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Introdução à Teologia
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
MODULO 2-A
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................
.. 02
Cap. 1 — INTRODUÇÃO À
TEOLOGIA ....................................................... 02
Cap. 2 – TEOLOGIA DA
REVELAÇÃO............................................................11
CONCLUSÃO.............................................................................................
....38
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................
....29
INTRODUÇÃO
Capítulo I
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
I. A Natureza da Teologia
Definição. A palavra ―teologia‖ compõe-se de dois termos
gregos theos, ―Deus‖ e logos, ―estudo‖, ―discurso‖, ―doutrina‖.
Etimologicamente, portanto, teologia significa o estudo racional sobre Deus,
ciência de Deus ou estudo das coisas divinas. Uma definição mais completa,
suficiente para todos os efeitos práticos, seria: Teologia é a ciência que trata do
estudo de Deus e de Suas relações com o homem, o universo e a verdade
religiosa.
Embora não encontrada nas Escrituras, a palavra teologia é bíblica em
seu caráter. Em Rom.3:2 encontramos ta logia tou Theou (os oráculos de
Deus); em 1 Ped. 4:11 encontramos logia Theou (oráculos de Deus), e em Luc.
8:21 temos ton Logon tou Theou (a Palavra de Deus).
Distinções. A teologia distingue-se da ética e da filosofia.
A teologia estuda Deus e Suas relações; aética estuda os juízos de apreciação
referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do
bem e do mal; a filosofia é tentativa de conhecer todas as coisas só pelo uso da
observação e da razão, sem partir de Deus e Sua Palavra,
Teologia e religião também não são a mesma coisa. Enquanto
a teologia é o conhecimento de Deus, areligião é a prática da vontade de Deus.
Ambas as coisas devem coexistir na verdadeira experiência cristã. Em muitos
casos, porém, estão distanciadas, de tal modo que é possível ser teólogo sem
ser religioso, e religioso sem ser teólogo.O ideal é o conhecimento e a prática
juntos. O teólogo deve praticar o que conhece (Tia. 1:25). O religioso deve
conhecer o que pratica (1 Ped. 3:15).
Conceito de Teologia. O conceito de teologia teve origem na tradição
grega, mas ganhou conteúdo e método apenas no interior do cristianismo.
Platão, com quem o conceito emergiu pela primeira vez, associou ao termo
teologia uma intenção polêmica, como fez também seu discípulo Aristóteles.
Para Platão, a teologia descrevia o mítico e podia ter um significado pedagógico
e temporário benéfico ao estado. A identificação entre teologia e mitologia
continuou no pensamento grego posterior. Diferentes dos filósofos, os
"teólogos" confundiam-se com os poetas míticos, como Hesíodo e Homero.
A teologia portanto se tornou significativa como meio de proclamar os
deuses, de professar a fé e de ensinar a doutrina. Nessa prática da "teologia"
pelos gregos está a prefiguração do que mais tarde se tornaria a teologia no
cristianismo. Apesar de todas as contradições que emergiriam na formulação
desse conceito nas várias confissões e escolas cristãs de pensamento, um
critério formal permaneceu constante: teologia é a tentativa, levada à prática
pelos adeptos de uma fé, de representar suas afirmações de crença de modo
consistente, explicando-as a partir de seus fundamentos e relacionando a
religião às demais referências humanas, como a natureza e a história, e aos
processos cognitivos, como a razão e a lógica.
Existem, pelo mentos, três acepções básicas para o termo teologia cristã.
A mais ampla é utilizada para nomear todo o conjunto de conhecimentos
teológicos ministrados em cursos ou nas respectivas faculdades e seminários.
A acepção intermediária define teologia com o campo circunscrito, dentro
da teologia, concernente a determinada área ou campos teológicos, como, por
exemplo, Teologia Sistemática, Teologia Moral, Teologia Bíblica etc.
A acepção mais restrita, também chamada Teologia Propriamente Dita,
emprega a palavra em escritos dogmáticos para designar a doutrina de Deus,
subdivisão da área de teologia sistemática que trata da natureza divina e de
Seus atributos. Estudaremos nesta obra a Teologia Sistemática.
TEOLOGIA DA REVELAÇÃO
Amim Rodor
IV - REVELAR
A) Definido pelo dicionário - expor, abrir, manifestar, descobrir...
B) Etimologicamente - deriva do verbo latino ―VELO‖ - cobrir, pôr um
véu.
Então revelar significa descobrir, ―remover o véu‖.
