloris (C); Sagna, Koscielny, Umtiti, Evra; Pogba, Matuidi;
Quarto árbitro Mažić (SRB) Sissoko (Martial 110), Griezmann, Payet (Coman 58);
Espetadores 76833 Giroud (Gignac 78)
Cartões amarelos Cédric 34, João Mário 62, Guerreiro 95,
William Carvalho 98, Fonte 119, Rui Patrício 120+3 (Portugal);
Umtiti 80, Matuidi 97, Koscielny 107, Pogba 115 (França)
Portugal 1-0 França Homem do Jogo Pepe

(a. p.) Árbitro Clattenburg (ENG); Árbitros assistentes Beck, Collin;


Árbitros assistentes adicionais Taylor, Marriner;
Stade de France, Saint-Denis, 10 de julho de 2016 Quarto árbitro Kassai (HUN)
Espetadores 75868

40 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 RESULTADOS 41


Mario Götze tenta abrir caminho
pelo meio-campo ucraniano

Tópicos
técnicos
A presença de mais equipas significou uma maior
variedade de esquemas táticos e planos de jogo, mas
as equipas com mentalidade ofensiva sentiram muitas
dificuldades para derrubar os blocos defensivos

FECHAR E ENCONTRAR O CAMINHO PARA O GOLO


Duas estratégias claras dominaram – defesa versus ataque

O alargamento do número de seleções na entre equipas apostadas em deitar abaixo Chris Coleman admitiu que a sua seleção
fase final do torneio conferiu à competição a muralha defensiva contrária e equipas tinha sentido dificuldades para se impor:
uma textura mais rica em termos de culturas mais preocupadas em fechar a baliza a sete “Eles tornam a vida muito difícil aos seus
e personalidades futebolísticas. A procura chaves. Além disso, o torneio foi marcado adversários e não conseguimos jogar o nosso
de padrões no meio de linhas multicoloridas por confrontos táticos entre treinadores futebol normal.” Após o tenso encontro dos
poderia focar-se legitimamente nas apostados em suster os ataques da equipa quartos-de-final no qual a Alemanha apostou
diferentes abordagens adotadas pelas adversária e outros mais preocupados em três centrais, Joachim Löw referiu:
seleções tradicionalmente mais fortes e em incentivar as suas próprias equipas a “A Itália é forte no eixo central, mas nós
aquelas que não são presença tão assídua explorarem as respetivas qualidades. Por neutralizámo-los.” Por seu turno, Antonio
ou que nunca tinham sequer participado exemplo, o selecionador Fernando Santos Conte disse em jeito de reflexão: “O facto de
num Campeonato da Europa. Analisando referiu após a vitória portuguesa frente à os campeões do mundo terem mudado o seu
em retrospetiva a campanha da Inglaterra, Croácia: “Foi um jogo muito tático. Portugal estilo de jogo para nos defrontarem mostra o
o defesa Gary Cahill disse: “Tentámos, tentou assumir o jogo, mas a Croácia não quanto nos respeitam.”
tentámos, uma e outra vez. Mas fecharam- permitiu. Depois, a Croácia tentou assumir o A Islândia foi o melhor exemplo das equipas
nos a porta na cara. Tivemos a maior parte da jogo, mas nós também não deixámos.” contra as “quais era difícil de jogar”. Tal
posse de bola. Dominámos mesmo o jogo do Após a derrota da sua seleção contra a como Alain Giresse, um dos observadores
início ao fim. Mas não conseguimos encontrar Alemanha no jogo inaugural, o treinador técnicos da UEFA, disse: “Foi um torneio no
o caminho para o golo.” Pelo contrário, após ucraniano Mykhailo Fomenko admitiu: “A qual as equipas estiveram bem organizadas
a França ter dado a reviravolta ao jogo com nossa prioridade era evitar que a Alemanha taticamente, não houve jogos fáceis e a
dois golos e ter eliminado a República da marcasse, mas não conseguimos.” O principal preocupação foi fechar os espaços,
Irlanda, o defesa Seamus Coleman referiu: “A selecionador da Irlanda do Norte, Michael manter a formação defensiva e explorar
segunda parte seria sempre difícil para nós O’Neill, afirmou após a derrota por 1-0 frente oportunidades para o contra-ataque.”
e simplesmente não conseguimos manter a ao País de Gales: “Mudámos o esquema
baliza inviolável o tempo suficiente.” tático porque julgámos que Ramsey seria
O torneio esteve repleto de encontros uma ameaça.” O seu homólogo galês

42 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 TÓPICOS TÉCNICOS 43


MUDANÇAS ESTRUTURAIS
Foram utilizadas mais formações do que em 2012 e o papel do ponta-de-lança evoluiu

O UEFA EURO 2016 confirmou que o 1-4-2-3-1 é Kanu ou Sam Vokes). Quando defrontou a Itália decidiu no último jogo da fase de grupos frente
o esquema tático de eleição, mas as 24 equipas nos quartos-de-final, a Alemanha apresentou- à Irlanda do Norte, jogar com um verdadeiro
presentes na fase final apostaram numa maior se em 1-3-4-3, com Joshua Kimmich e Jonas nove em vez de um falso nove, mas Mario Gomez
diversidade de sistemas do que no UEFA EURO Hector desempenhando o papel de alas. viria a lesionar-se nos quartos-de-final. Um dos
2012. Na Polónia e Ucrânia, no total das 16 Relativamente às equipas que apostaram num principais pontos de reflexão foi o pouco número
seleções presentes, sete apostaram no quarteto defensivo, a Hungria optou pelo de golos marcados pelos pontas-de-lança durante
1-4-2-3-1, cinco no 1-4-3-3, quatro no 1-4-4-2 e 1-4-2-3-1, tal como a Polónia, enquanto a a fase de grupos, com o selecionador polaco
apenas a Itália apresentou um 1-3-5-2 nos dois República da Irlanda de Martin O’Neill, jogou em Adam Nawalka, por exemplo, a sentir-se obrigado
primeiros jogos. Em França, dez equipas jogaram 1-4-1-4-1 numa variação ao 1-4-4-2 também a dizer no final do terceiro jogo da fase de grupos:
preferencialmente em 1-4-2-3-1, enquanto utilizado pela Islândia e Suécia. Por seu turno, “O facto de Lewandowski ainda não ter marcado
quatro apostaram no 1-4-3-3. Entre estas 14 Portugal adotou uma abordagem algo clássica não é nenhum problema. Ele tem trabalhado
seleções, a França e a Turquia alternaram entre a essa estrutura, mudando a organização da muito e tem tido uma grande influência no
ambos os sistemas, com a seleção anfitriã a ser equipa consoante as características dos nosso jogo.” Ginés Meléndez expressou a
objeto de um amplo debate por fazer mais golos médios-ala/extremos que apoiavam Nani e opinião de muitos dos seus colegas na equipa
em 1-4-2-3-1 com Antoine Griezmann a jogar nas Cristiano Ronaldo. técnica da UEFA quando referiu: “Observámos
costas do ponta-de-lança Olivier Giroud, do que Assim, a equipa de Fernando Santos foi alguns avançados muito bons neste torneio.
em 1-4-3-3. uma de um punhado de seleções que apostou Mas trabalham muito para a equipa, em vez de
A Albânia e a Irlanda do Norte preferiram um numa dupla ofensiva, ao invés de jogar com desempenharem o tradicional papel do ponta-de-
1-4-5-1, com esta última a adotar um 1-3-5-2, um único ponta-de-lança. As outras foram a lança ganancioso.” Alain Giresse referiu: “Esta é
no primeiro jogo contra a Polónia e no encontro Islândia, a Suécia (com Zlatan Ibrahimović na uma questão fundamental quando os treinadores
dos oitavos-de-final frente ao País de Gales. A frente), a Polónia (Arkadiusz Milik ao lado de definem as funções dos seus jogadores. O n.º
Itália também apostou neste último esquema, Robert Lewandowski), a Itália (Éder e Pellè) e, 9 está em campo para marcar golos? Ou dá
com Antonio Conte a jogar com Andrea Barzagli, ocasionalmente, a República da Irlanda, quando prioridade a outras missões?” Jean-François
Leonardo Bonucci e Giorgio Chiellini, o trio O’Neill optou por fazer alinhar Shane Long ao Domergue acrescentou outros matizes a esta
defensivo da Juventus já familiarizado com lado de Daryl Murphy ou, no primeiro jogo, questão: “Gomez deu à Alemanha uma referência
estes mecanismos. O País de Gales foi a seleção Jon Walters. quando atacavam com muitos jogadores. Mas, em
que mais se aproximou desse formato, jogando Por conseguinte, 18 dos 24 selecionadores algumas equipas, o ponta-de-lança teve de lidar
Zoltán Stieber sela a num 1-3-4-3 com Aaron Ramsey e Gareth Bale apostaram apenas num único ponta-de-lança – com um cenário bastante diferente, ao jogar 30
vitória da Hungria a apoiarem o único ponta-de-lança (Hal Robson- ou, no caso da Alemanha, nenhum, até que Löw ou 40 metros afastado do resto da equipa.”
contra a Áustria

CONTRAPRODUCENTE
O perigo causado pelas saídas rápidas para o contra-ataque está a tornar-se uma coisa do passado

No UEFA EURO 2008, 46% dos golos dos lances com a história; o golo da vitória de Portugal aos expectável, Portugal jogou no contra-ataque.
de bola corrida resultaram de contra-ataques. 117 minutos do prolongamento frente à Croácia; Mas controlámos o jogo e não permitimos
Desde então, cientes do perigo resultante das e os dois golos ao cair do pano que fecharam a que criasse nenhuma oportunidade, até
transições rápidas, os treinadores alteraram goleada da Bélgica por 4-0 contra a Hungria. quase ao final dos 120 minutos”, referiu
as estratégias. No UEFA EURO 2012, a eficácia Por outras palavras, a maioria dos contra- Ante Čačić, treinador da Croácia. O seu
dos contra-ataques rápidos tinha caído para ataques que resultaram em golo ocorreram na homólogo português disse: “Estávamos
metade e, em França, consolidou-se a tendência fase final dos jogos, quando a equipa adversária preparados para a Croácia e entrámos em
decrescente. Além disso, as estatísticas são estava a pressionar em busca de um resultado campo para contrariar os seus pontos fortes.
de certa forma enganadoras, dado que uma positivo. Foram muito poucos os golos Não os deixámos sair no contra-ataque.”
elevada percentagem dos contra-ataques inaugurais que surgiram em contra-ataque: o Após o jogo do Grupo C, o selecionador
que resultaram em golos ocorreram já nos primeiro golo da Turquia contra a República polaco Adam Nawalka observou: “Houve
derradeiros minutos dos encontros. Os exemplos Checa, o da Polónia frente à Suíça e o da alturas em que a Alemanha teve a iniciativa
incluem a corrida e o cruzamento de Mesut Özil Bélgica que irritou o selecionador da República do jogo, mas demos essa iniciativa de
para o golo de Bastian Schweinsteiger que selou da Irlanda, Martin O’Neill: “Resultou de um forma intencional, para termos espaço
a vitória da Alemanha por 2-0 frente à Ucrânia; lance ofensivo nosso. Foi um livre a nosso favor, para sairmos no contra-ataque.” “Não
os cruzamentos da direita que Graziano Pellè a bola foi colocada na grande área, saíram no deixámos a Polónia explorar os seus pontos
finalizou já no período de descontos contra a contra-ataque e marcaram. Esse golo foi muito, fortes, causar estragos no contra-ataque”,
Bélgica e Espanha; o golo aos 87 minutos de muito importante porque depois, fomos atrás respondeu Löw.
Zoltán Stieber que garantiu uma vitória por 2-0 do prejuízo e fomos apanhados várias vezes Em França, a maioria das seleções
da Hungria ante a Áustria; o contra-ataque pela em contrapé.” recorreu ao contra-ataque, mas, Burak Yılmaz encontra
ala direita e o cruzamento ao segundo poste De uma forma geral, as estratégias de gestão normalmente, este apenas surtiu efeito espaço para fazer o
primeiro golo da Turquia
aos 90+4 que permitiram à Islândia ficar no do risco centraram-se em impedir os contra- quando as circunstâncias do jogo obrigaram frente à República Checa
segundo lugar do Grupo F e marcar encontro ataques da equipa adversária. “Como era a equipa adversária a abrir-se.

44 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 TÓPICOS TÉCNICOS 45


velocidade com a qual a Alemanha chegava à
REGRESSO "Foi incrível observar a área adversária e de tantas formas diferentes: PASSES LONGOS
À FRENTE rapidez com a qual a passes rápidos, bons cruzamentos, combinações,
bolas a rasgar. Eram uma equipa orientada para Irlanda do Norte 28%
Os passes longos foram uma arma fundamental Alemanha chegou à a posse de bola mas, a meu ver, fizeram mais
para rasgar o bloco defensivo Islândia 22%
área adversária e jogadas em penetração do que qualquer outra
equipa”, referiu Southgate. República da Irlanda 21%
“Houve algumas raras exceções. Mas, nos jogos
através de várias A impressão geral dos observadores é a de República Checa 20%
a que assisti, a maioria das equipas queria formas: passes rápidos, que, após vários anos em que as equipas se
País de Gales 18%
começar a jogar a partir da retaguarda”, referiu centravam em copiar o jogo de posse de bola
Peter Rudbæk. “Por outro lado, foram poucas
bons cruzamentos, da Espanha, do FC Barcelona ou do Bayern de Albânia 17%
as equipas que conseguiram ter êxito a sair a combinações, bolas a Munique de Pep Guardiola, atualmente os blocos
Turquia 17%
jogar a partir da retaguarda”, argumentou David defensivos muito recuados estão a levar as
Moyes. Mixu Paatelainen acrescentou: “Em
rasgar a defesa" equipas a optarem por soluções de ataque mais Hungria 16%
muitos jogos, a equipa adversária conseguiu direto. As estatísticas comprovam esta ideia. No Roménia 16%
ditar se a outra equipa podia ou não sair a jogar UEFA EURO 2012, 5 das 16 equipas – por outras
a partir da defesa.” palavras, 31% – podiam afirmar que os passes Rússia 16%
O encontro dos oitavos-de-final entre a longos representavam menos de 10% do total Eslováquia 16%
Espanha e a Itália foi um exemplo ilustrativo. de passes. Em França, isso não sucedeu com
Suécia 16%
Durante a primeira parte, a equipa de Antonio nenhuma seleção.
A pressão alta coletiva da Itália contra
Conte exerceu uma pressão alta, impedindo a a Espanha (em cima) impediu os Em 2012, a República da Irlanda (19%) e a Croácia 15%
campeões em título de construírem as
Espanha de começar a construir o seu jogo a Ucrânia (18%) foram as seleções que mais
jogadas a partir da defesa e obrigou o Itália 15%
partir da defesa. Depois de realizar um total guarda-redes David de Gea a recorrer obrigado a jogar a bola longe 19 vezes contra os recorreram aos passes longos. Em 2016, quatro
de 20 passes longos em todos os jogos da fase aos passes longos
italianos. De uma forma geral, os observadores equipas ultrapassaram estes registos. Em 2012, Polónia 15%
de grupos, o guarda-redes David De Gea foi técnicos consideraram que a maioria das os passes longos representaram 12,8% do Ucrânia 15%
equipas realizaram uma pressão intensa sobre total de passes realizados em todo o torneio.
Áustria 14%
o portador da bola, com suficiente presença Em França, a média das 24 seleções foi de
física para perturbar, desequilibrar ou de outra 15,88%. Por outras palavras, a utilização dos Bélgica 14%
forma dificultar os passes a partir da retaguarda. passes longos registou uma subida de 24%, o
Portugal 13%
Moyes e Gareth Southgate concordaram que “o que realça a tendência para o recurso ao jogo
nível de pressão era suficiente para persuadir direto da defesa para o ataque como um método Inglaterra 12%
os adversários a apostarem em soluções para surpreender as defesas antes de estas Alemanha 12%
pouco arriscadas.” Normalmente, recorreram terem tempo de se reorganizar. Naturalmente,
aos passes longos da defesa para o ataque. os guarda-redes desempenham um papel Suíça 12%
Ao mesmo tempo, mostraram preocupação importante ao nível dos passes longos – uma França 11%
em garantir que os passes longos não eram faceta evidente na secção deste relatório
Espanha 10%
sinónimo de maus passes. “Foi incrível ver a dedicada aos guarda-redes.

A SEGURANÇA EM
PRIMEIRO LUGAR
A minimização do risco foi uma das marcas
distintivas do torneio

A utilização do passe longo como solução de baixo


risco também se aplicou a outros aspetos do jogo.
Quando o guarda-redes se preparava para marcar
o pontapé de baliza, era prática comum ver quase
todos os jogadores de campo aglutinados numa
área de aproximadamente 30m x 25m entre o
círculo central e uma das linhas laterais. A bola
passada para esta multidão raramente tinha
resultados práticos em termos de jogada de ataque.
Por outro lado, a densidade populacional numa área
tão limitada significava que os adversários, mesmo
que ganhassem a primeira bola ou a segunda bola,
raramente conseguiam lançar um contra-ataque
direto. Por outras palavras, esta foi uma das várias Os pontapés longos dos guarda-redes
estratégias de gestão de risco que marcaram o para áreas congestionadas e reduzidas
foram uma forma de gestão do risco
torneio em França.

46 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 TÓPICOS TÉCNICOS 47


UMA QUESTÃO DE
CRUZAMENTOS CRUZAMENTOS
O número de cruzamentos subiu à medida que
as equipas procuraram encontrar uma forma Total de Média por Eficácia
cruzamentos jogo
de contornar os blocos defensivos
Islândia 40 8 32,5%

Apesar da grande diversidade de esquemas Croácia 113 28,3 29,2%


táticos usados pelas seleções no UEFA EURO
2016, houve um claro denominador comum. No Espanha 93 23,3 28%
meio-campo, Sergio Busquets (Espanha), Eric França 174 24,9 26,4%
Dier (Inglaterra), Milan Škriniar (Eslováquia),
William Carvalho (Portugal) e, muitas vezes, País de Gales 84 14 26,2%
Oliver Norwood (Irlanda do Norte) foram os raros
Bélgica 143 28,6 25,9%
exemplos de jogadores que desempenharam o
papel de único trinco da equipa. Outras equipas Inglaterra 107 26,8 25,2%
preferiram utilizar dois médios defensivos
Roménia 44 14,7 25%
para proteger a linha defensiva e conferirem
capacidade criativa e defensiva, de modo a Itália 73 14,6 24,7%
abortarem os ataques da equipa adversária e a
República da Irlanda 73 18,3 24,7%
iniciarem as jogadas ofensivas da própria equipa.
Muitas vezes, os trincos recuaram rapidamente Suíça 98 24,5 24,5%
para formar uma linha defensiva que, em alguns
Portugal 204 29,1 24%
jogos, era composta por seis jogadores.
“A aposta em blocos defensivos tão recuados Hungria 66 16,5 22,7%
e compactos, juntamente com as transições
Eslováquia 27 9 22,2%
bastante rápidas, fez com que fosse difícil
encontrar espaços para jogar nas costas das Ucrânia 73 24,3 21,9%
defesas”, referiu Southgate. “Por isso, a escolha
dos jogadores e métodos ofensivos foi uma das Irlanda do Norte 57 14,3 21,1%
principais decisões que os treinadores tiveram Suécia 76 25,3 21,1%
de tomar.” Thomas Schaaf sublinhou: “Os
defesas centrais preocuparam-se claramente Alemanha 179 29,8 20,1%
em fechar os caminhos centrais para a sua Kevin De Bruyne efetuou mais
Rússia 67 22,3 19,4%
de 10 cruzamentos por jogo,
baliza e as equipas adversárias, mesmo quando sendo que 37% chegaram a
colocavam vários homens na frente, mostraram- um jogador belga Polónia 76 15,2 18,4%
se relutantes em penetrar através do eixo
Turquia 34 11,3 17,6%
central porque havia um risco maior associado (incluindo passes atrasados) e 35% dos golos E Gerard Piqué respondeu da melhor forma dos seus cruzamentos chegaram a um colega
à perda da bola nessa área.” Mixu Paatelainen em lances de bola corrida tiveram origem em a um cruzamento do lado esquerdo que saiu de equipa. O lateral direito croata Darijo Srna Áustria 70 23,3 15,7%
acrescentou: “Vimos muitas equipas a jogarem passes a partir das alas. Em França, uma elevada do pé direito de Andrés Iniesta para fazer o teve um registo semelhante – 43 cruzamentos
Albânia 52 17,3 15,4%
com uma defesa bastante concentrada e percentagem das oportunidades de golo surgiu golo com que a campeã em título venceu a em quatro jogos, com uma taxa de eficácia
organizada, o que sublinhou a necessidade de as claramente no seguimento de cruzamentos. República Checa, já ao cair do pano do primeiro de 35%, bem à frente dos seus homólogos República Checa 56 18,7 12,5%
equipas adversárias encontrarem uma forma de Muito embora os totais absolutos das seleções jogo. “O que mudou nos últimos anos foi a ingleses e espanhóis. Kyle Walker e Juanfran
contornar o bloco defensivo, tendo em conta o da Croácia, Itália, Alemanha, Suíça, Polónia e, zona do campo a partir da qual são feitos registaram 14% e 12,5% respetivamente. Um
quão difícil era desfeitear o mesmo. Penso que sobretudo, Portugal sejam influenciados pelos os cruzamentos e os tipos de cruzamentos”, dos destaques da Alemanha foi a baixa taxa de
foi por este motivo que se observou um maior prolongamentos disputados, os dados indicam referiu Southgate. Tem-se vindo a registar eficácia dos cruzamentos a partir das alas. Toni
número de cruzamentos.” o número médio de cruzamentos por jogo e a muitos cruzamentos na direção da baliza, o que Kroos foi o jogador com mais cruzamentos (42)
As estatísticas sustentam a sua opinião. Com percentagem de eficácia dos mesmos. resulta do facto de as equipas jogarem cada com uma taxa de eficácia de 21%, enquanto
o alargamento para 24 seleções, naturalmente Os cruzamentos na direção da baliza efetuados vez mais com extremos que atuam no flanco Thomas Müller (12,5%) ficou a meio caminho
que houve mais cruzamentos em França do que com o pé “contrário” surgiram como um trunfo oposto ao seu pé, ao mesmo tempo que os entre os dois defesas laterais Joshua Kimmich
em 2012. Contudo, as médias permitem realizar importante para colocar a bola na zona de passes atrasados fazem cada vez mais parte (23%) e Jonas Hector (6%). “Naturalmente,
comparações mais fiáveis. No UEFA EURO 2012, ninguém entre os defesas e o guarda-redes. O do jogo, dado que já não se vê tantos extremos os laterais e os extremos foram os jogadores
registaram-se 811 (uma média de 26,16 por valor desta jogada ficou patente no cruzamento a correrem até à linha de fundo e cruzarem da que realizaram mais cruzamentos, sendo que
jogo), face a 2079 cruzamentos (uma média de Wes Hoolahan da direita ao qual Robbie linha lateral.” muitos extremos fletiram para dentro, para
de 40,76 por jogo) em 2016. Não há nenhuma Brady correspondeu com um cabeceamento Em termos individuais, o lateral italiano abrirem espaços para os laterais subirem nas
dúvida de que um aumento de 56% representa vitorioso frente à Itália que permitiu à República Antonio Candreva foi a referência nesta costas”, assinalou Rudbæk. A quantidade de
uma tendência relevante em termos da da Irlanda causar uma das surpresas do torneio categoria realizando 22 cruzamento da ala cruzamentos é uma coisa, mas a qualidade é
preferência das equipas de canalizarem os seus e avançar para os oitavos-de-final. Outro direita, em apenas dois jogos, antes de perder outra. Como tal, enquanto treinadores, temos
ataques pelos flancos. Isto reflete a tendência da cruzamento com o pé esquerdo a partir da o resto do torneio por lesão. Kevin De Bruyne de prestar atenção à capacidade dos jogadores Darijo Srna realizou muitos
cruzamentos a partir da
UEFA Champions League, uma vez que, na época direita encontrou Birkir Bjarnason ao segundo realizou mais de 10 cruzamentos por jogo, sendo de realizarem bons cruzamentos, uma vez ala direita croata
2015/16, registou-se um aumento de 24% no poste e este fez o golo que permitiu a Islândia que o avançado belga foi um dos que teve uma que isso agora é fundamental para o potencial
número de golos no seguimento de cruzamentos conquistar um ponto precioso frente a Portugal. taxa de eficácia mais elevada do torneio. 37% ofensivo da equipa.”

