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Eduardo Soares - Relatorio-Parcial
Eduardo Soares - Relatorio-Parcial
MODELO PROPEP/UFAL
ESTRUTURA GERAL
MODELO PROPEP/UFAL
2. OBJETIVOS DO PROJETO DE PESQUISA
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
- Analisar a legislação que trata sobre segurança no interior das Universidades Federais,
avaliando os cargos existentes e as possibilidades de intervenção das forças de segurança
pública estaduais;
- Analisar as normas, planos e estratégias de segurança da Universidade Federal de Alagoas,
para os Campi e Unidades Fora de Sede da UFAL, avaliando estruturas e sujeitos envolvidos;
- Compreender como a comunidade acadêmica (estudantes, docentes, técnicos e terceirizados)
percebe a segurança dos Campi e Unidades Fora de Sede da UFAL;
- Compreender como os órgãos de segurança pública de Alagoas avaliam a segurança nos
Campi e Unidades Fora de Sede da UFAL.
- Investigar as normas jurídicas que garantem o direito à segurança nos espaços das
Universidades Federais;
- Estudar as normas, planos e estratégias de segurança da Universidade Federal de Alagoas,
Campi e Unidades Fora de Sede da Universidade Federal de Alagoas, avaliando estruturas e
sujeitos envolvidos e a interlocução com as instituições estatais responsáveis pela manutenção
da segurança pública nas cidades em que estão em que estão localizados (Arapiraca, Penedo,
Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Rio Largo e Viçosa);
- Analisar as práticas institucionais e dinâmicas quanto a segurança na Universidade Federal de
Alagoas - Campi e Unidades Fora de Sede e seu impacto na vida acadêmica do corpo docente da
instituição;
- Coletar e mapear dados quantitativos e qualitativos sobre as violências consumadas ou
tentadas aos docentes da Universidade Federal de Alagoas - Campi e Unidades Fora de Sede;
MODELO PROPEP/UFAL
- Compreender como a insegurança é vivenciada no Campi e Unidades Fora de Sede a partir da
experiência da rotina do corpo docente.
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Universidade, com foco na experiência dos docentes, sendo uma grande dificuldade
encontrar material que aborde o objeto específico desta pesquisa.
Por fim, foram elaborados os roteiros de entrevista semiestruturada, já aprovados
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL, para averiguar algumas questões com
enfoque na perspectiva dos objetos de estudo, tais como: o horário no Campus, o meio
de locomoção, a identidade de gênero, a orientação sexual, sentimento de segurança
dentro do Campus, dentre outras. Estes dados são de relevante impacto para o
desenvolvimento desta pesquisa em sua segunda fase.
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país. Tal problemática é reconhecida pela UFAL, uma vez que a própria instituição de
ensino afirma:4
A presença da UFAL no interior alagoano veio oportunizar à população
interiorana, o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade. Hoje
é possível um estudante pobre, ou mesmo de baixa renda, optar por um
curso, dentre um variado número, e frequentar uma universidade, algo que
antes era quase impossível, devido não ter condições de se deslocar ou
mesmo morar na capital Maceió (Grifo nosso).
4
http://www.ufal.edu.br/sertao/unidades-de-ensino/santana-do-ipanema.Acesso em 20/11/2020. Acessado
às 12:00h.
5
Trecho retirado da introdução do texto projeto de interiorização da Universidade Federal de Alagoas:
Uma expansão necessária - o processo de globalização e as universidades pg. 2. Disponível em:
http://www.copeve.ufal.br/concursos/docente_ufal/projeto_interiorizacao_arapiraca.pdf. Acesso:
25/12/2020 às 15:47.
6
Taxa em educação: 28ª no Estado;
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade: 95%;
Analfabestismo: 17,2% dos jovens e 41% dos idosos não sabem ler nem escrever;
IDEB - Anos finais do ensino fundamental (rede pública): 3,8.(índice de nª médio no país).
