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UNERJ - Centro Universitário de Jaraguá do Sul


Curso: Administração / Ciências Contábeis
Disciplina: Matemática
Prof.: JOABLE
2004

Apostila 2:
Matemática - Funções

___________________________________________________________________________

Conjuntos Numéricos
Conjunto: conceito primitivo; não necessita, portanto, de definição.

Exemplo: conjunto dos números pares positivos: P = {2,4,6,8,10,12, ... }.


Esta forma de representar um conjunto, pela enumeração dos seus elementos, chama-se
forma de listagem. O mesmo conjunto também poderia ser representado por uma
propriedade dos seus elementos ou seja, sendo x um elemento qualquer do conjunto P
acima, poderíamos escrever: P = { x | x é par e positivo } = { 2,4,6, ... }.

Relação de pertinência:
Sendo x um elemento do conjunto A , escrevemos x ∈ A,
onde o símbolo ∈ significa "pertence a".
Sendo y um elemento que não pertence ao conjunto A , indicamos esse fato com a notação
y ∉ A.

O conjunto que não possui elementos , é denominado conjunto vazio e representado por φ .

Subconjunto:
Se todo elemento de um conjunto A também pertence a um conjunto B, então dizemos que
A é subconjunto de B e indicamos isto por A ⊂ B.

Conjuntos numéricos fundamentais:

Entendemos por conjunto numérico, qualquer conjunto cujos elementos são números.
Existem infinitos conjuntos numéricos, entre os quais, os chamados conjuntos numéricos
fundamentais, a saber: 

Conjunto dos números naturais


N = {0,1,2,3,4,5,6,... }

Conjunto dos números inteiros


Z = {..., -4,-3,-2,-1,0,1,2,3,... }
Obs: é evidente que N ⊂ Z.

Conjunto dos números racionais


Q = {x; x = p/q com p ∈ Z , q ∈ Z e q ≠ 0 }.
Temos então que número racional é aquele que pode ser escrito na forma de uma fração
p/q onde p e q são números inteiros, com o denominador diferente de zero.
Lembre-se que não existe divisão por zero!.
São exemplos de números racionais: 2/3, -3/7, 0,001=1/1000, 0,75=3/4, 0,333... = 1/3,
7 = 7/1, etc.

Notas:
a) é evidente que N ⊂ Z ⊂ Q.
b) toda dízima periódica é um número racional, pois é sempre possível escrever uma dízima
periódica na forma de uma fração.
Exemplo: 0,4444... = 4/9 
2 de 19
Conjunto dos números irracionais

I = {x; x é uma dízima não periódica}.


Exemplos de números irracionais:
• π = 3,1415926... (número pi = razão entre o comprimento de qualquer
circunferência e o seu diâmetro)
• 2,01001000100001... (dízima não periódica)

• 3 = 1,732050807... (raiz não exata).


• número “e”= 2.718281828

Conjunto dos números reais


R = { x; x é racional ou x é irracional}.
_____________________________________________________________________________

Representação Gráfica dos Números Reais:

Os números reais podem ser representados graficamente.

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-2.5 ½ e ¶

Sistema Cartesiano Ortogonal (S.C.O.):

São duas retas chamadas de eixos. O ponto de intersecção destas retas é chamado de origem. O
eixo horizontal é o eixo das abscissas (valores de “x”). O eixo vertical é o eixo das ordenadas
(eixo dos “y”). Para se localizar um ponto no S.C.O., dá-se as suas coordenadas, ou seja, o valor
da sua abscissa e o valor da sua ordenada.

Exercício: Marcar os seguintes pontos no S.C.O.:

(x, y) (-5,0) (0,4) (0,-3) (-2,2) (-3,-4)


( 0, 0) (1,0) (2, -3) (3,3) (-4, 4) (3.5, 4.5)
Resposta:

0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

_____________________________________________________________________________
3 de 19

Funções:
Sejam 2 conjuntos A ≠ { } e B ≠ { }, diz-se que F é uma função de A em B se para todo
elemento “x” pertencente a A, associa-se um único elemento “y” pertencente a B, tal que o par
(x, y) pertence a função F
Exemplo:

A B
2
1
3
4
2
7

Exercícios – Verificar se as relações entre os conjuntos A e B são funções


A B A B A B
0 -1 0
3 0 -3 3 1
7 2 -7
8 0 2
9 5 4 6 5
6
1 4

Resp.:_____________ Resp.:_____________ Resp.:_____________

A B A B
1
1 0 5
6 0
7
-1
2 9 9
3

Resp.:_____________ Resp.:_____________
4 de 19

Função Constante

A B

1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6

No exemplo acima, para cada valor de “x” o valor de “y” é sempre o mesmo (3).
A função está representada por um diagrama. Poderia ser representada por uma regra:
F ( x) = 3 ou y = 3
Uma função constante pode sempre ser expressa por:
F ( x) = k ou y = k

onde “k” é qualquer número real

Os pares ordenados (x,y) formados pelo exemplo acima seriam:


(1,3) (2,3) (3,3) (4,3) (5,3) (6,3)
Se os pontos forem colocados no S.C.O. seria observado o gráfico 1:

Se todos os valores de “x” fossem utilizados (-6, -5.9, -5.8...0...5.7, 5.8, 5.9, 6), o valor de “y”
seria constante e igual a 3. Os pontos seriam:

(-6 , 3), (-5.9 , 3), (-5.8, 3)... (0, 3) ...(5.7, 3), (5.8, 3), (5.9, 3), (6 , 3) e se todos os infinitos
pontos fossem colocados no S.C.O., obteria-se uma reta, paralela ao eixo “x” e que passa por 3
(conforme mostrado no gráfico 2)

6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6 -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
-6 -6

gráfico 1 gráfico 2
5 de 19

Exercícios sobre Função Constante:


Traçar o gráfico para as funções constantes abaixo:
a) F ( x) = 4
b) F ( x) = −5
c) F ( x) = 2
d) F (x) = π
5
e) F ( x) =
3
3
f) F ( x) = −
2

6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6 -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
-6 -6

6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6 -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
-6 -6

6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6 -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
-6 -6
6 de 19

Função do 1°Grau
É toda função que pode ser escrita como:
a → coeficiente angular
F ( x) = a ⋅ x + b , onde
b → coeficiente linear
Gráfico:
5 5

4 4

3 3

2 2

1 1

0 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5

-2 -2

-3 -3

-4 -4

-5 -5

a > 0 - crescente a < 0 - decrescente


“Zero” ou “Raiz” da função: é o valor de “x” para o qual F(x) é igual a zero
Obs.: F(x) é o mesmo que “y”.

F ( x) = a ⋅ x + b

0 = a ⋅ xz + b

b
xz = −
a

Exemplo: Fazer o gráfico de y = 2 ⋅ x + 2


Montar uma tabela com valores atribuídos para “x” e calcular os respectivos valores para “y”

X Y
-2 -2
-1 0 b 2
xz = − = − = −1
0 2 a 2
1 4
2 6

Marcar os pontos no S.C.O., ligar os pontos para obter a reta desejada


6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6 -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6
-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
-6 -6
7 de 19

Exercícios sobre Função do 1°Grau: Traçar o gráfico para as funções abaixo:

6
5
4
X Y 3
a) y = 3 ⋅ x + 1 -2 2

-1 1
0
b 0
x z = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
b) y = x -2 2

-1 1
0
b 0
x z = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
c) y = − x -2 2

-1 1
0
b 0
x z = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
d) y = 2 ⋅ x -2 2

-1 1
0
b 0
x z = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6
8 de 19

6
5
4
X Y 3
e) y = −4 ⋅ x -2 2

-1 1
0
b 0
xz = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
f) y = − x + 2 -2 2

-1 1
0
b 0
xz = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
g) y = −2 ⋅ x + 3 -2 2

-1 1
0
b 0
xz = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6

6
5
4
X Y 3
h) y = x + 4 -2 2

-1 1
0
b 0
x z = − = _____ -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

a 1 -2
-3
2
-4
-5
-6
9 de 19

i) O Sr. João gasta R$ 20,00 por dia. Represente a função de gastos acumulados e faça o
Gráfico para 10 dias.

j) O Sr. João tem R$ 200,00 no banco. Sendo que gasta R$ 20,00 por dia represente a
função Saldo Bancário. Faça o gráfico para 12 dias. A partir de qual dia a conta ficará
negativa?

Aplicações da Função do 1° Grau

Funções de Custo, Receita e Lucro

Seja “x” a quantidade produzida de um produto, o custo total de produção depende de “x” .
Então pode-se dizer que o custo de produção é uma função da quantidade produzida de um
produto. Custos que não dependem da quantidade produzida (aluguel, seguros, salários e outros)
são somados e definem o que se chama de custo fixo (CF). A parcela do custo que depende de
“x” é chamada de custo variável (CV). Então o custo total (CT) será:

CT ( x) = CF + CV ( x)

A receita é o produto de “x” pelo preço de venda e será indicada pela letra R. A função lucro é
definida como a diferença entre a receita e o custo:

L ( x) = R ( x) − CT ( x)
Exemplo:
Uma firma de serviços de fotocópias tem um custo fixo mensal de R$ 1200,00 e custos
variáveis mensais de R$ 0,06 por folha que reproduz. Expresse a função custo total em função
do número “x” de páginas copiadas por mês. Expresse, também, a função lucro. Se os
consumidores pagam R$ 0,12 por folha, qual o número mínimo de folhas que a firma tem que
reproduzir para não ter prejuízo?

Função Custo Total:___________________

Função Lucro:________________________

Nº mínimo de Folhas:__________________
10 de 19

Função do 2° Grau (Quadrática)


É toda função que pode ser escrita como:

F ( x) = a ⋅ x 2 + b ⋅ x + c , onde a≠0
O gráfico de uma função do 2º Grau é uma figura chamada: Parábola. Esta figura apresenta-se
de maneiras distintas dependendo dos valores de “a”, “b” e “c”

∆>0 ∆=0 ∆<0

X' X"
a>0 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

vértice X' = X" vértice


-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
vértice

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
X' = X" vértice
vértice vértice

X' X"
a<0 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

Para obter o gráfico de uma função do 2º Grau e visualizar a parábola é necessário atribuir
valores para “x” de tal forma que, com os valores de “y” calculados e marcando-se os pontos
definidos pelos pares ordenados (x,y), seja possível observar o ponto do vértice e as raízes (x’ e
x”) quando estas existirem. Nem sempre é fácil escolher os valores de “x” adequados. A seguir,
apresenta-se um procedimento para a obtenção do esboço do gráfico.
Passos
1) Observar o sinal de “a” e ∆ para verificar qual das 6 opções será o gráfico;
2) Calcular as raízes (também chamadas de zeros) da função (x’ e x”) usando Baskara:

−b± ∆
x I , x II = e ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c
2⋅a
3) Calcular as coordenadas do ponto do vértice usando as seguintes fórmulas:
b ∆
xv = − e yv = −
2⋅a 4⋅a
4) Marcar o ponto onde a parábola “corta” o eixo y. Este ponto é sempre o (0, c).
11 de 19

Exemplo:

Seja a função y = x 2 − 2 ⋅ x − 3 , traçar o esboço da parábola.