48 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 TÓPICOS TÉCNICOS 49


Análise aos
O UEFA EURO 2012 produziu uma média como pretexto para saudar os técnicos pelas

↓13,5%
de 2,45 golos por jogo e as duas anteriores substituições inteligentes ou como argumento
edições do EURO registaram uma média muito para sustentar a ideia de que, em geral, os
semelhante (2,48). Por isso, uma das estatísticas técnicos optaram por guardar as suas armas para
mais surpreendentes da primeira fase final quando havia a necessidade premente de realizar

golos
com 24 seleções foi o facto de apenas terem um último esforço para obter um resultado
sido marcados 69 golos em 36 jogos da fase positivo. O mesmo se pode aplicar ao facto de ao
O número de golos desceu 13,5%
de grupos, ou seja, uma média de 1,92 golos longo do torneio apenas terem sido marcados
face ao UEFA EURO 2012
por jogo. “A fase de grupos é sempre muito 42 golos na primeira parte, face a 66 após o
fechada, mas na fase a eliminar os jogos são mais intervalo.

42%
abertos”, referiu o selecionador alemão Joachim Os golos do torneio foram marcados por 76
Löw. Ficou provado que tinha razão, visto que nos jogadores. Por vezes, foi difícil enquadrar os

O jogo direto foi a forma mais eficaz de 15 jogos da fase a eliminar foram marcados 39
golos, elevando a média do torneio para 2,12 por
jogadores numa categoria específica, dado que do
meio-campo para a frente, sobretudo nos flancos,

chegar ao golo, mas os golos escassearam jogo. Contudo, esta recuperação não conseguiu
disfarçar uma acentuada descida de 13,5% no
não foi fácil fazer a distinção entre “avançados” e
“médios”. Durante a fase de grupos, os avançados
Os cruzamentos e passes atrasados
estiveram na origem de 42% dos
e demoraram muito tempo a chegar total de golos. marcaram 29 golos, os médios 32 e os defesas 6.
Dado que os avançados marcaram 12 dos últimos
golos em lances de bola corrida

20 golos do torneio, o cômputo final foi: 47 golos


“Quando o objetivo era de avançados, 45 de médios e 13 de defesas. Os
não terminar no último

↓7%
outros três foram autogolos.
Dos 21 golos marcados por extremos/médios
lugar do grupo, as ala, o flanco esquerdo foi responsável por 17 e
equipas estiveram o direito por 4. Apenas um golo foi marcado por
um defesa lateral: o galês Neil Taylor, na vitória
muitas vezes por 3-0 frente à Rússia. Os golos de pé esquerdo
A percentagem de golos de cabeça
desceu de 29% no UEFA EURO 2012
concentradas em representaram 37 golos (13 dos quais da autoria
para 22% em França
da França e do País de Gales), face a 47 golos
defender muito bem e marcados com o pé direito.

19
de forma organizada. O número de golos de cabeça registou uma
descida acentuada para 22% face ao número
Não foi fácil para os recorde que tinha sido estabelecido no UEFA
avançados" EURO 2012 (29%). Dos 24 golos de cabeça do
UEFA EURO 2016, cinco surgiram na marcação
19 dos 69 golos da fase de grupos
Savo Milošević, observador técnico da UEFA, de cantos, quatro no resultado de livres e os
foram marcados após o minuto 80
afirmou: “Na fase de grupos, vimos excelentes restantes no seguimento de cruzamentos ou
treinadores, em especial nos bancos dos passes atrasados.

15
países ditos mais pequenos. Essas equipas Como já foi referido, os cruzamentos foram
estavam muito bem preparadas para contrariar uma das principais características do torneio. Os
adversários mais fortes. Mas, enquanto antigo cruzamentos e os passes atrasados estiveram
ponta-de-lança, devo lamentar os poucos golos na origem de 42% dos golos em lances de bola
marcados.” O observador técnico Peter Rudbæk corrida, incluindo três autogolos que resultaram
15 dos golos da fase de grupos
acrescentou: “Quando o objetivo era não terminar de cruzamentos feitos próximos da linha de fundo.
foram marcados após o minuto 85
no último lugar do grupo, as equipas estiveram
muitas vezes concentradas em defender muito

7
bem e de forma organizada. Não foi fácil para
os avançados.”
Uma das características mais evidentes da fase
de grupos prende-se com o facto de 19 dos 69
golos terem sido marcados após o minuto 80, 15
7 golos da fase grupos foram
dos quais após o minuto 85 e sete já no período
marcados nos descontos
de descontos. Este registo vem aumentar ainda
mais a elevada percentagem de golos tardios na

17,6%
história da competição. O facto de terem sido
marcados tantos golos perto do final dos jogos
contribuiu para outra estatística surpreendente:
14 golos (20%) foram anotados por jogadores
suplentes, sendo que outros cinco suplentes
de todos os golos foram marcados
também fizeram golos durante a fase a eliminar.
por jogadores suplentes
Na realidade, foi um jogador que saiu do banco Armando Sadiku marca o
que marcou o último golo do torneio e que deu golo da vitória da Albânia
frente à Roménia
Neil Taylor é engolido pelos colegas o título a Portugal. Tal facto pode ser usado
após marcar um golo na vitória por
3-0 do País de Gales contra a Rússia

50 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 ANÁLISE DOS GOLOS 51


GOLOS MARCADOS DE 1996 A 2016

1996 2000 2004 2008 2012 2016

Número total de golos 64 85 77 77 76 108

Número de jogos 31 31 31 31 31 51

FORMA DE RECUPERAÇÃO DA BOLA NA ORIGEM DO GOLO

Erro da equipa adversária 1 5 4 2 4 3

Alívio da equipa adversária 5 8 4 5 8 14

Duelo aéreo 2 3 1 4 1 1

Duelo no solo 3 5 2 2 2 1

Segunda bola após um alívio 2 1 1 1 1 6

Bloqueio de um remate da equipa adversária 0 0 1 0 0 1

Defesa 1 0 1 0 0 1

Próprio pontapé de baliza 0 1 0 1 0 0

Bloqueio de alívio do guarda-redes 1 0 1 0 0 0

Corte de um defesa 3 5 7 7 6 5

Cruzamento da equipa adversária 2 1 2 2 2 3

Ressalto de um cruzamento bloqueado 0 1 1 0 1 0

Ressalto de um passe bloqueado 1 1 0 0 4 1

Ressalto de um remate bloqueado 1 3 1 1 2 1

O magnífico remate de primeira de Ressaltos dos ferros 0 2 0 2 2 0


Luka Modrić inaugurou o marcador
do jogo entre a Croácia e a Turquia Ressalto de uma defesa do guarda-redes 3 2 4 5 2 3

Canto 5 3 9 5 6 8

FORMA DE
As estatísticas confirmam os sinais que para sustentar as teorias de que a pressão Pontapé de baliza 1 1 0 1 1 2
apontam para a existência de uma ligeira alta está a colher mais dividendos, uma vez
Lançamento lateral 1 6 4 5 5 8
tendência para um estilo de jogo mais direto no que 47% dos golos anotados em França
UEFA EURO 2016. O número médio de segundos resultaram de recuperações de bola no último Livre 9 10 12 10 9 15

MARCAÇÃO
necessários para marcar cada um dos 108 golos terço, enquanto no UEFA EURO 2008 essa Grande penalidade 6 8 7 4 3 8
registados em França desceu quase 11% face ao percentagem cifrou-se nos 35%. Ao mesmo
registo do UEFA EURO 2012 e o número médio Bola perdida 7 12 7 7 3 16
tempo, tem-se vindo a observar uma tendência
de passes que antecederam os golos também decrescente no número de golos que resultam Bola perdida pela equipa adversária 6 5 7 10 9 9

DOS GOLOS
tiveram um decréscimo marginal. de recuperações de bola no terço central:
Pressão alta 1 1 0 0 0 1
Contudo, fazendo uma retrospetiva histórica, representaram 45,5% dos golos em 2008, 38%
ambos os números relativos a 2016 continuam em 2012 e 33% em 2016. Este declínio sugere Interceção 3 1 1 3 5 0
significativamente acima de torneios anteriores. que as equipas talvez estejam cada vez mais a
O número médio de passes que antecederam fazer pressão sobre o portador da bola e/ou a LOCAL DE RECUPERAÇÃO DA BOLA NA ORIGEM DO GOLO
os golos foi 53% superior do que quando a apostar nas transições defensivas rápidas.
Terço defensivo 9 7 12 15 14 21
O jogo direto foi uma característica do UEFA EURO fase final foi alargada a oito equipas em 1980 Entretanto, o facto de quase 20% dos golos
e 60% superior à média quando foi introduzido anotados no UEFA EURO 2016 terem resultado Terço central 24 37 25 35 29 36
2016, uma vez que as equipas precisaram de menos o formato de 16 equipas em 1996. O número de recuperações de bola no terço defensivo
Último terço 31 41 40 27 33 51
passes e menos tempo com a bola para chegarem ao de médio de segundos de posse de bola pode ser visto como um sinal de uma maior
também subiu 34% e 32% face a 1980 e 1996 facilidade em jogar através dos vários setores
golo do que em 2012 respetivamente. Os números relativos às últimas do campo, incluindo contra-ataques. Por
Número médio de passes que
2,33 2,41 2,77 3,43 3,87 3,73
antecederam o golo
três edições do EURO apontam mais para estilos exemplo, no UEFA EURO 2000, apenas 8% dos
Número médio de segundos de posse
de jogo baseados na posse de bola. golos resultaram de recuperações de bola no 8,13 7,91 8,90 10,92 12,05 10,77
de bola que antecederam o golo
As estatísticas também poderiam ser usadas terço defensivo.

52 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 ANÁLISE DOS GOLOS 53


GOLOS DE BOLA Eric Dier marca um
FORMA DE MARCAÇÃO DOS GOLOS
PARADA golo de livre à Rússia
GOLOS DE BOLA PARADA
Com a dificuldade em penetrar na defesa
contrária, muitas vezes, os lances de bola AÇÃO ORIGEM FASE DE FASE A TOTAL
parada fizeram a diferença GRUPOS ELIMINAR

Canto Diretamente ou no seguimento de um canto 6 6 12


Os golos de bolas paradas registaram uma
subida assinalável face aos 21% do UEFA EURO Livre direto Diretamente de um livre 4 0 4
2012 e a sua importância ficou bem patente
Livre indireto Após um livre 3 3 6
no facto de nada mais nada menos do que 19
dos cruciais golos inaugurais dos jogos terem Grande penalidade Grande penalidade ou na recarga a uma grande penalidade 4 4 8
surgido na sequência de lances de bola parada.
Lançamento lateral No seguimento de um lançamento lateral 1 1 2
“Em jogos fechados – tal como acontece nas
grandes competições – as equipas estão bem 18 14 32
organizadas defensivamente e tendem a não
se expor aos contra-ataques no início”, referiu GOLOS DE BOLA CORRIDA
Gareth Southgate, observador técnico da UEFA.
AÇÃO ORIGEM FASE DE FASE A TOTAL
“Por isso, é muito importante que as equipas GRUPOS ELIMINAR
trabalhem os lances de bola parada ofensivos e
defensivos.” Combinações Tabela ou jogada de combinação 5 2 7
Muito embora quatro das 12 grandes
Cruzamento Cruzamentos das alas 14 6 20
penalidades do torneio não tenham sido
convertidas, 32 golos tiveram origem em lances Passe atrasado Passe atrasado da linha de fundo 6 3 9
de bola parada, ou seja, quase 30% do total. A
Diagonais Passes em diagonal para a área 2 1 3
grande novidade nesta categoria foi a utilização
efetiva do lançamento lateral por parte da Corrida com a bola Drible e remate ou drible e passe 8 1 9
Islândia, uma jogada que voltou a surgir em
França como uma arma útil. Enquanto o capitão Remates de longa distância Remate direto ou remate e ressalto 6 6 12
Aron Gunnarsson pedia ao apanha-bolas uma Passe para a frente Passes a rasgar ou sobre a defesa 7 4 11
bola limpa e seca, os colegas assumiam posições
normalmente associadas à marcação de um livre Erros defensivos Mau atraso ou erro do guarda-redes 1 1 2
ou canto. Os seus lançamentos laterais para a Própria baliza Golos na própria baliza 2 1 3
grande área estiveram na origem do primeiro
golo contra a Áustria, do empate decisivo frente 51 25 76
a Inglaterra e até do primeiro golo da Islândia
TOTAL 69 39 108
contra a França nos quartos-de-final (muito
embora este golo tenha sido atribuído a um
“cruzamento” e não a um “lançamento lateral”,
porque Aron Gunnarsson recebeu e cruzou
novamente a bola). GOLOS DE BOLA da vitória da Islândia contra a Áustria.
Os remates de longa distância de Dimitri
A falta de especialistas na marcação de
livres tem sido um ponto de reflexão noutras
CORRIDA Payet foram um dos principais trunfos da
Inglaterra. Já Eric Dier executou na perfeição o explorada pela Irlanda do Norte, por exemplo, Depois dos cruzamentos, os remates de longa seleção francesa. Mas o francês não foi o único
competições da UEFA. Porém, em França, Gareth
livre com o qual a Inglaterra ganhou vantagem quando o cabeceamento de Gareth McAuley distância foram a principal origem dos golos a explorar os espaços vazios à entrada da área,
Bale abriu as hostilidades com dois golos na
sobre a Rússia. O húngaro Balázs Dzsudzsák fez o permitiu ao conjunto de O’Neill abrir o marcador em lances de bola corrida resultantes do recuo das defesas. O belga Radja
marcação de livres diretos frente à Eslováquia e
2-1 contra Portugal graças a um livre direto que frente à Ucrânia. Nainggolan também marcou golos fantásticos
desviou num adversário e, mais tarde, colocou Os cantos representaram uma dúzia de golos. contra a Suécia e o País de Gales.
a Hungria na frente por 3-2 numa recarga a um Muitos resultaram de um remate à entrada da Tal como referido anteriormente, os A natureza compacta dos blocos defensivos
GOLOS DE CABEÇA
livre. Contudo, após a fase de grupos, não foi grande área, após um mau alívio da defesa – cruzamentos estiveram na origem de uma foi salientada pelo reduzido número de golos
NOS EUROPEUS
marcado mais nenhum golo de livre. como o vólei de Luka Modrić frente à Turquia ou elevada percentagem de golos de bola corrida que resultaram de jogadas de combinação. O
Ano Golos de Total de Percentagem As estratégias de defesa dos lances de bola o de Jérôme Boateng contra a Eslováquia. Os em França. Noutras categorias, correr com a número de golos atribuídos a passes a rasgar
cabeça golos parada geraram vários pontos para reflexão. melhores exemplos da fórmula clássica (canto bola parece ser produtivo, mas as iniciativas a defesa aparentemente poderá contradizer a
Há uma tendência crescente para as equipas mais golo de cabeça) foram o golo do francês individuais que resultaram em golo tenderam teoria de que as equipas sentiram dificuldades
1996 11 64 17,2%
colocarem todos os jogadores em linha à entrada Paul Pogba contra a Islândia e o empate do a estar associadas a jogadas de contra-ataque para penetrar pelo meio das defesas
2000 15 85 17,6% da grande área quando defendem livres. Muitas País de Gales contra a Bélgica da autoria de e não a jogadas muito trabalhadas. São disso adversárias, mas, na fase de grupos, apenas
vezes, os avançados colocaram-se em posição Ashley Williams – ambos foram finalizações exemplo os golos do croata Ivan Perišić frente sete golos tiveram origem neste tipo de lance e
2004 17 77 22,1%
de “fora-de-jogo”, fora do campo de visão dos irrepreensíveis após os jogadores terem à República Checa e Espanha, a corrida de dois dos golos marcados desta forma na fase a
2008 15 77 19,5% defesas, o que exigiu um trabalho muito rigoroso fugido à marcação defensiva. Eden Hazard que deu o 3-0 (Romelu Lukaku) eliminar aconteceram quando a linha defensiva
2012 22 76 28,9% por parte dos árbitros auxiliares. Obviamente que A taxa geral de eficácia dos cantos foi 1 golo à Bélgica frente à República da Irlanda e a islandesa foi apanhada muito subida e em linha
Radja Nainggolan abriu o marcador
esta estratégia deixou um enorme espaço livre a cada 45 cantos – uma melhoria face a 1 em enorme cavalgada de Elmar Bjarnason pela na primeira parte contra a França. Tal constitui para a Bélgica ante o País de Gales
2016 24 108 22,2%
entre os defesas e o guarda-redes – uma zona cada 57 em 2012 e 1 em cada 64 em 2008. direita que esteve na origem do decisivo golo uma descida significativa face a 2012. com um espetacular remate de longe

54 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 ANÁLISE DOS GOLOS 55


MOMENTO DE Dos 108 golos marcados no torneio, 61%
foram anotados na segunda parte do jogo – um
número que ultrapassa os 58% do UEFA EURO
homens na frente, seremos castigados no
contra-ataque.”
Contudo, o País de Gales conseguiu dar a
VITÓRIAS COM
REVIRAVOLTA

MARCAÇÃO DOS GOLOS


2012. Mas o dado que salta mais à vista é que, cambalhota no marcador e derrotar a equipa
NO MARCADOR
na maioria dos jogos, as balizas mantiveram- de Marc Wilmots por 3-1, naquela que foi uma
se invioláveis durante a primeira meia hora das cinco reviravoltas do torneio. Os galeses Apenas cinco jogos foram ganhos pela equipa
de jogo. Na realidade, apenas 19% dos golos já tinham sofrido as amarguras de uma que sofreu o primeiro golo do jogo
foram marcados nos primeiros trinta minutos reviravolta na derrota ante a Inglaterra. Por
Inglaterra 2-1 País de Gales
Dos 108 golos marcados, menos de um quinto surgiram nos primeiros de jogo. Os nove golos anotados em tempo de seu turno, os ingleses foram derrotados pela
compensação incluíram sete na fase de grupos, Islândia depois de terem entrado a ganhar no Croácia 2-1 Espanha
30 minutos dos jogos. sendo que o quarto golo da Bélgica contra jogo; a Croácia recuperou da desvantagem França 2-1 República da Irlanda
a Hungria e o tento do italiano Pellè frente para bater a Espanha e a França fez o mesmo
a Espanha foram os únicos golos marcados contra a República da Irlanda. Contudo, dos Inglaterra 1-2 Islândia
depois dos 90 minutos nos 15 jogos da 47 jogos que tiveram golos, 32 (68%) foram País de Gales 3-1 Bélgica
fase a eliminar. ganhos pela equipa que marcou primeiro. A
Muitos dos intervenientes em França título de comparação, esta média é inferior à
reconheceram a importância do primeiro da temporada 2015/16 da UEFA Champions DISTRIBUIÇÃO DOS GOLOS
golo. “Se tivéssemos executado o plano League, na qual 74% dos jogos foram ganhos
PELA ÁREA DA BALIZA
que tínhamos inicialmente e se tivéssemos pela equipa que inaugurou o marcador.
marcado o primeiro golo, o jogo teria sido Tal como Gareth Southgate comentou: “O
diferente”, afirmou o selecionador russo Leonid facto de uma equipa marcar primeiro não só 7 2 2 6
Slutski após a derrota da sua equipa por 2-1 tem uma enorme vantagem psicológica, como
contra a Eslováquia. “Depois de ficarmos em também uma vantagem tática. A equipa não 13 10 2 7
desvantagem, tivemos de alterar o nosso plano tem de colocar homens nas zonas ofensivas;
de jogo e o sistema no meio campo”, concluiu. pode proteger a vantagem e não tem de
17 7 10 25
Após a derrota da Áustria no jogo inaugural assumir riscos.”
Este diagrama representa os
frente à Hungria, o médio David Alaba referiu: De uma forma geral, as equipas tiveram 108 golos marcados no UEFA
EURO 2016 e o local onde a
“Penso que fomos a melhor equipa, mas o tempo para recuperar da desvantagem – tal
bola cruzou a linha de golo,
primeiro golo que sofremos foi um duro golpe.” como os dados ilustram. Só em sete jogos com os cantos inferiores
direito e esquerdo a
O selecionador do País de Gales, Chris Coleman, é que o primeiro golo foi marcado após o
representarem a maior fatia.
seguiu na mesma linha após os quartos-de- minuto 75. Os golos da vitória de Portugal
final: “Quando se joga contra uma equipa tão frente à Croácia e à França, na segunda parte
boa como a seleção da Bélgica, aquilo que não do prolongamento, são os exemplos mais
queremos é ficar em desvantagem cedo no extremos em que os adversários tiveram
marcador. Sabemos que se tivermos muitos menos tempo para reagir ao golo sofrido.

