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Sugestão de resolução

GRUPO I e sendo a massa molar de H2S:


M(H2S) = (32,07 + 2 * 1,01) g mol- 1 = 34,09 g mol- 1
1. Eletrões de valência. o volume molar do gás nas condições de pressão e tempe-
As propriedades químicas dos elementos dependem fun- ratura referidas é:
-1
damentalmente dos eletrões da última camada – eletrões M 34,09 g mol
Vm = = -3 = 26,9 dm3 mol- 1
de valência – que os átomos utilizam no estabelecimento r 1,267 g dm
de ligações químicas. 1.2. (C).
2. (B). V(H2S) = 2 V(CH4)
O átomo de carbono, elemento de número atómico 6, tem De acordo com a lei de Avogadro, nas mesmas condições
6 eletrões. de pressão e temperatura, o volume ocupado por gases
Distribuindo os eletrões de acordo com o princípio de ener- considerados ideais é diretamente proporcional ao número
gia mínima pelas orbitais 1s, 2s, 2p (2px, 2py, 2pz), etc., suces- de partículas. Assim, como a amostra de H2S tem o dobro
sivamente e com um máximo de 2 eletrões em cada orbi- do volume da amostra de CH4, o número de moléculas
tal, a configuração eletrónica deste átomo no estado existente na amostra de H2S também é o dobro do número
fundamental é: 1s2 2s2 2p2. de moléculas existente na amostra de CH4.
Como existem três orbitais 2p degeneradas, isto é, com a Como cada molécula de H2S tem metade do número de
mesma energia, de acordo com a regra de Hund, os dois átomos de H relativamente à molécula de CH4, pode con-
eletrões do subnível 2p ocupam diferentes orbitais, o que cluir-se que o número de átomos de H é igual nas duas
está de acordo com a opção (B). amostras.
As restantes opções correspondem a configurações ele- 1.3. 2 H2S(g) + 3 O2(g) " 2 SO2(g) + 2 H2O(g)
trónicas do átomo de carbono em estados excitados: O SO2(g) emitido para a atmosfera reage com a água origi-
a opção (A) não respeita o princípio da energia mínima – nando soluções ácidas. Parte do dióxido de enxofre (SO2) é
ocupa as orbitais 2p com a orbital 2s, de menor energia, oxidado a trióxido de enxofre (SO3). Estes óxidos, por rea-
incompleta. A opção (C) não obedece à regra de Hund e a ção com a água contida na atmosfera ou com a água da
opção (D) não obedece à regra de Hund nem ao princípio chuva, originam ácido sulfuroso, H2SO3(aq), e ácido sulfú-
da energia mínima. rico, H2SO4(aq), respetivamente.
SO2(g) + H2O(L) " H2SO3(aq)
3. (C). SO3(g) + H2O(L) " H2SO4(aq)
Os isótopos 12C e 13C são átomos do mesmo elemento e, por- A existência destes ácidos na água da chuva contribui para
tanto, com o mesmo número atómico Z. Diferem no número o aumento da sua acidez relativamente à acidez natural
de massa, A, por terem diferente número de neutrões. (devida ao dióxido de carbono atmosférico).
Por exemplo, os átomos dos isótopos 12C e 13C têm o
mesmo número atómico (Z = 6), isto é, 6 protões no núcleo 2.
e 6 eletrões e diferente número de massa (A = 12 para o 2.1. (B).
isótopo com 6 neutrões no núcleo e A = 13 para o que tem m (solução) = 1 kg = 106 mg
m (soluto)
7 neutrões no núcleo). Assim, a opção correta é a (C). ppm = * 106
m (solução)
4. Orbital (atómica). m (soluto)
Orbital (atómica) é a zona do espaço em torno do núcleo 22 ppm = * 106 § m (soluto) = 22 mg
106 mg
de um átomo onde é elevada a probabilidade de se encon- o que está de acordo com a opção (B).
trar um eletrão (de um átomo) com uma dada energia. 2.2. (A).
Nesta reação, o H2S(aq) é oxidado pelo CL2(aq).
GRUPO II O número de oxidação do elemento S passa de - 2 em H2S
para zero em S(s). Aumenta o número de oxidação,
1.
Dn.o. = 0 - (-2) = +2, logo ocorre uma oxidação. A espécie
1.1. Usando a calculadora gráfica, a equação da reta que se
H2S atua como redutor.
ajusta aos dados que constam na tabela é:
y = 1,267 x + 1,0 * 10- 4 ou m = 1,267 V + 1,0 * 10- 4 3.
m
Como a massa volúmica, r = , obtém-se a partir do 3.1. (B).
V A reação de H2S com água é uma reação de ionização por-
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declive da reta ± r = 1,267 g dm . -3


que nesta reação ocorre uma formação de iões (seguida de
Considerando uma mole de gás: separação e solvatação desses iões). Quanto maior for o pH
M
r= do meio, menor é a [H3O+], pois pH = - log [H3O+].
Vm
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Exames Nacionais Resolvidos