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O processo de escolha das regiões para interiorização foi realizado de acordo
com a demanda de alunos matriculados no ensino médio e pelo arranjo produtivo local
(APL) sendo os objetos da análise: a sub-região, os produtos locais e o setor econômico
responsável pelo desenvolvimento da atividade7.
O município de Arapiraca, que apresentava bons índices de infraestrutura
urbana, foi a primeira região a ser contemplada com a expansão da UFAL em outras
regiões de Alagoas além do Campus sede em Maceió/AL.
Arapiraca é considerada um pólo micro-regional que exerce influência para além
de seu espaço territorial. Tornou-se um local estratégico no processo de interiorização
da UFAL e a consequência de sua importância é refletida em seu valor de custeio, com
total de R$ 75.943,43 (Setenta e cinco mil, novecentos e quarenta e três reais e quarenta
e três centavos) é três vezes maior que o valor de custeio do Campus do Sertão,
contendo custos que chegam a R$ 27.501,56 (Vinte e sete mil, quinhentos e um reais e
cinquenta e seis centavos) de acordo com dados divulgados pela própria instituição de
ensino8.
O Pólo Palmeira dos Índios, outro município escolhido no plano de
interiorização, tem sua economia voltada à agricultura e pecuária, localizada
estrategicamente no mapa alagoano, representando a transição entre o Agreste e o
Sertão de Alagoas.
A escolha do Pólo Penedo foi motivada pela sua posição geográfica, distante dos
maiores pólos de Alagoas: Maceió e Arapiraca, além de possuir uma economia baseada
na cana-de-açúcar, pesca e turismo que constituem a sua base econômica durante todo o
ano, foi um município necessário para ampliar a área de cobertura de ensino superior
em Alagoas.
O Pólo Viçosa, por sua vez, tem sua base econômica destacada pela produção de
proteína animal, centrada na pecuária bovina de leite e de corte, na criação de suínos e
aves, e na criação de equinos. Além disso, é uma referência ao folclore alagoano.
7
Informações extraídas do texto: projeto de interiorização da Universidade Federal de Alagoas: Uma
expansão necessária. pgs. 8 a 10. Disponível em:
http://www.copeve.ufal.br/concursos/docente_ufal/projeto_interiorizacao_arapiraca.pdf. Acesso em:
25/12/2020 às 15:45.
8
Plano Anual de Aquisições e Contratações - PAAC 2021 -Quadro 02: Teto para licitações Campi e
Unidades de Ensino (bens de consumo e capital), pg. 8. Disponível em:
file:///C:/Users/PC/Downloads/PAAC_2021.pdf. Acesso em: 09/01/2021 às 06:01.
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Motivado pelo destaque econômico, o Pólo conta com curso de Medicina Veterinária,
possuindo até mesmo pós-graduação stricto sensu na área.
Estes dados reforçam a estratégia para a escolha dos espaços que fizeram parte
do processo de interiorização das Universidades Públicas alagoanas.
Além das demandas do poder executivo, que permitiriam prováveis parcerias
entre as necessidades municipais e federais e o ofertado pelos Campus da UFAL nos
interiores, sem com isso perder sua autonomia enquanto espaço de ensino superior
possuidor de infra-estrutura física dotada de equipamentos altamente modernos, o que
ressignifica a importância da Universidade na sociedade, esta modernização do espaço
universitário tem como consequência a transformação da Universidade em uma
instituição complexa, multi-funcional, com território de configuração própria e
orçamento que, por vezes, chega a ser superior à da cidade onde se localiza (CUNHA,
2005. pg, 33).
A Universidade Federal de Alagoas disponibiliza informações quanto o seu
orçamento9, apesar da suspensão da maioria das atividades presenciais em decorrência
da covid-19 (17/03/2020 - atualmente) houve o investimento em capacitação de
servidores em 2020, no total de R$ 797.563,00 (setecentos e noventa e sete mil,
quinhentos e sessenta e três reais). Em contrapartida, não foi encontrado o quanto a
Universidade investiu em seu setor de segurança.
