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ÍNDICE GERAL
A ÍNDICE REMISSIVO
Impressão:
AGIR
Rua Particular, Edifício Agir
Quinta de Santa Rosa
2680-458 CAMARATE
deco.proteste.pt/guiaspraticos
Hipertensão
guia para uma vida
mais saudável
PREFÁCIO
Quando foi a última vez que mediu a sua tensão arterial? Se já
não se lembra ou sabe que já foi há muitos meses, ou mesmo
anos, talvez esteja na altura de ler este livro. Manter um estilo de
vida saudável e fazer medições regulares da tensão arterial são a
melhor forma de reduzir o risco de hipertensão, um mal cada vez
mais comum e que está na origem de doenças cardiovasculares
que podem ser graves e incapacitantes ou fatais.
ÍNDICE
Capítulo 1
Tensão, hipertensão e hipotensão
O que é a tensão arterial? 14
Hipertensão… 17
… e hipotensão 18
Medir a tensão arterial 19
Capítulo 2
As causas
Herança genética e outros fatores
não modificáveis 26
Fatores de risco modificáveis 27
Quando a origem é outra doença 32
Quando a culpa é da medicação 34
Capítulo 3
Fazer o diagnóstico
Medir a tensão em contínuo 38
Exames ao coração 39
Avaliar a função renal 43
Examinar as artérias 44
Capítulo 4
As complicações
Enfarte do miocárdio 50
Angina de peito 51
A
Capítulo 5
Medicamentos para a hipertensão
Medicamentos ajudam a controlar,
mas não curam 58
Identificar o(s) medicamento(s)
mais adequado(s) 59
Associação de medicamentos 62
Não falte às consultas de vigilância! 62
Capítulo 6
Os grupos especiais
As grávidas 66
As crianças e os jovens 69
Os idosos 72
Os doentes crónicos 73
Capítulo 7
Uma alimentação equilibrada
As regras de ouro 78
Plano alimentar contra a hipertensão 80
Menos sal 80
Ervas aromáticas dão cor e sabor aos seus pratos 85
Mais potássio 89
A
Capítulo 8
Exercício físico e hipertensão
Qual a modalidade mais adequada para si? 119
Devagar se vai ao longe 124
Capítulo 9
Lidar com o stresse
Reações do corpo ao stresse 128
Identificar o excesso de stresse 129
A ajuda psicológica 130
Medicação em fases agudas 132
Como enfrentar o stresse? 133
Relaxar e melhorar as defesas mentais 135
Capítulo 10
Deixar de fumar
Sucesso em 8 etapas 143
Complementos à motivação 148
CAPÍTULO 1
Tensão, hipertensão
e hipotensão
A
A
Hipertensão
14
A
Tensão, hipertensão e hipotensão
15
A
Hipertensão
Pressão Pressão
sistólica diastólica
(máxima) (mínima)
Norma da Direção-Geral da Saúde, válida para adultos a partir dos 18 anos que
(1)
16
A
Tensão, hipertensão e hipotensão
Hipertensão…
Hipertensão é o termo médico que designa a tensão arterial elevada.
Embora não exista um limite bem definido entre uma tensão nor-
mal e uma manifestamente alta, considera-se que há hipertensão
quando os valores da pressão arterial ultrapassam os 140/90 mmHg,
de forma crónica e em situações de repouso. Uma só medição
isolada com valores elevados não significa, necessariamente, que
se sofre de hipertensão. Poderá tratar-se de uma situação pontual.
No entanto, existe uma faixa de valores aos quais convém estar
atento, que requer uma vigilância regular e a adoção de algumas
medidas de prevenção. São necessárias, pelo menos, três medições
elevadas em alturas diferentes para se considerar que existe um
problema. O diagnóstico requer também alguns exames médicos,
que aprofundaremos no terceiro capítulo deste livro.
17
A
Hipertensão
… e hipotensão
A hipotensão, ou tensão baixa, ocorre quando a pressão arterial é
inferior a 100/80 mmHg. Se não causar sintomas, não há motivo
para se preocupar. Contudo, se causar tonturas, sensação de
desequilíbrio, visão turva, palpitações, confusão mental, fadiga,
dificuldade de concentração, pele fria e pálida, náuseas ou mesmo
desmaio, é importante consultar um médico para excluir uma
eventual causa subjacente.
18
A
Tensão, hipertensão e hipotensão
19
A
Hipertensão
20
A
Tensão, hipertensão e hipotensão
Aparelhos automáticos
Funcionam com pilhas, são muito compactos e fáceis de transpor-
tar. Além disso, ganham pontos na facilidade de utilização e a leitura
dos valores faz-se automaticamente num ecrã digital. Os modelos
semi-automáticos trazem uma pera para insuflar a braçadeira, mas
os que insuflam e desinsuflam de forma automática são mais prá-
ticos. Verifique que o modelo dispõe de braçadeira adaptada ao seu
braço. Os modelos mais sofisticados permitem gravar em memória
ou, mesmo, imprimir os valores das medições.
Como utilizar?
1. Coloque a braçadeira. Ligue o aparelho e pressione o botão
“start”.
21
A
Hipertensão
Como medir
O princípio geral consiste em colocar uma bra-
çadeira insuflável à volta do braço, um pouco
acima do cotovelo, e enchê-la de ar até que
crie uma pressão que interrompa completa-
mente o fluxo sanguíneo. Depois, esvazia-se
suavemente a braçadeira, até restabelecer a
circulação. O momento preciso em que o sangue
recomeça a circular é captado, por meio de um
estetoscópio colocado sob a braçadeira ou de
um mecanismo eletrónico. O valor indicado pelo Uma tensão arterial
até 120/80 mmHg é o
manómetro, nesse preciso instante, corresponde à tensão máxima. objetivo a atingir.
Depois, continua-se a aliviar a pressão exercida pela braçadeira,
até ao total desaparecimento do ruído (toc-toc-toc) na artéria, ou
seja, até que não haja qualquer obstáculo à circulação: o segundo
valor então indicado no manómetro corresponde à tensão mínima.
Cuidados a ter
Uma vez escolhido o aparelho, é importante seguir algumas regras
básicas, para não alterar os resultados.
22
A
Tensão, hipertensão e hipotensão
23
A
CAPÍTULO 2
As causas
A
A
Hipertensão
Hereditariedade
Uma história familiar de hipertensão aumenta a probabilidade
de desenvolver esta doença. Parece que isso está ligado a “defi-
ciências” genéticas nas células contráteis da parede das artérias
e, também, nas células dos rins. Os mecanismos através dos quais
essas deficiências genéticas conduzem à hipertensão são complexos
e ainda mal esclarecidos. Este risco é ainda maior, quando, além
de um fundo genético favorável, são partilhados estilos de vida A hipertensão
é comum nas
pouco saudáveis. Não é possível controlar a hereditariedade, mas pessoas com mais
podem ser adotadas medidas para diminuir o risco de hipertensão. de 65 anos (mas
não só).
Abordamos estas medidas a partir do capítulo 7.
Idade
A pressão arterial tende a aumentar com a idade. Para
tal contribui a perda de elasticidade dos vasos san-
guíneos ao longo dos anos, o que afeta, sobretudo, a
pressão sistólica. Estima-se que cerca de dois terços das
pessoas com idade superior a 65 anos são hipertensas,
sendo este o grupo etário em que a hipertensão sistólica
26
A
As causas
Raça
Qualquer pessoa pode vir a sofrer de hipertensão. Contudo, é mais
comum e tendencialmente mais precoce e grave em indivíduos
de raça negra do que nos caucasianos. Isso deve-se, sobretudo,
à herança genética.
Sexo
Antes dos 45 anos, a hipertensão parece ser mais frequente entre
os homens. No entanto, a partir dos 65 anos, após o início da
menopausa, são as mulheres que estão em maior risco, devido
às alterações hormonais que ocorrem nesta fase.
Obesidade
É um fator de risco inquestionável para as doenças cardiovascula-
res. As pessoas com obesidade, além de apresentarem um maior
risco de desenvolver hipertensão, têm tendencialmente níveis
mais elevados de colesterol e triglicerídeos e maior probabilidade
de vir a ter diabetes e problemas cardíacos. A obesidade define-
-se com um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30. Para
determinar o seu IMC basta dividir o seu peso (em quilogramas)
pela altura (em metros) ao quadrado. Para prevenir a hipertensão,
o IMC deve ser inferior a 25 (veja a tabela da página seguinte).
27
A
Hipertensão
1,76 14 15 15 16 17 18 19 20 21 22 23
1,78 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
1,80 13 14 15 16 17 18 19 19 20 21 22
1,82 13 14 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1,84 12 13 14 15 16 17 18 19 19 20 21
1,86 12 13 14 15 16 16 17 18 19 20 21
1,88 12 13 14 14 15 16 17 18 19 20 20
1,90 12 12 13 14 15 16 17 17 18 19 20
1,92 11 12 13 14 15 15 16 17 18 19 20
1,94 11 12 13 14 14 15 16 17 18 18 19
1,96 11 12 12 13 14 15 16 16 17 18 19
1,98 11 11 12 13 14 15 15 16 17 18 18
2,00 11 11 12 13 14 14 15 16 17 17 18
28
A
As causas
1,76 25 26 27 28 29 30 31 32 32 34 35 36
1,78 25 26 27 27 28 29 30 31 32 33 34 35
1,80 24 25 26 27 28 29 30 31 31 32 33 34
1,82 24 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
1,84 23 24 25 26 27 27 28 29 29 31 32 33
1,86 23 23 24 25 26 27 28 29 29 30 31 32
1,88 22 23 24 25 25 26 27 28 28 30 31 31
1,90 22 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31
1,92 21 22 23 24 24 25 26 27 27 28 29 30
1,94 21 22 22 23 24 25 26 26 27 28 29 29
1,96 20 21 22 23 23 24 25 26 26 27 28 29
1,98 20 21 21 22 23 24 24 25 26 27 28 28
2,00 20 20 21 22 23 23 24 25 25 26 27 28
29
A
Hipertensão
Outra referência importante é a medida da cin-
tura, desejavelmente inferior a 94 centímetros,
no homem, e a 80 centímetros, na mulher.
