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Palavras-chave:
Introdução
Entre os 329 homens adultos, 28,3% eram casados ou viúvos. Entre as 235
mulheres adultas, 40,7% entravam na mesma categoria. Na soma de ambos
os sexos – 33,4%. Assim, os escravos adultos unidos por laços matrimoniais
atingiam um terço do total. (...) Todavia, se um terço é significativo,
4 Publicado na revista Estudos Econômicos (cf. COSTA, SLENES & SCHWARTZ, 1987).
4
obviamente dois terços são duas vezes mais significativos. Se dois terços
da população adulta estavam excluídos do segmento de pessoas casadas
e condenados à solidão, então só cabe concluir que a escravidão foi
predominantemente adversa ao consórcio familial. (GORENDER, 1990, p.
51)
Percebe-se que, no livro de 1990, era mais difícil para Gorender aceitar
uma presença de maior relevância das relações familiares entre os escravos,
posição que se mostrou nitidamente mais flexibilizada no ensaio de 2000. Afinal,
o artigo criticado, de Costa, Slenes & Schwartz, evidenciou, sim, o resultado
expressivo da participação de casados ou viúvos na população escrava, mas
indicou nitidamente, outrossim, que a importância das relações familiares ia além
desse resultado:
de famílias escravas era posta em dúvida.5 Robert Slenes, por exemplo, em sua
tese de doutorado de 1976, sugeriu que a família escrava monogâmica e estável
teria se apresentado como uma instituição plenamente viável, pelo menos na
região Centro-Sul do Brasil, em especial nas áreas dedicadas à produção de
açúcar e de café. E essa viabilidade decorria do fato de as famílias escravas
cumprirem expectativas positivas seja da perspectiva dos cativos, seja da ótica
dos senhores. Nas palavras de Slenes, a família escrava
Vale dizer, esses trabalhos mais recentes patenteiam que não se trata mais
de discutir acerca da existência ou não das aludidas relações familiares
entre os cativos. Muito embora uma posição de persistente ceticismo ainda
se mantenha bastante viva na historiografia corrente, boa parte dos
estudiosos da escravidão brasileira tomam referida existência como um
dado. Procuram, agora, aprofundar cada vez mais a análise das
características apresentadas pela família cativa, sua estabilidade possível,
seus vínculos com a atividade econômica encetada e com o tamanho dos
planteis de escravos. Sobretudo, estuda-se a questão da natureza mesma
dessa instituição familiar e o papel a ela reservado no período escravista
brasileiro. (MOTTA, 2002, p. 251-252)
relativa. O conjunto que mais me custou descartar foi o integrado por dezenas
de artigos publicados em periódicos científicos. Eventualmente, eles poderão vir
a ser objeto precípuo de outro artigo, com objetivos similares e complementares
aos aqui perseguidos.
Convém mencionar dois outros tipos de resultados que optei por não
incorporar. Um deles foi composto por textos apresentados em eventos
científicos variados (Seminários, Congressos, Simpósios, Encontros etc.); o
outro foi formado por monografias de conclusão de cursos de graduação. A
própria existência e frequência desses resultados por mim descartados atestam
a intensidade daquele movimento de multiplicação de estudos sobre família
escrava ao qual me referi. A decisão de não os computar em minha análise
obedeceu, antes do mais, à necessidade de dimensionar adequadamente este
artigo, seja em termos de sua extensão, seja em termos do tempo que poderia
ser alocado à sua feitura.6
Feitos esses descartes, a “matéria-prima” para este artigo restringiu-se
aos resultados levantados pelo buscador atinentes a pesquisas defendidas na
forma de dissertações de mestrado e de teses de doutorado. Decerto, alguns,
eventualmente muitos, dos artigos publicados em revistas, que optei por deixar
de lado, foram decorrentes de dissertações e teses defendidas ou em
andamento; da mesma forma, alguns, eventualmente muitos, daqueles textos
apresentados em eventos e daquelas monografias, que igualmente optei por
deixar de lado, poderão se tornar, futuramente, dissertações ou teses. Todos
poderão, repito, quem sabe, ser objeto de mais uma incursão na historiografia a
ser realizada no futuro.
De imediato, é pertinente explicitar a seguinte pergunta: os resultados
fornecidos pelo Google, reduzidos pela seleção apenas das dissertações de
mestrado e das teses de doutorado, são úteis para sugerir respostas às questões
enunciadas no início desta subseção do artigo? Entendo que sim, e essa
utilidade poderá ser avaliada pelo leitor com fundamento na análise realizada na
próxima subseção. Adianto-me um pouco, afirmando que a diversidade
evidenciada no conjunto dos trabalhos indicados pelo buscador, por exemplo em
6 Além desses três tipos explicitados, decidi também não trazer para a análise os menos
frequentes resultados referentes a resenhas publicadas, alguns capítulos de livros e trabalhos
para discussão.
