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Rev Saude Publica. 2018;52 Suppl 2:9s Suplemento ELSI-Brasil


Artigo original

http://www.rsp.fsp.usp.br/

Cuidados e incapacidades funcionais nas


atividades diárias – ELSI-Brasil
Karla Cristina GiacominI,II, Yeda Aparecida Oliveira DuarteIII,IV, Ana Amélia CamaranoV,VI, Daniella
Pires Nunes VII, Daniele Fernandes V

I Secretaria Municipal de Saúde. Diretoria de Assistência. Belo Horizonte, MG, Brasil II


Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento.
Belo Horizonte, MG, Brasil
III Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. São Paulo, SP, Brasil
IV Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo, SP, Brasil V
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Diretoria de Estudos e Políticas Sociais. Rio de Janeiro, RJ, Brasil VI
Fundação Getúlio Vargas. Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil VII
Universidade Federal do Tocantins. Curso de Enfermagem. Palmas, TO, Brasil

ABSTRATO

OBJETIVO: Investigar a prevalência de demanda e oferta de atendimento à população brasileira com incapacidade
funcional nas atividades de vida diária.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo utilizando dados basais do ELSI-Brasil (Estudo Longitudinal
do Envelhecimento Brasileiro), um estudo de coorte com amostra representativa da população brasileira com 50 anos
ou mais (n = 9.412). Considerou-se a demanda de cuidado a partir do autorrelato de ter alguma dificuldade para
realizar pelo menos uma atividade da vida diária (comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, movimentar-se em um
quarto [deambulação] e transferir da cadeira [transferência ]). A oferta de cuidados foi medida por ter alguma ajuda
para realizar a atividade de vida diária.

RESULTADOS: Aproximadamente um quarto dos indivíduos avaliados (23,2%) relatou dificuldade em pelo menos
uma atividade da vida diária, principalmente em relação à transferência e vestir-se. Idade, escolaridade e número de
doenças crônicas foram significativamente associados à dificuldade nas atividades de vida diária. Entre os que
relataram dificuldade, 35,1% receberam ajuda de terceiros e 11,8% não receberam (falta de atendimento). As
atividades com maior descuido foram banho (13,3%) e transferência (11,7%), o que revela uma condição de
Correspondência: sobrevivência indigna. O cuidado continua sendo uma questão familiar (94,1%) e feminina (72,1%); apesar das
Karla Cristina Giacomin
Av. Afonso Pena, 2336 Funcionários
importantes mudanças ocorridas na sociedade, ainda faltam políticas assistenciais. Do total de cuidadores, 25,8%
30110-028 Belo Horizonte, MG, Brasil relataram deixar de trabalhar ou estudar para exercer essa função e apenas 9,2% eram remunerados (contratados ou
E-mail: kcgiacomin@hotmail.com
familiares).

Recebido: 11 de janeiro de 2018 CONCLUSÕES: Os resultados do ELSI-Brasil revelam a expressiva demanda de cuidados da população brasileira
Aprovado: 13 de abril de 2018 com 50 anos ou mais de idade com incapacidade funcional nas atividades de vida diária e a carência de políticas de
atenção voltadas a esse público.
Como citar: Giacomin KC, Duarte YAO,
Camarano AA, Nunes DP, Fernandes D.
Cuidados e incapacidades funcionais nas
DESCRITORES: Envelhecido. Envelhecimento. Atividades do dia a dia. Cuidadores. Pesquisas de Saúde.
atividades diárias – ELSI-Brasil Rev Saude
Publica.
2018;52 Supl 2:9s.

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que permite uso, distribuição e reprodução
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Cuidados e incapacidades funcionais – ELSI-Brasil Giacomin KC et al.

INTRODUÇÃO

Atualmente, o Brasil tem 54 milhões de pessoas com 50 anos ou mais, das quais 26,5 milhões são
idosos. Essa população envelhece com doenças crônicas não transmissíveis em contextos sociais muito
desiguais que impactam na demanda e oferta de cuidados desiguais1 .