MOMENTO DE MARCAÇÃO DOS GOLOS

13 1 21 9
2
8 20 15 19

1-15 16-30 31-45 45+ 46-60 61-75 76-90 90+ Prolongamento


Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos

GOLOS INICIAIS

12 1 7 0
2
5 11 4 5
O avançado italiano
Graziano Pellè marca nos
descontos contra a Espanha
1-15 16-30 31-45 45+ 46-60 61-75 76-90 90+ Prolongamento
Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos Minutos

56 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 ANÁLISE DOS GOLOS 57


ONZE IDEAL

DESTAQUES
Quatro jogadores portugueses e três alemães
formaram a espinha dorsal da equipa do torneio

Pela primeira vez, os observadores técnicos da UEFA


selecionaram uma equipa do torneio, em vez de um
plantel de estrelas. O objetivo era selecionar uma GUARDA-REDES
equipa com cabeça, tronco e membros, ou seja, um
Um tributo aos jogadores que deixaram a sua marca onze inicial que, em teoria, pudesse ser uma equipa

em França, desde o onze ideal e o melhor jogador do de verdade. Em linha com a formação utilizada mais
frequentemente durante o torneio, a equipa técnica
torneio até aos melhores golos e aos Homens do Jogo optou por um 1-4-2-3-1. O processo de seleção não Rui Patrício
em cada partida foi nada fácil e ficou acordado que jogadores como
Gianluigi Buffon, Luka Modrić, Andrés Iniesta, Leonardo
Grandes defesas em jogos
cruciais; boas saídas aos
Bonucci e muitos outros teriam sido candidatos, caso as cruzamentos; saída a jogar com
critério; boas qualidades de
A equipa técnica do UEFA EURO 2016, capitaneada pelo diretor técnico suas equipas tivessem ido mais longe na competição.
guarda-redes de uma forma geral
Ioan Lupescu, decidiu atribuir os seguintes prémios. Pelo menos dois
elementos da equipa técnica estiveram presentes em cada um dos
51 jogos. Selecionaram o homem do jogo, normalmente tendo em DEFESA DIREITO DEFESA CENTRAL DEFESA CENTRAL DEFESA ESQUERDO
consideração a opinião de uma “lenda” nas bancadas, ou seja, um
jogador de uma equipa de antigos internacionais que viajaram
pelas cidades anfitriãs desempenhando o papel de embaixadores.
Os vencedores dos outros prémios, incluindo a equipa do torneio,
foram decididos quando a equipa técnica se reuniu em Paris na Joshua Kimmich Jérôme Boateng Pepe Raphael Guerreiro
manhã seguinte à final. Jovem, positivo e dinâmico; Defesa experiente com força O esteio da defensiva portuguesa; Jogador com técnica, velocidade,
defesa disciplinado; muito e potência; excelentes passes experiente e eficiente com bom no um contra um, boa
trabalhador; ativo no ataque diagonais qualidades de liderança cobertura defensiva, capacidade
de passe, temperamento e atitude

MÉDIO MÉDIO
CENTRO CENTRO

Toni Kroos Joe Allen


Jogador experiente, influente e Médio protótipo; ativo; constante;
calmo; possui um vasto arsenal capaz de controlar o ritmo de
de passes; bom nos remates jogo e iniciar jogadas ofensivas
de longe

MÉDIO MÉDIO MÉDIO


OFENSIVO OFENSIVO OFENSIVO

Antoine Griezmann Aaron Ramsey Dimitri Payet


Criativo, com movimentos Fantástica leitura do jogo, Técnica excecional;
harmoniosos no ataque e a cobertura do campo e corridas movimentações para dentro
capacidade de se desmarcar oportunas; passes e finalizações para rematar à baliza; excelente
nas costas da defesa; instinto de de excelente qualidade na marcação dos lances de bola
matador dentro da grande área parada; jogador-chave

AVANÇADO
CENTRO

Cristiano Ronaldo
Excelente finalizador; excecional
no jogo aéreo; um dos avançados
mais perigosos da competição

58 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PRÉMIOS 59


MELHOR JOGADOR UEFA Champions League ao serviço do clube
basco em 2013, transferiu-se um ano mais
DO TORNEIO: tarde para o Atlético de Madrid de Diego

ANTOINE Simeone, o que lhe permitiu aumentar a


sua experiência internacional e amadurecer,
GRIEZMANN tornando-se um atleta completo com uma “Trouxe mais energia e ímpeto à equipa, ao
Antoine Griezmann não se sagrou campeão mentalidade vencedora. Griezmann estreou-se
da Europa, mas os seis golos que marcou, o no UEFA EURO 2016 contra a Roménia ainda
mesmo tempo que manteve a estabilidade
extraordinário rendimento e o trabalho em prol não tinham passado duas semanas desde defensiva. Apresentou uma maturidade
da equipa valeram-lhe esta distinção que tinha jogado a final da UEFA Champions
League, em Milão.
surpreendente, perceção tática e excelentes
O avançado foi crescendo ao longo do atributos físicos”
Seis anos após ter sido incluído na equipa torneio, vagueando pela linha ofensiva
do torneio da UEFA do Europeu de Sub-19 francesa. Inicialmente, começou na direita,
de 2009/10, realizado em Caen, Antoine mas depois acabaria por sair da linha para
Griezmann foi eleito o melhor jogador do UEFA receber a bola numa posição mais recuada
EURO 2016. Além disso, arrecadou a Bota ou central. Mais tarde, Didier Deschamps
de Ouro da Adidas, com seis golos (e duas percebeu que Griezmann poderia render mais
assistências), o melhor registo numa fase final a jogar nas costas de Olivier Giroud, com
desde que Michel Platini marcou nove golos, em quem estabeleceu rapidamente uma
1984, em França. dupla eficaz. MELHOR JOVEM
Contudo, a atribuição deste prémio não
fica apenas a dever-se ao número de vezes
JOGADOR DO
que Griezmann fez balançar as redes da TORNEIO: RENATO
baliza adversária. Tal como o Diretor Técnico
Lupescu referiu quando anunciou o prémio:
SANCHES
Com uma maturidade invulgar para a sua idade
“Antoine Griezmann constituiu uma ameaça
(19 anos), Renato Sanches deu a dinâmica e
em todos os jogos. Trabalhou muito para a
ímpeto que ajudaram Portugal a conquistar o
equipa e tem técnica, visão de jogo e qualidade
seu primeiro grande troféu
na finalização. Os observadores técnicos
decidiram de forma unânime que ele foi o
Apresentado pela SOCAR, um dos parceiros
jogador em destaque no torneio.”
oficiais do torneio, este novo prémio destina-
Curiosamente, Griezmann
se a jogadores nascidos a 1 de janeiro de
nunca vestiu as cores de um
1994 ou depois. Apenas duas seleções não
clube francês. Depois de ter
tinham qualquer jogador nesta faixa etária: a
estudado na cidade francesa
República Checa e a República da Irlanda. Outro
de Baiona, mudou-se
dado interessante reside no facto de 58% dos
para San Sebastian para
candidatos serem médios.
jogar nas escolas da Real
A lista de candidatos ao prémio incluía o
Sociedad. Após a estreia na
extremo francês Kingsley Coman, o alemão
Joshua Kimmich e o polaco Arkadiusz Milik,
mas a equipa técnica da UEFA acabou por
escolher Renato Sanches (um de cinco
jogadores que participaram no torneio e
nasceram apenas em 1997).
Inicialmente, Renato Sanches não fez parte
do onze inicial de Fernando Santos, mas o
médio deixou a sua marca quando foi lançado
“O jogador em destaque no aos 50 minutos do jogo dos oitavos-de-final
torneio foi Griezmann, que frente à Croácia. Gareth Southgate, um dos
observadores técnicos da UEFA nesse jogo,
constituiu uma ameaça em referiu: “Foi um momento chave. Trouxe
todos os jogos. Trabalhou mais energia e ímpeto à equipa, ao mesmo
tempo que manteve a estabilidade defensiva.
muito para a equipa e tem Apresentou uma maturidade surpreendente,
técnica, visão de jogo e perceção tática e excelentes atributos físicos.”
A partir daí, Renato Sanches nunca mais olhou
qualidade na finalização” para trás ocupando várias posições no meio-
campo de Portugal.

60 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PRÉMIOS 61


Dimitri Payet, Granit Xhaka, Andrés Iniesta, Cristiano
Ronaldo, Antoine Griezmann, Renato Sanches e Eden
Hazard foram eleitos duas vezes o homem do jogo

HOMEM DO JOGO
Sete jogadores foram eleitos por duas vezes o
Homem do Jogo, mas, na final, essa distinção
foi para Pepe

O prémio Homem do Jogo foi entregue em parceria


com a Carlsberg e anunciado através do sistema
de som dos estádios logo após o apito final dos
árbitros. Apesar de nalgumas formações ser difícil
determinar se um jogador jogou a avançado ou
médio ala, uma panorâmica geral dos 51 prémios
atribuídos revela que 30 foram para médios, 10
para avançados, 8 para defesas (incluindo Pepe na
final) e 3 para guarda-redes.

JOGO JOGADOR Rússia v País de Gales Aaron Ramsey

Eslováquia v Inglaterra Matúš Kozáčik

FASE DE GRUPOS Ucrânia v Polónia Ruslan Rotan

França v Roménia Dimitri Payet Irlanda do Norte v Alemanha Mesut Özil

Albânia v Suíça Granit Xhaka República Checa v Turquia Burak Yilmaz

País de Gales v Eslováquia Joe Allen Croácia v Espanha Ivan Perišić

Inglaterra v Rússia Eric Dier Islândia v Áustria Kári Árnason

Turquia v Croácia Luka Modrić Hungria v Portugal Cristiano Ronaldo

Polónia v Irlanda do Norte Grzegorz Krychowiak Itália v República da Irlanda Robbie Brady

Alemanha v Ucrânia Toni Kroos Suécia v Bélgica Eden Hazard

Espanha v República Checa Andrés Iniesta OITAVOS-DE-FINAL

República da Irlanda v Suécia Wes Hoolahan Suíça v Polónia Xherdan Shaqiri

Bélgica v Itália Emanuele Giaccherini País de Gales v Irlanda do Norte Gareth Bale

Áustria v Hungria László Kleinheisler Croácia v Portugal Renato Sanches

Portugal v Islândia Nani França v República da Irlanda Antoine Griezmann

Rússia v Eslováquia Marek Hamšík Alemanha v Eslováquia Julian Draxler

Roménia v Suíça Granit Xhaka Hungria v Bélgica Eden Hazard

França v Albânia Dimitri Payet Itália v Espanha Leonardo Bonucci

Inglaterra v País de Gales Kyle Walker Inglaterra v Islândia Ragnar Sigurdsson

Ucrânia v Irlanda do Norte Gareth McAuley QUARTOS-DE-FINAL

Alemanha v Polónia Jérôme Boateng Polónia v Portugal Renato Sanches

Itália v Suécia Éder País de Gales v Bélgica Hal Robson-Kanu

República Checa v Croácia Ivan Rakitić Alemanha v Itália Manuel Neuer

Espanha v Turquia Andrés Iniesta França v Islândia Olivier Giroud

Bélgica v República da Irlanda Axel Witsel MEIAS-FINAIS

Islândia v Hungria Kollbein Sigthórsson Portugal v País de Gales Cristiano Ronaldo

Portugal v Áustria João Moutinho Alemanha v França Antoine Griezmann

Roménia v Albânia Arlind Ajeti FINAL

Pepe saboreia o Suíça v França Yann Sommer Portugal v França Pepe


triunfo de Portugal

62 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PRÉMIOS 63


Xherdan Shaqiri
mantém os olhos na
bola antes de fazer o

OS MELHORES Ronaldo marcou sem ser de cabeça. No empate


3-3 frente à Hungria, no Grupo F, o português
a extraordinária capacidade de impulsão de
Ronaldo.
empate contra a
Polónia com um

GOLOS DO desviou de calcanhar um cruzamento da direita A Bélgica ocupou os restantes lugares da


pontapé acrobático

TORNEIO e fez o 2-2 para Portugal. No 6.º lugar, ficou mais


um golo português – o remate de longe de Éder
lista. Primeiro, o 3-0 da Bélgica frente à Hungria,
marcado por Eden Hazard na conclusão de uma
O fantástico pontapé de bicicleta do médio
que deu o título a Portugal. Depois, seguiu-se o soberba jogada de contra-ataque. Depois, outro
suíço Xherdan Shaqiri contra a Polónia foi
golo de Antoine Griezmann frente à Islândia. Paul contra-ataque exemplar contra a República da
eleito o melhor golo do torneio
Pogba fez um passe em profundidade, Olivier Irlanda, que permitiu a Romelu Lukaku fazer
Giroud deixou passar a bola, Griezmann ficou o 3-0 após uma assistência de Hazard a partir
Quando a equipa técnica da UEFA se reuniu isolado perante Hannes Halldórson e finalizou do flanco direito. Por fim, à porta do Top 10,
na manhã seguinte à final para selecionar os com um chapéu perfeito. No 8.º lugar, ficou o ficou o espetacular disparo de longe de Radja
melhores golos do UEFA EURO 2016, foi preciso primeiro golo de Portugal na meia-final contra Nainggolan que abriu o marcador no jogo entre a
recorrer a uma votação de desempate para o País de Gales e que ilustrou na perfeição Bélgica e o País de Gales.
determinar o melhor golo do torneio. Mas a
escolha acabou por recair sobre o pontapé de
bicicleta executado na perfeição pelo suíço
Xherdan Shaqiri e que levou para prolongamento
o jogo dos oitavos-de-final frente à Polónia. O
segundo lugar foi para o golo do ponta-de-lança
galês Hal Robson-Kanu, cuja rotação dentro da
área ludibriou a defesa belga e bateu Thibaut
Courtois, colocando o País de Gales a vencer
por 2-1, no encontro dos quartos-de-final. Outro
remate de pé esquerdo – desta feita um tiro de
longa distância de Dimitri Payet – deu a vitória
à seleção anfitriã no jogo de abertura contra a
Roménia e garantiu ao médio francês um lugar
no pódio dos melhores golos. O quarto lugar
foi para o espetacular remate de pé direito de
Marek Hamšík que ainda embateu no poste mais
distante da baliza russa, antes de se aninhar no
fundo das redes e colocar a Eslováquia na frente Marek Hamšík faz o
segundo golo da
do marcador por 2-0. Eslováquia frente à Rússia
Logo a seguir, ficou o único golo que Cristiano

OS DEZ MELHORES GOLOS DO UEFA EURO 2016

1 Xherdan Shaqiri Suíça v Polónia Oitavos-de-final

2 Hal Robson-Kanu País de Gales v Bélgica Quartos-de-final

3 Dimitri Payet França v Roménia Fase de Grupos

4 Marek Hamšík Rússia v Eslováquia Fase de Grupos

5 Cristiano Ronaldo Hungria v Portugal Fase de Grupos

6 Éder Portugal v França Final

7 Antoine Griezmann França v Islândia Quartos-de-final

8 Cristiano Ronaldo Portugal v País de Gales Meias-finais

9 Eden Hazard Hungria v Bélgica Oitavos-de-final

10 Romelu Lukaku Bélgica v República da Irlanda Fase de Grupos

64 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PRÉMIOS 65


O francês Kingsley Coman

VELOCIDADE
Kingsley Coman foi o jogador mais rápido do UEFA EURO 2016,
mas os defesas representaram, surpreendentemente, uma
elevada percentagem dos jogadores mais velozes do torneio

O extremo francês Kingsley Coman foi o homem Irlanda. Após uma fase de grupos algo tranquila, sprints que um islandês fez num único jogo
mais rápido do torneio com uma velocidade Griezmann realizou entre 40 a 50 sprints por foram 43 (Gylfi Sigurdsson contra Portugal). A
de 32,8 km/h, seguido de perto pelo belga jogo na fase a eliminar. antiga campeã europeia, a Espanha, apresentou
Yannick Carrasco (32,3 km/h) e pelo sueco Erik O rendimento físico da seleção alemã ficou um registo similar. Apenas os laterais Juanfran
Johansson (32,1 km/h). Contudo, o dado mais patente na impressionante percentagem de e Jordi Alba e o médio Cesc Fàbregas realizaram
interessante é que dos três jogadores mais tempo passada a uma velocidade elevada ou 40 sprints num jogo.
rápidos em cada seleção (três empates no muito elevada, com o lateral esquerdo Hector

65
terceiro lugar obrigaram ao alargamento da a ultrapassar regularmente os 10% a uma
lista de 72 para 75 jogadores) 32 foram defesas. velocidade elevada. Durante o jogo das meias-
Por exemplo, Jérôme Boateng ficou à frente finais contra a França, no qual a produção alemã
de Thomas Müller e Mesut Özil na Alemanha, ficou aquém dos registos dos jogos anteriores,
enquanto os três jogadores mais rápidos da os dois laterais – Hector e Joshua Kimmich –
Croácia faziam parte do quarteto defensivo. Os foram os jogadores que realizaram mais sprints O ala italiano Antonio Candreva foi o
médios representaram 28 desses jogadores, (79 no total entre ambos). jogador que realizou mais sprints durante
enquanto Coman foi um dos 15 jogadores que Mesmo não tendo disputado nenhum os 90 minutos de um único jogo – 65 frente
se poderiam considerar avançados, juntamente prolongamento, os dados mostram que o País à Bélgica

63
com o também francês Antoine Griezmann. de Gales (semifinalista) contava com jogadores

Em
James Vardy foi um dos poucos pontas-de-lança preparados para aguentarem um ritmo de
presentes na lista e muitos dos que marcaram jogo elevado. O médio Aaron Ramsey foi disso
presença, à semelhança do inglês, normalmente o principal exemplo, disputando regularmente
começaram no banco. Como foram os casos do 10% ou 11% dos jogos a uma velocidade
Aaron Ramsey realizou 63 sprints contra
italiano Simone Zaza e do espanhol Aritz Aduriz. elevada e com o número de sprints a variar

destaque
a Bélgica, um registo igualado pelo
Portugal não foi das equipas mais velozes. Os entre os 45 contra a Eslováquia e os 63 nos
médio croata Marcelo Brozović frente à
jogadores mais rápidos foram Nani (31 km/h) quartos-de-final frente à Bélgica (a exceção foi
República Checa
e o lateral direito Cédric (30,3 km/h). Contudo, contra a Irlanda do Norte, quando a formação de
os portugueses não podem ser acusados de Michael O’Neill só lhe deu liberdade para realizar
falta de empenho. Portugal atingiu o máximo de 34 sprints).
rendimento físico durante o jogo dos oitavos-de- Fazendo um balanço, durante o tempo
final frente à Croácia, quando os laterais Cédric regulamentar, só o ala direito Antonio Candreva
e Raphael Guerreiro realizaram em conjunto conseguiu bater este registo, ao realizar 65
Uma análise minuciosa às 119 sprints e percorreram 2726 metros a sprints no flanco direito no jogo de abertura da
uma velocidade muito elevada, ao longo dos Itália frente à Bélgica que terminou com uma
tendências dos guarda-redes, à 120 minutos. Na final, registaram 89 sprints vitória italiana. O recorde de Ramsey também
(2184 metros), números que ilustram bem os foi igualado pelo médio croata Marcelo Brozović
posse de bola, à distância percorrida parâmetros físicos exigidos a um defesa lateral frente à República Checa, na fase de grupos.
moderno. O trinco William Carvalho correu mais No extremo oposto da escala, ficou a Islândia
pelas equipas e aos jogadores mais (14885 metros contra a Croácia e 14144 na com a sua defesa compacta. Apesar de a
final), mas uma distância consideravelmente Islândia não ter ficado atrás das outras equipas
rápidos do UEFA EURO 2016 menor a alta velocidade e fez apenas metade em termos de intensidade física, o máximo de
dos sprints.
Naturalmente que os dados da seleção
de Portugal são influenciados pelos três VELOCIDADE DE PONTA
prolongamentos que disputou nos quatros
jogos da fase a eliminar. No conjunto francês, 1 Kingsley Coman (França) 32,8 km/h
o médio “box-to-box” Blaise Matuidi foi o que
efetuou o esforço mais intenso, tendo realizado 2 Yannick Carrasco (Bélgica) 32,3 km/h
um mínimo de 36 sprints frente à Islândia
3 Erik Johansson (Suécia) 32,1 km/h
e um máximo de 55 contra a República da

66 EM DESTAQUE 67
POSSE DE BOLA
Após dois Europeus onde o jogo assente na posse de bola da Espanha
deu frutos, o controlo da bola deixou de ser uma garantia de sucesso.

Apenas 15 dos 51 jogos do UEFA EURO 2016 no contra-ataque.” Lupescu pegou no exemplo
POSSE DE BOLA MÉDIA foram ganhos pela equipa que teve mais posse da equipa de Antonio Conte, que ficou quase no
"Apenas a Alemanha,
de bola. Esta tendência estendeu-se até à final fundo da tabela em termos de posse de bola. “A
Alemanha 63% que Portugal venceu e na qual teve 47% de posse Itália trouxe algo de novo ao torneio com a sua Espanha e Inglaterra
de bola. Dos 15 jogos da fase a eliminar, apenas abordagem tática”, referiu. “Mas os pilares do seu
Espanha 61% quatro foram ganhos pela equipa que teve mais jogo foram uma defesa boa e uma pressão alta
queriam genuinamente
Inglaterra 59%
bola. Tendo em conta que dois jogos da fase de eficaz. Não se preocupou em ter a bola – enfatizou ter a bola. Seguramente
grupos registaram uma igualdade na posse de a realidade do jogo. E poderia ter chegado à final
bola, isto significa que as equipas que tiveram não fora a derrota no desempate através das
que a Itália não se
Suíça 58%
mais posse de bola em França só ganharam 31% grandes penalidades.” preocupou com a posse
dos jogos. Após dois Europeus consecutivos nos Em termos de pontos para discussão, o torneio
Ucrânia 56%
quais prevaleceu o jogo espanhol assente na apresentou evidências divergentes. Enquanto a
de bola"
Hungria 54% posse de bola, neste Europeu assistiu-se a uma Suíça foi das equipas que teve mais posse de bola
rutura com o passado recente. Tal como o diretor (por exemplo, 58% contra a França), a Islândia
Rússia 53%
técnico da UEFA, Ioan Lupescu, referiu no dia chegou aos quartos-de-final apesar de ter tido Europeu, a Alemanha converteu 63% da posse
França 52% seguinte à final: “O torneio pode ser encarado apenas a bola durante 21 minutos em cada jogo. de bola numa média por jogo de 76 passes no
como um embate entre o jogo assente na posse A campanha da seleção portuguesa foi de um último terço do campo e 15 dentro da grande
Portugal 52% de bola e a capacidade de defender bem e acertar extremo a outro. A equipa de Fernando Santos área. A Espanha ficou-se por 66 no último terço,
O médio alemão
no alvo. De certa forma, foi um regresso ao dominou claramente a posse de bola nos três Toni Kroos mas fez 17 passes dentro da grande área. A
Suécia 52% pragmatismo e à realidade.” jogos da fase de grupos (entre 58% e 66%), mas a Inglaterra, a terceira seleção com a maior média
Nos quatro anos seguintes ao UEFA EURO 2012, percentagem caiu para a casa dos 40% quando a de posse de bola, teve uma média de apenas
Áustria 51%
cresceu o debate em torno do valor da posse de
bola na UEFA Champions League, que tem sido
seleção apostou no contra-ataque nos jogos contra
a Croácia, Polónia, País de Gales e França. Como
AVALIAÇÃO 50 passes no último terço do terreno, ou seja,
um terço menos do que a Alemanha. A Suíça
Bélgica 51%
conquistada ora por equipas que privilegiam a tal, Portugal teve uma média de 52% de posse de DOS PASSES apresentou números idênticos: 51 no último
Croácia 51% posse de bola ora por equipas que se sentem bola, que é enganadora, uma vez que oculta uma O mais importante é a eficácia de passe no terço e 15 na grande área. O novo campeão
confortáveis por dar a iniciativa do jogo ao clara mudança de estratégia. último terço do campo e não a posse de bola europeu, Portugal, ficou-se pelo meio da tabela.
Turquia 48% adversário. A época 2015/16 reacendeu o debate, por si só Tendo em conta que, em termos de minutos
com uma escassa margem de 53 vitórias para jogados, a equipa de Fernando Santos jogou o
País de Gales 48%
as equipas que tiveram mais bola e 43 para as equivalente a oito jogos, os totais de Portugal

4
equipas que tiveram menos posse de bola, sendo Posse de bola = passe. Esta equação simples foi dão uma média de pouco mais de 40 passes no
Polónia 46%
que nestas últimas se incluem as vitórias do corroborada pelos padrões de passes registados último terço e 10 dentro da grande área, em
Roménia 46% estilo de jogo mais direto do Atlético de Madrid no UEFA EURO 2016, com a Espanha (641 média.
contra o FC Barcelona e o FC Bayern de Munique passes, em média, por jogo) e a Alemanha (639) Em contrapartida, a Islândia fez 22 passes no
Itália 45% – duas equipas que privilegiam a posse de bola a encabeçarem a lista de equipas com mais último terço (tal como a Eslováquia) e sete na
Dos 15 jogos da fase a eliminar, apenas
por excelência. O UEFA EURO 2016 confirmou passes. No extremo oposto, ficaram a República grande área (a Eslováquia fez apenas quatro),
República da Irlanda 45% quatro foram ganhos pela equipa que teve
a teoria de que ter mais bola não é garantia de da Irlanda (280), Islândia (259) e Irlanda do Norte mas pode considerar-se que teve tanto ou mais
mais bola.
sucesso e deixou muitos pontos de interrogação (230). Muito embora tenham tido menos posse sucesso do que as equipas que realizaram mais
Eslováquia 45%

31%
sobre um estilo de jogo que assenta sobretudo na de bola do que a República da Irlanda, a Albânia passes. Por outro lado, o facto de as equipas
República Checa 43% posse de bola. e a República Checa fizeram mais passes (351 e que tiveram mais posse de bola/passes terem
“Eu diria que apenas a Alemanha, Espanha e 317, respetivamente). Nas páginas dedicadas a dominado em tantos aspetos levanta outra
Albânia 42% Inglaterra quiseram genuinamente ter a bola”, cada equipa, está disponível uma análise jogo a questão importante: será que tudo se resume
frisou o observador técnico Peter Rudbæk. jogo e a proporção de passes longos, médios e à qualidade da finalização? Tal como Thomas
Irlanda do Norte 37% Apenas 31% dos jogos foram ganhos pela
“Seguramente que a Itália não se preocupou curtos. Schaaf observou em Paris: “Na minha opinião,
equipa que teve mais posse de bola O espanhol Andrés
com a posse de bola e muitas foram as seleções Porém, a eterna questão é como traduzir a a Alemanha foi a melhor equipa na globalidade.
Islândia 36% Iniesta com a bola
que ficaram bastante satisfeitas por jogarem posse de bola em posse de bola positiva. Neste Mas não conseguiu marcar golos.”