De acordo com o Princípio de Le Chatelier, a diminuição da 3. A reação ocorrida é traduzida pela equação:

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[H3O+] provoca uma evolução do sistema no sentido em 2 A(g) + 3 B(g) — C(g)
que repõe esses iões, ou seja, no sentido direto, favore- Quando, após ter sido atingido o equilíbrio, se aumenta a
cendo a ionização do ácido, o que está de acordo com a concentração de A, diminui o quociente da reação, que é
opção (B). 3C 4
traduzido pela equação: QR =
3.2. 3 A 4 * 3 B 43
2

Ks(FeS) = 6,3 * 10- 18, a 25 ºC Para atingir um novo estado de equilíbrio, mantendo cons-
[H2S] = 0,10 mol dm- 3 tante a temperatura, o sistema evolui no sentido em que o
cm(Fe2 +) = 4,47 g dm- 3 quociente da reação iguala a constante de equilíbrio, e por-
M(Fe) = 55,85 g mol- 1 tanto o quociente da reação tem de aumentar, ocorrendo
• Cálculo da concentração do ião Fe2 +(aq) um deslocamento do equilíbrio no sentido direto.
n m
Como [Fe2 +] = e n = , temos: De acordo com o Princípio de Le Chatelier, o aumento da
V M
m 4,47 g concentração de A favorece a reação direta, o que está de
[Fe ] =
2+
= = 8,00 * 10- 2 mol dm- 3
M V 1 dm -3 * 55,85 g dm-3 acordo com a conclusão anterior.
• Cálculo da concentração do ião S2-(aq) numa solução
saturada de sulfureto de ferro(II) GRUPO IV
Ks = [Fe2+] * [S2- ] § 6,3 * 10- 18 = 8,00 * 10- 2 * [S2- ] § 1. (B).
6,3 * 10 -8
§ [S2- ] = § [S2- ] = 7,88 * 10- 17 mol dm- 3 O esquema que pode representar o circuito montado é o
8,00 * 10 -2 representado em (B), uma vez que (para medir a intensi-
• Cálculo da concentração hidrogeniónica em equilíbrio
dade da corrente que percorre o circuito) o amperímetro
com o ião sulfureto com esta concentração, numa solução
terá de ser ligado em série enquanto (para medir a dife-
de ácido sulfídrico
rença de potencial entre os terminais da resistência de
3 S2 - 4 * 3 H3O + 4 2
Ka = § aquecimento) o voltímetro terá de ser ligado em paralelo.
3 H2S 4
7,88 * 10 -17 * 3 H30 + 4 2 2.
§ 6,8 * 10- 23 = §
0,10 2.1. A diferença de potencial ou a intensidade da corrente
§ [H3O+] = 2,9 * 10- 4 mol dm- 3 elétrica.
Ocorrerá precipitação de FeS para concentrações hidroge- Para calcularem a potência dissipada pela resistência de
niónicas inferiores a 2,9 * 10- 4 mol dm- 3. aquecimento, os alunos tiveram de recorrer à lei de Joule,
4. (D). P = I U, pelo que tiveram de medir a diferença de potencial,
Como o átomo de enxofre, S, situado no grupo 16 da U, entre os terminais da resistência e a intensidade da cor-
Tabela Periódica, tem 6 eletrões de valência e cada átomo rente elétrica, I, que percorre o circuito.
de hidrogénio tem um eletrão, em H2S existem, num total, 2.2.
8 eletrões de valência. P = 1,58 W; m = 1,00 kg
O átomo de enxofre estabelece duas ligações covalentes Para determinar o valor da capacidade térmica mássica
simples com cada um dos átomos de hidrogénio, nas quais recorre-se à expressão: E = m c DT
intervêm 4 eletrões ligantes. Os restantes 4 eletrões de sendo E a energia fornecida pela resistência de aqueci-
valência são não ligantes, o que está de acordo com a mento ao bloco de cobre durante um dado intervalo de
opção (D). tempo, Dt, e DT a variação de temperatura experimentada
durante este intervalo de tempo.
GRUPO III Como E = P Dt, pode escrever-se:
P Dt
1. (D). P Dt = m c DT § c = (1)
m DT
De acordo com o gráfico da figura 1, a concentração de A Os valores de Dt e de DT obtêm-se recorrendo ao gráfico da
diminui 1,00 - 0,49 = 0,51 mol dm- 3 e a concentração de B temperatura em função do tempo. O intervalo de tempo a
diminui 1,00 - 0,23 = 0,77 mol dm- 3.
considerar terá obrigatoriamente que corresponder à varia-
A proporção em que reagem entre si as espécies A e B é
ção linear do gráfico (a partir de t = 30 s).
0,51 (A) para 0,77 (B).
Assim, por exemplo, tem-se para Dt = 140 - 40 = 100 s,
Como 0,51 / 0,77 = 0,66, esta proporção é aproximada-
Dq = 17,90 - 17,52 = 0,38 ºC.
mente de 2 mol de A para 3 mol de B, o que está de acordo
Dq = DT ± DT = 0,38 K
com a opção (D).
Substituindo em (1)
2. (C). 1,58 * 100
c= = 4,16 * 102 J kg- 1 ºC- 1
De acordo com o gráfico, verifica-se que só a partir de t3 as 1,00 * 0,38
concentrações das espécies químicas A, B e C permanecem A capacidade térmica mássica do cobre é igual a
318 constantes no decurso do tempo. 4,16 * 102 J kg- 1 ºC- 1.