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013) sobre os cuidados recebidos mostram que
aproximadamente 30% dos brasileiros com 60 anos ou mais têm alguma dificuldade para realizar pelo
menos uma das 10 atividades de vida diária (AVDs) selecionadas. Os cuidados informais (não
remunerados) prevaleceram (aproximadamente 80%), uma pequena proporção recebeu cuidados formais
(aproximadamente 6%), 7% receberam uma combinação de cuidados informais e formais e 6% relataram
não receber ajuda2 . Outro estudo mostrou que os estratos mais ricos eram mais propensos a receber
alguma ajuda para realizar AVD. Além disso, morar com outra pessoa associou-se à prestação de
cuidados (formais ou informais) para aqueles com menor nível educacional e socioeconômico3 .

Em todo o mundo, várias coortes internacionais longitudinais em andamento abordaram a questão da


prestação de cuidados para pessoas com 50 anos ou mais com deficiência4,5. Embora possa ser
entendido como serviços médicos prestados por profissionais de saúde, os cuidados de longa duração
são prestados mais informalmente (pela família e amigos) do que formalmente6 . Esse cuidado informal,
essencial ao sistema de saúde7 , pode ser caracterizado como um sistema de saúde oculto8 .

Com o objetivo de contribuir para o planejamento e adequação das políticas assistenciais em uma
perspectiva global, o ELSI-Brasil (Estudo Longitudinal do Envelhecimento Brasileiro)9 foi modelado e
harmonizado com o HRS (Health Retirement Studies) e seus congêneres nos diferentes continentes5 .
Os resultados permitirão avaliar (e aprimorar) a qualidade dessa experiência comum, singular e universal
de cuidar do outro e de si mesmo, respondendo à seguinte pergunta: quem são as pessoas que precisam
ou cuidam dos brasileiros com 50 anos ou mais com dificuldades em suas atividades diárias?

Este trabalho teve como objetivo investigar a prevalência de demanda e oferta de atendimento à
população brasileira com incapacidade funcional nas atividades de vida diária.

MÉTODOS

O ELSI-Brasila é um estudo de coorte com amostra representativa da população brasileira com 50 anos
ou mais. A pesquisa de base foi realizada entre 2015 e 2016. Mais detalhes metodológicos estão
descritos em Lima-Costa et al.9 A amostra final do ELSI-Brasil foi composta por 9.412 pessoas com 50
anos ou mais residentes em 70 municípios de diferentes regiões brasileiras.

O perfil dos destinatários do atendimento foi avaliado de acordo com as seguintes variáveis:

uma. Sociodemográficas e de saúde: sexo, idade (50–59 anos, 60–69 anos, 70–79 anos, 80 anos e
mais), escolaridade em anos completos (analfabetos, 1–3, 4–7, 8–11, 12 ou mais), número de
moradores no domicílio e número de doenças crônicas autorreferidas. As doenças crônicas
investigadas foram: hipertensão, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, doença
cardíaca (angina, insuficiência cardíaca ou infarto agudo do miocárdio), acidente vascular cerebral,
artrite ou reumatismo e osteoporose.

b. Dificuldade em realizar atividades de vida diária (AVD): cada participante respondeu perguntas
separadas sobre seis atividades e seu grau de dificuldade para realizá-las.
As atividades avaliadas foram: comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, deambulação e
transferência. A variável deambulação foi avaliada pela dificuldade do entrevistado em caminhar de
uma sala para outra no mesmo andar, enquanto a atividade de transferência referiu-se ao ato de
a Fundação Oswaldo Cruz.
sentar ou levantar de uma cadeira, inclusive cadeira de rodas.
Estudo Longitudinal Brasileiro do
Envelhecimento. Rio de Janeiro; c2015
[citado em 28 de novembro de 2017]. Considerou-se como tendo dificuldade em realizar as atividades quando o participante relatou pouca
Disponível em: http://elsi.cpqrr.fiocruz.br dificuldade, grande dificuldade ou que não conseguiu realizá-la. A incapacidade funcional foi

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atribuído àqueles que relataram algum grau de dificuldade em realizar pelo menos uma dessas atividades.

Quanto ao recebimento de ajuda, o entrevistado foi classificado como: não precisa de ajuda, quando relata
dificuldade em alguma atividade, mas não precisa de ajuda; recebimento de ajuda, ao relatar ter recebido
alguma ajuda para realizar qualquer atividade; não recebimento de ajuda, ao relatar não recebimento de
ajuda em qualquer atividade.

c. Necessidade de cuidador: foi perguntado aos participantes que relataram dificuldade em pelo menos uma
atividade se tiveram alguma ajuda. As respostas foram categorizadas em: (1) sim, (2) não, se precisava
de ajuda e (3) não, porque não precisava de ajuda. Também foi perguntado quem forneceu a ajuda para
cada tarefa para aqueles que responderam sim.