NOVA ORTODOXIA
Profeta - Gr. PRO + FEMI = falar por, em lugar de. Hebr. - RO’EH;
HOZEH - formas participiais do verbo VER - VIDENTE. Hebr. - NABHI - segundo
W.F. ALBRIGHT, esta palavra se relaciona com o verbo acadiano NABU
(CHAMAR), portanto o profeta era chamado, não podia se apropriar do título
por designação política ou por hereditariedade. Amós não era profeta nem filho
de profeta.
A revelação de DEUS ao profeta não era um fim em si mesma. O profeta
bíblico é aquele que comunicava o que recebia de DEUS.
CAPÍTULO III
4-DEÍSMO/ILUMINISMO/KANT
A. No final do séc. 17 e durante o séc. 18, emergiu uma ruptura de
maior magnitude na posição tradicional mantida sobre a doutrina da Revelação.
Esta foi a era da RAZÃO. Os racionalistas criam na razão com profunda fé.
K. BARTH - m. 1968
E. BRUNNER - m. 1966
R. BULTMANN - m. 1976
P. TILLICH - m.
I - IT - EU - COISA
I - THOU - EU - TU
O homem não vive em isolamento, mas em relações. O homem ocidental
envolveu-se com o método científico e empírico, olhando o mundo como uma
coleção de coisas (IT). Nós abstraímos, medimos, identificamos,
caracterizamos, tudo ao nível do cérebro.
Temos a tendência de fazer a mesma coisa com as pessoas - coisificar
as pessoas.
I - IT e I - THOU é a dicotomia básica do mundo ocidental.
Neste processo, o EU permanece como um observador distante, um
expectador não envolvido, tudo pode ser analisado a nível de uma atividade
cerebral.
A atitude I - THOU encontra sua mais alta intensidade no
relacionamento com DEUS - DEUS é o eterno THOU, o outro, e este
relacionamento não deve ser a nível de coisa. DEUS nos convida a um
relacionamento em termos de OUTRO, sem o elemento coisa. Neste caso, o
OUTRO nos convida a um relacionamento profundo. Neste encontro com DEUS,
o elemento IT não pode existir, segundo BUBER, está completamente ausente.
Ele dizia que frequentemente o homem tem coisificado a DEUS,
procurando igualar a DEUS a nível de assentimento intelectual, a um certo
número de doutrinas concernentes a DEUS. Com isto o homem tem tentado
manipular a DEUS, tornando DEUS como ele próprio homem, moldá-Lo a sua
imagem. Em outras palavras, este DEUS é uma projeção do próprio homem e,
por isto mesmo, um DEUS muito pequeno.
Fraquezas do Livro:
a) Não deixa claro a que tipos de atos está se referindo;
b) Não deixa claro por qual processo os autores bíblicos movem-se do
ato para a interpretação do evento. Ele diz que o evento precisa de
interpretação para ser entendido. Diz ainda que esta interpretação são
inferências derivadas dos atos; que os hebreus não poderiam concluir outra
coisa dos atos, a não ser aquilo que encontramos nas Escrituras.
OSCAR CULLMANN - Revelação como a História da Salvação. Para ele,
existem duas histórias, uma história dentro da história: a intervenção divina na
história de Israel é a História da Salva- ção. A Bíblia não é uma mera história; a
Bíblia é a revelação não porque ela seja a exata descrição da história, mas
porque ela interpreta a ação de DEUS na História, e esta interpretação só é
possível ao historiados mediante os olhos da fé.
―Esta revelação divina está aberta para qualquer um que tenha olhos
para ver. Neste caso, as palavras das Escrituras não acrescentam nada à
inerente inteligibilidade dos eventos; eles são auto-interpretativos, e não
necessitam de elucidação profética.‖
A revelação só ocorre indiretamente através de eventos, assim negando
que DEUS Se manifeste diretamente, quer por teofanias, quer por palavras.
4- REVELAÇÃO COMO EXPERIÊNCIA INTERIOR:
Aqui remos um considerável número de teólogos do século XX, que se
voltam para a experiência interior do crente, como ponto em que a atividade
reveladora de DEUS se manifesta. A revelação consiste da experiência imediata
de DEUS, a qual internamente se comunica a cada crente. DEUS é considerado
como fazendo-Se presente na consciência do indivíduo. Esta noção leva a uma
minimização da necessidade de mediação por qualquer outro meio - Bíblia.
Dentro deste grupo, aparece o teólogo católico que melhor elaborou esta
doutrina: KARL RAHNER - Teologia Transcendente. Esta é uma Teologia
personalística e antropocêntrica. Esta Teologia se enraiza numa visão do
homem como sujeito, não como objeto, como sujeito que constantemente se
projeta em direção ao infinito e que evade aos seus próprios limites. DEUS tem
criado o homem com um desejo de comunhão com Ele. Esta busca de DEUS,
combinada com sua incapacidade de encontrá-Lo, abre uma porta para o
fenômeno da Revelação.
