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Ely Zago
Daniel Pasquini
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Q41
Química tecnológica / Deusmaque ... [et al.]. – Uberaba:
Universidade de Uberaba, 2016.
280 p.: il.
Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba.
ISBN 978-85-7777-614-6
Ely Zago
Daniel Pasquini
Ricardo Alexandrino
Capítulo 4 Óxidos................................................................................. 93
4.1 Função óxido...........................................................................................................94
4.2 Formulação dos óxidos e nomenclatura geral........................................................95
4.2.1 Regra geral de nomenclatura........................................................................96
4.3 Ligação química nos óxidos....................................................................................96
4.4 Classificação dos óxidos.........................................................................................97
4.4.1 Óxidos básicos...............................................................................................97
4.4.2 Óxidos ácidos ou anidridos............................................................................99
4.4.3 Óxidos anfóteros..........................................................................................100
4.4.4 Óxidos neutros.............................................................................................100
4.4.5 Óxidos duplos ou salinos.............................................................................101
4.4.6 Peróxidos.....................................................................................................102
4.4.7 Superóxidos.................................................................................................103
4.5 Óxidos e a poluição atmosférica...........................................................................106
4.6 Conclusão..............................................................................................................109
Tomando por base que você já possui algum conhecimento sobre a estrutura
atômica e as ligações químicas, nos capítulos 3, 4 e 5 veremos as relações
entre estes conceitos e as transformações químicas. São dois capítulos
sobre as funções inorgânicas: um, abordando os ácidos, as bases e os sais,
e o outro, tratando dos óxidos. Começaremos pelo estudo das propriedades
desses compostos e suas peculiaridades, passando, em seguida, para o
estudo das principais classes de reações químicas inorgânicas, que podem
ser sistematicamente enquadradas em diferentes grupos, de acordo com
a sua especificidade e terminando com a abordagem de um conjunto de
regras que proporcionará a você a capacidade de prever a ocorrência ou
não de uma reação, com base na natureza química das espécies reagentes.
Bons estudos!
Capítulo
Ligações químicas –
conceitos básicos
1
Introdução
Neste capítulo serão discutidos conceitos sobre ligações químicas
que permitem o entendimento da natureza microscópica da
matéria. Vale destacar que os conceitos aqui trabalhados são
essenciais para entender o conteúdo, principalmente no que diz
respeito à distribuição eletrônica e propriedades periódicas. Cabe
ressaltar que as discussões sobre tais conceitos trabalhados não
se esgotam aqui, pois perpassam as outras unidades temáticas
do curso.
Objetivos
Esperamos que, ao término dos estudos deste capitulo, você seja
capaz de:
• compreender os vários tipos de ligações química entre os
elementos;
• montar as estruturas de Lewis para moléculas simples;
• descrever a importância da regra do octeto nas ligações
químicas bem como suas exceções;
• interpretar o modelo de ligação iônica por meio do modelo
de transferência de elétron;
• entender a ligação covalente, utilizando o modelo de partilhamento
de elétrons;
• aplicar os conceitos construídos em situações práticas;
• analisar diversos tipos de materiais e utilizá-los para
determinado fim com base em suas propriedades.
Esquema
1.1 Os conceitos inicias sobre as ligações químicas
1.1.1 Ligação iônica
1.1.2 Ligação covalente
1.1.3 Símbolo de Lewis para os átomos
1.2 Formação de ligações químicas
1.2.1 Ligação em compostos iônicos
1.2.2 Ligações covalentes e estrutura de Lewis
1.3 Estrutura de Lewis
1.4 A regra do octeto
1.5 Prevendo estruturas de Lewis
1.5.1 Compostos de hidrogênio
1.5.2 Ressonância
1.6 Exceções à regra do octeto
1.7 Ligação metálica
1.7.1 As principais ligas metálicas
1.8 Brave história do DNA – uma “ligação” entre a química e a vida
1.9 Conclusão
UNIUBE 3
Veja que, aos poucos estamos aprofundando cada vez mais nossos
conhecimentos, por isso, não acumular dúvidas passa a ser um procedimento
importante para que você possa ter um bom aproveitamento e, também,
para evitar dificuldades de entendimento à medida que caminharmos para
novas descobertas. Tudo bem?
IMPORTANTE!
A história nos mostra que o caminho foi longo. No início do século XIX,
Dalton imaginava que os átomos sempre se uniam de um a um, de
maneira que a fórmula da água, em vez de ser H 2O , seria HO . Somente
depois de muito tempo, aproximadamente na metade do século XIX,
com as contribuições dos resultados dos estudos e experimentos de
Avogrado e Canizzaro, é que se consolidou a noção de molécula que
conhecemos atualmente, em que várias circunstâncias podem acontecer
para que sejam constituídas.
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
PARADA OBRIGATÓRIA
Grupo Elétrons de
Elementos Elétrons internos
periódico valência
Na 1A 1s ²2 s ²2 p 6 = [ Ne] 3s¹
Si 2A 1s ²2 s ²2 p 6 = [ Ne] 3s ²3 p ²
As 5A 1s ²2 s ²2 p 6 3s ²3 p 6 3d 10 = [ Ar ]3d 10 4 s ²4 p ³
Elementos
de transição
Ti 4B 1s ²2 s ²2 p 6 3s ²3 p 6 = [ Ne] 3d ²4 s ²
Co 8B [Ne] 3d 7 4 s ²
Mo 6B [Ar] 4d 6 5s¹
Essa ideia pode ser racionalizada com base no fato de que os gases
nobres, à exceção do hélio, têm oito elétrons de valência e, dessa
forma, não possuem reatividade. Os gases hélio, neônio e argônio não
se envolvem em nenhuma reação química, enquanto os outros gases
nobres apresentam pequena reatividade química.
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
RELEMBRANDO
Na 1s ²2 s ²2 p 6 3s¹
Cl 1s ²2 s ²2 p 6 3s 2 3 p 5
Como o sódio transferiu seu elétron para o cloro, ele ficou com uma carga
positiva e sua nova configuração é : Na + : 1s ²2 s ²2 p 6 .
Dessa forma a sua camada de valência, passa a ser formada pelos orbitais
2s e 2p, que somam um total de 8 elétrons (octeto completo!).
Por outro lado, o cloro recebeu um elétron do sódio e sua carga passou a
ser negativa.
Neste caso, ocorreu uma ligação química a partir de uma força atrativa,
de natureza eletrostática entre os íons positivos e negativos. Por outro
lado, já na ligação covalente em que os elétrons são compartilhados
e não transferidos, dois átomos de cloro, para completar o seu octeto,
precisam apenas compartilhar um par de seus elétrons, sendo um elétron
de cada átomo, para formar a ligação covalente.
SAIBA MAIS
1
Na( s ) + Cl2( g ) → NaCl( s ) DH 0 = −411,12 KJ / mol
2
1
Ca( s ) + O2( g ) → CaO( s ) DH 0 = −635, 09 KJ / mol
2
Na frente das reações acima, aparece uma grandeza que denominamos
de variação de entalpia (DH°). Essa é uma grandeza muito importante
em química, que se relaciona com a quantidade de calor liberada ou
absorvida no decorrer de uma reação química.
Quando o valor de DHQ for precedido pelo sinal negativo, temos o que
denominamos de reações exotérmicas. No caso representado acima,
temos um exemplo do comportamento químico geral dos elementos
nesses grupos periódicos, que podem ser compreendidos com base
nas propriedades periódicas.
Neste caso, tais elementos irão formar os ânions por meio da adição de
elétrons, de modo que, na maioria dos casos, ter-se-á um íon com uma
configuração eletrônica equivalente à do gás nobre seguinte.
Esta tendência para atingir uma configuração de gás nobre pelo ganho
ou pela perda de elétrons é importante na química dos elementos do
grupo principal. Outra característica muito importante é o fator energético
favorável à formação dos compostos. Em todas as reações químicas em
que a formação dos produtos é favorecida, ou seja, reações químicas
espontâneas, estes têm energia potencial química mais baixa do que os
reagentes.
Atividade 1
IMPORTANTE!
Atividade 2
a) Ca e Cl
b) C e O
c) K e Br
d) C, H e N
Atividade 2
ser feita sobre as moléculas que você viu até aqui: cada átomo (exceto
H) tem na camada de valência quatro pares de elétrons; assim, cada um
atingiu uma configuração de gás nobre, ou seja, está rodeado por um
octeto de elétrons. A tendência das moléculas e íons poliatômicos de
possuir estruturas em que oito elétrons cercam cada átomo é conhecida
como regra do octeto. Na molécula de nitrogênio, uma ligação tripla é
necessária para que se tenha um octeto em torno de cada átomo de
nitrogênio. No átomo de carbono e em ambos os átomos de oxigênio
no C02l a configuração do octeto é atingida por meio da formação de
ligações duplas.
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Aqui todos os seis pares foram atribuídos, mas o átomo de carbono tem
participação em apenas três deles.
Como regra geral, ligações duplas ou triplas são formadas quando ambos
os átomos pertencem à seguinte lista: C, N, O ou S. Isto é, ligações como
C=C, C=N, C=0 e S=0 serão encontradas frequentemente.
1.5.2 Ressonância
IMPORTANTE!
Aqueles compostos de boro, tais como o BF3, em que faltam dois elétrons
para se completar o octeto, são bastante reativos. Como sabemos,
o átomo de boro pode acomodar um quarto par de elétrons, mas
somente quando esse par é fornecido por um outro átomo, já que ele
não apresenta mais um elétron para compartilhar com um outro átomo.
Moléculas ou íons com pares isolados podem desempenhar esse papel.
