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• Modos de se fazer;
• O problema;
• Histórico do problema;
• Descendente
• Ascendente
CRISTOLOGIA DESCENDENTE
Vantagens
• a lógica do processo do conhecimento (vai da Bíblia à história-fé-
dogma = assim Jesus é conhecido);
• aprioridade da revelação sobre a razão (não se projeta sobre Jesus
conceitos a priori de Jesus);
• aprioridade da história sobre a teoria (se compreende o escândalo
(relação/binômios forte/fraco) daqueles que moraram com Jesus) – o
Jesus da história é a norma orientadora da teologia;
CRISTOLOGIA ASCENDENTE:
Desvantagens:
• o aparente adocionismo (Jesus vem de Deus, mas se manifesta como Cristo
no itinerário humano);
• entrar no nestorianismo/humanismo (separa a humanidade e a divindade
em Jesus);
• o esquecimento da necessidade da cruz no processo da história da salvação
(cruz como apenas uma consequência histórica da vida de Jesus);
ASCENDENTE OU DESCENDENTE?
§ ...mas também Jesus não foi visto, encontrado e reconhecido como tal a
não ser por alguns, não por todo mundo: é evento gratuito de revelação.
• Cristologia da exaltação
o A ressurreição quer dizer que Jesus foi elevado e recebido na
glória de Deus.
o Se ele se senta à sua direita, é porque Deus o trata de igual
para igual.
• At 2,33-36 e Rm 1,4: “Senhor”.
A RESSURREIÇÃO
o Como essas duas linhas poder ser integradas numa compreensão trinitária?
§ Jesus realmente morreu (“Mansão dos mortos”, “terceiro dia” indicam e
marcam a realidade da morte), seu corpo foi sepultado. Não se ressuscitou a
si mesmo, e sim foi ressuscitado pelo Pai e pelo sopro do Espírito Santo.
§ A iniciativa de Deus: a ressurreição é um evento no qual Deus tem a
iniciativa total (absoluta). Fazer passar Jesus da morte para a vida. É
justamente isso que os evangelhos testemunham.
O QUE QUER DIZER “CORPO RESSUSCITADO”,
“CORPO ESPIRITUAL” (1CO 15,44)
o É necessário sair de uma visão fisicista da ressurreição.
§ A tentação é de uma continuidade física (o corpo terrestre
de Jesus levado ao âmbito celeste), esquecendo aquilo que é
sublinhado no evento da ressurreição: não a corporalidade
de Jesus, mas a continuidade de identidade de Jesus
(aquele que foi ressuscitado é aquele que morreu, é o
mesmo).
O QUE QUER DIZER “CORPO RESSUSCITADO”,
“CORPO ESPIRITUAL” (1CO 15,44)
“Corpo ressuscitado” significa que, como aquele que
morre é a totalidade da pessoa de Jesus, assim aquele que
é ressuscitado é a totalidade de Jesus (e não só sua
“alma”). Quando se usa a expressão “corpo ressuscitado”
se está dizendo que é o mesmo (é a mesma pessoa), pois
se está juntando os dois aspectos: corpo + ressuscitado;
O QUE QUER DIZER “CORPO RESSUSCITADO”,
“CORPO ESPIRITUAL” (1CO 15,44)
o A novidade da ressurreição tem a ver conosco: só no momento de sua
ressurreição podemos ter certeza de nossa salvação definitiva! Jesus
ressuscitou “para nossa justificação” (Rm 4,25, cf. 1Tm 4,14).
§ Na ressurreição de Jesus acontece uma antecipação do nosso futuro.
§ “Se Jesus não ressuscitou, a nossa fé é vá” (s. Paulo).
§ A particularidade do cristianismo é a ressurreição (e não a
reencarnação).
O QUE QUER DIZER “CORPO RESSUSCITADO”,
“CORPO ESPIRITUAL” (1CO 15,44)
o A ressurreição de Jesus é o “sim” definitivo do Pai à vida de seu Filho
(amor, doação completa de Deus) e o “não” definitivo à morte (a morte é
aniquilada pela ressurreição).
• Fl 2,6-11
• Marcos
• Mateus
• Lucas
CRISTOLOGIAS
DO NT • João
• Hebreus
• Cartas paulinas
• Apocalipse
MARCOS
MARCOS - 1
• O Verbo que era Deus passa a ser também humano. Porque vem de
Deus o Verbo encarnado, Jesus Cristo, historicamente prenunciado
por João, o batista, pode ser o único revelador de Deus(v.18).