68 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 EM DESTAQUE 69


GUARDA-REDES
O guarda-redes moderno tem, cada vez mais, de possuir um
vasto leque de competências, desde perceção tática até à
capacidade de jogar a bola com os pés

“O perfil do guarda-redes continuou a evoluir”, Rui Patrício foi um dos melhores jogadores em risco, apostando mais no jogo direto para os destino, estiveram na origem de 32% dos golos
referiu Packie Bonner, “e o EURO 2016 deixou campo graças a um punhado de excelentes avançados, fazendo a bola passar por cima dos de lances de bola corrida. Este número sobe para
bem claro que os guarda-redes agora têm de defesas em momentos cruciais. “Infelizmente, defesas e médios. Contudo, existiram algumas 35%, se incluirmos os passes atrasados, mas estes
ser bons a todos os níveis, de forma a poderem o produto final define sempre a vida do guarda- exceções assinaláveis. As seleções da Alemanha, colocam outro tipo de problemas para os guarda-
exibir-se a bom nível nas grandes competições redes e alguns erros nos jogos iniciais também Hungria e Espanha preferiram construir as redes. Entre os exemplos de cruzamentos bem-
nos palcos internacionais.” Bonner é o primeiro foram determinantes para o resultado final”, jogadas de ataque através da defesa e do meio- sucedidos estão o golo da vitória da República
especialista em guarda-redes a fazer parte da acrescentou Bonner. campo. Já os guarda-redes da Islândia, Itália e da Irlanda no último jogo do grupo contra a
equipa técnica da UEFA e o antigo internacional Uma das estatísticas interessantes do UEFA Polónia tenderam a realizar passes curtos para Itália – um cruzamento/passe com conta, peso e
pela República da Irlanda recolheu dados e EURO 2016 foi a confirmação de que a maioria os defesas no reinício das jogadas para chamar medida realizado por Wes Hoolahan. Ou o golo do
impressões não apenas para este relatório, das ações do guarda-redes moderno são com os a equipa adversária e explorar os espaços nas espanhol Gerard Piqué contra a República Checa.
mas também para prestar assistência futura pés. A média cifrou-se nos 60%, com o alemão costas, através de um número de passes curtos Ou o cabeceamento do russo Vasili Berezutski
aos formadores de treinadores que estão a Manuel Neuer, por exemplo, a usar os pés em penetrantes ou passes rápidos, diretos e médios frente a Inglaterra, ambos no seguimento de
implementar a licença UEFA para treinadores de 85% das suas ações. Gianluigi Buffon foi o sexto para a linha avançada. cruzamentos bem direcionados. Ou o golo ao
guarda-redes em toda a Europa. jogador italiano com mais passes durante os jogos No entanto, à medida que o torneio se foi segundo poste do islandês Birkir Bjarnason contra
“A descrição de funções está a mudar, mas, contra a Espanha e a Alemanha, sendo que Łukasz desenrolando foi possível observar algumas Portugal. Ou o cabeceamento indefensável de
hoje como sempre, reconhece-se que a principal Fabiański foi o quarto jogador polaco com mais Cristiano Ronaldo frente ao País de Gales nas
prioridade do guarda-redes é defender a sua passes frente a Portugal. Gábor Király fez mais meias-finais, quando o português subiu bem
baliza. E, durante o torneio, ficou bem claro que as passes do que qualquer outro colega de equipa alto para corresponder da melhor forma a um
qualidades tradicionais dos guarda-redes foram durante o empate a três bolas dos húngaros com
"Os guarda-redes têm cruzamento.”
decisivas no desfecho de muitos jogos.” Bonner os portugueses. O mesmo se passou com Almer conseguir ler o jogo e estar Ao mesmo tempo que sublinhou o aumento
destacou vários exemplos, incluindo a defesa que durante o jogo da Áustria ante a Islândia. O UEFA do número de cruzamentos, Bonner refletiu
o guarda-redes suíço fez aos 86 minutos quando EURO 2016 salientou ainda mais a necessidade de
preparados para serem um sobre as consequências daí resultantes para os
o suplente albanês Shkelzen Gashi surgiu isolado; o guarda-redes moderno ter de estar preparado dos principais elementos guarda-redes: “Curiosamente, tal não fez com que
as defesas miraculosas de Michael McGovern para ser um dos jogadores fundamentais da os guarda-redes saíssem mais frequentemente
na baliza da Irlanda do Norte, quando evitou equipa em termos de circulação da bola.
táticos da equipa” da baliza para recolher os cruzamentos.”
praticamente sozinho o golo alemão por diversas
vezas; bem como as façanhas do austríaco Robert
O modus operandi dos guarda-redes em termos
de passes apresentou uma variação considerável. mudanças. “Houve uma mudança assinalável
Bonner desafia os treinadores de guarda-redes,
levantando vários pontos para debate: “Será
Ligações cruzadas
Os cruzamentos foram uma importante arma APOSTA NOS
PASSES LONGOS
ofensiva e uma ameaça constante para os
Almer, que conseguiu manter a baliza inviolável Durante a fase de grupos, os guarda-redes para uma maior ênfase na construção de jogo a que às vezes os cruzamentos são impossíveis guarda-redes. O cruzamento de Wes Hoolahan
para o golo de Robbie Brady que garantiu a
frente a Portugal. E assim foi até à final, na qual tenderam a usar estratégias com o mínimo de partir dos defesas e médios”, observou Bonner. de defender? De que forma os guarda-redes vitória da República da Irlanda frente à Itália Surpreendentemente, os guarda-redes
“Esta pareceu constituir uma estratégia tática podem responder a cruzamentos efetuados com (em cima) e o empate do russo Vasili Berezutski recorreram bastante aos lançamentos longos
ao cair do pano ante a Inglaterra após uma
O guarda-redes suíço dos treinadores que pretendiam ditar o ritmo de uma técnica excelente e trajetórias e velocidade assistência de Igor Smolnikov (em baixo)
Yann Sommer jogo. Foi evidente que os treinadores trataram diferentes, associados a bons movimentos dos realçaram os problemas que os cruzamentos Os guarda-redes preocupam-se em começar
bem medidos provocam aos guarda-redes
os passes dos guarda-redes como um elemento jogadores adversários? Os guarda-redes estão a a construir o jogo a partir da retaguarda? Ou
fundamental das suas estratégias. Porém, o sair mais da baliza, antecipando os cruzamentos lançam as bolas diretamente para os avançados?
segredo está em garantir que a utilização dos ao primeiro poste e deixando o meio da baliza e o No UEFA EURO 2016, tivemos de tudo para todos
guarda-redes na circulação da bola se traduz segundo poste para os defesas? Será que alguns os gostos, com Michael McGovern e Manuel
numa posse de bola eficaz. E as estatísticas guarda-redes e defesas não estão a ajustar o seu velocidade para ajustarem a sua posição no sentido Neuer em extremos opostos. O guarda-redes da
indicam que, quanto mais longo for o passe, posicionamento com suficiente rapidez quando de defenderem todos os tipos de cruzamentos e Irlanda do Norte preferiu lançamentos longos
menor é a probabilidade de a equipa manter o ala adversário flete para dentro e realiza um o espaço nas costas da sua defesa; capacidade em quase nove de cada dez passes; já o seu
uma boa posse de bola.” Na realidade, as cruzamento rápido com a bola a ir na direção para defenderem nas situações de um contra um; homólogo alemão optou por esta solução em
estatísticas confirmam a opinião de Bonner, tal da baliza? Os treinadores de guarda-redes têm uma excelente panóplia de precisão nos passes a apenas 25% das vezes (com base na norma da
como claramente indicado pelas percentagens de de encontrar soluções e táticas para ajudar todas as distâncias e para ambos os lados. “Mais UEFA segundo a qual os passes longos são os
eficácia dos passes longos. os guarda-redes e defesas a reduzir a ameaça importante, têm de manter a calma sob pressão, passes a 30 metros ou mais). “Definitivamente,
“Uma das grandes alterações foi o aumento resultante de cruzamentos de qualidade.” serem capazes de ler o jogo, compreender as optou-se mais pelo jogo direto”, afirmou
considerável do número de oportunidades para O UEFA EURO 2016 sublinhou as qualidades informações táticas (defensivas e ofensivas) e Packie Bonner. “Foi uma surpresa observar os
cruzar”, disse Bonner. “Os cruzamentos nem exigidas ao guarda-redes moderno. Estatura e estar preparados para serem um dos principais guarda-redes de equipas como a Bélgica ou a
sempre foram eficazes, mas quando chegaram ao agilidade para cobrirem a distância dos remates; elementos táticos da equipa”, acrescentou Bonner. França – que seria de esperar que começassem

70 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 EM DESTAQUE 71


DISTÂNCIA
PERCORRIDA
A distância percorrida teve um efeito pouco percetível
no sucesso das equipas em França

Os dados relativos às distâncias percorridas lugares. Uma variação de 11% entre o topo e o
apresentam um valor questionável. Em fundo da tabela é seguramente uma diferença DISTÂNCIA MÉDIA
termos de vantagens, sem dúvida que os significativa. Contudo, a maioria das restantes PERCORRIDA
números podem ser utilizados para avaliar a equipas tem números bastante semelhantes.
Itália 114,65 km
condição física de uma equipa. Em termos de Na realidade, ambos os finalistas estão a meio
desvantagens, é possível argumentar que as da tabela. Ucrânia 112,13 km
equipas que correram mais tiveram de o fazer Para efeitos de comparação, a média de cada
atrás da bola devido a desequilíbrios estruturais. equipa baseia-se exclusivamente no tempo República Checa 112,11 km
Como tal, esta classificação está aberta a várias de jogo normal (não inclui prolongamentos).
Alemanha 112,00 km
interpretações. Três das equipas que ocupam Contudo, é necessário ter em conta outros
os seis primeiros lugares foram para casa após fatores. Por exemplo, a média da Albânia foi
Islândia 110,30 km
a fase de grupos – mas o mesmo se aplica a menor devido ao facto de ter jogado quase uma
quatro das seleções que ficaram nos últimos seis hora com dez jogadores no jogo contra a Suíça. Rússia 110,00 km

Eslováquia 108,96 km

Irlanda do Norte 108,51 km

Polónia 108,34 km

Suíça 108,30 km

Portugal 107,88 km

Inglaterra 107,85 km
Michael McGovern foi o último
reduto defensivo da Irlanda do Norte Espanha 107,62 km
e desempenhou um papel crucial,
sobretudo frente à Alemanha Hungria 107,22 km

Áustria 107,11 km
a construir o jogo a partir da retaguarda – a duplicou de 32% para 63% nos oitavos-de-final, a perda imediata da posse de bola para a equipa
recorrerem às bolas longas em determinadas quando a Itália fez pressão alta contra a Espanha adversária. No entanto, mesmo estas estatísticas Croácia 107,02 km
circunstâncias.” em Saint-Denis. Dos 49 passes de Neuer nos não podem ser automaticamente interpretadas
As estatísticas sustentam a alusão de Bonner quartos-de-final frente à Itália, 30 foram longos de forma negativa. Os números têm de ser vistos
França 106,55 km
às circunstâncias, com os números a variarem (25 foram eficazes). O guarda-redes alemão tinha à luz dos diferentes planos de jogo e estratégias,
País de Gales 105,82 km
consoante a situação e o plano de jogo. Por feito apenas um total de 17 passes longos nos com algumas equipas a serem muito eficazes a
exemplo, Hugo Lloris teve uma média próxima quatro jogos anteriores e voltou ao seu anterior ganharem as segundas e terceiras bolas, após Suécia 105,35 km
dos 60% de passes longos, mas optou por registo durante as meias-finais contra a França, os seus guarda-redes efetuarem lançamentos
Albânia 104,74 km
esta solução apenas quatro vezes contra onde optou pelo passe longo apenas três vezes longos propositadamente.
a Albânia. Rui Patrício, o guarda-redes que num total de 33 passes. Em termos de participação regular no jogo da Bélgica 104,38 km
foi escolhido para a equipa ideal da UEFA, Neuer esteve numa classe à parte em termos equipa, Király ficou novamente no segundo lugar
apresentou uma estatística interessante. Optou de eficácia dos passes longos – bem, quase. O mas, desta vez, atrás de Łukasz Fabiański da Turquia 104,16 km
pelos passes curtos nos jogos de Portugal na experiente guarda-redes húngaro Gábor Király Polónia. Contudo, o número de passes do polaco
Roménia 103,31 km
fase de grupos, mas durante a fase a eliminar não ficou muito atrás, com uma taxa de eficácia foi inflacionado pelos dois prolongamentos
a sua percentagem de passes longos subiu próxima dos 75%. Muito embora tenha sido dos disputados – o mesmo se aplica a Rui Patrício, República da Irlanda 103,19 km
significativamente de 21% para 70% – um guarda-redes que optou pelos passes longos com cuja média ficaria nos 27 passes por jogo,
reflexo da mudança de estratégia de Portugal, menos frequência, o inglês Joe Hart também se não se contabilizassem os 90 minutos de
que passou a jogar em contra-ataque em vez de registou uma elevada taxa de eficácia. prolongamento jogados pelo guarda-redes
apostar na posse de bola. Isto contrasta com casos nos quais dois terços português. Antonio Conte comandou
com paixão a seleção italiana
A percentagem de David de Gea quase que dos passes longos dos guarda-redes significaram

72 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 EM DESTAQUE 73


ALBÂNIA ALEMANHA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-5-1 ou 1-4-1-4-1, que • O central Ajeti é forte nas • 1-4-2-3-1 (com um falso ponta- agressiva
passa a um 1-4-2-3-1 ou entradas e bom no um contra de-lança ou com Gomez) ou 1-4- • Neuer desempenha o papel de
1-4-3-3 em situação ofensiva um 3-3; 1-3-4-3 contra a Itália líbero nas costas da defesa muito
• Defesa à zona à italiana; • Rápidas transições defensivas • Kroos e Khedira são os dois subida e joga bem com os pés
quarteto defensivo bem para formar um bloco médios centro que controlam a • Vários caminhos para chegar à
sincronizado compacto circulação da bola grande área adversária: passes,
• Rápidas transições ofensivas; • Ênfase no ataque direto • Futebol veloz assente em rápidas cruzamentos, combinações, etc.
jogo direto para o ponta-de- através do corredor central trocas de bola, com os laterais a • Equipa perigosa nas bolas
lança • Nos cantos, três jogadores subirem muito no terreno paradas e nos remates de
• Apenas um trinco que varre defendem à zona, sete • Özil é o elemento criativo; Müller longe; jogadores fortes no jogo
toda a área à frente do marcam homem-a-homem é um vagabundo a toda a largura aéreo em situações ofensivas e
quarteto defensivo • Equipa trabalhadora, bem do ataque defensivas
• Médios-ala que recuam organizada e com um • Rápidas mudanças de flanco para • Equipa madura taticamente, com
rapidamente para formar um fantástico espírito de equipa deslocar a defesa adversária uma liderança forte e capaz de
bloco defensivo bem recuado • As linhas altas e compactas ditar o ritmo de jogo
possibilitam uma pressão alta e

SELECIONADOR Data de G A SUI


D 0-1
FRA
D 2-0
ROU
V 0-1
Clube SELECIONADOR Data de G A UKR
V 2-0
POL
E 0-0
NIR
V 0-1
SVK ITA FRA
V 3-0 E 1-1* D 0-2
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Etrit Berisha 10-03-1989 90 90 90 SS Lazio 1 Manuel Neuer 27-03-1986 90 90 90 90 120 90 FC Bayern de Munique
12 Orges Shehi 25-09-1977 KF Skënderbeu 12 Bernd Leno 04-03-1992 Bayer 04 Leverkusen
23 Alban Hoxha 23-11-1987 FK Partizani 22 Marc-André ter Stegen 30-04-1992 FC Barcelona

DEFESAS DEFESAS
Joachim LÖW
2 Andi Lila 12-02-1986 71↓ 90 PAS Giannina FC 2 Shkodran Mustafi 17-04-1992 1 90 29↑ Valência CF
Data de nascimento: 03-02-1960
4 Elseid Hysaj 20-02-1994 90 90 90 SSC Nápoles 3 Jonas Hector 27-05-1990 1 90 90 90 90 120 90 1. FC Köln
Treinadores adjuntos Thomas Schneider,
5 Lorik Cana 27-07-1983 36 SO S 7↑ FC Nantes Marcus Sorg; Treinador de guarda-redes Andi 4 Benedikt Höwedes 29-02-1988 90 90 14↑ 18↑ 120 90 FC Schalke 04
Gianni DE BIASI Köpke; Preparadores físicos Yann-Benjamin
6 Frédéric Veseli 20-11-1992 5↑ FC Lugano 5 Mats Hummels 16-12-1988 I 90 90 90 120 S Borussia Dortmund
Data de nascimento: 16-06-1956 Kugel, Nicklas Dietrich
7 Ansi Agolli 11-10-1982 90 90 90 Qarabağ FK 16 Jonathan Tah 11-02-1996 Bayer 04 Leverkusen
Treinadores adjuntos Paolo Tramezzani,
Erjon Bogdani, Ervin Bulku; Treinador de 15 Mërgim Mavraj 09-06-1986 90 90 90 1. FC Köln 17 Jérôme Boateng 03-09-1988 1 90 90 76↓ 72↓ 120 61↓ FC Bayern de Munique
guarda-redes Ilir Bozhiqi; Preparador físico FORMAÇÃO
17 Naser Aliji 27-12-1993 FC Basel 1893 21 Joshua Kimmich 08-02-1995 90 90 120 90 FC Bayern de Munique
Alberto Belle
1
18 Arlind Ajeti 25-09-1993 85↓ 90 Frosinone Calcio MÉDIOS
17 5
MÉDIOS 6 Sami Khedira 04-04-1987 90 90 69↓ 76↓ 16↓ I Juventus
FORMAÇÃO 21 3

3 Ermir Lenjani 05-08-1989 90 90 77↓ FC Nantes 6 18 7 Bastian Schweinsteiger 01-08-1984 1 1↑ 21↑ 14↑ 104↑ 79↓ Manchester United FC
1
8 Migjen Basha 05-01-1987 83↓ Como Calcio 13 8 11 8 Mesut Özil 15-10-1988 1 1 90 90 90 90 120 90 Arsenal FC
4 18 15 7
23
9 Ledian Memushaj 17-12-1986 1 90 90 Pescara Calcio 9 André Schürrle 06-11-1990 12↑ 24↑ 35↑ VfL Wolfsburg
8
9 22 13 Burim Kukeli 16-01-1984 90 74↓ S FC Zürich 11 Julian Draxler 20-09-1993 1 1 78↓ 71↓ 72↓ 48↑ 90 VfL Wolfsburg
2 3

10 14 Taulant Xhaka 28-03-1991 62↓ 16↑ FC Basel 1893 14 Emre Can 12-01-1994 67↓ Liverpool FC

20 Ergys Kaçe 08-07-1993 28↑ PAOK FC 15 Julian Weigl 08-09-1995 Borussia Dortmund
GERMANY
21 Odise Roshi 22-05-1991 74↓ 19↑ 13↑ HNK Rijeka ESTATÍSTICAS DO JOGO 18 Toni Kroos 04-01-1990 1 90 90 90 90 120 90 Real Madrid CF

22 Amir Abrashi 27-03-1990 90 90 90 SC Freiburg POSSE DISTÂNCIA 19 Mario Götze 03-06-1992 90↓ 66↓ 55↓ 23↑ FC Bayern de Munique
ADVERSÁRIOS P EF
DE BOLA PERCORRIDA
AVANÇADOS 20 Leroy Sané 11-01-1996 11↑ FC Schalke 04
ALBANIA Ucrânia 63% 113,58 km 677 92%
ESTATÍSTICAS DO JOGO 10 Armando Sadiku 27-05-1991 1 82↓ 90 59↓ FC Vaduz Polónia 63% 109,64 km 585 89% AVANÇADOS
Irlanda do Norte 71% 110,94 km 704 92% 10 Lukas Podolski 04-06-1985 18↑ Galatasaray AŞ
POSSE DE DISTÂNCIA 11 Shkëlzen Gashi 15-07-1988 8↑ Colorado Rapids
ADVERSÁRIOS P EF Eslováquia 59% 112,26 km 601 89%
BOLA PERCORRIDA
16 Sokol Çikalleshi 27-07-1990 16↑ İstanbul Başakşehir Itália 59% 112,06 km¹ 628¹ 90% 13 Thomas Müller 13-09-1989 1 90 90 90 90 120 90 FC Bayern de Munique
Suíça 45% 102,70 km 414 88% França 65% 113,49 km 637 90%
França 41% 107,52 km 357 76% 19 Bekim Balaj 11-01-1991 31↑ HNK Rijeka 23 Mario Gomez 10-07-1985 2 19↑ 90 90 72↓ I Beşiktaş JK
P = passes; Ef = eficácia
Roménia 41% 104,00 km 281 78% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados ¹ 145,65 km percorridos e 815 passes realizados (estes números G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia dizem respeito aos 90 minutos de jogo, para efeitos de comparação) *a.p.; venceu 6-5 nas grandes penalidades