Você se lembra do par de elétrons isolado sobre o átomo de nitrogênio na
molécula de amônia? Neste caso, a amônia reage com BF3 para formar o
H3N à BF3. A ligação entre os átomos de B e N utiliza um par de elétrons
originado do átomo de N (par isolado). Um outro exemplo, agora com um
íon, é a reação do fluoreto (F–) com BF3 para formar o íon BF4–.
EXPLICANDO MELHOR
EXPLICANDO MELHOR
Atividade 4
SAIBA MAIS
Para qualquer meio conduzir corrente elétrica, ele deve possuir cargas livres
(íons ou elétrons). Nos metais, o “mar de elétrons” é responsável pelo fato
de fios de cobre conduzirem a eletricidade até nossas casas. Esses elétrons
também são responsáveis pela relativa facilidade com a qual os metais
conduzem o calor. Ao colocar uma colher de metal sobre a chama de um
fogão, podemos sentir rapidamente calor até nossas mãos.
Atividade 5
Uma pergunta natural de se fazer é: Por que o DNA tem duas hélices
com o esqueleto O – P – O – C – C – C n a parte exterior e as bases
nitrogenadas no interior? Este fato pode ser explicado pelas propriedades
das ligações entre as moléculas das bases ligadas ao esqueleto. Os
átomos de H unidos ao N, na molécula de adenina, possuem carga
positiva, e isso resulta numa forma especial de ligação, denominada de
ligação de hidrogênio, com a molécula de base da cadeia vizinha. Sendo
assim, a ligação química acaba sendo uma força diretora no processo de
armazenamento das informações genéticas dos indivíduos, sustentando
dessa forma a vida. Você terá uma noção mais detalhada da importância
da ligação de hidrogênio em estudos posteriores.
1.9 Conclusão
Atividade 6
6.2 Por que, quando fundido, o cloreto de sódio conduz corrente elétrica?
a) Hidrogênio e oxigênio
b) Hidrogênio e flúor
Atividade 7
7.5 Explique por que HCl é uma molécula polar e Cl2 não é uma molécula
polar.
7.6 Explique por que uma solução de NaCl conduz corrente elétrica
enquanto uma solução de sacarose (açúcar comum) não conduz. E álcool
etílico (C2 H 5OH ) e água irá conduzir? Explique.
Atividade Integradora
No relatório que deve ser feito sobre o material, você deverá responder às
questões e atender às demandas:
Referências
FEYNMAN,R.P. O prazer da descoberta. Lisboa: Gradiva, 2006.
KOTZ, J.C.;TREICHEL ,J.P. Química geral e reações químicas. V.2.3.ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 2005.
Capítulo
Estudo das grandezas
químicas
2
Introdução
Objetivos
O presente capítulo tem como objetivos:
Esquema
2.1 Grandezas químicas;
2.2 Massa atômica ou peso atômico;
2.3 Massa das moléculas;
2.4 Fórmula mínima ou fórmula empírica.
2.5 Conclusão
IMPORTANTE!
Mas como trabalhar com as massas de partículas tão pequenas como a dos
átomos, das moléculas ou dos íons?
Urânio-235 (92 U
235
) Utilizado na produção de energia nuclear
131
Empregado no tratamento de câncer e outras, patologias
lodo-131 (53 I )
da glândula tireoide
99
Tecnécio-99 ( 43 Tc ) Utilizado na medicina para obtenção de imagens do cérebro
32
Fósforo-32 (15 P3 ) Utilizado na detecção de tumores na pele
14
Usado para determinar a idade de achados arqueológicos
Carbon o-14 ( 6 C ) que o contém
IMPORTANTE!
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
IMPORTANTE!
abundância em % do isótopo1
Massa atômica = x (massa isótopo 1)
100
abundância em % do isótopo 2
+ x (massa isótopo 2)
100
abundância em % do isotopo 3
+ x (massa isótopo 3) =
100
Resolução:
99,985 0, 015 0
Massa atômica
= x (1, 0078 ) + x ( 2, 0141) + x ( 3, 0161=
) 1, 00795u
100 100 100
• novos medicamentos;
• materiais mais resistentes;
• chips de computadores cada vez menores;
• tornando a água ideal para consumo humano;
• aumentando a produtividade agrícola etc.
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Gay Lussac, trabalhando com outros gases, concluiu que numa reação
química entre substâncias gasosas, quando a pressão e temperatura são
constantes, os reagentes e produtos guardam entre si uma proporção
definida que é expressa por números inteiros. Temos outro cientista,
talvez o mais importante desta história, que aproveitou os dados de Gay
Lussac em seus estudos. Estamos falando do químico italiano Amedeo
Avogadro (1776-1856), sendo um dos primeiros cientistas a distinguir
átomo e moléculas.
UNIUBE 49
Observações
experimentais de Gay- 1 volume 1 volumes 2 volumes
Lussac
Hipótese de Avogadro X moléculas X moléculas 2X moléculas
H2 + Cl2 → 2HCl
IMPORTANTE!
12 g
Número de átomos de carbono 12 = = 6, 0221x1023
1,99265 x10−24
IMPORTANTE!
EXEMPLIFICANDO!
A glicose tem fórmula molecular C6H12O6. Significa que temos seis átomos
de carbono, doze átomos de hidrogênio e seis átomos de oxigênio. Pela
tabela periódica, obtemos as massas atômicas de cada elemento. Assim
temos que:
MM(C6H12O6) = 6 x 12 + 12 x 1 + 6 x 16 = 180 u
A sacarose é um açúcar que pode ser obtido a partir da cana-de-açúcar e é
utilizado na produção de álcool. Sua formação molecular é C12H22O11.
MM(C12H22O11) = 12 x 12 + 22 x 1 + 11 x 16 = 342 u
MM[Mg(OH)2] = 24 x 1 + 16 x 2 + 2 X 1 = 58 u
IMPORTANTE!
EXEMPLIFICANDO!
1 átomo de sódio, Na, tem massa igual a 23 u e 1 mol de Na, que equivale
a uma massa de 23 g.
1 íon sódio, Na+, tem massa igual a 23 u e 1 mol de íons Na+, que equivale
a uma massa de 23 g.
1 molécula de água, H2O, tem massa igual a 18 u e 1 mol de H2O, que
equivale a uma massa de 18 g.
1 molécula de glicose, C6H12O6, tem massa igual a 180 u e 1 mol de C6H12O6,
que equivale a uma massa de 180 g.
52 UNIUBE
Exemplos Práticos:
% do elemento =
( número de átomos do elemento ) x ( massa atômica do elemento ) x 100% Glicose,
massa molecular do composto
C6 H12O6 = 180u , deste modo podemos dizer que :
%C =
( 6 ) x (12 ) x 100% = 40%
180
=
( ) x (1) x 100% 6, 67%
%H =
12
180
(6) x (16 )
=%O = x 100% 53,33%
180
UNIUBE 53
C40%H6,67%O53,33%
Resolução:
• Em 100g do composto temos: 73,14 de Carbono, 7,37 g de hidrogênio
e 19,49 g de oxigênio.
• Podemos calcular o número de mols de cada elemento através da
massa molar.
1 mol de C 12,011 g
x 73,14g
73,14 x 1 mol
=x = 6, 089 mols carbono
12, 011g
1 mol de H 1,008 g
x 7,37g
73,14 x 1 mol
=x = 7,31 mols hidrogênio
1, 008 g
54 UNIUBE
19, 49 g x 1 mol
=x = 1, 218 mols oxigênio
15,999 g
1 mol de CO2 = 1 x 12 + 2 x 16 = 44 g
1 mol de H2O = 2 x 1 + 1 x 16 = 18 g
56 UNIUBE
1 mol de C 12 g de C
Y mol 4,4 g de C Y = 0,3667 mol de Carbono
18 g de H2O 2 g de H
7,432 de H2O X g de H X = 0,8258 g de Hidrogênio
IMPORTANTE!
2.5 Conclusão
Referências
BROWN,L.; LEMAYH. E.; BURSTEN B. E. Química: a ciência central. 9. Ed. São Paulo:
Pearson Prentice-Hall,2005.
Capítulo
Funções inorgânicas:
ácidos, bases e sais
3
Introdução
Prezados (as) alunos (as), as substâncias químicas podem ser
agrupadas de acordo com suas propriedades comuns. Estas
propriedades comuns são chamadas de propriedades funcionais.
A partir dessas propriedades, podemos agrupar as substâncias
em grupos denominados de funções inorgânicas. As funções
inorgânicas que iremos estudar neste capítulo serão: ácidos,
bases e sais.
Objetivos
O presente capítulo tem como objetivos:
• comparar as funções inorgânicas ácidos, bases e sais quanto
a formulação, classificação estrutura e nomenclatura;
• utilizar exemplos do cotidiano, para explicitar fatos e conceitos
sobre ácidos, bases e sais;
• correlacionar às propriedades periódicas com as funções
inorgânicas: ácidos, bases e sais.
Esquema
3.1 Estudo das propriedades físicas e organolépticas das funções
ácido, base e sal
3.1.1 Aplicação das propriedades organolépticas e fisiológicas
de alguns grupos de substâncias
3.2 Estudo das funções ácido e base
3.2.1 Função ácida
3.3 Nomenclatura e fórmula dos ácidos
3.3.1 Ácidos não oxigenados
3.3.2 Ácidos oxigenados
3.3.3 Determinação teórica da força ácida
3.3.4 Força nos hidrácidos
3.3.5 Força nos oxiácidos
3.4 Fórmulas estruturais dos ácidos
3.5 Reações de ionização
UNIUBE 61
As bases, antes dessas teorias modernas, eram definidas por uma série
de propriedades comuns, como:
IMPORTANTE!