Foi perguntado aos entrevistados as características dos cuidadores. Refere-se ao cuidador principal:

d. Sociodemográficas: sexo, idade (contínua e categórica), estado civil (casado, viúvo/viúvo, separado ou
divorciado, solteiro), escolaridade (sabe ler ou escrever mensagem), grau de parentesco com o cuidador,
tipo de cuidador ( pago ou não).

Como o participante poderia ter recebido ajuda de mais de uma pessoa, foram consideradas separadamente
as atividades para as quais o participante obteve ajuda de pessoas não remuneradas (cuidados informais) e
remuneradas (cuidados formais). Em relação ao parentesco, considerou-se como cuidador familiar o familiar
que cuidou independente da distância geográfica em relação à pessoa cuidada, com ou sem remuneração.
Os não familiares incluíram cuidadores contratados, que não eram familiares, e trabalhador doméstico.

e. Capacitação do cuidado: se o cuidador recebeu treinamento específico e, em caso afirmativo, o número de


horas estudadas.

f. Características relacionadas ao cuidado: o número de dias semanais dedicados ao cuidado e se


o cuidador deixou de trabalhar ou estudar para isso.

Todas as análises foram realizadas utilizando os procedimentos para amostras complexas do pacote
estatístico Stata, versão 13.0, considerando pesos amostrais individuais e parâmetros amostrais.
Para a análise, foi utilizado o teste do qui-quadrado com correção de Rao-Scott. A análise de regressão de
Poisson foi utilizada para as estimativas da razão de prevalência e respectivos intervalos de confiança de
95% para a associação entre dificuldade nas AVD e variáveis independentes. Foram incluídas as variáveis
que apresentaram p < 0,20 no modelo múltiplo, e aquelas que apresentaram valor de p < 0,05 foram mantidas
no modelo final.

O ELSI-Brasil foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto René Rachou da Fundação
Oswaldo Cruz (Protocolo 886.754) e todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.

RESULTADOS

A distribuição das características sociodemográficas dos 9.412 participantes do estudo é apresentada na


Tabela 1. A maioria era do sexo feminino (54,0%), idosos (53,4%), tinha mais de quatro anos de estudo n
(67,2%) e tinha pelo menos uma doença crônica doença (71,7%). Quase um quarto dos indivíduos relatou
dificuldade em pelo menos uma AVD, sendo a mais prevalente a transferência e a vestimenta.

A prevalência de dificuldade nas AVD segundo características sociodemográficas e comprometimento das


AVD está descrita na Tabela 2. Idade, escolaridade e número de doenças crônicas foram significativamente
associados à dificuldade nas AVD. Entre os idosos (80 anos ou mais), a prevalência desse desfecho foi 45%
maior do que entre os mais jovens.
A prevalência foi quase o triplo entre os analfabetos em relação aos mais escolarizados, e

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foi mais que o dobro entre os que referiram duas ou mais doenças crônicas quando
comparados aos que tinham uma ou zero.

Entre os participantes que relataram alguma dificuldade na realização das AVD, verificou-
se se receberam a ajuda necessária (35,1%) ou se relataram falta de atendimento (11,8%).
Encontrou-se as maiores proporções de falta de cuidado entre as mulheres, naqueles
indivíduos de 60 a 69 anos, com um a três anos de escolaridade completos, vivendo em
família maior e naqueles com duas ou mais doenças crônicas (Tabela 3). ).

Tabela 1. Distribuição (%) dos participantes do estudo (ÿ 50 anos) segundo características sociodemográficas,
comprometimento das atividades diárias. Estudo Longitudinal do Envelhecimento Brasileiro (ELSI-Brasil), 2015–2016. (n = 9.412)

Características Total

Sexo

Fêmea 54,0

Macho 46,0

Idade em anos)

50–59 47,6

60–69 29,7

70–79 15,6

80 e mais 7.1

Escolaridade (anos completos de estudo)

Zero 13.3

1a3 19,5

4a7 40,3

8 a 11 18,6

12 ou mais 8.3

Número de moradores no domicílio (média e erro padrão) 3,1 (0,04)

