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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

Resenha Crítica de Caso

Trabalho da disciplina Criminologia


Tutor: Prof.

São Gonçalo
2020

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A CRIMINALIDADE EM BARRA MANSA

Referência:
http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2015/05/falta-de-iluminacao-em-
preocupa-moradores-de-distrito-de-barra-mansa.html
Acesso em: 02/11/2020

INTRODUÇÃO
Trata-se de estudo criminológico tendo como base para o caso concreto o cotidiano
das comunidades rurais de municípios do Rio de Janeiro. As reclamações dos
munícipes são a essência dos estudos criminológicos no presente caso, tendo em
vista os enfrentamentos das dificuldades corriqueiras de uma determinada
sociedade e as atitudes tomadas por seus governantes para soluções desses
problemas sob um ótica de qual escola criminológica essas decisões são mais
próximas.

DESENVOLVIMENTO
Barra Mansa é fica na região do Vale do Paraíba no Sul Fluminense.
Com uma população estimada de aproximadamente duzentos mil habitantes,. a de
se levar em consideração ao que diz a escola de Chicago onde a atenção não é com
o criminoso em si, nem qual a sua motivação para o crime; também não há
preocupação com estudos anatômicos (Lombroso), sob o argumento de que existem
aspectos mais relevantes a serem estudados, como, por exemplo, o crescimento
urbano das grandes cidades, na qual a vida das pessoas é diferente, e precisam de
um conjunto de valores e práticas distintas das zonas rurais, pois os delitos são
diferentes, motivo pelo qual a forma de prevenção dos mesmos também deve ser
diferente.

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Nas zonas rurais as pessoas são mais próximas, todas se conhecem. Há uma
perspectiva de vida formada porque as opções não são muitas. Geralmente se
segue os passos da própria família, como agricultor, comerciante etc, porém com a
expansão imobiliária o povo do interior tem sentido os reflexos da insegurança com
o aumento da criminalidade . Nas grandes cidades, as pessoas vivem em constante
movimento. A mobilidade social estudada pela Escola de Chicago não se refere
somente ao deslocamento que a pessoa tem de casa para o trabalho, mas na sua
própria vida, pois há uma constante mudança. Não há tempo para criação de muitos
vínculos com a vizinhança.
Ninguém é próximo de ninguém nos grandes centros, fazendo com que a ausência
dos vínculos tenha influência nos chamados freios inibitórios e, consequentemente,
a prática do crime surja, uma vez que a probabilidade de se encontrar a pessoa que
o criminoso furtou, seja praticamente impossível.
O fato do delinquente não conhecer a sua vítima é um fator de aumento de coragem
para a conduta criminosa, ocasionando a perda dos freios informais, a chamada
"vergonha na cara", pois dificilmente ele furtaria um amigo próximo, a quem se deve
respeito.
Segundo o texto, moradores do local tem medo de sair de casa a noite devido a
escuridão das ruas, algo que seria um aditivo facilitador para determinado indivíduo
cometa algum tipo de crime, otra reclamação seria o mato que cresce de maneira
desenfreada, outro aspecto facilitador para o cometimento de crimes.
As atitudes tomadas pelo poder público foram de tentar iluminar o local, enviar
equipe para capina da dos matos ciliares a rua, providências estas que estão de
acordo com o ponto de estudo da Escola de Chicago, como dito anteriormente, com
a expansão imobiliária desenfreada e ocupação desordenada o campo está virando
cidade, e ficando mais propício à se tornar área de delinquência, como guetos,
bairros mais pobres, onde percebe-se que há uma degeneração física e moral das
pessoas. As casas não são pintadas, há lixo nas ruas, um ambiente em degradação,
de modo que também seus habitantes jogam lixo nas ruas.

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CONCLUSÃO
Tais argumentações se aproximam mais das idéias da Escola de Chicago,apesar de
ainda ser considerada área rural o local em questão no texto, as Políticas Criminais
de prevenção do crime são bem mais amplas. Existem outras influências
arquitetônicas, urbanísticas, aumento de espaços abertos, as praças devem ter
menos árvores, melhoramento da iluminação das ruas para que possam coibir e
intimidar os possíveis criminosos.
Como a Escola de Chicago vincula o belo ao bom e o feio ao mau, se tem atrelado a
ela Políticas de limpeza, não de limpeza étnica, pelo menos não declarada, mas
limpeza da miséria, da pobreza, jogando-os para baixo do tapete, pois não se
oferece educação, distribuição de renda, saúde, trabalho, incentivos fiscais, mas
apenas paliativos como forma de coibir a criminalidade e não de reduzi-la a nível
zero.

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