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 58 (17%) 21 Hysaj para Abrashi Longos 72 (12%) 90 Hector para Kroos
Abrashi 109 14 para Hysaj Kroos 608 90 para Hector
Médios 188 (54%) Médios 423 (66%) 90 Kroos para Hector
Kukeli 92 17 para Abrashi Boateng 399 51 para Hummels
Curtos 105 (30%) Curtos 141 (22%)
Mavraj 90 19 para Agolli Özil 383 72 para Kroos
Os pontos decimais representam o 1% extra

74 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 75


ÁUSTRIA BÉLGICA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 que passou a um • Bloco defensivo compacto • 1-4-2-3-1 com mudança para • Hazard é um elemento que
1-3-2-3-2 contra a Islândia com disciplina posicional um esquema de três defesas cria desequilíbrios, com
• Ênfase na circulação da • A equipa tem alguma na parte final do jogo contra a rápidas incursões a partir da
bola através dos diferentes qualidade nos cruzamentos Itália, na fase de grupos ala esquerda
setores (mas não tirou daí • Jogo assente na técnica, mas • Jogo dinâmico pelos flancos
• Ilsanker e Baumgartlinger dividendos); combinações com ênfase no ataque vertical apoiado por ambos os laterais
são os organizadores de jogo através do eixo central • Rápidos e perigosos contra- • Construção de jogo a partir de
• Alaba é um jogador versátil • Sem posse de bola, a equipa ataques por intermédio de De trás com o triângulo Witsel,
que desempenha várias recua rapidamente para um Bruyne e Hazard Nainggolan e De Bruyne
posições do meio-campo para 1-4-4-2 defensivo • Os médios centro contribuem • Courtois é um excelente
a frente • Equipa perigosa nas bolas de igual forma para as tarefas guarda-redes, que efetuou
• Boa utilização dos flancos, paradas e na execução de defensivas e ofensivas 63% de passes longos
com os defesas laterais livres diretos por Alaba • De Bruyne faz a ligação do • Pontas-de-lança fortes
a subirem no terreno • Mentalidade ofensiva; meio-campo com o ataque; (Lukaku, Batshuayi, Benteke e
(sobretudo Fuchs, à esquerda) vontade de ganhar; empenho surge com frequência à Origi) e bons no jogo aéreo
e força mental entrada da área

SELECIONADOR Data de G A HUN


D 0-2
POR
E 0-0
ISL
D 2-1
Clube SELECIONADOR Data de G A ITA
D 0-2
IRL
V 3-0
SWE
V 0-1
HUN
V 0-4
WAL
D 3-1
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Robert Almer 20-03-1984 90 90 90 FK Áustria de Viena 1 Thibaut Courtois 11-05-1992 90 90 90 90 90 Chelsea FC
12 Heinz Lindner 17-07-1990 Eintracht Frankfurt 12 Simon Mignolet 06-08-1988 Liverpool FC
23 Ramazan Özcan 28-06-1984 FC Ingolstadt 04 13 Jean-François Gillet 31-05-1979 KV Mechelen

DEFESAS DEFESAS
3 Aleksandar Dragović 06-03-1991 66 SO S 90 FC Dynamo de Kiev 2 Toby Alderweireld 02-03-1989 1 90 90 90 90 90 Tottenham Hotspur FC
4 Martin Hinteregger 07-09-1992 90 90 90 VfL Borussia Mönchengladbach 3 Thomas Vermaelen 14-11-1985 90 90 90 90 S FC Barcelona
5 Christian Fuchs 07-04-1986 90 90 90 Leicester City FC Marc WILMOTS 5 Jan Vertonghen 24-04-1987 90 90 90 90 I Tottenham Hotspur FC
Data de nascimento: 22-02-1969
13 Markus Suttner 16-04-1987 FC Ingolstadt 04 15 Jason Denayer 28-06-1995 90 Galatasaray AŞ
Marcel KOLLER
15 Sebastian Prödl 21-06-1987 90 45↓ Watford FC Treinador adjunto Vital Borkelmans; Treinador
Data de nascimento: 11-11-1960 16 Thomas Meunier 12-09-1991 1 90 90 90 90 Club Brugge KV
de guarda-redes Erwin Lemmens; Preparador
Treinador adjunto Thomas Janeschitz; 16 Kevin Wimmer 15-11-1992 3↑ Tottenham Hotspur FC físico Mario Innaurato 18 Christian Kabasele 24-02-1991 KRC Genk
Treinador de guarda-redes Klaus Lindenberger;
17 Florian Klein 17-11-1986 90 90 90 VfB Stuttgart 21 Jordan Lukaku 25-07-1994 75↓ KV Oostende
Preparadores físicos Roger Spry, Gerhard Zallinger
MÉDIOS FORMAÇÃO 23 Laurent Ciman 05-08-1985 76↓ Montreal
2 György Garics 08-03-1984 SV Darmstadt 98 MÉDIOS
FORMAÇÃO 1
6 Stefan Ilsanker 18-05-1989 87↓ 45↓ RB Leipzig 2 3 4 Radja Nainggolan 04-05-1988 2 1 62↓ 33↑ 90 90 90 AS Roma
16 5
1
8 David Alaba 24-06-1992 1 90 65↓ 90 FC Bayern de Munique 6
4
6 Axel Witsel 12-01-1989 1 90 90 90 90 90 FC Zenit
15 4
17 5
10 Zlatko Junuzović 26-09-1987 59↓ I I SV Werder Bremen 11 7 7 Kevin De Bruyne 28-06-1991 2 90 90 90 90 90 Manchester City FC
10
14 6
11 Martin Harnik 10-06-1987 77↓ 90 VfB Stuttgart 8 Marouane Fellaini 22-11-1987 90 9↑ 45↑ Manchester United FC
20 7
9
8 14 Julian Baumgartlinger 02-01-1988 90 90 90 1. FSV Mainz 05 10 Eden Hazard 07-01-1991 1 4 90 90 90↓ 81↓ 90 Chelsea FC
11 18 Alessandro Schöpf 07-02-1994 1 13↑ 25↑ 45↑ FC Schalke 04 11 Yannick Carrasco 04-09-1993 1 14↑ 64↓ 71↓ 20↑ 45↓ Atlético Madrid
20 Marcel Sabitzer 17-03-1994 31↑ 85↓ 78↓ RB Leipzig 19 Mousa Dembélé 16-07-1987 57↓ Tottenham Hotspur FC
22 Jakob Jantscher 08-01-1989 12↑ FC Luzern AVANÇADOS
BELGIUM
AVANÇADOS ESTATÍSTICAS DO JOGO 9 Romelu Lukaku 13-05-1993 2 73↓ 83↓ 87↓ 76↓ 83↓ Everton FC
AUSTRIA
7 Marko Arnautović 19-04-1989 90 90 90 Stoke City FC POSSE DE DISTÂNCIA
14 Dries Mertens 06-05-1987 28↑ 26↑ 19↑ 70↓ 15↑ SSC Nápoles
ESTATÍSTICAS DO JOGO ADVERSÁRIOS
BOLA PERCORRIDA
P EF

POSSE DE DISTÂNCIA 9 Rubin Okotie 06-06-1987 25↑ TSV 1860 München Itália 56% 107,99 km 529 85% 17 Divock Origi 18-04-1995 17↑ 1↑ Liverpool FC
ADVERSÁRIOS P EF
BOLA PERCORRIDA Rep. Irlanda 54% 101,97 km 455 89%
19 Lukas Hinterseer 28-03-1991 5↑ FC Ingolstadt 04 20 Christian Benteke 03-12-1990 7↑ 3↑ Liverpool FC
Hungria 50% 106,27 km 402 81% Suécia 50% 101,78 km 344 83%
Portugal 41% 108,80 km 335 81% 21 Marc Janko 25-06-1983 65↓ 45↑ FC Basel 1893 Hungria 45% 105,22 km 395 87% 22 Michy Batshuayi 02-10-1993 1 14↑ 7↑ Olympique de Marselha
Islândia 63% 106,26 km 630 88% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados País de Gales 52% 104,92 km 494 88%
P = passes; Ef = eficácia P = passes; Ef = eficácia G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 65 (14%) 40 Hinteregger para Fuchs Longos 60 (14%) 48 Witsel para Hazard
Baumgartlinger 159 28 para Hinteregger Hazard 233 43 para De Bruyne
Médios 277 (61%) Médios 269 (61%)
Hinteregger 145 40 para Fuchs Witsel 233 48 para Hazard
Curtos 133 (25%) Curtos 114 (26%)
Dragović 126 26 para Hinteregger Alderweireld 191 36 para Meuinier
Os pontos decimais representam o 1% extra

76 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 77


CROÁCIA ESLOVÁQUIA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 com rápidas transições • Modrić é o organizador, que faz a • 1-4-3-3, mudou para • O
s extremos defendem com
para um 1-4-5-1 defensivo ligação entre setores e distribui o 1-4-2-3-1 durante o jogo muita disciplina os defesas-
• Equipa compacta e bem jogo para as alas contra o País de Gales laterais adversários
equilibrada, com uma excelente • Rakitić aparece com perigo • T
ransições rápidas para um • R
ápidas transições ofensivas
distância entre linhas na área, nas costas do 1-4-1-4-1 em situação graças à velocidade de Weiss,
• Ênfase numa construção de jogo ponta-de-lança defensiva; pressão a partir da Švento e Mak, entre outros
paciente; os defesas centrais estão • Os jogadores nas alas estão linha do meio-campo • H
amšík é o catalisador do
à vontade com a bola nos pés disponíveis para receber a bola • O
guarda-redes recorre muito ataque, que gosta de ter a bola
• O guarda-redes realiza bons encostados à linha ou fletirem ao passe longo para o médio nos pés e tem boa visão de jogo
passes a curta e média distância, para dentro Kucka ou para o ponta-de-lança • K
ucka estabelece a ligação no
raramente apostando nos passes • Os laterais apoiam as jogadas • B
om apoio nas segundas bolas meio-campo; é forte no jogo
longos ofensivas, sobretudo Srna e no ataque à defesa adversária aéreo e marca os lances de bola
• Utilização ocasional eficaz do • Equipa com conhecimentos • A
s jogadas ofensivas passam parada
jogo direto para o ponta-de-lança técnicos, táticos e força; jogadores pelo trio de médios ou • E
quipa com disciplina tática
Mandžukić com um bom espírito de equipa assentam nos passes diagonais e posicional e capacidade de
realizados pelos centrais resistência sob pressão

SELECIONADOR Data de G A TUR


V 0-1
CZE
E 2-2
ESP
V 2-1
POR
D 0-1*
Clube SELECIONADOR Data de G A WAL
D 2-1
RUS
V 1-2
ENG
E 0-0
GER
D 3-0
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Ivan Vargić 15-03-1987 HNK Rijeka 1 Ján Mucha 05-12-1982 ŠK Slovan Bratislava
12 Lovre Kalinić 03-04-1990 HNK Hajduk Split 12 Ján Novota 29-11-1983 SK Rapid de Viena
23 Danijel Subašić 27-10-1984 90 90 90 120 AS Monaco FC 23 Matúš Kozáčik 27-12-1983 90 90 90 90 FC Viktoria Plzeň

DEFESAS DEFESAS
2 Šime Vrsaljko 10-01-1992 1↑ 90 US Sassuolo Calcio 2 Peter Pekarík 30-10-1986 90 90 90 90 Hertha BSC Berlin

3 Ivan Strinić 17-07-1987 90 90↓ 120 SSC Nápoles 3 Martin Škrtel 15-12-1984 90 90 90 90 Liverpool FC
Ante ČAČIĆ
Data de nascimento: 29-09-1953 FC Lokomotiv de Mos- 4 Ján Ďurica 10-12-1981 90 90 90 90 FC Lokomotiv de Moscovo
5 Vedran Ćorluka 05-02-1986 90 90 90 120↓
covo Ján KOZÁK
Treinadores adjuntos Ante Miše, Josip Šimunić; 5 Norbert Gyömber 03-07-1992 23↑ 84↓ AS Roma
Data de nascimento: 17-04-1954
Treinador de guarda-redes Marjan Mrmić; 6 Tin Jedvaj 28-11-1995 90 Bayer 04 Leverkusen
14 Milan Škriniar 11-02-1995 12↑ 90 UC Sampdoria
Preparadores físicos Leonard Sovina, Miljenko Rak 11 Darijo Srna 01-05-1982 90 90 90 120 FC Shakhtar Donetsk Treinadores adjuntos Martin Rusnak,
Štefan Tarkovič; 15 Tomáš Hubočan 17-09-1985 90 90 FC Dinamo de Moscovo
13 Gordon Schildenfeld 18-03-1985 1↑ 1↑ GNK Dinamo Zagreb Treinador de guarda-redes Miroslav Seman
16 Kornel Saláta 24-01-1985 6↑ ŠK Slovan Bratislava
FORMAÇÃO 21 Domagoj Vida 29-04-1989 90 90 120 FC Dynamo de Kiev
18 Dušan Švento 01-08-1985 90 18↑ 33↑ I 1. FC Köln
23 MÉDIOS FORMAÇÃO MÉDIOS
5 21
11 3 4 Ivan Perišić 02-02-1989 2 1 87↓ 90 90↓ 120 FC Internazionale Milano
23 6 Ján Greguš 29-01-1991 45↑ FK Jablonec
10 19 7 Ivan Rakitić 10-03-1988 1 90↓ 90↓ 90 110↓ FC Barcelona 3 4
2 5
7 Vladimír Weiss 30-11-1989 1 1 83↓ 72↓ 78↓ 45↓ Al-Gharafa
14
14 7 4 8 Mateo Kovačić 06-05-1994 28↑ 8↑ Real Madrid CF
13 17 8 Ondrej Duda 05-12-1994 1 30↑ 67↓ 57↓ Legia de Varsóvia
10 Luka Modrić 09-09-1985 1 90 62↓ I 120 Real Madrid CF
17 10 Miroslav Stoch 19-10-1989 7↑ Bursaspor
19
14 Marcelo Brozović 16-11-1992 1 90 90 120 FC Internazionale Milano 21
7
13 Patrik Hrošovský 22-04-1992 60↓ 90 FC Viktoria Plzeň
15 Marko Rog 19-07-1995 82↓ GNK Dinamo Zagreb
17 Marek Hamšík 27-07-1987 1 1 90 90 90 90 SSC Nápoles
18 Ante Ćorić 14-04-1997 GNK Dinamo Zagreb
19 Juraj Kucka 26-02-1987 90 90 90 90 AC Milan
CROATIA 19 Milan Badelj 25-02-1989 90 90 90 120 ACF Fiorentina
20 Róbert Mak 08-03-1991 1 90 80↓ 90 I PAOK FC
ESTATÍSTICAS DO JOGO
AVANÇADOS SLOVAKIA
POSSE DE DISTÂNCIA 22 Viktor Pečovský 24-05-1983 90 67↓ MŠK Žilina
ADVERSÁRIOS
BOLA PERCORRIDA
P EF 9 Andrej Kramarić 19-06-1991 3↑ 1↑ 1↑ TSG 1899 Hoffenheim ESTATÍSTICAS DO JOGO
AVANÇADOS
Turquia 49% 104,58 km 344 79% 16 Nikola Kalinić 05-01-1988 1 1 90 32↑ ACF Fiorentina POSSE DE DISTÂNCIA
ADVERSÁRIOS P EF
Rep. Checa 56% 108,85 km 390 83% BOLA PERCORRIDA 9 Stanislav Šesták 16-12-1982 26↑ Ferencvárosi TC
Espanha 40% 106,44 km 290 84% 17 Mario Mandžukić 21-05-1986 90↓ 90 88↓ Juventus
País de Gales 56% 109,64 km 510 85% 11 Adam Nemec 02-09-1985 31↑ 23↑ Willem II
Portugal 59% 108,22 km¹ 535¹ 88% 20 Marko Pjaca 06-05-1995 1↑ 90↓ 10↑ GNK Dinamo Zagreb Rússia 38% 110,91 km 294 80%
Inglaterra 43% 105,91 km 365 82% 21 Michal Ďuriš 01-06-1988 59↓ 10↑ 64↓ FC Viktoria Plzeň
P = passes; Ef = eficácia
22 Duje Čop 01-02-1990 S 1↑ Málaga CF Alemanha 41% 109,39 km 397 85% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
¹ 142,56 km percorridos e 676 realizados (estes números dizem
respeito aos 90 minutos de jogo, para efeitos de comparação) G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados P = passes; Ef = eficácia
* a. p.

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 60 (15%) 47 Modrić para Srna Longos 61 (16%) 47 Škrtel para Ďurica
Ćorluka 201 41 para Modrić Hamšík 138 31 para Weiss
Médios 238 (61%) Médios 224 (57%)
Modrić 185 47 para Srna Škrtel 172 47 para Ďurica
Curtos 92 (24%) Curtos 108 (28%)
Badelj 182 28 para Ćorluka Ďurica 140 37 para Škrtel
Os pontos decimais representam o 1% extra

78 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 79


ESPANHA FRANÇA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-3-3 com uma linha • L
aterais ofensivos, em especial • Inicialmente 1-4-3-3; depois, posição da linha ofensiva
defensiva muito subida e o incansável Alba na esquerda 1-4-2-3-1 contra a Albânia, • Pogba e Matuidi são os
pressão alta intensa • I niesta é o artista, penetrando República da Irlanda, Alemanha principais recuperadores de
• J
ogo assente na posse nas linhas adversárias e Portugal bola e os médios “box-to-box”
de bola/controlo do jogo; através de passes ou jogadas • Jogo assente na técnica; muita da equipa
combinações de passes curtos individuais corrida com a bola • Payet exímio na marcação
em todos os setores • M
orata é a referência ofensiva, • Defesa concentrada e compacta; de bolas paradas e remates
• C
onstrução de jogo paciente, dando profundidade e opções os alas recuam para a defesa de longe
mas assente numa rápida de jogo à equipa • Rápidas transições ofensivas; • Pressão agressiva a partir da
circulação da bola • J
ogadas em combinação jogo direto para o ponta-de- linha do meio-campo; saídas
• T
écnica excecional em todos os no último terço para furar a lança Giroud rápidas assim que a equipa
setores; capacidade de jogar defesa contrária • Muitas opções para as alas recupera a bola
sob pressão • E
xtremos que atuam no flanco (Payet, Sissoko, Coman, etc.) • Quando a equipa joga sem
• B
usquets é o único trinco e dá oposto ao seu pé: Silva e Nolito • Griezmann traz velocidade extremos, os laterais apoiam
equilíbrio à equipa fletem para dentro da direita e e capacidade de finalização, o ataque e realizam bons
esquerda, respetivamente podendo jogar em qualquer cruzamentos

SELECIONADOR Data de G A CZE


V 1-0
TUR
V 3-0
CRO
D 2-1
ITA
D 2-0
Clube SELECIONADOR Data de G A ROU ALB SUI IRL ISL GER POR
V 2-1 V 2-0 E 0-0 V 2-1 V 5-2 V 0-2 D 1-0*
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Iker Casillas 20-05-1981 FC Porto 1 Hugo Lloris 26-12-1986 90 90 90 90 90 90 120 Tottenham Hotspur FC
13 David de Gea 07-11-1990 90 90 90 90 Manchester United FC 16 Steve Mandanda 28-03-1985 Olympique de Marselha
23 Sergio Rico 01-09-1993 Sevilha FC 23 Benoît Costil 03-07-1987 Stade Rennais FC

DEFESAS DEFESAS
2 César Azpilicueta 28-08-1989 9↑ Chelsea FC 2 Christophe Jallet 31-10-1983 Olympique de Lyon
Didier DESCHAMPS
3 Gerard Piqué 02-02-1987 1 90 90 90 90 FC Barcelona Data de nascimento: 15-10-1968 3 Patrice Evra 15-05-1981 90 90 90 90 90 90 120 Juventus
4 Marc Bartra 15-01-1991 FC Barcelona Treinador adjunto Guy Stéphan; 4 Adil Rami 27-12-1985 1 90 90 90 90 Sevilha FC
Vicente DEL BOSQUE Treinador de guarda-redes Franck Raviot;
12 Héctor Bellerín 19-03-1995 Arsenal FC 13 Eliaquim Mangala 13-02-1991 18↑ Manchester City FC
Data de nascimento: 23-12-1950 Preparador físico Éric Bédouet
15 Sergio Ramos 30-03-1986 90 90 90 90 Real Madrid CF 17 Lucas Digne 20-07-1993 AS Roma
Treinador adjunto Toni Grande; Treinador
de guarda-redes José Manuel Ochotorena; 16 Juanfran 09-01-1985 90 90 90 90 Club Atlético de Madrid 19 Bacary Sagna 14-02-1983 1 90 90 90 90 90 90 120 Manchester City FC
Preparador físico Francisco Javier Miñano FORMAÇÃO
17 Mikel San José 30-05-1989 Club Atlético de Madrid 21 Laurent Koscielny 10-09-1985 90 90 90 90 72↓ 90 120 Arsenal FC
18 Jordi Alba 21-03-1989 1 90 81↓ 90 90 FC Barcelona 1
22 Samuel Umtiti 14-11-1993 90 90 120 Olympique de Lyon
21 22
FORMAÇÃO MÉDIOS
19 3
MÉDIOS
15 14
13 5 Sergio Busquets 16-07-1988 90 90 90 90 FC Barcelona 5 N'Golo Kanté 29-03-1991 1 90 90 45↓ 19↑ Leicester City FC
18 8

3 15
6 Andrés Iniesta 11-05-1984 1 90 90 90 90 FC Barcelona 7 6 Yohan Cabaye 14-01-1986 90 1↑ Crystal Palace FC
16 18
8 Koke 08-01-1992 19↑ Club Atlético de Madrid 9 8 Dimitri Payet 29-03-1987 3 2 90↓ 90 27↑ 90 80↓ 71↓ 58↓ West Ham United FC
5

10 6 10 Cesc Fàbregas 04-05-1987 1 70↓ 71↓ 84↓ 90 Chelsea FC 12 Morgan Schneiderlin 08-11-1989 Manchester United FC
21 22 14 Thiago Alcántara 11-04-1991 20↑ 6↑ FC Bayern de Munique 14 Blaise Matuidi 09-04-1987 1 90 90 13↑ 90 90 90 120 Paris Saint-Germain
7
19 Bruno Soriano 12-06-1984 26↑ 30↑ Villarreal FC 15 Paul Pogba 15-03-1993 1 77↓ 45↑ 90 90 90 90 120 Juventus
21 David Silva 08-01-1986 90 64↓ 90 90 Manchester City FC
ESTATÍSTICAS FRANCE
DO JOGO 18 Moussa Sissoko 16-08-1989 1↑ 90 1↑ 90 90 110↓ Newcastle United FC
POSSE DE DISTÂNCIA
AVANÇADOS ADVERSÁRIOS P EF 20 Kingsley Coman 13-06-1996 24↑ 68↓ 63↓ 45↑↓ 10↑ 62↑ FC Bayern de Munique
BOLA PERCORRIDA
SPAIN 7 Álvaro Morata 23-10-1992 3 62↓ 90 67↓ 70↓ Juventus Roménia 59% 104,98 km 502 84% AVANÇADOS
ESTATÍSTICAS DO JOGO Albânia 59% 106,66 km 529 88%
9 Lucas Vázquez 01-07-1991 20↑ Real Madrid CF 7 Antoine Griezmann 21-03-1991 6 2 66↓ 22↑ 77↓ 90 90 90↓ 120 Club Atlético de Madrid
POSSE DE DISTÂNCIA Suíça 42% 106,42 km 334 87%
ADVERSÁRIOS P EF Rep. Irlanda 60% 107,15 km 494 90%
BOLA PERCORRIDA 11 Pedro Rodríguez 28-07-1987 8↑ 9↑ Chelsea FC 9 Olivier Giroud 30-09-1986 3 2 90 77↓ 73↓ 60↓ 78↓ 78↓ Arsenal FC
Islândia 59% 106,05 km 651 91%
Rep. Checa 67% 107,05 km 694 91% 20 Aritz Aduriz 11-02-1981 28↑ 23↑ 36↑↓ Atlético de Bilbau 10 André-Pierre Gignac 05-12-1985 1 13↑ 90 17↑ 30↑ 12↑ 42↑ Tigres
Alemanha 35% 108,82 km 299 84%
Turquia 57% 109,08 km 674 93%
22 Nolito 15-10-1986 1 1 82↓ 90 60↓ 45↓ RC Celta de Vigo Portugal 53% 105,74 km¹ 586¹ 91% 11 Anthony Martial 05-12-1995 13↑ 45↓ 10↑ Manchester United FC
Croácia 60% 104,37 km 655 94%
P = passes; Ef = eficácia
Itália 59% 109,99 km 539 86% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados ¹ 138,14 km percorridos e 710 passes realizados (estes G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia números dizem respeito aos 90 minutos de jogo, para * a.p.
efeitos de comparação)