Número de doenças crônicas

Zero 28,3

Um 33,5

Dois ou mais 38,2

Prejuízo das atividades

Transferir 15,7

Vestir 12,7

Tomando banho
6.1

Deambulação 5.6

Indo ao banheiro 4.1

Comendo 2.3

Número de atividades prejudicadas

Zero 76,8

Um 12,7

Dois 4.7

Três 2.1

Quatro 1,4

Cinco 1.2

Seis 1.1

Dificuldade em pelo menos 1 atividade da vida diária

Não 76,8

Sim 23.2

Total 100,0

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Tabela 2. Prevalência e razão de prevalência dos participantes do estudo (ÿ 50 anos) segundo características
sociodemográficas e comprometimento das atividades de vida diária (AVD). Estudo Longitudinal do Envelhecimento
Brasileiro (ELSI-Brasil), 2015–2016. (n = 9.412)
Dificuldades em AVD Ajustado
Características 95% CI p
Não Sim RP
Sexo
Macho 79,4 20,6 1,00
Fêmea 74,6 25,4 1,05 0,96–1,14 0,246
Idade em anos)
50–59 80,0 20,0 1,00
60–69 78,2 21,8 0,89 0,78–1,01 0,090
70–79 73,3 26,7 0,96 0,83–1,10 0,548
80 e mais 57,3 42,7 1,45 1,28–1,66 < 0,001
Escolaridade (anos completos de estudo)
Zero 65,4 34,6 2,95 2,30–3,79 < 0,001
1a3 72,3 27,7 2,45 1,93–3,10 < 0,001
4a7 76,8 23,2 2,17 1,71–2,75 < 0,001
8 a 11 84,2 15,8 1,54 1,19–2,01 0,001
12 ou mais 90,0 10,0 1,00
Número de moradores no domicílio (média e erro
3,1 (0,04) 3,2 (0,05) 1,02 (0,04) 0,99–1,14 0,060
padrão)
Número de doenças crônicas
0a1 84,9 15.1 1,00
2 ou mais 63,6 36,4 2,29 2,11–2,51 < 0,001
Total 76,8 23.2

Os valores com significância estatística são apresentados em negrito.

Tabela 3. Distribuição (%) dos participantes do estudo (ÿ 50 anos) com dificuldade nas atividades de vida diária
(AVD) segundo características sociodemográficas e recebimento de ajuda. Estudo Longitudinal do Envelhecimento
Brasileiro (ELSI-Brasil), 2015–2016. (n = 2.282)
Recebimento de ajuda
Características sociodemográficas p
Não há necessidade Sim Não
Sexo < 0,001
Macho 61,8 32,6 5.6
Fêmea 47,1 36,9 16,0
Idade em anos) < 0,001
50–59 56,2 32,3 11,5
60–69 59.1 27,8 13.1
70–79 50,5 38,3 11.2
80 e mais 33,9 55,8 10.3
Escolaridade (anos completos de estudo) 0,002
Zero 43,3 45,7 11,0
1a3 53,8 32,5 13,7
4a7 55,1 33,9 11,0
8 a 11 60,0 28,4 11.6
12 ou mais 60,9 26,0 13.1
Número de moradores no domicílio (média e erro padrão)
3,1 (0,07) 2,5 (0,1) 3,5 (0,07) 0,045

Número de doenças crônicas < 0,001


0a1 59,8 30.2 10,0
2 ou mais 48,6 38,5 12,9
Comprometimento das AVD 53.1 35.1 11,8

A Figura mostra a distribuição dos participantes com comprometimento na realização de algumas


AVD e o recebimento ou não de atendimento. O recebimento de ajuda variou entre as atividades.
A falta de cuidado foi maior entre as pessoas que relataram dificuldade no banho e transferência.

Entre as pessoas que identificaram cuidador principal, a maioria era cuidada por uma mulher
(72,1%). A média de idade dos cuidadores foi de 48 anos; a maioria era casada, familiar, não
remunerada e não recebeu capacitação assistencial (Tabela 4). Entre os cuidadores, a maioria
dos homens cuidava de mulheres, enquanto apenas 53,1% das mulheres cuidavam de outras
mulheres. Em relação ao estado civil, a maioria das cuidadoras (61,2%) era casada.

Em relação à faixa etária dos cuidadores, destacou-se a presença de idosos (26,1%), sendo 57,3%
mulheres e 2,3% maiores de 80 anos. Também foi observado

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que 6,9% (n = 58) dos cuidadores eram menores de 18 anos, sendo 15,9% crianças entre seis e 12 anos
(dados não apresentados na Tabela).