Álcool
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas
pode aumentar significativamente a pressão
arterial. Sabe-se que o álcool constitui a terceira
causa de doença e morte prematura a nível
mundial, sendo um fator de risco importante
para doenças cardíacas e hepáticas, depressão e
suicídio. Assim, se tem por hábito ingerir bebi-
das alcoólicas, modere o consumo. O homem
deve limitar o consumo a duas bebidas por
dia (por exemplo 3,3 decilitros de vinho) e a
mulher a uma bebida por dia (por exemplo,
1,65 decilitros de vinho).
30
A
As causas
Sedentarismo
Está intimamente relacionado com um maior risco de obesidade,
hipertensão e doenças cardíacas. Assim, é importante que man-
tenha uma vida ativa, praticando regularmente exercício físico
(veja o capítulo 8).
Stresse
Elevados níveis de stresse podem aumentar temporariamente a
pressão arterial, mas não está provada a relação entre o stresse e
31
A
Hipertensão
A hipertensão renovascular
É a causa mais frequente de hipertensão secundária. Habitualmente
surge nos indivíduos jovens e nos idosos. Embora tenham causas
diferentes (no jovem, deve-se a displasia da artéria renal, no idoso,
Ressonar pode ser
a aterosclerose), ambas as situações levam a um estreitamento um sinal de apneia do
das artérias e, consequentemente, à subida da pressão arterial. sono.
Na displasia o estreitamento é localizado, pelo
que pode ser tratado com dilatação da artéria
envolvida ou com cirurgia.
32
A
As causas
A síndroma de Cushing
É uma doença rara, provocada pelo aparecimento de tumores
que produzem cortisol. Esta hormona é naturalmente produzida
pelo nosso organismo e, entre outras funções, aumenta a energia
muscular, o açúcar no sangue, a pressão arterial e a frequência
cardíaca, em situações de stresse. Quando produzida em excesso,
gera sintomas muito específicos, entre os quais a hipertensão.
O tratamento é cirúrgico, com a remoção do tumor.
O feocromocitoma
É um tumor das glândulas suprarrenais que produz uma elevada
quantidade de catecolaminas, as quais provocam episódios súbitos
de suores, cefaleias, ansiedade e palpitações. Estas hormonas,
naturalmente produzidas pelas glândulas suprarrenais em situações
de stresse, têm como função preparar o organismo para reagir
rapidamente a situações de luta ou fuga. Em excesso, provocam
hipertensão. O tratamento é cirúrgico, com remoção do tumor.
A coartação da aorta
Doença rara congénita (a pessoa nasce com a doença) que leva a
um aperto da artéria aorta. Habitualmente, é diagnosticada nos
primeiros meses de vida ou na infância, sendo o problema corrigido
33
A
Hipertensão
Doenças da tiroide
Podem dever-se a um excesso de produção da hormona tiroideia
(hipertiroidismo) ou, pelo contrário, a uma diminuição da sua pro-
dução (hipotiroidismo). Embora por mecanismos diferentes, ambas
as situações podem fazer subir a pressão arterial. Geralmente,
o tratamento para restabelecer o equilíbrio da hormona tiroideia
normaliza os valores de pressão arterial. Nervosismo excessivo
e permanente, intolerância ao calor e frequência cardíaca ele-
vada podem ser sintomas de hipertiroidismo. Já o hipotiroidismo
caracteriza-se por letargia, pele seca e muito fria e diminuição da
frequência cardíaca.
O hiperaldosteronismo primário
Resulta da produção excessiva de uma hormona, a aldosterona,
pelas glândulas suprarrenais. O excesso pode dever-se à formação
de um tumor nestas glândulas ou, simplesmente, a uma produ-
ção anormalmente elevada (hiperplasia). Num caso como noutro,
os valores da pressão arterial sobem, podendo ocorrer episódios
de fraqueza muscular e tetania, uma síndrome caracterizada por
contracturas musculares localizadas.
Tratando-se de um tumor, será necessário removê-lo cirurgica-
mente. Nos restantes casos, o tratamento é efetuado com recurso a
medicação (antagonistas da aldosterona, como a espironolactona),
como se de uma hipertensão essencial se tratasse.
34
A
As causas
Pílula e hipertensão
O uso de contracetivos orais não causa, dire-
tamente, hipertensão, mas pode acelerar o
seu aparecimento. É importante vigiar regu-
larmente a tensão quando se toma a pílula.
As pílulas normalmente prescritas pelos
médicos possuem uma quantidade de
estrogénios muito reduzida, pelo que o
risco de problemas cardiovasculares não é
significativo. Contudo, a associação pílula-
-tabaco foi identificada, por diversas vezes,
como estando na origem de alguns aciden-
tes cardiovasculares, especialmente nos
provocados, por exemplo, por tromboses
venosas profundas nas pernas. Ou seja, uma
mulher que tome a pílula e fume dez ou mais
cigarros por dia corre mais riscos de sofrer
um acidente cardiovascular – sobretudo a
partir dos 40 anos.
Por isso, se toma a pílula, não fume! A pílula
contracetiva também não é aconselhável a
mulheres hipertensas e/ou com diabetes ou
com varizes.
35
A
CAPÍTULO 3
Fazer o diagnóstico
A
A
Hipertensão
38
A
Fazer o diagnóstico
Exames ao coração
O paciente é submetido a um exame geral no consultório, que
inclui a auscultação cardíaca e de sopros abdominais, a medição
da pressão arterial nos dois braços (basta fazê-lo uma vez, depois
Hipertensão e coração
A hipertensão arterial exige maior esforço ao coração. De facto, quando sai
do coração em direção aos grandes vasos, o fluxo sanguíneo encontra maior
resistência à sua passagem e cabe ao coração exercer mais força para a
vencer.
Este esforço adicional exige uma adaptação do músculo cardíaco, que vai
evoluindo com a doença. Primeiro manifestam-se as alterações estruturais,
nomeadamente a dilatação da aurícula e do ventrículo esquerdos e o espes-
samento das paredes cardíacas. Quando o coração perde a capacidade de
se adaptar aparecem as alterações funcionais, ou seja, menor contração do
músculo que leva à insuficiência cardíaca.
39
A
Hipertensão
Ecocardiograma
O ecocardiograma não é mais do que uma ecografia ao coração.
Permite obter uma imagem dinâmica, ou seja, em movimento,
da atividade cardíaca. Este exame é utilizado para avaliar a espes-
sura das paredes do coração e o seu movimento, bem como a
estrutura e o funcionamento das válvulas cardíacas. Existem dife-
rentes tipos de ecocardiogramas. O transtorácico é o mais usado,
embora, por vezes, seja solicitado o transesofágico. No primeiro
caso, o coração é visualizado mediante a deslocação de um sonda
sobre o tórax ou a parede abdominal; no segundo, a sonda é inse-
rida no esófago, através de um endoscópio, o que permite obter
imagens de melhor qualidade devido à proximidade do coração.
O ecocardiograma transesofágico é especialmente útil nas pes-
soas mais obesas, em que o transtorácico pode não permitir uma O ecocardiograma
visualização adequada do coração. transtorácico é o mais
utilizado.
40
A
Fazer o diagnóstico
Eletrocardiograma
(ECG)
O eletrocardiograma permite
registar a atividade elétrica do
coração, provocada pelo fluxo
constante de substâncias químicas
(sódio, potássio, cloro e cálcio,
entre outros). O exame traduz-se
numa representação gráfica dos
movimentos de contração e de
relaxamento do coração, ou seja, No eletrocardiograma são colocados, ao todo, dez elétrodos.
Estes permitem efetuar a leitura da atividade elétrica do coração.
do ciclo cardíaco. Demora cerca
de cinco minutos, não requer
qualquer tipo de preparação,
é indolor e fácil de executar. Onda
R
Ao paciente basta ficar deitado
enquanto os elétrodos lhe são
colocados, sobre a pele, na parte
esquerda do tórax, nos tornozelos
e nos pulsos, relaxar e permane-
cer silencioso e imóvel durante
Onda T
o exame.
Onda P
41
A
Hipertensão
42
A
Fazer o diagnóstico
Radiografia do tórax
No âmbito da hipertensão, a radiografia simples
do tórax é útil para investigar anomalias na forma
do coração e da aorta. Os raios X produzidos no
aparelho atravessam o corpo na zona exposta e
são recebidos numa película ou ecrã situados no
lado oposto. Isto permite observar a estrutura
interna do organismo sem que seja necessária
uma intervenção cirúrgica.
43
A
Hipertensão
Examinar as artérias
Para avaliar a repercussão da hipertensão nas artérias existem
dois métodos principais, a observação dos vasos da retina e a
velocidade de onda de pulso. A primeira é feita através de um
simples exame oftalmológico, e a segunda, reservada a doentes
de alto risco cardiovascular, é medida apenas em meio hospitalar.
Exame oftalmológico
O exame oftalmológico consiste em visualizar o fundo do olho
(fundoscopia). Pode ser feito por qualquer médico, mas, para
melhor visualização, exige normalmente a dilatação da pupila
através da aplicação de gotas e, por norma, é efetuado por um
oftalmologista.
44
A
Fazer o diagnóstico
O estado das arteríolas da retina pode ser um indicador bastante fiel do estado das
artérias periféricas de todo o organismo. À esquerda um olho saudável, à direita o
líquido libertado pelos vasos impede uma visualização clara (hipertensão grave).
45
A
Hipertensão
Ecodoppler carotídeo
Não é um exame de rotina na avaliação e diagnóstico da hipertensão,
mas é efetuado em alguns doentes para confirmar a existência de
anomalia vascular e, em caso afirmativo, saber se é útil e necessário
efetuar algum tratamento.
46
A
Fazer o diagnóstico
47
A
CAPÍTULO 4
As complicações
A
A
Hipertensão
Enfarte do miocárdio
... problemas
de equilíbrio ou
desmaios;
... dificuldade de
O enfarte do miocárdio surge de forma súbita, quando há uma expressão ou
interrupção total e persistente da circulação numa determinada confusão mental;
... desvio da boca
zona da artéria coronária que irriga o músculo cardíaco. Se a área
ou encerramento
atingida for pequena e não incluir pontos cruciais do músculo de uma pálpebra;
cardíaco, os sintomas serão discretos e o enfarte poderá até pas- ... dificuldade
sar despercebido. Caso contrário, as perturbações serão graves, motora, sobretudo
se for apenas de
originando arritmias e falência cardíaca. É uma das principais
um lado.
causas de morte em Portugal.