9
7A validade desta afirmativa, devo salientar, não é meramente uma decorrência de minha opção
por limitar a análise às vinte primeiras SERPs fornecidas pelo buscador.
10
Quadro 1
Teses de Doutorado Selecionadas: Autor e Título
Autor Título
Marcia Cristina Roma de Vasconcellos Famílias escravas em Angra dos Reis, 1801-1888
Maíra Chinelatto Alves Cativeiros em conflito: crimes e comunidades escravas em Campinas (1850-1888)
Antuérpio Dias Pereira O viver escravo em Cuiabá: relações sociais, solidariedade e autonomia (1831-1888)
Célio Augusto de Oliveira História e memória da escravidão no termo de Santo Antônio da Barra-BA (1860-1888)
Fonte: Repositórios diversos de teses e dissertações. Teses de Doutorado listadas em meio aos resultados da
pesquisa “família escrava + pdf” no buscador do Google.
8Maria de Fátima Novaes Pires defendeu sua tese na Universidade de São Paulo (USP) em
2005, orientada pela professora Maria Odila Leite da Silva Dias. Nauk Maria de Jesus doutorou-
12
Quadro 2
Teses de Doutorado Selecionadas: Autor, Orientador, Ano e Instituição
Autor Orientador Ano Instituição
Marcia Cristina Roma de Vasconcellos José Flávio Motta 2006 USP
Júlio César Medeiros da Silva Pereira Lorelai Brilhante Kury 2011 FIOCRUZ
Keith Valéria de Oliveira Barbosa Maria Rachel de G. Fróes da Fonseca 2014 FIOCRUZ
Maíra Chinelatto Alves Maria Helena Pereira Toledo Machado 2015 USP
Virgínia Queiroz Barreto Maria Odila Leite da Silva Dias 2016 USP
Fonte: Repositórios diversos de teses e dissertações. Teses de Doutorado listadas em meio aos resultados da
pesquisa “família escrava + pdf” no buscador do Google.
se pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006, sob orientação de Maria Fernanda
Baptista Bicalho. E Isnara Pereira Ivo obteve seu título de Doutora em 2009, na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), orientada por Eduardo França Paiva. Vali-me no texto, e não
apenas para esses três casos, de consulta às informações constantes dos currículos integrantes
da Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), base de dados disponível em http://lattes.cnpq.br/.
9Por seu turno orientados, respectivamente, por John D. Wirth, José Jobson de Andrade Arruda
e Iraci del Nero da Costa.
13
Quadro 3
Dissertações de Mestrado Selecionadas: Autor e Título
Autor Título
Heloísa Maria Teixeira Reprodução e famílias escravas em Mariana, 1850-1888
Ricardo Figueiredo Pirola A conspiração escrava de Campinas, 1832: rebelião, etnicidade e família
Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Cabras, caboclos, negros e mulatos: a família escrava no Cariri Cearense (1850-1884)
Denise Vieira Demetrio Famílias escravas no Recôncavo da Guanabara: séculos XVII e XVIII
Sherol dos Santos Apesar do cativeiro: família escrava em Santo Antônio da Patrulha (1773-1824)
Fábio Carlos Vieira Pinto Família escrava em São José Del Rei: aspectos demográficos e identitários (1830-1850)
Antonio Roberto Alves Vieira Família escrava e pecuária: revisão historiográfica e perspectivas de pesquisas
Geisa Lourenço Ribeiro Enlaces e desenlaces: família escrava e reprodução endógena no Espírito Santo (1790-1871)
Guilherme Augusto do Nascimento Os laços da escravidão: população, reprodução natural e família escrava em uma vila mineira.
e Silva Piranga, 1850-1888
Escravos e senhores na terra do cacau: alforrias e família escrava (São Jorge dos Ilhéos,
Victor Santos Gonçalves
1806-1888)
Francisco Helton de Araújo Cativos do sertão: a família escrava na Freguesia de N. S. do Carmo de Piracuruca-Piauí,
Oliveira Filho 1850-1888
Laura Congo e a família escrava do Barão de Tinguá: reflexões sobre a família no Vale do
Olívia Dulce Lobo
Paraíba fluminense (1830-1888)
Dermeval Marins de Freitas Famílias escravas na Freguesia de Santo Antônio de Sá-RJ (c.1750-1808)
Roberta Marcelino Veloso Imagens de uma escrava rebelde: quadrinhos, raça e gênero no ensino de história
Viviane Tamíris Pereira Escravidão e família escrava na Freguesia de São José do Paraíso (1850-1888)
Fonte: Repositórios diversos de teses e dissertações. Dissertações de Mestrado listadas em meio aos resultados
da pesquisa “família escrava + pdf” no buscador do Google.