Um quarto dos cuidadores relatou ter deixado o trabalho ou a escola para exercer essa função. A maioria
dos cuidadores (77,8%) relatou trabalhar como cuidador a semana inteira. Apenas 6,1% deles relataram
ter recebido algum treinamento assistencial. Eles fizeram isso por 17,1 (DP = 4,3) horas em média (Tabela 4).

100%
8.6 9.2 5,8
11,7 10,6 13.3
90%

80%
24,7
70% 46,2
44,6
45,0
51,9
60% 52,7

50%

40%

30% 63,6

46,8 48,0
44,4
20% 38,9
34,0
10%

0%
Transferir Vestir Tomando banho Movendo-se Indo ao banheiro Comendo
um quarto

Não há necessidade de ajuda Recebimento de ajuda Sem recebimento de ajuda

Figura. Distribuição (%) dos participantes do estudo (ÿ 50 anos) com dificuldade nas atividades de vida diária,
segundo atividades prejudicadas e recebimento de ajuda. Estudo Longitudinal do Envelhecimento Brasileiro (ELSI-
Brasil), 2015–2016. (n = 2.282)

Tabela 4. Distribuição (%) dos cuidadores principais segundo características sociodemográficas e assistenciais.
Estudo Longitudinal do Envelhecimento Brasileiro (ELSI-Brasil), 2015–2016. (n = 828*)
Cuidador principal Total Mulheres Homens p
Características sociodemográficas
Sexo 100,0 72,1 27,9 < 0,001

Idade média (erro padrão) em anos 48,1 (0,9) 47,4 (0,9) 50,1 (1,8) 0,146
Estado civil
Casado 61,4 61,2 61,9

solteiro 29.2 27,6 33,4 0,052

Separado/Divorciado 6.1 6,8 4.3


Viúva/Viúva 3.3 4.4 0,4

Nível de escolaridade (pode ler e escrever uma mensagem) 86.4 86,7 85,6 0,692
Características relacionadas ao cuidado

Sexo do destinatário do cuidado < 0,001


Macho 37,9 46,9 14,6
Fêmea 62.1 53.1 85,4

Tipo de cuidador, de acordo com o parentesco 0,382

Família 94,1 93,5 95,5

Não é família 5.9 6,5 4,5

Tipo de cuidador, de acordo com a remuneração 0,004


Informal 90,8 88,7 96,4
Formal 9.2 11.3 3.6

Parou de trabalhar/estudar para poder cuidar (sim) 25,8 30.2 14,5 < 0,001

Recebeu treinamento específico como cuidador (sim) 6.1 6.4 5.3 0,654

Treinamento recebido - média (erro padrão) em horas 17,1 (4,3) 20,6 (5,0) 5,7 (2,3) 0,014

Número de dias semanais utilizados para o atendimento do entrevistado < 0,001

Todos os dias 77,8 81,8 67,2

Todos os dias, exceto finais de semana e feriados 1,9 2,5 0,4

A maioria dos dias da semana 8,5 7.6 10,8

Pelo menos um dia por semana 11,8 8.1 21,6


Total 100,0 72,1 27,9

* Dois cuidadores não apresentaram dados.


Os valores com significância estatística são apresentados em negrito.

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DISCUSSÃO

O cuidado refere-se a um conjunto de atividades específicas combinadas em uma complexa rede de


sustentação da vida que envolve o autocuidado, o cuidar do outro, o cuidador e o receptor do cuidado10.
Geralmente ocorre em espaços domésticos, não sendo remunerado11. Em muitos países, as
responsabilidades pelo cuidado informal de familiares frágeis (idosos, crianças, doentes e pessoas com
deficiência) são distribuídas de forma desproporcional entre determinados grupos sociais, como mulheres
de meia-idade12.

Estimou-se com dados do ELSI-Brasil em aproximadamente 12,5 milhões de pessoas o número de


indivíduos com 50 anos ou mais que apresentavam alguma dificuldade em pelo menos uma AVD. Além
disso, esses dados confirmam que a demanda por atendimento é maior entre os muito idosos, os menos
escolarizados e as mulheres.