No plano anual para 202110 as necessidades priorizadas pela Universidade
foram: bens de Consumo (custeio), perfazendo um montante de R$21.348.432,13 e
selecionadas 744 necessidades em bens Móveis (capital/permanentes), no total de
R$11.242.076,98.
Desta forma, o plano anual da respectiva instituição de ensino não apresentou
referência orçamentária a políticas de segurança em seus Campi e Unidades
Educacionais Fora de Sede.
Em se tratando de investimentos em educação, no ano de 2020, apesar da
atipicidade de um ano marcado pelo isolamento social motivado pela covid-19 e a
suspensão de atividades acadêmicas na modalidade presencial. A instituição ainda
investiu R$ 313.704,00 (Trezentos e treze mil, setecentos e quatro reais) em atividades
9
Orçamento UFAL. Disponível em: https://ufal.br/transparencia/relatorios/orcamento. Acesso em:
02/01/2021 às 15:47.
10
Plano anual - Universidade Federal de Alagoas. Disponível em:
https://ufal.br/transparencia/institucional/plano-de-aquisicoes-e-contratacoes/2021/paac_2021.pdf/view.
Acesso em 09/01/2021 às 05:51.
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para o fomento às ações de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão,
reforçando a responsabilidade universitária de ampliar o leque de conhecimento e
alavancar o prestígio social e educacional dos sujeitos que a ela recorrem, sendo a
Universidade produto das cidades, espaço no qual surge um novo personagem social: o
intelectual (CUNHA, 2005, pg.32).
Antes da Universidade ter o seu respeito social, ela foi subordinada durante
muitos séculos por diversas instituições superiores, dentre elas: a igreja, o Estado, os
partidos políticos e o mercado. Atualmente, as despesas universitárias crescem
demasiadamente, em razão da multifuncionalidade desta instituição - como
demonstrado acima - o que a torna dependente do Estado, uma vez que, ao contrário das
instituições privadas, que através da cobrança de mensalidade possuem subsídios para
sustentar seus gastos, a Universidade pública é gratuita e consequentemente não possui
renda para subsistir.
Diante deste quadro de co-dependência econômica, faz-se necessário levantar o
questionamento: há atualmente plena autonomia universitária ?
Independente do questionamento acerca da plena autonomia universitária, é
uniforme o entendimento da comunidade científica de que a Universidade Pública
possui amplitude que vai além da gestão econômica, envolvendo atividades em ensino,
pesquisa e extensão. Toda esta complexidade é refletida pelo índice de pessoas que
circulam os espaços acadêmicos, surgindo uma nova dificuldade a ser resolvida pela
Universidade: a segurança pública.
Ao tratar sobre segurança pública, Ribas (2016, pg. 124) a considera como o
serviço público essencial para uma sociedade organizada e para a própria existência do
Estado. Para o autor, é com a segurança pública que se garante a promoção de direitos,
através de prestações positivas viabilizadas por serviços públicos. Desta forma, a
segurança pública é essencial para a devida harmonia entre os sujeitos que circulam os
espaços sociais. Na visão do autor supracitado, este serviço garante “um ambiente
seguro, organizado, um tecido social ao menos relativamente estabilizado, em que se
encontrem protegidos a vida, a integridade física, o patrimônio e a liberdade dos
indivíduos/cidadãos” (RIBAS, 2016 pg. 125).
A segurança pública é necessária para a existência harmoniosa no Estado. Da
mesma forma, é necessária nos espaços universitários, uma vez que desenvolvem
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atividades de ensino, pesquisa e extensão para toda comunidade local. Deve-se manter a
certeza de uma harmonia pacífica entre o espaço e os sujeitos que a circulam.
Esta harmonia encontra-se constantemente ameaçada, uma vez que, após o
processo de globalização, a sociedade passa diariamente por diversas alterações sociais.