Quadro 4
Dissertações de Mestrado Selecionadas: Autor, Orientador, Ano e Instituição
Autor Orientador Ano Instituição
Heloísa Maria Teixeira José Flávio Motta 2001 USP
Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Eurípedes Antônio Funes 2008 UFC
Fábio Carlos Vieira Pinto Afonso de Alencastro Graça Filho 2010 UFSJ
Antonio Roberto Alves Vieira Vera Lúcia Amaral Ferlini 2011 USP
Renata Saldanha Oliveira Júlio Ricardo Quevedo dos Santos 2013 UFSM
Guilherme Augusto do Nascimento e Silva Afonso de Alencastro Graça Filho 2014 UFSJ
Delsa de Fátima dos Santos Mariano Elaine Leonara de Vargas Sodré 2016 UFVJM (*)
Francisco Helton de Araújo Oliveira Filho Eurípedes Antônio Funes 2016 UFC
Luzia Leila Velez de Miranda Frank Pierre Gilbert Ribard 2018 UFC
10 Em 1987 foi instalada a FUNREI-Fundação de Ensino Superior de São João del Rei; a
instituição foi transformada em Universidade em 2002.
11A tese do Prof. Afonso intitulou-se A Princesa do Oeste: elite mercantil e economia de
subsistência em São João del Rei (1830-1888).
12
A tese do Prof. Funes intitulou-se Nasci nas matas, nunca fui senhor: história e memória dos
mocambos do Baixo Amazonas.
13 A Universidade Federal do Ceará foi criada por lei de 1954 e instalada no ano seguinte.
16
14De outra parte, há que observar ter-se mantido a dominância do recorte temporal dado pelo
Oitocentos, dominância que é absoluta nas 13 teses e quase isso nas 25 dissertações
consideradas.
17
Tabela 1
Distribuição das Teses de Doutorado e Dissertações de Mestrado Selecionadas
de Acordo com as Instituições em que Foram Defendidas
Instituições Teses Dissertações
Universidade de São Paulo (USP) 4 3
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) 2 2
Universidade Federal da Bahia (UFBA) 2 1
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) 2
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) 1
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) 1
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 1
Universidade Federal Fluminense (UFF) 3
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) 3
Universidade Federal do Ceará (UFC) 3
Universidade de Brasília (UnB) 1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) 1
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) 1
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) 1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 1
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) 1
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) 1
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) 1
TOTAIS 13 25
Fonte: Repositórios diversos de teses e dissertações. Teses e Dissertações listadas em meio aos resultados da
pesquisa “família escrava + pdf” no buscador do Google.
15Sua tese intitulou-se Nas barras dos tribunais: direito e escravidão no Espírito Santo do século
XIX, e foi orientada por José Murilo de Carvalho e coorientada por Manolo Garcia Florentino.
18
é a seguinte: muito embora em muitos dos estudos apontados pelo Google o foco
esteja nitidamente posto nas famílias cativas, em outros a atenção divide-se por um
conjunto mais amplo de preocupações. Até mesmo os títulos das teses e
dissertações indiciam essa característica. Por exemplo, enquanto Francisco Helton
de Araújo Oliveira Filho estudou os “Cativos do sertão: a família escrava na Freguesia
de N. S. do Carmo de Piracuruca-Piauí, 1850-1888”, Ricardo Figueiredo Pirola
analisou “A conspiração escrava de Campinas, 1832: rebelião, etnicidade e família”.16
Em artigos anteriores, abordei as ligações estreitas existentes entre o evolver
da demografia histórica e o da historiografia da escravidão no Brasil, incluída nesta
última a historiografia da família escrava. Procurei mostrar como, a partir de um
núcleo mais diretamente centrado num ferramental demográfico, os estudos de
demografia histórica no Brasil foram além, até pela influência das distintas formações
acadêmicas dos nossos demógrafos-historiadores, entre os quais havia não apenas
16 Para não me limitar ao título, transcrevo os resumos das duas dissertações em tela: a) “Neste
trabalho, são analisadas as relações familiares de homens e mulheres escravizados que viveram
e trabalharam na região que abrangia a freguesia de N. S. do Carmo de Piracuruca - Piauí, entre
1850 e 1888, fossem elas legitimadas pelas normas religiosa ou consensual, assim, como pelos
laços de parentescos ritualísticos formados através do compadrio. Constata-se uma variedade
de arranjos familiares constituídos pelos cativos da freguesia de Piracuruca, região com
economia voltada para o mercado interno, seja nas pequenas, médias e grandes propriedades.