Cuidado! Sabor não é critério para classificar substâncias, pois, por uma
questão de segurança, não podemos provar qualquer produto. Ele pode
ser tóxico!
UNIUBE 63
IMPORTANTE!
Você deve ter percebido que temos dois grupos de substância dentre os
materiais testados, sendo um dos grupos, as substâncias que fizeram
com que o pano adquirisse a cor avermelhada, e outro a cor verde. O
grupo que produz a cor avermelhada é chamado de ácidos e o grupo
que produz a cor verde ou amarelada é chamado de álcalis ou bases.
Ácidos Bases
Dissociação Iônica
É a separação dos íons que ocorre quando uma substância iônica dissolve-
se em água. É um processo em que se dá a separação de íons em uma
fórmula. Estes íons podem voltar a recombinar-se para dar origem à
substância original.
UNIUBE 65
Ionização
É o processo em que íons são formados quando certas substâncias
moleculares (covalentes) dissolvem-se em um solvente apropriado (polar
com polar, apolar com apolar).
NaOH H 2O
← → Na+ + OH–
Ca(OH)2 H 2O
← → Ca2+ + 2OH–
H2SO4 H 2O
← → 2H+ + SO42–
HNO3 H 2O
← → H+ + NO3–
Ex: HCl(aq) ←
→ H+
(aq)
+ Cl–(aq)
NOTA: Hoje, nós sabemos que o íon H+ interage com a água, ligação
coordenada, formando o íon hidrônio ou hidroxônio (H3O+), forma mais
estável.
66 UNIUBE
H +
H Cl + H2O + Cl–
O
Cloreto de H H Ânion
Hidrogênio Cloreto
Cátion
Hidroxônio
IMPORTANTE!
Ácidos
IMPORTANTE!
Corrente elétrica
SAIBA MAIS
Condutibilidade elétrica
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Alguns ácidos podem ser obtidos pela desidratação parcial de outros ácidos.
Isso você pode constatar a partir das estruturas a seguir de alguns ácidos
contendo o fósforo (P).
H3PO4 x 2 = H6P2O8
–H2O
H4P2O7 ácido pirofosfórico
SAIBA MAIS
Orto
Meta
Significa que foi retirada uma molécula de água do orto por desidratação.
Piro
Significa que foi retirada uma molécula de água de duas moléculas de ácido orto.
Para os hidrácidos:
IMPORTANTE!
• Fortes
Em ordem decrescente de força: HI (aq), HBr(aq), HCl(aq).
72 UNIUBE
• Moderado
HF (aq).
• Fraco
Todos os demais.
O O
Cl
Cl OH O OH Cl OH O Cl OH
O O
Ácido Ácido Ácido Ácido
hipodoroso cloroso clórico perclórico
Por exemplo:
Observe os exemplos:
H3BO3: (3 – 3 = 0) HClO: (1 – 1 = 0)
Observação: Somente dois ácidos não seguem esta regra: o ácido fosforoso
(H3PO3) e o hipofosforoso (H3PO2). Estes têm 2 e 1 hidrogênios ionizáveis,
respectivamente, ligados diretamente no fósforo. Veja os exemplos:
H2SO4: S HO S OH HO S OH
O
Primeiro passo Segundo passo Terceiro passo
OH OH
H3PO4: P HO P OH HO P OH
O
Primeiro passo Segundo passo Terceiro passo
O O
H2O
H O S O H O
–
S O– + 2H+
O O
Cátion
Ácido Sulfúrico Ânion sulfato hidrogênio
H2SO4 2H+ + SO 4
2-
IMPORTANTE!
HCl H+ Cl–
+ ânion cloreto
Ácido cloridríco cátion hidrogênio
HClO3 H+ ClO3–
+ ânion clorato
Ácido clórico cátion hidrogênio
HNO2 H+ NO2
+
Ácido nitroso cátion hidrogênio ânion nitrito
HBr H+ Br
+
Ácido bromídrico cátion hidrogênio ânion brometo
HBr
+ H2O → H3O+ + Br-
SAIBA MAIS
Bases
Primeiro exemplo:
Segundo exemplo:
Terceiro exemplo:
Quarto exemplo:
Quinto exemplo:
IMPORTANTE!
Neste ponto, recomendamos que você procure saber mais sobre Nox de um
átomo em um composto. Todas as referências aqui indicadas podem servir
de auxílio ao aluno. De maneira geral, o Nox pode ser entendido como sendo
a carga efetiva de um átomo em um composto, a qual pode ser facilmente
encontrada seguindo algumas regras.
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Ácido Base
Doa um próton Aceita um próton
(H+) para se (H+) para se
transformar em Cl– transformar em HCl
Base Ácido
Aceita um próton (H+) Doa um próton (H+)
para se transformar para se transformar
em H2O+ em H2O
IMPORTANTE!
Observe a seguir:
Primeiro par conjugado Segundo par conjugado
+
doa H
→
+
Cl– H2O
recebe H
HCl ←
← →
H3O+
IMPORTANTE!
Substâncias como a água, que ora se comporta como base, ora se comporta
como ácido, são chamadas de anfóteras.
Gilberto Newton Lewis, cujo nome está associado a uma definição geral
de ácido (substância capaz de receber um par de elétrons) e de base
(substância capaz de doar um par de elétrons), dedicou-se também à
preparação de uma amostra de água na qual os átomos de hidrogênio
fossem substituídos por deutério (2H): a “água pesada”(D2O).
UNIUBE 85
Ligação covalente
coordenada
H F
H N B F
H F
Base Ácido
Observe que o boro fez três ligações covalentes comuns com o flúor,
ficando com seis elétrons na última camada. Dessa forma, ele pode
aceitar um par de elétrons do nitrogênio da amônia para completar seu
octeto.
IMPORTANTE!
Líquido incolor com odor forte, altamente tóxico, irritante nos olhos. Usado
na indústria têxtil, fabricação de borracha, fertilizantes, revelação de filme
fotográfico. É usado ainda na indústria farmacêutica, na fabricação de
tintas, explosivo, em detergentes e, em alimentos.
3.12 Sais
a) Reação de neutralização
b) Reação de deslocamento
c) Reação de síntese
CaO(s) + SO3(g) → CaSO4(s)
É importante que você saiba que os íons que formam os sais podem ser
monoatômicos (como o ânion fluoreto, F–, ou o cátion cálcio, Ca2+) ou
poliatômicos (como o ânion sulfato, SO42–). Podem ainda ser inorgânicos
(como o sulfato, SO42–) ou orgânicos (como o ânion acetato,CH3COO–).
A neutralização dos ácidos pelas bases pode ser total ou parcial, dando
origem a sais neutros, ácidos ou básicos. Veja, a seguir, as reações de
neutralização total, neutralização parcial do ácido, neutralização parcial
da base.
O nome de um sal normal deriva do ácido e da base que lhe dão origem;
apenas a terminação do nome do ácido sofre alteração, de acordo com
a seguinte regra:
Ânion (constituinte da
Ácido
estrutura do sal)
ídrico eto
ico ato
oso ito
Exemplo:
Exemplo:
Ocorre quando um di, tri ou tetrácido reage com uma base e nem todos os
hidrogênios ionizáveis são neutralizados, originando um hidrogênio sal.
90 UNIUBE
SAIBA MAIS
Os nomes dos sais ácidos são semelhantes aos dos sais normais, porém:
a) Indica-se o número de cátions pelos prefixos mono, di, tri...
KH2PO4→fosfato (mono) potássico
K2HPO4→fosfato di-potássico
Ocorre quando uma di, tri ou tetrabase reage com um ácido e nem todas
as hidroxilas são neutralizadas formando um hidróxissal, cujo caráter
pode ser ácido, básico ou neutro, conforme mencionado anteriormente.
Exemplo:
Ca(OH)2 + HCl→ CaOHCl + H2O
3.13 Conclusão
Referências
ATKINS,P.;JONES,L. Principios da química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente, 1.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BROWN, Theodore L. et. Ai. Química, a ciência central. 9. Ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
FELTRE, Ricardo, Química: química geral. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 1989. Vol 1.
Capítulo Óxidos
4
Introdução
Prezado (a) aluno (a), neste capítulo iremos abordar um assunto
de extrema importância, a função óxido. Esta função inorgânica
está relacionada com a interação do elemento químico oxigênio
com a grande maioria dos elementos químicos, formando as mais
variadas substâncias. Iremos verificar, posteriormente, que esta
função, em termos práticos, pode ser considerada a precursora das
funções inorgânicas ácidos e bases, já estudadas anteriormente.
Essa versatilidade de compostos abrangendo a função óxido se
deve em parte à elevada eletroatividade do elemento químico
oxigênio (forte agente oxidante) em oxidar diversos átomos,
formando os óxidos (compostos binários do oxigênio). Iremos
também classificar os óxidos, em função de suas composições
químicas, estruturas, reatividades, aplicações, ressaltando as suas
principais nomenclaturas.
Objetivos
O presente capítulo tem como objetivos, levar o aluno a:
• reconhecer a formulação dos óxidos em seus arranjos
moleculares e iônicos;
• analisar e diferenciar óxidos moleculares de óxidos iônicos;
• reconhecer os produtos de reações dos óxidos com a água;
• caracterizar os óxidos anfóteros, duplos, neutros, peróxidos
e superóxidos, evidenciando suas principais reações e
aplicações práticas.