Estão incluídas nesse rol, novas formas de violência, incivilidade e intolerância, o que
para Vasconcelos tais manifestações “são cenas reveladoras de uma crise das
instituições regulatórias que fazem o controle social” (VASCONCELOS, 2017, pg.22).
Os debates sobre formas de amenizar os problemas decorrentes desta crise das
instituições fomentam os debates acadêmicos, uma vez que os sujeitos que circulam
nestes espaços possuem necessidade de respostas para a insegurança no Campus em que
trabalham. Para isto, busca-se a adequação das estruturas regulatórias existentes ou até
mesmo a criação de novas, a fim de garantir sua eficácia perante a população. Neste
sentido de adequação, organizações como “polícia comunitária” ganham força nos
debates acadêmicos quando o assunto é intervenção policial no Campus universitário.
A Coordenadoria Estadual de Polícia Comunitária do Mato Grosso do Sul,
detalha como funciona a organização11:
[...]A polícia comunitária é uma filosofia organizacional assentada na ideia de
uma Polícia prestadora de serviços, agindo para o bem comum para, junto da
comunidade, criarem uma sociedade pacífica e ordeira. Não é um programa e
muito menos Relações Públicas.
11
Conceito de Polícia Comunitária. Disponível em:
https://www.policiacomunitaria.ms.gov.br/conceito/. Acesso em: 09/02/2021 às 06:43.
12
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
[...]
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e realizar a investigação e repressão dos crimes, além do controle da violência
(GASPARETTO,2021).
A problemática que envolve a atuação dos sujeitos que trabalham nos órgãos
policiais está diretamente ligada ao tipo de abordagem realizada, que por vezes excede o
padrão normal de atuação e torna-se uma abordagem agressiva e muitas vezes celetista.
Para Vasconcelos os profissionais que atuam no setor de segurança por diversas vezes;
antecipar-se à criminalidade passa a ser, portanto, o maior desafio para aqueles que
fazem a agência da segurança e que vivem o cotidiano de uma profissão que os coloca
em situações de pressão e riscos permanentes (VASCONCELOS, 2017, pg, 23).
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
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jurídicos inerentes a
segurança nas X X X
universidades públicas
e o seu impacto na
dinâmica cotidiana dos
seus campi.
Leitura de documentos
legislativos e
administrativos que
dispõem sobre as X X
competências
institucionais para
gestão da segurança
nas Universidades
Federais
Leitura de textos sobre
aspectos sociojurídicos
inerentes a segurança X
nas universidades
públicas e o seu
impacto na vida dos
docentes
Elaboração do
formulário de coleta de
dados sobre os planos e
estratégias sobre X
segurança da
Universidade Federal
de Alagoas - Campi e
Unidades Fora de Sede
Aplicação do
formulário e X X
tratamento dos dados
coletados
Elaboração de X X
relatório parcial
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positivo – de extrema relevância – é a elaboração do estudo sobre segurança
universitária, a partir da perspectiva do corpo docente da instituição. Desta forma, a
pesquisa possibilita ir além do levantamento bibliográfico e ter um alcance social mais
significativo.
No que diz respeito às dificuldades, um grande obstáculo para a elaboração da
pesquisa é a falta de disponibilidade de material teórico que possua o recorte segurança
universitária e os docentes, principalmente nas universidades brasileiras, razão pela qual
a pesquisa de campo, a ser realizada na segunda fase da pesquisa irá suprir esta lacuna,
uma vez que a bibliografia geral envolvendo a construção da percepção humana quanto
à segurança irá dialogar com a prática, fruto dos dados quantitativos e qualitativos
coletados com a resposta do corpo docente dos Campi e Unidades Educacionais Fora de
Sede da UFAL.
8. REFERÊNCIAS
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https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/policia-instituicao-se-divide-em-difer
entes-tipos-e-funcoes.htm#:~:text=As%20pol%C3%ADcias%20s%C3%A3o%2C%20n
o%20Brasil,al%C3%A9m%20do%20controle%20da%20viol%C3%AAncia. Acesso:
09/01/2021 às 06:54.
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