50
A
As complicações
Angina de peito
O principal sintoma da angina de peito é uma sensação de aperto
no peito, atrás do esterno. Frequentemente, essa sensação dolorosa
estende-se, por irradiação, aos membros superiores (essencial-
mente ao braço esquerdo) ou ao pescoço e aos maxilares. A crise
de angina de peito surge quando o músculo cardíaco não recebe o
oxigénio suficiente. Normalmente, isso acontece na sequência de
um esforço físico intenso e pouco habitual ou após uma exposição
prolongada ao frio. A sensação é de tal forma intensa que impõe
uma paragem imediata do esforço: o repouso faz desaparecer os
sintomas em poucos minutos.
51
A
Hipertensão
161 149 21 16
Alteração do ritmo Insuficiência cardíaca Obesidade Tabagismo
cardíaco
52
A
As complicações
Insuficiência renal
Na maioria dos casos, tal como na hipertensão, a doença renal
desenvolve-se silenciosamente ao longo de anos, com sintomas
pouco específicos. Os mais frequentes são mal-estar, cansaço
extremo, enjoos, falta de apetite e um hálito metálico. Também
podem surgir problemas de pele (comichão e pele seca), falta de
desejo sexual, problemas de concentração, irritabilidade e insó-
nias. A dificuldade dos rins em produzir hormonas pode levar a
anemia (falta de glóbulos vermelhos) e a um enfraquecimento dos
ossos (osteoporose).
Problemas visuais
A hipertensão pode lesionar as artérias da retina, provocando
retinopatia hipertensiva, que leva a perda de acuidade visual. Estas
lesões são visíveis no exame oftalmológico.
53
A
Hipertensão
OS PERIGOS DA HIPERTENSÃO
Se não for controlada, a hipertensão vai danificando vários órgãos ao longo do tempo
e pode ocasionar diversos problemas de saúde:
Artérias: espessamento e
formação de placas de ateroma,
o que reduz a circulação Coração: hipertrofia
sanguínea para os órgãos vitais, muscular; dilatação das
com risco de doença vascular cavidades cardíacas;
periférica (nos membros). oxigenação insuficiente do
músculo cardíaco e risco
aumentado de angina de
peito ou de enfarte do
miocárdio.
Rins: deterioração da
função renal, havendo
Aorta: enfraquecimento
risco de insuficiência
da parede da artéria, que
renal.
pode romper e provocar
hemorragia (aneurisma
da aorta).
Disfunção eréctil:
incapacidade de alcançar
ou manter uma ereção,
devido a lesão dos vasos
sanguíneos no pénis.
Esta situação afeta cerca
de 60% dos hipertensos.
54
A
As complicações
55
A
CAPÍTULO 5
Medicamentos
para a hipertensão
A
A
Hipertensão
Medicamentos ajudam
a controlar, mas não curam
Os medicamentos para a hipertensão não curam a doença, já que
não suprimem as causas. Como vimos no capítulo 2, 90% dos
casos de hipertensão arterial não têm sequer uma causa identi-
ficável. No entanto, se a mudança de hábitos de vida não tiver o
efeito desejado, o risco cardiovascular for elevado e não existirem
contraindicações de monta, deve ser tomada medicação, a qual,
em princípio, é para a vida. O objetivo é controlar os valores,
para evitar danos cardiovasculares. O tratamento não deve ser
abandonado ou alterado por iniciativa própria, já que existe um
grande risco de produzir um “efeito de ricochete” nos valores da
tensão arterial, podendo o doente ficar pior do que antes de iniciar
o tratamento. No entanto, ao longo do tratamento, poderá ser
necessário o médico ajustar a medicação, subindo ou reduzindo
as doses, ou até mesmo substituir algum medicamento.
58
A
Medicamentos para a hipertensão
As 5 classes de anti-hipertensores
Classe
de medicamento Modo de ação Contraindicações Efeitos adversos
(substâncias ativas)
Inibidores da enzima Bloqueiam a formação de Estreitamento Tosse, taquicardia, inchaços,
de conversão da uma substância chamada da artéria renal e alterações do paladar,
angiotensina (IECA) angiotensina, que contribui gravidez acumulação de potássio e,
(captopril, enalapril, para a contração dos vasos. eventualmente, prurido
lisinopril, perindopril, Assim, as artérias dilatam,
ramipril) reduzindo a pressão arterial
Antagonistas Não impedem a formação de Estreitamento da Inchaço, dores de cabeça,
dos recetores de angiotensina, mas inibem a artéria renal, gravidez, tonturas, fadiga e dores
angiotensina sua ação, pelo que o efeito é estreitamento das musculares
(losartan, valsartan) o mesmo. Dilatam as artérias, artérias do coração
o que diminui a pressão
do sangue contra as suas
paredes e baixa a pressão
arterial
Antagonistas dos Relaxam os músculos dos Estreitamento da Rubor, dores de cabeça,
canais de cálcio vasos sanguíneos, reduzindo aorta (a artéria do inchaço das pernas,
(verapamilo, amlopidina, a pressão do sangue contra coração), enfarte do prisão de ventre
nitrendipina, felopidina, as paredes e a pressão miocárdio (no caso do verapamilo) e,
israpidina, diltiazem) arterial eventualmente, hipotensão
e alterações da função renal
Diuréticos Eliminam sais minerais e Doenças do fígado Impotência, vontade
(hidroclorotiazida, água pela urina e reduzem (hepáticas), gota, frequente de urinar, fadiga,
furosemida, o volume de sangue em excesso de potássio distúrbios gastrointestinais,
espironolactona) circulação, o que faz baixar a no sangue (para perda de potássio, crises
pressão arterial alguns diuréticos) de gota
Bloqueadores beta Ao reduzirem a contração dos Asma brônquica, Sensação de falta de ar,
(atenolol, bisoprolol, vasos sanguíneos, a pressão doença pulmonar insónias, náuseas, vómitos,
metropolol, carvedilol, do sangue sobre estes obstrutiva, depressão. Nos diabéticos,
propanolol) diminui, fazendo baixar a insuficiência cardíaca, pode diminuir a perceção
pressão arterial doença das artérias dos sinais de hipoglicémia
periféricas, bloqueio (taquicardia, suores,
do coração sensação de fraqueza e
desmaio)
59
A
Hipertensão
60
A
Medicamentos para a hipertensão
Utilize o nosso simulador, para saber quais são os medicamentos mais baratos dentro da
categoria receitada pelo médico, em www.deco.proteste.pt/saude/medicamentos/simule-
e-poupe/medicamentos.
61
A
Hipertensão
Associação de medicamentos
Quando um medicamento isolado se mostra ineficaz, é necessário
adicionar-lhe um segundo fármaco, numa dose reduzida, e manter
as alterações no modo de vida.
Segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, efe-
tuado em 2012, 56% dos hipertensos têm de tomar uma associação
de dois ou mais fármacos para controlar os níveis da pressão arterial.
Por outro lado, a combinação de vários fármacos num mesmo
comprimido permite reduzir as tomas diárias, o que ajuda o doente
a cumprir a medicação de forma mais rigorosa.
62
A
Medicamentos para a hipertensão
O acompanhamento
médico,
na periodicidade
adequada à
situação do doente,
é essencial.
63
A
CAPÍTULO 6
Os grupos especiais
A
A
Hipertensão
As grávidas
Controlar o peso e a tensão arterial é essencial durante a gravi-
dez. Segundo a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, cerca de
3% das mulheres em idade fértil sofre de hipertensão e 6% a 10%
das gravidezes são consideradas de risco devido a esta patologia.
A tendência para engravidar cada vez mais tarde e para adotar
hábitos de vida pouco saudáveis tem levado a um aumento de
problemas relacionados com obesidade, sedentarismo, tabagismo
e hipertensão arterial, fatores que poderão originar complicações
durante a gravidez.
66
A
Os grupos especiais
Sinais de alerta
Recorra de imediato ao médico se tiver
algum sintoma indicativo de pré-eclampsia.
Os mais frequentes são:
- forte dor de cabeça ou na parte superior
da barriga (neste último caso, com sensa-
ção de aperto);
- visão desfocada ou com pontos
luminosos;
- vómitos recorrentes (no terceiro trimestre
da gravidez);
- inchaço repentino e acentuado do rosto,
das mãos e dos pés.
Pré-eclampsia e eclampsia
A pré-eclampsia é uma doença que envolve diversos órgãos e cujas
manifestações iniciais incluem subida de tensão arterial para valores
superiores a 140/90mmHg, aumento excessivo de peso, inchaço
generalizado e disfunção renal. Está associada a um aumento de
proteínas na urina. Os primeiros sintomas costumam surgir na
segunda metade da gravidez, mais especificamente entre a 27.ª
e a 28.ª semana. Nessa fase, com uma dieta cuidada e repouso,
é possível evitar a evolução da doença. Como último recurso,
poderá ser necessário recorrer a medicamentos, a internamento
hospitalar ou até mesmo antecipar o parto em algumas semanas.
Quando não é tratada, a grávida pode vir a sofrer de disfunção
renal grave, fortes dores de cabeça e de estômago. Nos casos mais
sérios, a pré-eclampsia conduz à eclampsia, acrescentando con-
vulsões aos sintomas já mencionados.
67
A
Hipertensão
Tratamento na grávida
Se toma medicação para a hipertensão e pretende engravidar,
consulte previamente o seu médico. As grávidas que sofrem de
hipertensão deverão ser seguidas em consultas especializadas e,
se tomarem medicação anti-hipertensiva, será necessário adaptar o
tratamento para proteger o bebé. Sabe-se que a maioria dos medi-
camentos para tratar a hipertensão são contraindicados durante a
gravidez, devido aos riscos para o feto. Só podem usar-se os beta
bloqueadores, os antagonistas do cálcio (nifedipina, amlodipina)
e a metildopa, um fármaco que só é usado em grávidas e em casos
de hipertensão resistente.
