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Paradigma de Redes e a Rede de


Proteção às Mulheres do DF


Instrutoras: Denise Chaves e Maíra Mascarenhas –
njm.cjmsul@tjdC.jus.br
31032109/3103210

O Paradigma de Redes e a Rede de Proteção às Mulheres do DF

Considerando a “árvore no caminho” em analogia à violência contra
mulheres...


-  Como estamos lidando co/dianamente com os casos de
violência domés/ca?

-  Eu conheço os serviços existentes? Sei como funcionam? Os


serviços existentes me conhecem? Eu me vejo como parte da
Rede de Proteção? Tenho clareza sobre o meu papel dentro da
Rede?
Como surgiu o paradigma de Rede no Enfrentamento à
violência contra as mulheres...

Internacionalização dos direitos humanos (tratados e
convenções sobre os direitos das mulheres); Movimento
de Mulheres/Feminista no Brasil, 1970.
Visibilidade Pública do Problema: Campanha “Quem Ama
não Mata”;
Crenças ques/onadas: “briga de marido e mulher
ninguém mete a colher”, “roupa suja se lava em casa”, “
a violência é algo que o próprio casal pode administrar’
Não havia Lei específica para combater a violência
domés/ca contra mulheres
Como surgiu o paradigma de Rede no Enfrentamento à violência contra as mulheres...

Programa SOS Mulher (ONG): Rio de Janeiro e São


Paulo, 1983
Primeira intervenção do Estado
Delegacia de Atendimento à Mulher: São Paulo, 1985.
Criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
(MJ, 1985): polí/cas de combate à discriminação da
mulher
Enfrentamento à VCM: Polícia + JusUça (Repressão +
Punição) = “Cinturão de Proteção”



Crimes de menor poder ofensivo
Penas: multa; prestação pecuniária e prestação de serviço à
comunidade
U/lizada para processar e julgar os crimes relacionados à
violência domés/ca e familiar contra mulheres: maior
visibilidade aos crimes pra/cados contra mulheres no âmbito
domés/co e familiar
Crí/cas: Banalização da VCM; VCM como problema de segunda
ordem; forte apelo à impunidade.
Enfrentamento à VCM: Polícia+ JusUça + Assistência
(psicossocial e jurídica): atendimentos fragmentados, pontuais e
desar/culado.


2003: criação da Secretaria Especial de Polí/ca para Mulheres; e

realização da I Conferência Nacional de Polí/cas para as
Mulheres, com obje/vo propor diretrizes para fundamentação
do I Plano Nacional de Polí/cas para as Mulheres (PNPM).

2005: PNPM Polí/ca de Enfrentamento à Violência contra
Mulheres (2006)

2006: Lei Maria da Penha (Lei 11340/2006)
A LEI MARIA DA PENHA PRECONIZA, NO ART. 8, QUE A
POLÍTICA PÚBLICA QUE VISA COIBIR A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER FAR-SE-Á
POR MEIO DE UM CONJUNTO ARTICULADO DE AÇÕES
DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS. (Lei 11340/2006)
I



REDE DE ATENDIMENTO: PARADIGMA DE ATUAÇÃO

“ a t u a ç ã o a r U c u l a d a e n t r e i n s U t u i ç õ e s e s e r v i ç o s
governamentais, organizações e grupos da sociedade civil,
visando à ampliação e à melhoria da qualidade do
atendimento, à idenUficação e ao encaminhamento de casos
existentes nas comunidades e ao desenvolvimento de
estratégias de prevenção” (CARREIRA; PANDJIARJIAN, 2003, p.
18).
A REDE DE PROTEÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
A REDE DE PROTEÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
A REDE DE PROTEÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Principais portas de entrada das situações de
violência doméstica:

Saúde

Polícias Educação

Assistência
Social
Rota Crítica

De acordo com a Polí/ca Nacional de enfrentamento à


Violência contra a Mulher (2011), a ROTA CRÍTICA “refere-
se ao caminho que a mulher percorre na tenta/va de
encontrar uma resposta do Estado e das redes sociais,
frente à situação de violência. Essa trajetória caracteriza-

se por idas e vindas, círculos que fazem com que o mesmo

caminho seja repe/do sem resultar em soluções, levando
ao desgaste emocional e à revi/mização (ou à desistência
e retorno à situação de violência)”.