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 62 (10%) 72 Ramos para Alba Longos 52 (11%) 74 Matuidi para Payet
Iniesta 327 61 para Alba Pogba 389 53 para Matuidi
Médios 398 (62%) Médios 313 (65%)
Ramos 295 72 para Alba Matuidi 345 74 para Payet
Curtos 181 (28%) Curtos 120 (25%)
Busquets 281 56 para Iniesta Koscielny 307 62 para Umtiti
Os pontos decimais representam o 1% extra

80 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 81


HUNGRIA INGLATERRA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1, que passou a • Os extremos fletem para • 1-4-4-3 com variação para 1-4-4-2 • Os laterais, sobretudo Walker à
1-4-3-3 contra a Islândia e dentro para os laterais ou 1-4-5-1 em situação defensiva direita, estão constantemente
1-4-4-2 contra Portugal passarem nas costas • Jogo assente na posse de bola, a subir no terreno e a efetuar
• Unidade compacta, com • Boas mudanças de flanco com construção paciente das cruzamentos
jogadores com boa capacidade (por exemplo, os passes do jogadas ofensivas passando por • Rooney recua muito no terreno
atlética, disciplinados e lateral esquerdo Kádár para todos os setores para ser o catalisador das jogadas
trabalhadores Lovrencsics na direita) • Centrais fortes e com boa ofensivas
• Rápidas trocas de bola, com os • Excelente marcação de cantos capacidade atlética; bons no jogo • Combinações dinâmicas e bem
jogadores a movimentarem-se e livres aéreo nos lances de bola parada desenhadas, para encontrar
sem bola e triangulações em ambas as áreas espaços nos flancos
• Szalai é um avançado rápido,
• O médio centro Nagy é o bem apoiado pelos médios, • Ênfase na construção de jogo a • Muitas opções ofensivas (Sterling,
organizador e arquiteto do sobretudo Kleinheisler partir da retaguarda; boa qualidade Sturridge, Lallana, Vardy e
jogo ofensivo de passe do guarda-redes Hart Rashford)
• Defesa e pressão agressivas;
• Transições rápidas defensivas forte espírito de equipa • Boa capacidade de passe e leitura • Equipa jovem, empenhada e
e ofensivas; utilização efetiva de jogo do trinco Dier dinâmica, com técnica em todos
do contra-ataque os setores

SELECIONADOR Data de G A AUT


V 0-2
ISL
E 1-1
POR
E 3-3
BEL
D 0-4
Clube SELECIONADOR Data de G A RUS
E 1-1
WAL
V 2-1
SVK
E 0-0
ISL
D 1-2
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Gábor Király 01-04-1976 90 90 90 90 Szombathelyi Haladás 1 Joe Hart 19-04-1987 90 90 90 90 Manchester City FC
12 Dénes Dibusz 16-11-1990 Ferencvárosi TC 13 Fraser Forster 17-03-1988 Southampton FC
22 Péter Gulácsi 06-05-1990 RB Leipzig 23 Tom Heaton 15-04-1986 Burnley FC

DEFESAS DEFESAS
2 Ádám Lang 17-01-1993 90 90 90 90 Videoton FC 2 Kyle Walker 28-05-1990 90 90 90 Tottenham Hotspur FC
3 Mihály Korhut 01-12-1988 90 Debreceni VSC 3 Danny Rose 02-07-1990 90 90 90 Tottenham Hotspur FC
Bernd STORCK 4 Tamás Kádár 14-03-1990 90 90 90 KKS Lech Poznań 5 Gary Cahill 19-12-1985 90 90 90 90 Chelsea FC
Data de nascimento: 25-01-1963 Roy HODGSON
5 Attila Fiola 17-02-1990 90 Puskás Akadémia FC 6 Chris Smalling 22-11-1989 90 90 90 90 Manchester United FC
Data de nascimento: 09-08-1947
Treinadores adjuntos Andreas Möller, Zoltán
16 Ádám Pintér 12-06-1988 1↑ 90 75↓ Ferencvárosi TC 12 Nathaniel Clyne 05-04-1991 90 Liverpool FC
Szélesi; Treinador de guarda-redes Holger Treinadores adjuntos Ray Lewington, Gary
Gehrke; Preparadores físicos Zoltán Holanek, 20 Richárd Guzmics 16-04-1987 90 90 90 90 Wisła Cracóvia Neville; Treinador de guarda-redes Dave 16 John Stones 28-05-1994 Everton FC
Victor Moore Watson; Preparador físico Chris Neville
21 Barnabás Bese 06-05-1994 45↑ MTK Budapest 21 Ryan Bertrand 05-08-1989 90 Southampton FC
23 Roland Juhász 01-07-1983 84↓ 90 79↓ Videoton FC MÉDIOS
FORMAÇÃO MÉDIOS
FORMAÇÃO 4 James Milner 04-01-1986 3↑ Liverpool FC
1 6 Ákos Elek 21-07-1988 90 45↑ Diósgyőri VTK 1 8 Adam Lallana 10-05-1988 90 73↓ 61↓ Liverpool FC
20 23 5 6
2 4 8 Ádám Nagy 17-06-1995 90 90 90 Ferencvárosi TC 2 3 14 Jordan Henderson 17-06-1990 90 Liverpool FC
17
8 10 10 Zoltán Gera 22-04-1979 1 90 90 45↓ 45↓ Ferencvárosi TC 20
17 Eric Dier 15-01-1994 1 90 90 90 45↓ Tottenham Hotspur FC
10
14 7
15 14 Gergő Lovrencsics 01-09-1988 83↓ 90 KKS Lech Poznań 8 7
18 Jack Wilshere 01-01-1992 12↑ 56↓ 45↑ Arsenal FC
9
9
15 László Kleinheisler 08-04-1994 1 79↓ 90 I I SK Werder Bremen 19 Ross Barkley 05-12-1993 Everton FC
18 Zoltán Stieber 16-10-1988 1 11↑ 66↓ 7↑ 1. FC Nürnberg 20 Dele Alli 11-04-1996 1 90 90 29↑ 90 Tottenham Hotspur FC

AVANÇADOS AVANÇADOS
7 Balázs Dzsudzsák 23-12-1986 2 90 90 90 90 Bursaspor 9 Harry Kane 28-07-1993 90 45↓ 14↑ 90 Tottenham Hotspur FC
HUNGARY 9 Ádám Szalai 09-12-1987 1 69↓ 6↑ 71↓ 90 Hannover 96
ENGLAND 7 Raheem Sterling 08-12-1994 87↓ 45↓ 60↓ Manchester City FC
ESTATÍSTICAS DO JOGO ESTATÍSTICAS DO JOGO
11 Krisztián Németh 05-01-1989 89↓ 19↑ Al-Gharafa 10 Wayne Rooney 24-10-1985 1 78↓ 90 34↑ 87↓ Manchester United FC
POSSE DE DISTÂNCIA POSSE DE DISTÂNCIA
ADVERSÁRIOS P EF ADVERSÁRIOS P EF
BOLA PERCORRIDA 13 Dániel Böde 24-10-1986 24↑ 11↑ Ferencvárosi TC BOLA PERCORRIDA 11 Jamie Vardy 11-01-1987 1 45↑ 90 30↑ Leicester City FC
Áustria 50% 110,13 km 387 82% 17 Nemanja Nikolić 31-12-1987 1 24↑ 15↑ Legia de Varsóvia Rússia 52% 110,76 km 426 87% 15 Daniel Sturridge 01-09-1989 1 45↑ 76↓ 90 Liverpool FC
Islândia 67% 107,14 km 606 89% País de Gales 64% 105,62 km 493 88%
Portugal 42% 104,56 km 308 83% 19 Tamás Priskin 27-09-1986 1 21↑ 66↓ ŠK Slovan Bratislava Eslováquia 57% 109,81 km 557 92% 22 Marcus Rashford 31-10-1997 17↑ 3↑ Manchester United FC
Bélgica 55% 107,06 km 475 90% Islândia 63% 105,23 km 525 86% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia P = passes; Ef = eficácia

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 73 (16%) 50 Juhász para Kádár Longos 59 (12%) 42 Smalling para Cahill
Kádár 175 25 para Nagy Dier 236 36 para Rooney
Médios 274 (62%) Médios 313 (63%)
Guzmics 169 47 para Kádár Rooney 201 41 para Rose
Curtos 97 (22%) Curtos 128 (26%)
Lang 161 28 para Dzsudzsák Cahill 194 34 para Dier
Os pontos decimais representam o 1% extra

82 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 83


IRLANDA DO NORTE ISLÂNDIA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• A formação padrão é o 1-4-1-4-1, frente pressionam imediatamente • 1-4-4-2 clássico e compacto, e os defesas preferem apostar
mas jogou em 1-5-3-2 contra a • Defesas laterais conservadores, com as linhas muito próximas nos passes longos
Polónia e o País de Gales com cuidado para não darem • Defesa fechada e concentrada; • Rápidas transições ofensivas;
• Ênfase na defesa compacta e no oportunidade de contra-atacar à movimentos sincronizados face jogo direto para o ponta-de-
contra-ataque direto equipa adversária à bola lança Sigthórsson
• O guarda-redes inicia as jogadas • Quando a bola é ganha na defesa, • Inicialmente, linha defensiva • Equipa forte e determinada
ofensivas com um pontapé normalmente é endossada a Davis subida (35 metros), mas depois na defesa, com um bom jogo
para longe ou Corry Evans recua sem perder a forma aéreo nas situações ofensivas
• Os médios centro Davis e C. • Equipa muito perigosa nas bolas • Sistema executado na e defensivas
Evans dão apoio para ganhar as paradas ofensivas, devido ao seu perfeição; cada jogador sabe • Equipa perigosa nas bolas
segundas bolas jogo aéreo exatamente o que tem de fazer paradas, incluindo os
• O ponta-de-lança tenta • Equipa com um forte espírito de • Equipa que está à vontade lançamentos laterais de
desmarcar-se nas costas da equipa, empenhada, disciplinada e e trabalha muito sem bola, Gunnarsson
defesa adversária mentalmente forte fechando bem os espaços • Excelentes virtudes coletivas;
• Quando a equipa perde a bola, os • Jogo que não é assente na equipa trabalhada para
jogadores do meio-campo para a posse de bola; o guarda-redes explorar os seus pontos fortes

SELECIONADOR Data de G A POL


D 1-0
UKR
V 0-2
GER
D 0-1
WAL
D 1-0
Clube SELECIONADORES Data de G A POR
E 1-1
HUN
E 1-1
AUT
V 2-1
ENG
V 1-2
FRA
D 5-2
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Michael McGovern 12-07-1984 90 90 90 90 Hamilton Academical FC 1 Hannes Halldórsson 27-04-1984 90 90 90 90 90 FK Bodø/Glimt
12 Roy Carroll 30-09-1977 Linfield FC 12 Ögmundur Kristinsson 19-06-1989 Hammarby Fotboll
23 Alan Mannus 19-05-1982 Saint Johnstone FC 13 Ingvar Jónsson 18-10-1989 Sandefjord Fotball

DEFESAS DEFESAS
2 Conor McLaughlin 26-07-1991 90 Fleetwood Town 2 Birkir Sævarsson 11-11-1984 90 90 90 90 90 Hammarby Fotboll
4 Gareth McAuley 05-12-1979 1 90 90 90 84↓ West Bromwich Albion FC Haukur Heidar Hauks-
3 01-09-1991 AIK Solna
son
5 Jonny Evans 03-01-1988 90 90 90 90 West Bromwich Albion FC
Michael O’NEILL 4 Hjörtur Hermannsson 08-02-1995 IFK Gotemburgo
6 Chris Baird 25-02-1982 76↓ Fulham FC Heimir HALLGRÍMSSON Lars LAGERBÄCK
Data de nascimento: 05-07-1969 Data de nascimento: Data de nascimento: 5 Sverrir Ingason 05-08-1993 4↑ 45↑ KSC Lokeren OV
15 Luke McCullough 15-02-1994 Doncaster Rovers FC 10-06-1967 16-07-1948
Treinadores adjuntos Jimmy Nicholl,
6 Ragnar Sigurdsson 19-06-1986 1 90 90 90 90 90 FC Krasnodar
Stephen Robinson; 17 Paddy McNair 27-04-1995 45↓ 1↑ Manchester United FC Treinador de guarda-redes Gudmundur Hreidarsson
Treinador de guarda-redes Maik Taylor 14 Kári Árnason 13-10-1982 2 90 90 90 90 45↓ Malmö FF
18 Aaron Hughes 08-11-1979 90 90 90 Melbourne City FC
19 Hordur Magnússon 11-02-1993 AC Cesena
20 Craig Cathcart 06-02-1989 90 90 90 90 Watford FC FORMAÇÃO
FORMAÇÃO 22 Lee Hodson 02-10-1991 Milton Keynes Dons FC
21 Arnor Ingvi Traustason 30-04-1993 1 10↑ 1↑ IFK Norrköping
1
1 14 6
23 Ari Skúlason 14-05-1987 1 90 90 90 90 90 Odense BK
MÉDIOS 2 23
20 5 17 MÉDIOS
4 3 Shane Ferguson 12-07-1991 66↓ Millwall FC 10

18 14 7 Johann Gudmundsson 27-10-1990 1 90↓ 90 86↓ 90 90 Charlton Athletic FC


13 8 Steven Davis 01-01-1985 90 90 90 90 Southampton FC 7
8
8
8 Birkir Bjarnason 27-05-1988 2 90 90 90 90 90 FC Basel 1893
16 13 Corry Evans 30-07-1990 90↓ 84↓ 90 Blackburn Rovers FC 9
15

19 10 Gylfi Sigurdsson 08-09-1989 1 1 90 90 90 90 90 Swansea City AFC


14 Stuart Dallas 19-04-1991 1 45↑ 90 90 90 Leeds United FC
10 16 Rúnar Már Sigurjónsson 18-06-1990 GIF Sundsvall
16 Oliver Norwood 12-04-1991 1 90 90 90 79↓ Reading FC
17 Aron Gunnarsson 22-04-1989 90 65↓ 90 90 90 Cardiff City FC
19 Jamie Ward 12-05-1986 14↑ 69↓ 70↓ 69↓ Nottingham Forest FC
18 Elmar Bjarnason 04-03-1987 1 1↑ 19↑ 14↑ AGF Aarhus
21 Josh Magennis 15-08-1990 6↑ 20↑ 6↑ Kilmarnock FC ICELAND
NORTHERN IRELAND ESTATÍSTICAS DO JOGO 20 Emil Hallfredsson 29-06-1984 25↑ Udinese Calcio
AVANÇADOS
ESTATÍSTICAS DO JOGO POSSE DE DISTÂNCIA AVANÇADOS
7 Niall McGinn 20-07-1987 1 21↑ 6↑ 11↑ Aberdeen FC ADVERSÁRIOS P EF
POSSE DE DISTÂNCIA BOLA PERCORRIDA
ADVERSÁRIOS P EF 9 Kolbeinn Sigthórsson 14-03-1990 2 81↓ 84↓ 80↓ 76↓ 83↓ FC Nantes
BOLA PERCORRIDA 9 Will Grigg 03-07-1991 Wigan Athletic FC Portugal 34% 112,49 km 185 73%
Polónia 40% 103,41 km 254 74% Hungria 33% 110,39 km 207 71% 11 Alfred Finnbogason 01-02-1989 9↑ 21↑ S 45↑ FC Augsburg
10 Kyle Lafferty 16-09-1987 90 31↑ 90 Birmingham City FC
Ucrânia 34% 114,18 km 205 64% Áustria 37% 110,48 km 272 73% 15 Jón Dadi Bödvarsson 25-05-1992 1 1 90 69↓ 71↓ 89↓ 45↓ 1. FC Kaiserslautern
Alemanha 29% 112,62 km 176 64% 11 Conor Washington 18-05-1992 24↑ 84↓ 59↓ 21↑ Queens Park Rangers FC Inglaterra 37% 109,14 km 243 71%
País de Gales 45% 103,77 km 285 78% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados França 41% 108,99 km 388 88% 22 Eidur Gudjohnsen 15-09-1978 6↑ 7↑ Molde FK
P = passes; Ef = eficácia P = passes; Ef = eficácia G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 64 (28%) 21 Norwood para Davis Longos 58 (22%) 34 Halldórsson para Sigthórsson
Davis 104 15 para Norwood G. Sigurdsson 118 29 para Skúlason
Médios 115 (50%) Médios 140 (54%)
J. Evans 93 17 para Davis Gunnarsson 112 21 para R. Sigurdsson
Curtos 52 (23%) Curtos 61 (24%)
Norwood 86 21 para Davis R. Sigurdsson 110 19 para B. Bjarnason
Os pontos decimais representam o 1% extra

84 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 85


ITÁLIA PAÍS DE GALES

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-3-5-2 com rápidas qualidade de passe • Variações do 1-3-4-3 (1-3-4-2-1) com • Equipa boa nas recuperações e que
transições para 1-3-3-4 em • Defesas matreiros, que têm transições rápidas para 1-5-3-2 em aposta nos passes rápidos para a
situação ofensiva à-vontade com a bola, mesmo situação defensiva frente, assim que ganha a bola
• Os alas recuam rapidamente quando são pressionados • Ramsey conferiu flexibilidade à • Bale é o desequilibrador, com jogadas
para formar um quinteto • Uma equipa que se sente equipa, combinando com Bale para individuais, mudanças de direção em
defensivo compacto à vontade sem bola e sabe formar um trio ofensivo diagonal e livres bem executados
• Jogo de alta pressão e a um esperar pela sua oportunidade • Os trincos Allen e Ledley formaram • Ramsey é o animador do meio-campo
ritmo vertiginoso, que permite • Dois avançados que combinam um bloco defensivo juntamente com para a frente, com técnica, qualidade
contra-atacar com muitos bem entre si; Pellè é a principal os três defesas centrais de passe e presença à entrada da área
jogadores referência ofensiva • O guarda-redes apostou sobretudo • Os alas dão um importante contributo
• Entradas com perigo dos • Meio-campo sólido e muito nos passes longos nos jogos da fase à equipa; transições em ambas as
médios nas costas da defesa trabalhador, que apoia o de grupos, mas mais nos passes para direções
(sobretudo Giaccherini) ataque os defesas centrais na fase a eliminar • Conjunto bem organizado, assente
• Tentou sair a jogar a partir • Estilo de jogo bem definido, • Chester e Ashley Williams foram os numa defesa determinada e esforçada
da defesa; Bonucci é um executado com crença e um jogadores que realizaram mais passes e num bom espírito de equipa
excelente defesa com boa forte espírito de equipa na defesa; Allen foi o médio de ligação

SELECIONADOR Data de G A BEL


V 0-2
SWE
V 1-0
IRL
D 0-1
ESP
V 2-0
GER
E 1-1*
Clube SELECIONADOR Data de G A SVK ENG RUS NIR BEL POR
V 2-1 D 2-1 V 0-3 V 1-0 V 3-1 D 2-0
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Gianluigi Buffon 28-01-1978 90 90 90 120 Juventus 1 Wayne Hennessey 24-01-1987 I 90 90 90 90 90 Crystal Palace FC
12 Salvatore Sirigu 12-01-1987 90 Paris Saint-Germain 12 Owain Fôn Williams 17-03-1987 Inverness Caledonian Thistle FC
13 Federico Marchetti 07-02-1983 SS Lazio 21 Danny Ward 22-06-1993 90 Liverpool FC
DEFESAS DEFESAS
Antonio CONTE 2 Mattia De Sciglio 20-10-1992 32↑ 81↓ 90 120 AC Milan 2 Chris Gunter 21-07-1989 1 90 90 90 90 90 90 Reading FC
Data de nascimento: 31-07-1969
3 Giorgio Chiellini 14-08-1984 1 90 90 90 120↓ Juventus 3 Neil Taylor 07-02-1989 1 90 90 90 90 90 90 Swansea City AFC
Chris COLEMAN
Treinadores adjuntos Angelo Alessio, Massimo
4 Matteo Darmian 02-12-1989 1 58↓ 30↑ 6↑ 34↑ Manchester United FC Data de nascimento: 10-06-1970 4 Ben Davies 24-04-1993 90 90 90 90 90 S Tottenham Hotspur FC
Carrera, Mauro Sandreani, Gianluca Conte;
Treinador de guarda-redes Gianluca Spinelli; 5 Angelo Ogbonna 23-05-1988 90 West Ham United FC Treinadores adjuntos Osain Robers; Treinador 5 James Chester 23-01-1989 90 90 90 90 90 90 West Bromwich Albion FC
Preparadores físicos Paolo Bertelli, de guarda-redes Martyn Margetson;
Constantino Coratti 15 Andrea Barzagli 08-05-1981 90 90 90 90 120 Juventus 6 Ashley Williams 23-08-1984 1 90 90 90 90 90 90 Swansea City AFC
Preparador físico Ryland Morgans
19 Leonardo Bonucci 01-05-1987 1 1 90 90 90 90 120 Juventus 15 Jazz Richards 12-04-1991 2↑ Fulham FC

FORMAÇÃO MÉDIOS 19 James Collins 23-08-1983 1↑ 66↓ West Ham United FC


6 Antonio Candreva 28-02-1987 1 90 90 I I I SS Lazio
FORMAÇÃO
1
MÉDIOS
8 Alessandro Florenzi 11-03-1991 85↓ 90 84↓ 86↓ AS Roma 1
7 Joe Allen 14-03-1990 1 90 90 74↓ 90 90 90 Liverpool FC
19
15 3
6
10 Thiago Motta 28-08-1982 12↑ 16↑ 90 36↑ S Paris Saint-Germain 5 4
8 Andy King 29-10-1988 14↑ 12↑ 90 Leicester City FC
16
8 18 23 2 7 16
14 Stefano Sturaro 09-03-1993 5↑ 90 120 Juventus 2 3
10 Aaron Ramsey 26-12-1990 1 4 88↓ 90 90 90 90↓ S Arsenal FC
17
16 Daniele De Rossi 24-07-1983 78↓ 74↓ 54↓ I AS Roma 11
10 14 David Edwards 03-02-1986 69↓ 23↑ 16↑ Wolverhampton Wanderers FC
9 9
18 Marco Parolo 25-01-1985 90 90 90 120 SS Lazio 16 Joe Ledley 23-01-1987 21↑ 67↓ 76↓ 63↓ 78↓ 58↓ Crystal Palace FC
21 Federico Bernardeschi 16-02-1994 60↓ ACF Fiorentina 20 Jonathan Williams 09-10-1993 71↓ 18↑ 27↑ 24↑ Crystal Palace FC
23 Emanuele Giaccherini 05-05-1985 1 1 90 90 90 120 Bologna FC 22 David Vaughan 18-02-1983 Nottingham Forest FC