68
A
Os grupos especiais
As crianças e os jovens
Sabia que cerca de 13% das crianças e jovens entre os 5 e os 18 anos
apresentam uma pressão arterial elevada? Na verdade, os casos de
hipertensão arterial têm vindo a surgir cada vez mais cedo e regis-
tam uma dimensão preocupante nestas faixas etárias. No entanto,
ao contrário do que acontece nos adultos, a hipertensão na criança
é essencialmente secundária a outras doenças e apenas 10% sofrem
de hipertensão essencial.
Os hábitos alimentares e a atividade física são fatores fundamentais para prevenir problemas de saúde.
69
A
Hipertensão
Vigilância e diagnóstico
Uma vez que a hipertensão é habitualmente silenciosa, isto é,
não há manifestação de sintomas, é necessário controlar os valo-
res com medições regulares. Recomenda-se uma monitorização
anual da pressão arterial, nas consultas de vigilância de saúde,
a todas as crianças a partir dos 3 anos de idade (é necessária uma
braçadeira de dimensão adequada). Nalguns grupos de risco,
como crianças com problemas cardíacos ou que nasceram pre-
maturamente ou com baixo peso, antecedentes de internamento
numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal, história familiar
de doença congénita renal ou antecedentes de infeções do trato
urinário recorrentes, a pressão arterial deve ser avaliada antes
dos 3 anos de idade.
Tal como nas restantes faixas etárias, uma única medição com
pressão arterial elevada não é suficiente para fazer o diagnóstico.
Se esta ocorrer, o médico irá repetir a medição, pelo menos, em três
ocasiões diferentes, com um aparelho devidamente calibrado e
adequado ao tamanho do braço da criança. Nas crianças, os valores
normais da pressão arterial são dados por tabelas de percentis e
dependem do género, da idade e da altura.
Tratamento
A primeira linha de tratamento são as correções no estilo de vida,
incluindo a prevenção da obesidade, com exercício físico aeróbico
regular, redução da ingestão de sal e de gorduras e aumento do
consumo de frutas, verduras e fibras. É importante que a criança
durma bem e o suficiente, com um padrão de sono regular e,
na medida do possível, prevenir o tabagismo nos adolescentes.
70
A
Os grupos especiais
Alguma criatividade
ajuda a mudar os
hábitos alimentares
das crianças.
71
A
Hipertensão
Os idosos
risco de doença
cardiovascular.
A decisão de tratar
a hipertensão com
A hipertensão no idoso tem algumas especificidades. Os valores medicação deve
de referência para a pressão arterial são também 140/90 mmHg, ter estes aspetos
embora, a partir dos 80 anos, seja aceitável um limiar um pouco em conta:
—mais de 65 anos;
mais elevado, de 150 mmHg para a pressão arterial sistólica
—antecedentes
(o valor máximo). Na verdade, um ligeiro aumento da pressão familiares de
hipertensão;
—excesso de peso
ou obesidade;
72
A
Os grupos especiais
arterial máxima num idoso poderá até ter um efeito protetor, por
aumentar o débito sanguíneo no cérebro. Pelo contrário, uma
pressão demasiado baixa acarreta um risco acrescido de AVC.
As recomendações existentes são no sentido de não reduzir a
pressão sistólica abaixo de 130 mmHg. Já em relação à pressão
diastólica, ou mínima, o normal é que não aumente, ou até que
diminua, após os 50 anos.
Os doentes crónicos
A diabetes, o colesterol elevado, a obesidade e a insuficiência renal
crónica são algumas condições que, em conjunto com a hiperten-
são, requerem consultas e exames regulares, já que as doenças
crónicas aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Quanto
mais fatores de risco, maior o risco.
73
A
Hipertensão
Diabetes de tipo 2
Surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou o
organismo não consegue utilizá-la de forma adequada. A insulina
é uma hormona que regula a quantidade de açúcar no sangue
e, nestas circunstâncias, o nível de açúcar sobe, podendo cau-
sar diversos problemas. Se não for controlada, a diabetes pode
provocar o aumento da tensão arterial e um endurecimento das
artérias (arteriosclerose), originando doenças do coração e dos
vasos sanguíneos. Se danificar os vasos sanguíneos dos rins, irá
provocar insuficiência renal.
74
A
Os grupos especiais
Colesterol elevado
O colesterol elevado aumenta o risco de aterosclerose, que se
caracteriza por depósitos de gordura nas paredes das artérias. Estas
ficam mais rígidas e podem, em consequência, elevar a pressão
arterial e causar hipertensão. Assim, a par de uma alimentação
equilibrada, poderá ser necessário tomar medicação para baixar
o colesterol no sangue.
Obesidade
A obesidade é, inquestionavelmente, um fator de risco para a
hipertensão e para doenças cardiovasculares. Está associada a
níveis mais elevados de colesterol e triglicéridos e a uma maior
probabilidade de diabetes e problemas cardíacos. Considera-se
que são obesas as pessoas que têm um Índice de Massa Corporal
(IMC) superior a 30. Nestes indivíduos, o risco de hipertensão é
seis vezes maior do que em pessoas com um IMC normal, inferior
a 25. Nestes casos, perder peso é uma das principais medidas para
controlar a hipertensão.
75
A
CAPÍTULO 7
Uma alimentação
equilibrada
A
A
Hipertensão
As regras de ouro
Uma dieta equilibrada exige hábitos alimentares saudáveis. Quando
a quantidade de energia ingerida através da alimentação é superior
à gasta pelo organismo, caminha-se para o aumento de peso. Para
conseguir o equilíbrio, procure respeitar as medidas que apresen-
tamos já a seguir. É importante incluir todos os nutrientes, para
evitar carências, e variar e repartir os alimentos por cinco ou seis
refeições por dia.
• Prefira água (1,5 litros por dia, no mínimo), sumo de fruta natural
ou infusões aos refrigerantes e bebidas alcoólicas.
78
A
Uma alimentação equilibrada
25%
hidratos
de carbono
50%
vegetais
25%
proteínas
• Opte por uma alimentação mais ligeira à noite, para não per-
turbar o sono.
79
A
Hipertensão
Plano alimentar
contra a hipertensão
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão recomenda o chamado plano
alimentar DASH (do inglês Dietary Approaches to Stop Hypertension,
ou seja, abordagem alimentar contra a hipertensão). É um plano
flexível e equilibrado, que mostrou ser eficaz na diminuição da pressão
arterial, na perda de peso e na melhoria dos níveis de colesterol.
É uma dieta baixa em sal e em gorduras saturadas e rica em potássio,
cálcio, magnésio, fibras e proteínas. Este plano alimentar privilegia
o consumo de fruta, vegetais e produtos lácteos magros; inclui grãos
integrais, peixe, aves, feijão, sementes, nozes e óleos vegetais e limita
o consumo de sal, doces, bebidas açucaradas e carnes vermelhas.
A Dieta Mediterrânica preenche estes critérios e especifica a regu-
laridade com que cada grupo de alimentos pode ser consumido.
Está representada na roda dos alimentos, que lhe mostramos na
página seguinte.
Menos sal
A par das recomendações gerais para uma alimentação equilibrada,
é importante limitar a ingestão de sal. Este conselho é válido para
todas as pessoas e, em especial, para os hipertensos. O sal não
faz mal, sendo até necessário à sobrevivência dos seres humanos.
O que faz mal é consumi-lo em excesso. Tal leva o organismo a reter
mais líquidos e a aumentar de volume, o que gera uma sobrecarga
do sistema circulatório, prejudicando os rins e contribuindo para
o aumento da pressão sanguínea.
Necessidades diárias
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo
máximo de cinco gramas de sal por dia para um adulto (uma colher
de chá rasa). Em média, os portugueses consomem 10,7 gramas
de sal por dia, ou seja, o dobro do limite recomendado.
Na realidade, precisamos apenas de um ou dois gramas de sal
por dia (um pouco mais em caso de transpiração abundante).
Para satisfazer esses valores, a quantidade de sal que se encontra
numa alimentação equilibrada é mais do que suficiente. Não há
80
A
Uma alimentação equilibrada
Doces e salgados:
doces, rebuçados, chocolate e
aperitivos, doces e salgados, podem
consumir-se, mas apenas em
pequenas quantidades.
Leguminosas:
1 a 2 porções/dia
1 porção = 1 colher de sopa (25 g) de
leguminosas secas cruas (p. ex. feijão), Cereais e derivados
3 colheres de sopa (80 g) e tubérculos:
de leguminosas frescas cruas 4 a 11 porções/dia
(p. ex. ervilhas) 1 porção = 1 fatia de
pão, 1/2 taça de
arroz ou massa
Produtos lácteos:
2 a 3 porções/dia
1 porção = 1 copo de
leite, 1 iogurte,
45-50 g de queijo
fresco
Fruta: 3 a 5 porções/dia
1 porção = 1 peça de fruta Hortícolas: 3 a 5
média, 3/4 copo de sumo porções/dia
natural 1 porção = 1/2 prato de
verduras, 1 taça de salada,
Gorduras e 1 tomate
óleos: 1 a 3
porções/dia
1 porção = 1
colher de sopa Bebidas alcoólicas:
de azeite ou com moderação
óleo
Atividade física:pelo menos
30 minutos por dia.
Nota: os valores limite (mínimo e máximo) das porções aqui recomendadas foram calculados para
os valores energéticos de 1300 calorias e 3000 calorias, sendo a quantidade intermédia correspondente
a um plano alimentar de 2200 calorias. As crianças de um a três anos devem guiar-se pelos limites
inferiores e os homens ativos e os rapazes adolescentes pelos superiores; a restante população
deve orientar-se pelos valores intermédios.
81
A
Hipertensão
82
A
Uma alimentação equilibrada
Temperos da comida
Cuidado com os molhos e temperos que compra já preparados! São,
geralmente, muito ricos em sal. Experimente temperar a carne,
peixe ou saladas com sumo de limão ou vinagre balsâmico e junte
ervas aromáticas. Dão uma nova vida às suas refeições.