No entanto, o aumento da necessidade de cuidados pela população idosa brasileira ocorre em conjunto
com as mudanças no papel social da mulher, com sua maior participação no mercado de trabalho10,11,13 .
Além disso, em relação à igualdade de gênero, há um distanciamento notável entre o que se pretende
(compartilhar a responsabilidade de sustentar a família e cuidar de seus membros) e o que é feito1,14, o
que pode comprometer ainda mais a qualidade do cuidado .

Em um dos poucos estudos realizados no Brasil que investigou o cuidado informal e remunerado, Lima-
Costa et al.2 estimaram que, entre os idosos que receberam ajuda para realizar pelo menos uma das 10
atividades selecionadas, os homens eram menos propensos receber qualquer tipo de atendimento
(informal, remunerado ou misto), independentemente de outras características demográficas.
No entanto, segundo dados do ELSI-Brasil, embora exijam menos cuidados, os homens recebem mais
ajuda do que as mulheres – o que pode refletir um comportamento machista na sociedade brasileira1 –,
pois quase o dobro de mulheres teve que deixar de trabalhar ou estudar para o cuidados em relação aos
homens.

Essas diferentes visões sobre o cuidado de longa duração, além dos estereótipos de gênero, permeiam
fatores institucionais e políticos, resultando em grande variação nas situações de cuidado de homens e
mulheres em diferentes culturas10–14. O trabalho não remunerado – como é o caso dos cuidados
prestados no ambiente doméstico – permanece numa zona cinzenta7,10,15 enquanto o trabalho
remunerado, considerado economicamente produtivo, é uma categoria privilegiada de análise económica e social1

Dados do European Social Survey (2014) mostram que 34,3% da população adulta trabalhava como
cuidador informal em 20 países europeus e 7,6% dos cuidadores eram considerados intensivos, pois
trabalhavam pelo menos 20 horas semanais14. Embora não tenha sido possível mensurar o número de
horas/dia com os dados do ELSI-Brasil, quase 80% dos cuidadores relataram trabalhar a semana inteira
ou na maioria dos dias da semana.

A responsabilidade familiar pelo cuidado dos membros dependentes pressupõe que os cuidadores,
principalmente as mulheres, não tenham custos financeiros ou emocionais na prestação do cuidado10,13,15,16.
No entanto, apesar dos grandes e inegáveis benefícios tanto no âmbito público quanto no privado, cuidar
continuamente de alguém gera custos de tempo e dinheiro e causa perda de oportunidades, principalmente
no mercado de trabalho, além de gerar riscos à saúde, isolamento social e desestímulo à reprodução ,
entre outros fatores.

10,14,16-
Além disso, apesar da reconhecida necessidade de algum apoio ao cuidador familiar 18, a rede
formal de apoio ainda é muito restrita. Na Europa, o cuidado foi mais prevalente entre mulheres de 50 a
59 anos, desempregadas, principalmente aquelas que realizam tarefas domésticas, e pessoas religiosas19.
No Brasil, embora as trabalhadoras domésticas – trabalhadoras leigas e sem qualificação específica para
o cuidado – historicamente também tenham cuidado de familiares dependentes15, a participação dessa
categoria foi pouco expressiva na população estudada. Destaca-se o número de horas de formação
recebidas – muito inferior ao previsto por qualquer curso de orientação ou formação para cuidadores20.
Além disso, pela primeira vez, o cuidador contratado aparece como a terceira opção entre os agentes de
cuidado, o que exige a compreensão de que esse trabalho precisa ser transformado em uma profissão
qualificada para contribuir com a qualidade do cuidado.

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O ato de cuidar é uma experiência estressante que pode afetar a saúde física e mental do cuidador18,
apesar de suas condições de saúde12,13,16 e de seu momento no curso da vida.
A relação do cuidador com a pessoa dependente reduz suas chances de manter uma vida saudável, priva-
o de contatos sociais, compromete seu bem-estar físico e psicológico17,18, além de expô- lo a cuidados
de longa duração (LTC).

