Mais de mil anos se passam em Nárnia após as aventuras de
Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia narradas em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, mas para as crianças na Inglaterra se passou apenas um ano. Nárnia (país) foi conquistada por piratas conhecidos como telmarinos, que foram parar em Nárnia (mundo) através de uma passagem secreta dentro de uma caverna localizada em uma ilha deserta no nosso mundo. Os narnianos legítimos são obrigados a viverem escondidos nas florestas e nas montanhas, até a ocasião em que o príncipe Caspian, sobrinho do malvado rei Miraz, descobre que sua vida está em perigo após o nascimento de um herdeiro legítimo do rei. Caspian, que sempre gostou de ouvir as histórias contadas sobre a época de ouro de Nárnia, foge e resolve restaurar o reino com a ajuda dos animais falantes, anões, gigantes, ninfas, faunos, entre outros. A partir desta história, conhecemos o divertido e corajoso rato Ripchip, que se torna amigo inseparável de Caspian e retorna em outras aventuras da série. Para vencer a guerra, Caspian precisa recorrer ao auxílio da trompa mágica da rainha Susana, que segundo a lenda invocaria os quatro reis de Cair Parável, o Leão Aslam ou ambos. Os quatro irmãos Pevensie são transportados novamente para Nárnia e, com grandes batalhas e duelos, e a ajuda de Aslam, tudo termina em um esperado final feliz.
1.3 A viagem do peregrino da alvorada
Narra as aventuras de Lúcia e Edmundo Pevensie (personagens
de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa) e de Eustáquio Mísero, primo deles, quando entram em uma pintura e são transportados novamente para Nárnia, indo parar no convés do Peregrino da Alvorada, navio do Rei Caspian X (do livro O Príncipe Caspian). Caspian, após estabelecer a paz em Nárnia e assumir o trono como Rei Caspian X, parte em uma viagem para encontrar os sete nobres amigos de seu pai que partiram para desbravar as Ilhas solitárias há muitos anos e nunca mais voltaram. O “Peregrino” parte sem rumo em direção ao mar, mas eles acabam logo encontrando várias ilhas, algumas conhecidas, outras não. Durante a sua jornada encontram piratas, dragões, seres invisíveis, estrelas em forma humana, pessoas que habitam nas profundezas e uma serpente marinha gigante com a qual travarão uma grande batalha. Caspian, Lúcia e Edmundo já se conheciam desde “O Príncipe Caspian”, já Eustáquio não faz questão de ser uma pessoa muito agradável, mas aprende com as dificuldades que encontra durante o transcorrer da viagem, especialmente através de uma maldição que recai sobre ele, a se tornar alguém melhor. Eustáquio retorna ainda como um dos personagens principais nos últimos livros da série: A Cadeira de Prata e A Última Batalha. Esta é a última aventura de Lúcia e Edmundo, pois já estão crescidos demais para visitarem Nárnia novamente e, assim como ocorreu com Pedro e Susana, só terão uma nova e última participação em “A Última Batalha”. 1.4 A cadeira de prata
A Cadeira de Prata é o quarto livro (publicado em 1953) da
mundialmente famosa série infanto-juvenil As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, mas aparece em sexto na ordem cronológica de leitura das sete histórias. Eustáquio Mísero (que aparece em A Viagem do Peregrino da Alvorada), junto com sua colega de escola Jill Pole, são transportados através de um portão nos fundos de seu colégio para o mundo de Nárnia. Eles precisam encontrar o príncipe Rilian, filho do rei Caspian X (de “O Príncipe Caspian” e “A Viagem do Peregrino da Alvorada”), que está desaparecido a alguns anos. O Leão Aslam os auxilia fornecendo quatro sinais que identificariam o verdadeiro príncipe quando o encontrassem e com a ajuda das sábias corujas e do pessimista paulama Brejeiro, partem em sua jornada. A viagem os leva até as Terras Agrestes do Norte, onde habitam os gigantes, e depois ao Reino Profundo, um mundo subterrâneo onde precisam enfrentar uma poderosa rainha-feiticeira. Eustáquio e Jill, assim como a maioria dos personagens das Crônicas, fazem mais uma participação no final da saga, no livro A Última Batalha.
1.5 O sobrinho do mago
O Sobrinho do Mago nos conta a criação do mundo de Nárnia e
de como o professor Digory Kirke, o dono da casa que contém o guarda- roupa, entrou na história. Aqui também se conhece o caráter multiverso de Nárnia com o Bosque entre Mundos, que possibilita o acesso a diferentes mundos através de lagos com dois anéis mágicos. Neste livro Polly e Digory, ao tentarem aventurar-se numa casa vizinha, acabam encontrando uma passagem para uma sala secreta da casa do próprio Digory, onde seu tio fazia experiências com anéis que podiam nos levar para outros mundos. Polly acaba como cobaia do tio André e é mandada para o Bosque entre Mundos com os anéis mágicos. Lá encontram um lago que dá passagem para um mundo chamado Charn onde Digory acha uma placa que motiva pegar um martelo e bater num sino. Digory faz o que a placa diz e acaba libertando a Feiticeira Branca que logo após vem para o nosso mundo. Depois de muitas trapalhadas com o tio André, Polly e Digory conseguem mandar o tio, a Feiticeira e um cocheiro, juntamente com o seu cavalo, de volta ao Bosque entre Mundos e em seguida para um mundo vazio, onde Aslam naquele exato momento começara a criar o mundo de Nárnia e os seus animais falantes e não-falantes. Antes de sair da Terra, a feiticeira, com a sua incrível força, havia arrancado um poste de Londres para amedrontar toda a população. Então, quando chega a Nárnia, o poste acaba transformando-se no lampião do Ermo. Aslam coroou em seguida o cocheiro Franco como o primeiro rei de Nárnia e Helena, sua esposa, também foi coroada como a primeira rainha da terra narniana. Digory leva então uma maçã mágica e prateada, que veio de uma árvore que tinha como função proteger Nárnia, para o nosso mundo, a fim de curar a sua mãe que estava doente, que acabou por ser curada depois de comer a maçã. Digory planta em seguida as sementes da maçã no quintal, fazendo nascer uma grande macieira que mais tarde forneceu a madeira para o guarda-roupa que aparece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa.