83
A
Hipertensão
84
A
Uma alimentação equilibrada
Temperar o peixe
O peixe fresco faz parte de uma alimentação saudável, mas atenção
aos temperos! Substitua o sal por uma maceração de ervas frescas,
azeite e um pouco de alho. Combine várias ervas aromáticas, como
coentros, salsa ou até cebolinho, e aprecie as suas refeições de maneira
mais saudável.
85
A
Hipertensão
86
A
Uma alimentação equilibrada
87
A
Hipertensão
Sementeira
Se quiser semear, os passos são os
mesmos. Na fase final, em vez de
plantar, espalhe a semente
uniformemente, cubra com uma camada
fina de terra e borrife
com água.
88
A
Uma alimentação equilibrada
Mais potássio
Tal como o excesso de sódio (sal), um consumo insuficiente de
potássio aumenta os riscos de hipertensão. O potássio tem uma
forte relação com o sódio no nosso organismo. Enquanto o sódio
aumenta a pressão arterial, o potássio ajuda a eliminar o excesso
de líquidos e reduz a tensão arterial. Uma alimentação rica em
sódio e pobre em potássio contribui para uma maior retenção de
líquidos e, consequentemente, de sódio. Por isso, é importante
aliar um baixo consumo de sal a boas doses de frutos e vegetais.
89
A
Hipertensão
90
A
Uma alimentação equilibrada
91
A
A
Uma alimentação equilibrada
93
A
Hipertensão
Plano semanal
ALMOÇO SOPA PRATO SOBREMESA
Tagliatelle de frango
Segunda e cogumelos
Laranja
Sopa de feijão-verde
Carapau grelhado com
Terça molho verde
Maçã
Salada de abacate
Quarta e fiambre de peru
Manga
Creme de cenoura
Lombos de pescada
Quinta aromatizados
Salada de fruta fresca
Costeletas de porco
Sexta com molho Banana
de citrinos
Sopa juliana
Bifes de atum
Sábado em cebolada
Pera
Bife da vazia
Gaspacho Mousse
Domingo à alentejana
com molho de alho
de manga
e ervas
JANTAR SOPA PRATO SOBREMESA
Postas de perca em
Segunda ervas aromáticas
Pera
Sopa de feijão-verde
Lombinhos de porco
Terça com molho de limão
Frutos silvestres
Choquinhos
Quarta no forno
Uvas
Creme de cenoura
Coelho assado
Quinta com molho de laranja
Maçã
Sopa juliana
Coxas de frango
Sábado com cogumelos
Ameixa
Ratatouille
Domingo Gaspacho à alentejana
de legumes
Maçã
94
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
4 dentes de alho
1 cebola
1 colher de sopa
de azeite
150 g de alho-francês
200 g de batatas
100 g de curgetes
500 g de cenoura
1 colher de café com sal
1 litro de água
Cebolinho fresco
picado q.b.
Creme de cenoura
Preparação
• Pique a cebola e o alho.
• Coloque o azeite numa panela, junte a cebola e o alho
e leve a lume brando. NUTRIÇÃO
O cebolinho dá sabor à
• Corte o alho-francês, a curgete, a batata e as cenouras sopa e permite reduzir a
em meias-luas e adicione ao refogado. Junte a água. quantidade de sal.
• Tempere com sal e deixe cozer cerca de 30 minutos.
• Passe tudo com a varinha.
• Retire a sopa, salpique com cebolinho picado e sirva.
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 83 Kcal
Proteínas 2g
4 PESSOAS
Gordura 11 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 30 minutos Hidratos de carbono 4g
95
A
Hipertensão
Ingredientes
3 dentes de alho
1 colher de azeite
3 colheres de sopa
de vinagre
1/2 pepino
2 tomates maduros
1 pimento verde
100 g de pão duro
1 litro de água gelada
Orégãos q.b.
Gaspacho à alentejana
Preparação
• Pise os dentes de alho num almofariz, até obter
uma pasta.
NUTRIÇÃO
• Coloque esta pasta no fundo de uma terrina e regue Para atenuar o sabor
com o azeite, o vinagre e os orégãos. amargo do pimento verde,
mergulhe-o em água a
• Reduza o tomate a puré e deite-o na terrina. ferver durante alguns
segundos.
• Corte o pepino e o pimento em quadradinhos pequenos
e junte ao preparado anterior.
• Regue com um litro de água gelada.
• Na altura de servir, junte o pão cortado em cubos
pequenos.
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 85 Kcal
Proteínas 2g
4 PESSOAS
Gordura 4g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 25 minutos Hidratos de carbono 11 g
96
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
1 litro de água
3 batatas grandes
1 cebola grande
3 dentes de alho
1 colher de sopa de azeite
250 g de feijão-verde
1 colher café de sal
Sopa de feijão-verde
Preparação
• Coza as batatas, a cebola e os alhos em água com
o azeite.
• Corte o feijão-verde em tiras finas. NUTRIÇÃO
O baixo teor em sal é
• Reduza a sopa a puré e leve novamente ao lume. essencial para a saúde
cardiovascular.
• Deixe levantar fervura e junte o feijão-verde.
• Tempere com sal e sirva.
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 98 Kcal
Proteínas 2g
4 PESSOAS
Gordura 4g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 40 minutos Hidratos de carbono 14 g
97
A
Hipertensão
Ingredientes
1 cebola
2 dentes de alho
1 batata grande
2 cenouras
1 alho-francês
1/4 couve galega ou
lombarda
100 g de ervilhas
1 colher de sopa
de azeite
1 litro de água
1 colher de café de sal
Coentros q.b. (opcional)
Sopa juliana
Preparação
• Pique a cebola e o alho grosseiramente.
• Corte os restantes legumes em cubos pequenos.
NUTRIÇÃO
• Coloque o azeite, o alho e a cebola num tacho e leve Depois de colocar a sopa
a lume brando. no prato, pode polvilhar
com coentros picados.
• Junte os restantes legumes e deixe suar um pouco.
• Junte a água e deixe cozer.
• Tempere com sal.
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 70 Kcal
Proteínas 2g
4 PESSOAS
Gordura 2g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 40 minutos Hidratos de carbono 11 g
98
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
1 curgete
2 beringelas
1 pimento vermelho
1 pimento verde
100 g de cogumelos
150 g de cenoura
3 dentes de alho picados
780 g de tomate maduro
picado
2 colheres de sopa de salsa
picada
2 colheres de sopa de
azeite
10 dl de vinho branco
1 colher de café de sal
140 g arroz
Pimenta q.b.
Ratatouille de legumes
Preparação
• Lave e corte os legumes em cubos pequenos, à exceção
do tomate e dos cogumelos.
NUTRIÇÃO
• Aqueça o azeite num tacho e leve os legumes a refogar O tomate é rico
um pouco. em licopeno,
um antioxidante com
• Adicione o tomate picado e os cogumelos.
benefícios para a saúde.
• Refresque com o vinho branco e deixe refogar cerca
de 15 minutos em lume brando.
• Tempere com sal e pimenta e polvilhe com salsa picada.
99
A
Hipertensão
Ingredientes
600 g de bifes de vitela
1 folha de louro
1 cabeça de alho
4 colheres de sopa
de azeite
1 colher de café de sal
3 dl de vinho branco
1 limão
400 g de batata doce
200 g de tomate
Salsa, cebolinho e pimenta
acabada de moer q.b.
100
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
700 g de coelho
4 colheres de sopa de
azeite
20 ml de vinho branco
20 ml de sumo de laranja
natural
5 dentes de alho
amassados
1 colher de sopa de salsa
picada
1 colher de sopa de cebola
picada
1/2 ramo de alecrim
1 colher de sopa
de manjericão
140 g arroz
Pimenta q.b
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 484 Kcal
Proteínas 38 g
4 PESSOAS
Gordura 20 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 90 minutos Hidratos de carbono 35 g
101
A
Hipertensão
Ingredientes
4 costeletas de porco
2 limões
1 laranja
2 colheres de sopa
de azeite
2 alfaces
2 tomates
1 pepino
1 cebola
1 beterraba cozida
1 colher de chá de sal fino
Pimenta acabada
de moer q.b.
102
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
520 g de coxas de frango
200 g de cogumelos
100 g de cebola
4 colheres de sopa de
azeite
20 cl de vinho branco
1 colher de café de sal
2 limões para sumo
1 colher de chá de pimenta
acabada de moer
160 g de arroz
200 g de mistura de
legumes
Salsa picada q.b.
Cebolinho picado q.b.
103
A
Hipertensão
Ingredientes
400 g de lombinhos
de porco
1 colher de sopa de azeite
3 limões para sumo
2 colheres de sopa de salsa
picada
1 colher de sopa de cebola
picada
1 cabeça de alho
2 folhas de louro
1/2 colher de café de sal
120 g de arroz
240 g de brócolos
Pimenta acabada
de moer q.b.
104
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
1 alface
1 abacate
2 tomates
1 cebola
1 limão
3 colheres de sopa de
azeite
1 iogurte natural
4 fatias grossas de fiambre
de peru
Pimenta acabada
de moer q.b.
105
A
Hipertensão
Ingredientes
250 g de massa tagliatelle
600 g de peito de frango
150 g de cogumelos
3 colheres de sopa
de azeite
2 dentes de alho
2 colheres de café de sal
1 sumo de limão
Pimenta acabada
da moer q.b.
Orégãos frescos q.b.
106
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
600 g de bifes de atum
2 cebolas grandes
3 colheres de sopa
de azeite
20 dl de vinho branco
150 g de tomate cherry
150 g de pimento verme-
lho em cubos
200 g de cenoura em
cubos
107
A
Hipertensão
Ingredientes
4 carapaus grandes
1 cebola média
4 dentes de alho
10 dl de vinagre
5 dl de azeite
1 ramo de salsa
700 g de batata
200 g de tomate
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 474 Kcal
Proteínas 52 g
4 PESSOAS
Gordura 19 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 30 minutos Hidratos de carbono 22 g
108
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
1 kg de choquinhos limpos
congelados
1 tomate grande maduro
2 cenouras médias
2 cebolas médias
4 colheres de sopa
de azeite
3 dentes de alho
120 g de arroz
Choquinhos no forno
Preparação
• Descongele os chocos.