Em 2015, um estudo da Organização Internacional do Trabalho sobre cobertura de LTC para idosos em 46
países apontou que o cuidado informal para idosos dependentes é muito comum na maioria dos países
avaliados. Aponta também que esse modelo não é sustentável, principalmente porque os potenciais
cuidadores informais também estão envelhecendo21. A pesquisa “Innovating care for people with multiple
chronic conditions” (ICARE4EU) avaliou as características de vários tipos de prestadores e serviços de
cuidados integrados em 28 países da União Europeia, Islândia, Suíça e Noruega. Das 112 práticas
investigadas, 26,8% incluíam cuidadores informais, que atuavam como co-cuidadores, e 19,6% incluíam
esses cuidadores como co-clientes de cuidados. Os principais elementos do cuidado centrado na pessoa
são a participação ativa do paciente – na definição do cuidado que receberá, na tomada de decisão sobre
o cuidado prestado e no autocuidado de um cuidado multiprofissional coordenado22.
–, o envolvimento de cuidadores informais e a prestação

Na América Latina e no Brasil, no entanto, a responsabilidade de cuidar das pessoas dependentes recai
principalmente sobre a família. O Governo tem um papel subsidiário: a sua responsabilidade é apenas com
os idosos sem família e com os menos favorecidos economicamente. Isso exclui o atendimento às classes
médias 23. No entanto, esse modelo também não leva em conta um problema crucial: qual é a real
capacidade das famílias em prestar os cuidados necessários?

Esse cenário expõe dois grupos potencialmente vulneráveis à previdência social: pessoas dependentes
para o autocuidado, pois provavelmente estão fora da vida produtiva, e familiares que não são pagos para
serem cuidadores, pois um terço dessas pessoas deixou de trabalhar ou estudar para este objetivo. Com
isso, os cuidadores familiares permanecerão desqualificados para o mercado de trabalho, não poderão
contribuir com a previdência social, terão sua vida profissional prejudicada e não terão nenhum tipo de
apoio para continuar cuidando de outras pessoas. Esse contexto desfavorável compromete o cuidado
futuro dessas pessoas.

Ao mesmo tempo, a proporção de adultos não idosos que demandam ajuda para o autocuidado é
ameaçadora. Quando essa geração intermediária requer cuidados, indivíduos mais velhos ou mais jovens
precisam fornecê-los. Apesar disso, há pessoas que atualmente demandam atendimento e não estão
recebendo o devido atendimento.

Apesar de as pessoas estarem vivendo mais e desfrutando de melhores condições de saúde, a Organização
Internacional do Trabalho (2015) estima que as necessidades de LTC dos idosos são desconhecidas na
maioria dos 46 países investigados. Para a maioria desses países, a OIT estabeleceu um limite relativo de
US$ 1.461,80 em paridade de poder de compra para o LTC de idosos. De acordo com o relatório, no Brasil,
entre os indicadores investigados em relação ao percentual da população com 65 anos ou mais, o déficit
na cobertura legal das ILPI foi de 100%. O gasto público com instituições de longa permanência para idosos
por pessoa com 65 anos ou mais, em percentual do PIB per capita em 2013, foi de 0 (zero); o gasto público
com LTC, como percentual do PIB, na média 2006-2010 foi de 0 (zero); a diferença entre a cobertura e o
percentual não coberto da população com 65 anos ou mais por falta de recursos financeiros foi de 100%; o
número de trabalhadores formais de ILPI por 100 pessoas com 65 anos ou mais foi de 0 (zero). Estima-se
que a lacuna de cobertura, ou seja, o percentual da população não coberta por falta de trabalhadores
formais LTC (limiar relativo: 4,2 trabalhadores por 100 pessoas com 65 anos ou mais), seria de 100%.
Assim, o país exigiria mais de 650.000 cuidadores formais para preencher a lacuna do LTC. No entanto,
apenas a oferta de cuidadores formais não configura uma política de LTC19.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)24, “pensar em uma política de LTC para o
A população idosa brasileira significa pensar, antes de tudo, em garantir o acesso

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todos os idosos a esse cuidado como um direito social” (p. 343). Considerando os resultados deste estudo,
refletir sobre as perspectivas futuras para o Brasil25 significa construir políticas de atenção às pessoas de
todas as idades. Camarano pergunta: “seria este um novo risco social a ser assumido”13?

As projeções da OMS apontam para um aumento de 400% na demanda por LTC para a população idosa
residente em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil24. Estima-se com dados do ELSI-Brasil que a falta
de atendimento adequado atinge aproximadamente 1,5 milhão de pessoas entre as pessoas com 50 anos ou mais.