Esquema
4.1 Função óxido
4.2 Formulação dos óxidos e nomenclatura geral
4.2.1 Regra geral de nomenclatura
4.3 Ligação química nos óxidos
4.4 Classificação dos óxidos
4.4.1 Óxidos básicos
4.4.2 Óxidos ácidos ou anidridos
4.4.3 Óxidos anfóteros
4.4.4 Óxidos neutros
4.4.5 Óxidos duplos ou salinos
4.4.6 Peróxidos
4.4.7 Superóxidos
4.5 Óxidos e a poluição atmosférica
4.6 Conclusão
Óxido pode ser definido como um composto binário que contém oxigênio
como elemento mais eletronegativo. Essa definição abrange óxidos
formados pela interação do oxigênio com quase todos os elementos da
tabela periódica. O único elemento mais eletronegativo que o oxigênio é
o flúor, por isso o OF2 (fluoreto de oxigênio) não é considerado um óxido.
UNIUBE 95
Exemplos:
E x + O 2− → E2Ox
Al 3+ O 2− → Al2O3
Prefixo (número
Prefixo (número de
de elemento) + + nome do
oxigênio) + (Mono, di, óxido de +
(Mono, di, tri, elemento
tri, tetra)
tetra)
Fe3O4
Exemplo: triferro tetróxido
Exemplo:
Exemplo:
SAIBA MAIS
Exemplo:
Nesse caso, você irá perceber que os óxidos duplos apresentam uma
estrutura que pode ser compreendida como sendo a junção de duas
outras estruturas do mesmo elemento com o oxigênio (reação de
adição ou síntese). Eles sofrem decomposição (aquecimento, pirólise),
originando dois óxidos.
Óxido duplo
Na reação acima, você pode perceber claramente o que foi dito na definição
de óxido duplo, em que o Fe3O4 (óxido duplo) reage com o ácido clorídrico
(HCl), produzindo dois sais: o cloreto ferroso (oriundo da reação do FeO
com o ácido) e o cloreto férrico (oriundo da reação do Fe2O3 com o ácido).
4.4.6 Peróxidos
Os peróxidos são óxidos que reagem com a água ou com ácidos diluídos,
produzindo água oxigenada (H2O2). São substâncias que apresentam
uma ligação oxigênio-oxigênio na qual o estado de oxidação do oxigênio
é –1. Geralmente se comportam como substâncias oxidantes. Em contato
com material inflamável, podem provocar inclusive explosões.
Estrutura geral: – O – O –
Reações:
Peróxido + de + elemento
SAIBA MAIS
4.4.7 Superóxidos
Reação de redução:
O2 + e– → O2–
Reação envolvida:
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
Reações envolvidas:
I) N2 + O2 → 2 NO
II) 2NO + O2 → 2NO2
III) 2NO2 + H2O → HNO3 + HNO2
O ácido nítrico (HNO3) não surge apenas devido à poluição. Nos raios
que ocorrem durante as tempestades também há formação de NO e NO2,
que levam ao surgimento desses ácidos na água. Por isso, quantidades
moderadas de HNO3 podem existir na água da chuva, mesmo na
ausência da pouição. O NO2 também contribui para a formação da
camada de ozônio na atmosfera através da seguinte reação:
NO2 + O2 → NO + O3
S + O2 SO2
Reação de
produção do 2SO2 + O2 2SO
ácido sulfúrico
SO3 + H2O H2SO
N2 + O2 2NO
4.6 Conclusão
Referências
ATKINS P. e JONES L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 3. ed. Bookman Companhia Editora, 2006.
PERUZZO, F.M.,CANTO, E.L. Tito e canto: uma abordagem do cotidiano. vol 1. São
Paulo: Moderna, 2002, cap. 8.
Introdução
Neste capítulo será realizada uma abordagem das reações
químicas do ponto de vista microscópico, buscando a
compreensão daquilo que observamos em nível macroscópico.
Serão apresentados vários tipos de reação que poderão ser
classificadas de acordo com a quantidade de espécies que
aparecem nos reagentes e produtos, e a natureza das mesmas.
Bom trabalho!
112 UNIUBE
Objetivos
O presente capítulo tem como objetivos:
• usar equações iônicas para especificar a natureza das
reações em meio aquoso;
• compreender a natureza da força motriz das reações iônicas.
• interpretar a ocorrência ou não ocorrência de uma reação
química;
• analisar o caráter das reações ácido-base em meio aquoso
como processo de transferência de prótons;
• discutir a presença de elementos em alguns tipos importantes
de reações de oxidorredução: síntese, decomposição e
deslocamento.
Esquema
5.1 As principais classes de reações químicas
5.1.1 Considerações iniciais
5.1.2 Importância da água como solvente
5.1.3 Reações de precipitações e reações ácido-base
5.1.4 Escrevendo reações iônicas em meio aquoso
5.2 Reações de precipitação
5.2.1 A força motriz de reações de precipitação em meio aquoso
5.2.2 Predizendo se uma reação de precipitação irá ocorrer
5.3 Reações ácido-base
5.3.1 A força motriz da reação ácido-base: formação de H2O
a partir de H+ e OH–
5.3.2 Análise mais precisa das reações ácido-base
5.3.3 Reações ácido-base que formam um produto gasoso
5.4 Reações de oxidorredução
5.4.1 Processos redox na formação de compostos iônicos
moleculares
5.4.2 Terminologia essencial em oxidorredução
5.4.3 Uso do número de oxidação para monitorar o movimento
de elétrons
UNIUBE 113
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
A presença de cargas parciais sobre a molécula de água faz que ela seja
um excelente solvente líquido para compostos iônicos. Alguns sólidos
comportam-se de modo similar. Um exemplo é o poli(óxido de etileno), um
polímero cuja estrutura é representada a seguir.
H H δ–
C
C C
δ+
H H
n
poli(óxido de etileno)
SAIBA MAIS
Ionização e dissociação
Em livros do segundo grau é comum encontrarmos uma distinção entre
ionização e dissociação, entendendo por ionização a formação de íons a
partir de substâncias moleculares, e dissociação, a separação de íons em
um composto iônico ou separação de moléculas em um composto molecular,
tal como a sacarose, em meio aquoso.
118 UNIUBE
A B A+ + B–
Observe a quebra da ligação covalente, de modo que o par de elétrons das
ligações fica com uma das espécies para formar o ânion, enquanto a que
perde é transformada em um cátion.
Equação molecular
2AgNO8(aq) + Na2CrO4(aq) Ag2CrO4(s) + 2NaNO3(aq)
Nitrato de Cromato Cromato Nitrato de
Prata de Sódio de Prata Sódio
IMPORTANTE!
Quando soluções de tais íons estão mituradas, eles colidem e ficam juntos,
e a substância resultante “sai da solução” para formar um preciptado.
IMPORTANTE!
Então, como podemos saber se uma reação química irá ou ocorrer ou não?
122 UNIUBE
IMPORTANTE!
Na + ( aq ) + I – ( aq ) + K + ( aq ) + NO3 – ( aq )
→?
Além dos dois reagentes iniciais (NaI e KNO3), que sabemos serem
solúveis, as possíveis combinações cátion-ânion são NaNO3 e KI. Neste
caso não irá ocorrer nenhuma reação, pois as duas outras substâncias
que seriam formadas são também solúveis. Em conseqüência deste fato
os íons antes dissolvidos simplesmente permanecerão como solução.
2 Na + ( aq ) + 2 I – ( aq ) + Pb 2+ ( aq ) + 2 NO – 3( aq )
→ 2 Na + ( aq ) + 2 NO – 3( aq ) + PbI 2( s )
SAIBA MAIS
HX H+(aq) + X(aq)
Ácido de
Arrhenius
Uma base é uma substância que produz íons OH– como único ânion
quando dissolvida em água.
Os óxidos iônicos solúveis, como o K2O, atuam como bases fortes porque
o íon óxido (O2–) reage com a água para formar o íon hidróxido (OH).
Bases fracas, como a amônia, não contêm o íon OH–. Porém, pode
formá-lo em pequena quantidade, quando reage com a água.
NH3(g) + NH +
H2O(I) + OH–(aq)
4 (aq)
Observe a remoção dos íons H+(aq) e OH–(aq) para formar água (H2O).
Eliminando da equação acima os íons espectadores (Ba2+ e Cl ),
obtém-se a equação iônica simplificada:
IMPORTANTE!
Presente na
formulação do
antiácido
Principal
componente do
suco gástrico
H+ é transferido
→ H 3O + ( aq ) + Cl – ( aq )
HCl( g ) + H 2O( I )
H 3O + ( aq ) + Cl(–aq ) + Na(+aq ) + OH – ( aq )
→ H 2O( s ) + Na + ( aq ) + Cl – ( aq ) + HOH ( I )
Ácido Base
H 3O + ( aq ) + OH – ( aq )
→ H 2O( I ) + HOH ( I ) ou 2 H 2O( I )
Veja que são idênticas, com uma molécula de água adicional, proveniente
do H3O+. Claramente, uma reação entre um ácido e uma base é um
processo de transferência de prótons. Assim sendo, os íons Na+ e Cl–
permanecem em solução, e se evaporarmos a água, obteremos o sólido
iônico NaCl (sal de cozinha).
O produto H2CO3(aq) é colocado entre colchetes pelo fato dele ser instável,
pois se decompõe imediatamente em água e dióxido de carbono.
[H2CO3(aq)] H2O(I) + CO2(g)
IMPORTANTE!
2e–
Mg2+
Transferência
de elétrons Sólido
O Iônico
Mg +
O2–
132 UNIUBE
IMPORTANTE!
δ–
δ+
H H H Cl
Deslocamento
Pares de elétrons de életrons Pares de elétrons
compartilhados compartilhados
igualmente desigualmente
δ+ δ–
Cl Cl H Cl
SAIBA MAIS
Fe3+ Nox +3
Pb+2 Nox +2
Pb 4+
Nox +4
Al 3+
Nox +3
a) Regra gerais
1. Para um átomo ou molécula em sua forma elementar (Fe, Na, O2, Cl2 etc.):
Nox = 0
2. Para um íon monoatômico: Nox = carga do íon
3. A soma dos valores de Nox para os átomos em um composto neutro é igual a zero.
A soma dos valores de Nox para um íon poliatômico é igual à carga do íon.