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2012 – 1.ª Fase

2.
2.1. O declive da reta representada traduz a intensidade da
3. Dado que a potência dissipada é a mesma (a mesma
resultante das forças que atuam sobre o carrinho.
resistência), para o mesmo intervalo de tempo de aqueci-
A soma dos trabalhos realizados pelas forças aplicadas ao
mento a energia fornecida a cada um dos blocos, de mas-
carrinho é igual ao trabalho realizado pela resultante das
sas aproximadamente iguais, é a mesma.
forças que sobre ele atuam.
Nestas condições, e de acordo com o gráfico (figura 4 do
Da análise do gráfico, como o trabalho é positivo, conclui-
enunciado), a variação de temperatura do bloco de alumí-
-se que a resultante das forças tem o sentido do movi-
nio é menor do que a variação de temperatura do bloco de
mento e o valor do trabalho realizado é:
cobre e como a capacidade térmica mássica é inversa-
E WF»R = FR d cos 0º § WF»R = FR d
mente proporcional à variação de temperatura, c = , Desta expressão conclui-se que o declive da reta represen-
m DT
conclui-se que o alumínio é o metal que apresenta maior tada no gráfico da figura 5 do enunciado é igual à intensi-
valor de capacidade térmica mássica. dade da resultante das forças que atuam sobre o carrinho,
durante a descida da rampa.
GRUPO V 2.2. Dado que o carrinho se desloca com velocidade cons-
tante, a energia cinética é constante e consequentemente
1. Como o carrinho descreve uma trajetória circular com
a sua variação é nula, DEc = 0.
velocidade de módulo constante está animado de movi-
Ao subir a rampa a energia potencial gravítica do sistema
mento circular uniforme.
carrinho + Terra aumenta, ou seja, a variação de energia
1.1. O vetor velocidade do carrinho tem, em cada instante,
potencial gravítica é positiva, DEp > 0.
direção tangente à trajetória e sentido do movimento e o
Como a variação de energia mecânica é igual à soma das
vetor aceleração tem, em cada instante, direção perpendi-
variações da energia cinética e da energia potencial graví-
cular à trajetória (radial) e sentido para o centro da trajetó-
tica, DEm = DEc + DEp, do acima exposto, conclui-se que não
ria (centrípeto).
há conservação de energia mecânica, uma vez que DEm > 0
1.2.
e não nula.
n = 5 voltas; Dt = 47,6 s; D = 50,0 cm = 0,500 m
Para determinar o módulo da aceleração do carrinho, a, 3. (D).
recorre-se à expressão: Da análise do gráfico verifica-se que não está representada
v2 uma função sinusoidal, logo as hipóteses (A) e (C) são eli-
a = (1)
r minadas, pois um som puro é um harmónico descrito por
2p r
onde v = uma função sinusoidal. A intensidade do som está relacio-
T
nada essencialmente com a amplitude, pelo que a opção
Para calcular v tem de se determinar previamente o
(B) não está correta. De facto o espetro traduz um som
período, T, do movimento do carrinho, ou seja, o intervalo
complexo, resultante da sobreposição de vários harmóni-
de tempo para completar uma volta:
cos, sendo correta a opção (D).
Dt 47,6
T= ± T= § T = 9,52 s
n 5,0 0,500
e o raio da trajetória, r = = 0,250 m GRUPO VI
2
2p * 0,250 1.
v= = 1,65 * 10- 1 m s- 1 1.1.
9,52
Substituindo na expressão (1) aar = 24,0 º
(1,65 * 10 -1)2 avidro = 16,0 º
a= = 1,09 * 10- 1 m s- 2
0,250 nar = 1,00
A aceleração do carrinho é de 1,09 * 10- 1 m s- 2. c = 3,00 * 108 m s- 1
1.3. (A). vvidro = ?
Como o período do movimento e o raio da trajetória são Para determinar a velocidade de propagação do feixe de
constantes, o módulo da aceleração não se altera com o luz no vidro tem de se calcular o índice de refração do
aumento da massa, pois só depende destas grandezas: vidro, pois:
c
nvidro =
2
2p
a = a b * r, pelo que as opções (C) e (D) são eliminadas. vvidro
T
De acordo com a 2.ª lei de Newton, a intensidade da resul- O índice de refração do vidro, nvidro, determina-se recor-
tante das forças que atuam sobre o sistema, FR = m a, é rendo à Lei de Snell-Descartes para a refração:
diretamente proporcional à sua massa, logo a opção (B) é nar sin aar = nvidro sin avidro ±
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eliminada. 1,00 * sin 24º = nvidro * sin 16º §


