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RESOLUÇÃO BCB Nº 246, DE 26 DE SETEMBRO DE 2022

Estabelece limites máximos para a tarifa de


intercâmbio e veda o estabelecimento de
prazos máximos diferentes para a
disponibilização de recursos para o usuário final
recebedor nos arranjos de pagamento
domésticos, de compra, de contas de
pagamento pré-pagas e de depósito e dá outras
providências.

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 22 de setembro de


2022, com base no disposto nos arts. 7º, incisos II e IV, 9º, incisos I, IX, X e XIII, e 15 da Lei nº
12.865, de 9 de outubro de 2013, e tendo em vista o art. 3º, incisos III e V, da Resolução nº 4.282,
de 4 de novembro de 2013,

RESOLVE:

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites máximos para tarifa de intercâmbio e veda o
estabelecimento de prazos máximos diferentes para a disponibilização de recursos para livre
movimentação pelo usuário final recebedor da transação de pagamento nos arranjos de
pagamento classificados como domésticos, de compra, de contas de pagamento pré-pagas e de
depósito, na forma do Anexo I à Resolução BCB nº 150, de 6 de outubro de 2021.

Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, considera-se tarifa de intercâmbio:

I - remuneração, paga pelo credenciador ao emissor do instrumento de pagamento, por


transação estabelecida no âmbito do arranjo de pagamento; e

II - qualquer outra forma de remuneração do emissor do instrumento de pagamento,


estabelecida no âmbito do arranjo de pagamento, com objetivo ou efeito equivalente ao da
remuneração de que trata o inciso I do caput, seja ela paga diretamente pelo instituidor do
arranjo de pagamento, pelo credenciador ou por qualquer outro intermediário na transação de
pagamento.

Art. 3º Nos arranjos de pagamento de que trata o caput do art. 1º:

I - ficam estabelecidos, para cada uma das modalidades, os seguintes limites máximos relativos
à tarifa de intercâmbio:

a) 0,5% (cinco décimos por cento), a ser aplicado em qualquer transação, nos arranjos
classificados como de contas de depósito; e

b) 0,7% (sete décimos por cento), a ser aplicado em qualquer transação, nos arranjos
classificados como de contas de pagamento pré-pagas;

II - é vedado ao seu instituidor estabelecer prazos máximos diferentes entre os arranjos para a
disponibilização de recursos para livre movimentação pelo usuário final recebedor nas
transações de pagamento.

Art. 4º Ficam dispensadas da solicitação de autorização e da respectiva consulta prévia aos


participantes de que tratam os arts. 20 e 28 do Anexo I à Resolução BCB nº 150, de 2021, as

Fonte: www.bcb.gov.br – 26/09/2022 1


alterações no regulamento dos arranjos de pagamento necessárias, exclusivamente, ao
cumprimento das disposições desta Resolução.

Parágrafo único. As alterações de regulamento de que trata o caput deverão ser comunicadas
ao Banco Central do Brasil em até 60 (sessenta) dias após a entrada em vigor desta Resolução.

Art. 5º Ficam revogadas:

I - a Circular nº 3.887, de 26 de março de 2018;

II - a Circular nº 4.020, de 22 de maio de 2020; e

III - a Carta Circular nº 3.917, de 20 de novembro de 2018.

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor:

I - em 1º de novembro de 2022, para as disposições do art. 4º e do inciso II do art. 5º; e

II - em 1º de abril de 2023, para as demais disposições desta Resolução.

Renato Dias de Brito Gomes


Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

Fonte: www.bcb.gov.br – 26/09/2022 2

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