Cuidar de uma população crescente é um desafio e uma necessidade para a qual o país não se preparou.
Para enfrentar a realidade, o país precisa estar atento a essa situação e correr contra o tempo25. No entanto,
no Brasil, o debate em torno da LTC encontra resistência, não apenas pela proximidade com assuntos
considerados tabus, como doença, deficiência, fragilidade, velhice e morte, mas também pelas contradições
entre modelos e concepções sobre os papéis que o Governo deve ter como provedor de bem-estar para sua
população26, principalmente em tempos de crise política e fiscal.

Os resultados deste estudo são importantes por ser o primeiro estudo brasileiro de base populacional a revelar
a díade envolvida no cuidado às pessoas com dependência de AVD, as reais demandas e as lacunas na
assistência. No entanto, existem limitações: o desenho transversal do estudo permite demonstrar uma
associação entre os fenômenos estudados, mas nenhuma relação causal pode ser inferida. Outra limitação é
o fato de os dados serem baseados exclusivamente no autorrelato dos entrevistados, o que pode ser
influenciado por fatores ambientais, físicos, sociais e psicoemocionais. A continuidade da pesquisa longitudinal
poderá determinar melhor o comportamento da demanda e oferta de cuidados na população brasileira com 50
anos ou mais.

Devemos refletir sobre a excessiva confiança que o governo brasileiro deposita no cuidador familiar, ignorando
a carga física, emocional e financeira que o cuidado permanente de pessoas em situação de dependência
impõe. Espera-se uma redução na oferta de cuidadores familiares. É urgente colocar esse assunto na agenda
das políticas públicas brasileiras, reconhecendo-o como o quarto pilar da seguridade social26.

Na perspectiva de uma crise crescente do que se chama de “insuficiência familiar”, a resposta deve ser o
reconhecimento do cuidado como parte da condição humana. Isso exigirá o envolvimento da família, governo
e sociedade na compreensão mais ampla de que o envelhecimento bem-sucedido não será capaz de excluir a
possibilidade de incapacidade e necessidade de cuidados27.
Por isso, a nosso ver, não seria correto falar de insuficiência familiar, mas sim de políticas assistenciais
insuficientes que apoiem as famílias na necessidade de cuidar de si. A ILPI deve ser efetivamente concretizada
por meio do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), bem como do cumprimento das diversas normas constitucionais e infraconstitucionais que asseguram
o direito ao atendimento a todos os brasileiros.

O apoio da família cuidadora significa compreender o cuidado como uma dimensão transversal da saúde e
bem-estar da população, que requer a partilha de tarefas entre os gêneros e gerações e a dignidade no cuidado
oferecido às pessoas de todas as idades.

CONCLUSÕES

No Brasil, à semelhança do que ocorre na maioria dos países – inclusive naqueles que sempre atribuíram à
família o papel principal no cuidado ao idoso, como o Japão –, a maior demanda por cuidados é acompanhada
pela
diminuição da oferta potencial de cuidadores familiares dadas as mudanças no perfil familiar e no papel da
mulher. As mulheres são as principais cuidadoras e ao mesmo tempo as mais vulneráveis entre os segmentos
que demandam cuidados.

Portanto, cabe ao governo brasileiro considerar a realidade demográfica e ser o motor capaz de fornecer uma
política de LTC intersetorial e integrada, e

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antecipar as necessidades de cuidado que extrapolam as de saúde. Isso inclui regular a profissão de cuidador e proteger o
cuidador familiar e receptor de cuidados, bem como desenvolver estratégias para a prevenção e recuperação da deficiência
e fragilidade ao longo da vida.

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Financiamento: O estudo de base ELSI-Brasil foi apoiado pelo Ministério da Saúde do Brasil (DECIT/SCTIE – Departamento
de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Bolsa 404965/2012-1); COSAPI/DAPES/
SAS – Coordenação de Atenção à Saúde do Idoso, Departamento de Ações Estratégicas e Programáticas da Secretaria de
Atenção à Saúde (Bolsas 20.836, 22.566 e 23.700) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação.

Contribuição dos Autores: Concepção e planejamento do projeto: KCG, YAOD, AAC. Análise e interpretação dos dados:
KCG, YAOD, AAC, DPN, DF. Redação do estudo: KCG, YAOD, AAC, DPN, DF. Revisão crítica do estudo: KCG, YAOD, AAC.
Revisão final do estudo: KCG, YAOD, AAC. Todos os autores assumem responsabilidade pública pelo conteúdo do artigo.

Conflito de interesse: Os autores declaram não haver conflito de interesse.

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