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A INFLUÊNCIA AFRICANA NA LÍNGUA PORTUGUESA

Estudos indicam que existem em torno de 3 mil palavras de origem africana presentes no
cotidiano de brasileiros.

Influência africana começou ainda na escravidão

É fundamental ter consciência de que o continente africano como um todo é um dos grandes
responsáveis pela língua portuguesa que temos hoje no Brasil. Essa riqueza, beleza e variedade
linguística está diretamente vinculada ao povo africano.

Para compreender melhor essa influência, é preciso revisitar a história. Durante quatro
séculos, precisamente entre o XVI e o XIX, o Brasil recebeu inúmeros navios para mão-de-obra
escrava africana. Estima-se que tenham desembarcado no país aproximadamente 5 milhões de
pessoas.

E esses homens e mulheres trouxeram junto suas histórias, culturas, religiões, lendas e um
grupo enorme de línguas, cerca de 300, faladas em mais de 20 países, entre eles Camarões,
Guiné Equatorial, Angola, Namíbia, Congo, Uganda, Zâmbia, Moçambique e África do Sul.
Sobre as línguas africanas que foram mais faladas por aqui, vale citar iorubá, quimbundo e
quicongo.

Essa influência africana se materializou em vários setores da língua portuguesa, especialmente


na oralidade, mais do que na escrita.

Hoje, encontramos palavras de origem africana em meio a divindades (Ogum, Iemanjá),


práticas religiosas (Umbanda e Candomblé), comidas (vatapá, acarajé, farofa, quindim, jiló,
quiabo), nomes de lugares (Caxambu, Bangu, Muzambinho), instrumentos musicais (macumba,
berimbau), animais (Camundongo, marimbondo), entre outros.

Exemplos de termos africanos utilizados no Brasil:

Angu – massa feita de farinha de milho ou mandioca

Bengala – bastão pequeno

Cachaça – aguardente

Cachimbo – tubo para fumo

Caçula – o filho mais novo

Empate – igualdade de situação

Moleque – menino

Papagaio – ave trepadora

Quitute – iguaria de apurado sabor

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