ü  RECONHECER: que o outro existe e é importante;

ü  CONHECER: o que o outro faz;


PILARES QUE FUNDAMENTAM O TRABALHO EM REDE

ü  COLABORAR: prestar parceria quando necessário;




ü  COOPERAR: compar/lhar saberes, ações e poderes;
compar/lhar obje/vos e projetos;

HORIZONTALIDADE

MALEABILIDADE PILARES QUE FUNDAMENTAM O TRABALHO EM REDE

TERRITORIALIDADE

OBJETIVOS COMUNS



VANTAGENS DE TRABALHAR EM REDE

•  Interconexão entre profissionais e ins/tuições;


•  Compar/lhamento de informações;
•  Estudos e discussões de caso;
•  Capacitação conjunta;

•  Criação e aperfeiçoamento de fluxos conjuntos de
atendimento e encaminhamento;
•  Evitar o retrabalho e a necessidade da mulher repe/r a sua
história con/nuamente
•  Aumento da eficácia das ações de proteção à ví/ma de
violência domés/ca: sen/mento de confiança e segurança
para a mulher;
•  M a i o r r e s o l u / v i d a d e : a d e s ã o d a s v í / m a s a o s
encaminhamentos propostos.

DESAFIOS DO TRABALHO EM REDE

•  Reduzido número de serviços especializados;


•  Escassez de recursos financeiros e humanos nos serviços existentes;
•  Carência de equipe qualificada para o atendimento às mulheres, a

fim de evitar a REVITIMIZAÇÃO no atendimento;
•  Desconhecimento sobre o trabalho de outras ins/tuições;
•  Falta de iden/ficação e de encaminhamentos adequados por parte
dos serviços não especializados;
•  Pouca integração entre a rede de atendimento à mulher as outras
redes: socioassistencial, de saúde, da jus/ça e segurança que, em
algumas regiões, ainda trabalham de forma isolada, dificultando a
ar/culação;
•  Pensamento de que "só o meu serviço é que sabe fazer o trabalho
direito“.
Como estão constituídas as redes
socioinstitucionais no DF

•  Rede da Mulher do DF – engloba instituições de todo o DF

•  Redes Sociais por Territórios –

•  Redes temáticas: Mulher, Criança e Adolescente, Idoso, Saúde Mental,


entre outros...

•  Encontros mensais – presenciais ou virtuais (reuniões ordinárias)

•  Uso das redes sociais, grupos de mensagens, emails.

•  Construção de catálago de serviços – nos terrritórios

•  Quem é responsável pela criação das redes e inclusão de parceiros?


ESTUDO DE CASO
Ana e Pedro convivem há 10 anos e possuem três filhos em comum, uma menina de 10
anos, portadora de deficiência, e dois meninos gêmeos com 5 anos de idade. As crianças
estão fora da escola e a criança mais velha é tratada no Hospital Sarah Kubischek.

Desde o inicio do relacionamento existe violência de Pedro contra Ana. No início eram
xingamentos e desqualificações, chegando a grave violência física, com tentativa de
feminicidio, na frente das crianças. Nesse momento, ela resolve ligar para o 190 e pedir
ajuda policial.

Ana, já tinha feito outras ocorrências, mas acabou se retratando perante o juiz, por
entender que Pedro iria mudar e que o problema era o alcool.

Ana nunca trabalhou por ter que cuidar das crianças e não possuía renda.

Ana não possui rede socioafetiva no DF e conta unicamente com a família de Pedro, que
não quer mais ajudá-la porque ela “prendeu” o marido.

Foram deferidas medidas protetivas de urgência e a situação foi encaminhada para o


Provid.
DISCUSSÃO COLETIVA

Considerando que o paradigma de redes envolve pensar as


situações de violência contra mulheres e meninas, de forma
sistêmica, complexa e plural…reflita!


1 - Que aspectos chamaram atenção na situação descrita?

2 - Que fatores de risco dificultam Ana de sair da situação de
violência?

3 - Que fatores de proteção podem ser propulsores para Ana


sair da situação de violência?
DISCUSSÃO COLETIVA

4 - Além do Provid, que outros atores da rede de proteção


poderiam atuar na situação a fim de garantir que Ana tenha uma
vida livre de VD?


5 - Que recursos da atuação em rede pode ser utilizado para
melhor resolubilidade da situação?
, ACESSPARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A REDE DE PROTEÇÃO,
ACESSE:

ME:
M

Anja Ro Zen
, ACESSPARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A REDE DE PROTEÇÃO,
ACESSE:
PARA MAIPARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A REDE DE
PROTEÇÃO, ACESSE:
ME:
M
INFORMAÇÕES SOBRE A REDE DE PROTEÇÃO, ACESSE:


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mulher/rede-de-protecao-a-mulher/rede-protecao-as-mulheres

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