Solução:
Uma alternativa é escolher uma faixa de valores para “x”, calcular os valores de “y” e marcar os
pontos no S.C.O. (tente!)

A outra maneira de se obter um esboço razoável do gráfico é seguindo os passos descritos


anteriormente:

1. Observar o sinal de “a” e ∆ para verificar qual das 6 opções será o gráfico:
a = 1,
b = −2, e ∆ = b 2 − 4 ⋅ a ⋅ c = (− 2 ) − 4 ⋅ 1 ⋅ (− 3) = 16
2

c = −3
como “a” > 0 e ∆ > 0, a parábola terá a concavidade voltada para cima e a mesma
“cortará” o eixo x em 2 pontos distintos

2. Calcular as raízes (também chamadas de zeros) da função (x’ e x”) usando Baskara:
x’ = -1 e x” = 3
3. Calcular as coordenadas do ponto do vértice usando as seguintes fórmulas:

xv = −
b
=−
(− 2) = 1 yv = −

=−
16
= −4
e
2⋅a 2 ⋅1 4⋅a 4 ⋅1
4. Marcar o ponto onde a parábola “corta” o eixo y. Este ponto é sempre o (0, c).
(0, -3).

Com as informações obtidas, esboçar o gráfico:

0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5

-2

-3

-4

-5
12 de 19

Exercícios sobre Função do 2°Grau: Traçar o gráfico para as funções abaixo:


a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

a) y = x 2 − x − 2
1
x I = ______ 0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

b) y = x 2 − 4 ⋅ x
1
x I = ______ 0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

c) y = 2 ⋅ x 2 + 6 ⋅ x
1
x I = ______ 0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

d) y = − x 2 − x + 2
1
x I = ______ 0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6
13 de 19

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2
− x2 1
e) y = +5 x I = ______ 0
5
x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

f) y = −2 ⋅ x 2 − 4 ⋅ x + 2
1
x I = ______ 0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

g) y = x 2 − 4 ⋅ x + 4
1
x I = ______ 0

x II = ______
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6

a = ______ 6

b = ______ 5
4
c = ______ 3

∆ = ______ 2

h) y = 2 ⋅ x 2 − 4 ⋅ x + 4
1
x = ______
I
0

x = ______
II -6 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 6

-2
xv = ______ -3

yv = ______ -4
-5
(0, c ) = (0, _ ) -6
14 de 19

Função Exponencial
É toda função que pode ser escrita como:
 k⋅x 
F ( x) = a  , onde a > 0 e a ≠1
Gráfico:
5 5

4 4

3 3

2 2

1 1

0 0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-1 -1

-2 -2

-3 -3

-4 -4

-5 -5

a > 1 - crescente 0 < a < 1 - decrescente


x
Exemplo 1: Fazer o gráfico de y = 2 x 1
Exemplo 2: Fazer o gráfico de y =  
2
Montar uma tabela com valores atribuídos para “x” e calcular os respectivos valores para “y”
X Y X Y
-2 0.25 -3 8
-1 0.50 -2 4
0 1 -1 2
1 2 0 1
2 4 1 0.5
3 8 2 0.25
4 16 3 0.125

10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
-2 -2

10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
-2 -2
15 de 19

Exercícios sobre Função Exponencial: Traçar o gráfico para as funções abaixo:

10
X Y
9
-5 8
-4 7
6
-3
a) y = 3 x + 2 -2
5
4
-1 3
2
0 1
1 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
2
-2

8
X Y
7
-2 6

-1 5
4
x 0
1
b) y =   − 2
3
1
 3 2

2 1
0
3 -5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
4 -2
-3
5
-4

10
X Y
9
-5 8
-4 7
6
-3
c) y = 4 ⋅ 2 x − 1 -2
5
4
-1 3
2
0 1
1 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
2
-2

10
X Y
9
-2 8

-1 7
6
x 0
2
d) y = 2 ⋅   + 2
5
1
4 4

2 3
2
3 1
4 0
-5 -4 -3 -2 -1 -1 0 1 2 3 4 5
5
-2
16 de 19

Função Logarítmica
É toda função que pode ser escrita como:
F ( x) = log a ( x ) , onde a > 0 , a ≠1 e x > 0
Gráfico:
5 5

4 4

3 3

2 2

1 1

0 0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-1 -1

-2 -2

-3 -3

-4 -4

-5 -5

a > 1 - crescente 0 < a < 1 - decrescente

Exemplo 1: Fazer o gráfico de y = log 2 ( x ) 1 


(x )
Exemplo 2: Fazer o gráfico de y = log 

 
2 

Montar uma tabela com valores atribuídos para “x” e calcular os respectivos valores para “y”
X Y X Y
0.125 -3 0.125 3
0.25 -2 0.25 2
0.5 -1 0.5 1
1 0 1 0
2 1 2 -1
3 1.585 3 -1.585
4 2 4 -2