ITALY AVANÇADOS AVANÇADOS


WALES
ESTATÍSTICAS DO JOGO 7 Simone Zaza 25-06-1991 1 30↑ 90 1↑ Juventus
ESTATÍSTICAS DO JOGO 9 Hal Robson-Kanu 21-05-1989 2 19↑ 72↓ 35↑ 80↓ 63↓ Reading FC
POSSE DE DISTÂNCIA 9 Graziano Pellè 15-07-1985 2 90 60↓ 90 120 Southampton FC 11 Gareth Bale 16-07-1989 3 1 90 90 83↓ 90 90 90 Real Madrid CF
ADVERSÁRIOS P EF POSSE DE DISTÂNCIA
BOLA PERCORRIDA ADVERSÁRIOS P EF
11 Ciro Immobile 20-02-1990 15↑ 74↓ Torino FC BOLA PERCORRIDA 13 George Williams 07-09-1995 Fulham FC
Bélgica 44% 119,70 km 422 78%
Eslováquia 44% 109,40 km 352 79%
Suécia 47% 113,60 km 445 84% 17 Éder 15-11-1986 1 75↓ 90 82↓ 108↓ FC Internazionale Milano 17 David Cotterill 04-12-1987 Birmingham City FC
Inglaterra 36% 105,51 km 201 72%
Rep. Irlanda 54% 103,89 km 372 84%
20 Lorenzo Insigne 04-06-1991 16↑ 8↑ 12↑ SSC Nápoles Rússia 52% 106,63 km 455 88% 18 Sam Vokes 21-10-1989 1 90 55↓ 10↑ 32↑ Burnley FC
Espanha 41% 117,85 km 387 81%
Irlanda do 55% 100,17 km 384 80%
Alemanha 41% 118,22 km¹ 425¹ 84% 22 Stephan El Shaarawy 27-10-1992 9↑ AS Roma 23 Simon Church 10-12-1988 7↑ 27↑ Milton Keynes Dons FC
Norte
P = passes; Ef = eficácia Bélgica 48% 109,96 km 422 88%
G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
¹ 152,99 km percorridos e 511 passes realizados (estes
*a.p.; perdeu 6-5 nas grandes penalidades Portugal 54% 103,24 km 517 89%
números dizem respeito aos 90 minutos de jogo, para
efeitos de comparação) P = passes; Ef = eficácia

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 63 (15%) 72 Barzagli para Bonucci Longos 70 (18%) 57 A. Williams para Chester
Barzagli 238 72 para Bonucci Chester 277 48 para Gunter
Médios 266 (65%) Médios 230 (59%)
Bonucci 216 66 para Chiellini Ramsey 212 40 para Bale Long
Curtos 82 (20%) Curtos 90 (23%)
Chiellini 190 50 para Bonucci Allen 211 39 para Ramsey

86 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 87


POLÓNIA PORTUGAL

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 ou 1-4-1-4-1 com livres pelos extremos • 1-4-4-2 com um único trinco e, pressão alta
rápidas transições para 1-4-4-1-1 • O ponta-de-lança Lewandowski ocasionalmente, 1-4-4-3 • Defesa compacta comandada
em situação defensiva é a primeira linha de defesa • Jogo ofensivo assente nas por Pepe; equipa forte no jogo
• O guarda-redes Fabiański apostou • Milik faz incursões individuais a jogadas pelas linhas e nos aéreo em ambas as áreas
quase exclusivamente nas bolas partir das costas do ponta-de- cruzamentos • Construção de jogo paciente
longas para o ponta-de-lança lança • William Carvalho é um trinco passando pelos centrais e
• Krychowiak é o maestro da equipa, com boa capacidade de médios; o guarda-redes efetua
• Após perder a bola, a equipa
recuando no campo para iniciar a recuperação de bolas e passes sobretudo passes curtos
faz imediatamente pressão alta
construção das jogadas ofensivas criteriosos • Os defesas laterais sobem no
e realiza rápidos contra-ataques
• Defesa bem organizada, quando ganha a bola • Renato Sanches dá vida ao terreno em simultâneo para
compacta, concentrada e recuada; meio-campo; Ronaldo é o apoiar o jogo pelos flancos;
• Błaszczykowski aparece com
os jogadores movimentam-se finalizador Raphael Guerreiro é um
perigo a partir da linha e
como um bloco • Rápidos contra-ataques para a jogador incisivo pela esquerda
defende com disciplina
• Os laterais sobem no terreno dupla ofensiva Nani-Ronaldo • Maturidade tática; várias
• Jogadores fortes fisicamente,
sempre que há uma oportunidade, • Linha defensiva subida com opções ofensivas (Quaresma,
trabalhadores e com um
preenchendo os espaços deixados três jogadores a exercerem João Mário, etc.)
grande espírito de equipa

SELECIONADOR Data de G A NIR


V 1-0
GER
E 0-0
UKR
V 0-1
SUI
E 1-1*
POR
E 1-1*
Clube SELECIONADOR Data de G A ISL AUT HUN CRO POL WAL FRA
E 1-1 E 0-0 E 3-3 V 0-1* E V 2-0 V 1-0*
Clube
nascimento: nascimento:
1-1**
GUARDA-REDES
1 Wojciech Szczęsny 18-04-1990 90 AS Roma GUARDA-REDES
1 Rui Patrício 15-02-1988 90 90 90 120 120 90 120 Sporting Clube de Portugal
12 Artur Boruc 20-02-1980 AFC Bournemouth
12 Anthony Lopes 01-10-1990 Olympique de Lyon
22 Łukasz Fabiański 18-04-1985 90 90 120 120 Swansea City AFC
22 Eduardo 19-09-1982 GNK Dinamo Zagreb
DEFESAS
2 Michał Pazdan 21-09-1987 90 90 90 120 120 Legia de Varsóvia Fernando SANTOS DEFESAS
Data de nascimento: 10-10-1954 2 Bruno Alves 27-11-1981 90 Fenerbahçe SK
Adam NAWAŁKA 3 Artur Jędrzejczyk 04-11-1987 90 90 90 120 120 Legia de Varsóvia
Data de nascimento: 23-10-1957 Treinadores adjuntos João Carlos Costa, Ilídio Vale; 3 Pepe 26-02-1983 90 90 90 120 120 I 120 Real Madrid CF
4 Thiago Cionek 21-04-1986 90 US Città di Palermo Treinador de guarda-redes Fernando Justino
Treinador-adjunto Bogdan Zając; 4 José Fonte 22-12-1983 120 120 90 120 Southampton FC
14 Jakub Wawrzyniak 07-07-1983 KS Lechia Gdańsk
Treinador de guarda-redes Jarosław Tkocz;
Preparador físico Remigiusz Rzepka 5 Raphael Guerreiro 22-12-1993 1 90 90 120 90 120 FC Lorient
15 Kamil Glik 03-02-1988 90 90 90 120 120 Torino FC
FORMAÇÃO 6 Ricardo Carvalho 18-05-1978 90 90 90 AS Mónaco FC
18 Bartosz Salamon 01-05-1991 Cagliari Calcio
1
11 Vieirinha 24-01-1986 90 90 90 VfL Wolfsburg
FORMAÇÃO 20 Łukasz Piszczek 03-06-1985 90 90 120 120 Borussia Dortmund
21
3 4
5
14 19 Eliseu 01-10-1983 90 120 SL Benfica
22 MÉDIOS
15 2 16 10 21 Cédric 31-08-1991 120 120 90 120 Southampton FC
20 3 5 Krzysztof Mączyński 23-05-1987 78↓ 76↓ 101↓ 98↓ Wisła Kraków 23
10
5 6 Tomasz Jodłowiec 08-09-1985 12↑ 14↑ 90 19↑ 22↑ Legia de Varsóvia MÉDIOS
17 7

16 11 8 João Moutinho 08-09-1986 1 71↓ 90 45↓ 47↑ 11↑ 54↑ AS Mónaco FC


8 Karol Linetty 02-02-1995 KKS Lech Poznań
7
10 João Mário 19-01-1993 1 76↓ 19↑ 90 87↓ 80↓ 90 120 Sporting Clube de Portugal
9 10 Grzegorz Krychowiak 29-01-1990 90 90 90 120 120 Sevilha FC
13 Danilo 09-09-1991 90 9↑ 12↑ 24↑ 90 FC Porto
11 Kamil Grosicki 08-06-1988 2 10↑ 87↓ 19↑ 104↓ 82↓ Stade Rennais FC
14 William Carvalho 07-04-1992 90 90 120 96↓ S 120 Sporting Clube de Portugal
16 Jakub Błaszczykowski 14-12-1985 2 1 80↓ 80↓ 45↑ 120 120 ACF Fiorentina
PORTUGAL
15 André Gomes 30-07-1993 1 84↓ 83↓ 61↓ 50↓ 16↑ Valência CF
17 Sławomir Peszko 19-02-1985 2↑ 3↑ 16↑ KS Lechia Gdańsk ESTATÍSTICAS DO JOGO
16 Renato Sanches 18-08-1997 1 19↑ 45↑ 70↑ 120 74↓ 79↓ SL Benfica
POLAND 19 Piotr Zieliński 20-05-1994 45↓ Empoli FC
ADVERSÁRIOS
POSSE DE DISTÂNCIA
P EF
BOLA PERCORRIDA
ESTATÍSTICAS DO JOGO 21 Bartosz Kapustka 23-12-1996 88↓ 10↑ 71↓ S 38↑ MKS Cracovia Kraków
18 Rafa Silva 17-05-1993 1↑ SC Braga
Islândia 66% 111,41 km 605 92%
POSSE DE DISTÂNCIA 23 Adrien Silva 15-03-1989 108↓ 73↓ 79↓ 66↓ Sporting Clube de Portugal
ADVERSÁRIOS P EF 23 Filip Starzyński 27-05-1991 1↑ Zagłębie Lubin Áustria 59% 107,85 km 512 86%
BOLA PERCORRIDA
Hungria 58% 99,68 km 517 90% AVANÇADOS
Irlanda do Norte 60% 104,69 km 487 88% AVANÇADOS Croácia 41% 112,34 km¹ 373¹ 81%
Alemanha 37% 112,32 km 237 78% Polónia 46% 107,35 km² 443² 87% 7 Cristiano Ronaldo 05-02-1985 3 3 90 90 90 120 120 90 25↓ Real Madrid CF
7 Arkadiusz Milik 28-02-1994 1 1 90 90 90↓ 120 120 AFC Ajax
Ucrânia 36% 111,10 km 267 73% País de Gales 46% 106,31 km 406 83% 9 Éder 22-12-1987 1 6↑ 7↑ 41↑ LOSC Lille
Suíça 45% 107,14 km¹ 358¹ 85% 9 Robert Lewandowski 21-08-1988 1 90 90 90 120 120 FC Bayern de Munique França 47% 110,20 km³ 461³ 86%
Portugal 54% 106,45 km² 501² 86% P = passes; Ef = eficácia 17 Nani 17-11-1986 3 1 90 89↓ 81↓ 120 120 86↓ 120 Fenerbahçe SK
13 Mariusz Stępiński 12-05-1995 Ruch Chorzów
P = passes; Ef = eficácia ¹ 148,29 km percorridos e 460 passes realizados; ² 140,53 km
¹ 137,41 km percorridos e 476 passes realizados; ² 139,88 percorridos, 558 passes realizados; ³ 143,73 km percorridos, 20 Ricardo Quaresma 26-09-1983 1 1 14↑ 71↓ 29↑ 33↑ 40↑ 4↑ 95↑ Beşiktaş JK
G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
km percorridos, 650 passes realizados (estes números dizem *a. p.; venceu 5-4 nas grandes penalidades; **a. p.; perdeu 5-3 nas grandes penalidades) 575 passes realizados (estes números dizem respeito aos 90 G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
respeito aos 90 minutos de jogo, para efeitos de comparação) minutos de jogo, para efeitos de comparação) *a.p.; ganhou 5-3 nas grandes penalidades

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 57 (15%) 51 Krychowiak para Glik Longos 63 (13%) 41 Guerreiro para João Mário
Krychowiak 233 51 para Glik William Carvalho 312 34 para Moutinho
Médios 224 (61%) 51 Błaszczykowski para Piszczek Médios 293 (62%)
Glik 233 42 para Krychowiak Pepe 279 40 para William Carvalho
Curtos 89 (24%) Curtos 117 (25%)
Pazdan 191 44 para Krychowiak João Mário 249 32 para Guerreiro

88 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 89


REPÚBLICA CHECA REPÚBLICA DA IRLANDA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 que passou a • Defesas centrais fortes, que • 1-4-1-4-1 ou 1-4-4-2 com a a bola nas costas do quarteto
1-4-3-3 no último jogo iniciam as jogadas ofensivas utilização ocasional da formação defensivo contrário e faz
contra a Turquia com longas diagonais para em losango no meio-campo imediatamente pressão alta
• Inicialmente, linha defensiva as alas • Equipa que aposta mais no • Bloco defensivo forte e
subida a 30 metros da baliza • Os laterais apoiam o ataque, futebol direto do que no jogo compacto; equipa forte no jogo
• Transições rápidas para um sobretudo Kadeřábek na assente na posse de bola aéreo nas situações ofensivas e
1-4-5-1 ou 1-4-4-1-1 em direita • Quando não tem a bola, a defensivas
situação defensiva • Os médios-ala fletem para equipa preocupa-se em fechar • Hoolahan e Hendrick são
• Trincos que equilibram a dentro para apoiar o único os espaços os jogadores que mais
equipa. Plašil ocupa-se das ponta-de-lança • O guarda-redes inicia os ataques desequilibram individualmente
tarefas defensivas, Darida • Combinações rápidas, efetuando lançamentos longos • O lateral direito Coleman gosta
apoia o ataque movimentos fluidos, mas para o ponta-de-lança de subir no terreno e cruza com
• Čech faz defesas cruciais pouca posse de bola • Forte apoio nas segundas bolas, qualidade
e aposta sobretudo nos • Equipa poderosa com os médios a aparecerem • Equipa com uma excelente ética
lançamentos longos para o taticamente com vontade de na frente de trabalho, espírito de equipa e
ponta-de-lança ganhar e força mental • A equipa coloca frequentemente que nunca se dá por vencida

SELECIONADOR Data de G A ESP


D 1-0
CRO
E 2-2
TUR
D 0-2
Clube SELECIONADOR Data de G A SWE
E 1-1
BEL
D 3-0
ITA
V 0-1
FRA
D 2-1
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Petr Čech 20-05-1982 90 90 90 Arsenal FC 1 Keiren Westwood 23-10-1984 Sheffield Wednesday FC
16 Tomáš Vaclík 29-03-1989 FC Basel 1893 16 Shay Given 20-04-1976 Stoke City FC
23 Tomáš Koubek 26-08-1992 FC Slovan Liberec 23 Darren Randolph 12-05-1987 90 90 90 90 West Ham United FC

DEFESAS DEFESAS
2 Pavel Kadeřábek 25-04-1992 90 90 90 TSG 1899 Hoffenheim 2 Seamus Coleman 11-10-1988 1 90 90 90 90 Everton FC
3 Michal Kadlec 13-12-1984 Fenerbahçe SK 3 Ciaran Clark 26-09-1989 90 90 Aston Villa FC
5 Roman Hubník 06-06-1984 90 90 90 FC Viktoria Plzeň 4 John O'Shea 30-04-1981 90 90 22↑ Sunderland AFC
Martin O’NEILL
Pavel VRBA 6 Tomáš Sivok 15-09-1983 90 90 90 Bursaspor Data de nascimento: 01-03-1952 5 Richard Keogh 11-08-1986 90 90 Derby County FC
Data de nascimento: 06-12-1963 8 David Limberský 06-10-1983 90 90 FC Viktoria Plzeň 12 Shane Duffy 01-01-1992 90 66 SO Blackburn Rovers FC
Treinadores adjuntos Roy Keane, Steve Guppy,
Treinadores adjuntos Karel Brückner, Karel Krejčí, 11 Daniel Pudil 27-09-1985 90 Sheffield Wednesday FC Steve Walford; Treinador de guarda-redes 15 Cyrus Christie 30-09-1992 Derby County FC
Zdeněk Svoboda; Treinador de guarda-redes Jan Seamus McDonagh; Preparador físico Dan Horan
Stejskal; Preparador físico Michal Rukavička 17 Marek Suchý 29-03-1988 S FC Basel 1893 17 Stephen Ward 20-08-1985 90 90 90 Burnley FC

MÉDIOS MÉDIOS
Theodor Gebre FORMAÇÃO 6 Glenn Whelan 13-01-1984 90 90 Stoke City FC
FORMAÇÃO 4
Selassie
24-12-1986 86↓ SV Werder Bremen
23 7 Aiden McGeady 04-04-1986 5↑ 19↑ 20↑ Sheffield Wednesday FC
1
9 Bořek Dočkal 30-09-1988 71↓ AC Sparta de Praga
6 5 2
12 5
17 8 James McCarthy 12-11-1990 85↓ 62↓ 77↓ 71↓ Everton FC
2
10 Tomáš Rosický 04-10-1980 1 88↓ 90 I Arsenal FC 8
22 13
8 11 James McClean 22-04-1989 26↑ 28↑ 90 68↓ West Bromwich Albion FC
13 Jaroslav Plašil 05-01-1982 90 86↓ 90↓ FC Girondins de Bordéus 19
11
20 10 19
9
13 13 Jeff Hendrick 31-01-1992 90 90 90 90 Derby County FC
14 Daniel Kolář 27-10-1985 1↑ FC Viktoria Plzeň 21
21
18 David Meyler 29-05-1989 Hull City AFC
15 David Pavelka 18-05-1991 2↑ 57↓ Kasımpaşa SK
19 Robbie Brady 14-01-1992 2 90 90 90 90 Norwich City FC
18 Josef Šural 30-05-1990 4↑ 23↑ 19↑ AC Sparta de Praga
20 Wes Hoolahan 20-05-1982 1 1 78↓ 71↓ 13↑ 19↑ Norwich City FC
19 Ladislav Krejčí 05-07-1992 90 90 90 AC Sparta de Praga
22 Stephen Quinn 01-04-1986 1↑ Reading FC
20 Jiří Skalák 12-03-1992 67↓ Brighton & Hove Albion FC REPUBLIC OF IRELAND
CZECH REPUBLIC AVANÇADOS
22 Vladimír Darida 08-08-1990 90 90 90 Hertha BSC Berlin ESTATÍSTICAS DO JOGO
ESTATÍSTICAS DO JOGO POSSE DE DISTÂNCIA
9 Shane Long 22-01-1987 90 79↓ 90↓ 90 Southampton FC
AVANÇADOS ADVERSÁRIOS P EF
POSSE DE DISTÂNCIA BOLA PERCORRIDA 10 Robbie Keane 08-07-1980 12↑ 11↑ LA Galaxy
ADVERSÁRIOS P EF
BOLA PERCORRIDA 7 Tomáš Necid 13-08-1989 1 75↓ 4↑ 90 Bursaspor Suécia 47% 101,76 km 279 70% 14 Jon Walters 20-09-1983 64↓ I I 25↑ Stoke City FC
Espanha 33% 109,99 km 240 74% 12 Milan Škoda 16-01-1986 1 23↑ 33↑ SK Slavia de Praga Bélgica 46% 103,18 km 337 82%
Croácia 44% 113,85 km 331 79% Itália 46% 103,09 km 277 81% 21 Daryl Murphy 15-03-1983 70↓ 65↓ Ipswich Town FC
Turquia 51% 112,47 km 380 82% 21 David Lafata 18-09-1981 15↑ 67↓ AC Sparta de Praga França 40% 104,73 km 226 76% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados P = passes; Ef = eficácia

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 62 (20%) 20 Sivok para Hubník Longos 60 (21%) 19 Hendrick para Coleman
Darida 123 19 para Kadeřábek Hendrick 114 19 para Coleman
Médios 172 (54%) 20 Hubník para Darida Médios 153 (55%) 19 Brady para Hendrick
Sivok 94 20 para Hubník Brady 93 19 para Hendrick
Curtos 83 (26%) Curtos 67 (24%) 19 Hoolahan para Brady
Hubník 88 20 para Darida Whelan 78 18 para Hendrick

90 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 91


ROMÉNIA RÚSSIA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 com uma linha • O
principal ponta-de-lança está • 1-4-2-3-1 com vários • N
ormalmente, os médios ala
defensiva subida constantemente à procura de jogadores a desempenharem o ficam agarrados à linha e os
• Ênfase na construção das se desmarcar nas costas da papel de trinco defesas laterais não arriscam
jogadas ofensivas a partir defesa • C
onstrução de jogo paciente • D
zyuba é um avançado rápido,
da retaguarda, muitas vezes • P
ressão imediata sobre o e trocas de bola entre os forte e com técnica que lidera
através do trinco portador da bola, assim que a centrais a linha ofensiva
• B
ons passes diagonais dos equipa perde a bola • G
uarda-redes competente • A
bordagem direta no
defesas centrais para as alas • O
s médios centro estabelecem entre os postes (Akinfeev) último terço; jogadores com
• O ataque é apoiado por dois o equilíbrio entre o ataque e a • U
tilização frequente dos disposição para rematarem de
defesas laterais aventureiros defesa passes longos do guarda-redes longe

• O
s extremos fletem para • A
vançados trabalhadores e para o ponta-de-lança • E
quipa forte no jogo aéreo
dentro para abrirem espaço defesa compacta • C
irculação da bola a um ritmo nas bolas paradas ofensivas e
para os laterais passarem nas • F
orte espírito e ética de médio através dos setores defensivas
costas equipa; mentalidade ofensiva • R
ápidas transições defensivas;
pressão dos médios

SELECIONADOR Data de G A FRA


D 2-1
SUI
E 1-1
ALB
D 0-1
Clube SELECIONADOR Data de G A ENG
E 1-1
SVK
D 1-2
WAL
D 0-3
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Costel Pantilimon 01-02-1987 Watford FC 1 Igor Akinfeev 08-04-1986 90 90 90 PFC CSKA de Moscovo
12 Ciprian Tătăruşanu 09-02-1986 90 90 90 ACF Fiorentina 12 Yuri Lodygin 26-05-1990 FC Zenit
23 Silviu Lung 04-06-1989 FC Astra Giurgiu 16 Guilherme 12-12-1985 FC Lokomotiv de Moscovo

