a. O método indutivo é constituído por quatro fases:
1ª- Observação. Nesta fase é recolhida o máximo de informação possível e deve ser um processo sistemático, rigoroso e imparcial. 2ª- Formulação de hipóteses. Tendo adquirido um conjunto de informações suficiente, os investigadores formulam hipóteses que permitem explicar, ainda que de forma provisória ou não confirmada, os fenómenos observados. Quanto maior for o número de hipóteses que possam ser formuladas, mais provável será encontrar uma explicação para os fenómenos. 3ª- Experimentação. Nesta fase as hipóteses são confrontadas com a experiência, que tem como função verificar se as hipóteses formuladas na segunda fase estão de acordo com os resultados analisados 4ª- Confirmação e generalização. Dependendo dos resultados da terceira fase a teoria pode ser confirmada caso os resultados confirmem a hipótese, e esta passa a ser considerada uma lei científica. Caso os resultados não confirmem a hipótese, esta é negada e os investigadores poderão passar à descoberta de uma nova hipótese que passará por todas as fases novamente. b. Críticas de Karl Popper ao indutivismo Na primeira crítica Popper diz que não podemos considerar a observação como a primeira fase do método científico, pois é necessário que antes seja definido algo para ser observado. Ou seja, como a observação está restrita ao que queremos observar, e este fator pode não ser possível de definir antes, não é possível começar o método científico e, consequentemente, pô-lo em prática. A segunda crítica colocada refere que uma hipótese só seria verdadeira se fosse testada em todos os indivíduos afetados por ela. No entanto, a indução parte do particular para o geral e apenas uma amostra significativa é utilizada no método científico, logo não podemos confirmar que a hipótese está verdadeira e esta não será considerada uma lei científica.