2 3

1,5 2,5

1 2

0,5 1,5

0 1
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
-0,5 0,5

-1 0
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
-1,5 -0,5

-2 -1

-2,5 -1,5

-3 -2

2 3

1,5 2,5

1 2

0,5 1,5

0 1
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
-0,5 0,5

-1 0
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
-1,5 -0,5

-2 -1

-2,5 -1,5

-3 -2
17 de 19

Exercícios sobre Função Logarítmica: Traçar o gráfico para as funções abaixo:

2,00
X Y 1,75

0.1 1,50

1 1,25

a) y = log( x ) + 1
1,00
2
0,75
3
0,50
4 0,25
5 0,00
6 -0,25
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6

-0,50

5,00
X Y 4,50

1 4,00
3,50
2
3,00
b) y = 2 ⋅ ln ( x ) + 1 e 2,50
3 2,00

4 1,50
1,00
5
0,50
6 0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6

6
X Y 5
4
1/6
3
1/4
(x )
2
c) y = 4 ⋅ log  
 1  1 1
 
 4  2
0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
3 -2
-3
4
-4
8 -5
-6

8
X Y 7
6
1/6
5
1/2 4

d) y = 4 ⋅ log3 (2 ⋅ x ) 1 3
2
3/2 1
2 0

3 -1 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0


-2
4 -3
-4
18 de 19

Aplicação de Função Exponencial e Função Logarítmica

Considere um empréstimo de R$ 100,00 em duas propostas distintas. A primeira a juros simples


com uma taxa de 10 % ao mês e a segunda a juros compostos a uma taxa de 9 % ao mês. Este
empréstimo deve ser pago em uma parcela única que pode ser efetuada a até o 5º mês após o
recebimento do dinheiro. Vamos ver qual seria a evolução do montante a ser pago (capital
inicial + juros) mês a mês nas duas situações.

Juros Simples Juros Compostos


10 % 9%
1º ) Mês R$ 110,00 R$ 109,00
2º ) Mês R$ 120,00 R$ 118,81
3º ) Mês R$ 130,00 R$ 129,50
4º ) Mês R$ 140,00 R$ 141,16
5º ) Mês R$ 150,00 R$ 153,86
6º ) Mês R$ 160,00 R$ 167,71
7º ) Mês R$ 170,00 R$ 182,80
8º ) Mês R$ 180,00 R$ 199,26
9º ) Mês R$ 190,00 R$ 217,19
10º ) Mês R$ 200,00 R$ 236,74

R$ 240,00
Compostos
R$ 220,00

R$ 200,00

R$ 180,00

R$ 160,00

R$ 140,00 Simples

R$ 120,00

R$ 100,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O gráfico acima mostra que o montante comporta-se como uma função do 1º Grau no sistema
de juros simples e como uma função exponencial no sistema de juros compostos.

Notação financeira:

P.V. → Valor presente (capital inicial)


i → Taxa de juros (%)
n → Prazo da operação
Int → Valor do Juros
F.V. → Valor futuro (montante)
19 de 19

Fórmulas:

Juros Simples Juros Compostos

Int F .V
P.V.
i⋅n (1 + i )n
1
 
Int  F .V .   n 
i   −1
P.V . ⋅ n  P.V . 

 F .V . 
Int ln 
n  P.V . 
P.V . ⋅ i
ln (1 + i )

Int P.V . ⋅ i ⋅ n [
P.V . ⋅ (1 + i ) − 1
n
]
F.V. P.V . ⋅ (1 + i ⋅ n ) P.V . ⋅ (1 + i )
n

Nas questões seguintes considerar o sistema de juros compostos

1) O Capital de R$ 3.200,00 produziu o montante de R$ 3.500,00 em um ano. Considerando a


capitalização mensal, qual é a taxa mensal de juros?

R.: 0,7496 % ao mês

2) O Capital de R$ 22.000,00 aplicado à taxa de 22 % ao ano, produziu o montante de R$


29.645,75. Quanto tempo ficou aplicado?

R.: 1 ano e meio ( 1,5 anos)

3) Um capital de R$ 500,00, aplicado à taxa de 4 % ao mês, rendeu de juros R$ 157,97. Quanto


tempo este capital ficou aplicado?

R.: 7 meses

4) Um capital de R$ 6.200,00 foi aplicado à taxa de 1 % ao mês, sendo o prazo desta aplicação de 2
anos, seis meses e quinze dias, qual o valor do montante resgatado?

R.: R$ 8.398,34

5) Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado à taxa de 8.5 % ao ano, sendo o prazo desta aplicação de
15 meses, qual o valor do montante resgatado?

R.: R$ 1.107,36

6) Uma aplicação produziu o montante de R$ 2.805,10. Sabendo que à taxa foi de 7 % ao ano,
sendo o prazo desta aplicação de 5 anos, qual o valor do capital inicial?

R.: R$ 2.000,00
UNERJ - Centro Universitário de Jaraguá do Sul
Curso: Administração / Ciências Contábeis
Disciplina: Matemática
Prof.: JOABLE
2004

Apostila 4: Matemática - Derivadas


1 Introdução

Observe o gráfico abaixo, ele representa uma função:

F (x)

x
Agora, imagine uma reta que desliza sobre esta curva, encostando em apenas um ponto da mesma.
Observe as figuras seguintes para entender melhor:

F(x) F(x)
1 2

x x

F(x) 3 F(x) 4

x x
Definição: A inclinação (ou coeficiente angular) da reta tangente à curva em um determinado ponto
(X1,Y1) desta curva é o valor da derivada da função representada pela curva, para este ponto
(X1,Y1).
Observa-se, nas figuras anteriores, que a inclinação da curva varia. Examinemos:

Figura Inclinação
1 Positiva e de máximo valor
2 Positiva, porém de valor menor
3 Zero
4 Negativa

1 de 8
Pode-se tirar algumas conclusões da análise anterior:
1. Quando uma função cresce (quando se aumenta x, y aumenta também) a sua derivada é positiva;
2. Quando uma função decresce (quando se aumenta x, y diminui) a sua derivada é negativa;
3. Quando uma função está crescendo ou decrescendo e atinge o seu máximo (positivo ou
negativo) o valor da derivada neste ponto é igual a zero.