• Corte as cenouras em meias-luas, pele o tomate
NUTRIÇÃO
e corte-o em cubos. A cenoura é um alimento
• Faça o mesmo à cebola e junte o alho. rico em betacaroteno,
importante, por exemplo,
• Num tabuleiro de levar ao forno, faça uma cama com para a saúde dos olhos.
os legumes.
• Coloque os choquinhos sobre a cama e regue com azeite.
• Leve ao forno (180 graus) cerca 15 minutos.
• Verifique a cozedura. Sirva logo que retire do forno.
VALOR NUTRICIONAL
Acompanhamento: arroz branco. por pessoa
Energia 348 Kcal
Proteínas 40 g
4 PESSOAS
Gordura 11 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 35 minutos Hidratos de carbono 22 g
109
A
Hipertensão
Ingredientes
500 g de lombos
de pescada
1 colher de café de sal
4 dentes de alho
2 colheres de sopa
de azeite
2 limões
1 cebola média
2 pacotes de natas light
2 colheres de sopa
de salsa picada
400 g de batatas novas
Pimenta acabada
de moer q.b.
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 272 Kcal
Proteínas 25 g
4 PESSOAS
Gordura 10 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 45 minutos Hidratos de carbono 21 g
110
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
320 g de salmão sem pele
nem espinhas
300 g de macarronete
riscado ou massa penne
1 colher de sopa
de coentros picados
100 g de tomate de lata
cortado em cubos
1 cebola picada
4 dentes de alho
2 colheres de sopa
de azeite
1 colher de chá de sal
Pimenta e água q.b.
Massada de salmão
Preparação
• Num tacho, coloque duas colheres de sopa de azeite,
o alho e a cebola picada.
NUTRIÇÃO
• Deixe alourar bem e adicione o tomate. Os peixes gordos, como
salmão, atum, cavala e
• Tempere com sal e pimenta. sardinha, são excelentes
fontes de ácidos gordos
• Adicione água e deixe ferver 5 minutos. omega-3 e vitamina D.
• Acrescente o salmão cortado em cubos e deixe
cozer 10 minutos.
• Retire o salmão.
• Coza a massa durante 7 minutos neste caldo de peixe.
• Junte o salmão e polvilhe com coentros picados. VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 550 Kcal
Proteínas 24 g
4 PESSOAS
Gordura 25 g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 35 minutos Hidratos de carbono 55 g
111
A
Hipertensão
Ingredientes
480 g de postas de perca
12 dentes de alho
2 colheres de sopa
de azeite
5 colheres de sopa
de salsa picada
2 colheres de sopa
de coentros picados
1 colher de café de sal fino
2 limões, um para sumo
500 g de batata nova
3 tomates de salada
1 cebola grande
Água e pimenta acabada
de moer q.b.
112
A
Uma alimentação equilibrada
Ingredientes
1 manga grande,
descascada e cortada
em pedaços
2 iogurtes sólidos naturais,
sem adição de açúcar
2 folhas de gelatina
Mousse de manga
Preparação
• Coloque as folhas de gelatina a demolhar em água fria.
• Coloque a manga numa picadora ou numa liquidificadora NUTRIÇÃO
e pique até ficar desfeita. Se coar a manga
desfeita, perde alguma
• Passe por um coador de rede fina, para remover fibra da fruta, mas a
as fibras da fruta. mousse torna-se mais
macia.
• Misture a manga com o iogurte.
• Esprema as folhas de gelatina e leve ao micro-ondas
10 segundos de cada vez, até derreterem.
• Junte a gelatina à mistura de manga.
• Divida a mousse em 4 copinhos e leve ao frigorífico a
solidificar. VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 48 Kcal
Proteínas 7g
4 PESSOAS
Gordura 3g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 20 minutos Hidratos de carbono 10 g
113
A
Hipertensão
Ingredientes
200 g de morangos
1 maçã
1 pêssego
1 manga
1/2 abacaxi
1 laranja para sumo
1 limão para sumo
VALOR NUTRICIONAL
por pessoa
Energia 88 Kcal
Proteínas 1g
4 PESSOAS
Gordura 1g
TEMPO DE CONFEÇÃO: 15 minutos Hidratos de carbono 19 g
114
A
Uma alimentação equilibrada
VEGETARIANO
CARNE
Bife da vazia com
molho de alho e ervas
403 33 17 30 0,8
Coelho assado
com molho de laranja
484 38 20 35 0,7
Costeletas de porco
com molho de citrinos
392 31 29 2 0,9
Coxas de frango
com cogumelos
463 30 23 34 0,8
Lombinhos de porco
com molho de limão
281 27 6 29 1,2
Salada de abacate
e fiambre de peru
210 8 16 10 0,8
Tagliatelle de frango
e cogumelos
391 34 8 44 0,7
PEIXE
Bifes de atum
em cebolada
265 38 11 5 0,3
Carapau grelhado
com molho verde
474 52 19 22 0,5
SOBREMESAS
115
A
CAPÍTULO 8
Exercício físico
e hipertensão
A
A
Hipertensão
118
A
Exercício físico e hipertensão
119
A
Hipertensão
A prova de esforço
consiste em efetuar um
eletrocardiograma (ECG)
enquanto se pratica
exercício físico. Permite
observar de que forma
o coração responde
ao esforço e detetar
eventuais anomalias,
como, por exemplo, uma
deficiente irrigação das
coronárias.
A marcha
Se perdeu o hábito de caminhar, se apenas costuma deslocar-se
de carro ou de elevador, se passa a maior parte do seu tempo
livre sentado diante da televisão, eis uma forma fácil, gratuita e
sem risco de voltar a fazer exercício físico. Introduza, progressi-
vamente, o máximo de deslocações a pé nas diversas situações da
sua vida diária e complemente isso com verdadeiros passeios, nos
dias em que tiver mais tempo. Se andar sozinho o aborrece e não
conhece ninguém que deseje ir consigo, pense na possibilidade
de participar em passeios pedestres organizados.
120
A
Exercício físico e hipertensão
O jogging
Exige um andamento relativamente rápido, a meio caminho entre a
marcha e a corrida. O único investimento necessário — mas absolu-
tamente indispensável — consiste na compra de calçado adequado.
É o desporto aeróbico por excelência. Comece com uma pequena
corrida, em passo moderado, de 200 a 300 metros, depois ande
tranquilamente durante algum tempo, para, de seguida, retomar
um andamento mais intenso, tendo o cuidado de nunca forçar
demasiado. Exija um pouco mais de si próprio da próxima vez,
mas sempre em ritmo moderado. No princípio, evite as subidas e
descidas. Reduza o andamento se sentir falta de ar. Procure praticar
um mínimo de 20 minutos, três vezes por semana.
121
A
Hipertensão
Em www.fitmap.pt
encontrará informação
sobre locais de treino
gratuitos e ao ar
livre para diferentes
modalidades.
A bicicleta
Tal como o jogging, é um excelente desporto aeróbico, que pode
praticar-se em qualquer lugar, individualmente ou em grupo. Evite
estradas muito movimentadas e que se encontrem dentro das
povoações: além da poluição, são perigosas para os veículos de
duas rodas. Comece lentamente, já que, na ótica do que aqui nos
interessa, mais vale andar muito tempo do que andar depressa.
Poderá alternar períodos de cinco a dez minutos num andamento
mais rápido com dois a três minutos mais lentos, a fim de permitir
que o coração volte ao ritmo normal e que os pulmões respirem
sem esforço. Escolha uma bicicleta com mudanças e adequada à
sua estatura. No princípio, tente percorrer uma dezena de qui-
lómetros, depois vá aumentando cinco quilómetros de dois em
dois ou de três em três dias.
122
A
Exercício físico e hipertensão
A natação
Requerendo um investimento mínimo, a natação — principalmente,
em estilo “bruços” — é um excelente exercício: solicita a maioria
dos grupos musculares sem impor esforços excessivos às articu-
lações, já que o peso do corpo é, em grande parte, suportado
pela água. Comece por fazer uma ou duas piscinas, no sentido
do comprimento, sempre de bruços, num ritmo que lhe pareça
adequado, seguido de um tempo de recuperação. Aos poucos,
conseguirá nadar 20 minutos sem parar. Enquanto nada, man-
tenha a cabeça no prolongamento do corpo, para não arquear
excessivamente a cintura.
123
A
Hipertensão
Ginástica tradicional
Pode praticar-se de diversas formas. Por exemplo sozinho em casa,
durante 10 a 15 minutos, todas as manhãs ao levantar. É uma moda-
lidade gratuita, discreta e eficaz, mas exige uma certa força de
vontade, sobretudo no início, quando os efeitos positivos ainda
não se notam. Procure informar-se, recorrendo, por exemplo,
a um fisioterapeuta ou a um monitor de ginástica médica, sobre
os movimentos mais eficazes e a maneira correta de os executar:
é menos óbvio do que parece. Comece sempre por um pequeno
aquecimento e use um vestuário adequado, suficientemente arejado
e cómodo. Se dispuser de espaço suficiente e puder investir algum
dinheiro, também pode adquirir alguns aparelhos de ginástica,
como, por exemplo, um espaldar ou uma bicicleta de interior.
124
A
Exercício físico e hipertensão
125
A
CAPÍTULO 9
Lidar com o stresse
A
A
Hipertensão
128
A
Lidar com o stresse
129
A
Hipertensão
A ajuda psicológica
Se não conseguir encontrar uma solução, procure ajuda de um
profissional. Quer se trate de um assistente social, de um psicólogo
ou de um médico, o importante é que possa estabelecer com ele
uma relação de confiança. Não hesite em mudar caso considere
que não está a ajudar, porque a qualidade da relação é primordial.