Questões como a organização e estabilidade da vida familiar dos escravos são analisadas.
Através dos registros de casamento e batismos, foi possível visualizar diversos tipos de arranjos
familiares de homens e mulheres escravizados com pessoas livres e libertas que conviviam e
trabalhavam juntos. A leitura dos registros paroquiais e o cruzamento das informações com as
listas de classificação de escravos e censos populacionais das freguesias de Piracuruca e Piripiri
permitiram extrair dados sobre os diversos tipos de ligações familiares estabelecidas pelos
cativos, que apontam para um quadro mais complexo da estrutura familiar escrava, elaborando
diferentes estratégias de acordo com os recursos disponíveis, valores e interesses
heterogêneos, mobilizando parentes consanguíneos, compadres, vizinhos e companheiros de
cativeiro. Foram observadas as implicações da Lei n. 2.040, de 28 de setembro de 1871 – Lei do
Ventre Livre, conhecida, também, como Lei Rio Branco - na vida familiar dos escravizadas e nos
projetos de liberdade, através da atuação do Fundo de Emancipação e da importância do pecúlio
para alcançar a liberdade” (OLIVEIRA FILHO, 2016, p. 8); b) “No ano de 1832 foi descoberto um
plano de revolta escrava em Campinas, envolvendo quinze fazendas. O objetivo deste trabalho
é construir uma biografia coletiva dos escravos e do liberto envolvidos nesse plano de rebelião.
Buscaremos acompanhar a trajetória desses revoltosos desde o momento em que chegaram na
vila de Campinas até o ano de 1832. Levantaremos vários aspectos de suas vidas, como, por
exemplo, a época em que chegaram na região, as procedências, os tipos de tarefas
desempenhadas nas fazendas, as relações de parentesco e outros. Esperamos com isso tirar
algumas conclusões para discutir a temática da comunidade escrava. Existiria uma comunidade
escrava homogênea pelo simples fato de todos terem a mesma condição cativa? Ou os escravos
eram bastante divididos entre si pelas diferenças de origem, sendo os crioulos (cativos nascidos
no Brasil) menos propensos a se rebelarem contra os senhores que os africanos? Ou, ainda,
seriam aqueles escravos casados e com profissões especializadas completamente estranhos à
maioria dos cativos que não experimentavam essas vivências e totalmente avessos a rebeliões
coletivas? O trabalho utiliza o método de ligação nominativa das fontes, baseado em cinco séries
documentais: processo-crime de 1832, inventários, censos populacionais, registros de batismo
e casamento escravo” (PIROLA, 2005. p. ix).
19
17 Ver, por exemplo, MOTTA (1995, 1999b, 2001 e 2019), e MOTTA & COSTA (1997).
18A professora Lorelai, interessada na história da medicina desde seu Mestrado (de 1990 na
UFF), defendeu seu Doutorado em 1995, sob orientação de Jean-Pierre Goubert, na Ecole des
Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), na França. A professora Maria Rachel doutorou-
se em 1997, na USP, sob orientação de Maria Ligia Coelho Prado; sua tese intitulou-se A única
Ciência é a Pátria: o discurso científico na construção do Brasil e do México 1770-1815.
20
19Das 25 dissertações listadas pelo Google, pelo menos 11 (44%) trataram em alguma medida
das relações de compadrio, e pelo menos 9 (36%) trouxeram dados sobre relações familiares
entre escravos e não-escravos (forros, índios, livres), muitas vezes consideradas em paralelo
com os enlaces entre escravos pertencentes a escravarias distintas.
20A Profa. Elaine Sodré doutorou-se em 2009, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUC-RS), sob orientação de René Ernaini Gertz (coorientação de Joaquín Varela
Suanzes-Carpegna, da Universidad de Oviedo, na Espanha). Sua tese intitulou-se A disputa pelo
monopólio de uma força (i)legítima: Estado e Administração Judiciária no Brasil Imperial (Rio
Grande do Sul, 1833-1871).
21
21 Vale notar que a presença mesma desse caso como que corrobora o acerto do método
escolhido para a seleção dos trabalhos que seriam analisados neste artigo. Confesso que fosse
eu, e não o Google, o responsável pela seleção, dificilmente esse mestrado teria figurado em
minha alça de mira. No entanto, a relevância do trabalho é evidenciada pelo seu resumo,
transcrito adiante no texto, mostrando que sua eventual não consideração teria sido um problema
localizado na minha alça de mira!
22Do conjunto de orientadores listados nos Quadros 2 e 4, a Profa. Luana é a cujo doutorado,
em História Cultural, tem a data mais recente: 2013, também defendido na UNICAMP. Com
22
Considerações finais
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