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Gentrificação urbana

É um processo de
transformação urbana que “expulsa”
moradores de bairros periféricos e
transforma essas regiões em áreas
nobres. A especulação imobiliária,
aumento do turismo e obras
governamentais são responsáveis pelo
fenômeno. Por outras palavras, afeta
uma região ou bairro pela alteração das
dinâmicas da composição do local, tal
como novos pontos comerciais ou
construção de novos edifícios,
valorizando a região e afetando a
população de baixa renda local. Tal
valorização é seguida de um aumento de
custos de bens e serviços, dificultando a
permanência de antigos moradores de
renda insuficiente para sua manutenção
no local cuja realidade foi alterada.
Nobilitação urbana

É uma reorganização da geografia social da


cidade, com substituição, nas áreas centrais da
cidade, de um grupo social por outro de
estatuto mais elevado. Ocorre um
reagrupamento espacial de indivíduos com
estilos de vida e características culturais
similares, uma transformação do
ambiente construído e da paisagem urbana,
com a criação de novos serviços e
uma requalificação residencial que prevê
importantes melhorias arquitetónicas, e por
último, uma mudança da ordem fundiária, que
na maioria dos casos, determina a elevação dos
valores fundiários e um aumento da quota
das habitações em propriedade. Por definição,
o termo “nobilitação urbana” passou, assim, a
designar o movimento de chegada de grupos de
estatuto socioeconómico mais elevado,
geralmente jovens, de classe média em áreas
desvalorizadas do centro da cidade. Essas
áreas tornam-se social, económica e
ambientalmente valorizadas.
Consequências positivas e negativas da gentrificação
Consequências positivas:

 Incentivo das pessoas para melhorarem/aumentarem os seus imóveis;


 Aumento da valorização do imóvel;

 Melhoria na segurança dos locais;


 Maior lucro para os negócios na região;
 Melhoria na infraestrutura do bairro.

Consequências negativas:
▪ Deslocamento de comércios, devido aos novos empreendimentos que vão surgindo;
▪ Deslocamento da população original pelo aumento do custo de vida;
▪ Falta de diversidade social, já que as pessoas com um poder aquisitivo menor precisam se mudar;

▪ Pessoas sem moradias devido ao aumento dos aluguéis;


▪ Conflitos internos entre a comunidade;

▪ Alguns possíveis custos secundários após ao deslocamento ou perda de imóvel.


Exemplos de cidades

▪ A gentrificação tem efeitos profundos ao nível


social, político, urbanístico, arquitetural e
cultural. Sob crescente pressão turística, os preços
das casas não cessam de aumentar, sobretudo nos
centros das grandes cidades, empurrando as
populações residentes para as periferias e impondo
o fecho de lojas históricas e associações culturais
ou cívicas. Em Lisboa, o preço mediano chegou aos
2.315 euros por metro quadrado (mais 15,5% do
que no período homólogo), enquanto no Porto
alcançou os 1.254 euros por metro quadrado (mais
14,1%). Nas freguesias centrais de Lisboa e Porto
registaram-se aumentos do preço mediano ainda
mais substanciais. Mas o fenómeno inflacionário
está a expandir-se para a periferia das grandes
metrópoles e também para as cidades de média
dimensão na faixa litoral.

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