Interpretando o esquema
Para a maioria dos elementos dos grupos principais (grupo A), o maior
valor do número de oxidação corresponde ao respectivo número do grupo
ou família a que ele pertence (1A, 2A, etc.). Por exemplo: o cloro (Cl)
pertence ao grupo 7A. Sendo assim, o seu maior Nox é +7, tal como
no ácido perclórico (HClO4). O enxofre (S) é do grupo 6A. Portanto, seu
maior Nox será +6, sendo este encontrado no trióxido de enxofre (SO3)
e no ácido sulfúrico (H2SO4). As exceções são o flúor (F é grupo 7A)
e o oxigênio (O é grupo 6A). O maior Nox do flúor é zero, sendo este
encontrado nos átomos da molécula de flúor (F2), e não +7 como sugere
a regra anterior. Já o oxigênio possui seu maior Nox no composto OF2.
Neste caso seu Nox é +2, diferente de +6, que é o maior Nox para os
membros de seu grupo.
Menor Nox = 6 – 8 = – 2
X perde elétrons
X sofre oxidação
e–
X é o agente redutor
X aumenta o Nox
Transferência ou
X deslocamento Y Y ganha elétrons
de elétrons Y sofre redução
Y é o agente oxidante
Y diminui o Nox
X+Y→Z
b) Reações de decomposição
Z→X+Y
c) Reações de deslocamento
X + YZ → XZ + Y
138 UNIUBE
Quando dois elementos reagem entre si, eles podem formar compostos
binários com caráter iônico ou covalente, sendo que em todos os casos,
teremos uma transferência de elétrons de uma espécie para outra ou um
deslocamento de elétrons, o que significa que os elementos irão mudar
seu Nox após a reação. Observe os exemplos a seguir:
Quando o alumínio (um metal) reage com o oxigênio (não metal), eles
formam o óxido de alumínio, um composto de caráter iônico.
0 0 +3 –2
–3
0 0 +1
+3
0 0 –1
+2
0 0 –2
+2 +4
–2 0 –2
+3 +5
–1 0 –1
–2 –2 +4
Decomposição térmica
+1 –2 +1
O
+5 –1
a) Decomposição eletrolítica
–2
0 0
+1
Eletricidade
2 H2O(I) 2 H2(g) + O2(g)
Muitos metais como o sódio, magnésio e cálcio são produzidos
industrialmente através da eletrólise de seus sais de cloreto na forma
fundida.
+2
–1 0 0
Eletricidade
MgCl2(I) Mg(I) + Cl2(g)
+1
0 +1 +3 0
–2 –2
Entretanto, outros metais menos reativos, tais como níquel e estanho, não
reagem com água mesmo sob aquecimento, mas reagem com ácidos,
dos quais deslocam H2 mais facilmente. A equação iônica simplificada
do processo é apresentada a seguir:
0 +1 +2 0
De acordo com esse resultado, podemos dizer que o zinco (Zn(s)) é mais
reativo do que o cobre (Cu(s)). Já, quando comparamos o Cu(s) e a prata
(Ag(s)), o primeiro (cobre) é mais reativo que o último (prata).
–2 –2
+1 0 +2 0
+5 +5
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
Reação de combustão x O2
ou
SAIBA MAIS
5.6 Conclusão
Referências
BROWN,Theodire. L; LEMAY,H.Eugene; BURTEN JÚNIOR, Bruce E. Química:
a ciência central. 9. ed. São Paulo. Pearson Prentice Hall, 2005.
KOTZ,J.C., TREICHEL, J.P. Química geral e reações químicas. 3. ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 2005. vol . 2.
Capítulo Estequiometria
6
Introdução
Neste capítulo, iremos abordar a estequiometria, assunto
fundamental e relevante, uma vez que se insere em diversas áreas
do conhecimento da química, como nas análises quantitativas e
qualitativas que serão discutidas com maior detalhamento nos
capítulos relacionadas à Química Analítica, à Físico-Química, entre
outros.
Objetivos
• Quantificar uma reação química a partir de seus coeficientes
estequiométricos.
• Utilizar as relações quantitativas em cálculo estequiométrico.
• Diferenciar rendimento teórico e real.
• Reconhecer o reagente limitante em um processo reacional.
• Desenvolver análises quantitativas em reações não elementares.
Esquema
6.1 Introdução à estequiometria
6.2 Passos para a resolução dos cálculos
6.3 Tipos de cálculo estequiométrico
6.3.1 Quando o dado e a pergunta são expressos em mol
6.3.2 Quando o dado e a pergunta são expressos em massa
6.4 Enunciado em mol, resposta em volume
6.5 Reagente limitante
6.5.1 Quando são dadas as quantidades de dois ou mais reagentes
6.5.2 Rendimento teórico
6.5.3 Rendimento percentual
6.6 Impureza
6.7 Conclusão
UNIUBE 149
IMPORTANTE!
Segundo Proust, a massa das substâncias que reagem e que são produzidas
em uma reação química obedecem sempre a uma proporção constante,
sendo que esta proporção é característica de cada reação.
Grandeza: volume
(CNTP; P = 1 bar;
22, 714L (1mol) 3.22,714L (3mols) 2.22,714L (2 mols)
T = 273,15 K;
1 mol = 22,714L)
De acordo com os dados (acima), fica evidente que para qualquer tipo
de grandeza usada a reação de síntese da amônia sempre obedece a
uma proporção constante de 1:3:2.
150 UNIUBE
“Em toda reação química a massa dos reagentes é igual à massa dos
produtos.”
Conservação da massa →
28 g de N2 + 6 g de H2 formam 34 g de NH3.
Conservação da massa →
280 g de N2 + 60 g de H2 formam 340 g de NH3.
UNIUBE 151
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
Exemplo:
Seguindo os passos citados acima, vamos utilizar desse raciocínio para
produzir amônia (NH3).
152 UNIUBE
I) Equação:
N2(g) + H2(g) NH3(g)
II) Balanceamento:
II) Balanceamento:
SAIBA MAIS
Comece pelos elementos que aparecem uma única vez no lado dos
reagentes e no lado dos produtos. Dê preferência ao elemento que
possuirmaior índice.
Relações
Equação Balanceada
quantitativas
Volume
1 x 22,714 L 3 x 22, 714 L 2 x 22,714 L
(CNTP)*
Dados: S = 32; O = 16
Resolução:
X = 400 g de SO2
Resolução:
Dados:
Massas atômicas: Fe = 56; O = 16; C = 12
Volume molar nas CNTP = 22,714 L (P = 1 bar ; T = 273 K)
Resolução:
Esse exercício retrata a produção do ferro bruto (ferro gusa) no alto forno
siderúrgico, em que o monóxido de carbono é agente redutor poderoso, e
reduz o óxido de ferro a ferro metálico, através das seguintes equações:
156 UNIUBE
6 FeO + 6 CO → 6 Fe + 6 CO2
IMPORTANTE!
p = m0 / mt
0,65 = m0 / 1500
Esse cálculo também poderia ser efetuado por uma simples regra de
três:
1500 kg 100%
X 65%
X = 975 kg de Fe2O3
UNIUBE 157
X = 17 . 30 = 510 g de NH3
Ou seja:
produzem
1 mol de S8 (g) 8 mols de SO3 (g)
256,53g 8. 80,063g
10g X
X = 24,97 g de SO3 (g) são produzidos
160 UNIUBE
• indústria química;
• petroquímica;
• alcoolquímica;
• alimentícia;
• farmacêutica;
• metalúrgica;
• fertilizantes;
• dessulfurização de gases;
• na Engenharia civil, em argamassas de assentamento e revestimento,
em pinturas, na fabricação de blocos construtivos e tijolos, na
estabilização de solos, nas misturas asfálticas, e outros;
• no setor de saneamento básico, para tratamento de água, em
substituição à barrilha.
SAIBA MAIS
a) passo a passo
0,22 mols Y
0,22 mols Z
Z = 4,99 L de CO2(s)
produzem
1 mol de CaCO3(s) 1 mol de CO2
Resolução:
Agora, se você iniciar os cálculos com base nos 2,5 mols de NaOH
concluirá que o H2SO4 é o reagente que está em excesso.
A proporção dos coeficientes dos reagentes (1:2) nos mostra que 1,25
mol de H2SO4 deve reagir com 2,5 mols de NaOH; agora, você pode
verificar que isso é perfeitamente possível, pois, foi dado 1,5 mol de
H2SO4 e como reage apenas 1,25 mol, ainda sobrará 0,25 mol de H2SO4
em excesso (1,5 –1,25 = 0,25 mol de H2SO4 em excesso). Concluindo,
podemos esquematizar a reação química da seguinte forma:
164 UNIUBE
rendimento real
Rendimento Percentual = x 100%
rendimento teórico
Por exemplo:
reage com
1 mol Ag2S(g) 1 mol O2 (g)
247,81 g 32,0 g
166 UNIUBE
X 9g
15g X’
247,81 g 2 . 107,87g
15 g X
X = 13,06g de Ag2(g) são produzidos
UNIUBE 167
Se:
rendimento real
Rendimento Percentual = x 100%
rendimento teórico
12,24g
Rendimento Percentual = x 100%
13,06g
Rendimento Percentual = 93,72%
Até
Considere SO2(g)
produzem
1 mol de Ag2S(g) 1 mols de SO2(g)
247,81 g 64,06g
15 g X
X = 3,88g de SO2(g) são produzidos
Para isso, vimos no exercício anterior que somente 1,94g de O2(g) dos 9g
adicionados reagem e os 7,06g restantes estão em excesso.
produzem
1 mol de O2(g) 2 mols de Ag(s)
32 g 2 . 107,87g
1,94 g X
X = 13,06g de Ag(g) são produzidos
produzem
1 mol de O2(g) 1 mols de SO2(g)
32 g 64,06 g
1,94 g X
X = 3,88g de SO2(g) são produzidos
6.6 Impureza
IMPORTANTE!