1.6 O cavalo e seu menino
Publicado em 1954, é o terceiro livro na ordem cronológica da
série. Conta uma aventura ocorrida quando os irmãos Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, as crianças que aparecem em O Leão, a “Feiticeira e o Guarda-Roupa”, reinam há vários anos em Nárnia. Mas os quatro irmãos Pervensie não são os personagens principais em “O Cavalo e seu Menino”, pois aparecem somente como auxiliares no enredo e para que se possa situar o conto no tempo de Nárnia. A história conta como o jovem escravo Shasta, junto com o cavalo narniano Bri, fogem da Calormânia, país vizinho e rival de Nárnia, em uma viagem para livrá-los da condição de escravos. No caminho, juntam-se a eles a menina Aravis e sua égua Huin, que também estão em fuga, porque Aravis não aceita o seu casamento arranjado. Antes de chegarem ao destino final, precisam atravessar a cidade calormana de Tashbaan, algumas tumbas assombradas e um grande deserto. Para complicar as coisas um pouco mais, Aravis descobre acidentalmente um plano dos calormanos para invadir Nárnia e Arquelândia, e em conjunto com seus amigos procura avisar aos narnianos a tempo de se prepararem para a tentativa de invasão. A história termina em uma grande batalha onde o destino de muitos acaba sendo definido.
1.7 A última batalha
Aqui se narram os últimos dias de Nárnia quando Tirian era rei
em Cair Paravel. Tudo começa quando um velho macaco chamado Manhoso (que vivia no lado ocidental de Nárnia), juntamente com um burro chamado Confuso, encontram uma pele de leão. Fazendo grandes planos, o macaco veste o seu amigo burro com a pele de leão, e passa a propagar as falsas notícias de que Aslam teria voltado e que ele seria o seu porta-voz. O macaco então faz uma aliança com os calormanos que agora tinham a chance de conquistar as terras de Nárnia. O rei Tirian flagra o desmatamento perto do Ermo do Lampião, sendo perpetrado pelos calormanos. Acaba se entregando após matar dois deles e ao passar a noite amarrado a uma árvore, conseguiu pedir socorro aos amigos de Nárnia que já haviam entrado em Nárnia, exceto para Susana, que se encontra no nosso mundo. Então os amigos de Nárnia vão até a antiga casa do professor Kirke para recuperar os anéis que haviam utilizado em “O Sobrinho do Mago”, e tentar ir a socorro de Nárnia e de Tirian. Mas não foi necessário utilizá-los, pois um acidente de trem na estação onde todos estavam esperando, acaba por levar Jill e Eustáquio até Nárnia. Ambos ajudam o rei a combaterem os planos dos calormanos e do macaco, mas a confusão é instaurada após o macaco pregar a ideia de que Aslam e Tash são a mesma coisa. Sem perceberem o que faziam, os calormanos e o macaco acabaram por invocar o verdadeiro Tash. Durante a luta, Jill, Eustáquio e Tirian são forçados a ir para dentro de um estábulo que na verdade era uma porta para a verdadeira Nárnia, onde Pedro, Edmundo, Lúcia, Polly e o Professor Kirke estavam. Então Aslam aparece e decreta o fim de Nárnia, tirando as estrelas do céu, mandando dragões comerem as árvores e por fim trazendo todos os habitantes justos e virtuosos de Nárnia para a erdadeira Nárnia.Na verdadeira Nárnia encontram um calormano chamado Emeth, que apesar de ter seguido por toda a sua vida a Tash, é reconhecido por Aslam como merecedor de um lugar ali, pois, apesar de ter praticado muitas boas obras em nome de Tash e de ter servido-o com amor e fidelidade apenas Aslam poderia aceitar o que ele tinha feito, porque Tash, que é mau, não podia aceitar coisas boas e resultantes do amor. Todos então seguem até chegarem em um lugar muito alto, onde puderam encontrar pessoas que já tinham morrido. Deste lugar podia-se ver outros lugares do mundo de Nárnia e do nosso próprio mundo também. As crianças ficam apreensivas pois no final sempre são mandadas de volta, porém, Aslam os anima pois na verdade tinham morrido ao entrar em Nárnia. Agora Aslam deixava de parecer com um leão e então, como diz o autor, começam as verdadeiras aventuras daqueles que chegaram ali. Apenas Susana foi a única dos irmãos Pevensie a não retornar a Nárnia. Segundo Pedro, Susana havia crescido e a essa altura se preocupava mais com trabalho, estudos, vida social e pessoal e esqueceu-se da existência de Nárnia e suas aventuras. Portanto, do ponto de vista de Susana, a ida de seus irmãos à Verdadeira Nárnia seria a morte de todos eles no acidente de trem. Também se presume que Susana tenha sobrevivido ao acidente de trem.
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