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Jeremias 2:1-2
Basta recordar a história do profeta Jeremias para saber que muitas coisas
acontecem antes do púlpito. O púlpito é a parte romântica do ministério
pastoral.
O pregador que usa o seu púlpito com responsabilidade sabe que existem
fatos que lhe dão autoridade na pregação.
Vamos citar alguns desses fatos, para que os pregadores que têm um púlpito
façam uma autocrítica do seu ministério.
I. O primeiro fato é que antes do púlpito há um
chamado.
Não é o púlpito que faz o pregador. É o pregador que dignifica o púlpito. O
pregador não acontece por acaso. Deus chama o pregador para ser sua boca; e
Deus fala por intermédio dele. Deus chama quem Ele quer e como Ele quer
para ser o seu pregador. O profeta Amós disse: “Eu não sou profeta, nem
discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o SENHOR
me tirou de após o gado e me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel”
(Amós 7.14,15).
Deus não está à procura de grandes oradores. Os grandes oradores não têm
púlpito.
Eles querem mesmo é uma tribuna. Deus precisa de homens de púlpito e
não de homens de tribuna.
O púlpito é algo que está relacionado diretamente com a Palavra de Deus
(Neemias 8.4,5).
Infelizmente, por total ignorância da história da pregação e da teologia do
púlpito, as Igrejas estão trocando o seu púlpito pelo palco onde tudo pode
acontecer. Acontece desde a pregação da Palavra até exibições de música,
teatro, coreografia e balcão de venda de CDs. Somente entende o púlpito
quem recebeu o chamado para o ministério da pregação.
A Igreja não pode ceder o seu púlpito para qualquer pregador. Ela precisa
saber quem é o homem que irá ministrar a Palavra no seu púlpito.
Paulo diz: “quem deseja o “episcopado” – o homem que usará o púlpito – não
pode ser neófito. Isto é, não pode ser pessoa imatura.
Pregador que usa o púlpito antes de ter enfrentado uma luta espiritual
não pode ser considerado pregador. Ele pode ser um excelente orador;
conhecedor de todas as regras da oratória, mas não é pregador. O pregador
tem mensagem e não discurso.
Essa luta de Moisés para aceitar a sua Missão de libertador, corresponde à luta
do pregador com Satanás antes do púlpito.