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Processo nº ...
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
I – DOS FATOS
Na data informada nos autos, dois sujeitos invadem a propriedade do Sr. Josafá
ameaçando ceifar a vida de sua esposa e filhos, caso o agricultor não entregasse dinheiro, esse
que o acusado não possuía. Visto que os invasores tinham visto talões de cheque na casa,
obrigam Josafá a ir aos comércios locais em busca de trocar o título por dinheiro vivo.
Homem de bem como o é, Josafá sem muito esforço consegue trocar os títulos com o
Sr. Josué, na sua farmácia, e com o Sr. Josias em um posto de gasolina, a todo momento Josafá
esteve sob ameaça dos sujeitos que o renderam.
II – DO DIREITO
Nobre julgador, percebe-se no caso em tela que o suposto crime foi praticado no dia
13.03.2020, e a denúncia oferecida pelo MP, foi recebida no dia 14.03.2022.
O tipo penal em questão possui pena máxima de 2 (dois) anos, prescrevendo nos
termos do artigo 109, VI em 3 (três) anos.
Ocorre excelência que na data do fato o acusado possuía 20 (vinte) anos de idade, e
na leitura do artigo 115 do CP, extrai-se que prazo prescricional deverá ser computado pela
metade quando o acusado na data do crime tiver idade inferior a 21 (vinte e um) anos.
Resta evidente que o crime imputado ao denunciado encontra-se prescrito, haja vista
que ada data do fato até o recebimento da denúncia por este juízo, é possível observar que se
passaram 2 (dois) anos, logo está extinta a punibilidade do agente nos termos do artigo 107, IV
do CP.
Vale ressaltar que o tipo penal do artigo 234 do CP, possui pena máxima de 2 anos,
logo é possível afirmar que a denúncia deveria ter sido oferecida no Juizado Especial Criminal,
evidenciado a incompetência deste juízo, devendo os autos serem remetidos ao Juízo
competente, sob pena de nulidade.
Ora nobre julgador, em uma simples leitura do artigo 234 do CP, é possível perceber
que o tipo penal exige elemento subjetivo especial, ou seja, o dolo em transportar
comercializar, distribuir e reproduzir material pornográfico, no entanto não foram essas
condutas praticadas pelo acusado, que tão somente tinha o material dentro de sua mochila
sem nenhuma intenção de praticar os núcleos apontados.
Ademais, insta salientar que por mais que o denunciado estivesse comercializando as
revistas, tal conduta não