Definição da derivada em um ponto (X1, Y1):


 F ( X 1 + ∆X ) − F ( X 1) 
F ' ( X 1) = lim  
∆x → 0  ∆X 

2 Regras de Derivação

Como observou-se na seção anterior, a derivada de uma função varia, ou pode variar, dependendo
do ponto x onde deseja-se conhecer a derivada. Ou seja, a derivada de uma função é, também, uma
função, uma vez que o seu valor depende de x.
Na figura abaixo, podemos comprovar a afirmação anterior, nela estão representadas a função já
vista na seção anterior e, também, o valor da sua derivada para todos os pontos da função.

F ( x)

F´ ( x)
x

Obs.: A derivada de uma função qualquer f(x) é comumente representada por f´(x). Observe o
uso do apóstrofo.
Existem algumas regras que permitem determinar as derivadas das funções de maneira bem
simples.

A. Derivada de uma função constante: Se c é uma constante e f(x) = c para todo x, então:
f´(x) = 0
.
Ex.: Seja f(x) = 5, então : f´(x) = 0

B. Derivada de um monômio qualquer (Regra da Potência): Se n é um número real e


n-1
n f´(x) = n. x
f(x) = x , então .
5 4
Ex.1: Seja f(x) = x , então: f´(x) = 5. x
1-1 0
Ex.2: Seja f(x) = x , então: f´(x) = 1. x = 1. x = 1
10 9
Ex.3: Seja f(x) = x , então: f´(x) = 10. x

2 de 8
C. Derivada do Produto de uma Constante por uma Função: Sejam f(x) uma função, c uma
g´(x) = c.f´(x)
constante e g(x) tal que g(x) = c.f(x). Se f´(x) existe, então:
2 2-1
Ex.: Seja f(x) =8.x , então : f´(x) = 8.(2) x = 16. x
D. Derivada de uma Soma: Sejam f(x) e g(x) duas funções e h(x) a função definida por
h´(x) = f´(x) +g´(x)
h(x) = f(x) + g(x). Se f´(x) e g´(x) existem, então:
4 3 3
Ex.1: Seja f(x) = 3.x + 8.x + 5, então: f´(x) = 3. (4.x ) + 8. 1 + 0 = 12.x + 8
5 2
Ex.2: Seja g(x) = 9.x - 4.x + 2.x + 7, então:
4 1-1 4
g´(x) = 9. (5.x ) - 4. (2.x) + 2. (1. x ) + 0 = 45.x – 8.x + 2

E. Derivada de um Produto: Sejam f(x) e g(x) duas funções e h(x) a função definida por
h(x) = f(x) . g(x). Se f´(x) e g´(x) existem, então:
h´(x) = f(x). g´(x) + f´(x).g(x)
3 4 2
Ex.: Seja f(x) = (2.x - 1).(x + x ) , então:
3 3 2 4 2
f´(x) = (2.x - 1).(4.x + 2.x) +(6.x ). (x + x )

F. Derivada de um Quociente: Sejam f(x) e g(x) duas funções e h(x) a função definida por
f(x)
h( x ) = , onde g(x) ≠ 0. Se f´(x) e g´(x) existem, então:
g( x )
g ( x). f ´(x) − f ( x).g´(x)
h´(x) =
[g ( x ) ] 2
2.x 4 − 3
Ex.: Seja f ( x ) = , então:
x 2 − 5.x + 3
( x 2 − 5.x + 3).(4.2.x 3 − 0) − (2.x 4 − 3).(2.x − 5)
f ´(x ) =
( x 2 − 5.x + 3) 2

3 Exercícios. Encontrar a derivada das seguintes funções, aplicando as regras de derivação

f ( x) = 3 ⋅ x 2 + 6 ⋅ x − 10 2⋅ x + 4
1) 7) f ( x) =
3⋅ x −1
1 −3 t −1
2) f ( x) = 14 − ⋅x 8) f (t ) =
2 t +1

3) (
f ( x) = (2 ⋅ x + 1) ⋅ 3 ⋅ x 2 + 6 ) 9) f ( x) =
x
3
4
+
5
x5
1 2
f ( x) = (7 ⋅ x − 1) ⋅ ( x + 4 )
4
4) 10) f ( x) = 2 ⋅ x + 6
x

5) ( )(
f ( x) = 3 ⋅ x5 − 1 ⋅ 2 − x 4 ) 2
11) f (t ) = 3 ⋅ t + 5 ⋅ t − 1
t −1
4−x
6) f ( x) = ( x + 1) ⋅ ( x − 1) 12) f ( x) =
5 − x2
3 de 8
4 Derivadas das Funções Exponenciais e Logarítmicas
k.x
4.1 Derivada de uma função Exponencial: Se f(x) = a , (a > 0 e ≠ 1, k ∈ ℜ) então
f´(x) = a (k.x) .k . ln(a)
2.x 2.x
Ex.: Seja f(x) = 3 , então : f´(x) = 3 .(2). ln(3)