CAPÍTULO V
V - REVELAÇÃO GERAL E ESPECIAL
1- Duas revelações: a Teologia tradicionalmente tem feito
referência a duas formas de Revelação, ou revelação que encontra duas formas
de expressão:
A- GERAL 1. Natureza ; 2. Consciência Humana
Então, chegamos a que tipo de Deus é este com que temos que tratar?
Como Ele é conhecido? Embora a revelação geral possa dar alguma informação
sobre Deus, o universo não pode ser mais preciso em suas informações do que
um objeto criado informar algo sobre seu fabricante (mesa falar do carpinteiro).
1. QUANDO? No princípio
2. COMO? Criação
3. QUEM? Deus
4. QUEM? Céus e terra
As questões finais da vida podem ser respondidas apenas pelo Autor da
vida. Apenas a revelação especial provê uma chave adequada para interpretar
os propósitos e destino do homem (PROTOLOGIA).
As descobertas científicas, conquanto importantes, não nos
podem dar certeza quanto ao propósito da vida, nem razão pela qual a vida
deva ser vivida.
É apenas conhecendo a DEUS na Sua revelação que podemos ter
a resposta.
Este conhecimento, adaptado aos dilemas da existência humana,
pode ser encontrado na Bíblia. A Bíblia é o meio ou conduto da Revelação
Divina: ―Veio a mim a Palavra do SENHOR...‖ 130 X; ―Assim diz o SENHOR...‖
359 X.
A Bíblia reclama para si este Status.
Heb.1:1 - DEUS falou de muitas formas, estágios de comunicação.
Sobre estas agências se baseia a autoridade e conteúdo da Teologia.
1. A Glória da Bíblia é que ela apresenta um DEUS pessoal, que
torna-Se a Si mesmo conhecido, um DEUS que entra em concerto (BERIT),
comunga conosco, parte o pão convida os pecadores para a paz.
Ao contrário dos deuses gregos e pagãos, que não falavam, não
se revelavam, DEUS quebra o silêncio mortal que nos envolve, invade a história
e estabelece o diálogo conosco.
Interessa-nos estudar Revelação como manifestação da graça e
misericórdia de DEUS, revelação que oferece base para a fé.
As credenciais da revelação cristã, não são o apelo de uma
remota e austera autoridade de um DEUS distante e afastado.
A diferença básica entre a Bíblia e os outros livros é que eles não
falam de boas novas. O que torna diferente a revelação cristã e a Bíblia é sua
mensagem de graça e perdão, que irresistivelmente atrai os pecadores.
DEUS não Se conserva distante, Ele cruza o espaço e Se revela.
2. Caráter Dinâmico da Palavra:
A- Quando o escritores do V.T. falam da Revelação de DEUS, revelação
de DEUS ao Seu povo, frequentemente falam da Palavra de DEUS - DABAR
YAHWEH (Mínimo 200 X).
Ex. DEUS escolheu uma família, uma pessoa (Abraão, Jacó), uma tribo,...
3.1.4. DEUS escolhe pessoas em SITUAÇÕES CONCRETAS: toda situação
histórica do profeta tem um impacto sobre o fenômeno da revelação, por isto
se encontra esta diversidade dentro da Bíblia. Quando DEUS alcança este
indivíduo, Ele não muda estes elementos concretos que fazem parte da
experiência humana.
3.1.5. PESSOAL:
a) Os filósofos em geral não estão muito dispostos a atribuir
personalidade a DEUS. Do ponto de vista da revelação bíblica, é impossível
conceber comunhão com um DEUS impessoal, portanto, esta revelação é feita a
partir de um DEUS pessoal.
b) O documento básico da revelação especial (Bíblia) nos apresenta a
DEUS conversando com os homens assim como os homens conversam entre si.
c) Além disso, a realidade da revelação especial atribui a DEUS atos
pessoais.
d) Os antropomorfismos da Escritura são testemunhos indiretos da
personalidade de DEUS.
3.1.6. A revelação especial é REMEDIADORA, CURATIVA - é o meio pelo
qual DEUS alcança o pecador.
[2]
OBS: Conhecimento, no pensamento hebraico, não apresenta dicotomia
entre teoria e prática. Esta separação é produto do pensamento grego. Da
perspectiva bíblica, o conhecimento conduz à prática.
O verbo lembrar no hebraico, não é um simples exercício da memória; não é
abstrato. mas concreto. Quando DEUS lembra, algo acontece (I João 5:20).