DEFESAS DEFESAS
2 Alexandru Măţel 17-10-1989 90 GNK Dinamo Zagreb 2 Roman Shishkin 27-01-1987 FC Lokomotiv de Moscovo
3 Răzvan Raţ 26-05-1981 90 62↓ I Rayo Vallecano 3 Igor Smolnikov 08-08-1988 90 90 90 FC Zenit
4 Cosmin Moţi 03-12-1984 PFC Ludogorets Razgrad 4 Sergei Ignashevich 14-07-1979 90 90 90 PFC CSKA de Moscovo

Anghel IORDĂNESCU 6 Vlad Chiricheş 14-11-1989 90 90 90 SSC Nápoles Leonid SLUTSKI 6 Aleksei Berezutski 20-06-1982 45↑ PFC CSKA de Moscovo
Data de nascimento: 04-05-1950 15 Valerică Găman 25-02-1989 FC Astra Giurgiu Data de nascimento: 04-05-1971 14 Vasili Berezutski 20-06-1982 1 90 90 45↓ PFC CSKA de Moscovo
Treinadores adjuntos Viorel Moldovan, Daniel 16 Steliano Filip 15-05-1994 28↑ I FC Dinamo de Bucareste Treinadores adjuntos Sergei Balakhnin, 21 Georgi Schennikov 27-04-1991 1 90 90 PFC CSKA de Moscovo
Isaila, Ionut Badea; Treinador de guarda-redes Sergey Semak; Treinador de guarda-redes Sergey
Dumitru Moraru; Preparador físico Marian Lupu 21 Dragoş Grigore 07-09-1986 90 90 90 Al-Sailiya SC Ovchinnikov; Preparador físico Paulino Granero 23 Dmitri Kombarov 22-01-1987 90
22 Cristian Săpunaru 05-04-1984 90 90 90 CS Pandurii Târgu Jiu MÉDIOS
MÉDIOS 5 Roman Neustädter 18-02-1988 80↓ 45↓ FC Schalke 04
FORMAÇÃO FORMAÇÃO
5 Ovidiu Hoban 27-12-1982 90 45↑ 90 Hapoel Beer-Sheva FC 7 Artur Yusupov 01-09-1989 FC Zenit
12 1
7 Alexandru Chipciu 18-05-1989 18↑ 90 FC Steaua de Bucareste 8 Denis Glushakov 27-01-1987 1 10↑ 45↑ 90 FC Spartak de Moscovo
6 21 14 4
3 21
22 2 8 Mihai Pintilii 09-11-1984 90 45↓ I FC Steaua de Bucareste 11 Pavel Mamaev 17-09-1988 5↑ 45↑ 90 FC Krasnodar
5 13
18 5 10 Nicolae Stanciu 07-05-1993 72↓ 90 FC Steaua de Bucareste 13 Aleksandr Golovin 30-05-1996 77↓ 45↓ 38↑ PFC CSKA de Moscovo
9 17 10
20 10 19 11 Gabriel Torje 22-11-1989 8↑ 90 33↑ Osmanlıspor 15 Roman Shirokov 06-07-1981 13↑ 15↑ 52↓ PFC CSKA de Moscovo
9 17 Lucian Sânmărtean 13-03-1980 45↑ Al-Ittihad 22 17 Oleg Shatov 29-07-1990 1 90 90 I FC Zenit
18 Andrei Prepeliţă 08-12-1985 90 45↓ PFC Ludogorets Razgrad 18 Oleg Ivanov 04-08-1986 FC Terek Grozny
19 Bogdan Stancu 28-06-1987 2 90 84↓ 90 Gençlerbirliği SK 19 Aleksandr Samedov 19-07-1984 20↑ FC Lokomotiv de Moscovo
20 Adrian Popa 24-07-1988 82↓ 68↓ FC Steaua de Bucareste 20 Dmitri Torbinski 28-04-1984 FC Krasnodar
ROMANIA RUSSIA
ESTATÍSTICAS DO JOGO AVANÇADOS ESTATÍSTICAS DO JOGO AVANÇADOS
POSSE DE DISTÂNCIA 9 Denis Alibec 05-01-1991 29↑ 57↓ FC Astra Giurgiu POSSE DE DISTÂNCIA 9 Aleksandr Kokorin 19-03-1991 90 75↓ 90 FC Zenit
ADVERSÁRIOS P EF ADVERSÁRIOS P EF
BOLA PERCORRIDA BOLA PERCORRIDA
13 Claudiu Keșerü 02-12-1986 90 PFC Ludogorets Razgrad 10 Fedor Smolov 09-02-1990 85↓ 90 70↓ FC Krasnodar
França 41% 105,74 km 280 71% Inglaterra 48% 109,90 km 406 80%
Suíça 38% 103,11 km 237 76% 14 Florin Andone 11-04-1993 61↓ 6↑ 22↑ Córdoba CF Eslováquia 62% 112,45 km 548 89% 22 Artem Dzyuba 22-08-1988 90 90 90 FC Zenit
Albânia 59% 101,07 km 522 85% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados País de Gales 48% 107,64 km 434 85% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia P = passes; Ef = eficácia

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 56 (16%) 27 Chiricheş para Grigore Longos 76 (16%) 19 Ignashevich para V. Berezutski
Chiricheş 99 27 para Grigore V. Berezutski 189 53 para Ignashevich
Médios 193 (56%) Médios 295 (64%)
Grigore 98 20 para Chiricheş Ignashevich 168 61 para V. Berezutski
Curtos 97 (28%) Curtos 92 (20%)
Hoban 82 14 para Stanciu Smolnikov 106 27 para V. Berezutski

92 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 93


SUÍÇA SUÉCIA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 com alterações • B
oas movimentações na linha • Clássico 1-4-4-2, com duas ou construção de jogo mais
mínimas no onze inicial de três, dando opções de passe linhas de quatro jogadores paciente
• J
ogo assente na posse de bola a Xhaka e Behrami • Mecanismos bem oleados; • M
édios centro fortes que
com construção paciente das • O
s médios ala fletem para confiança na execução do controlam o tempo de passe
jogadas a partir da defesa dentro, criando espaço para os sistema • Utilização das alas pelos
• X
haka é o principal organizador laterais subirem no terreno • Jogo baseado em rápidas defesas laterais; Olsson realiza
de jogo e dá tranquilidade à • C
ombinações perigosas transições em ambos os cruzamentos da esquerda
equipa no último terço; passes de sentidos • Equipa forte no jogo aéreo
• X
haka e Behrami desempenham desmarcação na zona da • Bloco defensivo forte, nas situações ofensivas e
bem o papel de trincos à frente grande área compacto, atlético e bom no defensivas; marcação homem-
do quarteto defensivo e ganham • S
haqiri é o jóquer ofensivo, um contra um a-homem nos lances de bola
muitas bolas que arrisca nas situações de • Ibrahimović joga livre nas parada
• O
guarda-redes Sommer varre um contra um costas do ponta-de-lança • Equipa competitiva, com
as costas da defesa e é forte • E
quipa sólida, competente, boa • Várias opções de ataque: jogo mentalidade ofensiva e um
quando tem jogadores isolados em todos os setores, preparada direto para os avançados forte espírito coletivo
pela frente para dominar jogos

SELECIONADOR Data de G A ALB


V 0-1
ROU
E 1-1
FRA
E 0-0
POL
E 1-1*
Clube SELECIONADOR Data de G A IRL
E 1-1
ITA
D 1-0
BEL
D 0-1
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Yann Sommer 17-12-1988 90 90 90 120 VfL Borussia Mönchengladbach 1 Andreas Isaksson 03-10-1981 90 90 90 Kasımpaşa SK
12 Marwin Hitz 18-09-1987 FC Augsburg 12 Robin Olsen 08-01-1990 FC Copenhaga
21 Roman Bürki 14-11-1990 Borussia Dortmund 23 Patrik Carlgren 08-01-1992 AIK Solna

DEFESAS DEFESAS
Stephan Lichts- 2 Mikael Lustig 13-12-1986 45↓ Celtic FC
2 16-01-1984 90 90 90 120 Juventus
teiner
3 Erik Johansson 30-12-1988 45↑ 90 90 FC Copenhaga
Vladimir PETKOVIĆ 3 François Moubandje 21-06-1990 Toulouse FC
4 Andreas Granqvist 16-04-1985 90 90 90 FC Krasnodar
Data de nascimento: 15-08-1963
4 Nico Elvedi 30-09-1996 VfL Borussia Mönchengladbach Erik HAMRÉN
5 Martin Olsson 17-05-1988 90 90 90 Norwich City FC
Treinadores adjuntos Antonio Manicone; Treinador Data de nascimento: 27-06-1957
5 Steve von Bergen 10-06-1983 BSC Young Boys
de guarda-redes Patrick Foletti; Preparadores 13 Pontus Jansson 13-02-1991 Torino FC
físicos Markus Tschopp, Oliver Riedwyl Treinadores adjuntos Peter Wettergren,
6 Michael Lang 08-02-1991 7↑ 4↑ FC Basel 1893
Reine Almqvist, Marcus Allbäck; Treinador de 14 Victor Lindelöf 17-07-1994 90 90 90 SL Benfica
13 Ricardo Rodríguez 25-08-1992 90 90 90 120 VfL Wolfsburg guarda-redes Lars Eriksson; Preparador físico
Ludwig Augustins-
Paul Balsom 17 21-04-1994 FC Copenhaga
FORMAÇÃO 20 Johan Djourou 18-01-1987 90 90 90 120 1983 Hamburger SV son
22 Fabian Schär 20-12-1991 1 90 90 90 120 TSG 1899 Hoffenheim MÉDIOS
1

22 20 MÉDIOS FORMAÇÃO 6 Emil Forsberg 23-10-1991 90 79↓ 82↓ RB Leipzig


2 13
8 Fabian Frei 08-01-1989 14↑ 1. FSV Mainz 05 1 7 Sebastian Larsson 06-06-1985 90 90 70↓ Sunderland AFC
11 10
10 Granit Xhaka 27-09-1992 90 90 90 120 VfL Borussia Mönchengladbach 3 4 8 Albin Ekdal 28-07-1989 4↑ 79↓ 90 1983 Hamburger SV
23 15 18 14 5

11 Valon Behrami 19-04-1985 90 90 90 77↓ Watford FC 18 9 9 Kim Källström 24-08-1982 90 90 90 Grasshoppers Club Zürich
9
14 Denis Zakaria 20-11-1996 BSC Young Boys 7 6
15 Oscar Hiljemark 28-06-1992 US Città di Palermo
10

15 Blerim Džemaili 12-04-1986 76↓ 83↓ 90 58↓ Genoa CFC 11 16 Pontus Wernbloom 25-06-1986 PFC CSKA de Moscovo
16 Gelson Fernandes 02-09-1986 2↑ 11↑ 43↑ Stade Rennais FC 18 Oscar Lewicki 14-07-1992 86↓ 11↑ Malmö FF
23 Xherdan Shaqiri 10-10-1991 1 1 88↓ 90↓ 79↓ 120 Stoke City FC 21 Jimmy Durmaz 22-03-1989 11↑ 20↑ Olympiacos FC
SWITZERLAND
ESTATÍSTICAS DO JOGO AVANÇADOS 22 Erkan Zengin 05-08-1985 8↑ Trabzonspor AŞ
POSSE DE DISTÂNCIA SWEDEN
ADVERSÁRIOS P EF 7 Breel Embolo 14-02-1997 28↑ 27↑ 74↓ 62↑ FC Basel 1893 AVANÇADOS
BOLA PERCORRIDA ESTATÍSTICAS DO JOGO
Albânia 55% 108,65 km 553 92% 9 Haris Seferović 22-02-1992 90 63↓ 16↑ 120 Eintracht Frankfurt 10 Zlatan Ibrahimović 03-10-1981 1 90 90 90 Paris Saint-Germain
POSSE DE DISTÂNCIA
Roménia 62% 106,81 km 522 88% ADVERSÁRIOS P EF
17 Shani Tarashaj 07-02-1995 1↑ Everton FC BOLA PERCORRIDA 11 Marcus Berg 17-08-1986 59↓ 5↑ 63↓ Panathinaikos FC
França 58% 107,76 km 492 92%
Polónia 55% 109,95 km¹ 476¹ 90% 18 Admir Mehmedi 16-03-1991 1 62↓ 90 86↓ 70↓ Bayer 04 Leverkusen Rep. Irlanda 53% 101,46 km 385 78% 19 Emir Kujovic 22-06-1988 IFK Norrköping
Itália 53% 108,32 km 448 85%
P = passes; Ef = eficácia 19 Eren Derdiyok 12-06-1988 1 50↑ Kasımpaşa SK 20 John Guidetti 15-04-1992 31↑ 85↓ 27↑ RC Celta de Vigo
Bélgica 50% 106,26 km 358 83%
¹ 140,11 km percorridos e 587 passes realizados (estes
números dizem respeito aos 90 minutos de jogo, para G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados P = passes; Ef = eficácia G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
efeitos de comparação) *a.p.; perdeu 5-4 nas grandes penalidades

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 63 (12%) 75 Djourou para Rodríguez Longos 64 (16%) 36 Källström para Olsson
Xhaka 364 59 para Rodríguez Källström 137 36 para Olsson
Médios 331 (65%) Médios 232 (58%)
Schär 245 54 para Xhaka Granqvist 117 34 para Olsson
Curtos 117 (23%) Curtos 101 (25%)
Djourou 235 75 para Rodríguez Lindelöf 100 27 para Johansson
Os pontos decimais representam o 1% extra

94 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 95


TURQUIA UCRÂNIA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


• 1-4-2-3-1 ou um 1-4-3-3 com • S
elçuk İnan é o motor do meio- • 1-4-2-3-1 com rápidas • T
entou sair a jogar através do
uma estrutura de três médios campo; Ozan Tufan é o seu transições para um 1-4-4-2 defesa central ou trinco
em linha cumplice incansável defensivo • Ê
nfase num jogo assente na
• O
guarda-redes recorre muito • E
quipa com elevada técnica • Defesa compacta, com os circulação de bola (mas que foi
ao passe longo para o ponta- individual e jogadores fortes no médios-ala a recuarem no perturbado pela pressão alta
de-lança um contra um terreno alemã)
• O
s centrais ou o médio • P
ressão imediata sobre o • A dupla de avançados trabalha • B
oas combinações nos flancos
centro Selçuk İnan iniciam a portador da bola muito para perturbar a entre os defesas laterais e os
construção de jogo construção de jogo da equipa extremos
• O
s restantes jogadores
adversária • O
guarda-redes preferiu iniciar
• J
ogo assente nos passes formam um bloco defensivo
curtos ou no jogo direto para o compacto e agressivo • Pressão intensa e enérgica as jogadas na defesa, mas, por
ponta-de-lança Burak Yilmaz sobre o portador da bola a vezes, foi obrigado a jogar longe
• E
quipa com uma abordagem
partir do meio-campo • J
ogadas muito bem trabalhadas
• J
ogo de passes rápidos, com apaixonada, flexibilidade tática
ênfase na penetração pelos e vontade de ganhar • Rápidos contra-ataques, com que não surtiram efeito no
flancos a velocidade de Yarmolenko e último terço
Konoplyanka a ser uma ameaça

SELECIONADOR Data de G A CRO


D 0-1
ESP
D 3-0
CZE
V 0-2
Clube SELECIONADOR Data de G A GER
D 2-0
NIR
D 0-2
POL
D 0-1
Clube
nascimento: nascimento:

GUARDA-REDES GUARDA-REDES
1 Volkan Babacan 11-08-1988 90 90 90 İstanbul Başakşehir 1 Denys Boyko 29-01-1988 Beşiktaş JK
12 Onur Kivrak 01-01-1988 Trabzonspor AŞ 12 Andriy Pyatov 28-06-1984 90 90 90 FC Shakhtar Donetsk
23 Harun Tekin 17-06-1989 Bursaspor 23 Mykyta Shevchenko 26-01-1993 FC Zorya Luhansk

DEFESAS DEFESAS
2 Semih Kaya 24-02-1991 Galatasaray AŞ 2 Bohdan Butko 13-01-1991 90 FC Amkar Perm
3 Hakan Balta 23-03-1983 90 90 90 Galatasaray AŞ 3 Yevhen Khacheridi 28-07-1987 90 90 90 FC Dynamo de Kiev
4 Ahmet Çalik 26-02-1994 Gençlerbirliği SK 5 Olexandr Kucher 22-10-1982 90 FC Shakhtar Donetsk
7 Gökhan Gönül 04-01-1985 90 90 90 Fenerbahçe SK Mykhailo FOMENKO 13 Vyacheslav Shevchuk 13-05-1979 90 90 FC Shakhtar Donetsk
Fatih TERIM
Data de nascimento: 14-09-1953 13 İsmail Köybaşi 10-07-1989 90 Beşiktaş JK Data de nascimento: 19-09-1948 17 Artem Fedetskiy 26-04-1985 90 90 90 FC Dnipro Dnipropetrovsk
Treinador adjunto Levent Şahin; 15 Mehmet Topal 03-03-1986 1 90 90 90 Fenerbahçe SK Treinadores adjuntos Volodymyr Onyshchenko, 20 Yaroslav Rakitskiy 03-08-1989 90 90 FC Shakhtar Donetsk
Treinador de guarda-redes Ömer Boğuşlu; Andriy Shevchenko; Treinador de guarda-redes
18 Caner Erkin 04-10-1988 90 90 Fenerbahçe SK Yuriy Syvukha; Preparador físico Vitalyi Shpaniuk MÉDIOS
Preparador físico: Scott Piri
22 Şener Özbayrakli 23-01-1990 Fenerbahçe SK 4 Anatoliy Tymoshchuk 30-03-1979 1↑ FC Kairat Almaty

MÉDIOS 6 Taras Stepanenko 08-08-1989 90 90 90 FC Shakhtar Donetsk


FORMAÇÃO FORMAÇÃO
5 Nuri Şahin 05-09-1988 45↑ I Borussia Dortmund 7 Andriy Yarmolenko 23-10-1989 90 90 90 FC Dynamo de Kiev
1 12
6 Hakan Çalhanoğlu 08-02-1994 90 45↓ Bayer 04 Leverkusen 9 Viktor Kovalenko 14-02-1996 73↓ 83↓ 17↑ FC Shakhtar Donetsk
15 3 3 20
7 18 17 13
8 Selçuk İnan 10-02-1985 90 70↓ 90 Galatasaray AŞ 10 Yevhen Konoplyanka 29-09-1989 90 90 90 Sevilha FC
16 6
16 8
10 Arda Turan 30-01-1987 65↓ 90 90 FC Barcelona 14 Ruslan Rotan 29-10-1981 90 FC Dnipro Dnipropetrovsk
21 10 20 7 9 10
11 Olcay Şahan 26-05-1987 28↑ 21↑ Beşiktaş JK 16 Serhiy Sydorchuk 02-05-1991 90 76↓ FC Dynamo de Kiev
17 14 Oğuzhan Özyakup 23-09-1992 45↓ 62↓ 29↑ Beşiktaş JK 11 18 Serhiy Rybalka 01-04-1990 FC Dynamo de Kiev
16 Ozan Tufan 23-03-1995 1 90 90 90 Fenerbahçe SK 19 Denys Garmash 19-04-1990 14↑ FC Dynamo de Kiev
19 Yunus Mallı 24-02-1992 20↑ 1. FSV Mainz 05 21 Olexandr Zinchenko 15-12-1996 17↑ 7↑ 73↓ FC Ufa
20 Volkan Şen 07-07-1987 45↑ 61↓ Fenerbahçe SK 22 Olexandr Karavaev 02-06-1992 FC Zorya Luhansk
TURKEY UKRAINE
ESTATÍSTICAS DO JOGO AVANÇADOS ESTATÍSTICAS DO JOGO AVANÇADOS
POSSE DE DISTÂNCIA 9 Cenk Tosun 07-06-1991 69↓ 1↑ Beşiktaş JK POSSE DE DISTÂNCIA 8 Roman Zozulya 17-11-1989 66↓ 19↑ 90↓ FC Dnipro Dnipropetrovsk
ADVERSÁRIOS P EF ADVERSÁRIOS P EF
BOLA PERCORRIDA BOLA PERCORRIDA
17 Burak Yilmaz 15-07-1985 1 25↑ 90 90↓ Beijing Guoan FC 11 Yevhen Seleznyov 20-07-1985 24↑ 71↓ FC Shakhtar Donetsk
Croácia 51% 101,94 km 370 81% Alemanha 37% 115,09 km 288 79%
Espanha 43% 105,52 km 421 87% 21 Emre Mor 24-07-1997 1 21↑ 69↓ FC Nordsjælland Irlanda do 66% 109,58 km 511 87% 15 Pylyp Budkivskiy 10-03-1992 FC Zorya Luhansk
Rep. Checa 49% 105,02 km 319 75% G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados Norte G = golos; A = assistências; EX = expulsões; L = lesionado; S = suspenso; ↑ = entrou; ↓ = saiu; números = minutos jogados
P = passes; Ef = eficácia
Polónia 64% 111,71 km 547 87%
P = passes; Ef = eficácia

MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES MÉDIA DE PASSES REALIZADOS JOGADORES COM MAIS COMBINAÇÃO MAIS FREQUENTE PASSES MAIS FREQUENTES
PASSES PASSES
Longos 62 (17%) 25 M
 ehmet Topal para Selçuk İnan Longos 65 (15%) 23 Stepanenko para Rakitskiy
Selçuk İnan 137 20 para Gökhan Gönül Stepanenko 143 23 para Rakitskiy
Médios 199 (54%) Médios 274 (61%)
Mehmet Topal 117 25 para Selçuk İnan Khacheridi 124 18 para Rakitskiy
Curtos 109 (29%) Curtos 106 (24%)
Arda Turan 100 17 para Caner Erkin Rakitskiy 101 19 para Shevchuk

96 RELATÓRIO TÉCNICO DO UEFA EURO 2016 PERFIS DAS EQUIPAS 97


GALERIA DE HONRA FICHA TÉCNICA
Editorial Ioan Lupescu, Graham Turner
2016 Portugal Assessor técnico Sir Alex Ferguson (Embaixador dos Treinadores da UEFA)
2012 Espanha Observadores técnicos da UEFA Packie Bonner, Jean-Paul Brigger,
Jean-François Domergue, Sir Alex Ferguson, Alain Giresse, Ioan Lupescu,
2008 Espanha Ginés Meléndez, Savo Milošević, David Moyes, Mixu Paatelainen, Peter Rudbæk,
Thomas Schaaf, Gareth Southgate
2004 Grécia Editor Executivo Michael Harrold
2000 França Assistente editorial Catherine Wilson
Apoio editorial David Gough, Matthieu Bulliard
1996 Alemanha Design Tom Radford, Oliver Meikle, James Willsher
1992 Dinamarca Diretor de produção Aleksandra Sersniova
Serviços de dados Andy Lockwood, Rob Esteva
1988 Holanda Coordenação dos observadores técnicos Stéphanie Tetaz
1984 França Tradução André Fernandes, Bruno Miguel Espalha e Vasco Mota Pereira para
Libero Language Lab
1980 Alemanha Ocidental Fotografia Getty Images, UEFA
1976 Checoslováquia Concebido e produzido por TwelfthMan em nome da UEFA
©UEFA 2016. Todos os direitos reservados. A palavra UEFA, o logótipo e o troféu
1972 Alemanha Ocidental do UEFA EURO 2016 estão protegidos por marcas registadas e/ou direitos
1968 Itália de autor da UEFA. Não pode ser feito qualquer uso comercial destas marcas
registadas.
1964 Espanha
1960 URSS

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