4.2 Derivada de uma função Logarítmica: Se f(x) = log k.x , (a > 0 e ≠ 1, k ∈ ℜ) então
a
1
f ´(x ) = (a > 0 e ≠ 1)
x. ln(a )
1
Ex.: Seja f(x) = = log 2.x, então : f ´(x ) =
3 x. ln(3)

5 Exercícios - Calcular as derivadas das seguintes funções:

a) y = 5. ln (x)
x
b) y = 10
x
c) y = 2.ln (x) + 2 + 1
x3
d) y = − 6.ln (x)
3

6 Derivadas de Funções Compostas

Seja a função composta h, tal que h = v (u(x)) então a sua derivada h´ será:
h´ = v´ (u(x)) . u ´(x)
4
Exemplo: Seja h(x) = (2.x + 3)
4
Pode-se chamar u(x) = 2.x + 3 e reescrever a função h(x) = (u(x))
3 3
então h´(x) = 4.( 2.x + 3) . 2 ⇒ h´(x) = 8.( 2.x + 3)

7 Exercícios - Calcular as derivadas das seguintes funções compostas:


2 5
a) y = (x - 1)
4
b) y = 3.(1 - 3.x )

c) y = 2 + x2

 2 + x2 
d) y =  
 x +1 
 

4 de 8
8 Derivadas Sucessivas

Seja uma função f(x), a sua derivada f ’(x) também é uma função, pode-se então pensar na derivada
da função f ´(x).

Definição: Seja f(x) uma função derivável. Se f ´(x) também for derivável, então a sua derivada é
chamada de derivada segunda de f(x) e é representada por f ´´(x).

2
Ex.: Seja f(x) = 3.x + 8.x + 1 ,
então: f´(x) = 6. x + 8 e
f´´(x) = 6

Se f ´´(x) é uma função derivável, sua derivada, representada por f ´´´(x) é chamada derivada
terceira de f(x) e assim por diante.
5 2
Ex.: Seja f(x) = 3.x + 8.x ,
4
então: f´(x) = 15. x + 16.x ,
3
f´´(x) = 60.x + 16 ,
2
f´´´(x) = 180.x ,
iv
f (x) = 360.x ,
v
f (x) = 360 ,
vi
f (x) = 0

9 Máximos e Mínimos

A figura seguinte mostra o gráfico de uma função f(x), onde mostra-se os pontos onde x1, x2, x3 e
x4 são as abscissas. Esses pontos são chamados de pontos extremos da função. Os valores f(x1) e
f(x3) são chamados máximos relativos e f(x2) e f(x4) são chamados mínimos relativos.
y

x
x1 x2 x3 x4

5 de 8
Observe os gráficos abaixo:

Y Y

f (C)

f (C)

C X C X

Nota-se que nos pontos de coordenadas (C, f (C)) o valor da derivada é indefinido (a reta tangente à
curva, nestes pontos, poderia ter qualquer inclinação, por isso, diz-se que a derivada não existe
nestes pontos).
Uma condição necessária para a existência de um máximo ou mínimo de uma função é que este
ponto tenha derivada igual a zero ou que e derivada não exista.
Atenção: Esta é uma condição necessária, mas não suficiente.
É interessante observar que uma função definida em um dado intervalo pode admitir diversos
pontos extremos (máximos ou mínimos) relativos. O maior dos máximos relativos é chamado de
máximo absoluto. Da mesma maneira, o menor dos mínimos relativos é chamado de mínimo
absoluto.
Observe as funções abaixo:
Y

2 -3
1) f (x) = x + 6x - 3
X
Ponto de mínimo absoluto em x = -3 [f (-3) = -12]

-12

2) f (x) = -x2 + 6x – 3
Ponto de máximo absoluto em x = 3 [f (3) = 6]

3 X

6 de 8
Critério da Derivada 2ª para determinação de máximos e mínimos de uma função
Seja f (x) uma função derivável e um valor de abscissa c tal que f ´(c) = 0, então, com certeza, este é
um ponto extremo. Para saber se este é um ponto de máximo ou mínimo, pode-se utilizar o Critério
da Derivada 2ª:

i) Se f ´´(c) < 0, f (x) tem um valor de máximo relativo em c.


ii) Se f ´´(c) > 0, f (x) tem um valor de mínimo relativo em c.

Exemplo:
2
Seja a função f (x) = x + x - 2
Sabe-se que esta função tem um valor de máximo ou de mínimo quando a sua derivada for igual a
zero, então o primeiro passo para se achar este ponto é derivar a função dada:
f´(x) = 2. x + 1, esta função é a derivada de f (x)
Agora, deve-se descobrir qual o valor da abscissa para a qual esta derivada torna-se igual a zero,

0 = 2. x + 1 ⇒ ½
x=-

Substituindo o valor encontrado (x = -½) em f (x), acha-se f (-½ ) = -9 /4.


Então o ponto (-1/2, -9/4) da função, pode ser um ponto de máximo ou mínimo, pode-se usar então,
o Critério da Derivada 2ª para descobrir:
f´´(x) = 2 e f´´(-1/2) = 2 > 0, então este é um ponto de mínimo da função.