Vejamos um exemplo!
9 g da mistura → 100%
X → 50%
Como somente 1,94g de O2(g) vão reagir, então 4,5g de O2(g) são mais
que suficiente para a reação.
9 g O2(g) → 100%
X → 20%
X = 1,8 de O2(g)
170 UNIUBE
9g (amostra) → 100%
m → 80%
m = 7,2g de impurezas
Agora temos que somente 1,8g de O2(g) irão reagir. Vimos que na reação
eram necessários 1,94g de O2(g) para consumir todo sulfeto de prata.
produzem
1 mol de O2(g) 2 mols de Ag(s)
32g 2 . 107,87g
1,8g X
produzem
1 mol de O2(g) 1 mols de SO2(g)
32g 64,06g
1,8g X
6.7 Conclusão
Referências
ATKINS, P.W. Physical Chemistry. 5. ed. Oxford: Oxford University Press,
1997 p.216 229.
WALKER, J. The colors seen in the sky offer lessons in optical scattering. Scientific
American, p. 84-87, jan.1989.
Capítulo Introdução ao
7 equilíbrio químico
Introdução
Neste capítulo, enfocaremos nosso estudo a partir de duas
perguntas centrais dentro da química:
Objetivos
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
Esquema
7.1 Introdução ao equilíbrio químico – conceitos básicos
7.2 Natureza dinâmica do equilíbrio
7.3 Constante de equilíbrio
7.3.1 Primeira situação: o valor de Kc é muito pequeno
7.3.2 Segunda situação: o valor de Kc é muito grande
7.3.3 Terceira situação: o valor médio de Kc
7.4 Calculando o valor de Kc a partir de concentrações de equilíbrio
UNIUBE 175
Situação-problema
Imagine que você é um empresário que possui uma indústria química que
produz medicamentos. Não precisa ser um gênio para saber que quanto
mais você produz, mais lucro terá (desde que venda toda a produção,
é claro!). Entretanto, para saber como produzir mais, você vai precisar
conhecer um pouco mais de química.
A maioria das reações químicas que temos no dia a dia não chega a
se completar. Isto é, se colocarmos quantidades estequiométricas de
reagentes em um recipiente, a quantidade de produto que será formada
terá, nesta situação, um rendimento inferior a 100%. Desse modo, ao
final da reação, teremos, além do produto formado, certa quantidade de
reagente.
0,500 M
[SO2]
0,400 M 0,424 M
[SO2] 0,400 M
Concentrações
Concentrações
0,344 M
[O2]
[O2] 0,212 M
0,172 M
0,100 M [SO3] 0,100 M [SO3]
0,056 M 0,076 M
Tempo Tempo
te te
Figura 1: Gráfico representativo da segunda etapa de reação da produção industrial do ácido
sulfúrico.
Observe que, nos gráficos anteriores, a partir de certo tempo (te →tempo
de equilíbrio), as concentrações molares ([ ]) de todas as espécies
envolvidas na reação em questão permanecem constantes. Nesse ponto
dizemos que a velocidade da reação direta torna-se igual à velocidade
da reação inversa, o que caracteriza assim o equilíbrio.
IMPORTANTE!
Prevenindo a armadilha...
IMPORTANTE!
Embora tenha se falado que, na maioria das reações, os reagentes não são
totalmente convertidos em produtos, temos algumas exceções, sendo estes,
casos extremos. Se colocarmos gás hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) para
reagirem, ao fornecermos um pequeno estímulo (energia de ativação), a
reação ocorre em grande extensão, chegando à conversão de praticamente
100% dos reagentes em produtos, já que ao final da reação, a quantidade
dos gases iniciais (H2 e O2) é extremamente pequena (insignificante) em
relação à quantidade de produtos. Nestes casos, é comum nos referirmos ao
equilíbrio como totalmente deslocado para a direita (sentido dos produtos).
→ 2H2O(g)
2H2(g) + O2(g) ←
→ 2Ca(s) + O2(g)
2CaO(s) ←
Observação:
É muito estranho dizer que “uma reação ocorre com conversão de 0%”. É
uma maneira controversa de dizer que houve reação, mas tal menção é
para enfatizar que a reação praticamente não ocorre. A maioria das reações
químicas se situa em uma posição intermediária à que acabamos de citar,
ou seja, haverá no equilíbrio uma mistura de todas as espécies presentes
na equação que representa a reação química.
Uma analogia interessante é você imaginar que está sobre uma esteira
na qual se realiza exercício físico. Correndo sobre a esteira você está
“parado” em relação ao solo, pois com a mesma velocidade com que
você se movimenta para frente, a esteira se movimenta no sentido
contrário. Dessa forma, mesmo em movimento, você está “parado” em
relação ao solo, já que a sua velocidade é equilibrada pela velocidade da
esteira. Isto também é uma situação de equilíbrio dinâmico.
EXPERIMENTANDO
*Na verdade, sabemos que não é impossível, pois podemos obter soluções supersaturadas
em laboratório com grande facilidade, porém tratam-se de soluções instáveis que com a menor
perturbação ocorre a precipitação do excesso de sólido dissolvido. Dessa forma, vamos pensar
que em todo o momento trata-se de uma solução saturada.
UNIUBE 181
Nal ( s ) Na + ( aq ) + I – ( aq )
A natureza dinâmica do equilíbrio prevê que, nessas condições, ao se atingir
o equilíbrio, a conversão de NaI sólido em Na+ e Iaquosos (dissolução),
acontecerá com a mesma velocidade que a combinação de Na+ e Iaquosos
para formar NaI sólido (solidificação), sendo este um processo que ocorre o
tempo todo, ininterruptamente. Observe o desenho a seguir:
kdireta
=
[ A2 B3 ]
kdireta [ A]2 [ B ]3
IMPORTANTE!
Reagentes
Produtos
aA + bB cC + dD
UNIUBE 183
Temos:
[ C ] .[ D ]
c d
k=
[ A] . [ B ]
c b
[ SO 3 ]
2
Kc –
[ SO2 ] [O2 ]
2
Kc – = 0,15
( 0,344 ) ( 0,172 )
2
Kc – = 0,15
( 0, 424 ) ( 0, 212 )
2
IMPORTANTE!
=Kc =
[ SO2 ] [O2 ] [ SO2 ] [O2 ]
2 c 4 2
K 'c = ( K c )
n
A2 B3
2 A + 3B
Para esta reação, como já vimos, a expressão de equilíbrio poderia ser
escrita da seguinte forma:
K c ( direita ) =
[ A2 B3 ]
[ A] [ B ]
2 3
2 A + 3B
A2 B3
UNIUBE 187
[=
A] [ B ]
2 3
1
K c (inversa )
=
[ A2 B3 ] K c ( direita )
1 1
K c (inversa
= ) = = 6, 67
K c ( direta ) 0,15
K=
[CaO ][CO2 ]
CaCO3
Entretanto, sólidos puros, como CaCO3 e CaO, terão sempre a mesma
concentração, do início ao final da reação. A concentração em mol/L de
um sólido puro pode ser obtida a partir da densidade (g/cm3) deste sólido.
188 UNIUBE
EXPLICANDO MELHOR
109, 2 mol
Cmomento 1
= = 109, 2 mol / L
1L
54, 6 mol
C
= momento 2 = 109, 2 mol / L
0,5 L
UNIUBE 189
54, 6 mol
Cmomento 2
= = 109, 2 mol / L
0,5 L
A concentração de um sólido puro é a mesma em qualquer estágio da
reação. Esta discussão é igualmente válida para situações em que,
em vez de um sólido, tenhamos um líquido praticamente puro.
Produtos
aA
+ bB cC + dD
Reagentes
(P ) (P )
c d
Kp = c a D b
( PA ) ( PB )
O símbolo “p” junto a K significa que a constante de equilíbrio foi obtida
a partir das pressões parciais dos componentes presentes no equilíbrio.
190 UNIUBE
aA + bB
cC + dD
Reagentes
Onde temos:
(=Pc ) ( PD ) [ C ] .[ D ]
c d c d
=Kp K
( PA ) ( PB ) [ A] . [ B ]
a b a b
=K p K c ( RT )( c + d )−=
( a +b )
⇒ K p K c ( RT ) Dn , onde Δn = (c + d) – (a + b)
IMPORTANTE!
1. Quando o número de mols de gás nos reagentes for igual ao número de mols
de gás nos produtos, teremos Δn = zero, e, portanto, nesta situação Kp = Kc.
2. É importante saber a unidade de pressão (atm, pascals, torr) para que se
possa escolher o valor conveniente de R, para ser utilizado na conversão
de Kp em Kc.