130
A
Lidar com o stresse
Terapia cognitiva
Destina-se não só a modificar o padrão de com-
portamento do indivíduo, como também a fazê-lo
aceitar a responsabilidade pelos seus atos. As pes-
soas têm memórias seletivas que podem reforçar
uma visão negativa da vida. Ao alterar atitudes,
ideias e expectativas, a terapia cognitiva pode
ajudá-las a aceitar a responsabilidade pelo seu
comportamento. No início da terapia, os doentes
mantêm um diário, onde anotam os seus pensa-
mentos negativos, e aprendem a relacioná-los,
por exemplo, com sentimentos de ansiedade e
depressão. Em seguida, olham para as evidências Poderá ser necessária
ajuda profissional para
a favor e contra os pensamentos negativos e procuram substitui-los lidar com o stresse.
por ideias mais firmemente enraizadas na realidade. Após algum
tempo, a pessoa aprende a identificar e a ignorar e, em última
análise, a modificar convicções negativas bastante arreigadas.
Terapia comportamental
Visa a aprendizagem de estratégias eficazes de combate à ansiedade,
substituindo comportamentos e atitudes. Pode ser mais eficaz para
problemas específicos do que os medicamentos. No princípio do
tratamento, os terapeutas identificam as situações que desenca-
deiam, mantêm ou agravam o stresse e os comportamentos que
a pessoa deve modificar. Para tal, podem ser usadas diferentes
técnicas, como a aprendizagem de hábitos sociais simples (iniciar
uma conversa, por exemplo) que podem levar a que o indivíduo
se sinta mais descontraído e confiante quando em companhia de
alguém. Esta técnica pode implicar ter de desempenhar o papel
diante de uma câmara de vídeo. Ao visualizarem a gravação,
os visados podem ver como as coisas acontecem, e não como
pensam que acontecem.
131
A
Hipertensão
132
A
Lidar com o stresse
Noites tranquilas
Procure dormir o suficiente, mas não demasiado! As situações de
conflito geram, muitas vezes, perturbações do sono e, durante a
noite, os pequenos problemas (e, forçosamente, também os grandes)
assumem, por vezes, proporções exageradas. Para descansar bem,
evite os jantares muito pesados e não tome bebidas excitantes a
partir do meio da tarde (chá, café, bebidas de cola, etc.). Procure,
de acordo com as suas preferências e disponibilidade, atividades
relaxantes antes da hora de deitar, como, por exemplo, leitura,
música (suave!), jogos de paciência ou um passeio pelo bairro.
133
A
Hipertensão
Comer bem
Procure manter uma dieta alimen-
tar equilibrada. Em períodos de
grandes preocupações profissio-
nais ou familiares, é normal que
não se tenha grande “cabeça”
para planear a alimentação.
No entanto, basta diminuir a
Substitua os
quantidade diária de gorduras, de açúcares e de álcool para que medicamentos para
a condição física melhore e aumentem as hipóteses de enfrentar dormir por uma
atividade relaxante
com sucesso as circunstâncias difíceis. Mas, como é evidente, a dieta antes de adormecer.
não deve funcionar como mais uma fonte de stresse! Introduza
as mudanças de forma progressiva e, caso seja necessário, peça
ajuda aos que o rodeiam.
Planificar o dia-a-dia
Apesar de nem sempre ser possível modificar radicalmente o modo
de vida, pode-se, pelo menos, organizá-lo de forma mais racional.
Por exemplo, fazer as compras essenciais uma só vez por semana
ou, melhor ainda, por mês; diminuir as idas e vindas para levar e
trazer as crianças de atividades, eventualmente partilhando essa
tarefa com outros pais; tomar as medidas necessárias para facili-
tar a arrumação e a limpeza da casa. Há sempre mais vantagens
em organizar o tempo do que em deixar-se dominar por ele. Por
isso, dedique alguns minutos, diariamente, a refletir sobre o dia
que passou e a programar o seguinte. Dessa forma, poderá evitar
algum cansaço e enervamentos inúteis.
134
A
Lidar com o stresse
Relaxar e melhorar
as defesas mentais
Existem muitas técnicas de relaxamento e bem-estar. Lembre-se
de que o melhor método é aquele com que a pessoa se sente
mais à vontade. Para lá das modas, essas diferentes técnicas
permitem, geralmente, obter um melhor conhecimento de si
mesmo e, sobretudo, do próprio corpo. O importante é que a
técnica lhe agrade e, principalmente, que a possa praticar com
regularidade. Um bom relaxamento de vez em quando pode ser
muito benéfico.
Massagem
A massagem é uma das técnicas mais antigas para alívio do stresse — e
continua a ser uma das mais eficazes. Os massagistas afirmam que
as massagens podem ser úteis no alívio de numerosas perturbações
relacionadas com o stresse, incluindo dores de cabeça provocadas
pela tensão, fadiga e dores nas articulações. No entanto, o benefí-
cio mais importante da massagem talvez consista em obrigá-lo a
reservar algum tempo para si mesmo — o que ajuda bastante no
combate ao stresse.
135
A
Hipertensão
As regras de ouro
do relaxamento muscular
A tensão muscular é um sintoma comum do stresse: o pescoço
fica rígido; os maxilares comprimem-se; agarramos as coisas
como se elas nos fossem fugir. Ora, a tensão muscular aumenta o
stresse e é necessário combatê-la com todas as medidas ao seu
alcance.
Qualquer que seja a técnica que utilize, algumas regras simples vão
ajudá-lo a tirar o melhor proveito das sessões de relaxamento:
– procure treinar o relaxamento todos os dias. A melhor ocasião
é logo de manhã, enquanto a casa ainda está sossegada. Ponha o
despertador para meia hora mais cedo;
– evite fazer os exercícios à noite. Provavelmente não conseguirá
concentrar-se tão bem e poderá adormecer, em vez de relaxar;
– feche os olhos;
–desligue o telemóvel ou ponha-o no silêncio;
– não tente relaxar com o estômago cheio. Depois de uma refeição,
o sangue aflui dos músculos para o estômago. Tentar relaxar os
músculos com o estômago cheio pode provocar cãibras. Além disso,
os exercícios de relaxamento aumentam a consciência das funções
musculares. Um estômago cheio pode ser uma distração;
– procure um quarto sossegado e uma cadeira confortável ou deite-
-se. A cadeira deve apoiar as suas costas. Se se deitar, coloque
almofadas sob o pescoço e os joelhos;
– procure estar confortável. Tire os sapatos e use roupa larga.
Desligue as luzes muito fortes. O quarto não deve estar nem muito
quente nem muito frio;
– ouça a sua música favorita. Para muitas pessoas, a música ajuda a
relaxar e diminui as interrupções. Mas o som não deve estar muito
alto;
– fique calmo: não se preocupe se não se sentir suficientemente
descontraído;
– concentre-se na respiração. Para relaxar bem, é necessário respi-
rar profunda e lentamente;
– ponha uma mão no peito e outra no abdómen. Respire normal-
mente. Talvez note – especialmente se estiver tenso – que a mão
sobre o peito se move, enquanto a que está sobre o abdómen não
se mexe. Quando relaxa, a mão sobre o abdómen deve subir e des-
cer, enquanto a outra se mantém quase quieta;
– não desista. Em certos dias conseguirá resultados melhores do
que noutros. Ao fim de algum tempo, as sessões de relaxamento
passarão a fazer parte da sua vida. Mas é preciso perseverar.
136
A
Lidar com o stresse
Ioga
Visa uma integração física, mental e espiritual que é tão benéfica para
o domínio do corpo como da mente. A técnica recorre a uma série
de posturas que exigem um estiramento salutar dos músculos e a
concentração mental durante a sua execução. Também conhecidas
como asanas, estas posturas envolvem uma respiração correta e o
uso adequado do corpo com um mínimo de esforço e de tensão.
Os praticantes de ioga defendem que a técnica reforça as defesas
contra o stresse e evita o resvalamento para uma saúde precária.
A prática de ioga é
eficaz no combate
ao stresse.
Meditação
Na sua forma clássica, consiste em sentar-se serenamente num
tapete, de olhos fechados e com as pernas cruzadas, e concentrar-
-se na sua respiração ou numa frase, durante 20 a 30 minutos,
duas vezes por dia. Na meditação transcendental (MT), as sessões
têm 15 a 20 minutos. Os seus defensores argumentam que esses
minutos são extremamente compensadores, porque os praticantes
acabarão por conseguir realizar mais coisas com menos esforço.
137
A
Hipertensão
138
A
Lidar com o stresse
Curas termais
Se não aguenta mais, por que não dissolver o stresse na água?
Na verdade, o que não falta são estações termais e outras instala-
ções de repouso e bem-estar. Este tipo de cura é sempre benéfico,
sobretudo quando acompanhado por uma mudança de ares, uma
dieta apropriada e tratamentos adicionais: massagens, ginástica,
banhos de algas ou de argila. Infelizmente, tudo isto se paga e o
efeito é provisório… a não ser que, ao voltar para casa, resolva
pôr em prática as medidas de que falamos neste guia.
139
A
CAPÍTULO 10
Deixar de fumar
A
A
Hipertensão
Sabia que…
… cada cigarro tem mais de sete mil subs- das, causa perturbações sanguíneas, renais
tâncias nocivas ao organismo de fumadores e mentais;
ativos e passivos, entre as quais: – o cloreto de vinilo reduz a libido.
– a nicotina cria dependência, causa
náuseas, dores de cabeça e aumento da
pressão arterial. É usada em inseticidas;
– o alcatrão, o formaldeído, o benzeno,
o benzopireno, o cádmio, o níquel, o cloreto
de vinilo e o chumbo causam vários tipos
de cancro;
– o monóxido de carbono, a acetona,
o arsénio, o metanol e a amónia são tóxicos
ou irritantes e provocam doenças como
bronquite e asma;
– o polónio-210 é radioativo e cancerígeno;
– o tolueno causa danos no sistema
nervoso;
– o chumbo, metal tóxico que danifica as
terminações nervosas e, em doses eleva-
142
A
Deixar de fumar
Sucesso em 8 etapas
Deixar de fumar é um processo difícil, mas possível. Por vezes,
alguns acontecimentos levam a mudanças radicais de compor-
tamento e os fumadores são “obrigados” a abandonar o vício.