10 Exercícios

- Quais os possíveis pontos de máximos e mínimos para as funções dadas abaixo nos
respectivos intervalos dados:

a) y = 10.x + 5, x ∈ ℜ
b) y = -4.x + 5, 0 ≤ x ≤ 1
2
c) y = 1 - x , x ∈ ℜ
2
d) y = 7. x - 6.x + 3, x ∈ ℜ
e) y = (x - 2).(x + 4), x ∈ ℜ
3 2
f) y = [(x ÷ 3)] - [(7. x ) ÷ 2] + 12.x + 20, x ∈ ℜ
3
g) y = x + 4, x ∈ ℜ

- O lucro de um fabricante com a venda de certos objetos pode ser representado pela
seguinte função: L(x) = 400. (15-x) . (x-2), onde x é o preço unitário de venda. Calcule o
preço ótimo de venda.

7 de 8
11 Exercícios de Reforço

Nas questões 1 a 12, calcule o valor das derivadas, para os respectivos valores de x indicados. As
questões 13 e 14 têm enunciado próprio.

f ' ( 2) = f ' (−1) =


2.x 5 − 6.x 3.x 4 − x 2
1) f (x) = 2) f (x ) =
R.: 154 x3 R.: 4
x 2 − 4.x + 5

2 f ' ( 4) = 2.x f ' (−5) =


3) f (x) = 4) f (x ) = + 7.x 3
7 R.: 0 3 R.: 525.667

1
f '  = f ' ( 2) =
5) f ( x ) = (x 3 − 3x 2 )⋅ (2.x 6 − 2.x ) 2 6) f ( x ) = 2. log 3 (2.x ) + 3.x 4
R.: 96.910
R.: 3.195

2
f '  = f ' ( 2) =
7) f ( x ) = 3 (2.x ) + 1 3 8) f ( x ) = 6. ln (x ) + 8 2 + 5.x 0
R.: 3
R.: 9.507

f ' (1) = f ' (2 ) =


9)
  2.X 
f ( x ) =  5

(

− 3  . 3.x − 5.x 2

) 10) 3
f ( x ) = x 4 + log(5.x )
R.: −314.944 R.: 1.897

 1 
f '  = 2.x
f ' (1) =
11) f ( x ) = 3. ln(x ) + 8 X + 6  3  12) f (x ) = + 6.x −2
7 R.: −11.714
R.: 13.159

Um fabricante produz x toneladas de uma Uma montadora adquire motores elétricos


liga metálica. O lucro P , em reais, obtido para instalar em seus produtos. A gerência
pela produção é expresso pela função: dessa montadora estima que o custo C em
2 unidades monetárias por motor, nos
P(x) = 12000.x - 15.x 4/3
Quantas toneladas devem ser produzidas próximos anos será C(t)=9.(17.t + 13) ,
para maximizar o lucro? onde t é o tempo em anos. Qual será a
13) 14) taxa de variação instantânea do custo em
Resp.: 400 toneladas relação ao tempo após 3 anos?
Resp.: 816 unidades monetárias / ano
Dica: A derivada em um ponto de máximo ou Dica: A taxa de variação instantânea é
mínimo para a função acima é igual a zero. obtida derivando a função. A função acima
Para saber se o ponto é de máximo ou é uma função composta.
mínimo, usar o critério da segunda derivada.

8 de 8
UNERJ - Centro Universitário de Jaraguá do Sul
Curso: Administração / Ciências Contábeis
Disciplina: Matemática
Prof.: JOABLE
2004

Apostila 5: Matemática - Integrais


1 Introdução

Seja F(x) uma função conhecida. Propõe-se o seguinte desafio: Descobrir uma função G(x) tal que a
derivada de G(x), ou seja, G´(x), será igual a F(x).
Exemplos:
F(x) G(x) ?
a) 1
b) 2.x
2
c) 3.x
2
d) x

Achar esta função G(x) pode ser entendido com “fazer a operação inversa” da derivada.
Na verdade não existe uma única solução G(x), existem várias soluções pois uma constante
arbitrária C somada a cada função G(x) formaria uma função diferente mas que também seria
resposta para o problema (uma vez que quando calcula-se a derivada da função, esta constante se
anularia)

Estas possíveis soluções G(x) são chamadas de primitivas de F(x). As primitivas de uma função
diferem apenas da constante arbitrária C.

Integral Indefinida

Chama-se de integral indefinida de F(x) a qualquer primitiva da mesma somada a uma constante
arbitrária C qualquer. Indica-se, matematicamente, esta operação da seguinte maneira:

∫ F ( x) ⋅ dx = G ( x) + C
O símbolo da operação (um “esse” estilizado) vem da interpretação geométrica da integral que pode
ser entendida como a somatória das inúmeras áreas abaixo da curva da função, com bases muito
pequenas (dx). Esta interpretação geométrica não será considerada pois não tem aplicações
relevantes nas áreas econômicas. Assume-se que o símbolo “ ∫ " seguido da função e do “dx” é
apenas um indicativo de que se deseja realizar a operação de integração de uma função.