UNIUBE 191
ão
reaç
o da
ress
Prog
K Q Kc Kc
Q
ão
reaç
o da
ress
Prog
Solução:
2CO( g )
CO2( g ) + Cgrafite
(P )
2
Kp = co
Pco2
PCO2(inicial) – X = PCO2(equilíbrio)
Deste modo:
(=
PCO ) ( 0,598 )
2 2
Kp
= = 2, 25
PCO2 0,159
UNIUBE 195
CO( g ) + 3H 2( g )
CH 4( g ) + H 2O( g )
Solução:
[CO ][ H 2 ]
3
Kc =
[CH 4 ][ H 2O ]
CO2( g ) + H 2( g )
CO( g ) + H 2O( g )
Solução:
Concentração
CO(g) + H2O ←→ CO2(g) + H2(g)
mol/L
Início 2,0 2,0 0,0 0,0
Variação –X –X +X +X
Equilíbrio 2,0 – X 2,0 – X X X
[CO2 ][ H 2 ] ( X ).( X ) ( X )2
=Kc = = = 1,56
[CO][ H 2O] (2, 0 − X )(2, 0 − X ) (2, 0 − X ) 2
UNIUBE 197
( X )2 X
2
1,56 ⇒
= ±1, 25
=
(2, 0 − X ) (2, 0 − X )
O número 1,56 pode ter duas raízes, sendo uma positiva e a outra
negativa. Entretanto, apenas a raiz positiva tem significado químico, e,
desse modo, ignoramos o valor negativo da raiz. Logo:
X
1, 25 = ⇒ 2,50 − 1, 25 X = X ⇒ 2,50 = 2, 25 X ⇒ X = 1,11mol / L
(2,0 − X )
[CO2 ][ H 2 ] (1,11) 2
=Kc = = 1,56
[CO][ H 2O] (0,89) 2
Solução:
Concentração
CO(g) + N2O ←→ CO2(g) + H2(g)
mol/L
Início 2,0 1,0 0,0 0,0
Variação –X –X +X +X
Equilíbrio 2,0 – X 1,0 – X X X
[CO2 ][ H 2 ] ( X ).( X ) ( X )2
=Kc = = = 1,56
[CO][ H 2O] (2, 0 − X )(1, 0 − X ) ( X 2 − 3, 0 X + 2, 0)
Você pode imaginar uma situação similar em seu cotidiano. Suponha que
você tenha uma poupança de R$ 10.000,00 e retira uma quantidade “X”,
igual a R$ 1,00 dessa quantia. Com esse saque você praticamente não
mudou a quantidade de dinheiro na poupança. Dizemos que R$ 1,00 é
muito pequeno em relação à quantia de R$ 10.000,00.
Solução:
[CO][Cl2 ]
Kc =
[COCl2 ]
[CO][Cl2 ] x2
=Kc = = 8,3.10−4
[COCl2 ] 0,50 − x
UNIUBE 201
x2
= 8,3.10−4
0,50 − x X = 2,0.10-2 mol/L
X2 + (8,3.10-4)X – 8,3.10-6 = 0
Perturbação Deslocamento
Aumento da [O3] → para a direita
Aumento da [NO] → para a direita
Diminuição da [O3] ← para a esquerda
Diminuição da [NO] ← para a esquerda
Aumento da [O2] ← para a esquerda
Aumento da [NO2] ← para a esquerda
Diminuição da [O2] → para a direita
Diminuição da [NO2] → para a direita
RT
=PV nRT
= ou , rearranjando, V n
P
Da equação anterior, podemos ver que pressão (P) e volume (V) são
grandezas inversamente proporcionais, ou seja, se uma aumenta a
outra diminui na mesma proporção. Por outro lado volume (V) e número
de mols (n) são grandezas diretamente proporcionais, isto é, se um
triplica o outro também triplica. Outra informação muito importante é que
o aumento do número de mols (n) em um volume fixo (constante) é
diretamente proporcional à pressão (P). Isso significa que se diminuirmos
o número de mols (n) de um gás mantendo-se constantes o volume (V)
e a temperatura (T), a pressão irá diminuir na mesma proporção.
PCl5( g )
PCl3( g ) + Cl2( g )
2 mols 1 mols
206 UNIUBE
1 mols 2 mols
2 NO( g )
N 2( g ) + O(2)
2 mols 1 mols
2 Hl( g )
H 2( g ) + l2( g )
2 mols 1 mols
SAIBA MAIS
2 B( g )
A( g )
Na primeira situação, tais espécies estão em equilíbrio a uma pressão de 1
atm, com um total de 10 partículas. Daí, faz-se a adição de mais 5 partículas
de gás inerte, o que, logicamente, leva a pressão para 1,5 atm. Observamos
assim um aumento líquido da pressão total. Mas, o que aconteceu com
a pressão parcial de cada um dos gases (A e B) presentes no equilíbrio
anterior? Vejamos.
Ver constantes
Gás B
Gás Inerte
P = 1 atm P = 1,5 atm
208 UNIUBE
No primeiro sistema, temos que a fração molar do gás A (XA) vale 0,3 e a do
gás B (XB) vale 0,7. Deste modo, temos que:
nA 3 mols
PA= X A .P ⇒ p A= .P ⇒ p A .1atm ⇒ p A= 0,3.1atm ⇒ p A= 0,3.1atm ⇒ p A= 0,3 atm
ntotal 10 mols
nB 7 mols
PB= X B .P ⇒ pB= .P ⇒ pB .1atm ⇒ pB= 0, 7.1 atm ⇒ pB= 0, 7 atm
ntotal 10 mols
nA 3 mols 3 atm
PA= X A .P ⇒ p A= .P ⇒ p A .1,5 atm ⇒ p A= ⇒ p A= 0,3 atm
ntotal 15 mols 10
nB 7 mols 7 atm
PB= X B .P ⇒ pB= .P ⇒ pB .1,5 atm ⇒ pB= ⇒ pB= 0, 7 atm
ntotal 15 mols 10
Exotérmico
PCl3( g ) + Cl2( g ) → PCl5( g ) + Calor
Endotérmico
PCl3( g ) + Cl2( g ) ← PCl5( g ) + Calor
UNIUBE 209
4,5 x 1031 25
0,10
I
Concentração em mol/L
0,08
II
0,06
III
0,04
IV
0,02
0,00
0 1 2 3 4 5 6
tempo em unidades arbitrárias
Figura 2: Curva para reações catalisadas e não catalisadas.
Fonte: Natal Junio Pires.
7.8 Conclusão
Estudamos, neste capítulo, o comportamento de diferentes reações
químicas que se encontram em equilíbrio, prevendo como podemos
influenciar nas velocidades e rendimentos dessas reações, buscando
a melhor eficiência possível, aplicando os conceitos físico-químicos.
UNIUBE 211
Reagente é
Adição de reagente Desloca para a direita Nenhum
consumido
Nenhum
Equilíbrio é deslocamento Reação
Catalisador atingido mais direta e inversa Não varia
rapidamente são favorecidas
igualmente
Referências
BROWN, Theodore L.; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN JÚNIOR, Bruce E. Forças
Equilíbrio Químico. In: _____. Química, a ciência central. 9. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005. Cap. 15, p. 531-564
Capítulo Eletroquímica, parte I
8
Introdução
Neste capítulo, iremos compreender como a energia química
é convertida em energia elétrica através das reações de
oxirredução. Você já teve contato com as reações de
oxirredução e os conhecimentos sobre número de oxidação
adquiridos anteriormente serão aplicados neste capítulo para o
balanceamento das reações de oxirredução e na identificação dos
agentes redutores e oxidantes. Nesse primeiro momento, iremos
nos concentrar no estudo das pilhas e de seus componentes e
no próximo capítulo iremos realizar um estudo dos processos de
corrosão, das reações de oxirredução não espontâneas (eletrólise)
e aplicar as reações de oxirredução na análise química elementar.
Portanto, nosso estudo sobre essa fascinante área da química
está apenas começando.
Objetivos
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• reconhecer uma reação de oxirredução;
• identificar o agente oxidante e o agente redutor em uma
reação de oxirredução;
• balancear reações de oxirredução que ocorrem em meio
ácido ou básico utilizando as semirreações;
• identificar o cátodo e o ânodo em uma pilha;
• compreender o funcionamento de uma célula eletroquímica;
214 UNIUBE
Esquema
8.1 O estudo das pilhas e de seus componentes
8.2 Balanceamento das reações de oxirredução
8.2.1 Balanceamento das reações de oxirredução em meio
ácido
8.2.2 Balanceamento das reações de oxirredução em meio
básico
8.3 Células eletroquímicas
8.4 Notação ou representação esquemática de célula eletroquímica
8.5 Potencial eletroquímico
8.5.1 Potencial eletroquímico padrão de eletrodo
8.5.2 Potencial eletroquímico fora das condições padrão
8.6 Pilha de concentração
8.6.1 Relação entre equilíbrio e potencial
8.7 Conclusão
EXPERIMENTANDO
IMPORTANTE!
RELEMBRANDO
Fe(s) + Cu2+(aq)
→
←
Fe2+(aq) + Cu(s)
Pela equação, podemos notar que o ferro perde dois elétrons e o cobre
recebe dois. A equação, desse modo, está balanceada. Vamos agora
aprender como balancear uma equação de oxirredução.
Fe( s ) → Fe(2aq ) + e –
Cu(2aq ) + e – → Cu( s )
Fe( s ) + Cu( aq ) + Cu( s )
Note que o ferro está perdendo dois elétrons e o cobre está recebendo
a mesma quantidade de elétrons. Caso isso não ocorra, teremos que
balancear as cargas. Vejamos outro exemplo.
Cu( s ) → Cu(2aq+ ) + 2e –
2 Ag (+aq ) + 2e – → 2 Ag ( s )
Cu( s ) + 2 Ag (+aq ) → Cu(2aq+ ) + 2 Ag ( s )
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
a) Regras gerais
1) Para um átomo ou molécula em sua forma elementar (Fe, Na, O2, Cl2,
etc.): Nox = 0.
2) Para um íon monoatômico: Nox = carga do íon.