A doença é um motivo comum para esta decisão forçada. No
entanto, quando a mudança acontece de forma voluntária, a
decisão é tomada após um processo habitualmente marcado por
sucessivos avanços e recuos. Não raras vezes, o conflito entre a
vontade de fumar e a decisão de não o fazer gera ansiedade, con-
tribuindo para manter, ou até aumentar, o consumo de tabaco.
Por isso, prepare-se!
143
A
Hipertensão
144
A
Deixar de fumar
145
A
Hipertensão
146
A
Deixar de fumar
Deixar o tabaco é uma batalha que se ganha dia a dia e, por isso,
não se convença de que nunca mais vai voltar a fumar. Pense, isso
sim, nas vantagens de não fumar neste preciso momento e lute
por passar o dia de hoje sem ceder ao vício. Procure pensamentos
positivos e agarre-se aos motivos que o levaram a deixar de fumar.
Está na hora de ler e reler a lista que fez sobre o que tem a ganhar
com a sua decisão.
147
A
Hipertensão
Linhas de apoio
Existem vários serviços gratuitos de aconselhamento para quem
quer deixar de fumar, alguns apenas à distância de um clique ou
até de um simples telefonema. O aconselhamento telefónico é uma
das alternativas mais baratas para ter acesso a este tipo de apoio
individual. Deixamos-lhe aqui alguns contactos.
•• A Linha SOS Deixar de Fumar (808 20 88 88) tem como principal
missão informar sobre o tabagismo e os seus malefícios, assim
como aconselhar e apoiar os fumadores que querem abandonar o
vício. Do outro lado da linha está uma equipa de técnicos de saúde
devidamente formados e da responsabilidade do Instituto Nacio-
nal de Cardiologia Preventiva. O atendimento tem o custo de uma
chamada local.
•• A Linha SNS 24 (808 24 24 24) é o canal de acesso ao Ser-
viço Nacional de Saúde e dispõe de um serviço específico para
quem quer deixar de fumar, com conselhos e acompanhamento.
O atendimento está disponível 24 horas por dia e tem o custo de
uma chamada local.
•• Pode também informar-se com o seu médico assistente.
Complementos à motivação
Se a motivação e as várias sugestões que lhe deixámos não forem
suficientes para atingir com sucesso o objetivo de deixar de fumar,
considere a possibilidade de marcar uma consulta médica de cessação
tabágica ou pedir um aconselhamento na farmácia sobre os diversos
148
A
Deixar de fumar
Substitutos de nicotina
Gomas para mascar, pastilhas de chupar e adesivos são a forma
adotada pelos produtos de substituição de nicotina, que também
podem contribuir para atrasar o aumento de peso associado ao
abandono do tabaco. Existem, ainda, medicamentos que facilitam
o processo de cessação tabágica. Nestes casos, e até ao dia D, há um
período em que o fumador recorre em simultâneo à medicação e
ao consumo de cigarros. À medida que a medicação vai fazendo
efeito, vai reduzindo o número de cigarros de forma quase involun-
tária, já que o grau de satisfação com o consumo vai diminuindo.
Adesivos e pastilhas
com nicotina ajudam a
largar o vício.
Cigarros eletrónicos
Muito em voga estão também os cigarros eletrónicos. Mas os estu-
dos sobre a eficácia e eventuais consequências do seu consumo
ainda são limitados.
149
A
Hipertensão
Os cigarros eletrónicos
têm menos químicos
nocivos do que o
tabaco.
150
A
Deixar de fumar
151
ÍNDICE REMISSIVO
Hipertensão
A Catecolaminas����������������������������������������33
Acidente vascular Causas da hipertensão�������������26-35
cerebral������������������������������������������� 52, 54 Cebolinho������������������������������������������������� 86
Ácido úrico����������������������������������������������� 44 Chás������������������������������������������������������������133
Alcaçuz���������������������������������������������������������31 Cigarros (veja Tabaco)
Álcool (veja Bebidas alcoólicas) Cigarros eletrónicos����������������149-151
Aldosterona��������������������������������������������� 34 Coartação da aorta������������������������������33
Alecrim������������������������������������������������������� 86 Coentros��������������������������������������������������� 86
Alimentação���������������������������31, 78-115 Colesterol��������������������������������������������������75
Análises Cortisol��������������������������������������������������������33
à urina���������������������������������������������44, 53 Creatinina�����������������������������������������44, 53
ao sangue�������������������������������������44, 53 Crianças���������������������������������������������69-72
Aneurisma da aorta��������������������������� 54 Crise hipertensiva����������������������� 50, 55
Angina de peito���������������������������������������51 Curas termais����������������������������������������139
Angiotensina����������������������������59, 60, 61
Ansiolíticos����������������������������������������������132
Antagonistas dos D
canais de cálcio������������������59, 60, 61 Deixar de fumar������������������������142-151
recetores de angiotensina ���������59, Diabetes de tipo 2�������������������������������� 74
60, 61 Diagnóstico�������������������������������������38-47
Antidepressivos����������������������������������132 Diástole�������������������������������������������������������14
Aorta��������������������������������������������������� 33, 54 Dieta alimentar������������������78-115, 134
Aparelhos para medir Disfunção erétil������������������������������������� 54
a tensão�������������������������������������������20, 21 Diuréticos������������������������ 44, 59, 60, 89
Apneia obstrutiva do sono��������������32 Doentes crónicos������������������������� 73-75
Arteriosclerose������������������������������� 15, 74 Dormir ������������������������������������������������������133
Astenia crónica������������������������������������128
Aterosclerose�������������������������� 15, 46, 75
AVC (veja Acidente vascular E
cerebral) Eclampsia������������������������������������������66, 67
Ecocardiograma����������������������������������� 40
ECG (veja Eletrocardiograma
B e Holter)
Bebidas alcoólicas������������������������������� 30 Ecodoppler carotídeo����������������������� 46
Benzodiazepinas��������������������������������132 Efeito da bata branca����������������� 20, 38
Bicicleta����������������������������������������������������122 Eletrocardiograma������������������������41-43
Bloqueadores beta��������������������� 59, 60 Enfarte do miocárdio������������������������� 50
Ervas aromáticas������������������������ 85-88
Estragão ��������������������������������������������������� 86
C Exame oftalmológico ����������������������� 44
Calçado desportivo�����������������������������121 Exercício físico��������������������31, 118-125,
Carótidas��������������������������������������������������� 46 135
154
Índice remissivo
J
H Jogging�������������������������������������������������������121
Hemodiálise ��������������������������������������������53
Herança genética��������������������������26, 27
Hereditariedade������������������������������������26 L
Hiperaldosteronismo primário����� 34 Louro������������������������������������������������������������87
Hiperplasia����������������������������������������������� 34
Hipertensão��������������������������������16, 17, 38
da bata branca (veja Efeito M
da bata branca) Manjericão������������������������������������������������87
essencial���������������������������������������� 18, 26 MAPA (veja Monitorização
gestacional����������������������������������� 66, 68 ambulatória de pressão arterial)
mascarada����������������������������������� 20, 38 Marcha������������������������������������������������������120
primária������������������������������������������ 18, 26 Massagem����������������������������������������������135
secundária�������������������������������������17, 26 Medicamentos
renovascular����������������������������������������32 contra o stresse��������������������������������132
Hipertiroidismo������������������������������������� 34 na origem da hipertensão����������� 34
Hipotensão �������������������������������������� 18, 38 usados no tratamento���������� 58-63
Hipotiroidismo��������������������������������������� 34 Medição����������������������������������������������19-23
Holter ����������������������������������������������������������42 Meditação�����������������������������������������������137
Hortel������������������������������������������������������ 86 Menopausa����������������������������������������������27
Monitorização ambulatória
de pressão arterial��������������������������� 38
I
Idosos��������������������������������������������������26, 72
IECA (veja Inibidores da enzima N
de conversão da angiotensina) Natação����������������������������������������������������123
155
Hipertensão
O Sedentarismo �����������������������������������������31
Obesidade������������������������27, 30, 69, 75 Sexo��������������������������������������������������������������27
Olhos (veja Retina) Síndroma de Cushing ������������������������33
Onda de pulso��������������������������������������� 45 Sístole�����������������������������������������������������������14
Orégãos������������������������������������������������������87 Sódio������������������������������������������������������������53
Sono ����������������������������������������������������������133
Stresse������������������������������������31, 128-139
P Substitutos de nicotina������������������� 149
Perímetro abdominal������������������������� 30
Perturbações do sono��������������������133
Pílula contracetiva��������������������������������35 T
Planificação diária����������������������������� 134 Tabaco ��������������������������� 30, 33, 142-151
Plano alimentar DASH����������������������� 80 Tensão arterial��������������������������������14-23
Plantar ervas aromáticas ��������������� 88 máxima ���������������������������������������������������15
Poejo������������������������������������������������������������87 mínima �����������������������������������������������������15
Potássio���������������������������� 44, 53, 59, 89 Tensão muscular��������������������������������136
Pré-eclampsia��������������������������������66, 67 Terapia
Proteínas na urina�����������������������44, 53 cognitiva�������������������������������������������������131
Psicoterapia������������������������������������������� 130 comportamental�������������������������������131
Terceira idade (veja Idosos)
Termas������������������������������������������������������139
R Tetania ������������������������������������������������������� 34
Raça��������������������������������������������������������������27 Tiroide��������������������������������������������������������� 34
Radiografia do tórax��������������������������� 43 Tisanas������������������������������������������������������133
Receitas��������������������������������������������93-115 Tomilho��������������������������������������������������������87
Relaxamento �����������������������������135-139 Tranquilizantes��������������������������������������132
Retina �������������������������������������������������44, 53
Retinopatia hipertensiva������������������53
Rins�������������������������������33, 43, 53, 54, 73 U
Roda dos alimentos �����������������������������81 Ureia�����������������������������������������������������44, 53
Rotulagem����������������������������������������������� 83
V
S Valores normais����������������������������� 15-17
Sal����������������������������������14, 31, 80-85, 89 Velocidade de onda
Salsa ������������������������������������������������������������87 de pulso������������������������������������������������� 45
Sedativos������������������������������������������������132 Visão (veja Retina)
156
Veja as nossas sugestões para se mexer mais e melhor.
Também em formato digital.
www.deco.proteste.pt/guiaspraticos