JOÃO - 6
• Esta obra que tem um estilo que não é o de carta, é tida como
dirigida aos hebreus, contém muitas referências ao AT e ao culto
em Jerusalém, o que supõe destinada a judeus-cristãos. Seriam,
segundo alguns, grupos de sacerdotes ou judeus-cristãos que
perderam o primeiro ardor da fé, mesmo tendo sido cristãos por
longo tempo (Hb 5,12;10,32), e talvez tenham sentido a tentação
de retorno ao judaísmo.
CARTA A HEBREUS
• Mas sua afirmação foi depois utilizada muitas vezes pelos que
sustentavam a perspectiva de oposição entre Reino e Igreja.
• Em sua extrema síntese, a afirmação de LOISY pode nos ajudar em
entender a questão.
• Para que essa pregação do Jesus histórico fosse entendida pelos seus
contemporâneos, é preciso supor o horizonte dado pela história de Israel.
o Pode-se portanto afirmar que Jesus supõe esse sentido do Reino no
povo, como realidade promessa: presente e futura (a plenitude dessa
atuação de Deus).
o O Reino anunciado por Jesus é portanto a realização daquelas
promessas: agora em Jesus há a plenificação do Reino.
TESE 2
• à O Reino
o (A) nem é totalmente transcendental (acontece nos limites do
ser humano),
o (B) nem é totalmente imanente (é iniciativa de Deus).
TESE 2
o O Reino de Deus é dom. Nós temos que abrir-nos e pedir (Mt 6,17).
TESE 2
• Jesus aceita o título para si, mas não procede tal qual os demais
mestres.
PROFETA
• É título pós-pascal.
FILHO DE DEUS
• Uso pelo próprio Jesus: Nos sinóticos Jesus nunca se usa a expressão
“Filho de Deus”( ho hyios tou theou).
• Mas em João ele o usa seis vezes. Mas a maioria das vezes se chama
simplesmente de “Filho”(hyios) (Mt 11,27;24,36;28,19; 14 vezes em João).
FILHO DE DEUS
• Este uso tão amplo nos permite concluir que Filho de Deus
expressa mais a fé pessoal dos cristãos do que a consciência
pessoal de Jesus.
FILHO DE DEUS
É com base nas categorias da angelologia que a doutrina judeu-cristã designa o Verbo e
o Espírito.
§ Cristo é geralmente chamado de “anjo” (o “anjo de YHWH”). Mas tem também
um tamanho glorioso e colossal, que ultrapassa infinitamente os demais anjos,
marcando a transcendência do Verbo sobre os demais anjos (cristologia
angélica): o Verbo não é pura e simplesmente assimilado a uma criatura.
§ O mesmo acontece com o Espírito.
§ Frequentemente o Verbo e o Espírito são associados entre si, continuando porém
sublinhar sua transcendência em relação aos “outros” anjos (cf. Is 6,2: os dois
Serafins).
O CONTEÚDO DA FÉ DOS JUDEU-CRISTÃOS
(Daniélou)
A teologia judeu-cristã é uma theologia gloriae (teologia da
glória): mesmo a cruz é uma cruz de glória e um sinal de
vitória. A forma da cruz lhe confere um simbolismo cósmico,
já que ela indica as quatro dimensões do universo:
§ Braço horizontal: universalidade da salvação.
§ Braço vertical: reconciliação do céu e da terra.
O CONTEÚDO DA FÉ DOS JUDEU-CRISTÃOS
(Daniélou)
A teologia judeu-cristã é uma theologia gloriae (teologia da
glória): mesmo a cruz é uma cruz de glória e um sinal de
vitória. A forma da cruz lhe confere um simbolismo cósmico,
já que ela indica as quatro dimensões do universo:
§ Braço horizontal: universalidade da salvação.
§ Braço vertical: reconciliação do céu e da terra.
A RESPOSTA CRISTÃ
JUSTINO DE ROMA
APOLOGIA E DIÁLOGO COM TRIFÃO.
o Em sua expansão, tem que se confrontar com todo aquele mundo (cf. a
pregação de Paulo): para os neoplatonicos, Cristo só é uma divindade
secundária a mais, e não o Deus supremo.
o Pergunta: qual é a identidade de Cristo?
§ Esse Cristo tem a ver com aquele Deus transcendente
§ O cristianismo começa a falar de “lógos”: é uma maneira de fazer uma
ponte com a cultura grega.
§ Mas é o Lógos de Deus: isso não significa negar a transcendência, por
isso é possível falar de Deus.
o Orígenes vai discutir tudo isto nos Princípios.