3) A soma dos valores de Nox para os átomos em um composto neutro
é igual a zero. A soma dos valores de Nox para um íon poliatômico é
igual à carga do íon.
redução
+6 +3
2- - 3+ + I2(s)
Cr2O7(aq) + I(aq) Cr(aq)
oxidação
-1 0
220 UNIUBE
• oxidação: I (–aq ) → I 2( s )
• redução: Cr2O7(2–aq ) → Cr(3aq+ )
• oxidação: 6 I (–aq ) → 3I 2( s ) + 6e –
• redução: 14 H (+aq ) + Cr2O7(2–aq ) + 6e – → 2Cr(3aq+ ) + 7 H 2O(1)
6 I (–aq ) → 3I 2( s ) + 6e –
Cr2O7(2–aq ) + 14 H (+aq ) + 6e – → 2Cr(3aq+ ) + 7 H 2O(1)
Cr2O7(2–aq ) + 6 I (–aq ) + 14 H (+aq ) → 2Cr(3aq+ ) + 3I 2( s ) + 7 H 2O(1)
IMPORTANTE!
- -
MnO4(aq) + Br-(aq) MnO2(s) + BrO3(aq)
oxidação
-1 +5
Figura 1: Célula voltaica que usa uma ponte salina para completar o circuito elétrico.
Fonte: Brown, LeMay e Bursten Júnior (2005, p.729).
IMPORTANTE!
Fe2+, Fe3+
REGISTRANDO
E 0 =ECu
0
2+
/ Cu
− E 0 Zn / Zn2+ =1,10V
Figura 2: O eletrodo padrão de hidrogênio (EPH) é usado como eletrodo de referência. (a)
Um EPH consiste em um eletrodo com Pt finalmente dividido em contato com H2(g) a 1 atm de
pressão e solução ácida com [H+] = 1 mol/L. (b) Representação molecular dos íons recebe um
elétron do eletrodo de Pt e são reduzidos e átomos de H. Os átomos de H se ligam para formar H2.
Quando EPH é o ânodo de uma célula, o processo inverso ocorre: uma molécula de na superfície
do eletrodo impede dois elétrons e é oxidada a H+. Os íons H+ em solução são hidratados.
0,76 V = 0 – E0Zn/Zn2+
Com base nas semirreações, a seguir, monte a pilha que possui a maior
força eletromotriz.
∆G = ∆G° + R.T.lnQ
∆G = – n.F.E
=E 0 ECu
0
2+
/ Cu
− E 0 Zn / Zn2+
0
E= = 1,10 V
0,34 − (−0, 76)
0, 059 V
E E0 −
= log Q
n
0 0, 059V Zn 2+
E E −
= log
n Cu 2+
=E 1,10V −
0, 059V
log
( 0, 025)
2 1,5
E =1,10V + 0, 05V =1,15V
232 UNIUBE
Até agora, estamos trabalhando com pilhas que possuem dois eletrodos
diferentes. No entanto, é sabido que uma diferença de concentração
gera uma diferença de potencial, mesmo que os eletrodos sejam iguais.
=E 0 ECu
0
2+
/ Cu
− E 0Cu 2+ / Cu
0
E= = 0, 0V
0,34 − (+0,34)
Porém, a concentração nos dois compartimentos é diferente, uma
diferença de potencial é observada no voltímetro. O potencial observado
pode ser calculado por meio da equação de Nernst, considerando a
solução mais diluída como ânodo e a solução mais concentrada como
cátodo.
Ânodo : Cu( s ) → Cu(2aq+ ; diluída ) + 2e –
Cátodo : Cu(2aq+ ; concentrada ) + 2e – → Cu( s )
Global : Cu(2aq+ ; concentrada ) → Cu(2aq+ ; diluída )
0, 059V
E E0 −
= log Q
n
0, 059V Cu(2aq+ ; diluída )
E E0 −
= log 2+
n Cu( aq ; concentrada
E= 0 −
0, 059V
log
( 0, 001)
2 (1, 0 )
E = 0, 0885V
0, 059
0 E0 −
= log K eq
n
nE 0
log K eq =
0, 059
Propriedade matemática:
nE 0
K eq = 10 0,059
K eq = 10 0,059
K eq = 1,94 x1037
Espontânea no
∆G < 0 Keq > 1 E0 < 0
sentido direto
∆G = 0 Keq = 1 E0 = 0 Em equilíbrio
Não espontânea
∆G > 0 Keq < 1 E0 > 0
no sentido direto
8.7 Conclusão
Referências
BROWN, T; LE MAY H.; Química: A ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson / Prentice
Hall, 2005.
Introdução
Tendo iniciado os nossos estudos sobre Eletroquímica, você pôde
compreender como a energia química é convertida em energia
elétrica através das reações de oxirredução. Você, já estudou
sobre as pilhas e seus componentes.
PARADA OBRIGATÓRIA
Objetivos
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• compreender o conceito de eletrólise;
• entender as diferenças entre uma célula galvânica e uma
célula eletrolítica;
• identificar, compreender e distinguir os diferentes processos
de eletrólise;
• estudar a lei de Faraday que rege a parte quantitativa dos
fenômenos ligados à eletrólise;
• conhecer as diversas aplicações da eletrólise no nosso
cotidiano;
• compreender o conceito de corrosão e como evitá-la;
• conhecer o funcionamento de uma célula a combustível.
Esquema
9.1 Eletrólise
9.2 Eletrólise ígnea
9.2.1 Eletrólise ígnea em solução aquosa
9.3 Lei de Faraday
9.4 Aplicações da eletrólise
9.5 Tópicos especiais em eletroquímica
9.5.1 Células a combustível
9.5.2 Aplicações da célula a combustível
9.6 Corrosão
9.6.1 Classificação quanto ao meio
9.6.2 Classificação quanto à natureza
9.6.3 Classificação quanto à morfologia
9.6.4 Velocidade da corrosão
9.6.5 Polarização e passivação
9.6.6 Eletrólitos e a corrosão
9.6.7 Prevenção contra a corrosão
9.7 Conclusão
UNIUBE 239
9.1 Eletrólise
EXPERIMENTANDO
Por exemplo, você saberia dizer por que a água deve ser acidulada para a
eletrólise, com algumas gotas de ácido sulfúrico ou nítrico, e não com ácido
clorídrico?
H + + OH –
H 2O
UNIUBE 243
IMPORTANTE!
2OH – + 2e – → 1/ 2O2 ↑ + H 2O
NaCl → Na + + Cl –
Os íons Cl– se dirigem para o ânodo (polo positivo), perdem seus elétrons
e são transformados em gás cloro, Cl2.
2Cl – → CI 2 + 2e – (oxidação)
2 Na + + 2e – → 2 Na 0 (redução)
246 UNIUBE
2 NaCl → 2 Na + + 2Cl –
2Cl – → CI 2 + 2e – (oxidação)
2 Na + + 2e – → 2 Na 0 (redução)
Reação global : 2 NaCI → CI 2 + 2 Na 0
REGISTRANDO
Fe3+ → Nox = +3
Pb2+ → Nox = +2
Pb4+ → Nox = +4
Al3+ → Nox = +3
UNIUBE 247
No polo negativo:
4 Al 3+ + 12e – → 4 Al 0
No polo positivo:
6O 2– → 3O2 + 12e –
Equação global:
2 Al2O3 → 4 Al 3+ + 6O 2–
4 Al 3+ + 12e – → 4 Al 0
6O 2– → 3O2 + 12e –
2 Al2O3 → 4 Al 0 + 3O2
H 2O → H + + OH –
ou ainda
H 2O → H 3O + OH –
248 UNIUBE
Cátodo 2 H + + 2e− → H 2
Reação global 2 NaCl + 2 H 2O → 2 Na + + Cl2 + H 2 + 2OH −
UNIUBE 249
Autoionização da água H 2O → H + + OH −
Ânodo 2Cl − → Cl2 + 2e−
Cátodo 2 H + + 2e− → H 2
Cátodo 2 Zn 2+ + 4e − → 2 Zn 0
SAIBA MAIS
As baterias de automóveis
Onde:
I = corrente (A);
t = tempo (s).
Q
F=
n
SINTETIZANDO...
Q = I .t
Q = (0,6 A).(7 min)
Q = (0,6 A).(420 s )
Q = 252 A.s = 252C
252C
n=
96.485C.mol –1
n = 2, 612 x10 –3 mol
IMPORTANTE!
Por exemplo, 1 mol de elétrons irá reduzir e depositar 1 mol de Ag+, ½ mol
de Cu2+, ou 1/3 mol de Al3+, como podemos ver nas seguintes equações :
Ag + + e− → Ag
Cu 2 + + 2e − → Cu 0
Al 3 + 3e − → Al 0
UNIUBE 253
• eficiência;
• poluição ambiental (que é mais importante).
2 H 2( g ) + O2 → 2 H 2O + Energia
9.6 Corrosão
• atmosfera
• solos
• águas naturais
• água do mar.
260 UNIUBE
• Corrosão química
• Corrosão Eletroquímica
• Corrosão Microbiológica
• Corrosão Uniforme
• Corrosão em Placas
• Corrosão Alveolar
Este tipo de corrosão ocorre entre e no interior dos cristais dos metais,
fazendo com que as propriedades mecânicas do material sejam
seriamente afetadas quando postas em exigência.
• Corrosão Grafítica
onde:
V = Velocidade da corrosão
S = Área anôdica
262 UNIUBE
Fe 2+ + 2e − → Fe0 ( E 0 = −0,44V )
264 UNIUBE
Fe3 + e − → Fe 2+ ( E 0 = +0,77V )
9.7 Conclusão
Referências
BROWN, Theodore L.; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN JÚNIOR, Bruce E. Eletroquímica.
In: _____. Química, a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2005. Cap. 20, p. 721-754