Aplicações nas áreas econômicas :


Cálculos estatísticos (valores médios, probabilidades, etc);
Quando são conhecidas as taxas de variação instantâneas e deseja-se descobrir a função primitiva.
1 de 5
2 Regras de Integração

Assim como na derivação, na integração existe uma regra específica para cada tipo de função. As
regras para as funções mais comumente encontradas nas áreas econômicas são dadas a seguir:

A. Integral de uma função constante: Se k é uma constante e f(x) = k para todo x, então:

∫ k ⋅ dx = k ⋅ x + C
Ex.: Seja f(x) = 5, então : ∫ 5 ⋅ dx = 5 ⋅ x + C

B. Integral de um monômio qualquer (Regra da Potência): Se n é um número real (diferente de –1)


n
Dada a função f(x) = x , então:

n ⋅ dx = x
(n + 1)
∫ x +C
(n + 1)
2 2 x
(2 + 1) x3
Ex.1: Seja f(x) = x , então: ∫ x ⋅ dx = (2 + 1)
+C =
3
+C

x
(− 3 + 1) x −2
Ex.2: Seja f(x) = x , então: ∫ x −3 ⋅ dx =
-3
+C = +C
(− 3 + 1) (− 2)

0,5 x
(0,5 + 1) x 1,5
Ex.3: Seja f(x) = x , então: ∫ x ⋅ dx = ∫x ⋅ dx = +C = +C
(0,5 + 1) 1,5

-1
C. Integral da função monômio para n igual a –1. Dada a função f(x) = x , a sua integral será:
−1
∫x ⋅ dx = ln(x ) + C
-1 −1
Ex.1: Seja f(x) = x , então: ∫x ⋅ dx = ln(x) + C

1 1 −1
Ex.2: Seja f(x) =
x
, então: ∫ x ⋅ dx = ∫ x ⋅ dx = ln(x ) + C

2 de 5
D. Integral de uma função exponencial: Seja f(x) uma função exponencial dada por:
F( x ) = a (k⋅x ) (com a > 0 e a ≠ 1), então a sua integral será:

(k ⋅x ) a (k⋅x )
∫ a ⋅ dx = +C
k ⋅ ln(a )

(4.x) (4⋅x ) 3(4⋅x )


Ex.1: Seja f(x) = 3 , então: ∫ 3 ⋅ dx = 4 ⋅ ln(3)
+C

(-2.x) (−2⋅x ) 5(−2⋅x )


Ex.2: Seja f(x) = 5 , então: ∫ 5 ⋅ dx = (− 2) ⋅ ln(5)
+C

E. Integral de uma função logarítmica natural: Seja f(x) uma função logarítmica natural dada por:
F( x ) = ln(k ⋅ x ) , então a sua integral será:

∫ ln(k ⋅ x ) ⋅ dx = { [x ⋅ ln(k ⋅ x )] − x } + C

Ex.1: Seja f(x) = ln(x), então: ∫ ln(x ) ⋅ dx = { [x ⋅ ln(x )] − x }+ C

Ex.2: Seja f(x) = ln(3.x), então: ∫ ln(3 ⋅ x ) ⋅ dx = { [x ⋅ ln(3 ⋅ x )] − x } + C

3 Propriedades da Integral

1)
∫ [f (x ) ± g(x )]⋅ dx = ∫ f (x ) ⋅ dx ± ∫ g(x ) ⋅ dx
onde f(x) e g(x) são duas funções quaisquer.

2)
∫ k ⋅ f (x ) ⋅ dx = k ⋅ ∫ f (x ) ⋅ dx
onde k é um número real.

3 de 5
4 Integral Definida

A operação descrita a seguir:

∫ F ( x) ⋅ dx = G ( x) + C
é a Integral Indefinida da função F(x), cujo resultado será G(x) + C, tal como foi visto. Chama-se
de Integral Definida de F(x) entre os limites de integração “a” e “b” ao seguinte cálculo:

b
∫a F(x )⋅ dx = G(b) − G (a )
2
Ex.1: Seja f(x) = x , então:

4
2 x3  (4 )3   (2 )3   64  8 
∫ x ⋅ dx = 3
+C=
 3
+ C − 
  3
+ C =  + C −  + C = 18,6666...
 3  3 
2

(2.x)
Ex.2: Seja f(x) = 4 , então:

3
(2 ⋅ x ) ⋅ dx 4
(2 ⋅ x )  (2 ⋅ 3)
4
  (2 ⋅ 1)
4

∫4 = +C =  + C −  + C =
1 2 ⋅ ln(4 )  2 ⋅ ln (4 )   2 ⋅ ln(4 ) 
   

 4096   16 
 2 ⋅ (1,386...) + C −  2 ⋅ (1,386...) + C = 1471,5489...
   

4 de 5
5 Exercícios - Calcule as integrais definidas

5 4
( 3 .x )
1) x
2
2. x d x R.: 40,646 2) 3 . ln( x) 2 dx R.: 1973,548
3 1
3 4
x. x
1 3 1
dx
3) dx R.: 0,932 4) R.: 3,023
3.x
x x x
2

1 2
6 8
1 x
5) dx R.: 0,231 6) 2 ln( x) 3 dx R.: 183,679
3.x
3 7

7 9
5
7) 4d x R.: 24 8) 7 R.: 50,562
x dx
1 6
7 2
( 2 .x )
3 . x ln( x)
2
9) x dx R.: 0 10) 2 4 d x R.: -79,675
7 1
7 2
2. x 5. x ( 2 .x )
4
dx 5
11) R.: 451,882 12) dx R.: 18,640
x
3 10
4 1

7
3 3
2 4 6 2
4 . ln( x)
x
13) dx R.: 7,531 14) 2 dx R.: 9,809
x 2
x x
3 x
1 2
3
5
3
4
x. x . x3
3 4
15) 4 ln( e ) 1 dx R.: 66 16) R.: 28,603
dx
3 2.x
1
7
3.x 4. x
4
5
17) d x R.: 3,185 18) ( 5.x 2 ) d x R.: 16
2
x 4
3

5 de 5

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