De acordo com o referido, a opção que apresenta os esbo-
1,00 * sin 24°
ços de gráficos que podem representar a = f(m) e FR = f(m) § nvidro = § nvidro = 1,476
sin 16°
é a (A).
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Finalmente, determina-se vvidro: 2. (D).


3,00 * 108 Para que ocorra a reflexão total a luz terá de passar de um

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vvidro = = 2,03 * 108 m s- 1 meio mais refringente (maior índice de refração) para um
1,476
A velocidade de propagação do feixe de luz monocromá- menos refringente para que o raio refratado se afaste da
tica no interior do vidro Flint é igual a 2,03 * 108 m s- 1. normal à superfície de separação no ponto de incidência e
1.2. (B). o ângulo de incidência terá de ser superior ao ângulo crí-
O feixe de luz ao passar do ar para o vidro (face superior do tico (ângulo de incidência para o qual o de refração é igual
paralelepípedo) aproxima-se da normal à superfície de a 90º).
separação dos dois meios no ponto de incidência, pois o
vidro é mais refringente do que o ar, o que está correto em
qualquer um dos quatro esquemas apresentados. Ao pas-
sar do vidro para o ar (face inferior do paralelepípedo) o
feixe afasta-se da normal à superfície de separação no
ponto de incidência, pois o ar é menos refringente do que
o vidro, logo a opção (A) está incorreta. Mais, como as faces
do paralelepípedo são paralelas, então o ângulo de refra-
ção na face superior é igual ao de incidência na face inferior
do paralelepípedo, pelo que o feixe que incide no vidro é
paralelo ao que o abandona, o que se verifica apenas na
opção (B).

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ELETRICIDADE
1. (C)
2.1 A e B.
2.2 C.
3. Elementos de resposta:
A) Como a resistência é igual ao quociente entre a diferença de potencial, 𝑈, e a
corrente, 𝐼, para a mesma diferença de potencial a resistência será tanto maior
quanto menor for a corrente.
B) Como 𝐼B > 𝐼A > 𝐼C , então 𝑅C > 𝑅A > 𝑅B .

4.

OU equivalente

Elementos de resposta:
A) Esquema de circuito sem aparelhos de medida.
B) Colocação correta dos três amperímetros e dos dois voltímetros
5.1 𝐼 = (360 ± 5) × 10−3 A OU 𝐼 = (0,360 ± 0,005) A.
5.2 360 mC OU 0,360 C.
5.3 Elementos de resposta:
A) Determinação de 𝑈: 36 V.
B) Energia por unidade de carga: 36 J.
5.4 a) Elementos de resposta:
A) Para a mesma diferença de potencial, a corrente e a resistência são inversamente
proporcionais. Como a resistência passou a metade, a corrente passou para o dobro,
ou seja, 720 mA.
B) Como o alcance do aparelho é 500 mA, não seria possível medir 720 mA.
b) (B)

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